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Automação

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Processos Industriais
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Fundamentos da Automação de Processos Industriais

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Ms. Robmilson Simões Gundim

Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Fundamentos da Automação
de Processos Industriais

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Introdução ao Tema
• Orientação para Leitura Obrigatória

Fonte: Thinkstock/Getty Images


Objetivos
• Estudar os fundamentos da Automação de Processos Industriais, bem como, compreender
os principais aspectos da correlação da Automação de Processos e a Engenharia de Produção.

Nesta unidade, estudaremos os fundamentos da Automação de Processos Industriais.


Especialmente reconhecer a diferença entre Automação da Manufatura e a Automação
de Processos, bem como navegar sobre um breve histórico relacionado aos principais
conceitos que embasam a evolução dessa área do conhecimento. O principal objetivo
desta unidade é compreender os principais aspectos da correlação da Automação de
Processos e a Engenharia de Produção.

Não se esqueça de acessar o link materiais didáticos, onde encontrará o conteúdo e as


atividades propostas para esta Unidade.

Bons Estudos!
UNIDADE
Fundamentos da Automação de Processos Industriais

Introdução ao Tema
A filial de uma determinada empresa multinacional está passando por uma crise
econômica em um dos países que está instalada. As vendas caíram, a produção foi
reduzida, a redução da mão de obra de operação e manutenção foi necessária e a redução
de custos se tornou prioridade. No entanto, após vários meses diante desse cenário, a
economia iniciou sinais de uma leve reação positiva. O departamento de marketing
também com a equipe enxuta, mas atenta às reações de mercado e acompanhando
programas de entretenimento local, constatou que, devido uma telenovela e seu enredo
contribuir no estimulo da utilização de produtos com estilos “retrô”, há um significativo
sinal de tendência a uma aceitação de modelos de produtos com a proposta “retrô”.

Desta forma, em uma reunião entre os departamentos em busca de ideias inovadoras


para retomada da produção foi apresentado tal constatação.

A partir daí o Departamento de Engenharia de Produção após uma investigação


interna minuciosa no histórico de produção, encontrou o projeto de um produto que
foi um sucesso de vendas no passado. Resgataram todos as informações relacionadas e
iniciaram o planejamento de produção para o relançamento do produto, mas levando
em consideração o contexto atual, o maquinário existente e a introdução de outras cores
ao produto, já que originalmente no projeto eram produzidos somente duas cores.

A diretoria industrial aprovou a proposta de retomar o projeto e solicitou ao


departamento de marketing e vendas a divulgação do produto ao mercado que como
previsto teve aceitação imediata, gerando pedidos de vários pontos de vendas.

Assim sendo, a reação positiva do mercado gerou a reação em cadeia, o gerente de


produção solicitou a sua equipe de engenharia de produção o planejamento do produto,
e à engenharia de manutenção e projetos, a assistência técnica para a readequação das
máquinas, equipamentos e recursos necessários para início em no máximo duas semanas,
pois o departamento de vendas fechou um pedido de doze lotes, conforme a máxima
capacidade produtiva, informada pelo Departamento de Engenharia, e programou a
entrega do primeiro lote, no prazo de um mês.

Desta forma, pode-se concluir que para o pleno atendimento das diretrizes da
empresa, as melhores tomadas de decisão precisam ser escolhidas, ou seja, a equipe
de Engenharia de Produção precisa ser capacitada suficientemente de tal maneira que
conheça os diferentes sistemas produtivos, os tipos de produção, os tipos de automação
possíveis e a correlação da automação industrial e os sistemas produtivos.

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Orientação para Leitura Obrigatória
A Automação Industrial pela sua própria característica de ser uma área do
conhecimento diretamente relacionada ao avanço tecnológico, passou por etapas de
evolução e prossegue continuamente ao longo do tempo sendo atualizada. Uma das
etapas mais emblemáticas foi a conhecida Revolução Industrial que ocorreu em meados
do século XVIII, na qual deu-se início a primeira mudança significativa no sistema
produtivo, onde o ato de fabricar com as mãos ou máquinas manuais (manufatura) fora
substituído por processos mecanizados.

O processo de evolução da indústria ou da Revolução Industrial foi marcado por


fases até chegar nas grandes empresas multinacionais. Destaque para Inglaterra na fase
inicial, devido à força naval para o transporte de reservas de carvão, na segunda fase,
destaque para a assimilação da industrialização por países como França, Alemanha,
Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão e na terceira fase destaque para o
surgimento das grandes empresas estimuladas pela automação da produção.

As indústrias podem ser classificadas em indústria da manufatura e indústria de pro-


cessos dependendo da natureza de sua operação de produção. Para identificar esses
tipos de indústria de uma forma simplificada podemos dizer que toda operação de pro-
dução que de alguma maneira passa pela mão do homem configura-se manufatureira,
como por exemplo a indústria automobilística e seus subprodutos. Ao contrário, opera-
ções que não passam de forma direta pela mão do homem configuram-se indústria de
processos como a produção de substâncias químicas ou indústrias de alimentos proces-
sados, farmacêuticas, entre outras.

Outra alternativa de classificação do sistema produtivo é considerar a divisão do setor


industrial em três partes, sendo a primeira parte aquela que extrai recursos naturais
e transforma-a em matéria prima, ou seja, o setor primário, a segunda parte, o setor
secundário, aquela que dá as mais diversas formas à matéria prima original conforme
necessidade da próxima etapa da produção e a terceira parte, o setor terciário, aquela
que transforma a matéria oriunda da secundária e a transforma em produto final, pronto
para o uso.

Dependendo do setor que esteja o sistema produtivo, podem existir poucas ou muitas
possibilidades de automação. O setor primário da agroindústria, por exemplo, pode
utilizar automação no processo de plantio, cuidados no trato da lavoura e consequente
colheita, no setor secundário pode utilizar automação na seleção, limpeza e embalamento
do produto e no setor terciário, pode utilizar a automação no processamento da matéria
prima podendo gerar inúmeros produtos.

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Outra classificação das atividades de produção relevante a ser considerada é a classifi-


cação por tipos de produção, ou seja, em função da quantidade de produtos elaborados.

Nela existem três tipos de produção que interessam à automação, são eles: job shop;
produção em grupo/lote; produção em massa/contínuo. A característica da produção
tipo job shop é o baixo volume de produção em função de lotes pequenos de produção,
por vezes de um produto. Neste tipo de produção, normalmente exige-se mais habili-
dades dos funcionários devido à necessidade de um sistema de produção flexível com
máquinas e equipamentos que atendam possíveis variedades na produção, conforme a
demanda solicitada. Pode-se dizer, portanto, que o propósito da produção em grupo
ou lote é produzir periodicamente uma quantidade média do mesmo produto conforme
necessidade do cliente, podendo ser um único lote ou lotes em períodos regulares.

O tipo de produção em massa/contínuo é aquele produz de modo contínuo o mesmo


produto. Sua principal característica é a produção em grande volume, pois o equipa-
mento é dedicado a produzir o mesmo produto, devido à alta demanda. Além do equi-
pamento, toda a planta industrial é projetada para produzir o mesmo produto. Outras
características relacionada a esse tipo de produção é que a máquina específica tem um
custo alto e pode-se dizer que a habilidade de produção é transferida do operador para
a máquina. Consequentemente o nível de habilidade exigido do operador tende a ser
menor do que no job shop, devido às características apresentadas.

Na produção em massa os equipamentos são utilizados praticamente em tempo inte-


gral devido à alta demanda de produtos e consequente taxa de produção. Exemplos de
produção em massa que podem citadas são: refinarias de óleo, produção contínua de
produtos químicos e processamento de alimento.

Para uma maior compreensão dos conceitos apresentados leia mais (p. 15-25) até o
texto anterior ao subtítulo denominado Operações de Montagem, na obra Automação
da Produção de SELEME, R., disponível na Biblioteca Virtual Universitária.

Para acessar essa obra, percorra o caminho:

Após entrar em sua “área do aluno”, no menu de opções à esquerda da tela, clique em
“Serviços”, depois em “Biblioteca” e, no centro da tela, clique em “Biblioteca Universitá-
ria”. No topo da tela que abrirá, haverá um campo de busca por autor, título, assunto etc.
Nesse espaço, digite “automação” e clique na capa a seguir, que aparecerá o resultado.
Será esta a interface de leitura (Figura 1):

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Figura 1 – Capa da obra Automação da Produção
Fonte: Foto Divulgação

Uma vez reconhecido a classificação dos tipos de produção, em continuidade ao estudo


referente à correlação com a automação, é importante destacar o que efetivamente
agrega valor à matéria prima, ou seja, o processamento das operações. É nele que
ocorre a transformação da matéria prima em produto traduzindo em valor agregado.
Dessa forma, para essa transformação é necessário um processo industrial eficiente,
pois ele produz duas saídas: o produto acabado ou subproduto e a sucata, ou seja, o
desperdício. O ideal é a adoção do processo industrial mais adequado, confiável e de
qualidade para alcançar os objetivos pretendidos de forma otimizada.

A engenharia da automação tem diferentes formas de contribuir à essa transformação


de matéria prima, equipamentos, instalações, energia e trabalho em produto acabado,
subproduto e na busca do menor desperdício.

Para desenvolver uma visão sistêmica da engenharia da automação, de forma a embasar


uma tomada de decisão da engenharia de produção, bem como reconhecer as tecnologias
de automação mais comumente utilizadas, vale revisar seus princípios fundamentais.

Sob o ponto de vista da engenharia de automação consideram-se modelos matemáticos


para a classificação da automação que definem os sistemas de processos industriais.
Resumidamente, são consideradas duas classes de sistemas dinâmicos, acionados por
tempo e por evento, como pode ser visto no quadro a seguir.

Tabela 1 - Classes de Sistemas Dinâmicos


Acionados por Descritos por Nomes
Tempo Equações diferenciais na variável tempo Contínuos no tempo
Equações de diferenças na variável tempo Discretos no tempo
Evento Álgebra de Boole, l[ogica digital A eventos discretos
Fonte: Adaptado de Moraes C. C., Castrucci P. de L.

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Simplificadamente, variáveis analógicas que variam no tempo como, temperatura,


pressão, vazão, entre outras, são variáveis que variam no tempo, logo requerem um siste-
ma dinâmico de controle, contudo variáveis binárias ou digitais, ou seja, estados ligados/
desligados (on/off), como uma chave aberta ou fechada, utiliza para seu controle um siste-
ma por evento, conhecido por controle discreto.

Entretanto, conforme apresentado na tabela anterior vale observar que dentro


do sistema dinâmico de controle existem aqueles denominados; sistema de controle
contínuo no tempo e sistema de controle discreto no tempo.

Para saber mais e complementar tais conceitos leia no capítulo 1 (p. 1-13) da obra
Engenharia de Automação Industrial de Moraes, C. C. de. Castrucci P. de L., disponível
em “Minha Biblioteca”.

Para acessar essa obra, percorra o caminho:

Após entrar em sua “área do aluno”, no menu de opções à esquerda da tela, clique em
“Serviços”, depois em “Biblioteca” e, no centro da tela, clique em “Minha Biblioteca”.
No topo da tela que abrirá, haverá um campo de busca por autor, título, assunto etc.
Nesse espaço, digite “automação” e clique na capa a seguir, que aparecerá o resultado.
Será esta a interface de leitura (Figura 2):

Figura 2 – Capa da obra Engenharia de Automação da Produção


Fonte: Foto Divulgação

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Engenharia de Automação Industrial
Outras leituras complementares valem a pena desenvolver com o objetivo de ampliar o conhecimento
sobre o assunto e auxiliar na aplicação de estratégias mais adequadas aos recursos existentes de
produção. Entre elas, podem citadas:

A continuidade na leitura a partir do subtítulo denominado Operações de Montagem em diante (p.


25-36) da obra Engenharia de Automação Industrial de Moraes, C. C. de. Castrucci P. de L.,
disponível em “Minha Biblioteca”.

Automação de Processos e de Sistemas


Além das sugestões citadas, outra obra não menos importante e que pode contribuir no
aprofundamento dos conceitos abordados nessa unidade é a obra intitulada Automação de
Processos e de Sistemas de Guilherme Filippo Filho. São Paulo: Érica, 2014, disponível em “Minha
Biblioteca”. A recomendação é a leitura dos capítulos 1 e 2 na íntegra.

Para acessar essa obra, percorra o caminho:


Após entrar em sua “área do aluno”, no menu de opções à esquerda da tela, clique em “Serviços”,
depois em “Biblioteca” e, no centro da tela, clique em “Minha Biblioteca”. No topo da tela que
abrirá, haverá um campo de busca por autor, título, assunto, etc. Nesse espaço, digite “automação”
e clique na capa a seguir, que aparecerá o resultado. Será esta a interface de leitura.

 Leitura
Planejamento da Produção em Sistemas Flexíveis do Tipo Job Shop
Outro material que pode contribuir na conceituação sobre os tipos de produção, no qual ilustra uma
aplicação de Planejamento da Produção em Sistemas Flexíveis do Tipo Job Shop é o artigo de
Reynaldo Chile Palomino publicado no XXIV Encontro Nac. de Eng. de Produção - Florianópolis,
SC, Brasil, 03 a 05 de nov de 2004, em artigo intitulado como Planejamento da produção em
sistemas flexíveis do tipo job shop usando redes de petri
https://goo.gl/vhqdpR

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Referências
SELEME, R. Automação da Produção. Curitiba: Intersaberes, 2013.

MORAES, C. C. de. CASTRUCCI P. de L. Engenharia de Automação Industrial /. -


2.ed. - [Reimpr.]. - Rio de Janeiro: LTC, 2010

FILHO, G. F. - Automação de Processos e de Sistemas - Editora Érica – 2014 LOCAL????

PALOMINO, R. C. - Planejamento da produção em sistemas flexíveis do tipo job shop


usando redes de petri - XXIV Encontro Nac. de Eng. de Produção - Florianópolis, SC,
Brasil, 03 a 05 de nov de 2004. http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2004_
Enegep0101_1129.pdf Acesso em 11/02/17

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