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ESCOLA SECUNDARIA DE NAPIPINE

12a CLASSE TURMA 1B

TEMA: PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

CADEIRA: HISTORIA

NAMPULA, OUTUBRO DE 2021


Escola Secundaria de Napipine

Estudantes da 10a classe turma 1B

Cadeira de Historia, lecionada pelo:

Docente: ____________________________

Comissão Organizadora (elementos do grupo)

Abcede Abel Bolacha No 01

Aida Augusto M. Mussa No 02

Ana Adelaide No 03

Cremilde Henriques Viera No 06

Fenista Xavier No 08

Francelina António Joaquim No 10

Ivinalda Octávio No 15

Nampula, Agosto de 2021


Índice
Introdução........................................................................................................................................3
Os Prazos e a Companhia de Zambézia.........................................................................................4
A acção do Estado colonial e a transformação dos prazos em plantações...................................4
O Surgimento da Companhia.........................................................................................................4
A formação da Companhia.............................................................................................................6
O papel do Mussoco e o impacto para as comunidades locais......................................................6
Formas de pagar o Mussoco...........................................................................................................7
As plantações....................................................................................................................................8
As areias de plantação cobriam quatro faixas:............................................................................10
O Impacto do Mussoco e do Trabalho nas Plantações................................................................10
Conclusão.......................................................................................................................................12
Referencias bibliográficas.............................................................................................................13
Introdução
No presente trabalho iremos abordar acerca do impacto do mussoco e do trabalho nas
plantações para a população camponesa. Visto que mussoco foi um dos principais
mecanismos de que o colonial-capitalismo se serviu para angariar periodicamente a mão-de-
obra necessária. O tributo que era pago ao senhor de um prazo e este imposto era,
habitualmente, liquidado em cerais, podendo sê-lo noutros géneros. E o impacto do trabalho
nas plantações para a população camponesa que boa parte a população vale do Zambeze foi
obrigada a emigrarem para outras regiões onde tivesse companhias menos exigentes. 

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Os Prazos e a Companhia de Zambézia
A Companhia da Zambézia foi a terceira companhia arrendatária da colónia portuguesa de
Moçambique que abrangia as regiões de Chire, limite com a Niassalândia, Zumbo e Luenha,
com fronteira com a Rodésia do Norte. Esta companhia não tinha privilégios porque era
concessionária (ou arrendatária). Foi criada em 25 de maio de 1892, e a sua área era a maior
das companhias. Assim sendo, nesta abordagem iremos debruçar essencialmente sobe os
prazos e a companhia da Zambézia.

Foi a terceira companhia majestática da colónia portuguesa de Moçambique. Esta companhia


não tinha privilégios porque era concessionária ou arrendatária. Fundada em 25 de Maio de
1892, e a sua área era a maior das companhias.

Esta companhia teve a sua origem numa concessão feita a Paiva de Andrad, pelo Dec. De 26
de Dezembro de 1878, a qual pelo compreendido alem das minas de ouro da Zambézia,
pertencentes ao estado, mas ainda não explorados.

A acção do Estado colonial e a transformação dos prazos em plantações


Segundo António Enes, o mestre da colonização em África, era necessário tornar as terras dos
prazos mais rentáveis para a Coroa. A fórmula encontrada foi passá-las para as mãos das
companhias agrícolas e agroindustriais [O decreto de 1890 deixava claro a necessidade do]
desenvolvimento da agricultura industrial na terra dos prazos e para isso converter o 1mposto
do mussoco em meio indirecto de obrigar quem o paga e quem o cobre a aplicar-se à
exploração do solo porque a Zambézia “agricultura da e retalhada em propriedade particular,
ficará mais sujeita à autoridade da Coroa do que ocupada militarmente’ O objectivo de todas
as reformas que se façam no sistema de prazos deve pois ser o de transformá-los em fazendas
agrícolas, pelo trabalho e pelo aforamento.

Como já vimos anteriormente, a falta de capitais por parte dos capitalistas portugueses levou
as autoridades portuguesas a transirem os direitos de exploração a grandes companhias
estrangeiras. Sem capital, Portugal nunca conseguiria assegurar a ocupação afectiva de
territórios tão vastos como Tete e a Zambézia. A criação de companhias acabou por ser a
estratégia possível, no entanto, demorou bastante tempo a operar em pleno.

O Surgimento da Companhia
Na sequência do decreto de 1890, criaram-se várias companhias arrendatárias. Uma delas foi
a Companhia da Zambézia.

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Tabela das Companhias de Zambézia
Nomes das Fundação Prazos e Datas de Compra, arrendamento ou
Companhas subarrendamento
Zambézia 1892 Massingire, Andone, Anquaze (1897) e Timbué (1900)
Boror 1898 Borror, Macuse, Licungo, Tirre (1898) e Nameduro (1899)
Société Du 1904 Madal (1903, pelos predecessores Gonzaga, Bovay e C.ª),
Madal Tangalane, Cheringone (1903), Maindo (1904) e Inhassungue
(1916)
Empresa 1906 Lugela, Milange (1906) e Lómué (1910)
Agricola do
Lugela
Sena Sugar 1920 Maganja d´Aquém Chine (1894, pela predecessora
Estates Companhia do Açúcar de Moçambique), Luabo (1911, pela
segunda predecessora Sena Sugar Factory) e Marral (1911,
SSF)

A Companhia da Zambézia foi constituída em 1892 com direitos arrendatários. A sua área até
1894 cobria cerca de 100 mil hectares de terra, que foram entregues à chefia de Paiva de
Andrade. O seu território ficava a norte da Companhia de Moçambique, ocupando as terras
de Chire, a fronteira com a Niassalândia e a Rodésia do Norte (Zâmbia), às quais se juntavam
as terras da margem direita do Zambeze, entre o Zumbo e o Luenha (idêntica à actual
província de Tete).

Ao longo dos anos, a companhia apoderou-se de áreas territoriais no curso do Zambeze.


Acabou mesmo por ficar na posse de vários prazos da Coroa, quer em Tete quer em
Quelimane. Por volta de 1897, incluiu os prazos de Massingir, Milange, Lugela e Lomué. A
companhia, para além da posse das terras dos prazos no quadro da legislação de prazos de
1890, passou também a controlar toda a força de trabalho e os recursos naturais no seu
território, bem como o monopólio do mercado sobre a produção camponesa.

Recenseamentos, trabalhos forcados, baixos salários, exploração desenfreada dos recursos


naturais e migrações caracterizaram a penetração imperialista na Zambézia, entre 1890 e
1930. Na maganja, dominava João Bonifacio da Silva, grande mercador de escravos, cujas
ambições expansionistas o levaram a entrar em guerra com Mussa Quanto de Angoche.

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Extintos pela primeira vez em 1832 por um decreto régio, em 22 de Dezembro de 1854, um
outro decreto «extinguia», pela segunda vez, os prazos da coroa, mandando reverter para o
estado as terras possuídas em três gerações. Apesar de extintos na lei, os prazos existiam de
facto.

Por isso, o governo colonial em Moçambique procurou reverter a situação em seu favor,
reestruturando o velho esqueleto dos prazos e transformando-os em plantações.

A formação da Companhia
Companhia arrendatária é aquela que tinha tomado aluguer de terras ou de outros bens da
Companhia de Moçambique

A companhia da Zambézia foi constituída em 1892 com direitos arrendatários. Esta


companhia surgiu da fusão da Sociedade dos Fundadores da Companhia Geral da Zambezia
(1880), com a Central AfricaandZouthambergExplorationCompany.

A sua área até 1894 cobria cerca de 100 mil hectares de terra, que foram entregues à chefia de
Paiva de Andrade. O seu território ficava a norte da Companhia de Moçambique, ocupando
as terras de Chire, a fronteira de Niassalândia e a Rodésia do Norte (Zâmbia), as quais se
juntavam as terras da margem direita do Zambeze, entre o Zumbo e Luenha (idêntica à
província de Tete).

Ao longo dos anos, a companhia apoderou-se de áreas territoriais no curso de Zambeze.


Acabou mesmo por ficar na posse de vários Prazos da Coroa, quer em Tete quer em
Quelimane. Por volta de 1897, inclui os prazos de Massingire, Milange, Lugela e Lómué. A
companhia, para além da posse das terras dos prazos no quadro da legislação de prazos de
1890, passou também a controlar toda a força de trabalho e os recursos naturais no seu
território, bem como o monopólio do mercado sobre a produção camponesa.

Nos seus primeiros 10-15 anos, a companhia teve actividades repressivas e predatórias. Com
o congresso da pacificação, as terras altas de Quelimane iam conhecer, pelo menos, cinco
novas companhias que iriam desempenhar um papel determinante no plano econômico.

O papel do Mussoco e o impacto para as comunidades locais


Segundo Carlos Serra, História de Moçambique, volume I “Mussoco foi uma renda
regularmente paga em gêneros.”

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O Mussoco foi um imposto de capitação pago em trabalho, em espécies ou em dinheiro, nas
terras dos prazos, e servia de mecanismos para a acumulação capitalista colonial. Este
imposto foi muito violento para as populações locais. “História 12a Classe, plural ed.
Pag.169”

O mussoco foi o principal responsável no atraso das forças produtivas no seio das
comunidades camponesas locais. Devido à sua prática, houve várias mortes na região da
bacia do Zambeze e foi a principal causa da fuga de mão-de-obra local para a Rodésia do Sul,
onde as condições eram melhores, embora não maravilhosas.

O mussoco foi um dos mecanismos que o capitalismo colonial usou para produzir
periodicamente a mão-de-obra. O mussoco não era simplesmente um mecanismo fiscal
imposto aos trabalhadores, que estes pudessem remir com o produto da venda de alguma
mandioca, de coco ou de peixe, era também obrigatoriedade de trabalho nas plantações.

A emigração de pessoas para os países vizinhos, especialmente para as minas da África do


Sul, a fuga para as grandes machambas das colônias inglesas da Rodésia e da Niassalândia,
os ingleses e os sul africanos pagavam salários mais altos que as companhias e o Estado de
Português. Perante esta situação, o governo moçambicano fez um acordo com a África do Sul
através do qual se estabelecia que “…uma parte dos salários dos mineiros moçambicanos
deveria ser paga em barras de ouro ao governo português…”.

O latifundiário Carl Wiese apontou como causas da migração a diferença dos valores
cobrados do imposto, os serviços gratuitos prestados pelo estado e os maus tratos durante o
recrutamento dos voluntários.

Formas de pagar o Mussoco


Havia várias formas de pagar o mussoco: do simples pagamento em gênero para a exportação
(borracha, café, cera, marfim, pau-preto, milho, arroz, gergelim), até aos trabalhos forçados,
tais como o transporte de cargas pesadas as costas durante vários quilômetros. A introdução
do mussoco em dinheiro criou a necessidade de um salário para a gestão familiar, daí a sua
sujeição ao trabalho assalariado.

Neste salário era também descontado o imposto de palhota dando apenas ao mineiro ou a
família do mineiro o pouco que sobrava. Foi assim que Portugal enriqueceu com o ouro e a
libra dos mineiros de Moçambique. Com a queda da procura de mão-de-obra, para compensar

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as perdas de receitas provenientes do fluxo migratório, a companhia agravou o imposto de 20
para 50 escudos.

“… o sargento português, exigindo o pagamento do imposto de palhota, ou o seu equivalente


em trabalho, em Metangula, e o agente de recrutamento de Rand, oferecendo-se para pagar
imediatamente o imposto… penso que qualquer homem preferia ver pago o seu imposto
anual, mesmo à custa do exílio por um tempo incerto, do que ficar a assistir à queima da sua
palhota, como punição” in história de Moçambique, volume II, página 120.

“Omussoco que havia sido estabelecido na base da legislação laboral de 1890 com o seu
pagamento metade em dinheiro e metade em trabalho rural isto em 1899, para além de ter
sido elevado de $800 réis para 1$200 réis, obrigava o camponês a cumprir um terço em
tralhado rural, equivalente a uma semana de tralhado.” Gerhard Liesegang, Boletim do
Arquivo Histórico de Moçambique, n.˚10, p,88.

A exploração desenfreada pela companhia não permitiu desenvolvimento da agricultura, o


que conduziu a uma situação endêmica. A falta de recursos impediu a criação de uma
administração eficaz, tendo influenciado negativamente a realização do capital e sua
rentabilização. O comercio era do tipo tradicional, pouco se cobrava dos impostos, o contrato
com a WNLA era um fracasso. Só a partir de 1908 começou a organizar financeiramente.

Em 1924 a companhia foi instinta e o território passou para a administração directa do estado
colonial.

As plantações
Em 1913 um autor colonial, calculava que Quelimane tinha aproximadamente nove milhões
de hectares, dos quais 5 400 000pertenciam a administração pelos arrendatários e 3 600 000
pertenciam à área controlada pelo Estado colonial. A área aproveitada para as culturas de
plantação era escassa do ponto de vista da extensão total da área aforada (0,5% em 1913 e
0,7% em 1924). Porém as culturas exigiam muita mão-de-obra por três razoes:

Cada cultura implicava a execução de várias tarefas associadas (lavra, adubação, corte,
extração, transporte para as fabricas, processamento industrial primário, acondicionamento,
canalização para os navios, etc.)

O tratamento industrial dos produtos (coco/copra, cana de açúcar, folha de sisal/fibra) exigia
a montagem de secções especializadas de apoio (carpintaria, serralharia, metalurgia, oficinas
de preparação de maquinas e de barcos, etc.)

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Devido ao grande absentismo e a fraca produtividade dos trabalhadores que obrigavam as
Companhias a organizar ou a prever stocks de mão-de-obra em número superior aos que
seriam necessários para a execução normal das tarefas.

Ilustração das plantações da companhia

Os trabalhadores estavam organizados em grupos chamados ensacas, nos quais havia um


chefe chamado o seunda. Geralmente as empresas usavam duas ensacas: a de serviço e a de
descanso.

O cumprimento das tarefas era controlado por um sistema de furos feitos em cartões de
trabalho, os conhecidos tickets (tíquetes). Cada furo correspondia à execução de uma tarefa
ou à prestação de um dia de trabalho.

As jornadas de trabalho oscilavam entre seis e catorze horas, sendo muito frequentes as
jornadas de mais de dez horas, sobretudo nas açucareiras e nas sisaleiras. A alimentação era
constituída basicamente por mandioca e ou arroz, e raramente os trabalhadores recebiam
carne ou peixe, geralmente os produtos alimentícios eram produzidos pelos próprios
trabalhadores.

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Trabalhadores na companhia

As areias de plantação cobriam quatro faixas:


1. A primeira e mais importante cobria a área do litoral, zona do coqueiro, desde a foz
do rio Zambeze até a foz do rio Raragra, cobrindo ainda pequenos troços em Bojane e
Moebase.
2. A segunda à do sisal e do algodão, apanhava as margens do rio Licungo.
3. A terceira faixa a da cana-de-açúcar, colocava-se ao Zambeze, com incidência no
Luabo e em Moepeia
4. A quarta e a última a do algodão e sisal que incluía as secções próximas do Chire.

Quase todas as plantações tinham culturas intercalares de tipo alimentar, ou seja, praticava-se
a policultura, nalguns casos para se evitar o crescimento do capim ou o esgotamento dos
solos. Porem na generalidade, as culturas alimentares destinavam-se à reconstituição física
dos trabalhadores. De salientar que os salários eram baixos devido a cotações internacionais
dos produtos de exportação, quer pela desvalorização do escudo em todo o período que
antecedeu a criação do regime fascista em Portugal.

O Impacto do Mussoco e do Trabalho nas Plantações


O mussoco foi o principal responsável no atraso das forças produtivas no seio das
comunidades camponesas locais. Devido à sua prática, houve várias mortes na região da
bacia do Zambeze e foi a principal causa da fuga da mão-de-obra local para regiões distantes.
O mussoco que havia sido estabelecido na base da legislação laboral de 1890 com o seu
pagamento metade em dinheiro e metade em trabalho rural, em 1899, para além de ter sido

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elevado de $800 réis para 1$200 réis, obrigava o camponês a cumprir um terço em trabalho
rural, equivalente a uma semana de trabalho. Gerhard Liesegang, Boletim do Arquivo
Histórico de Moçambique, n.° 10, p. 88

O mussoco foi um imposto de capitação pago em trabalho, em espécies ou em dinheiro, nas


terras dos prazos, e serviu de mecanismo para a acumulação capita lista colonial. Este
imposto foi muito violento para as populações locais.

A destruição das forças produtivas locais continuou quando a companhia introduziu a


exploração das propriedades destinadas às plantações, sendo os principais alvos os
camponeses locais.

Para além dos problemas de mão-de-obra local, alguns arrenda tá rios da Companhia cia
Zambézia confrontaram-se com aspectos negativos, tais como: fraca densidade populacional,
falta de vias de comunicação e transportes, carência de culturas e minerações lucrativas.

Havia várias formas de pagar o mussoco: do simples pagamento em género até aos trabalhos
forçados, como o transporte de cargas pesadas às costas durante vários quilómetros. A
violência e a injustiça do mussoco acabaram por levar muitos habitantes da Zambézia a
emigrar para regiões menos exigentes.

A Companhia da Zambézia e seus arrendatários, incapazes de dinamizar a sua acumulação


com a exploração agrícola ou mineira, enveredaram pela coerção e cobrança do mussoco,
provocando a fuga da população para a Rodésia do Sul, onde as condições eram melhores,
embora não maravilhosas. Para estes êxodos contribuíram significativamente as pressões
exercidas sobre a população para o trabalho de construção de estradas, cobrança de 1m
postos, comércio fraudulento e transporte de cargas às costas, até aos vapores no Zambeze
ou, mesmo, até à costa do Indico, com baixos salários ou como forma de pagamento do
mussoco. Gerhard Liesegang, Boletim do Arquivo Histórico de Moçambique, n.° 10, p. 88 A
violência e a injustiça do pagamento do mussoco.

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Conclusão
No fim deste trabalho, pudemos concluir que o declino dos prazos na segunda metade do
século XVIII possibilitou, nos primórdios do século XIX, o aparecimento de estados cujas
dinastias reinantes, profundamente envolvidas no comércio de escravos, questionaram a
soberania portuguesa. Pressionado pelas grandes potencias imperialistas, Portugal procedeu
a» ocupação efetiva «da Zambézia e destruiu aqueles estados, enquanto em 1890 fazia
promulgar legislação que, repondo muitas das características dos antigos prazos da coroa,
atraiu o capital internacional e fomentou o desenvolvimento do sistema de plantações
destinadas as industrias europeias.

O mussoco era, no vale do Zambeze, em Moçambique, o principal tributo pago ao senhor de


um prazo pelos que se estabeleciam no seu território, recaindo, fundamentalmente, sobre os
africanos, livres e escravos. A unidade fiscal era a família, exceptuando-se desse pagamento o
chefe da povoação. Este imposto era, habitualmente, liquidado em cereais, podendo sê-lo
noutros géneros.

A mão-de-obra, o mussoco e o imposto de palhota não eram simples mecanismos tributários


com carácter mais ou menos simbólico, em um objectivo de uma relação social fundamental
concreta determinada entre o camponês e o capital, era a dominação capital sobre o trabalho.

O sistema tributário implantado na cobrança de receitas conduziu a evolução do processo


político.

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Referencias bibliográficas
NHAPULO, Telésfero de Jesus, História 12ª classe, Plural Editores, Maputo, 2013

www.escolademoz.blogspot.com

NHAPULO, Telésfero de Jesus, História 12ª classe, Plural Editores, Maputo, 2013

COSSA, Hortência e MATARUCA, Simão- História 12a Classe Moçambique e sua História.
Editora Diname pag. 135-137.

SERRA, Carlos, História de Moçambique, volume I Maputo: Editora Livraria Universitária


2000.

RECAMA, Dionísio Calisto, História de Moçambique, de África e Universal. Plural editores,


pag. 32 e 33.

História 12aClasse Plural Editores, Pag168 e 169.

Departamento de História da UEM, História de Moçambique, volume II, pág. 152, 155-158.

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