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São Paulo
2020
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São Paulo - SP
2020
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
2. JUSTIFICATIVA 4
3. OBJETIVOS 5
3.1 GERAL 5
3.2 ESPECÍFICOS 5
4. MATERIAIS E MÉTODOS 5
5. CRONOGRAMA 7
REFERÊNCIAS 8
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1. INTRODUÇÃO
como agentes ou vetores de agentes de doenças em seres humanos e animais e o impacto que
distribuição geográfica.
meio ambiente que interfere na biodiversidade, podem impactar a saúde humana e de outros
tegumentar e visceral (MS, 2017) e o agentes causadores dessas doenças são os protozoários
humanos se tornaram um problema de saúde pública, com forte impacto no Brasil (SCUTERI,
epidemiológicos. São endêmicas em mais de 98 países do mundo, com cerca de 350 milhões
taxa de incidência varie de 900 mil a 1,6 milhão de casos por ano, com 200 a 400 mil casos de
(FAGUNDES, 2016).
No Brasil, a leishmaniose visceral, que tem como agente Leishmania infantum, se concentrava
principalmente em áreas rurais do Nordeste, todavia, desde os anos 1990 está em expansão
por todo o território nacional, atingindo regiões periurbanas e centros urbanos inclusive os de
médio e grande porte, como Teresina (PI), São Luiz (MA), Rio de Janeiro (RJ), Belo
Horizonte (MG), Araçatuba (SP), Campo Grande, Corumbá e Três Lagos (MS), entre outras.
No entanto, a sua maior frequência de casos, ainda ocorre na Região Nordeste (82,3%),
seguida pela da Região Norte (7%) e Região Sudeste (7%) e Centro-Oeste (3,0%)
(FAGUNDES, 2016). A sua entrada na Região Sul se deu pelo estado do Rio Grande do Sul,
em sua fronteira com a Argentina (Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul,
2017). A seguir, no Estado do Paraná foram detectados cães com sorologia positiva para
(TRENCH & SOCCOL et. al., 2016). Também em Santa Catarina foram registrados casos
outras vêm sendo apontadas como vetores comprovados ou potenciais vetores, conforme
tabela 1.
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segundo local de identificação do local onde o inseto foi apontado como vetor e autores.
Lu. almerioi BRASIL (Bonito. Bodoquena range, MS) Galati et al. 2003, 2006; Savani et al.
2009.
Lu. forattinii BRASIL (Corumbá, MS) Galati et al. 1997; Pita-Pereira et al.
2008.
Mg. migonei BRASIL (São Vicente Ferrer – PE) Carvalho et al. 2007; Guimarães et al.
2012
BRASIL (Cotia e Embu das Artes, SP) Galvis 2011; Galvis et al 2017
Pi. fischeri BRASIL (Cotia e Embu das Artes, SP) Galvis et al 2017
brasileiro, devido ao aumento das atividades antrópicas que causam alterações no ambiente
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leishmaniose, como por exemplo áreas florestais, onde interagem agente, vetor e
reservatórios, pode assumir a condição de hospedeiro acidental ao ser picado por fêmeas de
flebotomíneos infectadas. Nesta condição, os principais grupos de risco são homens que
atividades militares. Nos casos dos cenários peridomésticos rural e urbano, a transmissão
repasto sanguíneo nos moradores locais podem lhes transmitir a infecção. Nestas
São várias as espécies de Leishmania que causam infecção humana no Brasil: Leishmania
(L.) amazonensis, L. (V.) braziliensis, L. (V.) guyanensis, L. (V.) naifi, L. (V.) lainsoni e L.
vetores dessas leishmanioses por ambiente onde se dá a transmissão, segundo Rangel et al.
(2018).
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Psychodidae) que esteja infectado. Uma vez que o inseto se alimenta do sangue, ingere as
como cães, gatos, roedores, marsupiais e outros, ou os de sangue frio. As formas amastigotas
estágios, multiplicam-se e migram para a parte anterior do intestino médio atrás da válvula
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1.2 FLEBOTOMÍNEOS
popularmente como asa branca, mosquito palha, birigui, cangalhinha, tatuquira, entre outros
nomes (GALVIS-OVALLOS, 2016). São de grande importância para a saúde pública, pois
outros insetos da mesma família pela sua probóscie longa, adaptada para picar, seu corpo
delgado e longo e suas pernas longas e finas. São holometábolos com quatro estágios de
desenvolvimento (ovo, a fase larval com 4 estádios, pupa e adultos). As fêmeas necessitam da
alimentação sanguínea para o desenvolvimento de seus ovos (Brazil & Brazil, 2018).
larva e pupa. Os ovos possuem forma elipsoide e medem cerca de 0,3 a 0,5 mm de
acordo com a espécie. A oviposição pode ocorrer tanto isoladamente quanto em pequenos
grupos de ovos, os quais se aderem ao substrato por meio de uma substância rica em gorduras
dos mesmos. Essa substância também atua como um importante feromônio na oviposição. Os
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ovos possuem coloração esbranquiçada ou amarelada ao serem postos, mas com o passar das
horas eles vão escurecendo chegando à uma cor marrom escura (BRAZIL & BRAZIL, 2018).
Das pouco mais de 1000 espécies descritas no mundo (GALATI, 2018), cerca de 10% estão
(AGUIAR & VIEIRA, 2018). Nas Américas são 539 espécies descritas, sendo 522 atuais e 17
fósseis; com as espécies atuais distribuídas em 23 gêneros (GALATI, 2018). A maioria dos
vetores pertencem às tribos Lutzomyiina (em que estão incluídos os gêneros Lutzomyia,
estão presentes, cerca de 280 espécies (AGUIAR & VIEIRA, 2018), 32 implicadas como
implicadas como vetoras no Brasil (Tabela 2) também tem sido apontadas, Expapillata
firmatoi e Pintomyia pessoai, (MAROLI et al. 2012, DINIS et al. 2014, BRAZIL et al. 2015,
A maioria das espécies possuem hábitos crepusculares e noturnos, que se estende até o
período do início da manhã. No entanto, em ambiente com pouca luz os flebotomíneos podem
vida às novas condições, tendo maior contato com humanos em áreas de matas
remanescentes.
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parasita até a forma infectante e transmiti-lo a um novo hospedeiro) (OVALLOS, 2011; REIS
Paulo: Bichromomyia flaviscutellata, Brumptomyia avellari, Br. bragai, Br. brumpti, Br.
cardosoi, Br. carvalheiroi, Br. cunhai, Br. mesai, Br. guimaraesi, Br. mangabeirai, Br.
nitzulescui, Br. ortizi, Br. pintoi, Br. troglodytes, Evandromyia bourrouli, Ev. carmelinoi, Ev.
correalimai, Ev. cortelezzii, Ev. edwardsi, Ev. lenti, Ev. petropolitana, Ev. costalimai. Ev.
rupicola, Ev. termitophila, Ev. sallesi, Expapillata firmatoi, Psathyromyia pascalei, Pa.
pelloni, Psychodopygus arthuri, Ps. ayrozai, Ps. geniculatus, Ps. hirsutus, Ps. lloydi,
Scyopemyia microps, Sc. sordellii, Migonemyia bursiformis Mg. migonei, Mg. rabelloi, Mg.
vaniae, Ny. intermedia, Ny. neivai, Ny. singularis, Ny. whitmani, Pintomyia bianchigalatiae,
Pintomyia christenseni, Pi. fischeri, Pi. misionensis, Pi. monticola, Pi. pessoai, Pressatia
choti, Pressatia trispinosa, Psathyromyia aragaoi, Pa. baratai, Pa. bigeniculata, Pa.
brasiliensis, Pa. hermalenti, Pa. ribeirensis, Lu. almerioi, Lu. amarali, Lu. castroi, Lu.
petari, Mi. schreiberi. Todavia, AGUIAR & VIEIRA (2018) acrescentam outras 14 espécies:
Lutzomyia alencari, Lu. dispar, Micropygomyia peresi, Mi. quinquefer, Mi. micropyga,
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Nyssomyia fraihai, Pa. barrettoi barrettoi, Pi. serrana, Ps. carrerai, Ps. davisi, Ps.
2. JUSTIFICATIVA
Para o Estado de São, o estudo mais recente sobre a distribuição das espécies vetores de
leishmaniose tegumentar foi desenvolvido por SHIMABUKURO et al. (2010) e das espécies
foram descritas, cujas localidades tipos encontram-se São Paulo, assim como novos encontros
de espécies em território paulista. Além disto, outras espécies que não foram contempladas no
Leishmania.
Entre os critérios considerados para apontar uma espécie como vetora de Leishmania
último critério, na medida que plotam os dados da presença da doença versus a distribuição
no estado de São Paulo, bem como tentar analisar as suas frequências nos respectivos estudos
no período de 2011 a 2020, de modo a se detectar as áreas em que podem oferecer risco à
3. Objetivos
3.1 Geral
Analisar a distribuição geográfica das espécies de flebotomíneos no Estado de São Paulo, bem
3.2 Específicos
Paulo;
investigações divulgadas.
leishmaniose
4. Materiais e Métodos
A área de estudo é o Estado de São Paulo, situado na região Sudeste do Brasil, com uma área
unidade federativa possui um relevo considerado alto, com 85% de sua superfície
apresentando entre 300 e 900 metros de altitude, 8% dos relevos estão abaixo dos 300 metros
Os biomas principais do Estado de São Paulo são a Mata Atlântica e o Cerrado. A Mata
Atlântica é a segunda maior floresta do Brasil, que antes cobria 1.400.000 km² do território
biodiversidade da Mata Atlântica é uma das maiores do planeta, tendo maior número de
ocorrem nessa área de mata. Esta área é priorizada para a sua conservação (BONONI, 2010).
De 1990 a 2001 a Mata Atlântica teve uma recuperação de 13,9% para 17,5% no Estado de
São Paulo. Essa recuperação foi percebida a partir de 2009, com o uso de novas tecnologias e
imagens de satélites mais precisas que ajudaram no mapeamento de áreas mais detalhadas
Segundo BONONI (2010), o Estado de São Paulo representa a Mata Atlântica da costa para o
interior com os manguezais predominantes nas áreas costeiras onde há o encontro da água
doce dos rios com a água do mar; restingas, que é o conjunto de comunidades de vegetação
planícies costeiras, tem-se início junto às praias, com predomínio de gramíneas, vegetação
rasteira de ipomeia, pinheirinho-da-praia, carrapicho-da-praia etc, bem como nas áreas que se
enquanto que em alguns locais possuem brejos com predominância de densa vegetação
úmidos, mesmo em épocas de secas e quentes durante o ano todo. Elas tem predominam em
toda a região do litoral do estado, tendo chuvas intensas e bem distribuídas ao longo do ano e
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temperaturas elevadas (SIFESP, 2020). Possui solo raso e pobre em nutrientes, tendo florestas
perenifólias com matas fechadas, onde as árvores podem atingir de 15m a 40m de altura. São
ambientes extremamente chuvosos, com suas folhas lisas e ápice em forma de goteira para o
dias e chuvas bem distribuídas durante o ano todo, e também se denominam Matas de
A floresta estacional são as áreas de mata atlântica do interior paulista com uma estação seca
e outra chuvosa. Durante o período de seca, que leva de dois a três meses, 20 a 50% das
árvores perdem as folhas (SIFESP, 2020) com tempo seco e pouca água disponível no solo
com as temperaturas baixas, como no caso das florestas semideciduais, ou todas (deciduais),
consumo de água. É uma floresta que possui árvores de 25m a 30m de altura, vegetação
diversificada com cipós e epífitas, samambaias em locais mais úmidos, estando este bioma na
2010).
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Caracteriza-se pelas baixas temperaturas no inverno, com ventos constantes e frios, solos
desenvolvimento de vegetação rasteira com gramíneas, pequenas árvores tortas e líquens. São
mimosa. Como esse ecossistema é isolado, existem chances de ocorrerem maiores níveis de
O bioma cerrado no Estado de São Paulo ocupa uma extensão de 8 milhões de hectares no
território, sendo que no território nacional ocupa uma área de 200 milhões de hectares,
principalmente nas faixas central de norte a sul do estado, abrangendo parcialmente 267
municípios do território das regiões nordeste e central, cobrindo em torno de 33% do estado
(MIRANDA & FONSECA, 2013). O Cerrado se apresenta nos tipos: savana típica (cerrado
(SIFESP, 2020).
Os municípios do interior paulista que são abrangidos pelo Cerrado são: Bariri, Barra Bonita,
Bocaína, Boraceia, Brotas, Dois Córregos, Dourado, Igaraçu do Tietê, Itaju, Itapuí, Jaú,
Nas áreas de maior altitude, onde estão as serras da Mantiqueira e do Mar, tendo verões
úmidos, quentes e temperaturas médias abaixo de 18ºC nos meses mais frios do ano, e o
oceânico com períodos de chuvas regulares durante o ano todo e verões mais amenos
(MIRANDA, 2014).
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semelhante ao clima equatorial da Amazônia, tendo período de chuva com média acima de
Nas regiões centrais do estado, predomina o clima tropical de altitude, com estação seca no
inverno e períodos chuvosos no verão, atingindo uma temperatura média acima de 22ºC nos
meses mais quentes do ano. Nas demais áreas, o clima é semi úmido com precipitação inferior
a 60mm em um ou mais meses do ano e temperaturas acima de 18ºC ao longo do ano todo.
(MIRANDA, 2014).
2010 em diante.
Para cada artigo, serão lançados numa planilha Microsoft Excel, onde os dados coletados
serão inseridos informação sobre nome dos autores, título, fonte de publicação, ano de
flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) no Estado de São Paulo será fichado por meio de uma
outra planilha no Excel abordando em quais municípios do ESP cada umas das espécies foram
encontradas, citando o nome dos autores que estudaram cada uma das regiões.
Após essa etapa, será feito um mapeamento geográfico da distribuição da fauna flebotomínea
Para a quantificação da densidade das espécies implicadas como vetoras serão construídos
serão construídos com base nos dados observados para todo o estado.
À luz dessas informações as espécies serão plotadas, nos município, segundo às suas
frequências.
Também serão exploradas as informações das frequências das espécies versus ambiente
A partir das planilha Microsoft Excel serão geradas tabelas para as análises estatísticas, tais
como frequência das espécies segundo município, correlação das frequências com os
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ambientes de coletas e também com tipo de armadilhas utilizadas. Também serão utilizadas
para o geoprocessamento dos dados, por meio do software QGIS 3.4 Madeira.
5. CRONOGRAMA
Ano
2019 2020
Etapas
1º sem. 2º sem. 1º sem. 2º sem.
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
1. Revisão bibliográfica x x x x X X X X
2. Definição da pesquisa/objetivos - - x x - - - -
19
3. Elaboração do instrumento de - - x x X X - -
pesquisa/Coletas de dados dos
flebotomíneos no território a ser
estudado.
4. Análise e discussão dos dados - - - - - - X -
6. Exame de Qualificação - - - - - x - -
7. Redação final da dissertação - - - - - - x
8. Defesa - - - - - - - x
8. Redação de artigos - - - - - - - X
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