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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS EXATAS E NATURAIS
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

LIANDRA MELO CARVALHO

SUSTENTABILIDADE NAS ETAPAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

MOSSORÓ
2019
LIANDRA MELO CAVALHO

SUSTENTABILIDADE NAS ETAPAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Monografia apresentada a Universidade


Federal Rural do Semi-Árido como
requisito para obtenção do título de
Bacharel em Ciência e Tecnologia.

Orientador (a): Profª. Drª. Marineide


Jussara Diniz

MOSSORÓ
2019
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente ao motivo da minha força mesmo nos dias mais


difíceis, ao meu pai e senhor, Deus. Obrigada por segurar minha mão, o senhor foi
sempre a esperança e por sua causa cheguei até aqui. Tudo pode passar, porém a certeza
que tenho em meu coração é que sua palavra sempre irá se cumprir.
Minha gratidão a minha família pelo apoio, mesmo de longe, por nunca
deixarem faltar nada material, mas principalmente por não deixar faltar o mais
importante, o amor. Meu pai Nilton, minha mãe Ronélia, minha irmã Lisandra e meu
irmão Jonatã, vocês são minha base hoje e sempre. Meu lar é qualquer lugar no mundo
desde que vocês estejam do meu lado.
Meu muito obrigada aos meus grandes amigos por sempre acreditarem que eu
chegaria até aqui, me ajudarem sempre que eu precisei. Sou muito abençoada pelos
laços criados durante a minha vida com vocês, vocês são a família que eu escolhi.
Agradeço a minha orientadora por todo incentivo, ajuda e dedicação com meu
trabalho. Muito obrigada Marineide, por me ajudar sempre que necessário e por ter me
acolhido neste projeto.
RESUMO

Atualmente vivenciamos um modelo de desenvolvimento baseado de alto


consumo de recursos naturais e consequente degradação ambiental, a partir desse
cenário surge à necessidade de conscientizar a sociedade que um novo modelo de
desenvolvimento sustentável voltado para área de construção civil é possível. Com isso,
a elaboração dessa pesquisa foi feita através de um estudo bibliográfico com foco no
tema sustentabilidade nas etapas da construção civil. Diante do confronto da ideia dos
autores selecionados foi possível compreender que, para concretizar proposta
sustentáveis no Brasil são necessárias políticas e legislação que regulamenta em uso de
materiais sustentáveis nas construções civis.
Palavras-chave: Edifício. Sustentável. Projeto.
ABSTRACT

Nowadays we live a development model based on high consumption of natural


resources and consequent environmental degradation, from this scenario the need arises
to make society aware that a new model of sustainable development directed to the civil
construction area is possible. With this, the elaboration of this research was done
through a bibliographical study focused on the sustainability theme in the civil
construction stages. Faced with the confrontation of the idea of the selected authors, it
was possible to understand that, in order to achieve a sustainable proposal in Brazil,
policies and legislation are needed to regulate the use of sustainable materials in civil
constructions.
Keywords: Buildings. Sustainable. Project.
LISTA DE FIGURAS

Figura 01- Projeto Integrado........................................................................................... 18


Figura 02- Concil House 2 ............................................................................................. 27
Figura 03-Escritorio de Proenix ..................................................................................... 27
Figura 04-Shanghai Tower ............................................................................................. 28
Figura 05- The edge........................................................................................................ 29
Figura 06- Bullitt Center ................................................................................................ 29
Figura 07- Bank of America Tower ............................................................................... 30
Figura 08-The Crystal ..................................................................................................... 31
Figura 09- Micro Emission Sun-Moon Mansion............................................................ 31
Figura 10-Edificio Jacarandá .......................................................................................... 32
Figura 11- Corporate Towers ......................................................................................... 32
Figura 12- Edificio Vista Guanabara .............................................................................. 33
Figura 13- Porto Brasilis ................................................................................................ 34
LISTA DE TABELAS

Tabela 01- Geração de resíduos...................................................................................... 25


Tabela 02 - Entulhos....................................................................................................... 25
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 9
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 11
2.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 11
2.1.1 Objetivos Específicos ...................................................................................... 11
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................. 12
3.1 Histórico Da Sustentabilidade Na Construção ............................................... 12
3.2 Conceituação Da Sustentabilidade ................................................................... 15
3.3 Sustentabilidade Aplicada Na Construção ...................................................... 17
3.3.1 Projeto De Edificações Sustentáveis................................................................ 17
3.3.2 Certificações de Obras Sustentáveis ................................................................ 20
3.3.3 Reaproveitamento e Reciclagem em Obras Civis ............................................ 22
3.4 Aplicações De Construções Civis Sustentáveis ............................................... 26
3.4.1 Construções sustentáveis à nível mundial ....................................................... 26
3.4.2 Construções sustentáveis no Brasil .................................................................. 32
4. METODOLOGIA ................................................................................................. 35
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 36
6. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 37
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1. INTRODUÇÃO

O crescimento populacional vivido há nível mundial no último século, é visível.


De acordo com os estudos da ONU o crescimento não se encerra por aí. Segundo o
chefe da seção de Estimativas Populacionais e Projeções do Desa da ONU, o mundo
tem uma população estimada em 7,6 bilhões e a projeção até 2100 é que a população
chegue a 11,2 bilhões. Ainda de acordo com o relatório publicado pela ONU, a cada ano
a população mundial aumenta em 83 milhões de pessoas. (ONU NEWS; 2017).
Tal crescimento culmina diretamente no aumento do uso de recursos ambientais
e atividades do ramo da construção com efeitos ambientais. A economia global
quintuplicou desde 1950 até 2006. Apesar da crise, em 1997, iniciada no oeste asiático,
a economia mundial continuou a expandir-se, tendo crescido a uma taxa de 4,1% no ano
de 2006. (PINHEIRO; 2006)
Com o aumento da necessidade e uso de recursos, vem a possibilidade de
escassez já que não há, ainda que a nível mundial, recursos infinitos se não houverem
meios de preservação e manutenção destes. É diante discursão, suficientemente atual,
que entra a importância de se implementar a sustentabilidade.
De acordo com (PINHEIRO; 2006) no ramo de construções civis é constituído
um caso particular, já que neste caso nem sempre os avanços tecnológicos culminam na
redução dos impactos que são usualmente causados. Nos edifícios, por exemplo, os
consumos energéticos tendem a aumentar até que se busquem alternativas para isto.
Assim como, a forte geração de resíduos nesse ramo, e gasto energético e de matéria
prima em todo o processo.
Crescendo então o interesse por políticas públicas na construção civil, já que a
discursão de questões ambientais cresce exponencialmente. Uma vez que desperdício de
materiais ainda sobre forma de rejeito, significa também desperdício de matéria prima e
consequente de recursos naturais escassos. Para isso se torna necessário se disciplinar
desde a geração de materiais até a disposição final. (KARPINSKI et al.,2009)
Quando já construídos é necessária uma preocupação com a saúde e bem estar
das pessoas que vivem nas edificações. Na Europa, por exemplo, as pessoas passam em
média entre 80 e 90% do seu tempo dentro de edifícios. Decorrente disto, métodos de
construção equivocados podem ter um efeito significativo na saúde dos ocupantes dos
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edifícios além disso podem gerar construções com manutenção, aquecimento e


arrefecimento dispendiosos, afetando principalmente os idosos e os grupos sociais
menos favorecidos. (PINHEIRO; 2006)
De tal justificativa se vem a importância de associar a sustentabilidade a este tão
extenso ramo da construção civil. Além disso, buscar meios que possibilitem que ocorra
redução dos danos ambientais e sociais advindos de todas as etapas do ramo da
construção civil.
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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

O trabalho a seguir teve como objetivo geral apresentar o contexto histórico da


sustentabilidade na área da construção civil em termos mundial e brasileiro.

2.1.1 Objetivos Específicos

 Contextualizar o tema entre os anos de 1987 a 2018.


 Pontuar os avanços e as limitações da sustentabilidade na área civil
 Direcionar a temática da sustentabilidade para Construção Civil de forma a
apresentar possibilidades da implementação nas edificações sustentáveis.
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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Histórico Da Sustentabilidade Na Construção

Todo o contexto histórico que relaciona o desenvolvimento sustentável com a


construção civil, diz respeito, ao início do debate sobre desenvolvimento sustentável.
Cuja abordagem teve início em 1972 na Conferência de Estocolmo, logo mais na década
de 80 volta a ser tratada no Relatório Brundtland, neste estão contidos temas
sustentáveis, relacionados a diversos temas da sociedade, incluindo as construções civis
(CORRÊA, 2009). Em 1987 veio a publicação do relatório Nosso Futuro Comum,
voltado para a sustentabilidade, trazendo seu conceito fundamentalizado.
Vinheram mais conferências internacionais que a cada vez firmavam a
importância de incluir a sustentabilidade em diversos campos. Pode-se considerar, a
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente no Rio de janeiro (ECO-92)
como uma maneira de desenvolvimento e maturidade dos conceitos de sustentabilidade,
nela foram discutidos os planos, determinadas ações para preservar os recursos do
planeta, buscando atenuar a tamanha diferença entre os países desenvolvidos e
subdesenvolvidos (MOTTA; AGUILAR, 2009).
Em 1995, a CIB Working Commission W82 “Future Studies in Construction”
criou o projeto Sustainable Development and the Future of Construction, para definir
consequências da construção. Além de um estudo e de recomendações que de certa
forma poderiam contribuir de maneira estratégica para a sustentabilidade no âmbito
dessas construções. Envolvendo Estados Unidos, Japão, Malásia e mais 11 países
europeus (BOURDEAU et al., 1998).
A agenda 21 veio firmar tudo que foi discutido sobre a sustentabilidade
anteriormente. Para (CORRÊA, 2009), a Agenda 21 não é simplesmente uma Agenda
Ambiental, sim uma Agenda para o Desenvolvimento Sustentável, onde, o meio
ambiente é uma consideração de primeira ordem. Na mesma, estão contidas 2500
recomendações de estratégia de conservação do planeta. Na mesma se destacou também
a implementação de um sistema que fosse adequado para deposição dos resíduos sólidos
(GÜNTHER, 2000).
A preocupação ambiental crescente fez com que, em 1997, medidas para o
aquecimento global e efeito estufa, fossem expressas em um tratado. Nele está expresso
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um compromisso firmado por 35 países, para a redução de 5% de sua emissão de gases


em relação a 1990. Este foi o histórico protocolo de Kyoto, que de certa forma também
apresentou grande importância na construção dessa história. (MOTTA; AGUILAR,
2009).
Direcionando a perspectiva da história da sustentabilidade para construção, em
1973 veio à tona uma grande crise energética, a crise do petróleo. Esta acabou trazendo
impactos também no âmbito da construção, era um novo desafio fazer os prédios
obterem um menor gasto energético. Logo depois, o problema da emissão do CO2
passou a ser abordado, e nesse momento a preocupação das construções também se
voltou para a deposição dos entulhos das obras e os demais processos que de alguma
forma influenciasse nessa emissão. (ARAÚJO, 2014)
Na década de 80, na busca pela redução do consumo de energia, muitos prédios
tiveram seus sistemas de ventilação e iluminação reduzidos, isso acabou gerando
doenças à várias pessoas. Diante disso, a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez o
estudo chamado, Building Sick Syndrome que significa Síndrome do Prédio Doente, de
maneira a analisar tais ocorrências. A existência da SED só foi reconhecida pela OMS
na década de 80, quando houve uma contaminação coletiva de pneumonia num hotel na
Filadélfia, o que ocasionou a morte de 29 pessoas (PIMENTA, 2018).
Para (VIEIRA, 2014) esse estudo foi uma maneira de mostrar que a redução de
consumo energético não pode prejudicar o serviço principal da obra referida. O
incremento da sustentabilidade nas obras não pode ser responsável por nenhuma perda
de qualidade, diz respeito a uma eficiência energética associada com qualidade da
construção.
Na mesma década do ECO-92, nos anos 90 surgiu o primeiro sistema de
certificação ambiental de edifícios, nomeado BREEAM, elaborado pelo Building
Research Establishment (BRE) em 1990. É o mais antigo certificado ambiental para
edifícios e o mais aceito no mercado, relacionando diversas áreas do meio ambiente,
com metodologia baseada em pesquisas cientificas relacionadas a engenharia civil. As 9
categorias por ele analisada são: Gerenciamento, Energia, Água, Transporte, Materiais,
Poluição, Saúde e bem-estar, Uso da terra e ecologia, Resíduos. (Inovatech Engenharia,
2018)
Ainda em 1990, Norman Foster escreve o artigo Architecture and Sustainability
(arquitetura e sustentabilidade). Para (MOTTA; AGUILAR, 2009) o artigo se torna um
ponto importante na história, pois nele o autor traz uma crítica sobre o impacto das
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obras civis no meio ambiente. Levantando questões importantes no que diz respeito a
ocupações de grandes áreas, uso e consumo energético exacerbado, demolição e demais
assuntos que devem ser repensados no âmbito das construções.
Ainda sobre obras importantes produzidas, é importante citar o livro de Herbert
Girardet que também trata da sustentabilidade, neste caso voltada para o saneamento
urbano. O livro chama-se em inglês, The Gaia Atlas of the Cities: New Direction
for Sustainable Urban Living ( O Atlas das cidades: uma nova direção para uma vida
urbana sustentável), em 1991. (MOTTA; AGUILAR, 2009)
Em relação a sistemas de verificação ambiental, em 1993, nos Estados Unidos
surgiu o sistema LEED Desenvolvido pelo United States Green Building Council, o
Leadership In Energy and Environmental Design, como uma forma de se estabelecer
estratégias e padrões para a criação de edifícios sustentáveis. Para (BONI, 2018) de
forma resumida, para certificar um projeto precisa-se atingir uma pontuação mínima.
Essa pontuação está relacionada à satisfação de diversos requisitos de Construção
Verde. Essa certificação foi mais um importante passo na construção sustentável.
Em 1998, Richard Rogers lança o livro Cities for Small Planet, formulando
maneiras urbanas para que os seres humanos consigam conciliar o avanço das cidades
com a natureza em si. No ano seguinte o Conselho Europeu de Arquitetura lança um
livro, onde são expressadas formas de aplicar sustentabilidade na construção civil,
considerando condições climáticas locais. (MOTTA; AGUILAR, 2009)
Ainda de acordo com (MOTTA;AGILAR, 2009) No sentido prático é
importante tratar de uma construção sustentável na Inglaterra em 2001 que foi
referência, que é um condomínio de 100 casas e escritórios que consomem apenas 10%
da energia que uma construção convencional costuma consumir.
Em 2006 foi projetada uma cidade chamada Carbono Zero, com grandes
edifícios, desde residenciais até comerciais para ser construído em Abu Dhabi, a qual se
torna um exemplo mundial de comunidade sustentável e autossuficiente em energia,
esta foi garantida quase totalmente por sistema solar. (FERNANDES, 2012)
De maneira mais recente surgiram, o conceito ZEB (Zero Energy Building) e
Living Building Challenge (LBC). O primeiro significa, um edifício que produz sua
própria energia com fontes renováveis. O segundo deve ser aplicado na concepção,
construção e operação dos edifícios. O conceito se baseia em tomar cada decisão no
projeto, tendo como foco principal o desempenho ambiental e não as implicações do
mercado. (SUSTENTARQUI, 2014)
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3.2 Conceituação Da Sustentabilidade

Para entender e buscar a tão famosa sustentabilidade, é necessária uma análise


do significado da mesma. No Relatório Brundland em 1987, a ela foi atribuída a
seguinte definição como: “Desenvolvimento sustentável é aquele que atende as
necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras
de atenderem às suas necessidades e aspirações”. (WECED,1987)
FREITAS (2012), deu sua própria definição para a sustentabilidade, a qual
afirma:

A sustentabilidade é um princípio constitucional que determina, com eficácia


direta e imediata, a responsabilidade do Estado e da sociedade pela
concretização solidária do desenvolvimento material e imaterial, socialmente
incluso, durável e equânime, ambientalmente limpo, inovador, ético e
eficiente, no intuito de assegurar preferencialmente de modo preventivo e
precavido, no presente e no futuro, o direito ao bem estar.

A sustentabilidade seria a capacidade de permanecer por tempo indeterminado,


adaptando-se ao que acontece no meio externo, objetivando os níveis de justiça social e
econômica necessárias para manter-se uma vida humana digna. (FERRER, 2012)
Para (QUINTEIRO; OLIVEIRA; CAMPOS, 2012, apud MILARÉ, 2007) a
sustentabilidade é o requisito de tudo que é sustentável. Em um sistema a
sustentabilidade diz respeito ao equilíbrio, de modo que em uma realidade possa ser
mantido todas as características que são essenciais de forma contínua. No seu lado
ambiental, a sustentabilidade apresenta-se como um requisito para que os ecossistemas
permaneçam inalterados, onde os recursos naturais possam ser utilizados com o preceito
da reposição ou substituição posterior. Dessa maneira a depredação pura é evitada,
almejando-se sempre o equilíbrio ecológico.
O conceito de desenvolvimento sustentável deve ser inserido na relação
dinâmica entre o sistema econômico humano e um sistema maior, o sistema ecológico.
Essa relação deve assegurar que a vida humana possa continuar indefinidamente, com
crescimento e desenvolvimento de sua cultura. A atividade humana permaneça dentro
da fronteira adequada, passa que a diversidade e a complexidade do sistema ecológico
não seja destruído. (CONSTAZA, 1995)
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Mesmo com o conceito oficial de sustentabilidade, muitos outros conceitos


foram atribuídos, relacionando sustentabilidade em diversas áreas. Para (CLARO;
PIMENTEL; AMANCIO, 2008) a sustentabilidade é composta de três dimensões,
econômica, ambiental e social., conhecidas como tripple bottom line.
É valido lembrar da dimensão ética que permeia todo a questão abordada pela
sustentabilidade. Para (QUINTEIRO; OLIVEIRA; CAMPOS, 2012) dentre inúmeros
estudos e pesquisas feitas foi possível perceber que se todos os seres humanos tivessem
atitudes realmente éticas não haveria essa necessidade de preocupação com a proteção
do meio ambiente. Assim se torna claro a intima ligação entre sustentabilidade e ética.
Na dimensão social a sustentabilidade se aplica no sentido de se gerar uma
igualdade nos direitos e benefícios que acabam sendo inerentes aos seres. É nesta
dimensão que estão os chamados, direitos fundamentais, os quais necessitam de
programas que em si relacionem universalização, eficiência e eficácia. Sob a pena de
que não atendido o modelo de governança, seja pública ou privada, ser considerado
autofágico e, numa palavra, insustentável. (FREITAS, 2012)
De acordo com (ALMEIDA, 2002) a dimensão ambiental da
sustentabilidade influencia as empresas de forma positiva. Fazendo com que seja
considerado os impactos de suas atividades sobre o meio ambiente, como os recursos
naturais que são utilizados, contribuindo desta forma para que incluir a administração
ambiental na rotina de trabalho.
O desenvolvimento sustentável está relacionado à preservação dos
processos ecológicos essenciais à sobrevivência e ao desenvolvimento humano. À
preservação da diversidade genética e ao aproveitamento sustentável das espécies e
ecossistemas. (PEREIRA ; SILVA ;CARBONARI, 2017)
A dimensão econômica diz respeito não só a economia formal, inclui também
atividades informais que provêm serviços para as pessoas, e assim aumentam a renda
monetária e o padrão de vida do indivíduo. (CLARO ;PIMENTEL; AMANCIO, 2008,
apud ALMEIDA, 2002 )
Ainda no aspecto econômico, para o banco mundial, sustentabilidade significa
basear políticas de desenvolvimento e ambientais numa comparação de custos e
benefícios, fazendo uma cuidadosa análise econômica que fortaleça a proteção
ambiental e aumente os níveis de bem estar. (PEREIRA;SILVA,;CARBONARI, 2017)
No seu estudo (FREITAS, 2012) ainda engloba a dimensão da sustentabilidade
jurídico política, a qual assegura a todos seres vivos viver em um ambiente sadio no
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presente e no futuro. Esta dimensão se faz de responsabilidade de todos os cidadãos.


Refletindo a disposição, para que a sustentabilidade determine de forma direta, mesmo
que independente de regulamentação, a tutela juridica do direito a futuro. Protegendo a
liberdade de cada indivíduo, os seus direitos fundamentais e á próximas gerações.

3.3 Sustentabilidade Aplicada Na Construção

3.3.1 Projeto De Edificações Sustentáveis

Manter a sustentabilidade no âmbito da construção exige todo um estudo prévio


na parte de projeto além de ser necessário entender como se caracteriza uma construção
sustentável. O Conselho Internacional para a Pesquisa e Inovação em Construção, deu
sua definição ao que é conhecido como construção sustentável, “O processo holístico
para restabelecer e manter a harmonia entre os ambientes natural e construído e criar
estabelecimentos que confirmem a dignidade humana e estimulem a igualdade
econômica”. (Ministério do Meio Ambiente)
De acordo com Association Hauter Qualité Environnementale, a interação do
edifício com o meio ambiente se dá em momentos diferentes de sua existência e envolve
diferentes agentes da cadeia produtiva, incluindo seus projetivas. (HQE, 2001)
A sustentabilidade de um projeto arquitetônico tem sua premissa direcionada ao
contexto em questão. Pode-se dizer que a sustentabilidade começa na leitura e no
entendimento do contexto no qual o edifício é inserido e nas decisões iniciais do
projeto. (GOLÇALVES; DUARTE, 2006)
Mesmo que os maiores impactos das obras ocorram nas fases de operação e
manutenção desta obra, o principal condicionante do desenvolvimento durante essas
fases, ocorre na sua idealização. Dessa forma, deve-se implantar estratégias de
sustentabilidade na fase de projeto ou idealização, onde se terá potencialmente uma
edificação de melhor desempenho e com o menor custo para implantação de tais
estratégias sustentáveis. (MOTTA, AGUILAR, 2009)
Para se obter edificações com características sustentáveis, é necessária, toda uma
análise previa na hora de projetar, onde é feito o chamado “projeto sustentável” que
também foi renomeado para “projeto integrativo”. Tais termos são utilizados quando se
inclui no projeto a elaboração de um método de responsabilização, preocupando-se com
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a gestão de água, recursos, energia, materiais e a qualidade interior do ambiente. Esse


tipo de projeto exige um grande entendimento das inter-relações de cada material e de
todo o sistema. A figura 01 a seguir esquematiza tais características. (KEELER;
VAIDYA, 2018)
Figura 01- Projeto Integrado

Fonte: Killer Banshee Studios (2018).

Em seu livro (KEELER; VAIDYA, 2018) enumera as ações que devem ser
tomadas na elaboração do projeto integrado sustentável, tornando-se necessário projetar
se observando e estudando:
 Entendendo-se o escopo e o conjunto de objetivos do projeto: O seu
tamanho, a escala em que será feito e o seu tipo idealizado. Fazendo-se uma observância
dos regulamentos e códigos que orientam edifícios sustentáveis e possíveis
certificações. Entendendo-se os condicionantes geográficos do espaço em questão.
Além de se analisar os objetivos ambientais e o orçamento do projeto.
 Considerar-se os impactos ambientais: Projetar com responsabilidade diz
respeito a identificar todos os impactos resultantes do processo. Questões relacionadas a
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impactos biológicos ou hídricos devem ser analisadas, como a vegetação e/ou os


animais que serão afetados, possíveis rios ou pântanos que possam existir no terreno,
superfícies impermeáveis e de lençóis freáticos que serão afetadas por possíveis
mudanças na água que percola das chuvas.
 Entender-se as responsabilidades da equipe e definir as atribuições:
Elaborar uma divisão de tarefas de forma que existam profissionais responsáveis por
tais responsabilidades ambientais, e toda a questão sustentável. Alguns com funções
mais especificas como projeção de coberturas verdes, conversão da energia eólica em
elétrica. Outros com atribuições mais gerais como a certificação da edificação.
 Considerar-se as questões do terreno e da comunidade: Como o
fornecimento de recursos locais, a gestão de resíduos, o acesso solar dos vizinhos e
corpos de água da comunidade. A sustentabilidade nas edificações envolve justiça
social, o projeto comunitário deve fazer parte disto, além de examinar a história para
melhorar a qualidade de vida da comunidade, encarando também possíveis usuários de
um projeto habitacional, garantindo a preservação da estrutura social.
 Avaliar-se os impactos inter-relacionados das soluções propostas: reunir
a equipe com várias especialidades para que possam contribuir com os prós e contras
das soluções identificadas. Projetistas recomendarão acabamento de interiores, como,
distribuição da iluminação e da iluminação natural. Além da avaliação da equipe
responsável pelos cálculos dos impactos, onde é possível quantifica-los. Utilizando
assim, de tecnologias que tenham uma maior previsibilidade.
 Conciliar-se as abordagens concorrentes: Muitas podem ser as suposições
para se tentar alcançar o mínimo possível de impacto, várias dessas soluções podem ser
ideais, mas aí se torna necessário uma equipe que possa liderar, decidir quais devem ser
adotadas, por meio de uma análise sensata.
 Além da construção: o projeto integrado não termina com a construção. É
preciso que os usuários e administradores da edificação entendam o ambiente
sustentável, para que as decisões a serem tomadas venham buscar tal objetivo, uma
alternativa é o manual para inquilinos.
O projeto sustentável deve associar o recorte do desempenho ambiental atrelado
a eficiência energética e conforto térmico. Para isso é necessária uma análise do
conjunto de fatores que exercem impacto no desempenho térmico do edifício,
utilizando-se das estratégias de ventilação natural, reflexão da radiação solar direta,
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sombreamento, resfriamento evaporativo, isolamento térmico, inercia térmica e


aquecimento passivo. As autoras tratam, da importância do aproveitamento da
iluminação natural, com a orientação solar e geometria dos espaços internos.
(GOLÇALVES; DUARTE, 2006)
Não só o desempenho ambiental deve estar em questão, o desempenho estrutural
e a segurança contra fogo, são bastante importantes para o aspecto sustentável. Para isso
os materiais de construção também necessitam de características especificas que
conferem a obra resistência e demais fatores. Quanto aos materiais, é valido se analisar,
sua disponibilidade local e energia incorporada (GOLÇALVES; DUARTE, 2006).
No projeto para se construir de forma sustentável, se deve ter um
acompanhamento em todo o ciclo da edificação, o que vai da concepção até sua
requalificação e demolição. Um detalhamento dos impactos ambientais e os aspectos,
deve ser feito nas fases da obra, a partir desse detalhamento a obra é estudada. Dessa
maneira a obra poderá caminhar para o objetivo final de ser uma obra sustentável.
(CORRÊA,2009)

3.3.2 Certificações de Obras Sustentáveis

As certificações de obras, funcionam como um reconhecimento que é atribuído a


uma obra após ela atender determinados requisitos que são enumerados na certificação.
Por muitas vezes essas certificações funcionam não só como reconhecimento, mas
também fomentam ganhos de diversos benefícios.
A nível mundial a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental
Design) desenvolvido pelo United States Green Building Council – USGBC, tem
bastante visibilidade. Nos Estados Unidos da América onde foi desenvolvido, em alguns
de seus estados todos os edifícios públicos devem ter essa certificação, como é o caso de
Washington. (LAMBERTS et al. 2005)
Em sua página, (USCBG, 2018), define seu certificado LEED como, disponível
para praticamente todos os tipos de projetos de edifícios, comunidades e residências,
fornece uma estrutura para criar prédios ecológicos saudáveis, altamente eficientes e
econômicos. A certificação LEED é um símbolo globalmente reconhecido de conquista
de sustentabilidade.
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Mais uma certificação global é o BREEAM (Building Research Establishment


Environmental Assessment Method), a qual avalia Gestão da construção; Consumo de
Energia; Consumo de Água; Contaminação; Materiais; Saúde e Bem-estar; Transporte;
Gestão de Resíduos; Uso do terreno e ecologia e Inovação. Foi desenvolvido pelo
Building Research Establisment – BRE, na Inglaterra, tendo sido inicialmente destinado
a edifícios de escritórios, mas na sua forma atual engloba também edifícios escolares,
culturais e residenciais. (GONÇALVES; DUARTE, 2006).

As edificações classificadas como BREEAM são ambientes mais sustentáveis


que melhoram o bem-estar das pessoas que vivem e trabalham neles, ajudam a proteger
os recursos naturais e possibilitam investimentos imobiliários mais atraentes.
(BREEAM, 2018)
A nível mundial a HQE ( Haute Qualité Environnementale ) também elaborou
uma certificação com sua perspectiva na França. A HQE inspirou a criação de uma
certificação brasileira, a AQUA (Alta Qualidade Ambiental do Empreendimento),
desenvolvida pelos professores da USP em 2007.( SUSTENTARQUI, 2014)
Outra certificação desenvolvida de forma mais recente na Alemanha, DGNB –
(Deutsche Gesellschaft für Nachhaltiges Bauen). Esse sistema de Certificação fornece
assistência desde o conceito inicial até a conclusão final. Isso evidencia potenciais erros
e deficiências em um estágio inicial e torna a qualidade mensurável e transparente.
(DGNB; 2018)
No Brasil foi desenvolvida a certificação PROCEL EDIFICA (O Programa
Nacional de Eficiência Energética em Edificações), instituído em 2003 pela
ELETROBRAS/PROCEL, em conjunto com ministérios e universidades. Promovendo
o uso racional de energia elétrica em edificações, incentivando conservação e uso
eficiente dos recursos naturais. (PROCELINFO, 2006)
Outra certificação brasileira é a QUALIVERDE, uma legislação de incentivo a
construções sustentáveis, desenvolvida pela prefeitura do rio de janeiro e o conselho
municipal em 2012. Avaliando, Gestão da Água, Eficiência Energética, Desempenho
Térmico e Projeto, dando benefícios fiscais aos edifícios que o obterem. (SustentArqui,
2014)
Todos estes sistemas de avaliação já citados são membros do World GBC
(World Green Building Council), o Conselho de edificações verde mundial. No Brasil
foi criado o CBCS (Conselho Brasileiro de Construções Sustentáveis), com a
22

participação de diversos membros representantes da academia e do setor produtivo


ligado a edificações. Este Conselho está trabalhando na busca de diretrizes, trabalhos e
pesquisas que norteiem o rumo das construções sustentáveis brasileiras. (LAMBERTS
et al. 2005)
3.3.3 Reaproveitamento e Reciclagem em Obras Civis

Não é novidade o quanto as obras civis geram resíduos é o impacto dos mesmos
sobre o meio ambiente é por muitas vezes exacerbado de acordo com o volume da
construção. Seja construção ou demolições, os resíduos ainda são problemas a serem
levantados em busca de soluções.
A deposição dos entulhos e resíduos por muitas vezes acaba acontecendo de
forma irregular, isso ocasiona proliferação de vetores de doenças, entupimento de
galerias e bueiros, assoreamento de córregos e rios, contaminação de águas superficiais
e poluição visual. (MENDES, et al. 2004)
CONAMA na Resolução 307 em 2002 divide os resíduos da indústria civil em
quatro classes:
 Classe A – resíduos reutilizáveis ou recicláveis, como agregados, tijolos,
blocos, telhas, placas de revestimento, argamassas, concretos, tubos, meio-fio, solos de
terraplanagem, etc;
 Classe B – resíduos recicláveis para outras destinações, tais como
plásticos, papel/papelão, metais, madeiras, etc
 Classe C – resíduos ainda sem tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis para a sua reciclagem/recuperação, tais como os oriundos do
gesso (tratamento pelo gerador);
 Classe D – perigosos, como tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles
contaminados (tratamento pelo fabricante).
PINTO (1999) relacionou o volume de construção, demolição e reforma com o
volume de resíduos sólidos gerados na mesma, onde foram encontrados dados
relevantes que apresentam a complexidade de tal relação, como apresentado na seguinte
Tabela 01:
23

Tabela 01- Geração de resíduos

Fonte: PINTO (1999)

Os dados apenas evidenciam, o que muitos estudiosos e pesquisas acabam por


afirmar, a extrema necessidade de se implementar a reciclagem e a reutilização neste
ramo. A geração de resíduos sólidos provenientes da construção civil, pode ser até duas
vezes maior que o volume de lixo urbano gerado. (JOHN, 1998)
De acordo com GRIGOLI (2000 apud ZORDAN, 1999), o estudo de possíveis
soluções que culminem na reutilização do entulho na própria construção civil, contribui
para diminuir o problema urbano dos depósitos clandestino desses materiais,
proporcionando um grande avanço do ponto de vista ambiental com grande
potencialidade.
Em relação as características da maioria dos entulhos encontrados em canteiro
de obras, GRIGOLI (2000) fez uma divisão em relação a quantidade (em porcentagem)
de cada elemento presente, de maneira geral pode ser vista na seguinte Tabela 02:

Tabela 02-Porcentagem de materiais que compõe os entulhos

Entulho Porcentagem

Areias 7,10

Pedras 11,50
24

Concretos 15,01

Cerâmicas Vermelhas 32,14

Argamassas 29,15

Vidros Cerâmicos Esmaltados 3,34

Metais 1,76

Total 100

Fonte Grigoli (2000)

GONÇALVES (2001 apud CARBIOLI, 1996) deu sua consideração em relação


a esta quantidade de resíduos e a importância da reciclagem

Se a questão é a redução de custos, o ideal é que a reciclagem seja somada a


outras formas de economizar. Não existe nenhuma solução mágica. A
melhoria dos processos construtivos, como adoção da laje zero, fôrmas pré-
fabricadas ou a aplicação de gesso diretamente sobre os blocos, é essencial
para reduzir custos e quantidade de material desperdiçado. A reciclagem
entra como uma forma de reaproveitar o que é inevitavelmente perdido”

O entulho em um canteiro de obras se torna um estorvo, ou seja, estranho as


partes físicas desse canteiro de obras. Geralmente não se utiliza nada desse entulho
gerado. Sair da situação onde nada se utiliza nada desse entulho como matéria prima,
para plena utilização desse entulho nos mais variados elementos de uma obra. Isso
requer estabelecer critérios de gestão do canteiro no sentido de adotar procedimentos
que conduza a uma utilização eficaz. (GRIGOLI, 2000)
Nas construções civis brasileiras uma área com bastante destaque em reciclagem
de materiais é a indústria do cimento que utiliza em alguns de seus tipos existentes,
materiais reciclados principalmente escórias de alto forno básica e cinzas volantes.
Estima-se que 1996 essa reciclagem nas adições do cimento, reduziu a geração
de CO2 em 29% e economia de combustível 28%. São adotadas reciclagem maciça de
maciça de cinzas volantes e escórias granuladas de alto forno básicas, além da
calcinação de argilas e adição de filler calcário. (ÂNGULO, S. C.; ZORDAN, S. E.;
JOHN, 2000 apud YAMAMOTO et al. 1997)
25

Além disso a indústria cimenteira economizou cerca de 750 mil toneladas de


óleo. Queimando resíduos, como casca de arroz, serragem e pedaços de madeira, pó de
carvão vegetal, pedaços de pneus e borrachas e cascas de babaçu, ente 1976 e 1995.
(MARCIANO; KHIARA, 1997)
A reciclagem desses residuos envolvem diversas etapas para o beneficiamento.
Até que se chegue no beneficiamento, algumas etapas de analises são feitas,
relacionando a viabilidade desse projeto. Essas etapas de viabilidade incluem coleta
desses residuos, seu transporte e estocagem. Fazendo-se um estudo criterioso dos
possiveis pontos de coleta na região, a forma como este material transpotado será
estocado e por fim definir uma região apropriada para a usina de reciclagem. (SILVA,
2004)
Para SILVA (2004), são vários procedimentos que formam a chamada Gestão
diferenciada de RCDs ( Residuos de Construções e demolições). Essa reciclagem tem
acontecido quase exclusivamente no âmbito municipal, não havendo iniciativas do setor
privado para participação. Já que no nosso pais não há políticas públicas em relação a
tal assunto.
De acordo com SILVA (2004 apud JOHN, 2000), Nos Estados Unidos da
América existe uma política nacional que regula a compra de produtos e serviços
“ambientalmente preferíveis”, ou seja, que tenham menor impacto sobre o meio
ambiente, estando aí incluídos os produtos que contenham resíduos ou que previnam a
geração dos mesmos.
Toda essa questão acaba gerando uma reflexão em relação ao nosso pais, já que
esse tipo de regulamentação acabaria por gerar inúmeros benefícios ambientais,
diminuindo gastos energéticos e principalmente reduzindo o volume de entulhos da
indústria civil.
No demais, os Estados Unidos acabaram investindo muito para obterem
metodologias de reaproveitamento desses resíduos gerados na construção civil, a
maioria de suas estradas é feita de pavimentos rígidos, muitas ultrapassando a vida útil
que estava prevista. Além de ser criado um comercio de resíduos que gera milhões de
dólares por ano. (GONÇALVES, 2001)
Dentro dos residuos da construção um dos mais reutilizados é o concreto, devido
seu maior potencial de reutilização e suas caracteristicas basicas conhecidas. Uma das
suas principais utilizações foi estudada por GONÇALVES (2001) que é residuos de
concretos convertido em agregado reciclado. Em sua pesquisa o mesmo comprovou que
26

o concreto tem um grande potencial para ser utilizado. Além disso os agregados
reciclados com caracteristicas conhecidas possuem uma boa qualidade, e viabilidade
tecnica para utilização na pratica.
No processo da edificação em todas as suas fases executivas, em algum
momento pode ser utilizado materiais reciclados. Basicamente as principais operações
que envolvem materiais recicláveis são, na forma de argamassa, na forma de concreto
na forma de assentamentos de pedaços de blocos cerâmicos e na forma de entulho solto,
misturado ou somente na porção miúda ou somente na porção graúda. Lembrando-se de
não utilizar compostos de entulhos em peças de estruturas de concreto armado com
elevada carga de compressão. (GRIGOLI, 2000)

3.4 Aplicações De Construções Civis Sustentáveis

3.4.1 Construções sustentáveis à nível mundial

Como a questão da sustentabilidade é uma preocupação inerente a todas nações


mundiais, são muitos as construções e edifícios já feitos, que hoje servem de inspiração
e exemplo para todos os demais à serem feitos.
Em 2006, na Austrália ficou pronta a Concil House 2, que mudou o panorama de
sua área local inspirou desenvolvedores e designers em toda a Austrália e no mundo.
Foi o primeiro a receber a certificação, Six Green Star Rating. Em relação as suas
características sustentáveis, ela possui usinas de cogeração a gás que reduz a emissão de
carbono, além da redução de 85% no consumo de energia, com 48 m 2 de instalação de
painéis solares e tecnologia sustentável de iluminação. (CITY OF MELBOURNE,
2009) Apresentada na seguinte Figura 02
27

Figura 02- Concil House 2

Fonte: City Of Melbourne (2009)

O Escritório Regional de Phoenix da DPR Construction, no Arizona Em 2013,


foi certificado como um edifício de energia Net-Zero (NZEB) do International Living
Future Institute (ILFI), através do seu programa Living Building Challenge (SM). É o
primeiro no Arizona e o segundo nos EUA a obter a certificação NZEB, além de ser o
maior do mundo a receber essa certificação, possuindo também a certificação LEED-
NC Platinum. A edificação possui 87 janelas funcionais, uma chaminé solar revestida se
zinco, de 87 pés para atrair ar fresco e retirar o ar quente, ventiladores ISIS e
interruptores que desligam quando não há pessoas no edifício. Possuindo um painel
solar fotovoltaico de 79 kW-dc para controlar o ambiente interno naturalmente e
produzir energia no local, tais painéis são mostrados na Figura 03 abaixo. (DPR
construction, 2019)
Figura 03-Escritorio de Proenix
28

Fonte: Living Future (2019).

Mais uma importante edificação nesse ramo foi o segundo edifício mais alto do
mundo, o Shanghai Tower que é certificada pela Shell Platinum e LEED Core. A sua
construção foi feita a partir de materiais de origem local, alguns dos quais incluíam
materiais reciclados. O design do edifício é de 1200 curvas para otimizar a carga de
vento. A fachada de dupla camada ainda permite isolamento adicional. Tudo isso é
coberto por jardins suspensos, turbinas eólicas verticais, coleta de água da chuva,
tratamento de água negra e muito mais. (SMART BRICKS, 2017). Como é mostrado na
Figura 04 a seguir:
Figura 04-Shanghai Tower

Fonte: Smart Bricks (2017)

Vale citar também a The Edge, localizada na Holanda, sendo apontado como o
escritório mais sustentável do mundo, com uma classificação BREEAM-NL de 98,36%.
Este edifício com um consumo líquido de energia igual a zero utiliza a conectividade da
Internet das coisas para maximizar o conforto e eficiência energética. É um edifício
inteligente, operacional e ambiental, além de seu aspecto estético. (SCHNEIDER
ELECTRIC, 2018). Pode-se ver no seguinte registro seu aspecto antissimétrico que dar
além de todos esses fatores sustentáveis, um novo fator visual na Figura 05:
29

Figura 05- The Edge

Fonte: Eco-Business (2018)

O edifício Bullitt Center de Seattle foi o primeiro de seu tipo a receber o Living
Building Certification do Living Building Challenge do International Living Future
Institute. Possui 575 painéis solares, gerando 60% da necessidade de energia do
edifício, uma cisterna de 56.000 litros para coleta de água da chuva, que após é tratada e
fornece para as necessidades de água do edifício. Além disso, a construção civil usa
madeira de florestas colhidas de forma sustentável. (SMART BRICKS, 2017). A Figura
06 apresenta o edifício cercado por diferentes vegetações:
Figura 06- Bullitt Center

Fonte: Smart Bricks (2017)


30

Bank of America Tower, nos EUA é um edifício de 366 m e 55 andares em


Manhattan considerado o espaço de escritórios mais ecológico dos Estados unidos. Os
seus recursos incluem coleta e uso de água da chuva, materiais de construção reciclados
e janelas do chão ao teto para maior isolamento. É o primeiro dos arranha-céus dos
EUA a receber a certificação LEED Platinum. (SMART BRICKS, 2017). A Figura 07
mostra a dimensão de tal construção:
Figura 07- Bank of America Tower

Fonte: Smart Bricks (2017)


The Crystal no Reino Unido é o local de eventos mais sustentável do mundo,
com um complexo de 18.000 m², possui 90% de água autossuficiente. É o único edifício
no mundo a obter a mais alta certificação nos esquemas BREEAM e LEED, bem como
em muitos outros credenciamentos. As tecnologias da Siemens em todo o edifício
garantem a mais alta eficiência energética e os padrões de CO2 são atendidos. (The
Crystal, 2016). Como é visto na Figura 08:
31

Figura 08: The Crystal

Fonte: The Crystal (2016)

Atualmente, a maior estrutura solar do mundo se encontra na China, Micro Emission


Sun-Moon Mansion, o qual tem sido sede da International Solar Cities Conference. O
edifício foi projetado para ter uma estrutura de telhado semelhante a um ventilador,
coberta por painéis solares de 5.000 m 2. Com tecnologias que economizam energia,
com proteção solar e outras inovações ajudam este edifício a economizar 2,5 toneladas
de carvão, 8,6 em emissões tóxicas e 6,6 milhões de kWh em eletricidade. (SMART
BRICKS, 2017). A sua grande dimensão chama atenção, na Figura 09 se pode ver a
quantidade de placas solares relacionada a sua estrutura:
Figura 09- Micro Emission Sun-Moon Mansion

Fonte: Smart Bricks (2017)


32

3.4.2 Construções sustentáveis no Brasil

O primeiro edifício no Brasil a receber a certificação LEED corel em 2016, além


da certificação Shell Platinum v3, foi o edifício Jacarandá, localizado em São Paulo
capital. Possuindo localização com fácil acesso a vários tipos de transportes coletivos,
incentivando seu uso, além de incentivar caminhadas para farmácias e restaurantes que
se encontram próximos. Minimiza ilhas de calor com coberturas verdes, tem bicicletário
com 36 vagas. O prédio tem um plano de gerenciamento de aguas pluviais e um
condicionamento de ar que não oferece riscos ao meio ambiente, evitando alagamentos
na cidade. O prédio da Figura 10 abaixo também tem eficiência energética, projetando
iluminação externa na área interna além de sistema de expansão de ar. (Centro de
Tecnologia de Edificações; 2016)
Figura 10-Edificio Jacarandá

Fonte: CTE - Centro de Tecnologia de Edificações (2016)

Ainda em São Paulo mais uma construção vale a pena ser mencionada, é a
Corporate Towers. Que pelas suas diversas estratégias sustentáveis conseguiu a
certificação LEED CS Platinum 3.0 em 2017, sendo o primeiro do Brasil nesta
categoria. Possuindo fachadas de alto desempenho, estratégias de sombreamento solar,
iluminação natural, gerenciamento de água e áreas de ar livre. Com uma grande área
verde em seu entorno, mostrado pela Figura 11. (SÃO PAULO CORPORATE
TOWERS; 2019)
33

Figura 11- Corporate Towers

Fonte: São Paulo Corporate Towers (2019)

No Rio de Janeiro, o prédio Vista Guanabara recebeu LEED CS Gold. Por


oferecer uma máxima eficiência energética, aproveitamento da água de chuva,
gerenciamento de resíduos, tintas com baixo índice de compostos voláteis e demais
características que o conferem o título de prédio sustentável. O mesmo adotou postura
consciente em todas as fases do seu projeto, entre elas estão, controle da erosão e
poluição da obra, utilização de produtos produzidos na região, vidros de controle solar
que reduzem o calor interno, utilização de madeira de reflorestamento. (VISTA
GUANABARA; 2019). O que é visto na Figura 12:
Figura 12- Edifício Vista Guanabara

Fonte: Vista Guanabara (2019)


34

Mais um exemplo é o Porto Brasilis focando também na visão sustentável, sendo


projetado para reduzir o consumo de energia, água e custos operacionais. Buscando
melhorar a qualidade de vida dos usuários, otimizando o ambiente do entorno. O prédio
tem um sistema de tratamento de água, geradores e recuperadores de energia, separação
e armazenamento de lixo reciclável. (FATOR BRASIL; 2012). Como é mostrado na
Figura 13 a seguir:
Figura 13- Porto Brasilis

Fonte: Fator Brasil (2012)


35

4. METODOLOGIA

O seguinte trabalho foi escrito por meio de uma vasta pesquisa bibliográfica para
correlacionar os temas objetivados e contextualiza-los aos dias atuais. Foram feitas
obtenções de dados históricos, além de dados estatísticos e conceitos mostrados por
autores bem embasados em fatos estudados. Tudo isso foi necessário para a construção
da monografia acima, conferindo-a um vasto estudo e conhecimento agregado.
Os principais meios tomados como base para esta monografia foram,
principalmente: a monografia nomeada por “Sustentabilidade na Construção Civil”
escrita por Lazaro Correa; o artigo “Sustentabilidade e processos de projetos de
edificações” escrito por Motta e Aguilar; o artigo de Francisco Pimenta ( Engenheiro
membro do Departamento Nacional de Projetistas) “Síndrome do Edifício Doente: você
sabia que sua saúde pode estar em perigo?”; Marcio Araújo com o artigo “A moderna
construção sustentável”; a monografia “Ambiente e Construção Sustentável” de Manuel
Duarte Pinheiro; O livro “Indicadores de Sustentabilidade ” de Hanz Michael Van
Bellen; O livro “Fundamento de Projeto de Edificações Sustentáveis” escrito por
Marian Keller e Prasad Vaidya; O livro “Gestão Diferenciada de Resíduos da
Construção Civil”.
A maioria dessas publicações foram encontradas no meio virtual por auxilio do
Google Acadêmico, os demais foram expostos em congressos e estão disponíveis em
ferramentas como CAPES e Scielo. Quanto a linguagem, foram selecionados textos em
português e inglês (em menor proporção). O espaço temporal de literaturas selecionadas
foi vasto pela necessidade de selecionar artigos mais antigos para a contextualização
histórica, de 1987 até 2018.
36

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, pode considerar-se que muito já foi alcançado em termos


históricos, que enaltecem a importância da sustentabilidade e mais especificamente da
sua inclusão no ramo das Construções Civis. Também se pode constatar que os
impactos gerados por tal ramo são extremamente exacerbados, em todas as suas etapas.
Há meios que tornam plausíveis diminuir os impactos, sejam ambientais e
humanos que o mundo anda vivendo. São meios que não buscam abolir o setor das
construções civis, mas que almejam associar mudanças em todas as etapas. Iniciando na
etapa de projeto, já incluindo na projeção um viés totalmente voltado para a construção
sustentável, no uso de materiais menos agressivos, de fácil acesso, além de buscar um
baixo gasto energéticos antes e depois da construção.
Dessa forma, se observa que por meio de incentivos e certificados a nível
mundial, muito já foi avançado quando se trata construções voltadas ao meio
sustentável. No Brasil e no mundo já há construções totalmente voltadas para este viés,
que sevem de inspiração para as demais que estão por vir.
Contudo, apesar de muito já ter se avançado no que diz respeito a pesquisas e
estudos do âmbito sustentável nas edificações, ainda limitado a quantidade de
edificações que já foram produzindo seguindo passo a passo explicitado no
desenvolvimento. Para melhorar essa situação, são necessários ainda mais incentivos
dos governos dos países e das resoluções mundiais como as da ONU.
Direcionando-se ao Brasil são necessários políticas e legislações que
regulamentem o uso de materiais de construção preferíveis ambientalmente. Já que no
sentido de políticas voltadas para construção sustentável o pais ainda é bastante
limitado.
Se isto for alcançado, pode se chegar a uma melhor qualidade de vida para as
pessoas uma melhor preservação destes recursos que estão a cada dia mais escassos,
além de redução de resíduos distribuídos no meio ambiente.
37

6. REFERÊNCIAS

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