PRIMEIRA PARTE - BREVE HISTÓRICO DE COMO SE INICIOU A
PSICANÁLISE.
TOM DURO - Freud inicia a sua contribuição referente a história da psicanálise
com um tom duro e recorre a guarda da psicanálise para si, ressaltando como sua toda a sistematização e defesa desse fenômeno, recusando tentativas de distorção ou usurpação.
MÉTODO CATÁRTICO - Ainda que Freud tenha posicionado Breuer como
responsável pelo start da Psicanálise através do método catártico, e interessados na psicanálise usem dessa declaração de Freud para diminuírem a sua importância, é incontestável o seu extenso trabalho na construção da psicanálise. E é exatamente isso que ele evidencia em seus escritos de 1914
TÉCNICA REGRESSIVA - característica fundamental da análise. Retorna a
demonstração da psicanálise como uma terapêutica que para se fazer como tal, depende de uma direção inversa no tempo. Há uma necessidade técnica de caminhar para trás até chegar ao problema mestre.
BREUER - defendia uma ideia muito mais fisiológica; explicava o problema
da divisão mental nos pacientes histéricos como consequência de uma falta de comunicação entre vários estados mentais, construindo na época a teoria dos estados hipnóides cujos produtos se supunham penetrar na mente desperta como corpos estranhos não assimilados. Freud via a questão com um olhar menos científico. Encarava a divisão psíquica como efeito de um processo de repulsão que naquela época denominou de defesa, e depois deu o nome de repressão.
TRANSFERÊNCIA - O surgimento da transferência sob forma francamente
sexual - seja de afeição ou de hostilidade -, no tratamento das neuroses, apesar de não ser desejado ou induzido pelo médico nem pelo paciente, sempre pareceu a prova mais irrefutável de que a origem das forças impulsionadoras da neurose está na vida sexual.
FREUD - Eu me oporia com maior ênfase a quem procurasse colocar a teoria
da repressão e da resistência entre as premissas da psicanálise em vez de colocá-las entre as suas descobertas. Essas premissas, de natureza psicológica e biológica geral, na verdade existem e seria útil considerá-las em outra ocasião; mas a teoria da repressão é um produto do trabalho psicanalítico, uma inferência teórica legitimamente extraída de inúmeras observações.
ATIVIDADE AUTO-ERÓTICA INFANTIL - Se os pacientes histéricos
remontam seus sintomas e traumas que são fictícios, então o fato novo que surge é precisamente que eles criam tais cenas na fantasia, e essa realidade psíquica precisa ser levada em conta ao lado da realidade prática. Essa reflexão foi logo seguida pela descoberta de que essas fantasias destinavam- se a encobrir a atividade auto-erótica dos primeiros anos de infância, embelezá-la e elevá-la a um plano mais alto.
SOBRE A SEXUALIDADE INFANTIL - Quanto mais se levassem adiante as
observações em crianças, mais evidentes os fatos se tornavam; porém o mais surpreendente de tudo era constatar que tivesse havido tanta preocupação em menosprezá-los.
SEXUALIDADE NA ETIOLOGIA DAS NEUROSES - o silêncio provocado
pelas minhas comunicações, o vazio que se formou em torno de mim, as insinuações que me foram dirigidas, pouco a pouco me fizeram compreender que as afirmações sobre o papel da sexualidade na etiologia das neuroses não podem contar com o mesmo tipo de tratamento dado ao comum das comunicações. SEGUNDA PARTE - INTERESSE PELA PSICANÁLISE - ALFRED ADLER E JUNG
SOBRE A ESCOLA DE ZURIQUE - O grupo de Zurique tornou-se assim o
núcleo de pequena associação que lutava pelo reconhecimento da análise. A única oportunidade de aprender a nova arte e de nela trabalhar estava ali. A maior parte dos meus seguidores e colaboradores de hoje chegou a mim via Zurique, mesmo aqueles que se encontravam geograficamente muito mais perto de Viena do que da Suíça.
DEMOCRATIZAÇÃO - Aqui temos um período de grande democratização e
aceitação da psicanálise. O trajeto feito a partir da união das duas escolas é surpreendentemente rápido.