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Nível Cortical
Nível Medular
A transdução de sinal é justamente feita pelo potencial receptor, que transforma o estímulo
em potencial elétrico, potencial receptor e ao caminhar pela membrana, desencadeia o
potencial de ação.
O potencial receptor apresenta algumas características específicas, como:
A lei do tudo ou nada: os potenciais receptores não obedecem a lei do tudo ou nada, o
potencial receptor é proporcional ao estímulo, e se mantém enquanto há estímulo. Ou seja, ao
ser aplicado o estímulo, o potencial receptor já será disparado, o potencial receptor não possui
um limiar de disparo mínimo como o potencial de ação para acontecer, ao ocorrer o estímulo,
o potencial receptor já estará ocorrendo também, quanto maior a intensidade, foça do
estímulo, maior será a quantidade de disparos dos potenciais receptores, mais disparos será
enviada ao SNC.
Frequência dos potenciais de ação: quanto maior a intensidade do potencial gerador, maior a
freqüência de potenciais de ação, ou seja um potencial receptor constantemente reproduzido
pode gerar vários potenciais de ação, quanto maior o potencial receptor, maior a quantidade
de potenciais de ação, informação na forma de impulsos nervosos serão enviados para o SN.
Ele fala: o potencial receptor acontece no receptor, mas o receptor não é todo o neurônio?
Adaptação dos receptores
Alguns receptores, à medida que se tem um estímulo, enviam continuamente os potenciais de
ação. Outros, conforme o estímulo é mantido, começam a parar lentamente de enviar os
potenciais de ação, a informação para o SN, e outros receptores demoram ainda menos tempo
para parar de enviar os potenciais de ação para o SN.
Os receptores que nunca param de enviar os potenciais de ação, a informação para o SN, são
receptores sem adaptação, já receptores que mesmo o estímulo sendo mantido param de
enviar lentamente as informações para o SN são receptores de adaptação lenta, e os que não
demoram muito para parar de enviar as informações para o SN são receptores de adaptação
rápida.
Os nociceptores são exemplos de receptores sem adaptação, termorreceptores e
mecanorreceptores do ligamento periodontal são exemplos de receptores de adaptação lenta,
e os receptores de adaptação rápida são a maioria dos mecanorreceptores.
Gráfico: Quantidade de impulsos nervosos enviados ao longo do tempo.
Vermelho: receptores sem adaptação que nunca se adaptam e continuam a enviar uma
quantidade contínua de impulsos para o SN ao longo do tempo
Verde: receptores de adaptação lenta que apresentam uma diminuição na quantidade de
impulsos nervosos enviados ao SN ao longo do tempo.
Azul: receptores de adaptação rápida, queda rápida da quantidade de impulsos enviados ao SN
ao longo do tempo, de preto tem se o corpúsculo de pascini que são os mecanorreceptores da
pele de adaptação mais rápida ainda.
Corpo celular
Determinam os
dendritos
Terminal axônico
entrado dentro do SNC
Os ramos oftálmico e maxilar captam as informações dos potenciais de ação contidos nas suas
fibras nervosas e conduzem ao gânglio trigeminal, assim como também o nervo mandibular,
dessa forma, diz-se que esses nervos são nervos aferentes ou sensitivos, são nervos capazes de
captar informações mecanosensitivas, termosensitivas, termoceptivas e proprioceptivas da
região orofacial. Os neurônios primários das fibras aferentes ou sensitivas sempre terminam
num gânglio sensitivo. Ou seja, os neurônios primários das fibras sensitivas do nervo trigêmio
chegam ao gânglio trigeminal através dos ramos oftálmicos, maxilar e mandibular e eles vão
encontrar seus corpos celulares no gânglio sensitivo trigeminal, a partir dos corpos celulares
no gânglio trigeminal, os dendritos se prolongam para outros núcleos localizados dentro do
tronco encefálico. A partir do momento que o neurônio primário adentra o tronco encefálico
(SNC) ele irá fazer a sinapse e encontrar os corpos celulares dos neurônios secundários que
irão em direção ao tálamo.
O ramo mandibular é o mais espesso, pois é o único ramo que além de transmitir fibras
aferentes/sensitivas, também transmite fibras eferentes/motoras, portanto como ele possui
mais fibras, mais funções, ele é mais espesso.
AS FIBRAS SENSITIVAS SERIAM OS AXÔNIOS?
Os núcleos do tronco encefálico são o núcleo mesencefálico do nervo trigêmeo (coadjuvante),
núcleo principal ou sensitivo do nervo trigêmio, núcleo espinal do nervo trigêmio e núcleo
motor do nervo trigêmio. Cada núcleo sensitivo do nervo trigêmio é responsável por uma
percepção, por um sentido ou conjunto de sentidos somáticos.
O núcleo mesencefálico é responsável pela propriocepção, ou seja, pelo controle da
movimentação da contração das musculaturas e pela movimentação das articulações.
O núcleo principal sensitivo do nervo trigêmio irá receber as informações das fibras nervosas
de mecanocepção, termocepção e de nocicepção encaminhadas a partir dos ramos oftálmico,
maxilar e mandibular. As informações mecânicas percebidas pelo núcleo principal são aquelas
de toque grosseiro, informações das quais não são possíveis distinguir onde exatamente está
acontecendo o toque, as fibras que chegam ao núcleo principal do nervo trigêmio são finas.
O núcleo espinal do nervo trigêmio recebe apenas informações de mecanocepção das fibras
sensitivas, mas essas são informações mecânicas de toque sensível, bastante delimitado, ou
seja, as fibras que chegam ao núcleo espinal são muito mais grossas.
O funcionamento da musculatura da mastigação é controlado por um núcleo localizado na
ponte do tronco encefálico, é o núcleo motor do nervo trigêmio, é ele que controla os
movimentos dos músculos mastigatórios através do ramo mandibular do nervo trigêmio.
O nervo trigêmio emerge ao nível de cada lado da ponte do tronco encefálico na transição com
os pedúnculos cerebelares médios, mas sua origem real está nos núcleos dentro do tronco
encefálico.
Córtex somatossensorial
No córtex cerebral têm-se diferentes regiões que são responsáveis pelo controle específico e
fino de diferentes funções, tanto as motoras, quanto as sensitivas simples e complexas.
Os lobos parietal e frontal são divididos pelo sulco central, a frente do sulco central encontra-
se o giro pré-central, e posteriormente a ao sulco central, tem-se o giro pós-central. O giro
pós-central corresponde as áreas 1,2 e 3 de Brodmann e essas áreas se estendem até o sulco
lateral do cérebro.
O córtex somatossensorial é a região de substância cinzenta que está localizado
principalmente ao longo do giro pós-central. Todas as informações táteis, térmicas, de dor ou
de posição são encaminhadas ao córtex cerebral somatossensorial e são processadas pelos
neurônios da região do córtex somatossensorial. As sensações percebidas em diferentes
regiões do corpo são processadas em diferentes partes do córtex somatossensorial, tem-se
então o córtex somatossensorial primário e o secundário. O córtex somatossensorial primário
está associado a receber sensações somatossensoriais da coxa, tórax, pescoço, ombro, mão,
dedos, língua e intra-abdominal e o córtex somatossensorial secundário está associado à face,
membro superior e membro inferior
A esquerda tem-se o homúnculo que representa a distribuição dos campos receptivos dos
neurônios no organismo humano, a maior parte do córtex somatossensorial está associado à
face, especificadamente a boca e também a extremidades dos membros inferiores e
superiores, em comparação a pequena faixa que será responsável pelo tronco, pescoço e
quadril. A somatotopia é a representação dos diferentes campos receptivos de diferentes
partes do corpo no córtex cerebral.
= córtex de percepção sensorial
= córtex motor (giro pré-central) que coordena os movimentos musculares e articulares.
= áreas de associação que integram a sensibilidade somatossensorial, visual, auditiva,
motora, frontal que integram a sensibilidade visual, somatossensorial, auditiva, gustatória e
olfativa a produção de uma resposta através da área de associação motora. Áreas que
integram um estímulo ao outro para produção de uma resposta.