TERESINA
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO…………………………………….............................................................7
2. METODOLOGIA.................................................................................................................8
2.3. PROCEDIMENTOS............................................................................................................9
CRIANÇAS LEITORAS........................................................................................................10
INFANTIL...............................................................................................................................23
DISCURSÕES.........................................................................................................................26
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................32
REFERÊNCIAS......................................................................................................................33
1. INTRODUÇÃO
Quando falamos de Literatura Infantil é provável que a nossa mente formule a figura
de um livro, contendo histórias curtas, com páginas bem coloridas, cheias de gravuras e com
personagens nada convencionais. De modo geral, a Literatura Infantil é conceituada por
muitos teóricos como produções textuais destinadas as crianças, no entanto, há estudos que
ampliam esse conceito, incluindo o teatro, o folclore, a música, as histórias em quadrinhos, os
relados de seus avós, entre outros.
Nessa concepção, a escola precisa propor atividades que estimulem as crianças a
desenvolverem o encanto pelos livros, através das incontáveis possibilidades que a Literatura
Infantil concede no âmbito das letras, tendo em vista, que muitas vezes o primeiro contato das
crianças com esse universo é na escola, e caso a instituição de ensino não esteja apta a
apresenta-la de forma criativa não desenvolveram o prazer pela leitura.
Jesualdo (1993, p.38) afirma que “as crianças leem naturalmente aquilo que gostam,
porque existe algo em comum entre seu gosto e a obra que leem”. De fato, as práticas
literárias na escola devem considerar as preferências das crianças, o seu imaginário, o seu
contexto social e familiar, elas leem o que gostam, por essa razão, a escolha dos livros infantis
não podem ser somente de caráter educativo, mas que despertem o prazer pela leitura através
dos seus sentidos da criança (visão, audição, tato, paladar e o olfato).
A Base Nacional Comum Curricular define que a aprendizagem e o desenvolvimento
da criança acontecem pelas interações e brincadeiras, e especificamente no campo corpo,
gestos e movimentos destaca-se que a criança aprende explorando o mundo pelos seus
sentidos.
Gil (2008, p.27) ao se referir a metodologia afirma: “Pode-se definir método como
caminho para se chegar a determinado fim. E método científico como o conjunto de
procedimentos intelectuais e técnicos adotados para se atingir o conhecimento”.
2.3. PROCEDIMENTOS
A partir dos anos 1960, o diálogo estabelecido por Habermas e Gadamer (1987) a
respeito da Hermenêutica e da Dialética veio beneficiar as discussões sobre métodos
em Ciências Sociais, uma vez que que esses dois autores buscaram forma de
objetivar a práxis de produção de conhecimento. (MINAYO, 2014, p. 342)
A autora explica que a junção da hermenêutica com a dialética contribuem de
forma significativa com as pesquisas de cunho social, pois enquanto a primeira preocupa-
se com a compreensão dos textos e dos discursos, a segunda propõe a análise crítica deles.
Minayo (2014, p. 343) declara nesse sentido que: “O casamento das duas abordagens é
fecundo na condução do processo, ao mesmo tempo compreensivo e crítico de estudo da
realidade social.”
A análise de dados então, é proposta da seguinte forma por Minayo: 1. ordenação
de dados; 2. classificação de dados; 3. análise final dos dados.
A ordenação de dados é a organização dos dados levantados na pesquisa.
Essa etapa inclui: (a) transcrição de fitas-cassete; (b) releitura do material; (c)
organização dos relatos em determinada ordem, o que já supõe um início de
classificação; (d) organização dos dados de observação, também em determinada
ordem, de acordo com a proposta analítica. Essa fase dá ao investigador um mapa
horizontal de suas descobertas no campo. (MINAYO, 2014, p. 356)
Sendo assim, houve a transcrição das falas dos entrevistados que abordaram os
pontos fundamentais para as reflexões sobre as práticas literárias na Educação Infantil. As
gravações foram consentidas por todos os professores.
A classificação de dados é o processo de separar as informações obtidas na
pesquisa por meio de categorias temas, vamos a um exemplo, entrevistamos 3 professores,
e fizemos a seguinte pergunta: Qual o recurso você mais utiliza nas aulas de Literatura
Infantil, a categoria tema dessa pergunta será Recursos Literários, as respostas foram as
seguintes: o entrevistado 1 respondeu que utiliza-se mais dos livros infantis, o segundo
afirma que utiliza-se mais das músicas, e o terceiro relata que sempre usa de histórias
infantis por meio dos livros, sendo assim, podemos refletir que as práticas literárias
naquela escola fundamenta-se em uma concepção tradicionalista, na qual o livro é o visto
como principal recurso para o uso da Literatura na Educação Infantil.
Minayo (2014, p. 358) sobre a classificação de dados: “No processo classificatório,
o pesquisador separa temas, categorias ou unidades de sentido, colocando as partes
semelhantes juntas, buscando perceber as conexões entre elas, e guardando-as em códigos
ou gavetas”.
E por fim, a análise final consiste em elencar as realidades encontradas no campo
relacionando-os aos teóricos que abordaram o assunto.
Nessa fase, Minayo (2014, p. 359) aborda o termo relatório final que corresponde
a uma síntese sobre as análises dos fenômenos estudados: “O relatório final de uma
pesquisa deve configurar-se como uma síntese, na qual o objeto de estudo reveste,
impregna e entranha todo o texto”.
Em suma, são as respostas das indagações que deram origem ao trabalho.
REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisas. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
JESUALDO. A literatura infantil. Tradução de: James Amado. 9. ed. São Paulo: Cultrix,
1993.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org). Pesquisa social: teoria, método e criatividade.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
NETO, Otávio Cruz. O trabalho de campo como descoberta e criação. in: MINAYO (org).
Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.