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‘Manuel Janudrio da Costa Gomes CONTEUDOS PARTE A NAVEGAGAO MARITIMA CAPITULO I DIREITO MARITIMO E DIREITO DA NAVEGAGAO MARITIMA. 1. Evolugio hist6rica do direito maritimo 1.2. Direitos da Antiguidade Referéncias no Cédigo de Hamurabi nas Leis de Manti & ma ia da navegagdo maritima. A Lex Rhodia. As referéncias & matéria maritima no Digesto: em particular a actio exercitoria, 0 magister navii, 0 foenus nauticum e a lex Lex Rhodia de lactu. As Leis Pseudorhodias. As Leis Basiticas. 1.2, Evolugio a partir da Idade Média Das compilagdes consuetudinérias até ao Code de commerce, passando por Colbert. O “viveiro” do Mediterréneo. As cidades e 0s estatutos maritimos. Os Usus patriae de Veneza, os Constitutum Usus de Pisa, os Costumes de la Mar de Barcelona, os Ordinamenta et Statuta maris edita per consules civitatis Trani, a Tabula Amalfitana. O papel de Veneza; 0 Officium Gazariae genovés; relevo para 0 Consulado do Mar, como ius commune do mar. Os Rolos de Oleron. A Liga Hansedtica e as Leis de Wisby. As leis fernandinas, Portugal e leis posteriores. Guidon de la Mer. A Ordonnance de Colbert de 1681: sua importincia no desenvolvimento posterior. O Cédigo Comercial francés € sua influéncia. As desvantagens da operada codificagdo da matéria maritima, 2. 0 internacionalismo e a unificagio do direito maritimo internacionalismo do direito maritimo. A unificagio internacional do direito maritimo através de convengdes internacionais: o papel do CMI, da OMI, da UNCTAD, da UNCITRAL e da OIT, em particular. Os principais campos de “actuagio” das convengOes internacionais: Acontecimentos de mar, Créditos e responsabilidades maritimas, Transporte por mar (passageiros e mercadorias), Proteccdo do meio marinho prevengio da poluigdo, Seguranga maritima, Direito maritimo laboral. A unificagio internacional através de Regras que no constituem direito convencional uniforme: relevo para as regras de York e Antuérpia, para os Incoterms e para as Regras de Lisboa sobre indemnizagao de danos e prejutzos em caso de abalroacio. 10 Manuel Janudrio da Costa Gomes A pratica intemacional dos contratos-tipo (clsusulas contratuais gerais) preparados por organismos ‘ou associagées maritimas privadas. 3. O mar eas disciplinas juridicas Direito do Mar como Direito dos espagos integrado no Direito Internacional Pablico. A errada Tecondugdo do Direito Maritimo ao Direito comercial maritimo. A fragmentagdo do “espartilho” comercial. O “polisistema” os virios microsistemas. O Direito Maritimo Comercial, 0 Direito Maritimo Internacional, © Direito Maritimo Administrativo, o Direito Maritimo Penal, o Direito Maritimo Laboral, 0 Direito Maritimo Processual, etc. O Direito dos Transportes. O enfoque do Direito Maritimo como Direito da Navegagio Maritima: razdes da escolha. O Direito da Navegacio Maritima como Direito transversal. 4. A questio da autonomia do Direito Maritimo particularismo do Direito Comercial Maritimo, desde Pardessus, passando por Ripert: a discussio francesa. A questio da autonomia do Direito da Navegacio: a discussio italiana e a escola napolitana de Scialoja. A autonomia do direito maritimo e a escola genovesa de Berlingieri © deCarbone. A unidade e autonomia do Direito Marit 10 como Direito da Navegagio Maritima. Afastamento da concepgio amplissima de Arroyo. CAPITULO II OMAR COMO ESPAGO DE NAVEGACAO 1. A navegagao no mar territorial © mar territorial na CNUDM ~ a soberania do mar territorial (o art. 2 CNUDM). A fixagdo da largura do mar territorial (art. 3 CNUDM). O diteito de passagem inofensiva pelo mar territorial (arts. 17 a 19 CNUDM). Casos em que a passagem do navio estrangeiro € considerada prejudicial paz, & boa ordem ou & seguranga do Estado costeiro (o art. 19/2 CNUDM): ideia suméria. Os deveres do Estado costeiro em relagdo & passagem inofensiva (0s arts. 24 e 26 CNUDM): ideia suméria. Os direitos de protecgio do Estado costeiro (0 art. 25 CNUDM): ideia sumdria. Leis e regulamentos do Estado costeiro relativos & passagem inofensiva (0 art. 21 CNUDM): ideia suméria. Rotas maritimas e sistemas de separagio de trafego no mar territorial (art. 22 CNUDM): ideia suméria. 2. A navegagio no alto mar A liberdade do alto mar consagrada no art. 87 CNUDM integrando a liberdade de navegagao. O direito de navegagio consagrado no art. 90 CNUDM. Direitos instrumentais: 0 direito de acesso a0 mar e a partir do mar ¢ a liberdade de transito (arts, 124 a 132 CNUDM). O navio no alto mar: remissio, W ‘Manuel Janudrio da Costa Gomes 3. A navegacio noutras éguas Referéncia suméria a regimes especificos da navegagio na zona contigua, nos estreitos internacionais, nas 4guas arquipeldgicas, na Zona Econdmica Exclusiva e sobre a plataforma continental CAPITULO Il SUA MAGESTADE 0 NAVIO 1. O pavilhiio e a nacionalidade do navio ‘A atribuigdo da nacionalidade a navios pelos Estados: 0 art. 91/1 CNUDM. A definigao dos requisitos necessarios para o registo de navios: o art. 91/1 CNUDM. O direito de arvorar bandeira e a nacionalidade do navi A bandeira como sinal exterior e prova aparente da nacionalidade do navio. © “vinculo substancial” (genuine link) entre o Estado ¢ 0 navio, exigido no art. 91/1 CNUDM. O vinculo substancial e a realidade das bandeiras de conveniéncia. Razées do fendmeno das bandeiras de conveniéncia e seus perigos. 2.0 princfpio do monopélio do Estado do pavilhao A regra segundo a qual os navios devem navegar sob a bandeira de um s6 Estado. A mudanga de bandeira. Consequéncias da navegagdo sob a bandeira de dois ou mais Estados. O “estatuto do nfio- estatuto” do navio sem nacionalidade. A sujeigio do navio & jurisdigtio exclusiva do Estado da bandeira no alto mar (art. 92/1 CNUDM). Os navios que gozam de absoluta imunidade: os navios de guerra no alto mar ¢ os navios utilizados unicamente em servigo oficial nao comercial (os arts. 95 e 96 CNUDM). Excepgdes a0 princfpio do monopélio. Em particular, os direitos de visita e de perseguigio (hot pursuit): os arts. 110 111 CNUDM. Limitagio da visita aos navios de guerra. Situagdes que legitimam a visita. Os casos de suspeita séria de pirataria. Os casos de suspeita séria de téfico de escravos. Os casos de suspeita séria de utilizagio do navio para efectuagiio de transmisses no autorizadas. Os casos de suspeita séria de 0 navio nio ter nacionalidade. Os casos de suspeita séria de ocultagio da mesma nacionalidade da do navio de guerra. A indemnizagio em caso de visita tida por ilicita. (art. 110/3 CNUDM). pressuposto da hor pursuit: a existéncia de motivos fundados para acreditar que 0 navio infringiu leis regulamentos do navio perseguidor (art. 111/1 CNUDM). Os requisitos da perseguigio licita nos termos do art. 111/1 CNUDM: 0 inicio da perseguigio © 0 seu cardcter ininterrupto. Os procedimentos prévios previstos no art. 111/4 CNUDM. Extingio do direito de perseguigio (art. 111/3 CNUDM). Limitagdo da perseguigio aos navios de guerra. A indemnizagéo por perseguiao ilfeita (art 11/8 CNUDM). 12

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