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PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS EXATAS E NATURAIS
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
MOSSORÓ
2019
LIANDRA MELO CAVALHO
MOSSORÓ
2019
AGRADECIMENTOS
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 9
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 11
2.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 11
2.1.1 Objetivos Específicos ...................................................................................... 11
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................. 12
3.1 Histórico Da Sustentabilidade Na Construção ............................................... 12
3.2 Conceituação Da Sustentabilidade ................................................................... 15
3.3 Sustentabilidade Aplicada Na Construção ...................................................... 17
3.3.1 Projeto De Edificações Sustentáveis................................................................ 17
3.3.2 Certificações de Obras Sustentáveis ................................................................ 20
3.3.3 Reaproveitamento e Reciclagem em Obras Civis ............................................ 22
3.4 Aplicações De Construções Civis Sustentáveis ............................................... 26
3.4.1 Construções sustentáveis à nível mundial ....................................................... 26
3.4.2 Construções sustentáveis no Brasil .................................................................. 32
4. METODOLOGIA ................................................................................................. 35
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 36
6. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 37
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1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
obras civis no meio ambiente. Levantando questões importantes no que diz respeito a
ocupações de grandes áreas, uso e consumo energético exacerbado, demolição e demais
assuntos que devem ser repensados no âmbito das construções.
Ainda sobre obras importantes produzidas, é importante citar o livro de Herbert
Girardet que também trata da sustentabilidade, neste caso voltada para o saneamento
urbano. O livro chama-se em inglês, The Gaia Atlas of the Cities: New Direction
for Sustainable Urban Living ( O Atlas das cidades: uma nova direção para uma vida
urbana sustentável), em 1991. (MOTTA; AGUILAR, 2009)
Em relação a sistemas de verificação ambiental, em 1993, nos Estados Unidos
surgiu o sistema LEED Desenvolvido pelo United States Green Building Council, o
Leadership In Energy and Environmental Design, como uma forma de se estabelecer
estratégias e padrões para a criação de edifícios sustentáveis. Para (BONI, 2018) de
forma resumida, para certificar um projeto precisa-se atingir uma pontuação mínima.
Essa pontuação está relacionada à satisfação de diversos requisitos de Construção
Verde. Essa certificação foi mais um importante passo na construção sustentável.
Em 1998, Richard Rogers lança o livro Cities for Small Planet, formulando
maneiras urbanas para que os seres humanos consigam conciliar o avanço das cidades
com a natureza em si. No ano seguinte o Conselho Europeu de Arquitetura lança um
livro, onde são expressadas formas de aplicar sustentabilidade na construção civil,
considerando condições climáticas locais. (MOTTA; AGUILAR, 2009)
Ainda de acordo com (MOTTA;AGILAR, 2009) No sentido prático é
importante tratar de uma construção sustentável na Inglaterra em 2001 que foi
referência, que é um condomínio de 100 casas e escritórios que consomem apenas 10%
da energia que uma construção convencional costuma consumir.
Em 2006 foi projetada uma cidade chamada Carbono Zero, com grandes
edifícios, desde residenciais até comerciais para ser construído em Abu Dhabi, a qual se
torna um exemplo mundial de comunidade sustentável e autossuficiente em energia,
esta foi garantida quase totalmente por sistema solar. (FERNANDES, 2012)
De maneira mais recente surgiram, o conceito ZEB (Zero Energy Building) e
Living Building Challenge (LBC). O primeiro significa, um edifício que produz sua
própria energia com fontes renováveis. O segundo deve ser aplicado na concepção,
construção e operação dos edifícios. O conceito se baseia em tomar cada decisão no
projeto, tendo como foco principal o desempenho ambiental e não as implicações do
mercado. (SUSTENTARQUI, 2014)
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Em seu livro (KEELER; VAIDYA, 2018) enumera as ações que devem ser
tomadas na elaboração do projeto integrado sustentável, tornando-se necessário projetar
se observando e estudando:
Entendendo-se o escopo e o conjunto de objetivos do projeto: O seu
tamanho, a escala em que será feito e o seu tipo idealizado. Fazendo-se uma observância
dos regulamentos e códigos que orientam edifícios sustentáveis e possíveis
certificações. Entendendo-se os condicionantes geográficos do espaço em questão.
Além de se analisar os objetivos ambientais e o orçamento do projeto.
Considerar-se os impactos ambientais: Projetar com responsabilidade diz
respeito a identificar todos os impactos resultantes do processo. Questões relacionadas a
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Não é novidade o quanto as obras civis geram resíduos é o impacto dos mesmos
sobre o meio ambiente é por muitas vezes exacerbado de acordo com o volume da
construção. Seja construção ou demolições, os resíduos ainda são problemas a serem
levantados em busca de soluções.
A deposição dos entulhos e resíduos por muitas vezes acaba acontecendo de
forma irregular, isso ocasiona proliferação de vetores de doenças, entupimento de
galerias e bueiros, assoreamento de córregos e rios, contaminação de águas superficiais
e poluição visual. (MENDES, et al. 2004)
CONAMA na Resolução 307 em 2002 divide os resíduos da indústria civil em
quatro classes:
Classe A – resíduos reutilizáveis ou recicláveis, como agregados, tijolos,
blocos, telhas, placas de revestimento, argamassas, concretos, tubos, meio-fio, solos de
terraplanagem, etc;
Classe B – resíduos recicláveis para outras destinações, tais como
plásticos, papel/papelão, metais, madeiras, etc
Classe C – resíduos ainda sem tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis para a sua reciclagem/recuperação, tais como os oriundos do
gesso (tratamento pelo gerador);
Classe D – perigosos, como tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles
contaminados (tratamento pelo fabricante).
PINTO (1999) relacionou o volume de construção, demolição e reforma com o
volume de resíduos sólidos gerados na mesma, onde foram encontrados dados
relevantes que apresentam a complexidade de tal relação, como apresentado na seguinte
Tabela 01:
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Entulho Porcentagem
Areias 7,10
Pedras 11,50
24
Concretos 15,01
Argamassas 29,15
Metais 1,76
Total 100
o concreto tem um grande potencial para ser utilizado. Além disso os agregados
reciclados com caracteristicas conhecidas possuem uma boa qualidade, e viabilidade
tecnica para utilização na pratica.
No processo da edificação em todas as suas fases executivas, em algum
momento pode ser utilizado materiais reciclados. Basicamente as principais operações
que envolvem materiais recicláveis são, na forma de argamassa, na forma de concreto
na forma de assentamentos de pedaços de blocos cerâmicos e na forma de entulho solto,
misturado ou somente na porção miúda ou somente na porção graúda. Lembrando-se de
não utilizar compostos de entulhos em peças de estruturas de concreto armado com
elevada carga de compressão. (GRIGOLI, 2000)
Mais uma importante edificação nesse ramo foi o segundo edifício mais alto do
mundo, o Shanghai Tower que é certificada pela Shell Platinum e LEED Core. A sua
construção foi feita a partir de materiais de origem local, alguns dos quais incluíam
materiais reciclados. O design do edifício é de 1200 curvas para otimizar a carga de
vento. A fachada de dupla camada ainda permite isolamento adicional. Tudo isso é
coberto por jardins suspensos, turbinas eólicas verticais, coleta de água da chuva,
tratamento de água negra e muito mais. (SMART BRICKS, 2017). Como é mostrado na
Figura 04 a seguir:
Figura 04-Shanghai Tower
Vale citar também a The Edge, localizada na Holanda, sendo apontado como o
escritório mais sustentável do mundo, com uma classificação BREEAM-NL de 98,36%.
Este edifício com um consumo líquido de energia igual a zero utiliza a conectividade da
Internet das coisas para maximizar o conforto e eficiência energética. É um edifício
inteligente, operacional e ambiental, além de seu aspecto estético. (SCHNEIDER
ELECTRIC, 2018). Pode-se ver no seguinte registro seu aspecto antissimétrico que dar
além de todos esses fatores sustentáveis, um novo fator visual na Figura 05:
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O edifício Bullitt Center de Seattle foi o primeiro de seu tipo a receber o Living
Building Certification do Living Building Challenge do International Living Future
Institute. Possui 575 painéis solares, gerando 60% da necessidade de energia do
edifício, uma cisterna de 56.000 litros para coleta de água da chuva, que após é tratada e
fornece para as necessidades de água do edifício. Além disso, a construção civil usa
madeira de florestas colhidas de forma sustentável. (SMART BRICKS, 2017). A Figura
06 apresenta o edifício cercado por diferentes vegetações:
Figura 06- Bullitt Center
Ainda em São Paulo mais uma construção vale a pena ser mencionada, é a
Corporate Towers. Que pelas suas diversas estratégias sustentáveis conseguiu a
certificação LEED CS Platinum 3.0 em 2017, sendo o primeiro do Brasil nesta
categoria. Possuindo fachadas de alto desempenho, estratégias de sombreamento solar,
iluminação natural, gerenciamento de água e áreas de ar livre. Com uma grande área
verde em seu entorno, mostrado pela Figura 11. (SÃO PAULO CORPORATE
TOWERS; 2019)
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4. METODOLOGIA
O seguinte trabalho foi escrito por meio de uma vasta pesquisa bibliográfica para
correlacionar os temas objetivados e contextualiza-los aos dias atuais. Foram feitas
obtenções de dados históricos, além de dados estatísticos e conceitos mostrados por
autores bem embasados em fatos estudados. Tudo isso foi necessário para a construção
da monografia acima, conferindo-a um vasto estudo e conhecimento agregado.
Os principais meios tomados como base para esta monografia foram,
principalmente: a monografia nomeada por “Sustentabilidade na Construção Civil”
escrita por Lazaro Correa; o artigo “Sustentabilidade e processos de projetos de
edificações” escrito por Motta e Aguilar; o artigo de Francisco Pimenta ( Engenheiro
membro do Departamento Nacional de Projetistas) “Síndrome do Edifício Doente: você
sabia que sua saúde pode estar em perigo?”; Marcio Araújo com o artigo “A moderna
construção sustentável”; a monografia “Ambiente e Construção Sustentável” de Manuel
Duarte Pinheiro; O livro “Indicadores de Sustentabilidade ” de Hanz Michael Van
Bellen; O livro “Fundamento de Projeto de Edificações Sustentáveis” escrito por
Marian Keller e Prasad Vaidya; O livro “Gestão Diferenciada de Resíduos da
Construção Civil”.
A maioria dessas publicações foram encontradas no meio virtual por auxilio do
Google Acadêmico, os demais foram expostos em congressos e estão disponíveis em
ferramentas como CAPES e Scielo. Quanto a linguagem, foram selecionados textos em
português e inglês (em menor proporção). O espaço temporal de literaturas selecionadas
foi vasto pela necessidade de selecionar artigos mais antigos para a contextualização
histórica, de 1987 até 2018.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS
MENDES, T. A., REZENDE, L. R., OLIVEIRA, J. C., GUIMARÃES, R. C., et. al.
Parâmetros de uma Pista Experimental Executada com Entulho Reciclado. Anais
da 35ª Reunião Anual de Pavimentação, 19 a 21/10/2004, Rio de Janeiro – RJ, Brasil,
2004. 11 p.
MILARÉ. Edis. Direito do ambiente. 5ª ed. reformulada, atualizada e ampliada. São
Paulo: RT 2007, p. 1276
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Construção Sustentável. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/urbanismo sustentavel/constru%
C3%A7%C3%A3o-sustent%C3%A1vel.html. Acesso em: 22 jan. 2019.
MOTTA, S. R. F.; AGUILAR, M. T. P. Sustentabilidade e Processos de Projetos de
Edificações. Gestão & Tecnologia de Projetos, Vol. 4, n. 1, p 84 - 119, Maio de 2009.
OLIVEIRA. E. G.; MENDES, O. Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e
Demolição: Estudo de Caso da Resolução 307 do Conama. Goiás: Universidade
Católica de Goiás.
ONU News. População mundial atingiu 7,6 bilhões de habitantes. Disponível em:
<https://news.un.org/pt/story/2017/06/1589091-populacao-mundial-atingiu-76-bilhoes-
de-habitantes>. Acesso em 18 de fev.
PIMENTA, Francisco. Síndrome do Edifício Doente: você sabia que sua saúde pode
estar em perigo? Disponível em: <https://www.aecweb.com.br/cont/a/sindrome-do-
40
edificio-doente-voce-sabia-que-sua-saude-pode-estar-em-perigo_17040>. Acesso em 18
de fev.
Smartbricks. 20 Most Sustainable and Green Building Examples From Across the
Globe. Disponível em: <http://gosmartbricks.com/sustainable-and-green-building-
examples/>. Acesso em 18 de fev.
The Crystal. One of the World's Most Sustainable Buildings. Disponível em:
<https://www.thecrystal.org/about/>. Acesso em 18 de fev.