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Mortalidade por micoses e dados epidemiológicos

Até alguns anos atrás os fungos eram considerados inofensivos, mas aos
poucos, eles foram se tornando cada vez mais agressivos e estão se espalhando
em silêncio, por conta da redução das defesas naturais das pessoas, por
doenças ou medicamentos, causando infecções graves, resistentes a
antifúngicos, fatais e, muitas vezes, negligenciados pela Saúde Pública.

No brasil, as estimativas sugerem que milhões de indivíduos sofram de alguma


doença fúngica séria. As espécies de Candida e Aspergillus, por exemplo,
causam infecções resistentes a medicamentos e matam mais que malária e
tuberculose.

Para o registro de indicadores de saúde, informações epidemiológicas,


demográficas e econômicas e registo de estatísticas vitais como mortalidade e
sobrevivência, existe o DATASUS, que é o Departamento de Informática do
Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde e os únicos dados
disponíveis a respeito das infecções fúngicas são os dados de mortalidade,
coletados por meio do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Tais
dados, apesar de existirem, não disponibilizam informações muito abrangentes.
Em termos mundiais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que, em
2016, as mortes relatadas por infecções fúngicas foram a quinta causa de
mortalidade no mundo, ficando atrás apenas de tuberculose, diarreia, acidentes
de trânsito e diabetes. As micoses mais severas, chamadas de sistêmicas,
causam cerca de 1,6 milhão de mortes por ano, informou a OMS, neste ano.
Tendo em vista o exposto e o fato de que que nenhuma doença fúngica tem
notificação compulsória no Brasil, fica evidente que esta medida precisa ser
urgentemente implementada. A subnotificação das doenças fúngicas é um
grande problema e está se agravando a cada dia, numa dimensão alarmante.
Assim, as infecções fúngicas necessitam urgentemente de uma política pública
de saúde específica, visando prevenção, tratamento e diagnóstico.
Referências:
FUCHS, Antonio; PORTUGAL, Juana. FIOCRUZ), 2016. Simpósio discutirá os
Impactos das Infecções Fúngicas na Saúde Pública. Disponível em:
https://portal.fiocruz.br/noticia/simposio-discutira-os-impactos-das-infeccoes-
fungicas-na-saude-
publica#:~:text=Considerados%20inofensivos%20at%C3%A9%20alguns%20an
os,%2C%20fatais%20e%2C%20muitas%20vezes%2C>. Acesso em: 16 de Fev.
de 2021.

RODRIGUES, L. Marcio. CDTS - Centro de Desenvolvimento Tecnológico em


Saúde, 2021. Doenças Causadas por Fungos: Um Problema Brasileiro de
Saúde Pública. Disponível em: https://www.cdts.fiocruz.br/opiniao-de-
especialistas/doencas-causadas-por-fungos-um-problema-brasileiro-de-saude-
publica. Acesso em: 16 de Fev. de 2021.
FIORAVANTI, Carlos. O Ataque Silencioso dos Fungos. Revista Pesquisa
FAPESP, São Paulo, 2016. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/wp-
content/uploads/2016/05/042_Fungos.pdf. Acesso em: 16 de Fev. de 2021.

MOROSINI, Liseane. FIOCRUZ – Escola Nacional de Saúde Pública Sergio


Arouca, 2019. Avanço dos Fungos no Brasil: Radis alerta sobre Infecções
Fúngicas que deixam Sequelas e podem levar a Morte. Disponível em: <
http://informe.ensp.fiocruz.br/noticias/45257>. Acesso em: 16 de Fev. de 2021.

MATOS, Mariana Prates de. et. al. Análises Retrospectivas de Mortalidade


por Micoses: Artigo e Revisão. Periódicos Estácio, Goiânia, v. 03, n.1, p. 1-2,
Jan/Jul. 2020. Disponível em: <
http://periodicos.estacio.br/index.php/rrsfesgo/article/viewFile/8089/47966665>.
Acesso em: 16 de Fev. de 2021.

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