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Norberto Bobbio, em A Teoria das Formas de Governo, usa de autores da Antiguidade

Clássica para refletir sobre um governo ideal. No primeiro capítulo, o autor usa das
definições de Heródoto e Aristóteles para identificar quais são as formas de governo,
levantando os problemas e os aspectos positivos de cada um deles. Depois, no capítulo
sobre Aristóteles, há um debate acerca da constituição de cada governo e sobre a
“politia” que seria uma mistura entre a democracia e a oligarquia, uma fusão de duas
das formas corrompidas de governo. Esse ponto chama atenção pois devido a diferença
de épocas, nos dias atuais, é difícil conciliar essas duas formas de governo devido a
dominação das classes mais ricas. No terceiro capítulo, Bobbio aborda a visão de
Políbio, que acredita num ciclo entre as formas de governo da monarquia até a
ococlacia, de constituições boas e más. Apesar de ser uma visão um tanto pessimista,
estamos num momento de crise democrática que nos leva a pensar sobre as formas de
governo do futuro.

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