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LINHA DO TEMPO DA ARQUITETURA BRASILEIRA

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Por Lorraine Narciso –

2 período Arquitetura Uninassau

Disciplina Estética

Arquitetura Colonial no Brasil (1530-1830)


É muito importante o legado artístico dessa época para a arquitetura no Brasil. Ele
demonstra uma cultura que foi sendo desenvolvida por meio de mão de obra escrava e
com materiais e condições socioeconômicas bem diferentes da Europa.

O período colonial no Brasil pode ser resumido por um rigor métrico.

As esquadrias se repetiam paralelamente nos pavimentos. As ornamentações de


palácios e igrejas eram rebuscadas, detalhistas e expressavam as emoções da vida e do
ser humano.

Nas fachadas eram comuns perfis de estuque, pseudo-pilastras, sacadas inteiriças com
ornamentos de ferro forjado – só existiam varandas em casas de fazendas.
Arquitetura barroca ( 1600-1700)
os primeiros edifícios de arquitetura sacra do Brasil foram erguidos em estilo barroco, na
segunda metade do século XVI.

No início, a arte nacional sofria forte influência da cultura portuguesa. Mas, por fim, ela
assumiu características próprias.

Até meados do século XVII, o barroco visto no país, sobretudo na região nordeste,
estava mais presente em fachadas e frontões.

A maior produção nacional realmente ocorreu no século XVIII, nas regiões auríferas de
Minas Gerais – já como certa variação do rococó. As cidades estavam ricas e as famílias
queriam investir no desenvolvimento da arquitetura.

Sem dúvidas, o maior acervo barroco do Brasil está em cidades como Ouro Preto,
Diamantina, São João Del Rei, Mariana e Santa Bárbara.

Os artistas dessa região usaram muita madeira, pedra sabão e, é claro, ouro para fazer
as estátuas e muitas outras ornamentações.

As pinturas tinham cores fortes, os telhados das edificações, muitas águas, e as


estruturas das paredes eram feitas de pedra e cal, taipa ou adobe.

Arquitetura Neoclássica ( 1820-1890)


Na Europa, ela era considerada uma reação aos exageros de estilos como o barroco.

Isso porque muitas de suas características faziam relação ao movimento iluminista – com
correspondência aos modelos classicistas, grego e romano. E, justamente, a colônia
portuguesa precisava disso, desse toque de requinte.

O arquiteto de maior importância na implantação da arquitetura neoclássica foi


Grandjean de Montigny.

Mas a divulgação maior do estilo se deu mesmo com a inauguração da Imperial


Academia, em 1826.

As edificações neoclássicas brasileiras apresentavam plantas simplificadas, como no


período anterior.

Elas eram simétricas; tinham porão alto, platibandas, cornijas e, às vezes, até frontões.

Apresentavam cores suaves. Tinham paredes erguidas com processos técnicos


avançados.

Algumas eram revestidas de materiais nobres, como o mármore, ou com pinturas a óleo.
E as janelas e portas eram envidraçadas.

Arquitetura Eclética (1850 – 1930)


É considerado uma mistura de estilos do passado, revivendo tudo que foi desenvolvido
pelos “neos”.

Mas soube aproveitar melhor os avanços da engenharia, incluindo o ferro forjado.


Primeiro a arquitetura eclética no Brasil se manifestou dentro do academicismo – outra
arte, portanto, propagada pela Imperial Academia.

Ela teve duas vertentes. O “Beaux-Arts” trabalhava melhor a simetria, os cheios e vazios
e era ricamente decorativo.

Já a “Engenharia” aliava função, estrutura e economia.

O auge do ecletismo no país foi após a proclamação da República, em 1889, quando o


governo adotou o estilo para a remodelação da capital federal.

Art Nouveau (1890-1920)


Como já ficou evidente, o período entre o fim do século XIX e as primeiras décadas do
século XX foi repleto de tendências e estilos distintos em competição, um fenômeno
que ocorria também em nível internacional, atestando a mudança acelerada de todo
um paradigma cultural e social de índole tradicionalista que havia permanecido mais
ou menos cristalizado ao longo de séculos, e essa diversidade torna o estudo do
período extremamente complexo e sujeito à controvérsia

As características que dominaram o Art Nouveau no Brasil e no mundo foram:

 o forte caráter decorativo;


 a inspiração nos elementos da natureza;
 a valorização da assimetria e da sinuosidade;
 a irrefutável preocupação com a estética;
 o uso de elementos novos, como vidro, cerâmica e ferro;
 a prevalência de mosaicos e vitrais;
 o prestígio da elegância e da sofisticação;
 a fusão entre estrutura e ornamento.

O Art Nouveau no Brasil influenciou principalmente a arquitetura do país. Dessa


forma, por contarem com originalidade e forte presença decorativa, muitas
construções desse estilo chamam a atenção pela elegância e beleza. 

Com formas sinuosas e decoração ornamental, o Art Nouveau no Brasil conquistou


adeptos e foi empregado no país, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Art Deco (1925-1939)


Art déco foi um movimento popular internacional de design que abrange todos os
domínios da criação humana que afetou as artes decorativas, principalmente na
arquitetura, design de interiores e desenho industrial. 
Este movimento foi, de certa forma, uma mistura de vários estilos e
movimentos. Embora muitos movimentos de design tivessem raízes em intenções
filosóficas ou políticas, a Art Déco foi meramente decorativa.
Na altura, este foi visto como estilo elegante, funcional e ultra moderno. As principais
características são as linhas geométricas, privilegiando a aerodinâmica, e inspiradas
por diversas culturas antigas, como a Grécia, o Egito, entre outras, e no caso
brasileiro a Cultura Marajoara (400-1400).
Foi o art déco que inspirou os primeiros prédios de Goiânia, nova capital de Goiás,
projetada em 1933 por Atílio Correa Lima, cujo acervo arquitetônico é considerado
um dos mais significativos do país. Alguns dos exemplos são a Torre do Relógio da
Central do Brasil e Cristo Redentor no Rio de Janeiro.
No Brasil, o estilo influenciou artistas como o pintor Vicente do Rego Monteiro e o
escultor Vitor Brecheret que pode ser pensada com base nas influências que sofre
do art déco, em termos de estilização elegante com que trabalha formas femininas
(Daisy, 1921) e figuras de animais (Luta da Onça, 1947/1948).
Um rápido passeio pela cidade do Rio de Janeiro pode ser tomado como exemplo da
difusão do art déco, impresso em vitrais, escadarias, decoração de calçamentos e
letreiros.
O interior da sorveteria Cavé, no centro da cidade, o Teatro Carlos Gomes, na praça
Tiradentes, a Central do Brasil, entre muitos outros, revelam as marcas e motivos art
déco. Uma obra de Brecheret em estilo art déco é o Monumento às Bandeiras, em
São Paulo.
O edifício-sede da Biblioteca Mário de Andrade e o Estádio Pacembu, ambos
também em São Paulo, são dois grandes marcos arquitetônicos do estilo na cidade.
Outro belo exemplar da art déco na capital paulista situa-se na rua Domingos de
Morais.
Arquitetura Moderna (1930-1970)

A arquitetura moderna brasileira teve seu ponto alto entre as décadas de 1930 e 1950.

Isso só foi possível depois de uma mudança de postura e atitude ética comportamental
adotada pelos artistas após a Semana de Arte de 1922.

Foi o momento de afirmar a identidade nacional e de fazer mudanças nos hábitos da


sociedade. E isso também foi levado para as propostas de outras ciências.

Havia uma efervescência cultural, um ufanismo, que levou a busca de uma arte diferente.

No início, a arquitetura adotou uma postura baseada nos preceitos acadêmicos e


políticos.

Aliás, o Estado teve papel importante no processo de afirmação do modernismo


brasileiro, pois patrocinou muitas obras como símbolo de modernidade e progresso.

Os profissionais dessa época imaginavam que o país seria mais bem valorizado se
fossem descartadas as tradições que até então eram seguidas.

Tendências internacionais foram importadas. Na arquitetura, as maiores influências eram


os europeus Mies van der Rohe, Walter Gropius e Le Corbusier.

Só que o estilo, no Brasil, foi mesmo aceito mais tarde com os trabalhos de Oscar
Niemeyer e Lúcio Costa.
Entre os anos 60 e 70, a arquitetura moderna foi uma arma poderosa usada pelos
governantes brasileiros para demonstrar o progresso e a industrialização do país.

Foi a vez da fundação da nova capital federal e de seus belos edifícios modernos.

A primeira obra de repercussão nacional nesse estilo foi o prédio do MES – o Ministério
da Educação e Saúde -, cujo projeto foi realizado em 1936.

Edifícios como esse têm formas geométricas bem definidas, sem ornamentos.

Suas fachadas demonstram uma separação entre estrutura e vedação. Há o uso de


pilotis no térreo, panos de vidro contínuos e a presença das artes em murais, móveis e
jardins.

Arquitetura Pós Moderna ( 1900 – 1960)


A arquitetura Pós-Moderna possui três vertentes: a Historicista, a Regionalista e a
High-Tech. As duas primeiras se preocupam mais com os valores locais do que a
última, a qual orienta-se pelo uso de materiais de alta tecnologia.
Mas o importante a ressaltar a valorização da população usuária na elaboração dos
projetos que passa a ser protagonista na concepção e execução das obras
arquitetônicas.
Dessa forma, o arquiteto deixa de ser impositor de seu trabalho para se tornar
compartilhador de sua obra com o cliente. Surgindo dessa troca de informações e
opiniões uma arquitetura mais humana e de elevada diversidade cultural.
No Rio de Janeiro seu exemplo mais conhecido talvez seja o edifício Rio Branco,
projeto de Edison Musa, que repete o uso do frontão – que se tornou uma marca de
Philip Johnson – e subdivide o edifício em base, corpo ecoroamento. Igualmente, o
arquiteto mineiro Éolo Maia adota como estilo alguns elementos da arquitetura do
americano Michael Graves entre outros (Maia utilizou um largo repertório de
referências em sua arquitetura).

Ainda que criticada pela fragilidade de sua base teórica, a adoção do “pós-
modernismo” como estilo teve o importante papel de atenuar a hegemonia da
arquitetura moderna no Brasil, apontando a possibilidade de novos rumos.
 Desta forma, perde força e argumentação sendo sua idéia em geral vinculada apenas
a imagens historicistas, onde predominam desenhos que aludem aos edifícios
clássicos, o colorido e certa intenção de deboche.
No entanto, para o autor o movimento tem outras frentes, essas muito bem
embasadas e carentes de atenção como, por exemplo, a arquitetura ambiental
preocupada com sustentabilidade e preservação de recursos naturais ou
o descontrutivismo, tido como uma arquitetura anti-social num intuito de questionar o
ambiente construído.
Arquitetura Contemporânea ( 1980- ATÉ OS DIAS DE
HOJE)

A arquitetura contemporânea no Brasil passou a ser produzida a partir dos anos 80,
depois do período pós-modernista, e permanece nos dias de hoje.

Ela não se assimila integralmente a nenhum dos modelos previamente conhecidos. Na


verdade, ela envolve diferentes tendências e técnicas utilizadas atualmente.

Ou seja, não há uma linguagem única e cada artista tem sua forma de reinterpretar o
passado.
Todos podem fazer releituras dos elementos e empregá-los de acordo com seus próprios
estilos. Não existem obrigatoriedades quanto à expressão.

A única coisa em comum é a vontade de alinhar, nas propostas, a questão do conforto


ambiental com os processos de racionalização.

Os arquitetos fazem produtos mais interessantes aos olhos, e também mais práticos,
funcionais, econômicos e sustentáveis.

A arquitetura contemporânea – não só no Brasil, mas no exterior – costuma apresentar


um formato comum, com pisos abertos e janelas de grandes dimensões.

Sua estrutura e revestimentos costumam ser feitos de materiais mais naturais,


reutilizáveis e menos tóxicos, de igual exuberância dos industrializados.

Nota-se que os profissionais privilegiam muito o design orgânico e a economia verde.

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