https://time.graphics/line/550295
Por Lorraine Narciso –
Disciplina Estética
Nas fachadas eram comuns perfis de estuque, pseudo-pilastras, sacadas inteiriças com
ornamentos de ferro forjado – só existiam varandas em casas de fazendas.
Arquitetura barroca ( 1600-1700)
os primeiros edifícios de arquitetura sacra do Brasil foram erguidos em estilo barroco, na
segunda metade do século XVI.
No início, a arte nacional sofria forte influência da cultura portuguesa. Mas, por fim, ela
assumiu características próprias.
Até meados do século XVII, o barroco visto no país, sobretudo na região nordeste,
estava mais presente em fachadas e frontões.
A maior produção nacional realmente ocorreu no século XVIII, nas regiões auríferas de
Minas Gerais – já como certa variação do rococó. As cidades estavam ricas e as famílias
queriam investir no desenvolvimento da arquitetura.
Sem dúvidas, o maior acervo barroco do Brasil está em cidades como Ouro Preto,
Diamantina, São João Del Rei, Mariana e Santa Bárbara.
Os artistas dessa região usaram muita madeira, pedra sabão e, é claro, ouro para fazer
as estátuas e muitas outras ornamentações.
Isso porque muitas de suas características faziam relação ao movimento iluminista – com
correspondência aos modelos classicistas, grego e romano. E, justamente, a colônia
portuguesa precisava disso, desse toque de requinte.
Elas eram simétricas; tinham porão alto, platibandas, cornijas e, às vezes, até frontões.
Algumas eram revestidas de materiais nobres, como o mármore, ou com pinturas a óleo.
E as janelas e portas eram envidraçadas.
Ela teve duas vertentes. O “Beaux-Arts” trabalhava melhor a simetria, os cheios e vazios
e era ricamente decorativo.
A arquitetura moderna brasileira teve seu ponto alto entre as décadas de 1930 e 1950.
Isso só foi possível depois de uma mudança de postura e atitude ética comportamental
adotada pelos artistas após a Semana de Arte de 1922.
Havia uma efervescência cultural, um ufanismo, que levou a busca de uma arte diferente.
Os profissionais dessa época imaginavam que o país seria mais bem valorizado se
fossem descartadas as tradições que até então eram seguidas.
Só que o estilo, no Brasil, foi mesmo aceito mais tarde com os trabalhos de Oscar
Niemeyer e Lúcio Costa.
Entre os anos 60 e 70, a arquitetura moderna foi uma arma poderosa usada pelos
governantes brasileiros para demonstrar o progresso e a industrialização do país.
Foi a vez da fundação da nova capital federal e de seus belos edifícios modernos.
A primeira obra de repercussão nacional nesse estilo foi o prédio do MES – o Ministério
da Educação e Saúde -, cujo projeto foi realizado em 1936.
Edifícios como esse têm formas geométricas bem definidas, sem ornamentos.
Ainda que criticada pela fragilidade de sua base teórica, a adoção do “pós-
modernismo” como estilo teve o importante papel de atenuar a hegemonia da
arquitetura moderna no Brasil, apontando a possibilidade de novos rumos.
Desta forma, perde força e argumentação sendo sua idéia em geral vinculada apenas
a imagens historicistas, onde predominam desenhos que aludem aos edifícios
clássicos, o colorido e certa intenção de deboche.
No entanto, para o autor o movimento tem outras frentes, essas muito bem
embasadas e carentes de atenção como, por exemplo, a arquitetura ambiental
preocupada com sustentabilidade e preservação de recursos naturais ou
o descontrutivismo, tido como uma arquitetura anti-social num intuito de questionar o
ambiente construído.
Arquitetura Contemporânea ( 1980- ATÉ OS DIAS DE
HOJE)
A arquitetura contemporânea no Brasil passou a ser produzida a partir dos anos 80,
depois do período pós-modernista, e permanece nos dias de hoje.
Ou seja, não há uma linguagem única e cada artista tem sua forma de reinterpretar o
passado.
Todos podem fazer releituras dos elementos e empregá-los de acordo com seus próprios
estilos. Não existem obrigatoriedades quanto à expressão.
Os arquitetos fazem produtos mais interessantes aos olhos, e também mais práticos,
funcionais, econômicos e sustentáveis.