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Logística
// Celio Mauro Placer Rodrigues de Almeida
// Mauro Roberto Schlüter
2009
© 2009 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por
escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
A444e
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-387-0280-1
43
Conceitos fundamentais em logística
43 | Objetivo
43 | A função logística
45 | Logística integrada: um novo conceito
50 | A importância da rede integrada e dos canais na função logística
57 | A origem e definição do termo
58 | A economia, o espaço e o tempo na logística
59 | Alguns problemas conceituais que impulsionaram a logística
60 | Conclusão
Atividades estratégicas e 67
tático-operacionais em logística
67 | Objetivo
67 | Introdução
67 | A economia, o espaço e o tempo na logística
68 | A logística e a estratégia empresarial
74 | Um novo modelo de estratégia logística
86 | Conclusão
99
A gestão de transportes e movimentação
99 | Objetivo
99 | A gestão dos transportes e da movimentação
101 | Objetivos dos sistemas de transporte
102 | Características dos sistemas de transporte
114 | Utilidade da intermodalidade
115 | O planejamento da operação de transportes
118 | Conclusão
ário
125
A gestão de estoques e armazenagem
125 | Objetivo
125 | A gestão de estoques
127 | A função estocagem na logística
130 | O planejamento de estoques
130 | A armazenagem de produtos como suporte à gestão de estoques
135 | A formação de estoque
138 | Gestão de estoques: fazer ou comprar?
140 | Movimentação de materiais
140 | Caracterização dos armazéns
144 | Caracterização das unidades armazenadoras quanto à localização
145 | Unidades terminais
146 | Conclusão
151
A gestão da informação aplicada à logística
151 | Objetivo
151 | A gestão da informação
154 | Os diferentes sistemas de informação e suas aplicações
156 | Arquitetura da informação
160 | O sistema de Planejamento dos
Recursos da Organização – Enterprise Resource Planning (ERP)
161 | Sistemas de informações aplicados à logística
170 | Conclusão
sumário
sumário A visão sistêmica e a
competência da logística empresarial
177
213
Processo logístico e redes logísticas
213 | Do sistema logístico ao processo logístico
214 | Definição de processo logístico
216 | Redes de processos logísticos
227 | Resumo e conclusões
237
Custos logísticos
237 | Custos e perdas de uma empresa
238 | Custos e perdas de um sistema logístico
242 | Variáveis de custo do processo logístico
250 | Modelo de custo logístico total
251 | Resumo e conclusões
ário
259
Indicadores de desempenho na logística
257 | O problema de falta de indicadores de desempenho
258 | O que é um KPI
273 | Resumo e conclusões
277
Supply Chain Management
277 | A logística nas cadeias produtivas
281 | Supply Chain Management
289 | Resumo e conclusões
295
Gabarito
305
Referências
Apresentação
De certa forma, o homem replica no seu
Estratégia Logística
meio artificial (sociedade econômica), as leis
que regem a sobrevivência das espécies. Na
natureza a sobrevivência dos indivíduos de
uma espécie está diretamente ligada à sua ca-
pacidade de competitividade. Assim, os indiví-
duos mais fracos (e por consequência menos
competitivos de uma espécie) são excluídos do
meio através da sua morte. Da mesma forma, se
uma crise sistemática atinge uma determinada
região, como uma tempestade ou um terremo-
to, todas as espécies sofrem a ameaça de extin-
ção, porém somente as espécies melhor prepa-
radas sobreviverão. Transpondo este conceito
para o nosso mundo empresarial, verifica-se
que, guardadas as devidas proporções, as em-
presas que estão inseridas em um ambiente
de filosofia econômica capitalista incorporam
o ônus e o bônus tal qual existe na natureza.
O ônus de ser ultrapassado (e até ser excluído
do mercado), imposto pelos concorrentes que
são mais competitivos ou então o bônus de ter
uma posição privilegiada no mercado, por ser
competitivo.
Um exemplo disso é a crise econômica
mundial ocorrida em 2008. Ela não deixa mar-
gens a dúvidas quanto à necessidade de so-
brevivência das empresas. A Logística Empre-
sarial assume vital importância no contexto
atual, em razão da sua capacidade de alavan-
car a competitividade das empresas. Este livro
aborda as questões relativas às bases concei-
tuais e práticas da logística, tanto no aspecto
estratégico quanto no tático e operacional, de
forma a proporcionar uma construção sólida
de conhecimentos que podem ser replicadas
nas atividades práticas do leitor.
Bons estudos!
Evolução histórica da logística
Objetivo
Realizar uma análise da história da logística visando trazer o conhecimen-
to da evolução dinâmica das variáveis de gestão, tratamento dos recursos e
utilização das tecnologias nos processos organizacionais da logística a fim
de contribuir para o entendimento dos problemas de gestão atuais.
Introdução
O estudo da história da logística nas organizações pode permitir que se
conheça sua evolução e, a partir deste conhecimento, identificar o compor-
tamento das variáveis inerentes ao processo de gestão da logística nestas
organizações, tais como as tecnologias e metodologias empregadas. Este co-
nhecimento pode permitir uma estruturação empírica do comportamento
dessas variáveis de modo a utilizá-las como modelo de comparação, poden-
do-se delas se abstrair pontos específicos de identificação e análise de sua
efetividade e eficácia.
Sun Tzu, (1996) um estrategista militar que viveu há 2500 anos na China,
escrevendo sobre as estratégias de guerra, já levava em consideração os as-
pectos logísticos de deslocamentos de tropas e carros, analisando critica-
mente cada tipo de terreno (desfiladeiros, picos escarpados, pântanos, curta
e longa distância de situação do inimigo etc). Ele deixa clara a importância
da logística como ferramenta técnica para se vencer uma guerra: deve-se
compreender por método e disciplina a disposição do exército em subdi-
visões adequadas, as graduações de posto entre os oficiais, a manutenção
de estradas por onde os suprimentos devem chegar às tropas e o controle
dos gastos militares. Esses cinco fatores devem ser familiares a cada general.
Quem os conhecer, será vencedor, quem não os conhecer, fracassará.
12
Evolução histórica da logística
13
Estratégia Logística
14
Evolução histórica da logística
15
Estratégia Logística
16
Evolução histórica da logística
Assim, embora o frete aéreo seja mais caro que o frete ferroviário, os custos
de armazenagem e os desdobramentos envolvidos no frete ferroviário, que
inexistem no frete aéreo, tornam a operação logística mais barata.
Uma segunda fase, que ocorreu de forma mais ampla entre as décadas de
1950 e 1960, é aqui denominada de logística incipiente, quando as empresas
estavam começando a perceber que os custos de transporte e armazenagem
tinham alguma importância dentro do escopo empresarial e os cargos de
17
Estratégia Logística
Uma quarta fase sucedeu a anterior, nas décadas de 1970 e 1980, aqui
chamada de logística integrada. Esta fase se caracterizou pela integração in-
terna com todos os setores da empresa sendo convocados a atuar em con-
junto para a redução de custos, otimizando as tarefas e recursos e se voltan-
do à visão dos objetivos de negócios em direção ao consumidor. A logística,
dentro da estrutura de marketing, assumia então uma importância muito
grande neste processo, levando todos os setores da empresa a buscarem
resultados conjuntos. Esta fase foi marcada por um grande aumento da re-
cessão e da utilização de processos informatizados, o que gerou uma grande
necessidade de se reduzir custos, ao mesmo tempo em que aumentava a
necessidade de se satisfazer cada vez mais às necessidades do consumidor
para manter a sua lealdade e, consequentemente, o nível de vendas e lucro
da empresa.
18
Evolução histórica da logística
Cada uma dessas fases da evolução da logística nos Estados Unidos foi
então caracterizada como um estágio evolutivo e, a partir de cada uma delas,
foi construído um modelo extraindo seus principais pontos de caracterização
e levando em conta como estava a função logística enquadrada no escopo
empresarial. Desta forma, inicialmente, ao se buscar conhecer as empresas a
serem estudadas por este trabalho de pesquisa, espera-se que seja possível
compará-las, enquadrando-as em cada uma dessas fases, podendo-se então
definir, para cada uma das empresas a serem pesquisadas, em qual estágio
de evolução logística se encontram seus fatores. Chamou-se a isto de nível
de eficiência logística. Consequentemente, ao se analisar todo o conjunto,
poder-se-á então caracterizar estatisticamente quais são os percentuais de
enquadramento de uma organização qualquer e em que estágio de evolu-
ção logística se encontra hoje no seu conjunto.
Logística indefinida
Nesta categoria se incluem as empresas que não têm percepção clara dos
custos e atividades relacionados com a logística. Ballou (1993) relata que até
cerca de 1950, o campo permanecia em estado de dormência. Não existia
nenhuma filosofia dominante para guiá-lo. As empresas fragmentavam a
administração em atividades-chave. Ou seja, o transporte era encontrado
frequentemente sob o comando geral da produção; os estoques eram res-
ponsabilidade da produção, finanças ou marketing; e o processamento de
pedidos era controlado por vendas ou finanças. O período entre o início dos
anos 1950 até a década de 1960 representa a época de grande desenvolvi-
mento para a teoria e a prática da logística. O marketing passava a determi-
nar a orientação para muitas empresas e estava bem estabelecido em muitas
19
Estratégia Logística
20
Evolução histórica da logística
não contempla uma conta específica para logística. O uso de alta tecnologia
para esse fim praticamente inexiste.
Logística incipiente
Nesta categoria se incluem as empresas que têm mínima noção de alguns
custos e atividades relacionadas à logística, mas ainda se encontram sem
uma estruturação clara e específica em relação à inter-relação entre os dife-
rentes custos e atividades de diferentes elementos da logística, tais como ar-
mazenagem e frete e, por conta disso, não tomam decisões baseadas nessas
análises. Julgam ser desnecessário e dispendioso um centro de custos espe-
cífico. Muitas vezes, dividem as funções de gerenciamento de materiais1 e 1
O termo gerenciamento
de materiais indica um
distribuição física2 entre dois encarregados e pulverizam seus custos em di- conceito de organização
com uma única pessoa
versos setores da empresa. Heskett (1966) apresenta sua preocupação com gerenciando o planeja-
mento, a organização, a
a situação incipiente da distribuição física e em seu trabalho, fica evidente motivação e o controle de
todas aquelas atividades
que a visão de logística da época contemplava apenas a distribuição física e e do pessoal principal-
mente ligados ao fluxo de
o gerenciamento de materiais ao afirmar que inadequadamente, uma ênfase materiais dentro da orga-
nização. Gerenciamento
errônea na importância espacial na distribuição física frustrou uma medição de materiais incluía fun-
ções como obtenção,
efetiva da atividade de distribuição física e o desenvolvimento de um siste- matérias-primas, controle
de estoques em processo
de produção, transporte
ma válido de métodos de planejamento. de entrada de suprimen-
tos, material excedente e
residual e programação
Em 1954, Paul D. Converse publicava seu artigo “The other half of marke- da produção. (MASTERS;
POHLEN, 1994, p.14)
ting”, na 26.ª Conferência sobre Distribuição (Boston Trade Board) e, como um
profissional de negócios e autoridade educacional, apontou a necessidade de 2
A distribuição física foi
acadêmicos e profissionais examinarem a distribuição física, como uma área vista como uma ampla
gama de atividades liga-
das com a movimentação
do marketing até então deixada na obscuridade. Dois anos depois, segundo eficiente de produtos aca-
bados a partir do final da
Bowersox e Closs (1996), em 1956, os estudos desenvolvidos por Howard T. linha de produção até os
consumidores. Distribui-
Lewis, James W. Culliton e Jack D. Steele e depois publicados pela Harvard Bu- ção física, para nós, incluía
funções como frete, arma-
siness School num famoso artigo denominado “The role of air freight in physi- zenagem, manuseio de
materiais, embalagem de
cal distribution”, trouxeram uma percepção aos administradores e acadêmicos proteção, processamento
de pedidos, previsão da
de administração e negócios, tornando-se necessário entender a correlação demanda, controle do
inventário e serviço ao
existente entre os diversos custos envolvidos nas atividades de manutenção consumidor. (MASTERS;
POHLEN, 1994, p.14)
de inventários e distribuição, bem como trabalhar equações de múltiplas vari-
áveis independentes, trazendo à luz o conceito de análise do custo total.
Masters e Pohlen (1994) afirmam que, durante os anos 60, a maioria das
firmas teve uma transição gradual a partir de uma administração fragmentária
dos processos estanques e individuais, tais como transporte, aquisição e arma-
zenagem para uma administração integrada subordinando as relacionadas fun-
21
Estratégia Logística
Logística de balanceamento
Nesta categoria se incluem as empresas que adotam o termo logística ou
distribuição física no seu sentido mais amplo. Estão organizadas para fazer um
trabalho conjunto de armazenagem e distribuição, reunindo numa mesma
área todas as atividades logísticas. Nestas empresas, a logística possui uma
estrutura organizacional própria e assume uma posição setorial no organo-
grama empresarial. Entre as suas funções se incluem: gerenciamento do frete,
do depósito, manipulação de materiais, embalagem protetora, processamen-
to de pedidos, previsão da demanda, controle de estoque e serviço ao consu-
midor. O gerenciamento em 1965 foi disposto, mais apropriadamente, como
segmentado. Foi dada prioridade ao refinamento dos conceitos básicos e ao
desenvolvimento de instrumentos de análise com grande precisão. Enquanto
1961 assistiu ao primeiro livro devotado a um título de distribuição física. Hoje,
uma ampla variedade de textos e coleções de leituras estão disponíveis.
23
Estratégia Logística
24
Evolução histórica da logística
Logística integrada
Este estágio se caracteriza pela preocupação em integrar todos os depar-
tamentos da empresa em torno de um objetivo comum: buscar ocupar no
mercado uma posição de distinção e excelência, através de uma estrutura
de armazenagem e distribuição eficiente que traga redução de custos, oti-
mização do tempo e do espaço, visando proporcionar maior satisfação ao
consumidor.
25
Estratégia Logística
Este estágio foi enriquecido por um contexto cuja importância foi perce-
bida pelos profissionais de marketing, que buscaram entender melhor as ne-
cessidades do consumidor. Neste período passou-se então a dar relevância à
busca de um serviço de melhor qualidade, visando atingir com mais êxito a
satisfação desse consumidor. A logística se inseria neste contexto como um
serviço a ser prestado que poderia ser veículo de vantagens e adição de valor
ao consumidor.
27
Estratégia Logística
28
Evolução histórica da logística
Logística da informação
Este estágio, o último e mais recente, aqui chamado de logística da in-
formação, se caracterizou basicamente pela importância dada à integração
externa, ou seja, entre os diferentes elos da cadeia de distribuição.
29
Estratégia Logística
Bowersox e Closs (1996) apontam como uma das mais importantes dire-
ções que tomou a mudança logística, a adoção dos programas de qualida-
8
Total Quality Manage- de total como, o TQM (Total Quality Management)8 através da indústria e dos
ment (TQM): Gerencia-
mento da Qualidade Total conceitos de zero defeito nos produtos e serviços e, mais recentemente, o
é a abordagem sistemá-
tica, passo a passo, dos
processos de simplifica-
ECR (Efficient Consumer Response)9, que também se expandiram rapidamen-
ção e estabelecimento de
uma cultura de melhorias
te para as operações logísticas, afetando toda a estrutura de canais e sua
contínua, vigorosa e
abrangente. (DAVENPORT,
integração. Os resultados acima descritos foram especialmente auxiliados
1994)
pela integração dos canais de distribuição. Gustin, Daugherty e Stank (1995)
9
afirmam que o gerenciamento da logística integrada foi identificado nos
Efficient Consumer Res-
ponse (ECR): Resposta anos 1990 como o desafio primordial por empresas que desejavam explorar
Eficiente ao Consumidor
é a redução ainda maior as suas capacitações logísticas com o intuito de ganhar e manter a lealdade
da divisão convencio-
nal entre os passos dos
processos individuais de
do cliente. O conceito, baseado na análise de custo total e no controle de
produção, armazém dos
fabricantes, armazém de
qualidade total, amarra todas as atividades logísticas e visualiza os resulta-
mercadorias e a filial e o
cliente, a fim de realizar o
dos como um sistema que se empenha em minimizar os custos de distribui-
gerenciamento holístico
de todas as atividades de
ção total, ao mesmo tempo em que conquista o nível desejado de serviço
valor agregado. (MOURA,
1998, p. 86) ao cliente. Melhorias significativas na rentabilidade podem ser observadas
através da redução do custo e da melhoria dos serviços. Os custos podem
ser reduzidos com a integração das atividades tais como: serviço ao cliente,
transporte, armazenagem, gerenciamento de estoques, processamento de
pedidos, sistemas de informação, planejamento de produção e aquisição. A
integração ajuda a minimizar a consolidação dos inventários nas interfaces
críticas do negócio, ao mesmo tempo em que melhora os transportes e a uti-
lização dos ativos do armazém e elimina a duplicação dos esforços. A econo-
mia resultante da eficiência e da produtividade ampliadas pode ser utilizada
para aumentar a qualidade do serviço de logística.
30
Evolução histórica da logística
31
Estratégia Logística
(ALMEIDA, 2000)
Logística de
Caracterís- Logística Logística Logística Logística da
ticas balancea-
indefinida incipiente integrada informação
mento
Posiciona-
mento das
atividades Na área de
Distribuída Setor de Setor/ge- Diretoria ou
logísticas na gerência de
por diversos distribuição rência de gerência de
estrutura fun- materiais e
setores. física. logística. logística.
cional e orga- transportes.
nizacional da
empresa.
Importância Controle de Catalisar to- Catalisar
estratégica da Armaze- materiais e dos os setores todos os elos
Posição de
logística na nagem e transporte da empresa da cadeia de
destaque
estrutura fun- transporte para atingir o para reduzir distribuição
para otimizar
cional e orga- para escoar a consumidor custos e otimi- e conquistar
a distribuição.
nizacional da produção. ao menor zar as tarefas posição e
empresa. custo. logísticas. imagem.
Presença e im-
portância do
gerenciador
de logística Ausente Ausente Presente Presente Presente
na estrutura nenhuma. pouca. média. grande. muito grande.
funcional e
organizacio-
nal.
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Evolução histórica da logística
Logística de
Caracterís- Logística Logística Logística Logística da
ticas balancea-
indefinida incipiente integrada informação
mento
Localização e
importância
dos custos Escondidos Diluídos na
Na área de
logísticos em diversas área comer- Na área de Na área de
distribuição
na estrutura áreas da cial ou de logística. logística.
física.
financeira e empresa. produção.
contábil da
empresa.
E.D.I., E.C.R.,
Nível de Pesquisa Microinformá- Códigos
tecnologia operacional tica de barra e
utilizado para Cálculos aplicada à TQM, leitor óptico,
Inexiste.
incremento algébricos. logística com internet,
das atividades uso da infor- J.I.T., M.R.P.II
roteirizadores,
logísticas. mática. D.R.P. computador
portátil, G.P.S.
33
Estratégia Logística
Conclusão
O presente capítulo buscou apresentar os principais eventos na história
da humanidade que trouxeram contribuição à evolução da logística. Foram
abordados os principais momentos desde os fenícios na era antiga até os
nossos dias, dando alguns destaques como à Roma antiga com seus aque-
dutos, a invenção do motor e no século XX a descoberta que a logística era
composta de três fatores formadores de seus custos, os estoques, os transpor-
tes e a informação e que esses fatores se interligam na formação dos custos
logísticos dando-lhe uma dimensão de custos integrados e que devem ser
balanceados pelos planejadores em ação na execução da logística. E por fim
foi visto uma síntese da evolução histórica da logística e como as caracterís-
ticas apontadas em cada uma das fases podem servir de suporte para uma
identificação inicial do momento evolutivo em que se encontram as empre-
sas amostradas num levantamento de campo, constituindo-se numa estru-
tura básica de onde foram abordados os aspectos organizacionais, aspectos
referentes à importância estratégica da logística na organização empresarial,
aspectos referentes à relevância e funcionalidade dos recursos humanos nas
atividades gerenciais e operacionais, aspectos referentes aos custos das ati-
vidades logísticas e aspectos referentes à tecnologia.
34
Evolução histórica da logística
A força do vapor
O inventor escocês James Watt (1736-1819) introduziu um condensador
separado do cilindro ao projeto de Newcomen. Assim, o cilindro não precisava
ser aquecido e resfriado sucessivamente. O resultado foi uma grande redução
de consumo de combustível e de custos operacionais. A invenção de Watt,
a engrenagem de sistema planetário, permitiu o movimento recíproco (para
cima e para baixo) do travessão, usado na movimentação de rodas, tornando
possível seu uso nos transportes. No início do séc. XIX, barcos movidos a vapor
estavam em operação com êxito comercial. Richard Trevithick (1771-1833),
que construiu motores a vapor operando a pressões muito mais elevadas que
os de Watt, instalou em uma locomotiva um motor capaz de puxar uma carga
de dez toneladas a uma velocidade de 8 km/h.
35
Estratégia Logística
O motor a vapor
Reservatório de
IESDE Brasil S. A.
água
Travessão
Biela
Volante
Válvula
Cilindro
Válvula de
admissão
Válvula de
segurança
Entrada de água
de refrigeramento
Caldeira
Condensador
Vapor
Saída da água
de refrigeramento
Água
Saída da água
condensada
Fornalha
36
Evolução histórica da logística
o pistão. Assim - apesar de a pressão nesses motores não chegar a 1,5 atmos-
fera - a diferença de pressão relativa dentro do cilindro aumentava a potência
efetiva do motor.
37
Estratégia Logística
IESDE Brasil S. A.
água
Travessão
Biela
Volante
Válvula
Cilindro
Válvula de
admissão
Válvula de
segurança
Entrada de água
de refrigeramento
Caldeira
Condensador
Vapor
Saída da água
de refrigeramento
Água
Saída da água
condensada
Fornalha
38
Evolução histórica da logística
trado pela primeira vez em 1200, na China. O primeiro foguete de longo al-
cance, o V2, foi desenvolvido por uma equipe liderada por Wernher von Braun
(1912-1977) e utilizado pêlos alemães para bombardear Londres (1944-1945).
Os combustíveis podem ser sólidos que queimam de maneira regular ao invés
de explodir ou líquidos (como hidrogênio e oxigênio) que reagem entre si. Ao
contrário dos motores a jato, os foguetes não precisam de uma fonte externa
de oxigênio, de modo que funcionam no espaço.
O turbojato
Turbina compressora
IESDE Brasil S. A.
de múltiplos estágios
Câmara de Turbina Bico
combustão
Ar
Saída do
jato
Ar
Pás do Eixo de
compressor Combustível transmissão Pá da turbina
Direção do Movimento
39
Estratégia Logística
Atividades de aplicação
1. Descreva com suas palavras como as invenções humanas trouxeram
avanços à formação da disciplina logística.
3. Faça uma aplicação prática utilizando uma empresa real com base nas
descobertas feitas por Lewis, Culliton e Steele em 1956.
40
Conceitos fundamentais
em logística
Objetivo
Apresentar os conceitos fundamentais da logística e sua funcionalidade,
trazendo para reflexão os elementos que fazem parte da logística moderna e
seus constructos a fim de propiciar uma visão geral de todas as tarefas e fer-
ramental que a logística dispõem atualmente para executar suas atividades.
E a partir do escopo da logística inventariar seus elementos de atuação tática
e estratégica com intuito de compreender sua arquitetura e forma de opera-
ção como parte da administração de organizações voltadas ou não ao lucro.
A função logística
Ao se buscar compreender a função logística, uma das questões levan-
tadas é quanto ao seu relacionamento com as variáveis envolvidas dentro
do espectro de atividades da administração empresarial. A pergunta que se
deve fazer inicialmente é: a que fim se destina a logística? A sua finalidade
é acrescentar valor ao produto ao torná-lo disponível, entretanto, a dispo-
nibilidade e entrega deste produto tem como meta, antes de mais nada,
acrescentar valor ao cliente. Vendo o transporte como uma importante fer-
ramenta funcional, Owen (1975) demonstra que a importância da função lo-
gística cresce, com o aumento do volume de cargas transportadas, mais ra-
pidamente que o Produto Nacional Bruto da nação. Com o crescimento das
nações, há um contínuo aumento na necessidade de transporte e armaze-
nagem. A modernização da agricultura requer o suprimento de ferramentas,
maquinários e fertilizantes para as fazendas rurais e transporte de alimentos
e outros produtos para os centros de consumo. Aumento na produção in-
dustrial significa trazer grandes volumes de matérias-primas e componentes
para processamentos e distribuir maiores quantidades de produtos acaba-
dos para os consumidores. A expansão do produto pode ser acompanhada
por uma extensão da área na qual os materiais são montados, bem como
Estratégia Logística
44
Conceitos fundamentais em logística
gestão de estoques;
gestão de transportes;
45
Estratégia Logística
gestão da informação;
compras – S&OP (Sales and Operation Planning);
programação da produção – MRP II (Manufacturing Resource Planning);
armazenagem – WMS (Warehouse Management System);
movimentação de materiais;
embalagem.
processamento de pedidos;
contabilização da distribuição;
recebimento;
transporte de chegada;
administração de estoques;
depósito interno;
embalagem para embarque;
46
Conceitos fundamentais em logística
embarque;
transporte de saída;
depósitos externos;
serviço ao cliente.
Em outras palavras, não há valor num produto (ou serviço) até estar nas
mãos do cliente. A logística assume então a função de transformar o bem ou
serviço produzido ao disponibilizá-lo, em valor para o cliente e, consequen-
temente, para a empresa; ou ainda, de transformar o produto específico em
produto recebido, maximizando a utilidade de tempo e de lugar. Se consi-
derar que desde a produção de matéria-prima, por exemplo, numa mina de
ferro, até a utilização do produto, um automóvel por exemplo, pelo consumi-
dor final, passando por todas as etapas de transformação e enriquecimento, a
logística esteve presente em todas elas. A logística, sempre que foi necessária,
exerceu sua ação em todas as etapas do processo produtivo, agregando valor
47
Estratégia Logística
48
Conceitos fundamentais em logística
Retenção de clientes
Qualidade do relacionamento
Serviço ao cliente
Capacidade logística
-transporte -transporte
-manutenção de estoque -manutenção de estoque
-processamento de pedidos -processamento de pedidos
-obtenção -programação de produção
embalagem protetora -embalagem protetora
-armazenagem -armazenagem
-manuseio de materiais -manuseio de materiais
-manutenção de informações -manutenção de informações
Fábricas
Figura 2 – Escopo da logística.
50
Conceitos fundamentais em logística
51
Estratégia Logística
(WEBSTER, 1991)
Mercados Mercados
Fatores de diferenciação
empresariais bens de consumo
Número Grande
Quantidade dos canais de distribuição reduzido número
(centenas) (milhares)
Número Grande
Quantidade de clientes
reduzido número
Customização Maioria Minoria
Intermediação de vendas Inexiste Existe na maioria
Alto nível
Tecnologia de distribuição Variado
técnico
Dependência do distribuidor ao produtor Alta Baixa
Relacionamento fornecedor/cliente Íntimo Padronizado
mam, baseados na literatura, que nos últimos dez anos, grande parte dos pro-
dutos industriais foram vendidos através de distribuidores. Em sua pesquisa,
concluíram que o posicionamento dos produtos não deve estar somente nas
mentes dos consumidores finais, mas também nas dos distribuidores:
Esta pesquisa sugeriu que os fabricantes deveriam não somente considerar o
posicionamento de seus produtos oferecidos, com respeito às percepções e necessidades
do usuário final, mas, que precisam também considerar em sua estratégia o posicionamento
do canal, sua oferta com respeito às percepções e necessidades dos distribuidores.
Como sugerido previamente, a troca de valor para a empresa pode ser expandida para
combinar duas ou mais empresas com suas inter-relações no canal de distribuição. Em
adição aos relacionamentos entre o fabricante, o varejista e os clientes e/ou usuários finais, o
modelo de canal pode incorporar os efeitos das relações com outros constituintes, incluído
as empresas de logística. Embora este modelamento não tenha sido desenvolvido para
todas as situações possíveis, as bases têm sido providenciadas para o detalhamento e a
combinação das relações específicas dentre os sistemas maiores.
Atacadistas
Produtos agrícolas
Matérias-primas
Varejistas
Consumidores e governos
Atacado Atacado/distribuidores
Atacadista integrado integrados de serviços
de alimentos
Aquisições
Indústria do governo
Processamento
inicial
Mercados Processadores
importações do varejo
Montagens
Processadores
iniciais
do varejo
Montadoras
Produção locais
Agrícola
Produtores
agrícolas
Suprimentos
inicias
Fornecedores de
suprimentos agrícolas
56
Conceitos fundamentais em logística
necedor sob forma de negócios extras. Neste sentido, afirma que se concen-
trando nos elementos a que o cliente atribui mais valor, o fornecedor tem
mais chances de conquistar e manter clientes. Isso requer um conhecimento
detalhado da cadeia de valor do cliente.
57
Estratégia Logística
58
Conceitos fundamentais em logística
59
Estratégia Logística
Aumento nas taxas de juros, com forte impacto nos custos financeiros
associados à estocagem de insumos e produtos.
Conclusão
As abordagens deste capítulo buscaram apresentar os principais concei-
tos que fazem parte da logística moderna e suas aplicações. A logística inte-
grada e seus desdobramentos, o escopo central da logística e a sua aplicabi-
lidade além de situar a origem do termo e sua conceituação.
60
Conceitos fundamentais em logística
Introdução
Em um mundo cada vez mais globalizado e sem fronteiras, encontrar um
diferencial competitivo se torna cada vez mais necessário para a sobrevivência
das empresas no mundo todo. Uma das opções que já vem sendo usada por
muitos são os conceitos de logística. A integração dos diversos setores da em-
presa e o pensamento comum na redução de custos, qualidade de produção
e fluxo rápido de informações vêm levando grandes empresas para esse novo
mundo chamado logística. Para muitas empresas essa palavra já deixou de ser
um diferencial competitivo, porém ela deve ser continuamente estudada e
aprimorada, pois já se tornou uma área estratégica dentro da organização.
Estratégia da logística
Machado (2008), explica que uma logística bem aplicada e entendida ajuda
a empresa na redução de custos e aumenta os produtos ou serviços oferecidos
ao cliente. Podendo, torna-se um diferencial competitivo em seu mercado de
atuação. Esse é o caminho utilizado por vários setores da economia brasileira
como o automobilístico e o grande varejo. Nos últimos anos, várias empresas
de automóveis vem construindo complexos produtivos, utilizando os mais
modernos conceitos de logística. São fábricas compactas, com alta eficiência
operacional e que produzem automóveis para todo o mundo.
Machado (2008), ainda explica que não só empresas vêm investindo em lo-
gística, mas sim países inteiros. Nações como Estados Unidos e Japão utilizam
há muitas décadas esses conceitos de logísticas e também vêm pesquisan-
do e desenvolvendo novos conceitos. Suas superioridades competitivas são
vistas quase a todo instante em nosso mercado globalizado e foram um fator
determinante em seu desenvolvimento econômico.
61
Estratégia Logística
Neto (2008), ainda explana que a logística permite uma melhor visão geral
da empresa, inclusive da cadeia produtiva, podendo analisar de forma siste-
mática os fluxos da cadeia produtiva. O primeiro fluxo é o dos materiais que
envolvem os fornecedores e a entrega do produto acabado para o cliente.
O segundo fluxo é o da informação, no qual o cliente pode saber em tempo
real em que fase de produção se encontra o seu pedido. Com a sincronização
desses fluxos, a organização ganha em economias de custos com matéria-
-prima, reduzindo estoques, e propicia uma melhor informação para seu clien-
te, melhorando assim também o fluxo financeiro da empresa.
A logística no Brasil
Para Fleury (2006), a logística no Brasil ainda é recente. Fatores como esta-
bilidade econômica, mercado globalizado e a onda de privatizações, impulsio-
naram o processo de mudanças da forma de administração. O comércio inter-
nacional brasileiro cresceu cerca de 50% em três anos, abrigando as indústrias
a se adaptarem ao mercado exterior. A privatização da infraestrutura como
ferrovias, rodovias e portos, gerou uma demanda muito grande por logística
internacional, área pouco explorada e quase sem nenhum conhecimento no
62
Conceitos fundamentais em logística
63
Estratégia Logística
Conclusão
A globalização é um fato que as empresas não podem negar. Fechar os
olhos e deixar seus concorrentes passarem a sua frente com novas tecnolo-
gias de produção, vendas, informação e logística é o mesmo que decretar a fa-
lência da empresa. A logística deve ser usada como mecanismo de concorrên-
cia frente ao novo mercado global. O gestor dessa nova era deve estar atento
às grandes mudanças de cada setor da economia, pois a logística moderna
deixou de ser um mito e passou a ser uma grande fonte de competitividade.
Atividades de aplicação
1. Faça uma aplicação prática do modelo apresentado por Lambert, de
canais de distribuição nos EUA, para a realidade brasileira.
processamento de pedidos;
contabilização da distribuição;
recebimento;
transporte de chegada;
administração de estoques;
depósito interno;
embalagem para embarque;
embarque;
transporte de saída;
depósitos externos;
serviço ao cliente.
64
Atividades estratégicas
e tático-operacionais em logística
Objetivo
Ao longo da história da administração, gestão de transportes, de esto-
ques e da informação foram paulatinamente ganhando relevância e a im-
portância da função informação na logística somente ganhou destaque
neste milênio. Este capítulo tem por objetivo realizar uma análise crítica de
alguns modelos de estratégia logística, destacar a importância da sua apli-
cação tático-operacional e apresentar um novo modelo estrutural de estra-
tégia para a logística, que considera a importância das novas tecnologias de
transportes, estoques e informação e sua utilidade junto aos componentes
funcionais (tático-operacionais) da logística.
Introdução
Os estudos da logística e sua história demonstram que, desde a Segunda
Guerra Mundial, a logística tem passado por uma evolução intensiva que apre-
senta várias fases (ALMEIDA, 2000). Assim, é possível observar que ao longo
das últimas décadas a logística tem sido otimizada e seus diversos compo-
nentes, antes considerados triviais, se tornaram essenciais. Observar como a
estratégia pode utilizar a logística em seus objetivos, bem como, de que forma
a logística pode se comportar estrategicamente contribuindo para o cresci-
mento das organizações envolvidas tornou-se uma exigência nesses dias. E
por fim, refletir como a estratégia se traduz na prática cotidiana das atividades
tático-operacionais na gestão de transportes, estoques e informação.
M
ar
ge
Desenvolvimento de tecnologia m
Aquisição
interna externa e m
ge
vendas ar
M
70
Atividades estratégicas e tático-operacionais em logística
Para Bowersox e Closs (1986), quanto mais eficiente for o processo do sis-
tema logístico de uma organização, maior precisão será requerida do siste-
ma de gestão. Da mesma forma, Magee (1977) afirmava na década de 1980
que as tendências no desenvolvimento da logística não identificavam a re-
levância da evolução da informação com a capacidade logística, os desen-
volvimentos mais notáveis da logística foram àqueles relacionados com o
transporte. O desenvolvimento de novas técnicas de transporte e a abertura
de novas rotas se situam entre as mais dramáticas conquistas do homem. O
desenvolvimento dos sistemas de comunicação – desde o serviço de cor-
reios e telégrafos, telefone, até a internet sem fio etc. – tem sido enorme; é
interessante notar que estes não têm sido estreitamente identificados com
a capacidade logística.
71
Estratégia Logística
72
Atividades estratégicas e tático-operacionais em logística
Design Estratégia
de canal de rede
Estrutural
Design
Gestão Gestão
de operações
de Transportes de materiais
do armazém
Funcional
Sistemas Organização e
Políticas e Equipamentos
de gerenciamento
procedimentos e instalações
informação das mudanças
Implementação
73
Estratégia Logística
O autor.
Cliente/
Consumidor
ESTRATÉGICO
REDE E CANAIS
ESTRUTURAL
GESTÃO DA GESTÃO DA GESTÃO
INFORMAÇÃO MOVIMENTAÇÃO DE
(design e operação (design e operação ESTOQUES
da infraestrutura de da infraestrutura (design e
informação) de transportes) operação da
infraestrutura de
armazenagem)
FUNCIONAL
O nível estratégico
Christopher (1997) afirma categoricamente que o serviço ao cliente é a prin-
cipal fonte da vantagem competitiva. Assim, o objetivo do gerenciamento da
logística é projetar estratégias que possibilitem a realização de um serviço de
qualidade superior e com o menor custo possível. Os requisitos de serviço, for-
mulados pelo cliente e pelo consumidor, devem orientar toda a cadeia de or-
ganizações, incluindo manufatura, marketing e logística. Caracteriza-se então
como absolutamente essencial, um claro entendimento de “como”, “quando”,
“onde”, “quanto” e “o quê” os clientes e seus diferentes segmentos necessitam e,
consequentemente, desenvolver uma estratégia de serviços aos clientes que
possa atender suas expectativas e satisfazer suas necessidades.
75
Estratégia Logística
O nível estrutural
Originalmente O’Laughlin, Kevin A. e Copacino, William C. (in ROBESON;
COPACINO, 1994), demonstraram ser o nível estrutural composto pelo design
de canal e estrutura de rede. Atualmente, pode-se afirmar que o design do
canal determina quais atividades e funções necessitam ser estruturadas para
um determinado nível de serviços e quais organizações participarão deles.
Em outras palavras, define a extensão e o grau de participação de cada um
dos membros da cadeia de organizações no design dos serviços logísticos.
Muitos fatores influenciam a estratégia para o design de canal, incluindo o
nível e a qualidade da demanda dos consumidores, a economia de canal,
o papel dos participantes e a força e poder de barganha dos participantes
do canal. Nesta etapa, a decisão sobre distribuir diretamente ou adquirir o
serviço de terceiros é bastante relevante. A análise detalhada e cuidadosa
deve ser feita antecipadamente, pois após a constituição de uma estrutura
de canal de distribuição, qualquer alteração na sua configuração original não
pode ser obtida no curto prazo.
76
Atividades estratégicas e tático-operacionais em logística
77
Estratégia Logística
O nível funcional
No nível funcional situam-se as atividades fundamentais, sem as quais
a logística não pode funcionar: gestão da informação, gestão de estoques e
gestão da movimentação (figura 4). A logística empresarial é aquela que trata
78
Atividades estratégicas e tático-operacionais em logística
O autor.
GESTÃO DA GESTÃO DE
INFORMAÇÃO ESTOQUE
GESTÃO DA
MOVIMENTAÇÃO
A gestão de estoques
A gestão de estoques se apresenta como essencial à logística, pois deter-
mina a importância do nível de disponibilidade do produto. Pode-se definir
estoques como sendo quaisquer unidades de bens físicos que sejam con-
servados, em algum lugar físico, de forma não produtiva, por algum inter-
valo de tempo. Os estoques se constituem tanto de produtos acabados que
aguardam venda ou despacho, como matérias-primas e componentes que
esperam ser utilizados na produção.
79
Estratégia Logística
80
Atividades estratégicas e tático-operacionais em logística
A gestão da movimentação
A gestão de movimentação inclui os transportes externos e as movimen-
tações internas. Transferir bens de um local a outro é claramente uma das
atividades funcionais da logística. Sem ela a logística não funciona, pois os
produtos e materiais não chegam a outros pontos de demanda e consumo.
A forma como o material ou produto será transportado depende das vanta-
gens e desvantagens relacionadas aos modais disponíveis, à infraestrutura
de transportes, ao volume a ser transportado, à contabilidade e aos custos
de movimentação, tempo, legislação, capacidade etc.
81
Estratégia Logística
A gestão da informação
A gestão da informação se incumbe de definir o design e operação da in-
fraestrutura de informação, incluindo a definição do ciclo de processamento
de pedidos, escolha de software, hardware e sistemas integrados de comu-
82
Atividades estratégicas e tático-operacionais em logística
83
Estratégia Logística
Dornier et al. (2000), em relação a uma gestão eficaz das operações e lo-
gística globais, afirmam que o sistema de informações logísticas se tornou
um fator crítico de sucesso na estratégia logística. Ele engloba a monitora-
ção de fluxo ao longo de toda a cadeia de atividades logísticas, capturan-
do dados básicos, transferindo dados para outros centros de tratamento e
processamento, armazenando os dados básicos conforme seja necessário,
processando dados em informações úteis, armazenando as informações
conforme seja necessário e transferindo informações aos usuários e clientes.
Assim, fortalecem a percepção de que a gestão da informação na logística é
um elemento de grande importância funcional ao afirmarem que, mais que
apenas o fluxo de produtos, o sistema logístico está diretamente envolvido
com o fluxo de informações (e. g., disponibilidade de produtos, prazo de en-
trega, necessidades dos clientes).
LOG
Í ST
IC
A
O
ÇÃ
DE
MA
RE
CU
ÍSTICA DE INFOR
RS O
S
LOGÍSTICA
GLOBAL
LOG
IO
ÁR
USU
LOGÍSTICA DO
Estrutura
organizacional
Sistema de Sistema de
comunicação e motivação e
informática recompensa
85
Estratégia Logística
Nível de Implementação
Neste nível, se incluem as atividades de suporte e apoio, aquelas que
funcionam como instalações e/ou instrumentos para se executar as tarefas
que suprirão as operações logísticas. Este é o nível tático-operacional, onde
se dão as atividades cotidianas e consiste nos sistemas de suporte, como
políticas e procedimentos, operação e manutenção das instalações e equi-
pamentos, gerenciamento e mudança da cultura organizacional. Incluem
ainda organização racional dos serviços, planejamento e controle das opera-
ções, política de serviço ao cliente, gestão da força de trabalho, operação e
manutenção de equipamentos e instalações, gerenciamento da qualidade,
segurança e responsabilidade social e ambiental além de outras atividades
de suporte e apoio à logística operacional e estratégica.
Conclusão
A estratégia logística torna-se um importante elemento de posiciona-
mento e diferenciação no mercado concorrencial, desempenhando um
papel de destaque perante seus mercados e clientes. O desenvolvimento de
práticas que privilegiem e excelência em gerenciar os transportes, os esto-
ques e as informações podem elevar a organização a um patamar de distin-
ção junto aos seus mercados propiciando o desenvolvimento de domínio de
conhecimento que permitira a organização crescer e caminhar em direção
ao sucesso.
86
Atividades estratégicas e tático-operacionais em logística
O que significa a logística para o seu negócio? Ela chega a ser tão impor-
tante quanto o relacionamento nas operações comerciais? Respondem pela
exigência de seus clientes de A a Z? Para muitas empresas de distribuição, e
também para a área produtiva, o sistema logístico faz parte de um pacote de
benefícios que caminha de mãos dadas com a área comercial e pesa na prefe-
rência de seus respectivos clientes. Mas cada um tem a sua forma de operar a
logística, e poucos pensam em usá-la de outra forma senão a estratégica.
87
Estratégia Logística
A partir daí, a empresa decide o que vale mais a pena para o seu negócio:
assumir a logística ou designar o papel a especialistas. “Os grandes grupos, os
mais modernos em todos os segmentos, tendem a ter o foco em seu negócio
principal e a terceirizar as atividades que não são de sua natureza. As gran-
des indústrias de autopeças fazem isso, delegam a tarefa de operar a logística
tanto em termos de armazenagem e manuseio quanto em organização do
transporte com especialistas”, expõe Tabajara.
Esta é uma tendência real e já praticada por alguns dos grandes fabricantes
no Brasil que buscam reduzir o que ele chama de “promiscuidade empresa-
rial” – ou seja, o negócio do futuro é ter menos parceiros para efetivar a alta
eficiência, produtividade, tecnologia, investimento e facilitar a cobrança de
tudo isso.
88
Atividades estratégicas e tático-operacionais em logística
muito avançados nessa área e indústrias que têm muito a desenvolver. O mer-
cado de autopeças, como um todo, ainda não utiliza o que está disponível”,
observa Tanaka. Segundo ele, a logística também tem o conceito de criar faci-
lidade para as empresas atingirem novos mercados, e isso aumenta as justifi-
cativas em prol da terceirização.
“É ele quem dá o crédito, que faz a cobrança, faz a gestão do pedido e tudo
mais. Essa é a essência, a vocação da distribuição. A parte logística pode ser
terceirizada pelo próprio distribuidor, embora ainda não seja uma prática tão
comum assim”, considera Tabajara. A DHL já teve, segundo ele, distribuidores
como clientes. Um exemplo recente é de um distribuidor de medicamentos na
América Latina – mercado muito parecido com o da reposição automotiva.
89
Estratégia Logística
90
Atividades estratégicas e tático-operacionais em logística
91
Estratégia Logística
O foco total na área comercial seria otimizada com a logística nas mãos de
um confiável operador, segundo Cruvinel. “Se chegarmos em um momento
de maturidade de deixarmos a logística para outros, teremos mais tempo para
sentar com o cliente e ajudá-lo a vender mais”.
A eficácia do distribuidor
Independentemente de terceirização da logística, a eficácia do atendimen-
to do distribuidor é algo que não pode sofrer remendos. Isso vale para qual-
quer estratégia de logística aplicada, mas de forma especial para as empresas
que não têm filiais. O fato de um distribuidor ter uma logística avançada e
moderna o permite trabalhar com um centro de distribuição e atingir diversas
localidades com eficiência. “Mas aí tem que saber combinar isso com a estra-
tégia de distribuição e comercial, pois existe um tempo de atendimento que
está ligado à distância”, ressalta Francisco Tabajara de Brito, diretor de logística
da Danzas-DHL.
92
Atividades estratégicas e tático-operacionais em logística
Mas há diversas empresas que não possuem filiais e que enfrentam pro-
blemas de distribuição. No caso da Jahu, que atende todo o Brasil e possui
uma logística interna considerada complexa devido a grande quantidade
de linhas de produtos com as quais trabalha, a logística é encerrada na saída
do pedido e todo o transporte é terceirizado, com fretes pagos pelo próprio
cliente. Isso faz com que ela perca a preferência nos pedidos urgentes. “Temos
preços muito competitivos, mas quando as lojas precisam de algo urgente,
elas pagam mais caro o frete ou compram de um distribuidor regional”, conta
Alcides Acerbi Neto, diretor da Jahu.
Nesse ponto, Tabajara diz que deve ser levado em conta no planejamento
de logística da empresa muita organização, um excelente gerenciamento do
transporte e parcerias estratégicas. “Para atender um cliente distante, que faz
pedidos pequenos e fracionados, os custos de transporte, manuseio e tudo
mais vai crescer de forma exponencial, e o próprio cliente vai ter problema
para receber todo dia”, diz Tabajara. Seria preciso alguém que trabalhasse
junto com o cliente para fazer a organização e consolidação dos pedidos,
atendendo de forma racional.
93
Estratégia Logística
94
Atividades estratégicas e tático-operacionais em logística
fique suas margens do lucro. Muitos têm saudades do tempo em que acres-
centavam ao preço de compra de um produto os percentuais de despesas
fixas, variáveis, taxas, custos do estoque e também o frete, a fim de estabe-
lecer o preço de venda. Hoje, os distribuidores precisam vender um volume
grande de mercadorias para que os pequenos lucros obtidos em cada venda
cubra tantas despesas. E quando o volume de vendas não é grande, o prejuízo
passa a ser.
95
Estratégia Logística
Por outro lado o sistema “MRP” (Material Requirement Planing) que alcança
ótimo desempenho no planejamento de necessidades, se mostra lento e inefi-
caz para acompanhar as mudanças rápidas que ocorrem no dia a dia dos seto-
res de produção. Neste particular o software “SIK” – Sistema Integrado KANBAN,
96
Atividades estratégicas e tático-operacionais em logística
Atividades de aplicação
1. Discorra sobre o papel da logística na estratégia empresarial.
97
A gestão de transportes
e movimentação
Objetivo
Apresentar os conceitos fundamentais da gestão de transportes e mo-
vimentação e sua funcionalidade, trazendo para reflexão os elementos que
fazem parte da moderna operação dos transportes e movimentação interna,
a fim de propiciar uma visão geral de todas as tarefas e ferramental que as
atividades de transporte e movimentação dispõem atualmente para execu-
tar com a melhor relação custo versus eficiência as suas atividades. E a partir
do seu escopo inventariar seus elementos de atuação tática e estratégica
com o intuito de compreender sua arquitetura e forma de operação como
parte da administração logística das organizações.
O sistema de transportes talvez seja uma das mais antigas técnicas desen-
volvidas pelos seres humanos no âmbito da logística, pois ao realizar uma
das mais antigas invenções, a roda, o homem passou a poder transportar
cargas e pessoas. Os transportes hidroviários e terrestres foram impulsiona-
Estratégia Logística
100
A gestão de transportes e movimentação
O modal dutoviário
O modal dutoviário é muito utilizado para transportar produtos líqui-
dos e gasosos, tais como: petróleo, gás natural, álcool, água e dejetos hu-
manos. Os maiores transportadores em dutos no Brasil são a Petrobrás S.A.
e a Sabesp, a primeira levando todo tipo de combustível líquido e gasoso
e a segunda levando água potável e esgotamento de dejetos domésticos.
No Brasil também se encontram alguns minerodutos, entre eles o maior do
mundo, que transporta pequenas pelotas de minério de ferro, e possui 396
quilômetros de extensão e atravessa a Serra do Caparaó elevando o minério
em dutos de 1 metro de diâmetro a 1.180 metros de altitude, essa viagem
102
A gestão de transportes e movimentação
IESDE Brasil S. A.
103
Estratégia Logística
O modal ferroviário
A ferrovia se apresenta como um transportador de longo curso e funda-
mentalmente é um transportador lento de matérias-primas como carvão,
minério de ferro, soja, madeira, entre outros, apresenta uma preferência pela
movimentação de carregamento completo. O modal ferroviário apresenta
custos fixos relativamente altos como decorrência do valor dos equipamen-
tos, o direito de uso com a privatização e a implantação das linhas, pátios de
manobras e terminais para transbordo. Por outro lado, as ferrovias apresen-
tam custos variáveis de operação relativamente baixos. Com a aplicação de
motores a diesel e elétricos houve uma drástica redução nos custos variáveis
da tonelada/quilômetro. A ferrovia transporta principalmente produtos dos
setores extrativos localizados à uma distância considerável de portos e hi-
drovias. A estrutura de custos fixos das ferrovias oferece vantagens compe-
104
A gestão de transportes e movimentação
O transporte pode ser realizado tanto com carga cheia ou carga parcial.
Quando realizado com carga completa (todo o vagão) pode ter alguns de
seus custos reduzidos. Quando usadas para transportar produtos por terra,
em grandes quantidades e em distâncias médias e longas, as ferrovias são
insubstituíveis, em economia, para a maioria dos produtos. As ferrovias são
seguras, apresentam baixo risco e não são gravemente prejudicadas pelo
tempo ou tráfego competitivo.
IESDE Brasil S. A.
105
Estratégia Logística
O modal hidroviário
O sistema hidroviário é o mais antigo meio de transporte desenvolvido
pelo ser humano depois das montarias (rodoviário). A forma mais antiga de
se locomover entre grandes distâncias foi com o barco à vela, que no século
XVIII foi substituído por embarcações a vapor e por volta de 1920 passaram
a receber motores a diesel.
106
A gestão de transportes e movimentação
IESDE Brasil S. A.
Figura 3 – Mapa Hidroviário do Brasil.
107
Estratégia Logística
IESDE Brasil S. A.
108
A gestão de transportes e movimentação
109
Estratégia Logística
O modal rodoviário
O Brasil apresenta uma grande malha rodoviária, entretanto, por falta de
atenção das autoridades e pela má administração dos governos federal e es-
taduais do Brasil, estão em sua maioria depauperadas e sem condição de uso,
oferecendo grande risco aos motoristas e transeuntes. O transporte por rodo-
vias se expandiu fortemente após o governo de Juscelino Kubitschek de 1956 a
1961 e a implantação das indústrias automobilísticas no Brasil. A malha rodovi-
ária brasileira conta atualmente com 305.376 quilômetros de estradas mal con-
servadas e muito perigosas, com exceção dos estados de São Paulo e Paraná.
110
A gestão de transportes e movimentação
Modal aeroviário
O modal de transporte aeroviário, historicamente, foi o último a surgir.
O transporte aéreo de carga iniciou em 1928 com o transporte do correio
111
Estratégia Logística
aéreo ligando Nova York nos Estados Unidos a Londres na Europa. A grande
vantagem do sistema aéreo é a velocidade com que o embarque é movi-
mentado. Um frete aéreo é muito rápido quando comparado aos outros
modais. Apesar de ser um sistema dispendioso, a velocidade do transporte
aéreo permite outras vantagens logísticas, como a redução ou eliminação de
armazéns operacionais e dos estoques.
Domínio público.
112
A gestão de transportes e movimentação
Utilidade da intermodalidade
A intermodalidade significa adotar o uso de mais de um modal numa
mesma viagem (origem – destino), a sua grande utilidade é poder reduzir os
custos sem reduzir o nível de serviço. Assim, integrando diferentes modais
numa determinada viagem, pode-se atingir os objetivos pretendidos a um
custo melhor e mais reduzido. Atualmente, muitas indústrias estabelecidas
em Manaus – AM estão utilizando a cabotagem para atingir as regiões Sul
e Sudeste através dos portos de Santos e Paranaguá, no porto realizam o
transbordo e utilizam a ferrovia ou a rodovia para atingir as grandes metró-
poles onde são comercializados seus produtos. Entretanto, só recentemente
as ferrovias e a cabotagem no Brasil passaram a ser confiáveis, apresentando
regularidade e frequências que permitem aos embarcadores planejar sua lo-
gística com eficiência e flexibilidade.
Tempo
Porcenta- Perdas e
Custo médio Absoluto
Modal gem ** danos
1 = maior 1 = mais 1 = menor
1 = menor 1 = menor
veloz *
Ferroviário 3 3 4 3 5
Rodoviário 2 2 3 2 4
Hidroviário 5 5 5 4 2
Dutoviário 4 4 2 1 1
Aeroviário 1 1 1 5 3
* Velocidade considerada porta a porta.
** Quociente de variação absoluta do tempo de entrega por tempo médio de entrega.
114
A gestão de transportes e movimentação
115
Estratégia Logística
O autor.
Consolidador
Porto/
aerop./rodov.
Fornecedor
(exportador)
A GESTÃO DOS TRANSPORTES
Cargo
milk run internacional
cargo local
Desconsolidador
Transporte
entre fábricas
O autor.
Parada 1
Parada 6
Centro de Parada 2
Parada 5 Distribuição
(CD)
Parada 4 Parada 3
117
Estratégia Logística
Conclusão
A gestão de transportes é fundamental para se atingir os objetivos estra-
tégicos das organizações. Ela propicia um desempenho mais eficaz e apri-
mora a utilidade do tempo e do espaço, permitindo que os elos da cadeia de
suprimentos possam alinhar seus objetivos, reduzindo os retrabalhos e evi-
tando sobreposição de tarefas com um fluxo de processos racional e lógico.
118
A gestão de transportes e movimentação
119
Estratégia Logística
120
A gestão de transportes e movimentação
121
Estratégia Logística
Atividades de aplicação
1. Elabore, utilizando a tabela 1, um plano para utilizar a intermodalida-
de para reduzir os custos elevados de transportes no Brasil.
122
A gestão de estoques
e armazenagem
Objetivo
Apresentar os conceitos fundamentais da gestão de estoques e sua fun-
cionalidade, trazendo para reflexão os elementos que fazem parte da mo-
derna operação logística de estoques e armazenagem e seus constructos,
a fim de propiciar uma visão geral de todas as tarefas e ferramental que as
atividades de manutenção de estoques dispõem atualmente para executar,
com a melhor relação custo versus eficiência, as suas atividades. E a partir do
seu escopo inventariar seus elementos de atuação tática e estratégica com
intuito de compreender sua arquitetura e forma de operação como parte
fundamental e funcional da administração logística das organizações.
A gestão de estoques
Estoques são recursos físicos acumulados para satisfazer um sistema produ-
tivo qualquer, também chamados de inventários. Os estoques funcionam como
amortecedores entre um sistema de produção e um sistema de demanda, ou
seja, os estoques permitem que uma fábrica possa desenvolver seus processos
produtivos normalmente, distribuindo a produção de seus itens ao longo do
mês, enquanto os pontos de venda no varejo tenham todos os itens disponíveis
para consumo de seus clientes concomitantemente. Assim, manter um nível
razoável de disponibilidade de produto se torna uma estratégia de suporte
e participação de mercado (nível de serviço). Como os estoques agem como
amortecedores entre a oferta e a demanda, propiciam um nível de disponibili-
dade de serviços e produtos, que, estando localizados junto aos seus mercados,
permitem satisfazer os altos níveis de serviços requeridos pelos clientes.
Tipos de estoques
Slack et al. (2002) afirmam que existem diferentes tipos de estoque: es-
toque de proteção, estoque de ciclo, estoque de antecipação e estoque de
canal. O estoque de proteção tem por objetivo compensar as incertezas de-
correntes da variação defasada entre o fornecimento e a demanda. O esto-
que de ciclo é aquele que compensa a necessidade de se produzir diferentes
itens numa linha produtiva qualquer, por exemplo, uma fábrica de sabone-
tes, faz um tipo de cada vez, em lotes ótimos (no aspecto econômico), assim,
mantém em estoque aqueles que não estão sendo produzidos nesse exato
momento a fim de atender as suas demandas. O estoque de antecipação é
feito quando se encontra sazonalidade ou flutuações significativas da de-
manda, como a produção de ovos de páscoa, que se inicia em dezembro
do ano anterior à páscoa e vai sendo estocado, por isso o termo “estoque de
antecipação”. E, por fim, o estoque de canal, que visa atender um ponto de
demanda desde um ponto de fornecimento que não pode ser transportado
instantaneamente. Como exemplo, pode-se citar o abastecimento de uma
farmácia no varejo por atacadistas integrados.
126
A gestão de estoques e armazenagem
127
Estratégia Logística
Custos de estoques
A formação do chamado lote econômico se dá pela análise dos custos ine-
rentes à gestão de estoques. A primeira análise é feita nos custos de se manter
estoques (ME), que crescem quanto maior for o tamanho lote do estoque, ou
seja, quanto mais bens guardados, maiores serão os custos de oportunidade,
maiores serão os custos de seguro e segurança e maiores serão os custos de
obsolescência ou avaria da carga. Em seguida, analisam-se os custos de se
transportar ou repor (RE) os produtos referentes ao estoque, ou seja, transferi-
los para os clientes. Quanto maior o lote transportado, menores se tornam os
custos por unidade transportada, é esse o motivo que torna muito mais eco-
nômico transportar por navios ou trens do que por caminhões, pois os navios
e trens levam uma carga infinitamente maior, tornando os custos unitários
(por tonelada) muito mais baratos que quando transportados por caminhões.
Assim, a melhor quantidade de estoque, ou seja, na qual o custo total é o
menor possível, é o ponto em que essas duas variáveis se encontram. Esse
ponto é o tamanho ou lote ótimo de estoque (vide figura 1).
IESDE Brasil S. A.
Custo no tempo ($)
Custo de manter
o estoque (ME)
Custo reposição (RE)
Tamanho do Lote
Lote ótimo (Q)
Figura 1 – Lote econômico.
128
A gestão de estoques e armazenagem
IESDE Brasil S. A.
(taxa da demanda)
Q
estoque disponível (unid)
Q Estoque cíclico
2 médio
Tempo
Ciclo
Figura 2 – Gestão do estoque a partir de um lote econômico.
129
Estratégia Logística
O planejamento de estoques
Planejar estoques significa tomar decisões hoje, com o maior número de
informações possível, sobre as necessidades futuras de estoques. Planejar es-
toques ainda é uma tarefa difícil, pois se apoia na previsão da demanda, e a ci-
ência ainda não encontrou mecanismos científicos que forneçam margem de
assertividade elevada. Assim, gerenciar estoques apresenta o grande dilema
de fazer para sobrar (com elevação dos custos de manutenção de estoques), ou
buscar a exatidão com risco de faltar (e frustrar os clientes e consumidores).
A armazenagem de produtos
como suporte à gestão de estoques
A armazenagem ou inventário funciona como suporte e apoio à gestão
de estoques, quando há dificuldade em se realizar uma gestão de estoques
enxuta (Just-in-Time), quando há forte sazonalidade na produção ou consu-
mo, como na safra de café ou na páscoa, a armazenagem se torna uma impor-
tante ferramenta para se manter abastecidos os centros de distribuição que
130
A gestão de estoques e armazenagem
131
Estratégia Logística
Modalidades de armazenagem
Os produtos a serem armazenados devem ser posicionados de modo que
possam ser manuseados com facilidade. Os objetos pesados e os volumosos
quando colocados sobre pallets são operados com empilhadeiras e apresen-
132
A gestão de estoques e armazenagem
133
Estratégia Logística
134
A gestão de estoques e armazenagem
A formação de estoque
A formação de estoque proporciona a regulação de fluxo, permitindo efi-
ciência na produção dentro das restrições impostas por condições de supri-
mento e clientes. Além disso, existem muitos outros tipos de serviços que
podem ser prestados por depósitos, além da armazenagem de materiais e
de produto. Serviços esses que reduzem a própria necessidade de armaze-
nagem. O ponto de armazenagem é um dos centros geradores de custos
mais importantes, pois é ali que o industrial e o atacadista concentram a
maior parte dos seus ativos de capital, dos seus equipamentos e da sua mão
135
Estratégia Logística
136
A gestão de estoques e armazenagem
Figura 5 – O autoportante.
137
Estratégia Logística
139
Estratégia Logística
Movimentação de materiais
A movimentação de materiais se refere às atividades de descarregamento
e carregamento, desconsolidação da carga, localização de um espaço para o
estoque que chega (in bound), movimentação interna no armazém dos pro-
dutos estocados, separação dos pedidos e montagem de cargas que irão ser
despachadas (out bound).
Domínio público.
141
Estratégia Logística
Divulgação Ministério da
Educação.
142
A gestão de estoques e armazenagem
IESDE Brasil S. A.
Figura 9 – Unidade armazenadora baterias.
143
Estratégia Logística
Silos herméticos: devem ser adotados para produtos com baixos teores
de umidade. Protege do ataque de insetos e roedores e inibe o desenvolvi-
mento de micro-organismos por meio da reduzida concentração de oxigê-
nio em seu interior. Podem também armazenar, pelo processo de silagem,
grãos úmidos para alimentação animal.
Unidades coletoras
Pode ser implantado em qualquer localidade próxima a uma área agríco-
la ou industrial, onde haja produção suficiente. Torna-se essencial um estudo
detalhado da área de influência e do tamanho da unidade armazenadora.
Unidades subterminais
Estas unidades primárias recebem os produtos das diversas unidades co-
letoras ou de produtores e os distribuem a outras unidades armazenadoras
ou diretamente a diferentes consumidores. Neste caso, devem ser levados
em consideração os aspectos relativos ao fácil acesso ao sistema rodoferrovi-
ário e identificação dos processos de comercialização em vigor, uma vez que
as unidades subterminais, ou silos intermediários, são coletoras locais dos
produtos a serem armazenados temporariamente que serão transferidos às
unidades terminais ou aos portos.
Unidades terminais
Neste caso, a localização deve se orientar principalmente pelas diretrizes
do sistema de transporte ferroviário ou hidroviário como portos e áreas de
transbordo em rios navegáveis.
145
Estratégia Logística
Conclusão
Este capítulo buscou demonstrar os conceitos fundamentais da gestão de
estoques e sua funcionalidade, trazendo para reflexão os elementos que fazem
parte da moderna operação logística de estoques e gestão estratégica da ar-
mazenagem e seus desdobramentos, a fim de propiciar uma visão geral de
todas as tarefas e ferramentas necessárias que as atividades de gerenciamento
estratégico de estoques dispõem atualmente para executar com a melhor rela-
ção custo versus eficiência às suas atividades. E a partir do seu escopo inventa-
riar seus elementos de atuação tática e estratégica com intuito de compreen-
der sua arquitetura e forma de operação como parte fundamental e funcional
da administração logística das organizações. Também se buscou apresentar os
principais tipos de sistemas de armazéns existentes e suas aplicações.
Armazenagem no Brasil
(WEBER, 2005)
Breve histórico
Dos anos 40 a 60 foram construídos no Brasil inúmeros armazéns chama-
dos convencionais de fundo plano, sem transportadores de carga e descarga,
146
A gestão de estoques e armazenagem
Em 2000 foi aprovada nova Lei que levou o número 9.973, que trata da
armazenagem no Brasil e que representa um avanço e disciplina à atividade
exigindo recursos tecnológicos como termometria, aeração e outras provi-
dências com vistas a eliminar perdas e melhorar os controles de estoque com
a exigência de informações claras sobre as capacidades de beneficiamento e
a capacidade estática dos silos em cada unidade, particular ou pública para a
formação do Cadastro Nacional da Armazenagem.
147
Estratégia Logística
Capacidade armazenadora
A questão de armazenagem no Brasil era “grave” até o início desta década,
neste momento passa a ser “muito grave” especialmente pelo crescimento
lento da capacidade armazenadora e rápido crescimento agrícola que expe-
rimentamos nestes três últimos anos. Regiões em que a armazenagem era
deficitária e os silos se encontravam completamente cheios, a solução encon-
trada era estocar grãos a céu aberto, confiando na regularidade das chuvas
em períodos bem definidos em que não chove no centro-oeste.
Atividades de aplicação
1. Baseado no modelo abaixo e considerando Q=6 e ainda que o fornece-
dor demora em torno de três dias para efetuar a entrega desde a coloca-
ção de um pedido, defina o valor, em dias, do estoque de segurança.
148
A gestão de estoques e armazenagem
IESDE Brasil S. A.
(taxa da demanda)
Q
estoque disponível (unid)
Q Estoque cíclico
2 médio
Tempo
Ciclo
149
A gestão da informação
aplicada à logística
Objetivo
Apresentar os conceitos fundamentais da gestão da informação e sua
funcionalidade, trazendo para reflexão os elementos que fazem parte da
moderna operação logística de informações, comunicação e seus construc-
tos a fim de propiciar uma visão geral de todas as tarefas e ferramental que
as atividades de gestão das informações, comunicação e rastreabilidade dis-
põem atualmente para executar com a melhor relação custo versus eficiência
as suas atividades. A partir do escopo da gestão da informação inventariar
seus elementos de atuação tática e estratégica com o intuito de compreen-
der sua arquitetura e forma de operação como parte fundamental e funcio-
nal da administração logística das organizações.
A gestão da informação
Diante da realidade atual em que as forças competitivas se acirram, os
meios eletrônicos e o mundo digital se consolidam se tornando parte pre-
ponderante da vida cotidiana das sociedades evoluídas, a função logística
assume a necessidade de se incorporar a esse novo tempo e assim moni-
torar as forças do ambiente de negócios a fim de manter atualizado o co-
nhecimento sobre os produtos, serviços e os processos internos e externos
às empresas. Atualmente, monitorar e entender as mudanças de hábitos e
desejos dos consumidores, a formação de novos segmentos, as iniciativas e
novidades da concorrência, inovações nas matérias-primas disponíveis ou
mudanças nos canais de distribuição e na logística estratégica são uma ne-
cessidade estratégica.
152
A gestão da informação aplicada à logística
Custo da
informação
Estágios da
estrutura
organizacional
Credibilidade
de informação
Fluxo de comunicação Tipo e extensão
interna e externa da utilização do
conhecimento
Informação
Cultura de não usada
informação
e inovação
Disposições
iniciais
Complexidade
das tarefas
153
Estratégia Logística
Os diferentes sistemas
de informação e suas aplicações
Um sistema de informações pode ser definido como um sistema que
consiste de pessoas, equipamentos e procedimentos para reunir, classificar,
analisar, avaliar e distribuir as informações necessárias, oportunas e precisas
para os tomadores de decisões organizacionais.
154
A gestão da informação aplicada à logística
155
Estratégia Logística
(KIMBALL, 1996)
Sistema de Pesquisa e Relatórios
Relatórios de exceção
Sistemas de pesquisa
Sistemas de mapeamento de dados
geográficos
Gerente Marketing
de Modelos Analíticos Decision
marketing Modelos de previsão Making
Modelos de simulação
Modelos de otimização
Arquitetura da informação
A gestão da informação no projeto logístico inclui definição do ciclo de
pedidos, escolha de software, hardware e sistemas integrados de comunica-
ção, rastreamento e segurança.
156
A gestão da informação aplicada à logística
O ciclo do pedido
O ciclo de pedido se inicia com a colocação de um pedido por parte de
um cliente e finaliza com a entrega de todos os itens desse pedido no local
e horário combinados. Ele designa e aloca o estoque disponível para dar
prosseguimento às atividades relativas aos pedidos de clientes e aos pedi-
dos de ressuprimento. A vinculação do estoque pode ocorrer em tempo real,
à medida que os pedidos são recebidos. Nos lotes, os pedidos são agrupa-
dos para processamento periódico (por dia ou por turno). O ciclo do pedido
utiliza o estoque existente e a produção programada, comprometendo-a.
O objetivo do ciclo do pedido é orientar as atividades do CD, que incluem
recebimento de produtos, movimentação de materiais e armazenagem, e
separação das mercadorias e dos pedidos.
157
Estratégia Logística
Vendas
O autor.
reais Ciclo do
pedido Inventário Programação Inventário
Demanda físico de embarque de produção
Previsão Programação
O mercado
de vendas de produção
Propaganda Mão
Máquinas Materiais
de marketing de obra
Análise de
Análise de mercado Relatório de
atividade pesquisa de Associação Programação Requisição
competitiva mercado
Sistemas de comunicação,
informação e rastreamento: o ciclo do pedido
A atividade de administrar com excelência implica em um forte suporte
de informações que apoiem dinamicamente as tomadas de decisões. Por-
tanto, um sistema de informações eficiente deve atender as necessidades
específicas de cada organização, deve poder ser acessado e manipulado fa-
cilmente e ser arquivado e recuperado racionalmente. Para isto o mercado
dispõe atualmente de ferramentas (softwares) específicos e de ampla flexibi-
lidade. A globalização e comunicação em tempo real implicam em design de
softwares que possam se comunicar entre si facilmente, bem como com os
sistemas dos clientes.
158
A gestão da informação aplicada à logística
159
Estratégia Logística
poder desviá-las em trânsito foi uma das possibilidades criadas através dos
sistemas de conexões nas comunicações (ALMEIDA; GRISI; VIEIRA, 2004).
160
A gestão da informação aplicada à logística
161
Estratégia Logística
O sistema determina o local onde deve ser colocado um novo item que
entrou no estoque e permite a localização de todos os itens estocados prio-
rizando uma determinada tarefa em função da disponibilidade dos recursos
humanos e de movimentação informando a sua localização no armazém. O
WMS roteiriza a coleta de itens para um pedido criando o menor trajeto, com
isso esse programa propicia um aumento na produtividade quando diferentes
tipos de tarefas estão ocorrendo simultaneamente. Este sistema tem a função
de controlar os dispositivos de movimentação de material feito por Veículos
Guiados Automaticamente (AGVs), ou seja, sem piloto ou operador e fazer in-
terface com um Sistema de Controle Automatizado do Armazém (WACS) que
tem a função de controlar equipamentos automatizados como as esteiras ro-
lantes e os sistemas de separação automática por luzes e carrosséis.
Código de Barras
É uma representação gráfica internacional de dados que podem ser nu-
méricos ou alfanuméricos dependendo do tipo de código de barras utilizado.
A leitura (decodificação) é realizada por um equipamento chamado scanner.
Onde a barra for escura a luz é absorvida e onde a barra for clara (espaços)
a luz é refletida novamente para o scanner reconhecendo os dados que ali
162
A gestão da informação aplicada à logística
Roteirizadores
Os programas de roteirização permitem definir previamente os trajetos
mais eficientes para os veículos nas vias disponíveis, o que reduz custos.
Esse sistema permite definir pontos de origem e destino, indicar paradas
para descanso, pontos de carga e descarga e postos de abastecimento de
combustível, pernoite etc. Um programa de roteirização dá a opção à trans-
portadora de traçar a rota mais rápida ou a mais econômica. Também emite
relatórios gerenciais com informações como o tempo a ser despendido na
viagem e os gastos com combustível e pedágio. As informações dão condi-
ções à empresa de melhor calcular os custos do frete.
164
A gestão da informação aplicada à logística
165
Estratégia Logística
166
A gestão da informação aplicada à logística
167
Estratégia Logística
Divulgação.
168
A gestão da informação aplicada à logística
Rastreamento de frotas
com tecnologia GPS – Global Positioning System
Rastreamento via GPS é um sistema que permite monitorar um objeto
enquanto ele se move. Hoje em dia é possível monitorar a posição ou movi-
mento de qualquer objeto, utilizando-se de equipamentos de GPS aliados a
links de comunicação. A união entre GPS e comunicação é muito feliz, pois o
receptor GPS localiza sua própria posição e a transmite via canal de comuni-
cação para uma central que fará efetivamente o monitoramento. Esta tecno-
logia é comumente conhecida como AVL (Automatic Vehicle Location).
169
Estratégia Logística
Conclusão
A necessidade de um sistema de gestão de informações é hoje relevante,
possuí-lo de forma criteriosamente estruturada é de suma importância para
que o processo decisório possa estar amparado e ser realmente efetivo e
eficaz. As pressões de nossa realidade globalizada, associada às complexida-
des inerentes à moderna gestão das unidades organizacionais, tornam im-
perativo que os gestores aprendam a gerir e interpretar uma grande quanti-
dade de dados em tempos cada vez menores. O campo da administração de
negócios e da logística está passando por mudanças cada vez mais velozes e
sem precedentes na história. Hoje a flexibilidade e a rapidez são imperativas.
Apesar de muitas técnicas apresentadas aqui serem relativamente novas em
nosso meio, um número cada vez maior de empresas já as está incorporando
ao seu modus operandi e tornando-as rotina em seu esquema organizacional
de trabalho.
170
A gestão da informação aplicada à logística
171
Estratégia Logística
Diferente das outras distribuidoras, a Shell não vincula o uso do seu rotei-
rizador à participação do cliente no seu programa de fidelização, o Shell Mo-
nitor. Desde novembro do ano passado, a Shell está vendendo os serviços de
roteirização não só para os seus clientes, mas para todos os transportadores
interessados. Rogério Ludorf, diretor de marketing da Shell para a América
Latina, diz que o acesso ao roteirizador é feito pelo portal de transportes da
distribuidora e o usuário paga R$ 100 por mês para usar o programa.
Ludorf disse que a meta da Shell é garantir cerca de 620 usuários para seu
roteirizador, que custou R$ 100 mil para ser desenvolvido, em dois ou três
anos. “Se 10% dos usuários se tornarem novos clientes dos postos Shell nas ro-
dovias haverá um incremento de 15 a 20 milhões de litros por ano nas vendas
da nossa rede”, estimou Ludorf.
172
A gestão da informação aplicada à logística
173
Estratégia Logística
174
A gestão da informação aplicada à logística
Atividades de aplicação
1. Desenvolva um programa de tecnologia da informação aplicada à lo-
gística de transportes.
175
A visão sistêmica e a competência
da logística empresarial
178
A visão sistêmica e a competência da logística empresarial
Aspectos Consolidação
Âmbito Gestão do fluxo de produtos e informações
Objetivos Minimizar custos e melhorar os níveis de serviço ao cliente
Abrangência Das fontes de matéria-prima até o produto acabado
Gestão estratégica, tática e operacional das áreas de supri-
Competência mento, apoio à produção e distribuição
179
Estratégia Logística
longo das duas décadas seguintes. A década de 1990 marcou a ruptura entre
prática e teoria. A partir dos anos 2000, pode-se notar a ampliação da abran-
gência de gestão logística.
180
A visão sistêmica e a competência da logística empresarial
181
Estratégia Logística
Apoio à
Fornecedor Suprimento Distribuição Cliente
manufatura
182
A visão sistêmica e a competência da logística empresarial
O que mais se nota nos resultados das pesquisas não é a falta de imple-
mentação de um departamento ou diretoria de logística, mas a sua aplicação
estar em grande parte limitada ao subsistema de distribuição, e o que é pior,
vinculado a uma diretoria que nada tem a ver com operações, que é marke-
ting. Em conversas informais com alguns profissionais da área, constatou-se
que o fato da abrangência estar limitada a área de distribuição decorre do
fato de que o subsistema distribuição é mais aparente, uma vez que as ta-
refas são realizadas com o mesmo tipo de ferramenta para todas as empre-
sas, que são os veículos dos modais de transporte disponíveis. No entanto o
problema maior é a vinculação da logística (de distribuição), subordinada ao
setor de marketing.
Diretor-presidente
184
A visão sistêmica e a competência da logística empresarial
185
Estratégia Logística
Um aspecto que pode ser captado de forma aparente diz respeito aos
cursos relacionados ao Comércio Exterior, que apesar de serem em menor
número que as ênfases gerais, possuem em seus quadros a disciplina de Lo-
gística Internacional, que se mostra adequado ao contexto do curso. Porém
existem algumas distorções no ensino da Logística, dentre as quais duas me-
recem maior atenção. A primeira distorção se refere à visão sistêmica da lo-
gística, que ainda não insere a produção na sua abrangência e a segunda se
refere à falta do ensino relativo ao subsistema de distribuição específico (dis-
ciplina específica). Ambas as situações acabam gerando prejuízos ao meio
empresarial e por consequência à competitividade do país. A distribuição
sofre ainda uma pequena confusão na óptica com a qual deve ser ministra-
da, a de usuário do sistema logístico de transportes ou operador do sistema
logístico de transportes (transportador rodoviário, operador logístico, opera-
dor de transporte multimodal). A prática de ensino de Logística de Distribui-
ção realizada entre os anos de 2002 e 2008, segundo a pesquisa, recomenda
que seja utilizada a óptica de usuário do sistema, uma vez que a frequência
de operadores de logística de distribuição nos cursos ainda é baixa.
186
A visão sistêmica e a competência da logística empresarial
O posicionamento da logística
empresarial no organograma – uma óptica de vanguarda
O posicionamento da logística na empresa mostra uma tendência à concen-
tração das atividades de suprimento, apoio à produção e de distribuição em
um só executivo de alto escalão da empresa. Isto mostra que a logística deve
estar formalizada no organograma da empresa exercendo a gestão sistêmica
das áreas de sua abrangência. Christopher (1999), menciona claramente que
as empresas com alta competitividade já possuem a logística formalizada em
posição de diretoria e tendem a favorecer o controle centralizado, o que facilita
eventuais conflitos na tomada de decisão. Bowersox e Closs (1996), mencionam
a evolução da competência de logística na empresa em três estágios. O primei-
ro estágio ocorreu na década de 1950 e 1960, onde as funções da logística se
mostravam dispersas na organização e, portanto, não havia sinergia na tomada
de decisões por desconhecimento dos seus benefícios. O segundo estágio atin-
giu as décadas de 1960 e 1970, onde a logística alcançou níveis elevados de
gestão nas empresas, principalmente em empresas que possuíam forte impac-
to da área de distribuição e, nesse caso, o executivo tinha a sua origem nas áreas
de distribuição. O terceiro estágio emergiu nos anos 1980, onde a estrutura das
áreas abrangidas pela logística foram unificadas em um corpo diretivo, que per-
manece até hoje em boa parte das empresas que adotaram este modelo.
187
Estratégia Logística
Executivo de logística
Planejamento Controle
Planejamento de
Apoio logístico
recursos logísticos
Operações logísticas
Compra Produção Distribuição
Logística reversa
Serviço
Suprimentos Produção Distribuição
ao cliente
Qualidade
188
A visão sistêmica e a competência da logística empresarial
Resumo e conclusões
As modificações econômicas ocorridas no pós-guerra, e de forma mais
intensa em anos recentes, geraram necessidades crescentes de competitivi-
dade das empresas como forma de sobrevivência em um ambiente de mer-
cado hostil. Com o passar das décadas, as empresas continuam buscando a
aplicação de novas técnicas de gestão que possam proporcionar vantagem
competitiva frente a economia globalizada. Dentre as novas técnicas que
surgiram, destaca-se a logística empresarial.
A logística empresarial teve a sua origem no meio militar a partir das ne-
cessidades de gestão das operações militares de forma unificada e sistêmica
com os objetivos de alavancar a capacidade de combate para a conquista e/
ou defesa de territórios.
190
A visão sistêmica e a competência da logística empresarial
livros dessa área que abordam o tema “logística” e ainda assim com pouquíssi-
mos comentários. Certa vez estava realizando a seleção da bibliografia da dis-
ciplina de produção (ou melhor, logística de produção), e verifiquei que havia
apenas um livro que tratava o assunto de forma excessivamente tímida e não
passava de apenas um parágrafo. Os autores sugeriam que, de acordo com um
professor e pesquisador de logística da Inglaterra (Martin Christopher – Logís-
tica e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos), a produção fazia parte do
sistema logístico. Este fato é altamente prejudicial para o ensino da logística.
Os educadores de administração da produção se baseiam principalmen-
te nas referências da literatura norte-americana e japonesa quando se trata
desta matéria. O resultado desse fato nas salas de aula se reflete na rejeição
da vinculação da produção sob a logística e nesse contexto é desconsiderada
e não abordada ou discutida. Como decorrência, formamos administradores
com uma óptica míope acerca do posicionamento da logística como gestora
das suas subáreas (suprimento, produção, distribuição, utilização e reversão).
Por outro lado, os egressos de cursos de administração (e também de enge-
nharia de produção), das instituições de ensino que adotam esse tipo de pos-
tura, acabam replicando nas empresas o conhecimento construído ao longo do
curso. Como resultado direto, verifica-se o incorreto posicionamento da compe-
tência logística como gestora da área de operações, subordinando a produção.
Tenho estudado de forma profunda o assunto e pelo que constatei em pes-
quisas realizadas junto aos professores da área, verifiquei a falta de estímulo à
pesquisa vinculada ao docente. A falta de pesquisa inibe a análise crítica das
bases filosóficas de evolução da logística empresarial, impedindo o enrique-
cimento do debate, depuração e incorporação da produção como mais um
elemento integrante da logística nas salas de aula.
Convido os professores da área e demais interessados no assunto, a discu-
tir a Teoria dos Sistemas do biólogo Ludwig Von Bertalanfy, ou acessar alguns
editoriais anteriores onde são mencionados os subsistemas da logística. Tenho
certeza de que aqueles que pesquisarem sobre este assunto e despojarem-se
das suas pré-concepções, vão se render ao óbvio e espero que redirecionem
as suas disciplinas no sentido de esclarecer a competência e posicionamen-
to da produção. Talvez isto faça com que no médio e longo prazo tenhamos
a oportunidade de ver replicada nas empresas aquele conhecimento que os
nossos diletos alunos constroem na escola.
* Roberto Lübeck é pseudônimo de Mauro Roberto Schlüter.
191
Estratégia Logística
A logística e as relações
de poder nas empresas
(LÜBECK*, 2007)
Desde que a logística surgiu como novo método de gestão das operações
empresariais, principalmente a partir da crise do petróleo no final dos anos 60 e
início dos anos 70, houve uma evolução da sua abrangência. O desequilíbrio cau-
sado pelo aumento da conta de energia causou impacto no orçamento dos go-
vernos, empresas e pessoas. Nessa época o marketing surgiu e foi intensamente
utilizado com o objetivo de reter clientes e ampliar as bases de atuação geográfi-
ca de mercado. Os gestores verificaram, porém, que não bastava apenas agir com
inteligência mercadológica se o produto não estivesse disponível para aquisição.
Diante disso, buscou-se identificar as técnicas e métodos que proporcionavam
abastecimento de munição nas frentes de combate, que era a logística militar.
192
A visão sistêmica e a competência da logística empresarial
do dia a dia das empresas. O que se verifica no âmbito da gestão das áreas
compreendidas pela logística nas empresas do setor industrial mostra que a
área de compras está subordinada à diretoria financeira (por que aloca eleva-
da quantia de recursos financeiros na aquisição de matérias-primas); a área
de produção possui diretoria própria (por que é altamente complexa e de
extrema importância); a área de distribuição é vinculada à diretoria de mer-
cado (gerenciando transportes e níveis de estoque com objetivo de erradicar
perdas por falta de produtos nos pontos de venda).
Atividades de aplicação
Estas atividades devem ser realizadas como um processo investigativo e é
de fácil percepção pelo aluno em seu ambiente de trabalho. Busca traçar um
parâmetro sobre o atual estágio de implementação da logística e o perfil de
especialização de logística do seu gestor, onde o aluno poderá relacionar o
conteúdo teórico com a prática.
193
Fluxos logísticos
e o funcionamento
do sistema logístico
Caracterização de sistema,
sistema empresarial e sistema logístico
A busca pelo conhecimento acerca do funcionamento de um sistema lo-
gístico parte da caracterização de sistema. Cada fluxo do sistema logístico
possui funções específicas gerando repercussões nos objetivos da logística
(minimizar custos e melhorar os níveis de serviço ao cliente).
Caracterização de sistema
Um sistema pode ser caracterizado de forma esquemática através do se-
guinte desenho:
(CHIAVENATTO, 2003)
Feedback
Ambiente
Onde:
input – é a entrada de dados, energia ou matéria;
processing – é a etapa de transformação do input em output;
output – é o produto de saída do sistema;
feedback – é a retroalimentação do sistema que compara as entradas e as
saídas;
ambiente – é o entorno onde o sistema se insere.
196
Fluxos logísticos e o funcionamento do sistema logístico
Feedback
Decisão
Organização
Regeneração
Processing
Input Output
Ambiente
197
Estratégia Logística
O autor.
Informação
Decisão
Fornecedor Mercado
Um exame detalhado sobre este ambiente mostra que ele pode ser for-
mado por três níveis de fluxos. O primeiro nível de fluxo é formado pelas
informações do ambiente (feedback do mercado) que utiliza interação entre
a distribuição (output) e o ambiente para retroalimentar o sistema logístico;
o segundo nível é formado pelo fluxo das decisões em um sistema logístico,
que utiliza as informações para se organizar e se regenerar; e o terceiro nível
é formado pelo processamento (processing), identificado pelo fluxo de ope-
ração dos produtos que percorrem o sistema logístico. O caminho percorri-
do pela logística pode ser descrito como sendo as informações de demanda
198
Fluxos logísticos e o funcionamento do sistema logístico
Sentido da informação
O autor.
Informação
Sentido da decisão
Decisão (sistêmica)
Operação
(suprimento, produção, distribuição, utilização, reversão)
Sentido do produto
199
Estratégia Logística
200
Fluxos logísticos e o funcionamento do sistema logístico
Por fim, existem produtos que sequer possuem um projeto definido an-
tecipadamente. Nesse caso o produto é único e feito uma única vez. Este
é o caso de navios, boa parte das casas de moradia, entre outros produtos
que também são chamados de “produtos projetados sob encomenda”. Nesse
caso a flexibilidade deve ser ampla, tanto de infraestrutura logística quanto
de matérias-primas e insumos, pois a previsibilidade de demanda simples-
mente não existe.
Baixa
Quantidade e dispersão Elevada
Menos
da demanda do modelo previsível
do produto
PREVISIBILIDADE
202
Fluxos logísticos e o funcionamento do sistema logístico
O autor.
PREVISIBILIDADE
Menos previsível Mais previsível
Maior Menor
A maior parte dos produtos de consumo final tem a sua relação produto
X mercado conhecida de forma empírica e portanto a infraestrutura na maior
parte dos casos está otimizada. O problema aparece em casos onde o produto
não é consagrado e, portanto, a sua relação produto X mercado não é conheci-
da, ou então no caso em que a cadeia produtiva possui fornecimento instável.
Nesse caso, o fornecedor pode até estar em uma cadeia onde a relação do pro-
duto de consumo final é do tipo produzir para estocar, mas se não for o forne-
cedor único passará para uma situação de relação produzir sob encomenda e,
portanto, terá um custo maior em razão da necessidade de flexibilidade do seu
sistema logístico. Este é o caso da maior parte dos fornecedores de componen-
tes de partes, conjuntos e matérias-primas de empresas que industrializam o
produto de consumo final. Este é um dos motivos que estimula as empresas
a se organizarem em cadeias produtivas com fornecedor único que, no seu
estado da arte, se chama de Supply Chain Management (SCM).
203
Estratégia Logística
O autor.
204
Fluxos logísticos e o funcionamento do sistema logístico
205
Estratégia Logística
O autor.
Aspecto Consolidação Aderência esperada do modelo
Âmbito Gestão do fluxo de produtos, de de- Atuação sobre os fluxos identificados
cisão e informações. no ambiente logístico.
Objetivos Minimizar custos e melhorar os ní- Incorporação dos custos que ocorrem
veis de serviço ao cliente. no ambiente logístico, acrescidos das
perdas por falhas no nível de serviço.
Abrangência Das fontes de matéria-prima até o Expansão do modelo além das frontei-
produto acabado. ras da empresa, incorporando o SCM.
Competência Gestão estratégica, tática e opera- Visão sistêmica da logística incorpora-
cional das áreas de suprimento, pro- da ao modelo, possibilitando romper
dução, distribuição e utilização. as fronteiras internas dos subsistemas
logísticos da empresa.
Seja qual for o modelo de apoio às decisões logísticas utilizado, existe a ne-
cessidade de que ela possua dois atributos. Em primeiro lugar o modelo deve
ser robusto o suficiente para gerar resultados consistentes e, em segundo lugar,
deve ser simples o suficiente para que os decisores possam compreender e ana-
lisar a lógica de funcionamento das variáveis. Ocorre que nem sempre esses dois
atributos se encontram simultaneamente em um modelo de apoio às decisões.
Aliado a este problema, são poucos os modelos matemáticos aplicados à logísti-
ca empresarial que possuam conexão ao conceito de logística (ver quadro 1).
206
Fluxos logísticos e o funcionamento do sistema logístico
207
Estratégia Logística
Resumo e conclusões
O sistema logístico pode ser caracterizado e desenhado a partir das carac-
terísticas e desenho que constam na teoria geral dos sistemas. A partir desse
ponto é possível verificar que um sistema logístico possui, além das carac-
terísticas básicas de um sistema, uma característica a mais denominada de
decisão. Sistemas artificiais necessitam de decisões, pois a existência de uma
finalidade única e expressa impõem decisões convergentes e sinérgicas.
208
Fluxos logísticos e o funcionamento do sistema logístico
Antes que se faça mais comentários acerca do problema acima, que é en-
frentado por muitas empresas que industrializam produtos de consumo con-
tínuo, é preciso conhecer melhor como a empresa implantou a competência
logística no seu organograma. A logística estava restrita à distribuição (expe-
dição, transporte de transferência, CD e transporte de distribuição). A área de
logística estava subordinada a área comercial desta empresa (o que também
ocorre com muitas empresas que industrializam produtos de consumo final).
Diante deste cenário, a logística desempenhava um papel de manutenção
do nível de serviço, proporcionando escoamento eficiente dos pedidos nos
CD’s, notadamente nos finais de meses (como é muito comum neste perfil de
empresa, em razão das metas de vendas). Mas ocorre que o custo logístico
era muito elevado por excesso de produtos estocados. A análise demonstrava
através dos cálculos, que havia uma quantidade elevada de produtos estoca-
dos e pouco ou nada se fazia para efetivamente reduzir estes custos.
209
Estratégia Logística
210
Fluxos logísticos e o funcionamento do sistema logístico
Atividades de aplicação
1. A matemática é realmente necessária para os profissionais de logística?
211
Processo logístico
e redes logísticas
IESDE Brasil S. A.
Sistema
Subsistema
Processo Processo
Atividade Atividade
Atividade Atividade
Tarefa Tarefa
Tarefa Tarefa
Tarefa Tarefa
Tarefa Tarefa
214
Processo logístico e redes logísticas
215
Estratégia Logística
(SCHLÜTER, 2001)
Processo logístico de beneficiamento.
Microscópica
Espaciais
Dimensões Monoproduto
Espaçotemporal
Multiproduto
216
Processo logístico e redes logísticas
1.° – realizar uma descrição das ações que envolvem o fluxo que o pro-
duto percorre, no ambiente de estudo desejado, numerando cada uma em
ordem cronológica. Nas situações práticas, torna-se recomendável utilizar a
visualização in loco para realização deste levantamento. O nível de detalha-
mento da descrição deve sempre conter as ações relacionadas diretamente
no produto.
217
Estratégia Logística
Nos casos em que o produto assuma atividades estáticas com tempo de-
pendente e independente, presume-se que o desenho vai assumir a confi-
guração daquele que tiver o tempo mais significativo em termos de valores
absolutos. Nos casos em que não é possível determinar o valor absoluto de
tempo da atividade estática de estocagem, este processo assumirá a repre-
218
Processo logístico e redes logísticas
O autor.
219
Estratégia Logística
O autor.
Figura 4 – Rede de processos logísticos mesoscópica detalhada.
220
Processo logístico e redes logísticas
221
Estratégia Logística
Suprimento
Distribuição
Fornecedor A CD
Varejo
Sistema Logístico
Fornecedor B
Fabricante de bem
de consumo final
222
Processo logístico e redes logísticas
O autor.
Processo de vistoria Processo de armazenagem Processo de estocagem
na produção
223
Estratégia Logística
Destino
Procedimento estático
da estocagem
Procedimento dinâmico
Origem
0 Tempo
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Estruturação do desenho
da rede espaçotemporal monoproduto
Conforme pode ser verificado no gráfico anterior, no eixo das abscissas é
alocado o tempo e no das ordenadas é alocado o espaço. A flecha existente
entre o ponto de origem e o tempo 1 representa a atividade dinâmica de
deslocamento do produto. Os círculos representam a atividade estática de
estocagem, onde o mesmo espaço está sendo ocupado pelo produto em
estoque durante um certo período de tempo.
224
Processo logístico e redes logísticas
225
Estratégia Logística
226
Processo logístico e redes logísticas
Extensão
O autor.
Tempo
Largura
Resumo e conclusões
A simbologia da rede pode ser utilizada para desenhar qualquer tipo de
rede, desde um pequeno processo de produção, passando por um proces-
so de transferência de uma indústria até uma central de distribuição, até a
cadeia como um todo. O que importa é visualizar o cenário, descrevê-lo,
identificar as paradas (atividade estática de estoque ou beneficiamento) e os
deslocamentos (atividade dinâmica) do produto.
227
Estratégia Logística
A rede de um supply chain deve ser feita por produto, iniciando com o
produto de consumo final, passando pelos integrantes que fazem partes,
conjuntos e subconjuntos, até chegar aos fornecedores de matérias-primas
básicas.
228
Processo logístico e redes logísticas
230
Processo logístico e redes logísticas
Simbologia Ordem
Ação Nome do
Tipo de procedimento do procedi- do pro-
executada processo
mento cesso
Procedimento estático – tempo
independente (é busca de infor-
mação e o tempo que produto
1.a
permanece parado depende
apenas da rapidez da obtenção
da informação).
Permanece o mesmo procedi- Verificação
mento estático da ação anterior 1.o de proce-
(o tempo de permanência dência
2.a
continua dependendo apenas
da rapidez de obtenção da
informação).
Procedimento dinâmico –
3.a transporte dos produtos até a
plataforma.
Procedimento estático – tempo
independente. O tempo que o
4.a produto permanece no veículo
depende apenas da rapidez da Verificação
verificação documental. 2.o documen-
tal
Procedimento dinâmico – trans-
5.a porte de descarga dos produtos
do veículo para a plataforma.
231
Estratégia Logística
Simbologia Ordem
Ação Nome do
Tipo de procedimento do procedi- do pro-
executada processo
mento cesso
Procedimento estático – tempo
independente. O tempo que o
6.a produto permanece na plata-
forma depende da agilidade da
verificação física.
Permanece o mesmo proce-
dimento estático – tempo
independente. O tempo que o
7.a produto permanece na plata-
forma continua dependendo
apenas da agilidade da confe-
rência física.
Permanece o mesmo proce- Verifica-
3.o
dimento estático – tempo ção física
independente. O tempo de per-
8.a
manência do produto continua
dependendo da agilidade do
operador do processo.
Permanece o mesmo proce-
dimento estático. O tempo de
9.a permanência do produto na pla-
taforma depende da rapidez de
obtenção do endereçamento.
Procedimento dinâmico – trans-
10.o porte do produto até o seu
local de estocagem.
Procedimento estático – tempo
dependente. O tempo de esto-
11.o
cagem depenede das deman-
das do subsistema de produção.
Permanece o mesmo proce-
dimento estático. Embora a Estoca-
4.o
12.o requisição tenha tempo inde- gem
pendente, a forma de cícrculo
permanece.
Procedimento dinâmico – o
13.o produto é deslocado do local
onde está estocado.
Procedimento estático – tem-
po dependente. O tempo que
produto permanece no carrinho
14.o
não depende da rapidez do
estoque, mas da rapidez da Picking de
separação das quantidades. 5.o
Produção
Procedimento dinâmico – o
produto é transportado até o
15. o
primeiro processo do subsiste-
ma de produção.
232
Processo logístico e redes logísticas
IESDE Brasil S. A.
1.° 4.° 6.°7.° 11.°
4.° 15.°
2.° 8.°9.° 12.°
1.° Processo 2.° Processo 3.° Processo 4.° Processo 5.° Processo
Elaboração da rede
Qualquer rede logística é composta por procedimentos estáticos e dinâmi-
cos intercalados sob a forma do stop and go, variando apenas o desenho do pro-
cedimento estático de acordo com o tempo de permanência (dependente para
estoque e independente para manuseio). Verifica-se também que os nomes dos
processos foram obtidos por ocasião da verificação in loco, junto aos próprios
operadores de cada ação. Dessa forma se obtém uma compreeensão por parte
de todos os colaboradores envolvidos nos processos que são alvo de estudo.
233
Estratégia Logística
234
Processo logístico e redes logísticas
Atividades de aplicação
1. Faça o diagrama de redes dos cenários abaixo:
Execução de um furo em uma peça metálica, cujo lote de processa-
mento é de mais de uma peça.
235
Custos logísticos
Cefe = Cnom + Cp
Estratégia Logística
Onde:
Perdas
Estoques
Visíveis
Abstratas Ociosidades
238
Custos logísticos
Cabe salientar que muitas vezes as perdas são toleradas, pois acabam por
gerar uma perda menor do que se fossem totalmente erradicadas. Veja o
caso de um equipamento de produção com capacidade para produzir 100
peças por dia, porém o mercado possui uma demanda de 50 peças por dia.
Se o gestor de logística desejasse erradicar a perda por ociosidade, geraria
uma perda maior ainda pelo excesso de estoques gerados pelo processo.
Algo semelhante ocorre com estoques que, apesar de serem considerados
perdas, podem erradicar perdas pelo excesso de variabilidade da demanda
de mercado onde eventuais picos de demanda são atendidos pelo exces-
so de produtos em estoque (atenção: isto não é regra). O caso de resíduos
também é um exemplo de perda tolerada, pois se o produto não sofrer um
beneficiamento por desagregação de massa (um furo por exemplo), o pro-
duto não terá utilidade de forma no processo seguinte. As perdas são tolera-
das em razão de compensações que ocorrem no processo e entre os proces-
sos, permeando todo o sistema logístico e até uma cadeia de suprimentos,
permitindo que o custo final seja o menor possível.
A resposta em uma primeira vista pode levar pessoas mais afoitas a res-
ponderem que a melhor opção é o modal hidroviário, uma vez que o valor
da tarifa é mais baixo frente ao modal aeroviário e que a economia é de US$
10.000,00. Porém, uma análise mais detalhada mostra que existem outros
fatores que geram perdas e devem ser considerados neste cenário.
Pagamento
Pagamento no 3 dias antes
embarque do avião
Diferença de 45 dias
Se fosse
receber hoje
Figura 2 – Diagrama de pagamento do produto.
240
Custos logísticos
241
Estratégia Logística
242
Custos logísticos
Onde:
Exemplos:
Observação:
Para fins de prática efetiva, recomenda-se que este custo entre no modelo
sem os impostos. Isto se faz necessário, dada a excessiva complexidade e im-
perfeições existentes na nossa legislação tributária. As imperfeições dizem
respeito e isenções, elisões, incentivos ou qualquer outra prática que altere
o valor final do produto comparativamente a outras redes. Já vi casos em
que um produto fez um “passeio” por mais de 2.000 quilômetros apenas para
aproveitamento de incentivo fiscal. Quando se trata de realização de pro-
jetos logísticos, executa-se o cálculo de custo logístico total na rede e após
isto acrescenta-se o custo dos impostos nesta rede. A partir daí, é possível
comparar redes que realizam percursos diferentes, com custos diferentes e
impostos diferentes e decidir pelo menor custo logístico total e tributário.
243
Estratégia Logística
Exemplos:
procedimento de pintura ;
estocagem de matérias-primas;
estocagem na gôndola de um supermercado.
244
Custos logísticos
Exemplos:
245
Estratégia Logística
Exemplo:
246
Custos logísticos
100%
70%
Tempo de estoque
5 dias 15 dias 30 dias
247
Estratégia Logística
perda de valor por obsolescência. Cabe salientar que uma correta previsão
de demanda é fundamental nestes casos.
Esta situação não ocorre com produtos cujo prazo de validade não é co-
nhecido pelo consumidor, como é o caso de boa parte dos produtos ele-
trônicos. Os produtos eletrônicos possuem uma obsolescência planejada e,
portanto, as perdas podem ser reduzidas ao menor nível possível. Veja o grá-
fico abaixo que ilustra esta situação.
Valor
PPD
100%
Tempo
Validade
Como pode ser visto pelo gráfico acima, o tempo em que o produto passa
a ser obsoleto perante a percepção do consumidor é o mesmo do prazo de
validade tecnológica determinado pela indústria, sendo portanto este o PPD.
Após este tempo o produto perde valor, porém em boa parte dos casos este
valor nunca chega a zero absoluto. Sempre existirá alguém que deseja um
monitor de vídeo em preto e branco para visualizar o controle feito por uma
câmera, por exemplo.
248
Custos logísticos
Exemplos:
sobras de resíduos em atividades estáticas de beneficiamento;
defeitos em peças produzidas;
equipamento e operador parados.
Exemplos:
tratamento de sobras e avarias;
reposicionamento de veículos em novos pontos de coleta de produtos;
reposicionamento de contêiners no âmbito internacional.
249
Estratégia Logística
onde:
min é o objetivo da logística, minimizar os custos;
KI é o custo de input;
KD é o custo da atividade dinâmica;
KE é o custo da atividade estática;
KFin é o custo financeiro;
KOb é o custo de obsolescência;
KOp é o custo de oportunidade;
KRev é o custo da logística reversa.
250
Custos logísticos
Resumo e conclusões
A partir das premissas básicas que constam do conceito de logística em-
presarial e seus fundamentos, foi possível identificar os custos e perdas que
fornecem o custo logístico total de um processo, subsistema, sistema ou
cadeia de suprimentos de interesse do analista.
Cada processo logístico possui sete custos e perdas que são comuns
(ocorrem com menor ou maior intensidade), cumulativos (somam-se de pro-
cesso em processo) e compensatórios (possuem trade-off’s) entre si e em re-
lação aos outros processos (anteriores e posteriores), e comparativamente a
outras ofertas de processos.
251
Estratégia Logística
252
Custos logísticos
253
Estratégia Logística
Atividades de aplicação
1. Se a oferta modal do cenário do problema mostrada no item “modelo
de custo logístico total” desta aula é a mesma, porém o produto possui
um valor de US$300.000,00, responda:
254
Custos logísticos
255
Indicadores de
desempenho na logística
Business intelligence
O KPI, seus indicadores e métricas não são suficientes para elevação do
nível de competitividade da empresa. Torna-se necessário o uso de pacotes
computacionais do tipo BI. Estes pacotes são excelentes quando se trata de
analisar as causas que geraram os indicadores, bem como as soluções pos-
síveis para melhorar o desempenho do indicador. Para que tal ocorra, é im-
prescindível que o gestor possua conhecimento para executar o cruzamento
das variáveis das tabelas disponibilizadas. Além disso, as tabelas disponibi-
lizadas no BI devem ser enxutas para não poluir o decisor com variáveis que
não fazem parte do contexto de análise. A seguir serão apresentadas algu-
mas sugestões de tabelas (visões do BI), de acordo com interesse em analisar
as causas de resultado dos indicadores apontados. A inclusão de novos indi-
cadores deve ser realizada concomitante à adoção de visões do BI.
O que é um KPI
Os KPIs ou indicadores chave de performance buscam orientar a conver-
gência entre as ações interna e externa da empresa, através de conceitos
de valores que são traduzidos em um conjunto de indicadores métricos de
desempenho quantificáveis.
258
Indicadores de desempenho na logística
259
Estratégia Logística
260
Indicadores de desempenho na logística
Quadro 1 – Modelo
Indicador Diz o que é o indicador (nome).
Significado Informa para que serve este indicador.
Objetivo Indica a(s) finalidade(s) do indicador.
Fórmula Mostra a fórmula matemática utilizada para o cálculo.
Unidade Exibe a unidade do resultado.
Métrica 1 Limites Informa quais são os limites inferiores e/ou superiores do indicador.
Ler a tendência baseada no histórico do indicador, considerando a
Interpretação
sazonalidade do período no ciclo de demanda (ano comercial).
Fórmula
Um indicador pode ter tantas métricas quantas forem necessárias,
Unidade porém deve se tomar o cuidado para que não haja uma proliferação
Métrica n de métricas. Faça poucas métricas que sejam abrangentes e eficien-
Limites
tes o suficiente para alcançar os resultados esperados.
Interpretação
De onde os dados sairão (banco de dados, sistema, pacote compu-
Fonte dos dados tacional, tabela etc.). Deve ser ainda verificado se a inclusão de da-
dos não sofre rupturas.
Menciona a frequência com que estes dados serão medidos e co-
Periodicidade brados.
Responsável Aponta o responsável pela gestão do indicador.
Informa qual é a ferramenta que será utilizada para proporcionar a
Ferramenta análise do indicador (via de regra é um pacote do tipo BI).
Qual é a recompensa dada por atingir e/ou ultrapassar os parâme-
Recompensa tros estabelecidos como meta para o período. Pode inclusive seguir
uma lógica matemática.
São os influenciadores e clientes do indicador (gerentes, diretores
Stakeholders etc.), que tem interesses ou se relacionam com o indicador.
261
Estratégia Logística
Exemplo de estruturação
de um KPI e respectivas métricas
262
Indicadores de desempenho na logística
Exemplo de estruturação
dos indicadores de desempenho
Quadro 2 – Previsão de vendas X realização das vendas
263
Estratégia Logística
Observações:
Este indicador deveria, a priori, ser responsabilidade da área mercado-
lógica, uma vez que ela possui autoridade sobre o mercado, porém
muitas vezes a área de logística é obrigada a fazê-lo por falta de conhe-
cimento de lógica quantitativa por parte da área mercadológica.
Este indicador pode levar a empresa a inibir a área comercial com rela-
ção ao estímulo na expansão de mercado e, portanto, deve ser consi-
derada a hipótese de não premiar os responsáveis por este indicador,
ou então premiá-lo juntamente com a expansão de mercado (cresci-
mento nas vendas).
Se a área mercadológica não pratica a previsão de vendas, cabe a logís-
tica tomar a iniciativa para implementação de métodos de obtenção
dos números relativos à previsão de demanda e se a responsabilidade
recair sobre a logística, então esta deve receber recompensa por atin-
gir os números.
Os indicadores devem ser feitos em todos os produtos classificados
1
Itens A, B e C se referem como itens “A” ou “A” e “B”1 nos critérios de valor total, peso total, volu-
ao grau de importância de
cada produto em relação me total e criticidade total.
a critérios estabelecidos
pela empresa. Os itens
A são os mais importan-
tes e significam poucos
Quadro 3 – OTIF da logística
itens, os itens B são rela-
tivamente importantes e
representam uma quanti- Indicador OTIF da logística.
dade razoável de itens, já
os itens C são os menos Significado Indicador geral de rupturas nas entregas.
importantes e possuem
uma quantidade elevada Busca identificar eventuais rupturas de prazos, quantidades e quali-
de itens. Objetivo dade dos produtos entregues aos clientes, frente ao pedido realiza-
do (utilidades de forma, tempo e lugar).
Quantidade total de pedidos emitidos – quantidade total de pedi-
Fórmula
dos entregues corretamente.
Métrica 1 Unidade Valor absoluto de itens.
Limites Transformar o valor relativo em absoluto.
Interpretação Quanto mais próximo de zero, melhor.
Quantidade total de pedidos com erros
Fórmula . 100
Quantidade total de pedidos
Métrica n Unidade Percentual.
Limites 3%.
Interpretação Quanto mais próximo de zero, melhor.
264
Indicadores de desempenho na logística
Observações:
O OTIF da logística é um indicador geral do nível de serviço ao cliente
e pode ser utilizado como um dos fatores de remuneração variável dos
responsáveis pela área de logística.
Sugere-se que este indicador seja aberto em cada subsistema do fluxo
direto (suprimento, produção, distribuição e utilização).
Este indicador deve ser aberto em três indicadores, a saber: atrasos,
faltas/sobras e avarias.
Se uma empresa responsabiliza somente a área de distribuição pelo
OTIF, não está utilizando a metodologia do KPI, mas apenas criando
um indicador métrico de forma isolada (não sistêmica). Se a razão do
atraso, avaria ou falta/sobra fora do especificado ocorre na área de
produção ou de suprimentos, a distribuição não pode ser responsa-
bilizada. Por incrível que pareça, é isso que ocorre em boa parte das
empresas que possuem indicadores não sistêmicos. Este indicador
deve ser repassado para a área de suprimentos, pois a falta de produ-
tos disponibilizados para a produção, pode ter como causa a falta de
matérias-primas. A quantidade de produtos disponibilizados deve ser
considerado como “produto bom”. A gerência de produção necessita
conhecer os níveis de estoque para que possa equalizar a produção
(itens a produzir e quantidade a produzir).
265
Estratégia Logística
Quadro 4 – Atrasos
Indicador Atrasos.
Significado Pedidos entregues fora do prazo.
Busca identificar o grau de atendimento dos pedidos fora do prazo
Objetivo acordado com o cliente.
Fórmula Quantidade total de pedidos entregues – quantidade de pedidos
entregue dentro do prazo.
Métrica 1 Unidade Valor absoluto (pedidos).
Limites Transformar 3% em valor absoluto.
Interpretação Quanto menor, melhor.
Fórmula Quantidade total de pedidos com atraso
. 100
Quantidade total de pedidos
Métrica n Unidade Percentual.
Limites 3% (os limites são os mesmo do OTIF geral da logística).
Interpretação Quanto menor, melhor.
Banco de dados (tabelas) de pedidos, banco de dados de datas das
Fonte dos dados notas fiscais emitidas e comprovantes de entrega lançados no sis-
tema.
Periodicidade Semanal e mensal.
Responsável Gerente de logística.
Ferramenta BI ou planilha eletrônica.
Recompensa Vinculada ao OTIF geral.
Stakeholders Diretor de logística e diretorias e gerencias comercial e financeira.
Observações:
não existe necessidade de recompensa deste indicador, pois é um des-
dobramento do indicador geral de OTIF;
sugere-se um acompanhamento deste indicador pela área comercial,
para verificação dos impactos das rupturas junto aos clientes e pela
área financeira, tendo em vista as eventuais prorrogações de títulos
decorrentes desta ruptura.
266
Indicadores de desempenho na logística
Observação:
As causas das avarias precisam ser investigadas pela gerência de logística
e da mesma forma que o indicador anterior, sugere-se novamente que a
área comercial tenha acesso a este indicador para verificação dos impac-
tos junto aos clientes, bem como a área financeira em razão de eventuais
descontos em títulos originados das notas fiscais com avarias.
267
Estratégia Logística
Observação:
Da mesma forma que os demais indicadores de performance do nível
de serviço ao cliente, sugere-se que este também seja acessado e ana-
lisado pela área comercial e financeira para verificação dos impactos
junto aos clientes e carteira de cobrança.
Atenção
268
Indicadores de desempenho na logística
Observações:
Este custo é calculado tendo como denominador a demanda de merca-
do. Isto significa que deve existir um ajuste entre os dispêndios da área
de logística frente ao beneficiamento de produtos para o mercado.
269
Estratégia Logística
Observação:
O valor do custo de transporte e armazenagem sobre o valor do produto,
deve ser calculado de forma desagregada (por produto). O custo exces-
sivamente genérico como muitas vezes é o efetivamente realizado, não
fornece dados robustos o suficiente para análise detalhada de cada caso.
O valor do custo dos produtos armazenados deve ser calculado em
razão da demanda dos produtos e sua base deve ser mensal (tendo em
vista que as despesas de armazém ocorrem em base mensal).
Observação:
Da mesma forma que o indicador anterior, este também pode ser utili-
zado como base para remuneração variável dos gestores da logística.
Periodicidade Mensal.
271
Estratégia Logística
Observação:
este custo é desconsiderado na maior parte das empresas, porém em
alguns casos pode levar a erradicação de perdas;
para que este indicador seja passível de medição, as contingências de-
vem ser registradas;
entende-se por contingência tudo aquilo que não consta do planeja-
mento normal das operações diárias da área de logística.
Atenção
272
Indicadores de desempenho na logística
Resumo e conclusões
A logística empresarial possui dois grandes objetivos: minimizar custos
e melhorar os níveis de serviço ao cliente. Os níveis de serviço ao cliente,
quando não estão dentro dos padrões de expectativa, acabam por gerar
perdas que, em última análise, é um custo (custo da perda). Ocorre que em
situações de planejamento de cenários logísticos, a perda somente pode ser
estimada, pois ainda não ocorreu a concretização das operações. Neste con-
texto cabe medir as possíveis perdas geradas por ocasião da realização do
planejamento. Estas medições são feitas por meio de indicadores chave de
performance ou KPI’s que possuem indicadores de desempenho que, por
sua vez, possuem métricas com limites de ocorrência.
273
Estratégia Logística
Áreas envolvidas:
marketing e comercialização, finanças e logística
Todas as áreas que de alguma forma mantêm uma interface com o cliente.
Desde a elaboração de canais de comunicação, passando pelo bom atendimen-
to da equipe comercial, da área de finanças (principalmente por ocasião da co-
brança) e da área de logística, responsável pela elaboração e entrega do pedido.
Variáveis da logística:
utilidades de forma e tempo, e na quantidade certa
Um cliente espera que os produtos encomendados cheguem ao seu es-
tabelecimento dentro das expectativas afirmadas pela área de marketing e
comercialização.
Modelos utilizados
quantidade do pedido, menos a quantidade entregue;
prazo prometido, menos prazo da entrega efetiva;
quantidade entregue, menos a quantidade rejeitada.
Responsáveis
gerente de suprimentos – responsável pelo OTIF das matérias-primas.
gerente de produção – responsável pelo OTIF de transformação das
matérias-primas em produtos acabados.
274
Indicadores de desempenho na logística
Atividades de aplicação
1. Como é elaborado um indicador do tipo “giro dos estoques de produ-
tos acabados”
275
Supply Chain Management
Clusters
A tradução para cluster é “agrupamento”. O cluster designa um agrupa-
mento de empresas em uma base geográfica definida. Ele surge a partir de
uma cultura de aptidão local, desenvolvida ao longo do tempo, com forte
presença do empirismo nos seus primórdios. Além dessa característica, o
cluster possui como ponto de partida um determinado produto de consumo
final e a partir dele as empresas iniciam a sua organização rumo às matérias-
-primas. O cluster desenvolvido é formado por diversas empresas que extraem
ou beneficiam partes do produto de consumo final e apresenta competição
moderada entre as empresas que o compõem. Em vista disso e do fato de ser
estruturado a partir de empirismo, as ações cooperativas são raras. Estudos
realizados pelo Instituto de Pesquisa e Ensino em Logística (Ipelog) aponta-
ram que as empresas pertencentes a clusters são as que possuem a mais baixa
expressividade de aplicação da logística formal em seus organogramas.
Um exemplo de cluster pode ser dado pela região de Franca em São Paulo
ou a região do Vale do Sinos (Novo Hamburgo, Sapiranga etc.).
278
Supply Chain Management
Polos
As cadeias produtivas do tipo polos possuem algumas similaridades em
relação ao cluster. Uma delas se refere à localização geográfica delimitada.
Existe porém uma diferença marcante. Enquanto que clusters possuem o
produto de consumo final como direcionador de formação da cadeia, as ca-
deias do tipo polos possuem a matéria-prima como direcionador de forma-
ção. Polos podem se classificar em naturais e artificiais.
Polos naturais
Polo natural é o que mais se assemelha ao cluster, pois a sua formação
emerge da cultura e aptidão local. A diferença reside na sua estruturação,
que é centrada na matéria-prima e não no produto de consumo final como
é o caso de cluster. Da mesma forma que o cluster, apresenta competição
moderada em situações de empresas com mercados similares e, portanto, a
existência de ações cooperativas é baixa. Nesta situação, a forma de alavan-
car a vantagem competitiva é a mesma encontrada para o caso de clusters:
construção de plataformas logísticas.
Polos artificiais
Polos artificiais possuem as mesmas características que os polos naturais,
porém a sua organização não emerge de cultura local, mas sim de um estí-
279
Estratégia Logística
mulo para a sua criação que, via de regra, é dado pelo governo. O governo
intervém na formação de polos artificiais, de acordo com a sua política in-
dustrial. Um exemplo clássico são os polos petroquímicos. Concentram-se
em uma matéria-prima e a partir dela produzem vários produtos. A organiza-
ção das empresas é previamente planejada e a logística também. É comum
encontrar uma logística de transporte (de matérias-primas e de produtos
acabados) com elevada sinergia de ações.
Redes de cooperação
As redes de cooperação são mais comuns de ser encontradas no varejo. São
caracterizadas através da união de uma série de empresas com propriedade
individualizada. A rede de cooperação iniciou com grande sucesso no varejo
por diversas razões, porém existem duas razões importantes que garantiram a
sua expansão. A primeira diz respeito ao ganho imediato através da concentra-
ção das aquisições individuais de mercadorias em um só pedido de compras. O
poder de barganha é maior, e por consequência, os descontos sobre os preços
praticados de forma fragmentada. O segundo fato que permitiu o sucesso de-
ve-se à ausência de competição entre os participantes, visto que cada ponto de
varejo possui a sua área de influência e a rede de cooperação tende a não incor-
porar varejos concorrentes, com o objetivo de evitar conflitos. As redes de pe-
quenos e médios supermercados é um bom exemplo de rede de cooperação.
280
Supply Chain Management
281
Estratégia Logística
Fornecedor A
Indústria de sabonetes
Fornecedor B
(20.000.000 caixas)
Fornecedor C
A primeira vista isto pode ser difícil de entender, pois afinal de contas o
que se aprende na escola é que devemos manter um posicionamento de in-
dependência frente aos fornecedores, uma vez que a posição de dependên-
cia pode ser uma ameaça caso haja qualquer problema com o fornecedor
(financeiro, tecnológico, sinistros, avarias etc.). Esta insegurança impele os
gestores de suprimentos a buscar a independência em relação ao mercado
fornecedor. Ocorre que é possível sim estabelecer uma relação melhor e in-
termediária, nem de dependência e muito menos de independência. Trata-
se da interdependência. A interdependência é uma forma de relacionamen-
to amplamente desenvolvido no meio social, seja na família, casamento ou
outro qualquer. Pense por exemplo em como um indivíduo chega ao estágio
final de um relacionamento como um casamento. É um longo caminho que
inicia em um namoro, avança por um noivado e culmina em um casamento
e estes passos não precisam estar necessariamente formalizados para que o
relacionamento alcance o sucesso. A recompensa de um casamento é maior
sinergia de ações para alcançar desejos não mais individuais, mas sim cole-
tivos. Embora o exemplo do casamento seja excessivamente simples e algo
que o juízo de valor é intangível e, portanto, imensurável economicamente,
é possível presumir que uma empresa estabeleça relações duradouras com
seus clientes e fornecedores com o objetivo de obter maior sinergia dos re-
cursos disponíveis.
284
Supply Chain Management
IESDE Brasil S. A.
Fornecedor A
Indústria de sabonetes
Fornecedor B
(20.000.000 caixas)
Fornecedor C
285
Estratégia Logística
Resumo e conclusões
Existem outras técnicas para determinar o funcionamento de um SCM.
Uma das técnicas é dada pelo modelo SCOR (Supply Chain Operations Refe-
rence Model ou modelo de referência para as operações da cadeia de supri-
mentos), adotado pelo SCC (Supply Chain Council ou conselho de cadeias de
suprimentos), além dos métodos de Lambert e Cooper, entre outros. Todos
os modelos possuem convergência nas suas ações, apenas com algumas pe-
quenas modificações ou ausência parcial de técnicas e ferramentas, porém
todas fazem referência à necessidade de visão sistêmica da cadeia e um ele-
vado sentido de ações sinérgicas e relações fidelizadas.
289
Estratégia Logística
290
Supply Chain Management
291
Estratégia Logística
Embora a ocorrência real desses fatos possa parecer improvável, não signi-
fica que sejam impossíveis. Transformar isto em algo palpável no futuro passa
pela construção do conhecimento e uma boa dose de receptividade para
novas metodologias de gestão.
Atividades de aplicação
1. Faça a montagem de uma cadeia de suprimentos de um produto de
melhor desempenho de resultado, utilizando o seu conhecimento co-
mum na empresa em que você trabalha.
292
Gabarito
2. Sugestão de resposta:
processamento de pedidos – gerenciamento de compras
contabilização da distribuição – faturamento
recebimento – recebimento de material
transporte de chegada – frete de matéria prima
administração de estoques – gestão de materiais
depósito interno – armazém
embalagem para embarque – contêiner
embarque – remessa de produtos
transporte de saída – frete de produtos acabados
depósitos externos – centros de distribuição
serviço ao cliente – atendimento ao cliente
3. Sugestão de resposta:
Atividades estratégicas
e tático-operacionais em logística
1. A estratégia é responsável pelas decisões que apresentam efeitos du-
radouros e de longo prazo sobre a empresa. Incluem decisões quan-
to ao número, à localização e à capacidade dos depósitos, centros de
distribuição (CDs) e das plantas de produção e ao fluxo de materiais
através da rede logística.
2.
Qualidade – o objetivo básico é realizar processos em toda a cadeia
de suprimento de modo que o produto final cumpra o seu papel
em seus mercados, buscando a redução das não conformidades,
levando-as a zero.
Velocidade – atingir o tempo adequado ou quanto tempo um
cliente se dispõe a esperar para receber determinado produto ou
296
Gabarito
297
Estratégia Logística
A visão sistêmica e a
competência da logística empresarial
1. Esta questão busca identificar o nível hierárquico do decisor atrás do
cargo que ocupa. Fornece a posição do gestor de logística frente ao
setor de atuação e a dimensão do negócio da empresa. Por exemplo,
um alto gestor tem mais autoridade e, portanto, decide de forma mais
ampla e estratégica.
298
Gabarito
299
Estratégia Logística
Possível resposta:
Execução do furo
IESDE Brasil S. A.
Estoque pré-furação Estoque pós-furação
Estoque de sobras
Possível resposta:
Execução do furo
IESDE Brasil S. A.
Estoque pré-furação Estoque pós-furação
300
Gabarito
2. Neste caso existe uma resposta certa, composta pelo desenho de rede
abaixo.
IESDE Brasil S. A.
Existe a possibilidade do aluno incrementar o desenho da expedição
e da armazenagem do CD com redes microscópicas. Não está errado,
pois afinal de contas cada aluno vai detalhar a sua rede de acordo com
o seu interesse (normalmente vinculado à experiência com a sua ativi-
dade profissional).
3.
Espaço
IESDE Brasil S. A.
Estoque
pós-furo
Furação
Sobras
Estoque
pré-furo
Tempo
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Custos logísticos
1.
a) Hidroviário
301
Estratégia Logística
Custo Logístico
Modal Tarifa Custo Financeiro
Total
Aeroviário 14.000,00 0 14.000,00
Hidroviário 4.000,00 4.500,00 (8.500,00)
Diferença 10.000,00 (4.500,00) 5.500,00
302
Gabarito
Observação:
O giro do estoque é crucial em situações onde existe obsolescên-
cia do produto (eventuais custos de obsolescência e de reversão),
mesmo que a dinâmica entre produção e comercialização seja con-
vergente. Além disso, quando o giro é baixo, gera custo financeiro
(custo do dinheiro investido nos estoques).
2.
Sustentabilidade social – é importante pois aborda as questões re-
lacionadas ao meio ambiente e inclusão social.
Satisfação dos colaboradores – é importante na medida em que
indica o comprometimento do colaborador com a empresa.
Inovação tecnológica – é importante na manutenção da empresa
na vanguarda do mercado.
2. Espera-se que o aluno faça uma revisão crítica do que foi apontado
nas questões anteriores e identifique as ações que devem ser tomadas
para que haja condições de implementação do SCM no produto apon-
tado na rede da questão 1.
303
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