TURMA 20
Josina De Sousa
Joelma Hélder
Objetivos:
Dar a conhecer as complicações que podem ocorrer numa gestante com HIV;
Como evitar a transmissão vertical de HIV (mãe e feto);
Conhecer alguns dos fatores biológicos que causam resultados falso-positivos na
pesquisa de anticorpos anti-HIV no organismo.
Capa/contracapa;
Índice;
Introdução;
Desenvolvimento/conteúdo;
Conclusão e suas respetivas referencias bibliográficas.
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O VIH e a gravidez
O que é o VIH?
VIH significa vírus da imunodeficiência humana, um vírus que infecta determinadas células
do sistema imunitário. Com o tempo, este vai ficando debilitado, deixando o indivíduo em
risco de contrair outras infeções graves.
Uma mulher infetada com o VIH (seropositiva) poderá transmitir a infeção ao bebé durante a
gravidez, durante o parto ou através da amamentação. Algumas mulheres só têm
conhecimento de que são portadoras do VIH quando estão grávidas e fazem exames.
Se for portadora do VIH e estiver grávida, ou está a pensar em engravidar, esta página explica
como poderá reduzir o risco de vir a transmitir o VIH ao bebé.
O bebé tem menos probabilidades de contrair o VIH se a mãe tomar boas precauções antes,
durante e após o nascimento
O médico de família ou a clínica onde a grávida foi diagnosticada poderá encaminhá-la para
um obstetra ou especialista em VIH.
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É muito importante que a futura mãe se mantenha saudável por causa da saúde do bebé,
embora não seja seguro tomar alguns medicamentos durante a gravidez. Se já toma
medicamentos contra o VIH e pretende engravidar, ou descobriu que está grávida, informe o
médico especialista em VIH, o qual poderá recomendar quais os melhores medicamentos a
tomar.
O médico especialista exporá à futura mãe qual o melhor momento para tomar os
medicamentos anti-VIH.
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Parto normal comparado com a cesariana
Se a carga viral for superior a 1.000 por ocasião do nascimento do bebé, então a cesariana
reduzirá o risco de transmissão do VIH ao bebé. Uma carga viral elevada pode acontecer
pelas razões seguintes:
Se a carga viral for inferior a 1.000, a cesariana não será o processo mais seguro para o bebé,
além de ser também menos seguro para a mãe do que um parto normal (ou vaginal). Por este
motivo, se a carga viral estiver baixa quando a grávida está em trabalho de parto, então
deverá ser possível ter um parto normal.
Para saber qual o melhor tipo de parto para si, fale com o médico especialista em VIH ou o
obstetra.
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2) A Gonorreia
Pode também causar conjuntivite no recém-nascido.
3) A sífilis
Pode ser transmitida da mãe para o feto através da placenta. A sífilis no feto pode causar
vários defeitos congênitos e causar problemas no recém-nascido. Exames são feitos
rotineiramente em gestantes quanto à presença de sífilis no início da gestação. Geralmente, o
tratamento da sífilis durante a gestação cura tanto a mãe como o feto.
5) O herpes genital
Pode ser transmitido ao bebê durante um parto normal. Bebês que foram infetados com o
herpes podem apresentar uma infeção cerebral potencialmente fatal, denominada encefalite
herpética. Uma infeção por herpes em bebês também pode danificar outros órgãos internos e
causar feridas na pele e na boca, danos cerebrais permanentes ou mesmo a morte. Se a mulher
apresentar feridas de herpes na região genital no final da gestação ou se a primeira vez que o
herpes surge for no final da gestação, geralmente ela é aconselhada a fazer um parto por
cesariana, para que o vírus não seja transmitido ao bebê. Caso a mulher não tenha as feridas e
o herpes tiver aparecido mais cedo, o risco de transmissão é muito baixo, o que permite a
realização do parto normal.
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Quadro clinico
Os sintomas variam de nenhum a muito graves (SIDA);
Os linfonodos podem inchar;
A infeção pode afetar muitos órgãos tais como fígado, baço, coração, rins, cérebro e
medula espinhal;
Os sintomas podem incluir diarreia recorrente, pouco ganho de peso, infeções
bacterianas invasivas e infeções virais.
A aids é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo HIV. Como esse vírus
ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas
doenças, de um simples resfriado a infeções mais graves como tuberculose ou câncer. O
próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado.
Hoje em dia, é possível ser seropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os
medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas.
Além disso, as mães seropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem
o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto. Por isso, faça os exames
obrigatórios do pré-natal! Esta indicação também é importante se você passou por uma
situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas.
A infeção pelo HIV pode ser detetada com, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco.
Isso porque o exame busca por anticorpos contra o HIV no sangue. Esse período (da infeção
até a produção de anticorpos) é chamado de janela imunológica.
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Os exames disponíveis para diagnosticar a infeção pelo HIV buscam anticorpos anti-HIV nas
amostras de sangue. Apesar de sua eficácia, podem apresentar resultados falso-positivos em
alguns casos. Por isso, é importante o paciente se submeter a um novo teste.
Artrite reumatoide;
Doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, doenças do tecido conectivo
e esclerodermia;
Colangites esclerosante primária;
Terapia com interferon em pacientes hemodialisados;
Síndrome de Stevens-Johnson;
Anticorpo anti-microssomal;
Anticorpos HLA (classe I e II);
Infeção viral aguda;
Aquisição passiva de anticorpos anti-HIV (de mãe para filho);
Neoplasias malignas;
Outros retrovisores;
Múltiplas transfusões de sangue;
Anticorpos anti músculo liso.
Estima-se que 15 a 30% das crianças nascidas de mães seropositivas para o HIV adquirem o
vírus na gestação, durante o trabalho de parto ou parto, ou por meio da amamentação.
Há evidências de que a maioria dos casos de transmissão vertical do HIV ocorre mais
tardiamente na gestação, durante o trabalho de parto e no parto propriamente dito. Em 1994,
os resultados do Protocolo 076 do AIDS Clinical Trial Group (ACTG) comprovaram que o
uso do AZT pela mulher durante a gestação, trabalho de parto e parto, e pelo recém-nascido,
pode reduzir a transmissão vertical do HIV cerca de 70%. Em 1998, um estudo realizado na
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Tailândia demonstrou que o uso de um regime de tratamento de curta duração de AZT oral,
iniciado na 36ª semana de gestação e mantido durante o trabalho de parto, sem a
administração de AZT para o recém-nascido, e com substituição do aleitamento materno, foi
capaz de reduzir, aproximadamente, 50% a taxa de transmissão. Esse estudo demonstrou que
o uso do AZT, mesmo durante um curto período de tempo, leva à diminuição do risco de a
mãe transmitir o HIV para o seu filho.
5) Fatores obstétricos
A transmissão do HIV por via intra-útero é maior no 3º trimestre da gestação. Desta forma,
toda gestante deve estar em tratamento nesse período.
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Durante o trabalho de parto, a contração do útero leva ao maior contato do feto com o sangue
da mãe. Desta forma, a maior duração do trabalho de parto está associada a um maior risco de
transmissão vertical do HIV.
6) Amamentação
A transmissão do HIV também pode ocorrer durante a amamentação, por meio do leite
materno.
Desta forma, a mãe que possui o vírus não deve amamentar a criança.
No Brasil, a gestante tem o direito de receber fórmula láctea infantil, pelo menos até o seu
filho completar 6 meses de idade.
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caso, deve-se manter o esquema terapêutico com o d4T e administrar o AZT
intravenoso durante o trabalho de parto e o parto e a solução oral de AZT para o
recém-nato.
Observação:
Estudos recentes demonstraram que o parto cesáreo contribui para a redução da transmissão
vertical somente quando realizado de forma eletiva (estando as membranas íntegras, e antes
que o trabalho de parto tenha iniciado). Entretanto, não há dados suficientes sobre morbi-
mortalidade materna associada ao parto cesáreo em mulheres portadoras do HIV, que
permitam, neste momento, recomendar esse procedimento como rotina.
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Esquema posológico do AZT para o período pré-natal
Indicação Gestantes portadoras de HIV a partir da 14ª semana de gestação até o parto
Administração Via oral
Apresentação Cápsula de 100mg
Dosagens e modo de usar 100mg 5x/dia ou 200mg 3x/dia ou 300mg 2x/dia
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Preparação do AZT para infusão intravenosa (em 100ml de solução glicosada 05%)
Dosagens e modo de Durante as primeiras 6 semanas de vida, administrar AZT, iniciando nas
usar primeiras 8 horas de vida, na dose de 2mg/kg/dose VO de 6/6h
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Cuidados específicos no acompanhamento da gestante e do recém-nascido
Estabelecer, durante o pré-natal, o acompanhamento concomitante da gestante com
infeciologista ou clínico experiente no manejo de pacientes infetados pelo HIV;
Estabelecer, durante o pré-natal, o diagnóstico precoce, e instituir tratamento de todas
as patologias intercorrentes (outras DST, tuberculose, reativação da toxoplasmose,
infeções vaginais e cervicais) que possam aumentar o risco de rotura prematura das
membranas, parto prematuro e infeção placentária;
Submeter a gestante à contagem de linfócitos CD4 e medida da carga viral, para
melhor avaliação do esquema antirretroviral e da necessidade de quimioprofilaxias
para infeções oportunistas. Essa medida deverá ser feita, sempre que possível, antes
de iniciar o uso do AZT;
Acompanhar a gestante com hemograma e transaminases, no início do tratamento
com AZT; e a seguir, de mês em mês. Frente à ocorrência de efeitos adversos,
reavaliar a conduta;
Orientar a mulher, na alta do puerpério, quanto à importância do seu
acompanhamento clínico e da criança. O acompanhamento clínico da mulher deve
incluir: retorno para avaliação clínico-obstétrica no 8º e no 40º dia pós-parto;
encaminhamento para serviço de infetologia para seguimento clínico do estado de
infeção pelo HIV; e reavaliação da necessidade de manutenção ou não da terapia
antirretroviral; e encaminhamento a um serviço de planeamento familiar;
Orientar a mulher quanto ao preparo dos substitutos do leite;
Orientar a mulher quanto ao uso de preservativos em todas as relações sexuais;
Acompanhar a criança com hemograma completo, no início do tratamento com AZT e
após a 6ª semana de vida para deteção de efeitos adversos;
Assegurar o acompanhamento da criança pelo pediatra. A partir da 6ª semana, é
recomendada a profilaxia de Pneumocysts carinii com sulfametoxazol (SMX) +
trimetoprima (TMP) na dosagem de 750mg de SMX/m2 /dia, divididos em 2 doses
diárias, 3 vezes por semana, em dias consecutivos.
Precauções Básicas
As Precauções Básicas são medidas de prevenção que devem ser adotadas com qualquer
paciente, independentemente do diagnóstico definido ou presumido de doenças infeciosas; na
manipulação de sangue, secreções, excreções, mucosas ou pele não-íntegra. Estas medidas
incluem a utilização de Equipamentos de Proteção Individual-EPI (luvas, máscara, óculos de
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proteção, capotes e aventais) com a finalidade de reduzir a exposição da pele e das mucosas
do profissional de saúde ao sangue ou fluidos corpóreos de qualquer paciente. Os
profissionais de saúde devem tomar outros cuidados especiais, para se prevenirem contra
acidentes com materiais pérfuro-cortantes (para mais informações, consulte o Manual de
Condutas em Exposição Ocupacional a Material Biológico: hepatite e HIV do Ministério da
Saúde).
Conclusão
É consenso entre os autores que as gestantes sororeagentes para o HIV são jovens, possui
baixa escolaridade e descobre o diagnóstico para o HIV no pré-natal ou no momento do
trabalho de parto. A realização do acompanhamento pré-natal foi observada, porém de forma
inadequada, cuja média foi de duas consultas durante a gestação, pois procuraram os serviços
de saúde tardiamente. Os resultados apontados nos artigos incluídos nesta revisão integrativa,
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concluem que a infeção por HIV na gestação continua sendo relevante fator de morbidade
entre as grávidas, com elevado risco para transmissão vertical entre as que não receberam a
TARV durante o pré-natal ou não a realizaram durante o momento do trabalho de parto e
parto. Portanto, os autores recomendam que todas as gestantes sejam alvo das ações de
diagnóstico e prevenção da transmissão vertical para o HIV, independente do seu risco para a
infeção da doença.
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Referencias bibliográficas
BARBOSA, L. R.; MELO, M. R. A. Da C. Relações entre qualidade da assistência de
enfermagem: revisão integrativa da literatura. Revista Brasileira de Enfermagem. v.61, n.03.
mai./jun. 2008.
ROMANELLI. R. M. C; et al. Perfil das gestantes infetadas pelo HIV atendidas em pré-natal
de alto risco de referência de Belo Horizonte. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant. v. 06, n. 03,
2006.
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https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/gravidez-
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%C3%A7%C3%A3o
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