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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL
GSI/PR
2018-2023
GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 5
METODOLOGIA .................................................................................................... 13
CADEIA DE VALOR................................................................................................. 20
GLOSSÁRIO .......................................................................................................... 58
A organização do novo GSI surge orientada para atender aos interesses nacionais e com estrutura
vocacionada para cumprir a missão de trabalhar para a garantia da segurança do Estado Brasileiro.
Nesse contexto, emerge o desafio de alinhar seu Planejamento Estratégico, com o intuito de
direcionar o GSI ao atingimento de novos objetivos, adequando necessidades, direcionando ações e
apontando para o futuro almejado.
Este planejamento não se encerra com sua publicação. O desafio maior ainda está por vir! A
implantação da Gestão Estratégica irá requerer trabalho sinérgico, no sentido de cumprir as etapas
referentes ao processo, alterar formas de trabalho e, principalmente, desenvolver a mentalidade de
medir o trabalho desenvolvido. É uma nova fase do Gabinete de Segurança Institucional, repaginado,
e que se alinha às modernas ferramentas de gestão, sem desprezar as experiências dos que
escreveram a história, mas enxergando novos e profícuos horizontes em proveito de um Brasil melhor.
Dois anos mais tarde, o Presidente Itamar Franco recriou o cargo de Ministro de Estado e, no
mesmo ano, transformou o Gabinete em Casa Militar, situação que perdurou até 1998. No ano
seguinte, o Presidente Fernando Henrique Cardoso transformou a Casa Militar em Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da República. Em 2015, o GSI retornou à situação de Casa
Militar, sendo também extinto o cargo de Ministro de Estado.
Com a assunção do Presidente Michel Temer, a medida provisória nº 726, de 12 de maio de 2016,
posteriormente convertida na Lei nº 13.341/2016, extinguiu a Casa Militar e recriou o GSI, que teve
nova Estrutura Regimental aprovada pelo Decreto nº 9.031, em 12 de abril de 2017. Novamente, um
Ministro de Estado passou a comandar a pasta.
Para isso, o novo GSI atua nos três eixos apontados pela Estratégia Nacional de Defesa, por meio
do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro; da segurança da informação e das
comunicações; e da segurança dos assuntos aeroespaciais brasileiros.
Os desafios que a realidade atual impõe aos antigos modelos, de consolidação da democracia e de
amplo respeito às instituições, colocam neste Gabinete a responsabilidade de contribuir para a
estabilidade e a harmonia institucionais, agindo como órgão de Estado na garantia da ordem e do
progresso do País.
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INTRODUÇÃO
Ministro de Estado
Gabinete do
Assessoria Especial Ministro de Estado
Secretaria-Executiva
De acordo com o disposto no Decreto nº 9.031, de 12 de abril de 2017, são competências do GSI:
I - assessorar direta e imediatamente o Presidente da República no desempenho de suas atribuições;
II - analisar e acompanhar questões com potencial de risco à estabilidade institucional;
III - prevenir a ocorrência e articular o gerenciamento de crises em caso de grave e iminente ameaça à
estabilidade institucional;
IV - coordenar as atividades:
a) de inteligência federal; e
b) de segurança da informação e das comunicações;
V - realizar o assessoramento pessoal em assuntos militares e de segurança;
VI - planejar e coordenar viagens presidenciais no País e no exterior, em articulação com o Ministério
das Relações Exteriores;
VII - zelar, assegurado o exercício do poder de polícia, pela:
a) segurança pessoal do Presidente da República, do Vice-Presidente da República, e de seus
familiares, e, quando determinado pelo Presidente da República, dos titulares dos órgãos essenciais
da Presidência da República e de outras autoridades ou personalidades; e
b) segurança dos palácios presidenciais e das residências do Presidente da República e do Vice-
Presidente da República;
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INTRODUÇÃO
A Missão de uma organização é a sua finalidade, sua razão de ser. O critério de sucesso definitivo
para uma organização é o desempenho no cumprimento da missão. É essencial que se procure
clarificar, definir, expressar formalmente qual é a missão da organização, ou seja, delimitar as funções
que se deve desempenhar, as necessidades que se deve atender, buscando justificar a sua razão de
existência.
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VISÃO DE FUTURO
A Visão indica o que a organização gostaria de se tornar e como gostaria de ser reconhecida pelas
partes interessadas ou atores com os quais se relaciona.
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VALORES
Para a obtenção dos dados que compõem a Cadeia de Valor, foi utilizado o “Quadro de Modelo de
Negócios” (Business Model Canvas), ferramenta de gerenciamento estratégico que permite
desenvolver e esboçar modelos de negócios novos ou existentes.
Cadeia de Valor
Macroprocesso
Tarefas Tarefas
Processo
Processo de
Trabalho
MISSÃO VISÃO
Trabalhar para a garantia da Segurança do
Ser imprescindível para o Estado Brasileiro
Estado Brasileiro
Missão
Trabalhar para a garantia da Segurança do Estado Brasileiro
Macroprocessos Finalísticos
Presidência da
Macroprocessos Gerenciais
Planejar a gestão de Gerenciar seleção de Desenvolver Planejar a gestão de Gerenciar armazenamento e Subsidiar a defesa da
desempenho de logística contratações destruição de segurança jurídica e
pessoas pessoas pessoas organização
pessoas material soluções de litígio
Controlar a Gerenciar
Prover a qualidade Monitorar a gestão Administrar serviços Monitorar a gestão legalidade dos atos representação
de vida Administrar pessoas de pessoas gerais de logística administrativos judicial
Planejar a gestão Gerenciar a Contribuir para a Prover a proteção Coordenar eventos, Monitorar a gestão
da segurança de segurança da cerimonial e da segurança de
instituições de informação e salvaguarda da da Presidência da viagens instituições de
Estado comunicações soberania República presidenciais Estado
Administrar o
CADEIA DE VALOR INTEGRADA
A “Gestão de Patrimônio” consiste na gestão integrada dos recursos patrimoniais do órgão a fim
de prover as necessidades para seu funcionamento. Envolve a locação de imóveis de terceiros, o
gerenciamento dos imóveis funcionais e o planejamento e execução da manutenção predial.
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MACROPROCESSOS DE APOIO
Os Objetivos Estratégicos definem o rumo que a instituição deve seguir. Cada um dos Objetivos
Estratégicos estabelecidos para cada Perspectiva precisa ter seu andamento medido de alguma forma.
Para isso utilizam-se os Indicadores.
Prover a Segurança das Instituições de instrumentos que permitam tratar a segurança como
premissa, desenvolvendo competências humanas, tecnológicas e processuais efetivas que
contribuam para o desenvolvimento da maturidade em Segurança Institucional.
Fortalecer a credibilidade das Instituições de Estado de modo que elas sejam reconhecidas, junto
à sociedade, pela garantia da soberania, pela salvaguarda dos interesses nacionais e pela segurança
do Estado, preservando o Estado democrático de direito.
Capacitar o Estado, mediante regime próprio, a assegurar o Pacto Federativo e o Pacto Social,
além de manter o exercício da soberania em prol da unidade nacional, assim como da incolumidade
de seu território.
Garantir uma comunicação clara, objetiva, tempestiva, ágil, oportuna, consistente e acessível aos
públicos externo e interno, por meio dos canais de comunicação disponíveis.
Mapear e maximizar a gestão de Recursos Humanos. Reconhecer o mérito dos servidores, ter
política de valorização justa e transparente, associada ao desempenho individual e institucional, bem
como, promover clima organizacional construtivo, participativo e harmônico, com foco na qualidade
de vida dos servidores.
A qualidade de vida tem se tornado um elemento essencial para que os colaboradores se sintam
motivados e satisfeitos em realizar suas tarefas, contribuindo para que a Instituição alcance os
melhores resultados.
Por fim, cabe lembrar que o Relatório de Gestão do GSI, confeccionado anualmente, terá dados
gerados pelos indicadores estabelecidos neste instrumento. Tal fato ratifica a importância da séria e
premente implantação da Gestão Estratégica, não somente pela melhoria na qualidade da governança,
como também pelos impositivos da Administração Pública Federal.
ESTADO: pessoa jurídica formada por grupo de indivíduos politicamente organizados e fixados
em um território, onde é soberana. Seus elementos constitutivos são, portanto, o povo, o território, e
a organização política – que inclui o governo, o regime e a soberania.
INSTITUIÇÕES DE ESTADO: entendam-se aquelas que têm por obrigação a defesa dos interesses
do Estado, vinculados às suas funções constitucionais e às suas necessidades vitais.
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GLOSSÁRIO
METAS: são valores planejados, definidos para serem alcançados pela medição realizada por
intermédio dos Indicadores.
NAÇÃO: conjunto constituído por grupos sociais distintos que, em princípio, ocupando, um
mesmo espaço territorial, compartilham da mesma evolução histórico-cultural e dos mesmos valores,
movidos pela vontade de comungar um mesmo destino.
SEGURANÇA: a condição que permite ao País preservar sua soberania e integridade territorial,
promover seus interesses nacionais, livre de pressões e ameaças, e garantir aos cidadãos o exercício
de seus direitos e deveres constitucionais.
O Marco Referencial Conceitual tem por finalidade registrar a interpretação conceitual basilar
que fundamentou a materialização da cadeia de valor do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República (GSI/PR), de maneira a estabelecer a exata compreensão de seu escopo que
orienta o Planejamento Estratégico.
O nome “Segurança Institucional”, por ser amplo e, de certo modo, de difícil compreensão,
remete ao questionamento dos limites do escopo do GSI/PR. Buscando esse entendimento, adotou-
se a premissa que “Instituições” são estruturas ou mecanismos de ordem social, que regulam
o comportamento de um conjunto de indivíduos dentro de uma determinada comunidade.
Instituições são identificadas com uma função social, que transcende os indivíduos e as intenções,
mediando as regras que governam o comportamento vivo (Miller, 2014).
Organizadas sob o escopo de regras e normas, visam à ordenação das interações entre os
indivíduos e entre estes e suas respectivas formas organizacionais. Com outras palavras, as
instituições sociais tem seu papel fundamental no processo de socialização, ou seja, tem como
objetivo fazer um indivíduo tornar-se membro da sociedade. O Estado é, portanto, a Instituição maior
da Nação, sendo ela, a essência do escopo do GSI/PR.
No GSI/PR, ela está representada até o nível de Processos (omitindo, portanto, os Processos de
Trabalho2) e apresenta o “Valor Público3” entregue por seus Macroprocessos Finalísticos.
1 Governança pública - conjunto de mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar,
direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da
sociedade. (Brasil, Dec nº 9.203, 2017)
2 Os Processos de Trabalho são representados em fluxos de processos (Atividades e Tarefas) que subsidiam a execução
representem respostas efetivas e úteis às necessidades ou às demandas de interesse público e modifiquem aspectos do
conjunto da sociedade ou de alguns grupos específicos reconhecidos como destinatários legítimos de bens e serviços
públicos. (Brasil, Dec nº 9.203, 2017)
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MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL
A missão do GSI/PR foi sintetizada da seguinte maneira: “Trabalhar para a Garantia da Segurança
do Estado Brasileiro”.
Segundo a Teoria Geral, conclusiva e sinteticamente, “Estado” é a pessoa jurídica formada por
grupo de pessoas politicamente organizado fixado em um território, onde é soberana. Seus
elementos constitutivos são, portanto, o povo, o território, e a organização política – que inclui o
governo4, o regime e a soberania5. “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito6” (Brasil.
Constituição Federal de 1988, Art. 1º.).
4
Governo é a Instituição de Estado que tem a função de administrá-lo, sendo formada por um conjunto de pessoas que
exercem, geralmente de forma temporária, o poder Executivo da Nação.
5 Soberania: total poder e domínio da Nação independente, exercidos pelo Estado, dentro de seus limites territoriais, que
lhe assegura estar livre da influência ou comando exercido por Estados terceiros. A soberania popular, comum em todas
as nações democráticas é uma doutrina que dá ao povo o controle da estruturação e organização do Estado, através da
ideia do chamado "contrato social", onde o povo dá consentimento aos representantes escolhidos para que estes
possam governar. Neste contexto também, o indivíduo se integra à sociedade, abrindo mão de parcela de suas liberdades
em benefício do Bem Comum.
6 Estado democrático de direito é um conceito que designa qualquer Estado que se aplica a garantir o respeito das
liberdades civis, ou seja, o respeito pelos direitos humanos e pelas garantias fundamentais, através do estabelecimento
de uma proteção jurídica.
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MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL
a Política de Defesa Nacional define segurança como: “a condição que permite ao País preservar sua
soberania e integridade territorial, promover seus interesses nacionais, livre de pressões e
ameaças, e garantir aos cidadãos o exercício de seus direitos e deveres constitucionais” (BRASIL,
2012, p.13).
Como se observa, a “segurança” não pode ser garantida por um “ente” isolado, mas pela ação de
diversas Instituições em cujas competências se assenta o sentido geral acima denotado. Assim, o
papel do GSI/PR se concentra na permanente vigilância dos cenários que possam impactar a dinâmica
das necessidades vitais7 e os interesses do Estado brasileiro, no alerta e no assessoramento oportuno
às altas autoridades governamentais, ademais da articulação para a ativação dos instrumentos
necessários e responsáveis pela ação, assegurando a continuidade do ciclo vital do Estado.
O GSI/PR estrutura sua ação em Macroprocessos Finalísticos, Gerenciais e de Apoio para entregar
à sociedade, como Valor Público, a “Proteção do Estado” e a “Salvaguarda dos Interesses Nacionais”.
Antes de detalhar os Macroprocessos, necessário se faz entender o escopo desses produtos. A
Proteção não se limita às capacidades institucionais dos diversos órgãos e Instituições responsáveis
pela garantia da Segurança do Estado, mas incorpora as capacidades exclusivas inerentes ao GSI. É
aqui entendida como o incremento da Segurança do Estado resultante do efetivo acompanhamento
dos cenários impactantes nas necessidades relacionadas ao ciclo vital do Estado, seja pela ação da
Inteligência do Estado, seja pela gestão de assuntos estratégicos de interesse nacional, ou pela gestão
8 Instituições
de Estado: todas aquelas organizações públicas que têm por obrigação a salvaguarda ou a materialização
dos interesses nacionais, assegurando à Nação a continuidade e a qualidade de sua existência e de seu progresso
(conceito adaptado pelo grupo de Planejamento Estratégico do GSI/PR).
9 Segurança Institucional: Condição que permite à sociedade a percepção de efetividade de suas Instituições de Estado
e, em consequência, de sustentabilidade do ciclo vital da Nação. (conceito adaptado pelo grupo de Planejamento
Estratégico do GSI/PR).
10 Poder é o direito de deliberar, agir, mandar e, dependendo do contexto, exercer sua autoridade, soberania, a posse
proteção do Estado, do mesmo modo que a manutenção da coesão em torno do interesse coletivo
relativo à ordem pública, consubstanciada no respectivo pacto social11.
Diante disso e de outras considerações, há que se identificar quais são as Instituições de Estado,
entre as quais se incluem os três poderes da República, as Forças Armadas, os Órgãos de Segurança
Pública, a Administração Pública Federal e as Infraestruturas Críticas12 do Estado, entre outras que
carecem de um Sistema de Proteção Nacional.
Embora a noção conceitual de “interesses nacionais” não seja precisa, para fins deste Plano
assim se entendem os “anseios e aspirações13 da sociedade e do Estado que contribuirão para sua
própria preservação e seu progresso em benefício das gerações futuras”. Este conceito incorpora,
portanto, um alicerce permanente que se traduz na sua necessidade de preservação
(sustentabilidade) e, ademais, de forma imperativa, a edificação de ideais de existência no alcance
sociocultural de progresso da Nação14 brasileira.
Territorial, compartilham da mesma evolução histórico-cultural e dos mesmos valores, movidos pela vontade de
comungar um mesmo destino (ESG, 2014).
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MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL
como consequência, a sensação de bem estar geral, seja por atendimento dos interesses individuais
e grupais, seja por renúncia consentida destes, em benefício do Bem Comum, aqui entendido como
o ideal de convivência que, transcendendo a busca do bem estar, permite construir uma sociedade
onde todos, e cada um, tenham condições de plena realização de suas potencialidades como pessoa
e de conscientização e prática de valores éticos, morais e espirituais. (São Tomás de Aquino). Cabe
ressaltar que os interesses nacionais aliados à vontade política permitem consubstanciar Objetivos
Nacionais15.
Quando se fala em “Salvaguarda dos Interesses Nacionais”, portanto, pode-se dizer que se está
referindo à busca da segurança do Estado-Nação. O preâmbulo e o Título I da Constituição Federal de
1988 possibilitam uma base importante para a identificação dos interesses nacionais, assim como
dos princípios e valores da sociedade brasileira. Fazendo uma abordagem semelhante à realizada
para a expressão “segurança”, os interesses nacionais não podem ser salvaguardados por um ente
isolado. Assim, o papel do GSI/PR, embora restrito às suas competências legais, prossegue
comprometido com a sustentabilidade16 da Nação brasileira, sendo, sua ação, imprescindível para a
evolução da maturidade17 democrática e para o progresso do Brasil.
15 Objetivos Nacionais são a cristalização de necessidades, interesses e aspirações que se busca satisfazer para assegurar
as condições de existência e de progresso da Nação.
16 Sustentabilidade: atitude de permitir as condições para que algo possa existir, assegurando a continuidade do seu ciclo
vital. Diante da atribuição trazida pela “salvaguarda dos interesses nacionais”, o termo traduz o sentido da preservação
das Instituições do Estado para a continuidade e qualidade da existência e do progresso da Nação, visando o Bem
Comum das gerações futuras (conceito adaptado pelo grupo de Planejamento Estratégico do GSI/PR).
17 Maturidade é a capacidade de suportar incertezas, evocando a ideia de evolução e de melhoria contínua. A maturidade
institucional está associada ao processo de acúmulo e domínio de conhecimentos e como isso se transforma em
resultados tangíveis, replicáveis e mensuráveis.
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MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL
Com esse entendimento, se torna mais simples a compreensão de cada um dos Macroprocessos
Finalísticos do GSI/PR: Gestão da Segurança de Instituições de Estado; Gestão de Assuntos Estratégicos
de Interesse Nacional e Gestão de Inteligência de Estado.
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MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL
Cabe destacar que, na maioria dos casos, as diversas Secretarias, a ABIN, e as Assessorias do
GSI/PR contribuirão para as entregas dos Macroprocessos e Processos finalísticos descritos a seguir.
Será nos Processos de Trabalho específicos (ocultos na Cadeia de Valor), decorrentes dos Processos do
GSI/PR, que todos os órgãos se encontrarão integralmente como responsáveis. A Secretaria Executiva,
por seu papel de coordenação, perpassa todos os processos do GSI/PR.
nacional, como também para a com a sustentabilidade da Nação brasileira. Neste mister, esse
processo é beneficiado por insumos de diversos outros processos do GSI/PR, com a participação de
todas as Secretarias, da ABIN e da Assessoria Especial do GSI/PR.
No seu aspecto mais operacional, este Processo inclui a segurança das autoridades presidenciais
(Presidente e Vice-Presidente da República), definidas em Lei (restritiva no que se refere à
abrangência do escopo desse processo), seus familiares e as instalações da Presidência da República,
ademais de qualquer local onde essas autoridades necessitem estar para o exercício do Poder a elas
instituído, com a finalidade de assegurar a liberdade de ação do Poder Executivo. Diversas Secretarias,
a ABIN e a Assessoria Especial do GSI/PR podem cooperar nesse processo.
nas redes da Administração Pública Federal. Trata-se, portanto, de um processo que visa à proteção
das Instituições de Estado e de suas Infraestruturas Críticas de Informação.
função desse conceito, destaca-se a questão da Segurança Institucional (que em tese difere de
Segurança Nacional18) por ser missão tradicional durante toda a existência do GSI/PR, traduzindo a
sua própria identidade organizacional.
18 Segurança Nacional é o sentimento de garantia para a Nação, da conquista e manutenção dos seus Objetivos
Fundamentais, proporcionada pela aplicação do seu Poder Nacional. O conceito traz uma referência aos Objetivos
Fundamentais da Nação, podendo dizer-se que a Segurança Nacional consiste na garantia de que os objetivos de
existência soberana, identidade democrática, integração social, integridade patrimonial, progresso e paz social estão
sendo buscados e preservados (ESG, 2014).
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MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL
agir, de fazer agir, de intervir, de controlar e de articular, entre outras que possibilitem a gestão de
riscos19 no mais alto nível de governança do Estado.
Todas as Secretarias, assim como a Assessoria Especial e a ABIN possuem Processos de Trabalho
que contribuem para as entregas desse processo do GSI/PR.
O espectro das crises pode ter impacto localizado em determinado setor da sociedade ou
implicar maior gravidade, limitando a capacidade de governo, culminando em paralisia decisória e
comprometendo o funcionamento das instituições democráticas.
A Contenção da Crise envolve atividades semelhantes aos da Prevenção, mas com a exigência de
resultado efetivo diante das ações demandadas de maneira a assegurar qualidade ao ciclo vital da
19Gestão de riscos - processo de natureza permanente, estabelecido, direcionado e monitorado pela alta administração,
que contempla as atividades de identificar, avaliar e gerenciar potenciais eventos que possam afetar a organização,
destinado a fornecer segurança razoável quanto à realização de seus objetivos. (Brasil, 2017)
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MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL
Nação e evitar a perda de legitimidade Institucional. O que importa na contenção é a redução dos
impactos ou até mesmo a eliminação destes, como fruto da articulação e adoção de medidas de
contenção pelos diversos órgãos envolvidos, podendo ou não ser estabelecido um Gabinete de Crises.
A princípio, todas as Secretarias e Assessorias que de algum modo possuem capacidade para
participar da prevenção podem também estar aptas a contribuir com a contenção.
A “Inteligência de Estado” pode ser vista como meio ou como um fim, em si mesma. No primeiro
caso, se apresenta como um instrumento de Estado para assessorar autoridades governamentais no
planejamento, na execução e no acompanhamento das políticas de Estado. No segundo, se apresenta
como produto desse instrumento e serve de insumo a diversos processos estratégicos, como o
assessoramento em nível superior, a avaliação da conjuntura, a gestão de riscos, a contenção de
crises e o acompanhamento de cenários, dentre outros. Qualquer que seja a perspectiva (de
instrumento ou de produto), a sua finalidade se relaciona com a manutenção do fluxo de
conhecimentos necessários ao processo decisório nacional. Não se visualiza um Sistema de Proteção
Institucional e tampouco a salvaguarda de interesses nacionais sem um Sistema de Inteligência de
Estado eficiente.
A descrição dos Macroprocessos Gerenciais e de Apoio, por serem comuns aos diversos órgãos
da administração pública, será sintetizada de maneira sumária a seguir.
A “Gestão de Patrimônio” consiste na gestão integrada dos recursos patrimoniais do órgão a fim
de prover as necessidades para seu funcionamento. Envolve, também, a locação de imóveis de
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MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL
No que se refere à Sociedade e ao Estado, o GSI/PR entrega dois “Valores Públicos”: a Proteção
do Estado e a Salvaguarda dos Interesses Nacionais.
Cidadania
Exercer a cidadania é ter consciência de seus direitos e obrigações, garantindo que estes sejam
colocados em prática. Exercer a cidadania é estar em pleno gozo das disposições constitucionais.
Preparar o cidadão para o exercício da cidadania é um dos objetivos da educação de um país.
Prover a segurança das instituições de instrumentos que permitam tratar a segurança como
premissa, desenvolvendo competências humanas, tecnológicas e processuais efetivas que
contribuam para o desenvolvimento da maturidade em Segurança institucional.
Proteção
20Cultura significa todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e
todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente em família, como também por fazer parte de uma
sociedade da qual é membro.
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MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL
Governança
2. Processos Internos
Educação e Transparência
Garantir uma comunicação clara, objetiva, tempestiva, ágil, oportuna, consistente e acessível aos
públicos externo e interno, por meio dos canais de comunicação disponíveis.
Gestão e Inovação
OE7 – Promover a inovação dos serviços e processos com foco na simplificação e transformação
digital21.
Propor mudanças que possam afetar a percepção da sociedade e sua interação com os temas
estratégicos de interesse nacional, inclusive os referentes à segurança do Estado.
Mapear os processos de Trabalho das unidades do GSI/PR, estabelecendo total conexão com a
Cadeia de Valor Integrada. Promover a simplificação dos processos mapeados. Assegurar a melhoria
contínua dos processos, que consiste na análise do processo como se encontra atualmente visando a
determinação de quais atividades podem ser melhoradas.
Efetividade Institucional
3. Aprendizado24 e Crescimento
Essa perspectiva oferece a infraestrutura necessária para a realização dos objetivos idealizados
nas demais perspectivas. Trata da habilidade de inovar e melhorar a capacidade da Instituição ou do
órgão, agregando valor tanto interno quanto externo. É nesta perspectiva que se trata da capacidade
dos servidores e colaboradores, sistemas de informação, alinhamento de informações, motivação e
empoderamento (“empowerment”). Com ela se busca tornar os gestores mais aptos a tomar decisões
de maneira racional e alinhadas com os objetivos institucionais.
Segundo os criadores do Balance Score Card (BSC), são três as fontes de aprendizagem e
crescimento: as pessoas, os sistemas e os procedimentos. Em outras palavras: pessoas, tecnologias e
processos. Desse modo, a finalidade dessa perspectiva é investir primordialmente no
desenvolvimento dos servidores e gestores, na melhoria dos sistemas de informação e no
alinhamento dos processos corporativos. O conhecimento habilita ao trabalho e à tomada de
decisões com o intuito de atingir o sucesso pretendido.
24 Aprendizado
organizacional: Busca contínua e alcance de novos patamares de conhecimento, individuais e coletivos,
por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de informações e experiências. (Brasil, GESPÚBLICA,
2014)
93
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL
OE12 – Desenvolver competências e cultura voltada aos valores e aos resultados institucionais.
A busca constante pelo aperfeiçoamento através da melhoria dos conhecimentos técnicos nos
temas que se constituem matéria dos processos de verificação e acompanhamento na gestão dos
recursos públicos motivou o GSI/PR a destacar esse objetivo em seu Planejamento Estratégico.
Brasil. Lei nº 13.502, de 1º de Novembro de 2017. Estabelece a organização básica dos órgãos da
Presidência da República e dos Ministérios; altera a Lei no 13.334, de 13 de setembro de 2016; e
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Política Nacional de Defesa e Estratégia Nacional de Defesa. Brasília: Ministério da Defesa e
Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2012. Disponível em:
http://www.defesa.gov.br/arquivos/estado_e_defesa/END-PND_Optimized.pdf. Acessado em 03 Out
2017.
ESG. Escola Superior de Guerra. Manual Básico /. – Rev., atual. - Rio de Janeiro, 2014.4 v. Disponível
em: http://www.esg.br/images/manuais/ManualBasicoI2014.pdf. Acessado em 04 Out 2017.
97
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Miller, Seumas, "Instituições Sociais", The Stanford Encyclopedia of Philosophy (edição de inverno de
2014), Edward N. Zalta (ed.) disponível em: https://plato.stanford.edu/cgi-
bin/encyclopedia/archinfo.cgi?entry=social-institutions. Acessado em 21/11/17.
Produção e Execução
Colaboração Técnica