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Prof.

THIAGO CARVALHO SOUSA

RACIOCÍNIO LÓGICO: Lógica Proposicional

Versão 10 out. 2020


Apresentação

A presente apostila foi desenvolvida com o propósito de auxiliar aqueles que acompanham
nosso canal do YouTube. Nosso material está repleto de questões de concursos, cuidado-
samente organizados de modo que você possa dominar o assunto aqui apresentado. Para
melhor aproveitamente deste material, sugiro que você assista as Orientações de Es-
tudo (veja o link abaixo).

Vale esclarecer que o conteúdo aqui apresentado não tem o propósito de ser detalhista,
pois aqui estão apresentadas apenas nossas notas de aula, as quais recebem explicação
mais completa nos vı́deos disponibilizados ao longo do material. Dito isto, todos aqueles
que pretendem fazer uso deste material deve estar ciente de que ele é simplesmente um
auxı́lio, que facilitar a organização do que apresentamos em nossos vı́deos. Assim, certa-
mente, os leitores hão de sentir falta de esclarecimentos mais minuciosos em alguns pontos
e para sanar tais dúvidas, faz-se necessário assistir os vı́deos cujos links estão disponı́veis
ao longo de todo o material.

Os meios digitais são de grande ajuda, contudo gostarı́amos de sugerir que você faça a
impressão deste material, assista nossas aulas com a apostila em mão, risque-a e faça
suas próprias anotações, cremos ser esta a forma mais produtiva para que você assimile o
conteúdo.
Por fim, segue abaixo uma lista de links que podem ser de grande ajuda, bem como nosso
meu email para aqueles que desejem entrar e mcontato conosco.

Links Importantes:

Orientações de Estudo desta apostila: https://youtu.be/TzuAyUr3Ye0

Email: profthiagocsousa@gmail.com

Blog: https://sousathiagocarvalho.blogspot.com

Meu Canal: https://www.youtube.com/user/sousathiagocarvalho

Bons estudos!
Thiago Carvalho Sousa

2
Sumário

1 Proposições 5
1.1 Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2 Sentenças abertas e fechadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 Princı́pios Lógicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.4 1a LISTA DE EXERCÍCIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.5 Gabarito da Lista 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

2 Representação de Proposições 9
2.1 Proposição Simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2 Proposição Composta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3 Representação simbólica das Proposições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.4 Representação simbólica dos conectivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.5 Exemplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.6 2a Lista de Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.7 Gabarito da Lista 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

3 Operações Lógicas 14
3.1 Número de Linhas da Tabela-verdade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.1.1 3a Lista de Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.1.2 Gabarito da Lista 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.2 CONJUNÇÃO: p e q . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.3 DISJUNÇÃO INCLUSIVA: p ou q . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.4 DISJUNÇÃO EXCLUSIVA: ou p ou q . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.5 CONDICIONAL: Se p então q . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.5.1 Formas Equivalentas da Condicional . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.6 BICONDICIONAL: p se, e somente se q . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.6.1 Formas Equivalentes da Bicondicional . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.7 4a Lista de Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.8 Gabarito da Lista 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.9 Resolução por Tabela-Verdade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.9.1 Precedência dos Conectivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.9.2 Montagem de Tabelas-Verdade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.10 5a Lista de Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.11 Gabarito da Lista 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

4 Tautologia, Contradição e Contingência 42


4.1 Tautologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.2 Contradição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.3 Contingência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

3
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5 Equivalência e Negação 45
5.1 Equivalência Lógica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
5.2 Negação de Proposições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
5.2.1 Negação da Conjunção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
5.2.2 Negação da Disjunção Inclusiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5.2.3 Negação da Disjunção Exclusiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5.2.4 Negação da Condicional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
5.2.5 Negação da Bicondicional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
5.2.6 Orientações para Memorização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
5.3 6a Lista de Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
5.4 Gabarito da Lista 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

6 Lógica de Primeira Ordem 54


6.1 Quantificadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
6.1.1 Representação dos Quantificadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
6.1.2 Expressões Equivalentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
6.1.3 Negação dos Quantificadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
6.1.4 Diagramas Lógicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
6.2 7a Lista de Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
6.3 Gabarito da Lista 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

4
Capı́tulo 1

Proposições

Vı́deo Explicativo do Capı́tulo: https://youtu.be/CTZzQyiPvc0

1.1 Definição
Denomina-se proposição toda sentença declarativa, afirmativa ou negativa, que pode ser
expressa por palavras ou sı́mbolos à qual podemos atribuir somente um dos valores lógicos
a seguir: verdadeiro ou falso.

São Proposições:

• O número 5 é ı́mpar.
• o número 5 é par.
• Se João ganhar na Mega-Sena, então ficará rico.

Não são proposições:

• Saia daqui!
• Hoje é domingo?

1.2 Sentenças abertas e fechadas


Uma sentença, em nosso contexto, é toda frase afirmativa que expressa um julgamento,
isto é, faz uma afirmação sobre algo ou alguém.

Sentença fechada - É toda sentença que podemos julgar como verdadeira ou falsa. To-
dos os exemplos de proposições apresentados acima são sentenças fechadas.

Sentença aberta - É toda frase que contém alguma das seguintes coisas: (1) variável que
impossibilite julgar a veracidade da afirmação; (2) sujeito indefinido; (3) frase exclamativa
que expresse julgamento pessoal; (4) paradoxo.

Exemplos:
(1) x + 1 = 5
(2) Eles passaram no concurso

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(3) Que prova difı́cil!


(4) Só sei que nada sei.

1.3 Princı́pios Lógicos


1. Princı́pio da identidade: “uma proposição sempre será igual a ela mesma.”
Em outras palavras: “Uma proposição verdadeira sempre será verdadeira e uma
proposição falsa sempre será falsa”.

2. Princı́pio da não-contradição: “Nenhuma proposição pode ser verdadeira e


falsa”.

3. Princı́pio do terceiro excluı́do: “Uma proposição ou é verdadeira ou é falsa.”

1.4 1a LISTA DE EXERCÍCIOS


Resolução da lista: https://youtu.be/fQdaS2Rm4ow

1. FUNDATEC 2019. Proposição lógica é uma frase que se pode valorar por ver-
dadeiro ou falso. Nesse sentido, são proposições lógicas:

I. Pedro é carpinteiro.
II. José anda de motocicleta.
III. Ande devagar, José.
IV. Carlos comeu pastel.
V. Pedro, faça esta casa!

Quais estão corretas?

A. Apenas I, II e III.
B. Apenas I, II e IV.
C. Apenas I, III e IV.
D. Apenas II, IV e V.
E. Apenas III, IV e V.

2. AOCP 2019. Em questões de raciocı́nio lógico, utilizam-se sentenças, que são


expressões de um pensamento completo, compostas por um sujeito e por um predi-
cado. Por exemplo, “Joaquim trabalhou ontem no mercado” é uma sentença. Entre
os vários tipos de sentenças, existe a “Imperativa”, quando há uma mensagem de
ordem.

Considerando essa informação, assinale a alternativa que apresenta uma sentença


do tipo imperativa.

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A. O dia está lindo!


B. O computador não liga.
C. Irá chover no próximo domingo?
D. Resolva sua prova com atenção.

3. VUNESP 2019. Dentre as sentenças a seguir, aquela que é uma sentença aberta

A. 3 · x + 4 - x - 3 - 2 · x = 0
B. 7 + 3 = 11
C. 0 · x = 5
D. 13 · x = 7
E. 43 - 1 = 42

4. IDESUL 2020. Analise as sentenças a seguir e marque a sequência correta das


sentenças:

I. Donald Trump é Governador do Maranhão.


II. 5 + 5 = 10
III. A + B = 15
IV. Ele é engenheiro.

A. Aberta – Aberta – Fechada – Verdadeira.


B. Aberta – Fechada – Verdadeira – Aberta.
C. Fechada – Fechada – Aberta – Aberta.
D. Fechada – Fechada – Aberta – Fechada.

5. VUNESP 2014. A lógica clássica possui princı́pios fundamentais que servem de


base para a produção de raciocı́nios válidos. Esses princı́pios foram inicialmente pos-
tulados por Aristóteles (384 a 322 a.C.) e até hoje dão suporte a sistemas lógicos.
Tais princı́pios são os

A. da inferência, da não contradição e do terceiro incluı́do.


B. da diversidade, da dedução e do terceiro incluı́do.
C. da identidade, da inferência e da não contradição.
D. da identidade, da não contradição e do terceiro excluı́do.
E. da diversidade, da indução e da não contradição.

6. VUNESP 2014. Um dos princı́pios fundamentais da lógica é o da não contradição.


Segundo este princı́pio, nenhuma proposição pode ser simultaneamente verdadeira e
falsa sob o mesmo aspecto. Uma das razões da importância desse princı́pio é que ele
permite realizar inferências e confrontar descrições diferentes do mesmo aconteci-
mento sem o risco de se chegar a conclusões contraditórias. Assim sendo, o princı́pio
da não contradição.

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A. fornece pouco auxı́lio lógico para investigar a legitimidade de descrições.


B. permite conciliar descrições contraditórias entre si e relativizar conclusões.
C. exibe propriedades lógicas inapropriadas para produzir inferências válidas.
D. oferece suporte lógico para realizar inferências adequadas sobre descrições.
E. propicia a produção de argumentos inválidos e mutuamente contraditórios.

7. IDIB 2016. Acerca dos princı́pios de raciocı́nio lógico, analise as seguintes afirma-
tivas:

I. O princı́pio da identidade indica que uma proposição verdadeira é verdadeira


e que uma proposição falsa é falsa.
II. O princı́pio da não contradição indica que nenhuma proposição poderá ser
verdadeira e falsa ao mesmo tempo.
III. O princı́pio do terceiro excluı́do indica que uma proposição poderá assumir um
terceiro valor lógico.

Analisando as afirmativas acima, marque a alternativa correta.

A. Apenas as afirmativas I e II estão corretas.


B. Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
C. Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
D. Apenas a afirmativa I está correta.

8. PC-SP 2011. Em lógica, pelo princı́pio do terceiro excluı́do,

(a) uma proposição falsa pode ser verdadeira e uma proposição falsa pode ser
verdadeira.
(b) uma proposição verdadeira pode ser falsa, mas uma proposição falsa é sempre
falsa.
(c) uma proposição ou será verdadeira, ou será falsa, não há outra possibilidade.
(d) uma proposição verdadeira é verdadeira e uma proposição falsa é falsa.
(e) nenhuma proposição poderá ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.

1.5 Gabarito da Lista 1


1. B 3. D 5. D 7. A

2. D 4. C 6. D 8. C

8
Capı́tulo 2

Representação de Proposições

Explicação do Capı́tulo: https://youtu.be/3oF4WxvP9FQ

2.1 Proposição Simples


Proposição simples é toda proposição que não pode ser fragmentada.

Exemplos:
• Anderson não trabalha.
• O elefante é grande.

2.2 Proposição Composta


Denomina-se Proposição Composta toda proposição formada por duas ou mais pro-
posições simples ligadas entre si por conectivos operacionais (conectivos lógicos), os quais
serão nosso objeto de estudo no próximo tópico.

Exemplo:

Maria estudou muito ou foi dormir

A proposição acima é formada por duas proposições simples:


(1) “Maria estudou muito”
(2) Maria foi dormir.

2.3 Representação simbólica das Proposições


Habitualmente as proposições simples são representadas por letras maiúsculas e as com-
postas por letras minúsculas. Contudo, isto não consiste em uma regra.

Exemplo:

P: João é pedreiro e Marcelo é arquiteto.

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A proposição P descrita acima é composta por duas proposições simples:

p: João é pedreiro.
q: Marcelo é arquiteto.

2.4 Representação simbólica dos conectivos


• Conectivo “e” - Simbologia: ∧
• Conectivo “ou” - Simbologia: ∨
• Conectivo “ou ... ou” - Simbologia: Y
• Conectivo “se ... então” - Simbologia: →
• Conectivo “se e somente se” - Simbologia: ↔

Além dos conectivos, temos o modificador lógico:

• Negação - Simbologia: ∼ ou ¬

2.5 Exemplos
1. Sejam as proposições

p: A vaca foi para o brejo


q: O boi seguiu a vaca

Forme sentenças na linguagem natural que correspondam às proposições abaixo:

a) ∼p d) qY ∼q g)¬(p∧q)
b) p∧q e) p→q h) ¬(¬p)
c) p∨q f) q↔p

Respostas:

(a) A vaca não foi para o brejo.


(b) A vaca foi para o brejo e o boi seguiu a vaca.
(c) A vaca foi para o brejo ou o boi seguiu a vaca.
(d) Ou o boi seguiu a vaca ou o boi não seguiu a vaca.
(e) Se a vaca foi para o brejo, então o boi seguiu a vaca.
(f) O boi seguiu a vaca se e somente se a vaca foi para o brejo.
(g) Não é verdade que a vaca foi para o brejo e o boi seguiu a vaca.
(h) Não é verdade que a vaca não foi para o brejo.

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2. Dadas as proposições

p: João é alto.
q: João é jogador de Basquete.

Represente por meio de sı́mbolos:

(a) João não é alto.


(b) Não é verdade que João não é alto.
(c) João é alto e é jogador de basquete.
(d) Ou João é alto, ou não é jogador de basquete.
(e) Se João não é jogador de basquete, então ele não é alto.
(f) Não é verdade que João é alto se e somente se ele é jogador de basquete.

Resolução:

a) ∼p
b) ¬(¬p)
c) p∧q
d) pY¬q
e) ¬q→ ¬p
f) ¬(p↔q)

2.6 2a Lista de Exercı́cios


Resolução da Lista: https://youtu.be/hmNCoPf3RDk

1. FUNDATEC 2019 A operação lógica “Aerosmith é uma banda de rock e Zeca


Pagodinho é cantor solo” pode ser representada por:

A. p ∨ q
B. p ↔ q
C. p ∧ q
D. p Y q
E. p → q

2. IADES 2019. Considere as proposições a seguir.

p: Ricardo é arquiteto;
q: Fernando é acriano.

A proposição “Ricardo não é arquiteto e Fernando é acriano” é representada por

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A. ∼p ∨ ∼q.
B. ∼p ∧ ∼q.
C. ∼p ∨ q.
D. ∼p ∧ q.
E. p ∧ ∼q.

3. CONSULPLAN 2012. Observe as proposições lógicas simples P, Q e R.

• P: Hoje é dia de Natal.


• Q: Eu vou ganhar presente.
• R: A famı́lia está feliz.

As proposições ∼P, ∼Q , ∼R são, respectivamente, as negações das proposições P,


Q e R. O conectivo “e” é representado pelo sı́mbolo ∧, enquanto o conectivo “ou”
é representado por ∨. A implicação é representada por →.
A proposição composta (∼P ∧ R) → Q corresponde a

(a) Hoje é dia de Natal e a famı́lia está feliz e eu vou ganhar presente.
(b) Hoje não é dia de Natal e a famı́lia está feliz ou eu vou ganhar presente.
(c) Se hoje não é dia de Natal e a famı́lia está feliz então eu vou ganhar presente.
(d) Se hoje é dia de Natal ou a famı́lia está feliz então eu vou ganhar presente.

4. EXATUS 2018. Considerando a frase “O jogador que ataca e defende, ganha o


jogo”podemos representá-la usando:

A. p→p
B. ∼p∧q→r
C. p∨ ∼q→r
D. p∧q→r

5. IBGP 2019. Com base na proposição A: “A galinha põe ovo”, assinale a alterna-
tiva que representa CORRETAMENTE a sua negação:

A. A
B. ∼A
C. A → B
D. A ∴
6. FUNDATEC 2015. Na lógica formal, temos os operadores lógicos do condicional
(→), negação (∼) e conjunção (∧), representados na fórmula proposicional

(P∧Q→∼R)

Supondo que:

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P representa a sentença declarativa: Maria tem salário lı́quido maior que R$ 2.500,00.

Q representa a sentença declarativa: Maria desconta imposto de renda na fonte.

R representa a sentença declarativa: Maria recebe auxı́lio refeição.

A alternativa que representa, em linguagem natural, a fórmula acima para as res-


pectivas sentenças declarativas é:

(a) Se Maria tem salário lı́quido maior que R$ 2.500,00 e desconta imposto de
renda na fonte, então Maria recebe auxı́lio refeição.
(b) Maria tem salário lı́quido maior que R$ 2.500,00. E, se desconta imposto de
renda na fonte, então Maria não recebe auxı́lio refeição.
(c) Maria tem salário lı́quido maior que R$ 2.500,00. E, se desconta imposto de
renda na fonte, então Maria recebe auxı́lio refeição
(d) Se Maria tem salário lı́quido maior que R$ 2.500,00 e não desconta imposto de
renda na fonte, então Maria não recebe auxı́lio refeição.
(e) Se Maria tem salário lı́quido maior que R$ 2.500,00 e desconta imposto de
renda na fonte, então Maria não recebe auxı́lio refeição.

7. FUNDATEC 2012 (adaptada). Dadas as proposições: p: “Ana é saudável.” q:


“Paulo está gripado.”

Uma forma de se representar a proposição ∼(p∧ ∼q) em linguagem corrente é:

A. “Ana não é saudável e Paulo não está gripado.”


B. “Não é verdade que Ana é saudável e Paulo não está gripado.”
C. “Ana não é saudável ou Paulo não está gripado.”
D. “Se Ana é saudável, então Paulo está gripado.”
E. “Se Ana não é saudável, então Paulo não está gripado.”

2.7 Gabarito da Lista 2


1. C 3. C 5. B 7. B
2. D 4. D 6. E

13
Capı́tulo 3

Operações Lógicas

3.1 Número de Linhas da Tabela-verdade


Explicação desta Seção: https://youtu.be/ePJTgdjyLeA

Assim como fazemos operações com os números (adição, subtração,...) também podemos
fazer operações com as proposições. Contudo, no lugar das operações matemáticas, fare-
mos as operações lógicas, utilizando os conectivos.

Uma maneira muito prática que existe para efetuarmos as operações lógicas é por meio
da utilização do que denominamos Tabela-verdade, que consiste em uma tabela na qual
podemos descrever todas as possı́veis combinações de valores das proposições em uma
dada proposição composta.

• Tabela verdade com uma única proposição (p):

p
V
F

A tabela-verdade possui 2 linhas.

• Tabela-verdade com duas Proposições (p, q):

p q
V V
V F
F V
F F

Neste caso a tabela-verdade possui 4 linhas.

• Tabela-verdade com três Proposições (p, q, r):

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p q r
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

Neste caso a tabela-verdade possui 8 linhas.

Assim, quanto temos de montar a tabela verdade de um exercı́cio, é de grande ajuda


saber quantas linhas a tabela terá, pois isto nos ajuda a saber se estamos cobrindo todas
as possibilidades.

O número de linhas de uma tabela-verdade pode ser determinado pela fórmula abaixo:

no de linhas = 2n

Onde n é a quantidade de proposições simples que compõem a proposição composta em


questão.

Considere os três casos citados acima. Quando tı́nhamos:

• 1 proposição: 2n = 21 = 2 linhas
• 2 proposições 2n = 22 = 4 linhas
• 3 proposições 2n = 23 = 8 linhas

Exemplo
Considere as proposições abaixo e informa quantas linhas têm suas respectivas tabelas-
verdade:

a) (p∨q)→r
b) (p∧q)→(r∨s)
c) (p∧q)Y ∼p

Resolução:

a) 2n = 23 = 8

b) 2n = 24 = 16

c) 2n = 22 = 4

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Observe que temos apenas duas proposições simples (p, q), onde lemos “∼p”, temos ape-
nas a proposição “p”acompanhada de um modificador lógico.

3.1.1 3a Lista de Exercı́cios


Resolução da Lista: https://youtu.be/dY3wAWIHC-I

1. CESPE/CEBRASPE 2018. Proposição CG1A5AAA: A qualidade da educação


dos jovens sobe ou a sensação de segurança da sociedade diminui.

A quantidade de linhas da tabela-verdade correspondente à proposição CG1A5AAA


é igual a

A. 4.
B. 8.
C. 16.
D. 32.
E. 2.

2. CESPE/CEBRASPE 2016. Considere as seguintes proposições para responder


a questão.

P1: Se há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo delito, então há punição
de criminosos.

P2: Se há punição de criminosos, os nı́veis de violência não tendem a aumentar.

P3: Se os nı́veis de violência não tendem a aumentar, a população não faz justiça
com as próprias mãos.

A quantidade de linhas da tabela verdade associada à proposição P1 é igual a

A. 32.
B. 2.
C. 4.
D. 8.
E. 16.

3. Quadrix 2017. Sejam P1 e P2 as premissas e C a conclusão. Sob essa hipótese,


P1 ∧P2 →C se constitui em um argumento. Seja P1 : “É um dia de pico”. Seja P2 :
“O tempo máximo de espera na fila de uma agência bancária não superou trinta
minutos”. Seja C: “A agência bancária não pode ser alvo de reclamação junto ao
Procon”.
A quantidade de linhas da tabela-verdade associada ao argumento P1 ∧P2 → C é

16
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igual a

A. 16.
B. 8.
C. 4.
D. 2.
E. 1.

4. FUNCAB 2014. Determine o número de linhas da tabela-verdade da proposição:


“Se trabalho e estudo matemática, então canso, mas não desisto ou não estudo ma-
temática”.

A. 16
B. 8
C. 32
D. 4
E. 64

5. CESGRANRIO 2011. Ao analisar a documentação de um sistema de informação,


um programador observa uma tabela-verdade T formada pelas proposições P,Q,R,
X e Y.

Qual o número de linhas de T?

A. 5
B. 11
C. 20
D. 32
E. 50

6. CESPE/CEBRASPE 2017.Texto CB1A5AAA – Proposição P: A empresa ale-


gou ter pago suas obrigações previdenciárias, mas não apresentou os comprovantes
de pagamento; o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo ex-empregado.

A quantidade mı́nima de linhas necessárias na tabela-verdade para representar to-


das as combinações possı́veis para os valores lógicos das proposições simples que
compõem a proposição P do texto CB1A5AAA é igual a

A. 32.
B. 4.
C. 8.
D. 16.

7. FCC 2007. Considere o argumento seguinte:

17
Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

Se o controle de tributos é eficiente e é exercida a repressão à sonegação fiscal,


então a arrecadação aumenta. Ou as penalidades aos sonegadores não são aplicadas
ou o controle de tributos é ineficiente. É exercida a repressão à sonegação fiscal.
Logo, se as penalidades aos sonegadores são aplicadas, então a arrecadação aumenta.

Se para verificar a validade desse argumento for usada uma tabela-verdade, qual
deverá ser o seu número de linhas?

A. 4
B. 8
C. 16
D. 32
E. 64

8. CESPE/CEBRASPE 2016. Texto CG1A06AAA: A Polı́cia Civil de determi-


nado municı́pio prendeu, na sexta-feira, um jovem de 22 anos de idade suspeito de
ter cometido assassinatos em série. Ele é suspeito de cortar, em três partes, o corpo
de outro jovem e de enterrar as partes em um matagal, na região interiorana do
municı́pio. Ele é suspeito também de ter cometido outros dois esquartejamentos, já
que foram encontrados vı́deos em que ele supostamente aparece executando os crimes

Assinale a opção que apresenta corretamente a quantidade de linhas da tabela ver-


dade associada à proposição “Ele é suspeito de cortar, em três partes, o corpo de
outro jovem e de enterrar as partes em um matagal, na região interiorana do mu-
nicı́pio”, presente no texto CG1A06AAA.

A. 32.
B. 2.
C. 4.
D. 8.
E. 16.

3.1.2 Gabarito da Lista 3


1. A 3. B 5. D 7. C

2. D 4. A 6. C 8. C

3.2 CONJUNÇÃO: p e q
(representação simbólica: p∧q)

Assista a explicação desta Seção: https://youtu.be/u0emmIYOwwM

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Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

A conjunção [“e”] está relacionada com a operação de interseção entre conjuntos. Os


elementos da interseção de dois ou mais conjuntos são aqueles que fazem parte de todos
os conjuntos em questão. Vide figura abaixo:

Analogamente, para que uma proposição composta que utilize o conectivo “e”seja verda-
deira, todas as proposições simples devem ser verdadeiras.

Par ilustrar o que dissemos acima, considere as proposições verdadeiras:

p: Tocantins é um estado
q: Palmas é uma cidade

Exemplo 1: Tocantins é um estado e Palmas é uma cidade

Ao utilizar a conjunção “e”, estou asseverando que as duas afirmações que transmiti acima
são verdadeiras. Como ambas, individualmente, são verdadeiras, a frase como um todo é
verdadeira.

Exemplo 2: Tocantins é um estado e Palmas é um estado

Exemplo 3: Tocantins e Palmas são cidades

Exemplo 4: Tocantins é cidade e Palmas é estado

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Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

Ao utilizar a conjunção “e”, estou asseverando que as duas afirmações que transmiti acima
são verdadeiras. Como ambas possuem pelo menos uma inverdade, a frase como um
todo é falsa.

Resumindo, para que uma proposição com o conectivo “e”seja verdadeira:

Todas as proposições simples precisam ser verdadeiras

Diante disto, podemos formar a seguinte tabela-verdade:

p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F F

Formas Equivalentes
O conectivo “e”pode aparecer implı́cito em algumas proposições, conforme os exemplos
abaixo:

• João é escritor, mas não gosta de ler;


• Maria é professora, embora não tenha graduação;
• Joana, tanto quanto Júlia, sabe costurar.

Exemplos
1. AOCP 2018 (adaptada). A proposição composta P e Q é chamada conjunção
de P com Q e é simbolizada por p ∧ q. A conjunção só é verdadeira quando ambas
são verdadeiras.

Certo
Errado

2. José chora e Valéria canta. José chora e Maria grita. Maria grita e Fernando sorri.
Ora Fernando sorri. Logo:

A) José chora e Maria grita.


B) Valéria não canta e Maria grita.

20
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C) José não chora e Valéria canta.


D) Maria não grita e José chora.

Resolução:

No enunciado temos 3 proposições compostas:

P: José chora e Valéria canta.


Q: José chora e Maria grita.
R: Maria grita e Fernando sorri.

O que sabemos: “Fernando sorri”.


O que queremos: Garantir que todas as proposições compostas sejam verdadeiras.

1o Passo: Identificar uma frase que fale de Fernando.

Maria grita e Fernando sorri

2o Passo: Garantir que esta proposição como um todo seja verdadeira.

Observe: A proposição “Fernando sorri”é verdadeira, pois o enunciado nos ga-


rante isso. Para que a proposição como um todo seja verdadeira (pois o conectivo
“e”exige isso), necessitamos que todas sejam verdadeiras, assim, devemos assumir
como verdade que “Maria grita”.

Conclusão: Maria grita

3o Passo: Identificar uma outra frase que fale de Maria.

Conclusão: José chora


4o Passo: Identificar uma outra frase que fale de José.

21
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Conclusão: Valéria canta


Somente a Alternativa A está de acordo com nossas conclusões.

3.3 DISJUNÇÃO INCLUSIVA: p ou q


(representação simbólica: p∨q)

Assista a explicação desta seção: https://youtu.be/tdJK48eQqu4

A Disjunção Inclusiva [“ou”] está relacionada à união de conjuntos. Para que um ele-
mento faça parte da união de dois ou mais conjuntos, é suficiente que ele pertença a pelo
menos um dos conjuntos.

Analogamente, para que uma proposição composta que utilize o conectivo “ou”seja ver-
dadeira, pelo menos uma de suas proposições simples precisa ser verdadeira.

Para ilustrar o que dissemos acima, considere as proposições verdadeiras:

p: Brasil é um paı́s
q: Tocantins é um estado

Exemplo 1:

Exemplo 2:

Exemplo 3:

22
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Exemplo 4:

Observe que a única proposição composta que é falsa é aquela que não possui nenhuma ver-
dade (Exemplo 4). Diferentemente das proposições com o conectivo “e”, que exigem que
todas as proposições simples sejam verdadeiras, aquelas com o conectivo “ou”satisfazem-
se com uma verdade para que a proposição composta como um todo seja verdadeira.

Resumindo: Para que proposições com o conectivo “ou”sejam verdadeiras...

A proposição deve conter pelo menos uma verdade

Assim, podemos formar a seguinte tabela-verdade:

p q p∨q
V V V
V F V
F V V
F F F

Exemplo
(ESAF 2004). Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo ou não estudo. Ora, não
velejo. Assim,

A) estudo e fumo.
B) não fumo e surfo.
C) não velejo e não fumo.
D) fumo e surfo.

Resolução:

O que sabemos: “Não velejo”.


O que queremos: Garantir que todas as proposições compostas sejam verdadeiras.

1o Passo: Procurar frase que fale sobre velejar.

Velejo ou não estudo

23
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2o Passo: Concluir algo sobre a outra proposição.

Observe que iniciamos a análise da proposição sabendo que a proposição da esquerda


(“Velejo”) é falsa, assim, somos levados a concluir que a outra proposição é verdadeira,
pois esta é a única maneira de uma proposição com o conectivo “ou”ser verdadeira: Se
ela possuir pelo menos uma proposição simples verdadeira.

Conclusão: Não estudo.

Assim, prosseguiremos de modo semelhante:

3o Passo: Procurar uma outra proposição que contenha algo relacionado com nossa pri-
meira conclusão.

Conclusão: Surfo.

4o Passo: Procurar uma outra proposição que contenha algo relacionado com nossa pri-
meira conclusão.

Conclusão: Fumo.

5o Passo: Verificar qual alternativa está de acordo com nossas conclusões:

Resposta: Letra D.

3.4 DISJUNÇÃO EXCLUSIVA: ou p ou q


(representação simbólica: pYq)

Assista a Explicação desta Seção: https://youtu.be/igtup4szDNw

A Disjunção Exclusiva [“ou ... ou”] está relacionada à diferença simétrica de conjuntos.
Para que um elemento faça parte da diferença simétrica de dois conjuntos, é necessário
que ele pertença a exatamente um dos conjuntos.

24
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Por semelhante modo, isto significa que proposições que possuam o conectivo “ou ...
ou”serão verdadeiras quando estas possuı́rem apenas uma verdade. Observe que ela é
muito semelhante ao conectivo “ou”, com excessão de que não aceita duas ou mais ver-
dades simultâneas.

Para exemplificar, consideremos as proposições abaixo, as quais se referem à Copa do


Mundo de Futebol:

Exemplo 1:

Qual o problema com a proposição acima? A resposta é que o conectivo “ou... ou”me
obriga a escolher um dos fatos acima e tomá-lo como única verdade, quando na verdade
ambos são verdadeiros. Por isso o argumento como um todo é falso.

Exemplo 2:

Exemplo 3:

As duas proposições acima são verdadeiras porque nos dão duas opções, afirmando que
uma delas é verdadeiras. E de fato é assim. Note que apenas mudamos a ordem das
proposições, contudo o sentido da frase não foi alterado.

Exemplo 4:

Resumindo: Para que proposições com o conectivo “ou ... ou”sejam verdadeiras...

25
Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

A proposição deve conter exatamente uma verdade


Assim, podemos formar a seguinte tabela-verdade:

p q pYq
V V F
V F V
F V V
F F F

Exemplos
1. AOCP 2017. No caso da proposição composta pela disjunção exclusiva das pro-
posições simples P e Q (P Y Q), temos que

A. basta que P seja verdadeira para que P Y Q também seja.


B. basta que Q seja verdadeira para que P Y Q também seja.
C. P e Q devem ser verdadeiras (simultaneamente) para que P Y Q também seja.
D. uma das proposições deve ser verdadeira e a outra falsa para que P Y Q seja verda-
deira.
E. P e Q devem ser falsas (simultaneamente) para que P Y Q seja verdadeira.
2. MS Concursos 2016. Fábio gosta muito de bicicletas e tem três: uma Mountain
Bike, uma Speed e uma Urbana. Uma é prata, a outra é preta, e a outra verde.
Sabe-se que:

I. Ou a Mountain Bike é prata, ou a Urbana é prata.


II. Ou a Mountain Bike é preta, ou a Speed é verde.
III. Ou a Urbana é verde, ou a Speed é verde.
IV. Ou a Speed é preta, ou a Urbana é preta.

Portanto, baseando-se nessas informações e sabendo que as bicicletas possuem cores


diferentes, é correto afirmar que as cores da Mountain Bike, da Speed e da Urbana
são, respectivamente:

A. Prata, verde, preta.


B. Prata, preta, verde.
C. Preta, prata, verde.
D. Verde, preta, prata.

Respostas:
1. D
2. A

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3.5 CONDICIONAL: Se p então q


(representação simbólica: p→q)

Assista a explicação desta seção: https://youtu.be/SBR2lEZrS3Q

Uma proposição com a condicional pode ser dividida em duas partes:

1. Antecedente, hipótese ou condição;

2. Consequente, tese ou conclusão.

Exemplo:

Se João estudou bastante, então ele será aprovado no concurso

Hipótese: João estudou bastante;


Tese: João será aprovado no concurso.

A Condicional [“se ... então”] está relacionada com a inclusão de conjuntos.

Observe que o conjunto P está totalmente incluso no conjunto Q. Daı́ podemos chegar a
duas conclusões úteis no estudo de lógica proposicional:

(1) Se sabemos que um elemento pertence ao conjunto P, podemos concluir com certeza
que ele pertence ao conjunto Q (Figura 1);

(2) Se sabemos que um elemento não pertence ao conjunto P, então não podemos
afirmar com base apenas nessa informação que ele esteja, ou não contido no conjunto
Q (Figura 2).

Semlhantemente, em uma proposição do tipo p→q, podemos fazer duas afirmações seme-
lhantes às apresentadas acima:

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Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

(1) Se p é uma proposição Verdadeira, consequentemente a proposição q deverá ser


Verdadeira para que a proposição composta também seja Verdadeira;

(2) Se p é uma proposição Falsa, então não podemos afirmar, apenas com base nessa
informação, qual o valor lógico da proposição q.

Para ilustrar, tomemos as seguintes proposições verdadeiras:

p: João nasceu no Piauı́


q: João é brasileiro

Exemplo 1:

Exemplo 2:

Observe que nos dois exemplos acima a hipótese é verdadeira (“João nasceu no Piauı́”),
por isso devemos considerar que a tese também seja verdadeira. Por esse motivo a pro-
posição do Exemplo 2 foi considerada falsa, pois estabelecida uma hipótese verdadeira,
ela não me levou à conclusão óbvia: “João é brasileiro”.

Exemplo 3:

Exemplo 4:

Nos dois exemplos acima nossa hipótese é falsa e este fato nos impossibilita a chegar a uma
conclusão exata sobre a nossa tese. Por isso, em ambos os casos as proposições compostas

28
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são verdadeiras, pois não podemos provar que elas são falsas.

Resumindo, para que uma proposição que tenha a condicional seja verdadeira:

Uma verdade não pode resultar numa falsidade

Assim, podemos formar a seguinte tabela-verdade:

p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V

3.5.1 Formas Equivalentas da Condicional


Nem sempre a condicional vem apresentada na forma “se p, então q”. Abaixo estão
alguams formas equivalentes:

1. Todo p é q.

2. Cada p é q.

3. Não existe p, que não seja q.

4. Se não q, então não p.

5. Se p, q.

6. p consequentemente q.

7. p, então q.

8. q se p.

9. p somente se q.

10. p implica em q.

11. p é condição suficiente para q.

12. q é condição necessária para p.

Não há necessidade de decorar toda a lista acima, mas é importante compreendê-la, de
modo que você seja capaz de identificar que trata-se de uma condicional.

29
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Exemplos:
1. FUNDATEC 2019. Uma proposição composta condicional é falsa apenas quando
a primeira proposição tiver o valor lógico verdadeiro e a segunda tiver valor lógico
falso, nas demais combinações, ela é verdadeira. Assinale a alternativa que indica
uma proposição condicional falsa.

A. Se automóveis têm 4 rodas, então motos têm 2.


B. Se o dia tem 24 horas, então uma hora tem 60 minutos
C. Se e-mail é um serviço de correio virtual, então o Google não é site de busca.
D. Se dois mais dois são cinco, então quatro vezes três é treze.
E. Se é noite no Japão, então é dia no Brasil.

Resolução: Precisamos de uma proposição onde a primeira proposição simples e a


segunda seja falsa.

Resposta: C

2. AOCP 2015 (Modificada). Se LEÃO, então VACA. Se NÃO PORCO, então


VACA. Se PORCO, então PATO. Sabe-se que NÃO PATO, então podemos afirmar
com certeza que

A. PORCO e NÃO VACA.


B. VACA e NÃO PORCO.
C. LEÃO e VACA.
D NÃO VACA.
E. NÃO LEÃO.

Resolução:
1o Passo: Identificar o que sabemos: “NÃO PATO”.
2o Passo: Julgar frase que contenha algo que sabemos:

Argumento: Como a tese (“PATO”) é Falsa, a hipótese também deve ser Falsa,
pois: Uma verdade nunca poderá implicar em uma falsidade.

Conclusão: NÃO PORCO.

3o Passo: Avaliar proposição que inclua algo relacionado à nossa conclusão acima
(“NÃO PORCO”):

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Argumento: Se a hipótese é verdadeira (“NÃO PORCO”), obrigatoriamente a


tese também deve ser.

Conclusão: VACA

4o Passo: Utilizar outra proposição que fale algo sobre “VACA”:

Argumento: A única coisa que não pode acontecer na condicional para que ela seja
verdadeira é uma verdade implicar em uma falsidade. Como a conclusão é verda-
deira, qualquer valor lógico para a tese (“LEÃO”) é aceitável, logo, esta proposição
fica inconclusa.

Resultado: Devemos rejeitar qualquer alternativa que faça uma afirmação sobre
“LEÃO”.

Resposta: Alternativa B.

3.6 BICONDICIONAL: p se, e somente se q


(representação simbólica: p↔q)

Assista a Explicação desta Seção: https://youtu.be/u9HXl21V0WA

Este operador lógico está relacionado à igualdade de conjuntos. Quando temos dois con-
juntos iguais A e B, isto significa que se determinado elemento pertence ao conjunto
A, certamente ele pertencerá ao conjunto B e que se determinado elemento pertence ao
conjunto B, certamente ele pertencerá ao conjunto A.

Analogamente, se temos duas proposição ligadas pela Bicondicional, para que elas sejam
verdadeiras:

Os valores lógicos das proposições devem ser iguais

Ou seja,

Ambas as proposições devem ser verdadeiras, ou ambas devem ser falsas

31
Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

Por que“BICONDICIONAL”?
Este conectivo é chamado de Bicondicional por possuir duas condições. Veja o exemplo
que apresentamos abaixo:

p: Ana é Flamenguista
q: Ana Torce para o Flamengo

p↔q: Ana é Flamenguista se, e somente se torce para o Flamengo

Condição 1: Ana é Flamenguista se torce para o Flamengo

Veja que o “se”está antes de “torce para o Flamengo”, logo torcer par o Flamengo é a
hipótese1

q→p
Se Ana torce par a Flamengo, então é Flamenguista

Condição 2: Ana é Flamenguista somente se torce para o Flamengo

Isto significa que a única forma de ser Flamenguista é torcendo para o Flamengo, logo:

p→q
Se Ana é Flamenguista, então torce para o Flamengo

Assim, podemos formar a seguinte tabela-verdade:

p q p→q
V V V
V F F
F V F
F F V

3.6.1 Formas Equivalentes da Bicondicional


1. p se e só se q.

2. Todo p é q e todo q é p.

3. Todo p é q, e reciprocamente.

4. Se p, então q reciprocamente.

5. p é necessário e suficiente para q.

6. q é necessário e suficiente para p.


1
Explicamos isto quando falamos das “Formas Equivalentes da Condicional”na seção anterior.

32
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7. Quando p, q e quando q, p.
8. Não existe p que não seja q e não existe q que não seja p.
9. Se p, então q e Se q, então p.

Exemplos:

1. IBFC 2017. Assinale a alternativa correta. O valor lógico do bicondicional entre


duas proposições é falso se:

A. os valores lógicos das duas proposições forem falsos


B. o valor lógico de cada uma das proposições for verdade
C. o valor lógico da primeira proposição for falso
D. o valor lógico da segunda proposição for falso
E. somente uma das proposições tiver valor lógico falso

Resposta: Letra E.

Argumento: Para ser verdadeira, a Bicondicional exige que ambas as proposições


sejam verdadeiras, ou ambas sejam falsas.

2. IDIB 2018. Determine a equivalência lógica de p ↔ q:

A) p
B) ∼q
C) ¬p → q
D) q
E) (p → q) ∧ (q → p)

Resposta: Letra E

Argumento: A Bicondicional é composta por duas condicionais: “p obrigando q”e


“q obrigando p”.

3. IBFC 2017. Um assistente judiciário deve analisar processos cada qual com exa-
tamente 150 laudas. Um processo é considerado analisado se, e somente se, um
técnico tiver lido pelo menos 135 laudas. Em outras palavras, um processo não é
considerado analisado se, e somente se:

A. no máximo 15 laudas não forem lidas


B. 15 laudas não forem lidas
C. no máximo 134 laudas forem lidas
D. no mı́nimo 15 laudas forem lidas
E. 14 laudas não forem lidas

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Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

Resolução:

Temos uma única proposição: “Um processo é considerado analisado se, e


somente se, um técnico tiver lido pelo menos 135 laudas”
Pelo enunciado temos que: “um processo não é considerado analisado”. Ou seja,
nossa proposição da “esquerda”é falsa. Se uma das proposições é falsa, a outra
também deverá ser:

Logo: não foram lidas “pelo menos 135 laudas”.


Assim: Foram lidas no máximo 134.
Resposta Letra C.

3.7 4a Lista de Exercı́cios


Resolução da Lista: https://youtu.be/8EliE2JpfjM

1. IBFC 2016. A conjunção entre duas proposições compostas é verdadeira se:

A. os valores lógicos de ambas as proposições forem falsos


B. se o valor lógico de somente uma das proposições for verdade
C. se ambas as proposições tiverem valores lógicos verdadeiros
D. se o valor lógico de somente uma das proposições for falso
E. se o valor lógico da primeira proposição for verdade e o valor lógico da segunda
proposição for falso.

2. FUNDATEC 2019. Se P é uma proposição verdadeira e Q é uma proposição falsa


então o valor lógico da proposição “P→Q” é:

A. Verdadeiro.
B. Falso.
C. Verdadeiro e falso.
D. Nem verdadeiro, nem falso.
E. Impossı́vel de saber.

3. IBGP 2019. Leia o trecho a seguir: “Será verdadeiro quando as duas declarações
conectadas forem verdadeiras, caso contrário, será falsa.” Com base no cálculo sen-
tencial, o trecho se REFERE a uma:

A. Conjunção.
B. Disjunção.
C. Condicional.
D. Bicondicional.

4. ESAF 2016. Sejam as proposições (p) e (q) onde (p) é V e (q) é F, sendo V
e F as abreviaturas de verdadeiro e falso, respectivamente. Então com relação às

34
Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

proposições compostas, a resposta correta é:

A (p) e (q) são V.


B. Se (p) então (q) é F.
C. (p) ou (q) é F.
D. (p) se e somente se (q) é V.
E. Se (q) então (p) é F.

5. IBADE 2017. Vou ao cinema ou vou à academia. Vou à igreja ou não vou ao
cinema. Vou à boate ou não vou a academia. Ora, não vou à boate, assim:

A. Vou a igreja e vou ao cinema.


B. Vou à academia e vou à igreja.
C. Vou à academia e não vou à igreja.
D. Não vou à boate e não vou à igreja.
E. Não vou a igreja e vou ao cinema.

6. A afirmação a seguir é falsa: “Se Maria é estudiosa, então ela é inteligente”. Sendo
assim, é verdadeira a afirmação:

A. Maria não é estudiosa ou não é inteligente.


B. Maria não é estudiosa ou é inteligente.
C. Maria não é estudiosa e não é inteligente.
D. Maria não é estudiosa e é inteligente.
E. Maria é estudiosa e é inteligente.

7. Quadrix 2018. Considerem-se como verdadeiras as proposições seguintes.

1) Ou Vanessa é médica, ou Luana não é secretária.


2) Se Carlos é professor, então Gabriel possui a mesma profissão que Luana.
3) Se Emilia é diretora, então Luana é secretária.
4) Se Gabriel é contador, então Vanessa não é médica.
5) Ou Carlos não é professor, ou Gabriel é nutricionista.

Sabendo-se que Carlos é professor e Luana não é secretária, é correto afirmar que

A. Emilia é diretora.
B. Vanessa é médica.
C. Gabriel é contador.
D. Luana é nutricionista.
E. Gabriel é secretário.

8. ESAF 2008. Sou amiga de Abel ou sou amiga de Oscar. Sou amiga de Nara ou
não sou amiga de Abel. Sou amiga de Clara ou não sou amiga de Oscar. Ora, não

35
Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

sou amiga de Clara. Assim,

A. não sou amiga de Nara e sou amiga de Abel.


B. não sou amiga de Clara e não sou amiga de Nara.
C. sou amiga de Nara e amiga de Abel.
D. sou amiga de Oscar e amiga de Nara.
E. sou amiga de Oscar e não sou amiga de Clara.

9. ESAF 2006. Ana possui tem três irmãs: uma gremista, uma corintiana e outra
fluminense. Uma das irmãs é loira, a outra morena, e a outra ruiva. Sabe-se que:
1) ou a gremista é loira, ou a fluminense é loira; 2) ou a gremista é morena, ou
a corintiana é ruiva; 3) ou a fluminense é ruiva, ou a corintiana é ruiva; 4) ou a
corintiana é morena, ou a fluminense é morena. Portanto, a gremista, a corintiana
e a fluminense, são, respectivamente,
A. loira, ruiva, morena.
B. ruiva, morena, loira.
C. ruiva, loira, morena.
D. loira, morena, ruiva.
E. morena, loira, ruiva.

10. IBGP 2018. Considerando como verdadeira a seguinte declaração “Todo belo-
horizontino conhece a cidade de Santa Luzia”, a alternativa que corresponde a uma
argumentação CORRETA é:

A. Ludmila conhece Santa Luzia, portanto é de BH.


B. Pedro não é de BH, portanto não conhece Santa Luzia.
C. João não conhece Santa Luzia, portanto não é de BH.
D. Vitor conhece Santa Luzia, portanto não é de BH.

11. FCC 2019. Considere que “um profissional é formado pela Faculdade X”seja uma
condição suficiente para “ele presta serviço para a empresa E”. É correto afirmar que

A. a maioria dos profissionais que trabalham para a empresa E são formados pela
Faculdade X.

B. somente os profissionais que são formados pela Faculdade X prestam serviços para
a empresa E.

C. um profissional que não é formado pela Faculdade X não presta serviço para a
empresa E.

D. qualquer profissional que presta serviço para a empresa E é formado pela Faculdade
X.

E. não existe um profissional formado pela Faculdade X e que não presta serviços para
a Empresa E.

36
Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

12. ESAF 2016. Sejam as proposições p e q onde p implica logicamente q. Diz-se de


maneira equivalente que:

A. p é condição suficiente para q.


B. q é condição suficiente para p.
C. p é condição necessária para q.
D. p é condição necessária e suficiente para q.
E. q não é condição necessária para p.

13. Pref. RJ 2016. Considere-se a seguinte proposição: “Se chove, então Mariana
não vai ao deserto”. Com base nela é logicamente correto afirmar que:

A. chover é condição necessária e suficiente para Mariana ir ao deserto


B. Mariana não ir ao deserto é condição suficiente para chover
C. Mariana ir ao deserto é condição suficiente para chover
D. não chover é condição necessária para Mariana ir ao deserto

14. ESAF 2006. Sabe-se que Beto beber é condição necessária para Carmem cantar
e condição suficiente para Denise dançar. Sabe-se, também, que Denise dançar é
condição necessária e suficiente para Ana chorar. Assim, quando Carmem canta,

A. Beto não bebe ou Ana não chora.


B. Denise dança e Beto não bebe.
C. Denise não dança ou Ana não chora.
D. nem Beto bebe nem Denise dança.
E. Beto bebe e Ana chora.

3.8 Gabarito da Lista 4


1. C 4. B 7. D 10. C 13. D
2. B 5. A 8. C 11. E
3. A 6. A 9. A 12. A 14. E

3.9 Resolução por Tabela-Verdade


Assista a Explicação: https://youtu.be/qdFGCIc2jS0

Quando uma proposição composta possui mais de uma operação, a maneira mais prática
de resolução se dá pela construção da sua tabela-verdade. Nesta seção vamos aprender
como fazer tal processo seguindo os passos apropriados para isto.

37
Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

3.9.1 Precedência dos Conectivos


Quando nos deparamos com uma proposição composta por mais de um conectivos, de-
vemos saber qual operação devemos efetuar primeiro. Daı́ a ideia de “precedência”ou de
“prioridade”. Abaixo está a ordem de precedência:

1. (); {}

2. ∼

3. ∧, ∨, Y (na ordem em que aparecem)

4. →

5. ↔

Exemplo
INSTITUTO CIDADES 2016. Marque a alternativa incorreta sobre a precedência
dos conectivos lógicos.

A. A negação tem precedência sobre a conjunção.


B. A bicondicional tem precedência sobre a condicional.
C. A disjunção tem precedência sobre a condicional.
D. A negação tem precedência sobre a disjunção.

Resposta: Letra B.

3.9.2 Montagem de Tabelas-Verdade


Muitos exercı́cios requerem a montagem da tabela-verdade de determinada proposição.
Aqui veremos alguns exemplos de resolução:

Exemplos: Construa a tabela-verdade de cada uma das proposições abaixo:

1. ¬p ∨ q

2. (p → q) ∧ r

3. p → q ∧ r (Sabendo que p e r são V e que q é F)

Resolução:

1. ¬p ∨ q

p q ¬p ¬p ∨ q
V V F V
V F F F
F V V V
F F V V

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2. (p → q) ∧ r

p q r p→q (p → q) ∧ r
V V V V V
V V F V F
V F V F F
V F F F F
F V V V V
F V F V F
F F V V V
F F F V F

3. p → q ∧ r (Sabendo que p e r são V e que q é F)

p q r q∧r p→q∧r
V F V F F

3.10 5a Lista de Exercı́cios


Resolução da Lista: https://youtu.be/TFUCZktk9DI

1. FUNDATEC 2019. Observe a seguinte tabela-verdade:

P Q P∧Q (P∧Q) ↔ P
Verdadeiro Verdadeiro Verdadeiro Verdadeiro
Verdadeiro Falso Falso Falso
Falso Verdadeiro Falso (1)
Falso Falso Falso (2)

Os valores lógicos que preenchem corretamente as sentenças (1) e (2) são, respecti-
vamente:
A. Falso, Falso.
B. Verdadeiro, Verdadeiro.
C. Verdadeiro, Falso.
D. Falso, Verdadeiro.
E. Impossı́vel de saber, nas duas sentenças.

2. FUNDATEC 2019. Se P e Q são proposições simples verdadeiras, então o valor


lógico de (P ∨ Q)→ ¬P será:

A. Verdadeiro.
B. Duvidoso.
C. Falso.
D. Incerto.
E. Impossı́vel de saber.

39
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3. FUNDATEC 2018. Considere a proposição simples P verdadeira e a proposição


simples Q falsa então deduzimos que a proposição composta falsa é:

A. (P ∨ Q)
B. (P ∨ ∼ Q)
C. (∼ P ∨ Q)
D. (∼P ∨ ∼Q)
E. ( ∼Q ∨(P ∨ Q)

4. Pref. RJ 2013. Uma linha de uma tabela-verdade é apresentada a seguir, com


alguns valores lógicos V (verdadeiro) ou F (falso) substituı́dos pelas letras x, y ou z.

P Q R P↔Q (P↔Q)∨R
F x y z F

Os valores lógicos que substituem corretamente as letras x, y e z, respectivamente,


são:

A. V, F e V
B. F, F e F
C. V, V e F
D. V, F e F
E. F, V e V

5. IDIB 2018. Marque a alternativa que não representa uma equivalência lógica
onde V é verdade e F é falso.

A. p ∧ V ≡ p
B. p ∨ F ≡ p
C. p ∨ q ≡ p ∧ q
D. ¬(¬p) ≡ p
E. p ≡ q

6. Pref. RJ 2013. Observe a tabela-verdade incompleta a seguir.

P Q R ∼R ∼R→P p∧q (∼ R → P ) ↔ (P ∧ Q)
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

40
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Se a tabela for corretamente completada, a quantidade de valores lógicos V (verda-


deiro) encontrados nas três últimas colunas da direita corresponderá a:

A. 10
B. 11
C. 12
D. 13
E. 14

3.11 Gabarito da Lista 5


1. B 3. C 5. C

2. C 4. D 6. C

41
Capı́tulo 4

Tautologia, Contradição e
Contingência

Explicação do Conteúdo: https://youtu.be/W3cOXK759VU

Após montar a tabela-verdade de uma proposição, podemos considerá-la como uma: Tau-
tologia, Contradição, ou uma Contingência.

4.1 Tautologia
Tautologia é toda proposição que sempre será verdadeira, independente dos valores lógicos
das proposições que a compõem.

Exemplo: p ∨ ∼ p

p ∼p p∨ ∼p
V F V
F V V

4.2 Contradição
Contradição é toda proposição que sempre será falsa, independente dos valores lógicos
das proposições que a compõem.

Por exemplo: p ∧ ∼ p

p ∼p p∧ ∼p
V F F
F V F

4.3 Contingência
Contingência é toda proposição composta que não é uma tautologia, tampouco umacon-
tradição. Sua tabela-verdade possui pelo menos uma verdade e pelo menos uma mentira.

42
Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

Exemplo: p ∧ q

p p p∧ q
V V V
V F F
F V F
F F F

Exercı́cio
Considere as proposições abaixo e classifique-as como Tautologia, Contratidão ou
Contingência:

1. (p→q)∧(p∧ ∼q)
2. p ∨ ∼ (p∧q)
3. (p∧q↔p)

Resolução:

1. (p→q)∧(p∧ ∼q)

p q ∼q p→q (p∧ ∼q) (p→q)∧(p∧ ∼q)

2. p ∨ ∼ (p∧q)

p q p∧q ∼(p∧q) p ∨ ∼ (p∧q)

3. (p∧q↔p)

p q p∧q p∧q↔p

Respostas:

1. Contradição

43
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2. Tautologia

3. Contingência

44
Capı́tulo 5

Equivalência e Negação

5.1 Equivalência Lógica


Assista a Explicação: https://youtu.be/s5YQOWRHDXw

Uma proposição composta R é logicamente equivalente a uma proposição composta S


quando ambas possuem a mesma valoração lógica em suas tabelas-verdade.

Vamos exemplificar com as seguintes proposições simples:

p: João é pedreiro.
q: José é pedreiro.

Consideremos duas proposições compostas que incluam as proposições simples acima:

∼ (p ∧ q) - Não é verdade que João e José são pedreiros


∼ p∨ ∼ q - João não é pedreiro ou José não é pedreiro

Vamos montar as tabelas-verdade de ambas as proposições, nas quais temos todas as


combinações possı́veis para os valores das proposições simples:

p q p∧q ∼ (p ∧ q) p q ∼p ∼q ∼ p∨ ∼ q
V V V F V V F F F
V F F V V F F V V
F V F V F V V F V
F F F V F F V V V

Observe que independentemente da combinação dos valores lógicos das proposições sim-
ples, em ambos os casos obtemos a mesma tabela-verdade no fim de todas as operações
lógicas. Assim, podemos afirmar que as duas proposições compostas (P e Q) são equiva-
lentes.

45
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Regras de Equivalência Lógica


Há uma infinidade de equivalências lógicas, o que torna muito difı́cil decorar todas elas.
Por isso, vamos nos concentrar nas duas principais delas, as quais são as que habitualmente
encontramos em questões de concurso público. As duas regras às quais nos referimos estão
relacionadas à condicional (“Se, então”).

Regra 1: Nega tudo, inverte


Regra 2: Nega “ou”mantém

Exemplo: Encontre duas proposições equivalentes à proposição abaixo:

Se Ana é paraibana, então ela é brasileira

Pela Regra 1: “Se Ana não é brasileira, então não é paraibana”

Pela Regra 2: “Ana não é paraibana ou ela é brasileira”

Observação: É possı́vel que haja uma questão cuja proposição utilize o conectivo “ou”.
Nesse caso, basta fazer o processo inverso da Regra 2: (1) Utilizar a condicional; (2)
Negar a primeira proposição e (3) manter a segunda.

Exemplo: Escreva uma proposição equivalente à proposição “Carlos gosta de futebol ou


de artes marciais.

Resposta: “Se Carlos não gosta de futebol, então gosta de artes marciais”.

Exemplos:
1. FGV 2010. Considere a sentença: “Se tenho saúde então sou feliz”. Uma sentença
logicamente equivalente à sentença dada é:

A. Se não tenho saúde então não sou feliz.


B. Se sou feliz então tenho saúde.
C. Tenho saúde e não sou feliz.
D. Tenho saúde e sou feliz.
E. Não tenho saúde ou sou feliz.

Resposta: E (Regra 2).

2. FCC 2016. Do ponto de vista da lógica, a proposição “se tem OAB, então é ad-
vogado” é equivalente à

(A) tem OAB ou é advogado.


(B) se não tem OAB, então não é advogado.
(C) se não é advogado, então não tem OAB.
(D) é advogado e não tem OAB.

46
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(E) se é advogado, então tem OAB.

Resposta: C (Regra 1).

3. Quadrix 2017. A afirmação “Maria é médica ou João é professor” tem como sen-
tença logicamente equivalente:

(A) Se João é professor, então Maria é médica.


(B) Se Maria é médica, então João é professor.
(C) Se Maria não é médica, então João é professor.
(D) Não é verdade que Maria é médica, então João é professor.
(E) Não é verdade que João é professor, então Maria é médica.

Resposta: C (Inverso da Regra 2).

5.2 Negação de Proposições


Assista a Explicação: https://youtu.be/qpTE62_pKIg

Enquanto na equivalência de proposições encontramos proposições cujas valorações finais


são idênticas, na negação encontramos valores contrários aos originais.

A forma mais simples de negar uma proposição composta é dizer: “não é verdade que...”:

• ∼(p∧q): “Não é verdade que p e q”


• ∼(p∨q): “Não é verdade que p ou q”
• etc.

É importante estar ciente disso, embora não seja comum encontrar alternativas apresen-
tadas dessa maneira.

Também é importante dizer que há diversas formas possı́veis de se chegar à negação de uma
mesma proposição, sendo que algumas delas são bem complexas. Abaixo apresentaremos
as mais simples delas e que são as mais utilizadas em questões de prova.

5.2.1 Negação da Conjunção


∼(p∧q) ≡ ∼p∨ ∼q - não p ou não q

p q p∧q ∼p∨ ∼q
V V V F
V F F V
F V F V
F F F V

47
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Exemplo:
Afirmação: João é professor e Maria é pediatra
Negação: João não é professor ou Maria não é pediatra

5.2.2 Negação da Disjunção Inclusiva


∼(p∨q) ≡ ∼p∧ ∼q - “Não p e não q”

p q p∨q ∼p∧ ∼q
V V V F
V F V F
F V V F
F F F V

Exemplo:
Afirmação: João é professor ou Maria é pediatra
Negação: João não é professor e Maria não é pediatra

5.2.3 Negação da Disjunção Exclusiva


Para este conectivo temos três negações dignas de menção, sendo que a primeira delas é
a mais comum:

∼(pYq) ≡ p↔q ≡ ∼pYq ≡ pY ∼q

Negação 1: p↔q - “p se e somente se q”


Negação 2: ∼pYq - “ou não p ou q”
Negação 3: pY ∼q - “ou p ou não q”

Veja que nas negações 2 e 3 o conectivo é mantido e é feita a negação de apenas uma das
proposições simples.

p q pYq p↔q ∼pYq pY ∼q


V V F V V V
V F V F F F
F V V F F F
F F F V V V

Exemplo:
Afirmação: Ou João trabalha ou André corre
Negação 1: João trabalha se e somente André corre
Negação 2: Ou João não trabalha ou André corre
Negação 3: Ou João trabalha ou André não corre

48
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5.2.4 Negação da Condicional


∼(p→q) ≡ p∧ ∼q - “p e não q”

p q p→q p∧ ∼q
V V V F
V F F V
F V V F
F F V F

Exemplo:
Afirmação: Se João nasceu em São Paulo, então é brasileiro
Negação: João nasceu em São Paulo e não é brasileiro

5.2.5 Negação da Bicondicional


Assim como a Disjunção Exclusiva, a Bicondicional tem três negações dignas de ser men-
cionadas:

∼(p↔q) ≡ pYq ≡ ∼p↔q ≡ p↔∼q

Negação 1: “ou p ou q”
Negação 2: “não p se e somente se q”
Negação 3: “p se e somente se não q”

p q p↔q pYq ∼p↔q p↔∼q


V V V F F F
V F F V V V
F V F V V V
F F V F F F

Exemplo:
Afirmação: João será aprovado se e somente se estudar
Negação 1: Ou João estuda, ou João é aprovado
Negação 2: João não será aprovado se e somente se estudar
Negação 3: João será aprovado se e somente se não estudar

5.2.6 Orientações para Memorização


Uma maneira bastante útil para auxiliar na memorização da negação se dá por meio da
associação entre os conectivos cujas negações são parecidas.

1. Conjunção e Disjunção Inclusiva (“e”e “ou”)

49
Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

∼(p∧q) ≡ ∼p∨ ∼q
∼(p∨q) ≡ ∼p∧ ∼q

Observe que o “e”converte-se em “ou”e vice e versa (negando todas as proposições sim-
ples).
2. Condicional (“se então”)

∼(p→q) ≡ p∧ ∼q

Observe que a negação é semelhante à da disjunção inclusiva (“ou”). A única diferenta


consiste na negação que ocorre apenas na segunda proposição simples.

3. Disjunção Exclusiva e Bicondicional (“ou ou”e “se e somente se”)

∼(p↔q) ≡ pYq
∼(pYq) ≡ p↔q

Observe que a negação é exatamente o inverso: A Disjunção Exclusiva vira Bicondicional


e vice-versa, sem a negação das proposições simples.

Também, em ambos os casos, podemos manter o conectivo negando somente uma pro-
posição simples:

∼(pYq) ≡ ∼pYq ∼(p↔q) ≡ ∼p↔q


∼(pYq) ≡ pY ∼q ∼(p↔q) ≡ p↔∼q

5.3 6a Lista de Exercı́cios


Resolução da Lista: https://youtu.be/7HSkGwDHAzY

1. FCC 2016. A proposição “se tem mais de 10 anos de experiência, então está ha-
bilitado para o cargo de gerência” é equivalente, do ponto de vista da lógica, a

A. se não está habilitado para o cargo de gerência, então não tem mais de 10 anos
de experiência.
B. se não tem mais de 10 anos de experiência, então não está habilitado para o
cargo de gerência.
C. tem mais de 10 anos de experiência e não está habilitado para o cargo de
gerência.
D. está habilitado para o cargo de gerência e não tem mais de 10 anos de ex-
periência.
E. ou tem mais de 10 anos ou está habilitado para o cargo de gerência.

50
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2. FCC 2017. Uma afirmação que corresponda à negação lógica da afirmação “Pedro
distribuiu amor e Pedro colheu felicidade” é:

(A) Pedro não distribuiu amor ou Pedro não colheu felicidade.


(B) Pedro distribuiu ódio e Pedro colheu infelicidade.
(C) Pedro não distribuiu amor e Pedro não colheu felicidade.
(D) Se Pedro colheu felicidade, então Pedro distribuiu amor.
(E) Pedro não distribuiu ódio e Pedro não colheu infelicidade.

3. FUNDATEC 2019. A negação da proposição “Sou estudioso e passo no concurso


público em Tapejara” é:

A. Não sou estudioso ou não passo no concurso público em Tapejara.


B. Não sou estudioso e não passo no concurso público em Tapejara.
C. Se sou estudioso, então passo no concurso público em Tapejara.
D. Não passo no concurso público em Tapejara.
E. Não sou estudioso.

4. FUNDATEC 2019. A negação da proposição composta “José é velocista ou Marta


não é enfermeira” é:

A. José é velocista e Marta é enfermeira.


B. José é enfermeiro e Marta é velocista.
C. José não é velocista e Marta é enfermeira.
D. José não é velocista ou Marta é enfermeira.
E. José não é enfermeiro se Marta é velocista.

5. VUNESP 2017. Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é
pobre” é:

(A) Se João é rico, então Maria é pobre.


(B) João não é rico, e Maria não é pobre.
(C) João é rico, e Maria não é pobre.
(D) Se João não é rico, então Maria não é pobre.
(E) João não é rico, ou Maria não é pobre.

6. IBFC 2016. De acordo com a lógica proposicional, a frase que é equivalente a: “Se
Marcos estudou, então foi aprovado” é:

(A) Marcos não estudou e foi aprovado.


(B) Marcos não estudou e não foi aprovado.
(C) Marcos estudou ou não foi aprovado.
(D) Marcos estudou se, e somente se, foi aprovado.
(E) Marcos não estudou ou foi aprovado.

51
Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

7. FUNCAB – 2016 – ANS. A negação de afirmação condicional “Se o beneficiário


estiver acima do peso, ele é sedentário” é:

(A) o beneficiário não está acima do peso e ele é sedentário.


(B) se o beneficiário não estiver acima do peso, ele é sedentário.
(C) o beneficiário não está acima do peso e ele não é sedentário.
(D) o beneficiário está acima do peso e ele não é sedentário.
(E) se o beneficiário estiver acima do peso, ele não é sedentário.

8. AOCP 2019. Considere as proposições:

p: Compro um computador.
q: Compro um tablet.

Dessa forma, como a sentença ∼ ( p ∨ q ) pode ser escrita?

A. Somente compro um tablet se compro um computador.


B. Se compro um computador, então não compro um tablet.
C. Compro um computador e um tablet.
D. Não compro um computador e não compro um tablet.
E. Se não compro um tablet, então compro um computador

9. FGV 2017. Considere a afirmativa: “Tereza comprou pão e leite”. Se a afirmativa


acima é falsa, conclui-se logicamente que Tereza:

(A) não comprou pão nem leite.


(B) comprou pão, mas não comprou leite.
(C) comprou leite, mas não comprou pão.
(D) comprou pão ou comprou leite.
(E) não comprou pão ou não comprou leite.

10. CESPE 2016 (Adaptada). Considere as seguinte proposição para responder a


questão.

P: Se há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo delito, então há punição


de criminosos.

Assinale a opção que apresenta uma negação correta da proposição P.

(A) Se não há punição de criminosos, então não há investigação ou o suspeito não
é flagrado cometendo delito.
(B) Há punição de criminosos, mas não há investigação nem o suspeito é flagrado
cometendo delito.

52
Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

(C) Há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo delito, mas não há punição
de criminosos.
(D) Se não há investigação ou o suspeito não é flagrado cometendo delito, então
não há punição de criminosos.
(E) Se não há investigação e o suspeito não é flagrado cometendo delito, então não
há punição de criminosos.

11. IBFC 2017. Considere a seguinte implicação lógica: “Se é terça ou quarta, então
trabalho e não vou ao cinema”. Essa implicação é equivalente a:

(A) Se vou ao cinema e não trabalho, então não é terça, nem quarta.
(B) Se é terça ou não vou ao cinema, então trabalho ou é quarta.
(C) Se trabalho e não é terça, então vou ao cinema ou é quarta.
(D) Se vou ao cinema ou não trabalho, então não é terça, nem quarta.
(E) Se não trabalho ou não vou ao cinema, então não é terça, mas quarta.

12. FUNCAB 2016. Dizer que “Alexandre foi aos Lençóis Maranhenses, se e somente
se, fez sol” é logicamente equivalente dizer que:

(A) Não fez sol, se e somente se, Alexandre foi aos Lençóis Maranhenses.
(B) Se Alexandre foi aos Lençóis Maranhenses, então fez sol.
(C) Ou Alexandre foi aos Lençóis Maranhenses ou fez sol.
(D) Fez sol, se e somente se, Alexandre foi aos Lençóis Maranhenses.
(E) Se Alexandre foi aos Lençóis Maranhenses, então não fez sol.

5.4 Gabarito da Lista 6


1. A 4. C 7. D 10. C

2. A 5. B 8. D 11. D

3. A 6. E 9. E 12. D

53
Capı́tulo 6

Lógica de Primeira Ordem

Explicação do Conteúdo: https://youtu.be/mOhJ9YHwvRE

6.1 Quantificadores
Denomina-se Quantificador qualquer termo ou sı́mbolo que expresse quantidade. Exis-
tem dois quantificadores lógicos:

• Quantificador Universal - É aquele que universaliza algo, isto é, generaliza determi-
nada afirmação.
• Quantificador Existencial - É aquele que afirma a existência de pelo menos caso
especı́fico.

Para exemplificar, tomemos como exemplo a sentença abaixo:

• Todo professor é dedicado (Quantificador Universal)


• Existe um professor dedicado (Quantificador Existencial).

6.1.1 Representação dos Quantificadores


Para representar o quantificador universal utilizamos o sı́mbolo ∀ (para todo) e o sı́mbolo
∃ (existe) para o quantificador existencial.

Quantificador Universal

1. Representação: ∀ x P(x)
2. Significado: Todo Professor é dedicado.
Quantificador Existencial

1. Representação: ∃ x P(x)
2. Significado: Existe um Professor dedicado (ou, Existem professores dedicados).
OBSERVAÇÃO: O quantificador existencial não limita o número de indivı́duos que se
encaixam na descrição em questão. Se quisermos ser mais especı́ficos, devemos acrescentar
um ponto de exclamação (!).

54
Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

1. Representação: ∃! x P(x)

2. Significado: Existe um único professor dedicado.

6.1.2 Expressões Equivalentes


Há diversas formas de expressar um mesmo quantificador, por isso não devemos tentar
decorar todas elas, mas entender o conceito de cada uma. Tendo isso em mente, considere
algumas formas equivalentes abaixo.

Afirmação: Todo professor é dedicado

Algumas Formas equivalentes:

1. Qualquer professor é dedicado

2. Se é professor, então é dedicado

3. Não há professor que não seja dedicado

Afirmação: Existe professor dedicado

Algumas Formas equivalentes:

1. Existe um professor dedicado

2. Existe pelo menos um professor dedicado

3. Existem professores dedicados

4. Há professores dedicados

6.1.3 Negação dos Quantificadores


Para negar uma afirmação que contenham um quantificador lógico, devemos trocar o
quantificador e negar a afirmação.

Exemplos:

P(x): brasileiro gosta de futebol

Afirmação −→ ∀ x P(x): Todo brasileiro gosta de futebol


Negação −→ ∃ x ¬P(x): Existe um brasileiro que não gosta de futebol

Afirmação −→ ∃ x P(x): Alguns brasileiros gostam de futebol


Negação −→ ∀ x ¬P(x): Nenhum brasileiro gosta de futebol

55
Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

6.1.4 Diagramas Lógicos


Podemos representar as relações estabelecidas pelos diagramas lógicos por meio do Dia-
grama de Venn.

6.2 7a Lista de Exercı́cios


Resolução da Lista: https://youtu.be/q9Ir4B10NHo

1. FUNDATEC 2019. A alternativa que apresenta uma sentença aberta com o quan-
tificador universal é:

A. Algum dos municı́pios da região sul do Brasil tem fiscal ambiental.


B. Pelo menos um dos municı́pios da região sul do Brasil faz auditoria das notas
fiscais.
C. Existe dentista no posto de saúde do municı́pio de Gramado.
D. Alguns advogados do municı́pio de Gramado fazem auditoria fiscal.
E. Qualquer engenheiro de segurança do trabalho pode participar da auditoria.

2. FUNDATEC 2019. A alternativa que apresenta uma sentença aberta com o quan-
tificador existencial é:

A. Todos os estabelecimentos comerciais do municı́pio de Gramado têm plano de


prevenção de incêndio.
B. O cinema Palácio dos Festivais tem plano de prevenção de incêndio.
C. Algum dos restaurantes do municı́pio de Gramado tem plano de prevenção de
incêndio.
D. Qualquer hotel do municı́pio de Gramado tem plano de prevenção de incêndio.
E. O centro de eventos do municı́pio de Gramado tem plano de prevenção de
incêndio.

56
Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

3. IF-BA 2019. Assumindo que as premissas dos argumentos a seguir são verdadei-
ras, analise os itens quanto à sua validade ou não:

I. Toda criança é estudante. Existe estudante que joga futebol. Logo, toda criança
joga futebol.

II. Se Bruna é professora, então Bruna não pratica esportes. Bruna pratica esporte.
Logo, Bruna não é professora.

III. Todo jornalista apresenta um telejornal a noite. André é um jornalista. Portanto,


André apresenta um telejornal a noite.

Quanto a validade ou não dos argumentos, é correto afirmar que

A. o argumento I é válido.
B. o argumento II é não válido.
C. o argumento III é não válido.
D. o argumento I é não válido e o argumento II é válido.
E. o argumento II é não válido e o argumento III é válido.

4. FADESP 2019. Considere os argumentos a seguir.

I- Todos os peritos criminais receberão uma gratificação. Logo, alguns peritos crimi-
nais não receberão gratificação.

II- Médicos legistas estudaram na UFPA ou na UEPA. Ana é médica legista e não
estudou na UFPA. Logo, Ana estudou na UEPA.

III- Alguns peritos são engenheiros. Alguns engenheiros estudaram na UFPA. Logo,
todos os peritos estudaram na UFPA.
Após a análise das argumentações, pode-se concluir que

A. apenas o argumento III é válido.


B. apenas o argumento II é válido.
C. os argumentos I e II não são válidos.
D. os argumentos II e III são válidos.
E. os argumentos I e II são válidos.
Resposta B.

5. COPEVE-IFAL 2017. Considerando que os sı́mbolos ¬, ∧, ∨, ∀ e ∃ representam


negação, conjunção, disjunção, quantificador universal e quantificador existencial,
respectivamente, e dado o conjunto de premissas ∀ x (¬P(x) ∧ Q(x)), qual in-
formação abaixo pode ser inferida?

A. ∀ x (P(x) ∧ Q(x))
B. ∃ x (P(x) ∧ Q(x))

57
Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

C. ∀ x P(x)
D. ∀ x Q(x)
E. ∃ x P(x)

6. VUNESP 2018. Em determinado local, algum artista é funcionário público e to-


dos os artistas são felizes. Sendo assim, é correto afirmar que

A. algum artista é feliz.


B. algum artista que não é funcionário público não é feliz.
C. algum artista funcionário público não é feliz.
D. todo artista feliz é funcionário público.
E. todo artista funcionário público não é feliz.

7. VUNESP 2018. Todo candidato bem preparado faz uma boa prova. Alguns can-
didatos que fazem boa prova são aprovados no concurso.

A partir dessas afirmações, é correto concluir que

A. alguns candidatos não bem preparados fazem uma boa prova.


B. qualquer candidato bem preparado é aprovado no concurso.
C. há candidato aprovado no concurso que fez uma boa prova.
D. alguns candidatos não bem preparados são aprovados no concurso.
E. alguns candidatos bem preparados não fazem uma boa prova.

8. CONSULPLAN 2010. Numa determinada escola de idiomas, todos os alunos


estudam alemão ou italiano. Sabe-se que aqueles que estudam inglês estudam es-
panhol e os que estudam alemão não estudam nem inglês nem espanhol, conforme
indicado no diagrama a seguir.

Pode-se concluir que:

A. Todos os alunos que estudam espanhol estudam inglês.


B. Todos os alunos que estudam italiano estudam inglês.
C. Alguns alunos que estudam espanhol não estudam italiano.
D. Alguns alunos que estudam italiano não estudam inglês.
E. Alguns alunos que estudam alemão estudam italiano.

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Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

9. IDIB 2020. Observe o seguinte diagrama de conjuntos:

De acordo com o diagrama, é correto afirmar que

A) todo A é B.
B) não há C que seja A e B.
C) há C que seja B.
D) nenhum C é A.

10. IDIB 2018. Dê a negação de:

∃x ∈ R, x3 = x + 2

A) ∀x ∈ R, x3 6= x + 2
B) ∃x ∈ R, x3 6= x + 2
C) ∀x ∈ R, ¬x3 6= x + 2
D) ∃x ∈ R, x3 = x + 2
E) ∃x ∈ R, x3 = x − 2

11. AOCP 2014. A negação de “Todos os gatos são pretos” é

A. “Pelo menos um gato é preto”.


B. “Nenhum gato é preto”.
C. “Existem gatos pretos”.
D. “Existem gatos que não são pretos”.
E. “Apenas um gato é preto”.

12. Pref. RJ 2013. A negação de “toda segunda-feira é um dia triste ou chuvoso” é:

A. toda segunda-feira é um dia triste e chuvoso.


B. nenhuma segunda-feira é dia triste ou chuvoso.
C. alguma segunda-feira não é dia triste nem chuvoso.
D. nenhuma segunda-feira é dia triste nem chuvoso.
E. alguma segunda-feira não é dia triste ou não é dia chuvoso.

6.3 Gabarito da Lista 7

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Lógica Proposicional Prof. Thiago Carvalho Sousa

1. E 4. B 7. C 10. A

2. C 5. D 8. D 11. D

3. D 6. A 9. C 12. C

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