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Presidência da República

Gabinete de Segurança Institucional

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL
GSI/PR

2018-2023
GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

General de Exército Sergio Westphalen Etchegoyen


Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República

General de Divisão Marco Antônio Freire Gomes


Secretário-Executivo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República

General de Divisão Cesar Leme Justo


Secretário-Executivo Adjunto do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República

Major-Brigadeiro do Ar Dilton José Schuck


Secretário de Assuntos de Defesa e Segurança Nacional

Contra-Almirante Noriaki Wada


Secretário de Coordenação de Sistemas

General de Brigada Nilton José Batista Moreno Júnior


Secretário de Segurança e Coordenação Presidencial

Janér Tesch Hosken Alvarenga


Diretor-Geral da Agência Brasileira de Inteligência
Grupo de Trabalho para Elaboração do Planejamento Estratégico

(Portaria Nº 97 – GSI/PR, de 4 de agosto de 2017)

Alcimar Sanches Rangel


Alessandro Roberto Mônaco
Alexandre Cesar Vidal Pinto
Carla Márcia Parisi Checchia
Carlos Roberto Sucha
Cesar Leme Justo
Daniela Silva Rezende
Gabriela Rodrigues Veloso Costa
Hélio Fernando Rosa de Araújo
Humberto Antunes Rocha Júnior
Leonardo de Carvalho Pires
Luciano Fontana Lima
Marcelo Teodoro de Siqueira
Ricardo Santos Taranto
Silmara de Souza Ramos
Matrícula nº 909911
Matrícula nº 910677

Design gráfico: Antônia Vaneida de Oliveira


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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 5

INTRODUÇÃO .................................................................................................... ...7

METODOLOGIA .................................................................................................... 13

REFERENCIAIS ESTRATÉGICOS ............................................................................ ...15

CADEIA DE VALOR................................................................................................. 20

MAPA ESTRATÉGICO .......................................................................................... ...32

OBJETIVOS E INDICADORES .................................................................................. 35

INICIATIVAS ESTRATÉGICAS ................................................................................ ...52

DISPOSIÇÕES FINAIS .......................................................................................... ...56

GLOSSÁRIO .......................................................................................................... 58

MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL....................................................................... 62


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APRESENTAÇÃO

O presente planejamento estratégico é o produto do trabalho integrado de representantes de


todos os setores do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), com foco no caminho que deveremos
seguir em conjunto para alcançar a desafiadora visão de futuro de ser imprescindível para o Estado
Brasileiro.

A organização do novo GSI surge orientada para atender aos interesses nacionais e com estrutura
vocacionada para cumprir a missão de trabalhar para a garantia da segurança do Estado Brasileiro.
Nesse contexto, emerge o desafio de alinhar seu Planejamento Estratégico, com o intuito de
direcionar o GSI ao atingimento de novos objetivos, adequando necessidades, direcionando ações e
apontando para o futuro almejado.

Este planejamento não se encerra com sua publicação. O desafio maior ainda está por vir! A
implantação da Gestão Estratégica irá requerer trabalho sinérgico, no sentido de cumprir as etapas
referentes ao processo, alterar formas de trabalho e, principalmente, desenvolver a mentalidade de
medir o trabalho desenvolvido. É uma nova fase do Gabinete de Segurança Institucional, repaginado,
e que se alinha às modernas ferramentas de gestão, sem desprezar as experiências dos que
escreveram a história, mas enxergando novos e profícuos horizontes em proveito de um Brasil melhor.

SERGIO WESTPHALEN ETCHEGOYEN


Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República
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INTRODUÇÃO

O marco inicial do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) foi a


criação do Estado-Maior do Governo Provisório, em 1º de novembro de 1930, durante o governo do
Presidente Getúlio Vargas. Em 1º de dezembro de 1938, o Estado-Maior recebeu a designação de
Gabinete Militar, com as mesmas prerrogativas de Ministério. Somente em 1974, o cargo de Ministro
foi efetivamente criado, sendo extinto em 1990.

Dois anos mais tarde, o Presidente Itamar Franco recriou o cargo de Ministro de Estado e, no
mesmo ano, transformou o Gabinete em Casa Militar, situação que perdurou até 1998. No ano
seguinte, o Presidente Fernando Henrique Cardoso transformou a Casa Militar em Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da República. Em 2015, o GSI retornou à situação de Casa
Militar, sendo também extinto o cargo de Ministro de Estado.

Com a assunção do Presidente Michel Temer, a medida provisória nº 726, de 12 de maio de 2016,
posteriormente convertida na Lei nº 13.341/2016, extinguiu a Casa Militar e recriou o GSI, que teve
nova Estrutura Regimental aprovada pelo Decreto nº 9.031, em 12 de abril de 2017. Novamente, um
Ministro de Estado passou a comandar a pasta.

Às atribuições clássicas de assessorar e zelar pela segurança do Presidente da República, somam-


se hoje as competências de acompanhar as conjunturas interna e externa para prevenir e articular o
gerenciamento de crises em caso de grave ameaça à estabilidade institucional, coordenar as
atividades de Inteligência de Estado, bem como realizar o assessoramento ao Presidente em assuntos
militares e de segurança.
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INTRODUÇÃO

Para isso, o novo GSI atua nos três eixos apontados pela Estratégia Nacional de Defesa, por meio
do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro; da segurança da informação e das
comunicações; e da segurança dos assuntos aeroespaciais brasileiros.

Coroam essas novas competências, as consagradas atribuições do GSI de apoiar técnica e


administrativamente o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional – (CDN), órgão de consulta do
Presidente da República nos assuntos relacionados à soberania nacional e à defesa do Estado
Democrático; e a Presidência da Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Conselho de
Governo (Creden).

Os desafios que a realidade atual impõe aos antigos modelos, de consolidação da democracia e de
amplo respeito às instituições, colocam neste Gabinete a responsabilidade de contribuir para a
estabilidade e a harmonia institucionais, agindo como órgão de Estado na garantia da ordem e do
progresso do País.
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INTRODUÇÃO

Ministro de Estado
Gabinete do
Assessoria Especial Ministro de Estado

Secretaria-Executiva

Departamento de Gestão Gabinete do Secretário-


(DGES) Executivo

Secretaria de Segurança e Secretaria de Coordenação Secretaria de Assuntos de


Coordenação Presidencial de Sistemas Defesa e Segurança ABIN
(SCP) (SCS) Nacional (SADSN)

Div Apoio Div Ap Adm Div Ap Adm

Dpt de Coor Escritório Dpt de Dpt de Coor Dpt de Dpt de


Dpt de de Eventos, de Repr do Sist de Dpt de Assuntos Dpt de
Segurança Seg da Proteção ao Acomp de Assuntos
Viagens e na cidade da Câmara Assuntos
Cerimonial Info e Programa Assuntos de Def de Rel Ext e
Presidencial de São Nuclear Aeroesp Militares
(DSeg) Militar Paulo Com Brasileiro Nac Def Nac
(DAAAe) (DACreden) (DAM)
(DCEV) (ERSP) (DSIC) (DCSipron) (DADN)
Figura 1 – Estrutura do GSI
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INTRODUÇÃO

De acordo com o disposto no Decreto nº 9.031, de 12 de abril de 2017, são competências do GSI:
I - assessorar direta e imediatamente o Presidente da República no desempenho de suas atribuições;
II - analisar e acompanhar questões com potencial de risco à estabilidade institucional;
III - prevenir a ocorrência e articular o gerenciamento de crises em caso de grave e iminente ameaça à
estabilidade institucional;
IV - coordenar as atividades:
a) de inteligência federal; e
b) de segurança da informação e das comunicações;
V - realizar o assessoramento pessoal em assuntos militares e de segurança;
VI - planejar e coordenar viagens presidenciais no País e no exterior, em articulação com o Ministério
das Relações Exteriores;
VII - zelar, assegurado o exercício do poder de polícia, pela:
a) segurança pessoal do Presidente da República, do Vice-Presidente da República, e de seus
familiares, e, quando determinado pelo Presidente da República, dos titulares dos órgãos essenciais
da Presidência da República e de outras autoridades ou personalidades; e
b) segurança dos palácios presidenciais e das residências do Presidente da República e do Vice-
Presidente da República;
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INTRODUÇÃO

VIII - apoiar técnica e administrativamente o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional - CDN;


IX - exercer as atividades:
a) de Secretaria-Executiva da Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional - Creden do
Conselho de Governo; e
b) de Órgão Central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro;
X - realizar o acompanhamento de assuntos pertinentes a:
a) terrorismo e às ações voltadas para a sua prevenção, e intercambiar subsídios para a
elaboração da avaliação de risco de ameaça terrorista; e
b) infraestruturas críticas, com prioridade aos que se referem à avaliação de riscos; e
XI - exercer as funções de autoridade nacional de segurança em tratados, acordos ou atos
internacionais que envolvam o tratamento e a troca de informação sigilosa.
§ 1º Os locais onde o Presidente da República e o Vice-Presidente da República trabalham,
residem, estejam ou haja a iminência de virem a estar, e adjacências, são áreas consideradas de
segurança das referidas autoridades.
§ 2º Ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República compete, ainda, adotar
as medidas necessárias à proteção dos locais de que trata o § 1º e coordenar a participação de outros
órgãos de segurança nessas ações.
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METODOLOGIA

A formulação do Planejamento Estratégico do GSI ocorreu em duas etapas. A primeira contou


com a participação de representantes da Escola Nacional de Administração Pública, que assessoraram
o Grupo de Trabalho (GT) na construção dos Referenciais Estratégicos, da Cadeia de Valor, da Matriz
SWOT e do Painel de Indicadores de Desempenho. Em um segundo momento, o GT elaborou as
Iniciativas Estratégicas e a Sistematização da Gestão pela Estratégia, a ser implementada doravante.

A metodologia de planejamento e gestão estratégica utilizada foi o Balanced Scorecard (BSC),


criada por Robert Kaplan e David Norton, adaptada para a Administração Pública. Os objetivos
estratégicos e as metas foram construídos a partir de três perspectivas basilares: Estado e Sociedade;
Processos Internos; e Aprendizagem e Crescimento. A perspectiva financeira permeia as demais e
estará contemplada nos planos e programas derivados deste planejamento.
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REFERENCIAIS ESTRATÉGICOS

Os Referenciais Estratégicos representam o estágio inicial do planejamento organizacional,


consistindo na identificação da missão, da visão de futuro e dos valores institucionais da organização.
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MISSÃO

Trabalhar para a garantia da Segurança do Estado Brasileiro.

A Missão de uma organização é a sua finalidade, sua razão de ser. O critério de sucesso definitivo
para uma organização é o desempenho no cumprimento da missão. É essencial que se procure
clarificar, definir, expressar formalmente qual é a missão da organização, ou seja, delimitar as funções
que se deve desempenhar, as necessidades que se deve atender, buscando justificar a sua razão de
existência.
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VISÃO DE FUTURO

Ser imprescindível para o Estado Brasileiro.

A Visão indica o que a organização gostaria de se tornar e como gostaria de ser reconhecida pelas
partes interessadas ou atores com os quais se relaciona.
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VALORES

PATRIOTISMO Traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever e pelo compromisso de


fidelidade à Pátria.

VISÃO DE ESTADO Capacidade de perceber as necessidades do Estado Brasileiro e conduzir


ações em proveito dos interesses nacionais, em detrimento das conveniências individuais e
corporativas.

INTEGRAÇÃO Pressupõe a cooperação sistêmica de indivíduos e instituições, mediante


parcerias internas e externas, com a finalidade de buscar sinergia normativa e funcional, em prol de
objetivos comuns. Estabelece um sistema de interdependência e corresponsabilidade em proveito
da efetividade institucional.

CREDIBILIDADE Peculiaridade ou qualidade de quem conquistou ou adquiriu a confiança de


outrem. Para tanto, se exige atuar com compromisso, responsabilidade e segurança, gerando
confiança a todos que se relacionam com o GSI.

Os Valores são um conjunto de sentimentos que estruturam, ou pretendem estruturar, a cultura


e a prática da organização.
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CADEIA DE VALOR

A Cadeia de Valor objetiva estabelecer os macroprocessos da instituição, bem como os produtos


ou valores sociais que a instituição entrega à sociedade e aos seus principais clientes.

É representada pelo modelo de negócio do GSI e por meio de Macroprocessos Finalísticos,


Gerenciais e de Apoio.

Para a obtenção dos dados que compõem a Cadeia de Valor, foi utilizado o “Quadro de Modelo de
Negócios” (Business Model Canvas), ferramenta de gerenciamento estratégico que permite
desenvolver e esboçar modelos de negócios novos ou existentes.

Cadeia de Valor
Macroprocesso
Tarefas Tarefas
Processo
Processo de
Trabalho

Fluxo do Processo de Trabalho


Atividades
Tarefas
Tarefas

Fonte: AGEIN/MPS Figura 2 – Classificação e Arquitetura de Processos


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MODELO DE NEGÓCIO

MISSÃO VISÃO
Trabalhar para a garantia da Segurança do
Ser imprescindível para o Estado Brasileiro
Estado Brasileiro

Parceiros chave Principais entregas Público-alvo


Presidência da Proteção do
Estado Brasileiro
República Estado Brasileiro

Ministérios Salvaguarda dos


interesses Sociedade
Governos
nacionais
Estaduais
Presidência da
Órgãos de
República
Segurança
Pública
Países
fronteiriços
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CADEIA DE VALOR INTEGRADA

Missão
Trabalhar para a garantia da Segurança do Estado Brasileiro

Gestão do desenvolvimento e inovação institucionais


Planejar a gestão do
desenvolvimento e Modelar a Administrar as Gerenciar custos
Gerenciar processos arquitetura proposições
inovação de negócio institucionais
institucionais organizacional normativas
Gestão da Segurança de instituições de Estado
Monitorar a gestão Gerenciar a Planejar a gestão da Gerenciar a
Gerenciar do desenvolvimento qualidade dos Contribuir para a
Gerenciar riscos continuidade de segurança de segurança da salvaguardar da
e inovação processos instituições de informação e
negócio institucionais institucionais soberania
Estado comunicações Valor Público
Prover a proteção da Coordenar eventos, Monitorar a gestão
Gestão da Estratégia da segurança de

Macroprocessos Finalísticos
Presidência da
Macroprocessos Gerenciais

cerimonial e viagens instituições de


Monitorar o República
Desenvolver o Programar planejamento e presidenciais Estado
Planejar a gestão da planejamento orçamento Monitorar a gestão
estratégia orçamento da estratégia
Institucional institucional institucionais
Gestão de Assuntos Estratégicos de Interesse Nacional
Planejar a gestão de Gerenciar a
Gestão da Informação e documentação Prevenir crises
assuntos estratégicos
institucionais
contenção de crises Proteção
Planejar a gestão da Gerenciar de interesse nacional institucionais do Estado
informação e documentos Administrar acervo
bibliográfico
documentação arquivísticos Monitorar a gestão
Coordenar ações de Coordenar ações de de assuntos
segurança e proteção fortalecimento do
estratégicos de
Preservar a Monitorar a gestão nuclear setor espacial interesse nacional
informação e Gerenciar o acesso à da informação e
informação
documentação documentação
Gestão de Inteligência de Estado
Planejar a gestão de Produzir Desenvolver a
Gestão da comunicação institucional Inteligência de conhecimento de atividade de
Estado Inteligência Inteligência
Planejar a gestão da Desenvolver a Gerenciar as Monitorar a gestão
da comunicação
Salvaguarda
comunicação comunicação atividades de dos
institucional institucional relações públicas institucional
Proteger o Coordenar o Sistema Monitorar a gestão Interesses
conhecimento Brasileiro de de Inteligência de Nacionais
sensível Inteligência Estado
Gestão de controles institucionais
Planejar a gestão de Gerenciar as Gerenciar a avaliação Supervisionar Monitorar a gestão
controles atividades de dos controles procedimentos de controles
institucionais ouvidoria internos correcionais institucionais

Gestão de pessoas Gestão de logística Gestão da segurança jurídica e soluções de litígios


Administrar o
Gerenciar Planejar gestão de
Macroprocessos de Apoio

Planejar a gestão de Gerenciar seleção de Desenvolver Planejar a gestão de Gerenciar armazenamento e Subsidiar a defesa da
desempenho de logística contratações destruição de segurança jurídica e
pessoas pessoas pessoas organização
pessoas material soluções de litígio

Controlar a Gerenciar
Prover a qualidade Monitorar a gestão Administrar serviços Monitorar a gestão legalidade dos atos representação
de vida Administrar pessoas de pessoas gerais de logística administrativos judicial

Gestão de patrimônio Gestão financeira e contábil Gestão de tecnologia da informação


Gerenciar a Planejar a gestão de Administrar recursos Monitorar execução Planejar a gestão de Gerenciar rede de Administrar suporte
Planejar a gestão de regularização dos Administrar obras e
patrimônio manutenção predial financeira e contábil financeiros financeira Tecnologia da comunicação de técnico
imóveis Informação dados

Administrar Administrar Monitorar a gestão Coordenar Monitorar gestão de


econômica e Monitorar a gestão Administrar a Acompanhar atos e de financeira e desenvolvimento de
disponibilização de execução contábil fatos contábeis tecnologia da
financeiramente os de patrimônio contábil sistemas informação
imóveis
imóveis
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MACROPROCESSOS FINALÍSTICOS
CADEIA DE VALOR INTEGRADA

Planejar a gestão Gerenciar a Contribuir para a Prover a proteção Coordenar eventos, Monitorar a gestão
da segurança de segurança da cerimonial e da segurança de
instituições de informação e salvaguarda da da Presidência da viagens instituições de
Estado comunicações soberania República presidenciais Estado

Planejar a gestão Gerenciar a Coordenar ações de Coordenar ações de Monitorar a gestão


de assuntos Prevenir crises de assuntos
estratégicos de contenção de crises segurança e fortalecimento do estratégicos de
institucionais proteção nuclear
interesse nacional institucionais setor espacial interesse nacional

Planejar a gestão Produzir Desenvolver a Proteger o Coordenar o Monitorar a gestão


de inteligência de conhecimento de atividade de conhecimento Sistema Brasileiro de Inteligência de
Estado inteligência inteligência sensível de Inteligência Estado
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MACROPROCESSOS FINALÍSTICOS

A “Gestão da Segurança de Instituições de Estado” consiste em “Prover a Proteção da


Presidência da República”, “Coordenar Eventos, Viagens Presidenciais”, “Gerenciar a Segurança da
Informação e das Comunicações”, “Planejar, Gerenciar e Monitorar, em nível Político-Estratégico, a
Segurança das Instituições do Estado brasileiro” e “Contribuir para a Salvaguarda de sua Soberania”,
entregando, como Valor Público à sociedade, a Proteção do Estado no atendimento precípuo dos
interesses nacionais.

A “Gestão de Assuntos Estratégicos de Interesse Nacional” inclui o “Planejamento, a


Coordenação, o Monitoramento de Assuntos Estratégicos de Interesse Nacional” –, incluindo-se entre
eles as questões de Segurança e Proteção Nuclear e o Fortalecimento do Setor Espacial –, além da
“Prevenção e da Contenção de Crises”.

A “Gestão de Inteligência do Estado” inclui o “Planejamento, o Desenvolvimento e o


Monitoramento da Atividade de Inteligência de Estado”, ademais da “Produção de Conhecimentos de
Inteligência”, da “Proteção de Conhecimentos Sensíveis” e da “Coordenação do Sistema Brasileiro de
Inteligência (SISBIN)”.
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MACROPROCESSOS GERENCIAIS

Planejar a gestão do Gerenciar Modelar a Administrar as Gerenciar


desenvolvimento e processos de arquitetura proposições custos Gerenciar riscos
inovação negócio organizacional normativas institucionais
institucionais

Gerenciar Monitorar a gestão do Gerenciar a


CADEIA DE VALOR INTEGRADA

continuidade de desenvolvimento e qualidade dos


negócio inovação institucionais processos
institucionais

Planejar a Desenvolver o Programar Monitorar o Monitorar a


gestão da planejamento orçamento planejamento e gestão da
estratégia Institucional institucional orçamento estratégia
institucionais

Preservar a Gerenciar o Monitorar a


Planejar a gestão Gerenciar Administrar gestão da
da informação e documentos acervo informação e acesso à informação e
documentação arquivísticos bibliográfico documentação informação documentação

Planejar a Desenvolver a Gerenciar as Monitorar a


gestão da comunicação atividades de gestão da
comunicação institucional relações públicas comunicação
institucional institucional

Planejar a gestão Gerenciar as Gerenciar a Supervisionar Monitorar a


de controles atividades de avaliação dos procedimento gestão de
institucionais ouvidoria controles s correcionais controles
internos institucionais
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MACROPROCESSOS GERENCIAIS

A “Gestão do Desenvolvimento e Inovação Institucional” consiste no estabelecimento do modelo


de governança e gestão, na definição e aplicação de metodologias integradoras de gestão e
organização, para a promoção da inovação e transformação institucional, assegurando a contínua
modernização da gestão pública, com o foco no desempenho institucional e na governança para
resultados, no intuito de garantir a qualidade e continuidade dos serviços e processos organizacionais,
e otimizar a aplicação dos recursos para o alcance da excelência institucional.

A “Gestão Estratégica” trata da análise de tendência e cenários para subsidiar a formulação,


implementação, desdobramento e avaliação da estratégia, possibilitando estabelecer as diretrizes, a
visão de futuro para a instituição e a programação orçamentária alinhada ao planejamento
estratégico. Organiza, define as prioridades e responsabilidades, acompanha e monitora os planos de
ações, por meio das metas e indicadores de desempenho, com a finalidade de melhorar o alcance dos
resultados.

A “Gestão da Informação e Documentação” diz respeito à proposição e acompanhamento de


políticas de gestão da informação e documentação, com vistas à organização e preservação da
integridade das informações e dos documentos arquivísticos, inclusive do acervo bibliográfico e
museológico. Trata, ainda, do gerenciamento de todo ciclo de vida da informação e documentação,
promovendo a segurança da informação e comunicações e o acesso de forma transparente,
tempestiva, precisa e com qualidade.
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MACROPROCESSOS GERENCIAIS

A “Gestão da Comunicação Institucional” consiste na elaboração de diretrizes, planos, programas,


projetos de comunicação social, publicidade institucional e de utilidade pública, utilizando-se para
tanto de técnicas de transmissão da informação, de promoção das relações públicas, internas e
externas, de caráter informativo e educativo, visando maior integração e cooperação entre os
servidores e o cidadão.

A “Gestão e Controle Institucionais” consiste em avaliar e verificar se os processos organizacionais


não estão se desviando dos objetivos ou das normas e princípios que a regem, com a finalidade de
promover a segurança na execução das operações, salvaguardando recursos, evitando danos e perdas
e o cumprimento da conformidade e integridade. Trata ainda do controle social, entendido como a
participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização, no monitoramento e no controle das ações
da Administração Pública, importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da
cidadania.
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MACROPROCESSOS DE APOIO

Planejar a Gerenciar Gerenciar Prover a Administrar Monitorar a


gestão de seleção de desempenho Desenvolver qualidade de pessoas gestão de
pessoas pessoas de pessoas pessoas vida pessoas

Administrar o
CADEIA DE VALOR INTEGRADA

Planejar a Gerenciar armazenamento Administrar Monitorar a


gestão de contratações e destruição de serviços gestão de
logística material gerais logística

Planejar a Gerenciar a Administrar Administrar Administrar Monitorar a


gestão de regularização obras e disponibilização econômica e gestão de
patrimônio dos imóveis manutenção de imóveis financeiramente patrimônio
predial os imóveis

Planejar a Administrar Monitorar Acompanhar Monitorar a


gestão de recursos execução Administrar a atos e fatos gestão de
financeira e financeiros financeira execução contábil contábeis financeira e
contábil contábil0

Planejar a Gerenciar Administrar Coordenar Monitorar


gestão de rede de suporte desenvolvimen gestão de
Tecnologia da comunicação técnico to de sistemas tecnologia da
Informação de dados informação

Planejar gestão Subsidiar a Controlar a Gerenciar


de segurança defesa da legalidade dos representação
jurídica e organização atos judicial
soluções de litígio administrativos
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MACROPROCESSOS DE APOIO

A “Gestão de Pessoas” trata-se da execução de políticas, planejamento, métodos, técnicas e


práticas visando gerenciar os comportamentos internos e potencializar o capital humano, por meio da
administração, do desenvolvimento e da promoção da qualidade de vida no trabalho das pessoas.

A “Gestão de Logística” trata-se do processo de gerenciar estrategicamente aquisição,


movimentação e armazenagem de materiais e produtos acabados bem como os relativos fluxos, de
modo a maximizar a economicidade presente e futura através da redução dos custos. Propicia a
redução de custos, agrega valor, melhora os níveis de serviço e, consequentemente, maximiza a
economicidade.

A “Gestão de Patrimônio” consiste na gestão integrada dos recursos patrimoniais do órgão a fim
de prover as necessidades para seu funcionamento. Envolve a locação de imóveis de terceiros, o
gerenciamento dos imóveis funcionais e o planejamento e execução da manutenção predial.
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MACROPROCESSOS DE APOIO

A “Gestão Financeira e Contábil” consiste na gestão integrada das finanças e da contabilidade do


órgão, visando assegurar equilíbrio financeiro e contábil e a realização das despesas, nos termos
estabelecidos em lei, de forma ágil e racional. Consiste em otimizar os recursos financeiros
diretamente arrecadados, os repassados pelo Tesouro Nacional e os recebimentos em geral. Trata-se
ainda da contabilidade que tem por objetivo o controle do patrimônio, o registro das receitas,
despesas e variações patrimoniais, a elaboração e análise de relatórios/demonstrativos subsidiando a
tomada de decisões e a prestação de contas anual.

A “Gestão de Tecnologia da Informação” busca a implementação, o gerenciamento, a avaliação


dos sistemas informatizados, segurança e banco de dados, automação, o gerenciamento da
informação e determinação de estratégias de utilização da informática para garantir o melhor
desempenho dos setores da organização.

A “Gestão da Segurança Jurídica e Soluções de Litígios” refere-se ao assessoramento e orientação


às unidades administrativas do órgão para dar segurança jurídica aos atos administrativos que serão
por elas praticados, notadamente quanto à materialização das políticas públicas, à viabilização jurídica
das licitações e dos contratos e, ainda, na proposição e análise de medidas legislativas: Leis, Medidas
Provisórias, Decretos e Resoluções, entre outros.
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MAPA ESTRATÉGICO

O Mapa Estratégico é uma ferramenta de comunicação da Estratégia, que contém os referenciais


estratégicos, as perspectivas, os objetivos estratégicos definidos e a relação de causa e efeito entre
eles.
34
MAPA ESTRATÉGICO
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OBJETIVOS E INDICADORES

Os Objetivos Estratégicos definem o rumo que a instituição deve seguir. Cada um dos Objetivos
Estratégicos estabelecidos para cada Perspectiva precisa ter seu andamento medido de alguma forma.
Para isso utilizam-se os Indicadores.

O Indicador é uma medida, de ordem quantitativa ou qualitativa, dotada de significado próprio e


utilizada para organizar e captar as informações relevantes dos elementos que compõem o objeto da
observação.
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OBJETIVOS E INDICADORES

1. PERSPECTIVA RESULTADOS PARA SOCIEDADE E ESTADO

OE-1 – FORTALECER A CULTURA INTEGRADA DE SEGURANÇA DAS INSTITUIÇÕES

Prover a Segurança das Instituições de instrumentos que permitam tratar a segurança como
premissa, desenvolvendo competências humanas, tecnológicas e processuais efetivas que
contribuam para o desenvolvimento da maturidade em Segurança Institucional.

Trata de desenvolver normas, conhecimentos e atitudes, além de mecanismos e modelos de


acompanhamento, avaliação, conformidade e “complience” e estimular as práticas para que se
incorporem como hábitos individuais e valores institucionais.

Indicadores: Índice de Fortalecimento Cultural Meta: Criar histórico


38
OBJETIVOS E INDICADORES

1. PERSPECTIVA RESULTADOS PARA SOCIEDADE E ESTADO

OE-2 – GARANTIR A SOBERANIA, OS INTERESSES NACIONAIS E A SEGURANÇA DO ESTADO

Fortalecer, nos limites legais da competência do GSI/PR, os mecanismos de Inteligência, de


acompanhamento, análise, avaliação, assessoramento, articulação e ação, de maneira a promover
oportunidade e sabedoria ao processo decisório e assegurar a ação do Estado como Instituição maior
da Nação brasileira.

Fortalecer a credibilidade das Instituições de Estado de modo que elas sejam reconhecidas, junto
à sociedade, pela garantia da soberania, pela salvaguarda dos interesses nacionais e pela segurança
do Estado, preservando o Estado democrático de direito.

Indicadores: Índice de Resultado Institucional Meta: Criar histórico


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OBJETIVOS E INDICADORES

1. PERSPECTIVA RESULTADOS PARA SOCIEDADE E ESTADO

OE-3 – FORTALECER O DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS INTEGRADAS DE SEGURANÇA DO ESTADO

Desenvolver mecanismos e ações que permitam a integração das iniciativas, buscando a


convergência dos esforços no sentido de promover o desenvolvimento da qualidade no ciclo vital do
Estado e assegurando, não somente a sobrevivência do Estado, mas fortalecendo suas capacidades
institucionais de oferecer à Nação as garantias de manutenção do estado democrático de direito, o
seu desenvolvimento e sua capacidade de relacionamento no âmbito internacional.

Capacitar o Estado, mediante regime próprio, a assegurar o Pacto Federativo e o Pacto Social,
além de manter o exercício da soberania em prol da unidade nacional, assim como da incolumidade
de seu território.

Indicadores: Índice de Fortalecimento Integrado Meta: Criar histórico


40
OBJETIVOS E INDICADORES

2. PERSPECTIVA PROCESSOS INTERNOS

OE-4 – GARANTIR O ACESSO À INFORMAÇÃO DE FORMA TRANSPARENTE E TEMPESTIVA E O


RELACIONAMENTO EFETIVO COM A SOCIEDADE E O ESTADO

Fortalecer os mecanismos de acesso à informação com foco das Instituições de Estado e do


cidadão, ampliando a oferta de serviços de Segurança Institucional junto aos Sistemas de Governo e à
sociedade por meio de integração de dados e de canais de relacionamento, fomentando e
intensificando a utilização de canais remotos na prestação de serviços, bem como a divulgação de
dados e informações a respeito de seu escopo de atuação, respeitadas as necessidades de proteção
do conhecimento e da segurança das informações e comunicações.

Estabelecer a Política e diretrizes de gestão da informação e documentação que propicie e agilize


o acesso à informação por diversos meios, com vista a implantação de processo digital e políticas de
segurança da informação e comunicações.

Garantir uma comunicação clara, objetiva, tempestiva, ágil, oportuna, consistente e acessível aos
públicos externo e interno, por meio dos canais de comunicação disponíveis.

Indicadores: Índice de Acesso à Informação Meta: Criar histórico


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OBJETIVOS E INDICADORES

2. PERSPECTIVA PROCESSOS INTERNOS

OE-5 – INTENSIFICAR A EDUCAÇÃO EM SEGURANÇA INSTITUCIONAL E ATIVIDADES DE


INTELIGÊNCIA

Propor Programas de conscientização, formação, capacitação e desenvolvimento de servidores,


colaboradores e, em determinadas situações, oferecidos à cidadania conforme o interesse
institucional.

Aperfeiçoar, padronizar e criar modelos referenciais em Segurança Institucional e em Inteligência


de Estado.

Fortalecer parcerias e a troca permanente de informações para a promoção de ações preventivas


relativas aos incidentes, às crises, às ameaças, às vulnerabilidades e às oportunidades com potencial
de impacto na Segurança do Estado ou que possam afetar os interesses nacionais.

Indicador: Índice de Educação de Segurança Institucional Meta: 100%


42
OBJETIVOS E INDICADORES

2. PERSPECTIVA PROCESSOS INTERNOS

OE-6 – APERFEIÇOAR OS MECANISMOS DE GOVERNANÇA E GESTÃO CORPORATIVA


Estabelecer e empoderar um núcleo de gestão estratégica com a responsabilidade de articular a
execução do Planejamento Estratégico, propor alterações estruturais, promover o alinhamento de
interesses entre os gestores, conduzir o monitoramento estratégico, publicar relatórios regulares
mais transparentes, assessorar no processo de inovação institucional e produzir relatório de gestão
corporativa.
Incentivar o cumprimento das metas estabelecidas e acompanhar o desenvolvimento das
iniciativas estratégicas aprovadas, assegurando a conformidade com os objetivos estabelecidos e
disponibilizando metodologias adequadas aos projetos e processos institucionais, mantendo
registros atualizados a respeito da eficiência, eficácia e efetividade da Instituição no cumprimento de
sua missão e no alcance da visão de futuro.
Efetivar o gerenciamento de processos de negócio na organização, sejam finalísticos, gerenciais
ou de apoio, que estabeleçam como base essencial o “foco na Proteção do Estado e na Salvaguarda
dos Interesses Nacionais”, por meio da realização da análise, modelagem, desenho, transformação,
troca de experiências, cooperações técnicas e gerenciamento de desempenho de serviços e
processos, com alcance aos serviços eletrônicos.
Atestar a qualidade dos “Valores Públicos” entregues à sociedade e ao Estado e fomentar a
melhoria contínua para a evolução institucional, desenvolvendo uma Cultura de Inovação. Assegurar
clareza e objetividade nas normas institucionais. Promover a simplificação de procedimentos e
garantir a uniformidade de decisões em todas as instâncias.

Indicador: Índice de Atendimento de Metas Globais Meta: 55%


43
OBJETIVOS E INDICADORES

2. PERSPECTIVA PROCESSOS INTERNOS

OE-7 – PROMOVER A INOVAÇÃO DOS SERVIÇOS E PROCESSOS COM FOCO NA SIMPLIFICAÇÃO E


TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
Assegurar a dinâmica necessária à era da informação, com flexibilidade e capacidade técnica de
entrega oportuna, de qualidade e efetiva, no que tange aos interesses nacionais e à segurança
institucional.
Incentivar a integração de dados entre as Instituições envolvidas nos processos do GSI/PR,
assegurando a proteção do conhecimento, a segurança da informação e facilitando o acesso seguro e
simplificado e, no que for possível, promovendo a transformação digital.
Propor mudanças que possam afetar a percepção da sociedade e sua interação com os temas
estratégicos de interesse nacional, inclusive os referentes à segurança do Estado.
Promover a simplificação dos processos mapeados. Assegurar a melhoria contínua dos
processos, que consiste na análise do processo como se encontra atualmente visando a
determinação de quais atividades podem ser melhoradas.
Incorporar a tecnologia e metodologias ágeis em estratégias e processos, oferecendo uma
velocidade de resposta maior diante das expectativas do cliente e tornando os processos mais
eficientes por meio da introdução constante de inovações.
Incentivar que clientes e demais “stakeholders” participem do processo de criação de valor. A
principal contribuição é ir além da visão do que a Instituição acha que a sociedade deseja para
ter respostas mais concretas dos anseios do seu público-alvo.
Indicador: Índice de Inovação de Processos e Serviços Meta: Criar histórico
44
OBJETIVOS E INDICADORES

2. PERSPECTIVA PROCESSOS INTERNOS

OE-8 – FORTALECER A ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL E A REPRESENTATIVIDADE INTERNACIONAL


Mapear as partes interessadas estabelecendo Grupos de Interesse. Estabelecer diretrizes de
maneira a assegurar a potencialização dos valores e facilitar a materialização dos objetivos
institucionais em todos os relacionamentos com as partes interessadas. Definir estratégias e
tecnologias para gerenciar e analisar as interações Institucionais. Estabelecer um modelo de Gestão
de Relacionamentos com as Partes Interessadas. Avaliar o grau de satisfação das partes interessadas
na articulação com o GSI/PR.
Estabelecer uma Política de representatividade institucional que assegure a potencialização dos
valores e a habilitação do poder de influência em favor dos interesses nacionais e da segurança do
Estado brasileiro. Incrementar a representatividade nos âmbitos nacional e internacional.
Articulação Institucional: é o modelo de relacionamento estabelecido pela Instituição com seus
“stakeholders” que, assegurada a potencialização de seus valores, busca solução e equilíbrio entre os
interesses e necessidades dos mesmos e a capacidade de saná-las ou atendê-las, bem como o apoio
aos projetos em andamento ou a objetivos institucionais estabelecidos.
A representatividade confere legitimidade aos diversos papéis que assume o GSI/PR por
competência legal, assegurando-lhe poder de influência e capacidade negocial e participativa nos
temas estratégicos de interesse nacional que lhe são afetos.

Indicadores: Índice de Representação e Articulação Institucional Meta: Criar histórico


45
OBJETIVOS E INDICADORES

2. PERSPECTIVA PROCESSOS INTERNOS

OE-9 – INTENSIFICAR OS MECANISMOS DE PROTEÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E DE


OUTRAS INSTITUIÇÕES DE ESTADO

Mapear e aprimorar os mecanismos de Proteção, de modo a garantir a confiabilidade e o


monitoramento da efetividade dos processos adotados para proteção institucional. Identificar
vulnerabilidades, ameaças e oportunidades à Segurança do Estado brasileiro e aos interesses
nacionais.

Acompanhar continuamente as tendências e fatos relacionados a temas estratégicos. Analisar


cenários alternativos. Identificar variáveis determinantes. Produzir documentos conclusivos. Prover
assessoramento superior. Articular com diversos órgãos com potencial e responsabilidade de ação,
de maneira a que as tendências indesejáveis possam ser evitadas, no que tange aos temas
acompanhados.

Indicadores: Índice de Proteção da Presidência da República


Índice de Acompanhamento das Infraestruturas Críticas
Índice de Proteção Nuclear
Índice de Proteção Cibernética
Índice de Ações Normativas de Segurança da Informação Meta: 100%
46
OBJETIVOS E INDICADORES

2. PERSPECTIVA PROCESSOS INTERNOS

OE-10 – POTENCIALIZAR AÇÕES DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS DE INTERESSE NACIONAL E DE


SEGURANÇA DO ESTADO

Mapear os temas conjunturais e perenes de interesse nacional e afetos à segurança do Estado.

Acompanhar continuamente as tendências e fatos relacionados a temas estratégicos. Analisar


cenários alternativos. Identificar variáveis determinantes. Produzir documentos conclusivos. Prover
assessoramento superior. Articular com diversos órgãos com potencial e responsabilidade de ação,
de maneira a que as tendências indesejáveis possam ser evitadas, no que tange aos temas
acompanhados.

Indicador: Índice de Prevenção e Contenção de Crises


Índice de Atuação no Setor Espacial Meta: Criar histórico
47
OBJETIVOS E INDICADORES

2. PERSPECTIVA PROCESSOS INTERNOS

OE-11 – APRIMORAR A GESTÃO DA INTELIGÊNCIA DE ESTADO

Desenvolver a Atividade de Inteligência, de forma a fortalecer a atuação coordenada e integrada


do SISBIN.

Indicador: Índice de Aprimoramento de Inteligência Meta: 80%


48
OBJETIVOS E INDICADORES

3. PERSPECTIVA APRENDIZADO E CRESCIMENTO

OE-12 – DESENVOLVER COMPETÊNCIAS E CULTURA VOLTADAS AOS VALORES E AOS RESULTADOS


INSTITUCIONAIS

Sistematizar a gestão por competências, incrementando a capacitação continuada, gerencial e


profissional, com base no conhecimento técnico, na liderança, na proatividade e no
comprometimento com os objetivos institucionais de todas as pessoas envolvidas no processo.
Disseminar e internalizar os valores organizacionais: Patriotismo; Visão de Estado; Cooperação;
Integração e Credibilidade, com foco nos resultados advindos do compartilhamento de boas
condutas e práticas. Conscientizar os servidores acerca da responsabilidade socioambiental e com a
sustentabilidade da Nação brasileira, incentivando-os a participarem ativamente.

Indicador: Índice de Capacitação Meta: 25%


49
OBJETIVOS E INDICADORES

3. PERSPECTIVA APRENDIZADO E CRESCIMENTO

OE-13 – PROMOVER RECONHECIMENTO, A VALORIZAÇÃO E A QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS


NO TRABALHO

Mapear e maximizar a gestão de Recursos Humanos. Reconhecer o mérito dos servidores, ter
política de valorização justa e transparente, associada ao desempenho individual e institucional, bem
como, promover clima organizacional construtivo, participativo e harmônico, com foco na qualidade
de vida dos servidores.

A qualidade de vida tem se tornado um elemento essencial para que os colaboradores se sintam
motivados e satisfeitos em realizar suas tarefas, contribuindo para que a Instituição alcance os
melhores resultados.

Indicador: Índice de Qualidade no Trabalho Meta: 80%


50
OBJETIVOS E INDICADORES

3. PERSPECTIVA APRENDIZADO E CRESCIMENTO

OE-14 – PROPORCIONAR SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS, INTEGRADAS, SEGURAS E DE ALTO


DESEMPENHO

Estabelecer uma Política de atualização tecnológica para o GSI/PR. Estabelecer o nível de


maturidade em segurança e desempenho desejados. Identificar oportunidades de integração de
dados. Desenvolver projetos cooperativos visando à implantação de soluções tecnológicas
integradas. Desenvolver as competências necessárias e alinhar processos e tecnologia, de maneira a
otimizar o alcance dos objetivos do GSI/PR.

Indicador: Índice de Inovação Tecnológica Meta: Criar histórico


51
OBJETIVOS E INDICADORES

3. PERSPECTIVA APRENDIZADO E CRESCIMENTO

OE-15 – APERFEIÇOAR A GESTÃO E APLICAÇÃO DOS RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS

No planejamento público a abordagem centra-se na análise da compatibilização do Plano


Plurianual com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual e execução da despesa,
evidenciando-se as iniciativas, os empreendimentos e o cumprimento de metas, de modo que se
possa avaliar a aplicação de recursos nos parâmetros de excelência de como gastar bem, com
transparência e controle, para que se tenha economicidade, eficiência e eficácia, com vistas a dar
suporte estruturante à efetividade Institucional do GSI/PR.

Indicador: Índice de Execução Orçamentária Meta: 100%


53
INICIATIVAS ESTRATÉGICAS

As Iniciativas Estratégicas indicam o conjunto de medidas ou ações a serem implementadas para


assegurar o alcance dos objetivos estabelecidos no mapa estratégico e para preencher as lacunas
existentes entre o desempenho atual da organização e o desejado.

Face às características da gestão estratégica, as iniciativas podem sofrer alterações inerentes à


dinâmica organizacional.
54
INICIATIVAS ESTRATÉGICAS

Iniciativas Estratégicas do GSI:

– Aperfeiçoar a Comunicação Interna.

– Aprimorar a Segurança e a Coordenação Presidencial (Planejamento, Inteligência, Operações,


Logística, etc).

– Aprimorar o protocolo de gerenciamento de crises.

– Criar o Programa de Implantação do Sistema de Gestão de Informações Estratégicas de Interesse


Nacional.

– Elaborar o Plano de Capacitação e de Desenvolvimento de Pessoal.

– Elaborar e implementar o Plano de Comunicação da Gestão Estratégica.

– Estabelecer processo de acompanhamento sistemático dos temas estratégicos.

– Estabelecer programas de elevação do nível de maturidade em Segurança Institucional.

– Estabelecer programa de sensibilização e de capacitação.


55
INICIATIVAS ESTRATÉGICAS

– Estimular a criação de Programas de implantação de Sistemas de Proteção Institucional do Estado


Brasileiro.

– Estimular iniciativas de elevação do nível de maturidade em Segurança Institucional.

– Estimular ações de Benchmarking.

– Fortalecer a Integração do SISBIN (cultura de integração comunicação, cooperação, proteção, etc).

– Implantar ações para organizar e disseminar conhecimentos – Projeto Memória.

– Implantar as Unidades de Gestão nos níveis estratégico e operacional.

– Realizar o monitoramento e avaliação.

– Sistematizar o processo de acompanhamento aos assuntos pertinentes ao terrorismo.

– Sistematizar o processo de acompanhamento às infraestruturas críticas.

– Sistematizar o funcionamento das atividades permanentes da Secretaria Executiva do CDN.


57
DISPOSIÇÕES FINAIS

Este Planejamento Estratégico aplica-se a todos os órgãos componentes da estrutura


organizacional do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Entrará em vigor na
data de sua publicação no Boletim Interno do GSI e terá validade no sexênio 2018-2023. Revisões
periódicas serão realizadas ao longo da implantação da Gestão Estratégica, sempre que surjam
demandas que justifiquem adequações e reavaliações.

Por fim, cabe lembrar que o Relatório de Gestão do GSI, confeccionado anualmente, terá dados
gerados pelos indicadores estabelecidos neste instrumento. Tal fato ratifica a importância da séria e
premente implantação da Gestão Estratégica, não somente pela melhoria na qualidade da governança,
como também pelos impositivos da Administração Pública Federal.

“O QUE NÃO É MEDIDO NÃO É GERENCIADO”

“TAMBÉM NÃO SE PODE MEDIR O QUE NÃO SE DESCREVE ”

(Robert S. Kaplan & David P. Norton)


59
GLOSSÁRIO

Para fins deste documento, considera-se:

APRIMORAR COMPETÊNCIAS: adquirir e desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes, bem


como capacidades para o desempenho institucional do órgão.

COORDENAÇÃO PRESIDENCIAL: processo que permite às autoridades presidenciais deslocarem-


se pelo território nacional e para outras nações, atendendo às suas agendas no cumprimento do seu
papel institucional, bem como garante a execução do cerimonial militar da Presidência da República. É
realizada pelo GSI/PR para assegurar a perfeita articulação entre os órgãos envolvidos, assegurando as
melhores condições logísticas para o cumprimento da agenda do Presidente da República e, em
determinadas condições também do Vice- Presidente.

ESTADO: pessoa jurídica formada por grupo de indivíduos politicamente organizados e fixados
em um território, onde é soberana. Seus elementos constitutivos são, portanto, o povo, o território, e
a organização política – que inclui o governo, o regime e a soberania.

INFRAESTRUTURAS CRÍTICAS: as instalações, serviços, bens e sistemas, cuja interrupção ou


destruição total ou parcial, provocará sério impacto social, ambiental, econômico, político,
internacional ou à segurança do Estado ou da sociedade.

INSTITUIÇÕES DE ESTADO: entendam-se aquelas que têm por obrigação a defesa dos interesses
do Estado, vinculados às suas funções constitucionais e às suas necessidades vitais.
60
GLOSSÁRIO

INTERESSES NACIONAIS: anseios e aspirações da sociedade e do Estado, que contribuirão para


sua própria preservação e seu progresso em benefício das gerações futuras.

METAS: são valores planejados, definidos para serem alcançados pela medição realizada por
intermédio dos Indicadores.

NAÇÃO: conjunto constituído por grupos sociais distintos que, em princípio, ocupando, um
mesmo espaço territorial, compartilham da mesma evolução histórico-cultural e dos mesmos valores,
movidos pela vontade de comungar um mesmo destino.

NECESSIDADES VITAIS DE UM ESTADO: sobrevivência, desenvolvimento e relacionamento.

OBJETIVOS NACIONAIS: são a cristalização de necessidades, interesses e aspirações que se busca


satisfazer para assegurar as condições de existência e de progresso do Estado.

PENSAMENTO ESTRATÉGICO: conjunto de princípios e conceitos, embasados em valores


axiológicos, sempre na busca de um objetivo maior, o bem comum.
61
GLOSSÁRIO

PERSPECTIVAS: são a forma de se enxergar as diferentes áreas de negócio de uma organização.


Pode-se dizer que são um agrupamento de conhecimentos e competências que precisam ser
gerenciados.

SEGURANÇA: a condição que permite ao País preservar sua soberania e integridade territorial,
promover seus interesses nacionais, livre de pressões e ameaças, e garantir aos cidadãos o exercício
de seus direitos e deveres constitucionais.

SEGURANÇA NACIONAL: sentimento de garantia para a Nação, da conquista e manutenção dos


seus Objetivos Fundamentais: existência soberana, identidade democrática, integração social,
integridade patrimonial, progresso e paz social.
SEGURANÇA PRESIDENCIAL: processo que inclui a segurança das autoridades presidenciais
(Presidente e Vice-Presidente da República), definidas em Lei, seus familiares e as instalações da
Presidência da República, ademais de qualquer local onde essas autoridades necessitem estar para o
exercício do Poder a elas instituído, com a finalidade de assegurar a liberdade de ação do Poder
Executivo.
TEMAS ESTRATÉGICOS: todos aqueles que de alguma maneira, direta ou indiretamente, se
vinculem com a segurança do Estado brasileiro, com a proteção e desenvolvimento de suas
instituições e com a salvaguarda dos interesses nacionais.
63
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

O Marco Referencial Conceitual tem por finalidade registrar a interpretação conceitual basilar
que fundamentou a materialização da cadeia de valor do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República (GSI/PR), de maneira a estabelecer a exata compreensão de seu escopo que
orienta o Planejamento Estratégico.

O nome “Segurança Institucional”, por ser amplo e, de certo modo, de difícil compreensão,
remete ao questionamento dos limites do escopo do GSI/PR. Buscando esse entendimento, adotou-
se a premissa que “Instituições” são estruturas ou mecanismos de ordem social, que regulam
o comportamento de um conjunto de indivíduos dentro de uma determinada comunidade.
Instituições são identificadas com uma função social, que transcende os indivíduos e as intenções,
mediando as regras que governam o comportamento vivo (Miller, 2014).

Organizadas sob o escopo de regras e normas, visam à ordenação das interações entre os
indivíduos e entre estes e suas respectivas formas organizacionais. Com outras palavras, as
instituições sociais tem seu papel fundamental no processo de socialização, ou seja, tem como
objetivo fazer um indivíduo tornar-se membro da sociedade. O Estado é, portanto, a Instituição maior
da Nação, sendo ela, a essência do escopo do GSI/PR.

O termo "instituição" comumente se aplica tanto às instituições informais quanto a padrões de


comportamento ou costumes importantes para uma sociedade e, em particular, às instituições
formais criadas por entidades como os governos e serviços públicos. Instituições como o Estado e
a família são suficientemente amplas para abranger outras instituições.

Quanto aos Macroprocessos Finalísticos, observou-se a missão do GSI/PR e os estudos da


arquitetura de processos. O conjunto de macroprocessos está entendido como um modelo lógico,
64
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

definido a partir da arquitetura estratégica do Gabinete, envolvendo seu escopo e posicionamento, a


governança1 e suas capacidades e competências, o que resulta naturalmente em um modelo flexível,
apto a suportar mudanças conjunturais, mas capaz de uma perenidade temporal no que se refere aos
seus alicerces.

A Cadeia de Valor Integrada subsidia a formulação estratégica e seu desdobramento, além de


proporcionar as intervenções necessárias de inovação e modelagem de processos que venham a
fundamentar os princípios e objetivos organizacionais, com a finalidade de promover: a melhoria da
gestão pública, a gestão por resultados, a transparência e a facilidade de acesso aos serviços
prestados, a excelência no atendimento aos cidadãos/sociedade, a transformação do negócio, o
fortalecimento da organização e maior visibilidade das competências organizacionais. Cabe ressaltar o
perfeito alinhamento do Planejamento Estratégico do GSI/PR com a Política de Governança da
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional de que dispõe o Decreto 9.203, de 22
de novembro de 2017.

No GSI/PR, ela está representada até o nível de Processos (omitindo, portanto, os Processos de
Trabalho2) e apresenta o “Valor Público3” entregue por seus Macroprocessos Finalísticos.

1 Governança pública - conjunto de mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar,
direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da
sociedade. (Brasil, Dec nº 9.203, 2017)
2 Os Processos de Trabalho são representados em fluxos de processos (Atividades e Tarefas) que subsidiam a execução

dos serviços e processos institucionais das diversas Secretarias e Assessorias.


3 Valor Público: produtos e resultados gerados, preservados ou entregues pelas atividades de uma organização que

representem respostas efetivas e úteis às necessidades ou às demandas de interesse público e modifiquem aspectos do
conjunto da sociedade ou de alguns grupos específicos reconhecidos como destinatários legítimos de bens e serviços
públicos. (Brasil, Dec nº 9.203, 2017)
65
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

A missão do GSI/PR foi sintetizada da seguinte maneira: “Trabalhar para a Garantia da Segurança
do Estado Brasileiro”.

Segundo a Teoria Geral, conclusiva e sinteticamente, “Estado” é a pessoa jurídica formada por
grupo de pessoas politicamente organizado fixado em um território, onde é soberana. Seus
elementos constitutivos são, portanto, o povo, o território, e a organização política – que inclui o
governo4, o regime e a soberania5. “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito6” (Brasil.
Constituição Federal de 1988, Art. 1º.).

A segurança, em linhas gerais, é a condição em que o Estado, a sociedade ou os indivíduos se


sentem livres de riscos, pressões ou ameaças, inclusive de necessidades extremas. A expressão
“segurança” assume um sentido geral de garantia, proteção e estabilidade em vários campos,
dependendo do adjetivo que a qualifica (segurança jurídica, social, nacional e pública, dentre outras).

4
Governo é a Instituição de Estado que tem a função de administrá-lo, sendo formada por um conjunto de pessoas que
exercem, geralmente de forma temporária, o poder Executivo da Nação.
5 Soberania: total poder e domínio da Nação independente, exercidos pelo Estado, dentro de seus limites territoriais, que

lhe assegura estar livre da influência ou comando exercido por Estados terceiros. A soberania popular, comum em todas
as nações democráticas é uma doutrina que dá ao povo o controle da estruturação e organização do Estado, através da
ideia do chamado "contrato social", onde o povo dá consentimento aos representantes escolhidos para que estes
possam governar. Neste contexto também, o indivíduo se integra à sociedade, abrindo mão de parcela de suas liberdades
em benefício do Bem Comum.
6 Estado democrático de direito é um conceito que designa qualquer Estado que se aplica a garantir o respeito das

liberdades civis, ou seja, o respeito pelos direitos humanos e pelas garantias fundamentais, através do estabelecimento
de uma proteção jurídica.
66
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

a Política de Defesa Nacional define segurança como: “a condição que permite ao País preservar sua
soberania e integridade territorial, promover seus interesses nacionais, livre de pressões e
ameaças, e garantir aos cidadãos o exercício de seus direitos e deveres constitucionais” (BRASIL,
2012, p.13).

Como se observa, a “segurança” não pode ser garantida por um “ente” isolado, mas pela ação de
diversas Instituições em cujas competências se assenta o sentido geral acima denotado. Assim, o
papel do GSI/PR se concentra na permanente vigilância dos cenários que possam impactar a dinâmica
das necessidades vitais7 e os interesses do Estado brasileiro, no alerta e no assessoramento oportuno
às altas autoridades governamentais, ademais da articulação para a ativação dos instrumentos
necessários e responsáveis pela ação, assegurando a continuidade do ciclo vital do Estado.

O GSI/PR estrutura sua ação em Macroprocessos Finalísticos, Gerenciais e de Apoio para entregar
à sociedade, como Valor Público, a “Proteção do Estado” e a “Salvaguarda dos Interesses Nacionais”.
Antes de detalhar os Macroprocessos, necessário se faz entender o escopo desses produtos. A
Proteção não se limita às capacidades institucionais dos diversos órgãos e Instituições responsáveis
pela garantia da Segurança do Estado, mas incorpora as capacidades exclusivas inerentes ao GSI. É
aqui entendida como o incremento da Segurança do Estado resultante do efetivo acompanhamento
dos cenários impactantes nas necessidades relacionadas ao ciclo vital do Estado, seja pela ação da
Inteligência do Estado, seja pela gestão de assuntos estratégicos de interesse nacional, ou pela gestão

7 Necessidades vitais de um Estado: sobrevivência, crescimento/desenvolvimento e relacionamento (SUCHA, 2003).


67
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

da Segurança das Instituições de Estado8 no nível político estratégico, assegurando sabedoria ao


processo decisório e elevando o nível de maturidade nas questões vinculadas à Segurança
Institucional9.

No ato de instalação da Assembleia encarregada da elaboração da Constituição de 1934, o


Presidente Getúlio Vargas assinalou o papel do Estado nos seguintes termos: “O Estado, qualquer que
seja o seu conceito segundo as teorias, nada mais é, na realidade, do que o coordenador e
disciplinador dos interesses coletivos, a sociedade organizada como poder10, para dirigir e assegurar o
seu progresso. Toda estrutura constitucional implica, por isso, a estrutura das funções do Estado”. Por
Instituições de Estado entendam-se aquelas que têm por obrigação a defesa ou a materialização dos
interesses nacionais, vinculados às funções constitucionais e às necessidades vitais do Estado.

O Estado tende a considerar necessidade existencial a preservação de seus bens materiais


oriundos de seu território, como fonte fundamental de geração de riquezas em favor do bem comum
nacional. A soberania territorial é, portanto, uma questão fundamental relacionada à

8 Instituições
de Estado: todas aquelas organizações públicas que têm por obrigação a salvaguarda ou a materialização
dos interesses nacionais, assegurando à Nação a continuidade e a qualidade de sua existência e de seu progresso
(conceito adaptado pelo grupo de Planejamento Estratégico do GSI/PR).
9 Segurança Institucional: Condição que permite à sociedade a percepção de efetividade de suas Instituições de Estado

e, em consequência, de sustentabilidade do ciclo vital da Nação. (conceito adaptado pelo grupo de Planejamento
Estratégico do GSI/PR).
10 Poder é o direito de deliberar, agir, mandar e, dependendo do contexto, exercer sua autoridade, soberania, a posse

de um domínio, da influência ou da força.


68
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

proteção do Estado, do mesmo modo que a manutenção da coesão em torno do interesse coletivo
relativo à ordem pública, consubstanciada no respectivo pacto social11.

Diante disso e de outras considerações, há que se identificar quais são as Instituições de Estado,
entre as quais se incluem os três poderes da República, as Forças Armadas, os Órgãos de Segurança
Pública, a Administração Pública Federal e as Infraestruturas Críticas12 do Estado, entre outras que
carecem de um Sistema de Proteção Nacional.

Embora a noção conceitual de “interesses nacionais” não seja precisa, para fins deste Plano
assim se entendem os “anseios e aspirações13 da sociedade e do Estado que contribuirão para sua
própria preservação e seu progresso em benefício das gerações futuras”. Este conceito incorpora,
portanto, um alicerce permanente que se traduz na sua necessidade de preservação
(sustentabilidade) e, ademais, de forma imperativa, a edificação de ideais de existência no alcance
sociocultural de progresso da Nação14 brasileira.

A Preponderância do interesse nacional sobre qualquer outro consiste na consciência de que os


interesses da Nação estão acima dos individuais e grupais. A satisfação dos interesses nacionais traz,
11 O regime reflete o contrato social de uma nação, sendo consubstanciado na Carta Magna.
12 Consideram-se infraestruturas críticas (IEC) as instalações, serviços, bens e sistemas cuja interrupção ou destruição,
total ou parcial, provocará sério impacto social, ambiental, econômico, político, internacional ou à segurança do Estado e
da sociedade, necessitando de medidas especiais de proteção (Brasil, 2010, p.19).
13 O equilíbrio ou o desequilíbrio com relação à satisfação das necessidades e/ou desejos individuais ou grupais é gerador

de anseios e aspirações, sendo, por si só, ponto de partida do ciclo da motivação.


14 Nação: Grupo complexo, constituído por grupos sociais distintos que, em princípio, ocupando, um mesmo Espaço

Territorial, compartilham da mesma evolução histórico-cultural e dos mesmos valores, movidos pela vontade de
comungar um mesmo destino (ESG, 2014).
69
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

como consequência, a sensação de bem estar geral, seja por atendimento dos interesses individuais
e grupais, seja por renúncia consentida destes, em benefício do Bem Comum, aqui entendido como
o ideal de convivência que, transcendendo a busca do bem estar, permite construir uma sociedade
onde todos, e cada um, tenham condições de plena realização de suas potencialidades como pessoa
e de conscientização e prática de valores éticos, morais e espirituais. (São Tomás de Aquino). Cabe
ressaltar que os interesses nacionais aliados à vontade política permitem consubstanciar Objetivos
Nacionais15.

Quando se fala em “Salvaguarda dos Interesses Nacionais”, portanto, pode-se dizer que se está
referindo à busca da segurança do Estado-Nação. O preâmbulo e o Título I da Constituição Federal de
1988 possibilitam uma base importante para a identificação dos interesses nacionais, assim como
dos princípios e valores da sociedade brasileira. Fazendo uma abordagem semelhante à realizada
para a expressão “segurança”, os interesses nacionais não podem ser salvaguardados por um ente
isolado. Assim, o papel do GSI/PR, embora restrito às suas competências legais, prossegue
comprometido com a sustentabilidade16 da Nação brasileira, sendo, sua ação, imprescindível para a
evolução da maturidade17 democrática e para o progresso do Brasil.
15 Objetivos Nacionais são a cristalização de necessidades, interesses e aspirações que se busca satisfazer para assegurar
as condições de existência e de progresso da Nação.
16 Sustentabilidade: atitude de permitir as condições para que algo possa existir, assegurando a continuidade do seu ciclo

vital. Diante da atribuição trazida pela “salvaguarda dos interesses nacionais”, o termo traduz o sentido da preservação
das Instituições do Estado para a continuidade e qualidade da existência e do progresso da Nação, visando o Bem
Comum das gerações futuras (conceito adaptado pelo grupo de Planejamento Estratégico do GSI/PR).
17 Maturidade é a capacidade de suportar incertezas, evocando a ideia de evolução e de melhoria contínua. A maturidade

institucional está associada ao processo de acúmulo e domínio de conhecimentos e como isso se transforma em
resultados tangíveis, replicáveis e mensuráveis.
70
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

Os “Valores Institucionais” são um conjunto de sentimentos que estruturam, ou pretendem


estruturar, a cultura e a prática da organização. São guias para o Processo Decisório e para o
comportamento do Gabinete de Segurança Institucional no cumprimento de sua missão e na busca de
sua Visão de Futuro. Conformam a base da cultura corporativa e servem de referência para o
comportamento do dia a dia. Os valores do GSI/PR são: Patriotismo; Visão de Estado; Integração; e
Credibilidade.

“Patriotismo”: Traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever e pelo compromisso de


fidelidade à Pátria. É um sentimento que, ao lado das Leis, sustentam um Estado.

“Visão de Estado”: Capacidade de perceber as necessidades do Estado Brasileiro e conduzir ações


em proveito dos interesses nacionais, em detrimento das conveniências individuais e corporativas.

“Integração”: Pressupõe a cooperação sistêmica de indivíduos e instituições com a finalidade de


buscar sinergia normativa e funcional, no esforço e nos resultados, em prol de objetivos comuns.
Estabelece um sistema de interdependência e corresponsabilidade em proveito da efetividade
institucional.

“Credibilidade”: Peculiaridade ou qualidade de quem conquistou ou adquiriu a confiança de outrem.


Para tanto, se exige atuar com compromisso, responsabilidade e segurança, gerando confiança a todos
que se relacionam com o GSI.

Com esse entendimento, se torna mais simples a compreensão de cada um dos Macroprocessos
Finalísticos do GSI/PR: Gestão da Segurança de Instituições de Estado; Gestão de Assuntos Estratégicos
de Interesse Nacional e Gestão de Inteligência de Estado.
71
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

Cabe destacar que, na maioria dos casos, as diversas Secretarias, a ABIN, e as Assessorias do
GSI/PR contribuirão para as entregas dos Macroprocessos e Processos finalísticos descritos a seguir.
Será nos Processos de Trabalho específicos (ocultos na Cadeia de Valor), decorrentes dos Processos do
GSI/PR, que todos os órgãos se encontrarão integralmente como responsáveis. A Secretaria Executiva,
por seu papel de coordenação, perpassa todos os processos do GSI/PR.

Ressalta-se, ainda, que os Processos de Planejamento, Gerência ou Coordenação e de


Monitoramento são comuns a todos os Macroprocessos, caracterizando o modelo de estratégia de
gestão (PDCA – Planejar, Executar, Controlar e Agir) e de governança (ADM – Avaliar, Direcionar e
Monitorar) a ser estabelecido no Planejamento Estratégico do GSI/PR.

O escopo do Macroprocesso “Gestão da Segurança de Instituições de Estado” consiste em


“Prover a Proteção da Presidência da República”, “Coordenar Eventos, Cerimonial e Viagens
Presidenciais”, “Gerenciar a Segurança da Informação e das Comunicações”, “Planejar, Gerenciar e
Monitorar, em nível Político-Estratégico, a Segurança das Instituições do Estado brasileiro” e
“Contribuir para a Salvaguarda de sua Soberania”, entregando como Valor Público à sociedade, a
Proteção do Estado no atendimento precípuo dos interesses nacionais. Observa-se que esse escopo
não se esgota no GSI/PR, cuja responsabilidade se encontra no campo da governança político-
estratégica, assegurando uma adequada percepção de ameaças e oportunidades ao ciclo vital do
Estado, preservando suas Instituições, e a articulação necessária para decisões oportunas e
qualificadas de sabedoria, com subsequentes ações estratégicas pelas Instituições responsáveis. Nota-
se, ainda, que para o GSI/PR prevalecem os interesses nacionais sobre os interesses de governo,
ideológicos ou partidários. Em síntese: O GSI/PR é o “anjo da guarda” do Estado brasileiro.
72
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

A Presidência da República é a principal Instituição de Estado que concentra o Poder decisório


estatal e do Governo da República Federativa do Brasil, incluindo o Presidente, o Vice-Presidente, os
órgãos constitutivos (a Casa Civil; a Secretaria de Governo; a Secretaria-Geral; o Gabinete Pessoal do
Presidente da República; o Gabinete de Segurança Institucional; e a Secretaria Especial da Aquicultura
e da Pesca), além dos diversos órgãos de assessoramento imediato e dos órgãos de consulta do
Presidente da República (Conselho da República e Conselho de Defesa Nacional).

A “Proteção da Presidência da República” engloba perspectivas distintas, dependendo do


processo de trabalho de que se está tratando, observados os limites da competência do GSI/PR
impostos pela Lei nº 13.502, de 1º de Novembro de 2017.

Em síntese, a Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial (SSCP) tem a responsabilidade


operacional de execução da Segurança Presidencial, cabendo à ABIN fornecer, quando necessário,
conhecimentos de inteligência, enquanto a Secretaria de Coordenação de Sistemas pode oferecer,
além da segurança da informação, a proteção cibernética e a Secretaria de Assuntos de Defesa e
Segurança Nacional e a Assessoria Especial podem fornecer estudos e acompanhamentos de cenários
que contenham insumos para formulação da agenda Presidencial, assim como apontem ameaças e
oportunidades em situações de agendas previstas, tudo sob a coordenação da Secretaria-Executiva.

Sob a ótica estratégica a “Proteção da Presidência da República” inclui o assessoramento direto


ao Presidente da República e, ocasionalmente ao Vice-Presidente, a respeito de assuntos de interesse
nacional acerca dos quais, como Chefe de Estado, tenha que tomar decisões sensíveis, ouvindo ou não
seus órgãos de consulta, para assegurar a efetividade da ação do Estado na estrita atenção ao
interesse
73
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

nacional, como também para a com a sustentabilidade da Nação brasileira. Neste mister, esse
processo é beneficiado por insumos de diversos outros processos do GSI/PR, com a participação de
todas as Secretarias, da ABIN e da Assessoria Especial do GSI/PR.

No seu aspecto mais operacional, este Processo inclui a segurança das autoridades presidenciais
(Presidente e Vice-Presidente da República), definidas em Lei (restritiva no que se refere à
abrangência do escopo desse processo), seus familiares e as instalações da Presidência da República,
ademais de qualquer local onde essas autoridades necessitem estar para o exercício do Poder a elas
instituído, com a finalidade de assegurar a liberdade de ação do Poder Executivo. Diversas Secretarias,
a ABIN e a Assessoria Especial do GSI/PR podem cooperar nesse processo.

A “Coordenação de Eventos, Cerimonial e Viagens Presidenciais” permite às autoridades


presidenciais deslocarem-se pelo território nacional e para outras nações, atendendo às suas agendas
no cumprimento do seu papel institucional, bem como garante a execução do cerimonial militar da
Presidência da República. É realizada pelo GSI/PR para assegurar a perfeita articulação entre os órgãos
envolvidos, assegurando as melhores condições logísticas para o cumprimento da agenda do
Presidente da República e, em determinadas condições também do Vice-Presidente.

A “Gerência da Segurança da Informação e das Comunicações” contempla a coordenação e o


desenvolvimento de ações para as questões de segurança cibernética, assim como as de segurança
das infraestruturas críticas da informação, inclusive a definição de normativos e de requisitos
metodológicos e a manutenção do Centro de Coordenação de Tratamento e Resposta a Incidentes
74
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

nas redes da Administração Pública Federal. Trata-se, portanto, de um processo que visa à proteção
das Instituições de Estado e de suas Infraestruturas Críticas de Informação.

A “Contribuição para a Salvaguarda da Soberania Nacional” inclui o Assessoramento Superior


decorrente da atenção especial às ações estratégicas e às Instituições de Estado voltadas para
proteção, ocupação e uso de áreas indispensáveis à segurança do território nacional, bem como para
a garantia do Pacto Social, incluindo-se aí as crises de ordem pública, assim como do Pacto
Federativo. De alta relevância se tornam o acompanhamento de cenários que possam exigir do
Estado medidas constitucionais extremas, como a declaração de guerra, a celebração da paz, a
intervenção federal, o estado de defesa e o estado de sítio, além de avaliar as questões relevantes
para a estabilidade das instituições democráticas, tudo com a finalidade de garantir a independência
nacional e a defesa do Estado Democrático de Direito.

A “Gestão de Assuntos Estratégicos de Interesse Nacional” inclui o “Planejamento, a


Coordenação, o Monitoramento de Assuntos Estratégicos de Interesse Nacional” –, incluindo-se entre
eles as questões de Segurança e Proteção Nuclear e o Fortalecimento do Setor Espacial –, além da
“Prevenção e da Contenção de Crises”.

O assessoramento sob a responsabilidade do GSI/PR é realizado no mais alto nível do processo


decisório nacional, podendo incluir diversas Instituições e organizações que se vinculem aos temas
estratégicos. Entenda-se por “Temas Estratégicos” todos aqueles que de alguma maneira, direta ou
indiretamente, se vinculem com a segurança do Estado brasileiro, com a proteção de suas
Instituições e com a salvaguarda dos interesses nacionais. Embora possa parecer redundante, em
75
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

função desse conceito, destaca-se a questão da Segurança Institucional (que em tese difere de
Segurança Nacional18) por ser missão tradicional durante toda a existência do GSI/PR, traduzindo a
sua própria identidade organizacional.

A “Prevenção de Crises Institucionais” se obtém pelo acompanhamento contínuo e metódico de


tendências e fatos relacionados a temas estratégicos, pela análise especializada dos cenários, pela
identificação das variáveis determinantes, pela produção de documentos conclusivos, pelo
assessoramento superior, pela articulação com diversos órgãos com potencial e responsabilidade de
ação, de maneira a que as tendências indesejáveis possam ser evitadas, no que tange aos temas
acompanhados.

Uma “crise institucional” é traduzida pela percepção de falência ou a grave dificuldade de se


oferecer efetivamente à sociedade o atendimento às suas necessidades vinculadas ao ciclo vital da
Nação, com potencial de comprometimento aos interesses nacionais, seja pelo agravamento de
vulnerabilidades endógenas, seja pela potencialização de ameaças.

Prevenir crises institucionais, portanto, nos leva a considerar a capacidade de monitorar, de


prever, de predizer, de perceber, de analisar, de estudar, de entender, de assessorar, de induzir, de

18 Segurança Nacional é o sentimento de garantia para a Nação, da conquista e manutenção dos seus Objetivos
Fundamentais, proporcionada pela aplicação do seu Poder Nacional. O conceito traz uma referência aos Objetivos
Fundamentais da Nação, podendo dizer-se que a Segurança Nacional consiste na garantia de que os objetivos de
existência soberana, identidade democrática, integração social, integridade patrimonial, progresso e paz social estão
sendo buscados e preservados (ESG, 2014).
76
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

agir, de fazer agir, de intervir, de controlar e de articular, entre outras que possibilitem a gestão de
riscos19 no mais alto nível de governança do Estado.

Todas as Secretarias, assim como a Assessoria Especial e a ABIN possuem Processos de Trabalho
que contribuem para as entregas desse processo do GSI/PR.

A “Gestão da Contenção de Crises Institucionais” é um processo que tem início diante da


dificuldade de Prevenção ou mesmo de percepção no que se refere à materialização de uma crise
Institucional. Quando uma crise institucional que envolva o GSI/PR ocorre, se houve capacidade de
previsão ou predição, o tema certamente passou pelo processo de prevenção, que não foi efetivo.
Mas há crises imprevisíveis e, nesse caso já surgem como fato, dificultando as providências iniciais
que passam a ser emergenciais.

O espectro das crises pode ter impacto localizado em determinado setor da sociedade ou
implicar maior gravidade, limitando a capacidade de governo, culminando em paralisia decisória e
comprometendo o funcionamento das instituições democráticas.

A Contenção da Crise envolve atividades semelhantes aos da Prevenção, mas com a exigência de
resultado efetivo diante das ações demandadas de maneira a assegurar qualidade ao ciclo vital da

19Gestão de riscos - processo de natureza permanente, estabelecido, direcionado e monitorado pela alta administração,
que contempla as atividades de identificar, avaliar e gerenciar potenciais eventos que possam afetar a organização,
destinado a fornecer segurança razoável quanto à realização de seus objetivos. (Brasil, 2017)
77
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

Nação e evitar a perda de legitimidade Institucional. O que importa na contenção é a redução dos
impactos ou até mesmo a eliminação destes, como fruto da articulação e adoção de medidas de
contenção pelos diversos órgãos envolvidos, podendo ou não ser estabelecido um Gabinete de Crises.

A princípio, todas as Secretarias e Assessorias que de algum modo possuem capacidade para
participar da prevenção podem também estar aptas a contribuir com a contenção.

A “Coordenação de Ações de Segurança e Proteção Nuclear” inclui a gestão de riscos, a proteção


de conhecimentos sensíveis, as ações em situações de emergência, a proteção de pessoas, instalações
e materiais nucleares, os Acordos de Cooperação Técnica, o cabedal normativo especializado e a
articulação necessária para a efetividade do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro,
SIPRON, instituído pela Lei nº 12.731, de 21 de novembro de 2012.

A “Coordenação de Ações de Fortalecimento do Setor Espacial” constitui um Processo ainda


incipiente no GSI/PR que, portanto, está a promover o acompanhamento do tema e as ações realizadas
pelos órgãos responsáveis de maneira a desenvolver as competências necessárias em acordo com a
previsão legal.

Tais competências, portanto, incluem a capacidade de monitorar, de prever, de predizer, de


perceber, de analisar, de estudar, de entender, de assessorar, de induzir, de agir, de fazer agir, de
intervir, de controlar e de articular, entre outras que possibilitem a identificação e o aproveitamento de
oportunidades de fortalecimento do Setor Espacial.
78
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

A “Gestão de Inteligência do Estado” inclui o “Planejamento, o Desenvolvimento e o


Monitoramento da Atividade de Inteligência de Estado”, ademais da “Produção de Conhecimentos de
Inteligência”, da “Proteção de Conhecimentos Sensíveis” e da “Coordenação do Sistema Brasileiro de
Inteligência (SISBIN)”.

A “Inteligência de Estado” pode ser vista como meio ou como um fim, em si mesma. No primeiro
caso, se apresenta como um instrumento de Estado para assessorar autoridades governamentais no
planejamento, na execução e no acompanhamento das políticas de Estado. No segundo, se apresenta
como produto desse instrumento e serve de insumo a diversos processos estratégicos, como o
assessoramento em nível superior, a avaliação da conjuntura, a gestão de riscos, a contenção de
crises e o acompanhamento de cenários, dentre outros. Qualquer que seja a perspectiva (de
instrumento ou de produto), a sua finalidade se relaciona com a manutenção do fluxo de
conhecimentos necessários ao processo decisório nacional. Não se visualiza um Sistema de Proteção
Institucional e tampouco a salvaguarda de interesses nacionais sem um Sistema de Inteligência de
Estado eficiente.

A descrição dos Macroprocessos Gerenciais e de Apoio, por serem comuns aos diversos órgãos
da administração pública, será sintetizada de maneira sumária a seguir.

O GSI/PR é carente no que tange à estruturação dos Macroprocessos “Gestão do


Desenvolvimento e Inovação Institucional” e “Gestão Estratégica” e realiza a gestão compartilhada
com outros Órgãos no âmbito da Presidência da República dos demais Macroprocessos Gerenciais de
sua Cadeia de Valor.
79
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

A “Gestão do Desenvolvimento e Inovação Institucional” consiste no estabelecimento do


modelo de governança e gestão, na definição e aplicação de metodologias integradoras de gestão e
organização, para a promoção da inovação e transformação institucional, assegurando a contínua
modernização da gestão pública, com o foco no desempenho institucional e na governança para
resultados, no intuito de garantir a qualidade e continuidade dos serviços e processos organizacionais
e otimizar a aplicação dos recursos para o alcance da excelência institucional.

A “Gestão Estratégica” trata da análise de tendência e cenários para subsidiar a formulação,


implementação, desdobramento e avaliação da estratégia, possibilitando estabelecer as diretrizes, a
visão de futuro para a instituição e a programação orçamentária alinhada ao planejamento
estratégico. Organiza, define as prioridades e responsabilidades, acompanha e monitora os planos de
ação, por meio das metas e indicadores de desempenho, com a finalidade de melhorar o alcance dos
resultados.

A “Gestão da Informação e Documentação” diz respeito à proposição e acompanhamento de


políticas de gestão da informação e documentação, com vistas à organização e preservação da
integridade das informações e dos documentos arquivísticos, inclusive do acervo bibliográfico e
museológico. Trata, ainda, do gerenciamento de todo ciclo de vida da informação e documentação,
promovendo a segurança da informação e comunicações e o acesso de forma transparente,
tempestiva, precisa e com qualidade.

A “Gestão da Comunicação Institucional” consiste na elaboração de diretrizes, planos,


programas, projetos de comunicação social, publicidade institucional e de utilidade pública,
utilizando-se para tanto de técnicas de transmissão da informação, de promoção das relações
80
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

públicas, internas e externas, de caráter informativo e educativo, visando maior integração e


cooperação entre os servidores e o cidadão.

A “Gestão de Controles Institucionais” consiste em avaliar e verificar se os processos


organizacionais não estão se desviando dos objetivos ou das normas e princípios que a regem, com a
finalidade de promover a segurança na execução das operações, salvaguardando recursos, evitando
danos e perdas e garantindo o cumprimento da conformidade e integridade. Trata ainda do controle
social, entendido como a participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização, no
monitoramento e no controle das ações da Administração Pública, importante mecanismo de
prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania.

Todos os Macroprocessos de Apoio da Cadeia de Valor do GSI/PR são de gestão compartilhada


com outros Órgãos no âmbito da Presidência da República.

A “Gestão de Pessoas” trata da execução de políticas, planejamento, métodos, técnicas e


práticas visando gerenciar os comportamentos internos e potencializar o capital humano, por meio
da administração, do desenvolvimento e da promoção da qualidade de vida no trabalho das pessoas.

A “Gestão de Logística” trata do processo de gerenciar a aquisição, movimentação e


armazenagem de materiais e produtos acabados bem como os relativos fluxos, de modo a maximizar
a economicidade presente e futura através da redução dos custos. Propicia a redução de custos,
agrega valor, melhora os níveis de serviço e, consequentemente, maximiza a economicidade.

A “Gestão de Patrimônio” consiste na gestão integrada dos recursos patrimoniais do órgão a fim
de prover as necessidades para seu funcionamento. Envolve, também, a locação de imóveis de
81
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

terceiros, o gerenciamento dos imóveis funcionais e o planejamento e execução da manutenção


predial.

A “Gestão Financeira e Contábil” consiste na gestão integrada das finanças e da contabilidade do


órgão, visando assegurar equilíbrio financeiro e contábil e a realização das despesas, nos termos
estabelecidos em lei, de forma ágil e racional. Consiste em otimizar os recursos financeiros
diretamente arrecadados, os repassados pelo Tesouro Nacional e os recebimentos em geral. Trata-se,
ainda, da contabilidade que tem por objetivo o controle do patrimônio, o registro das receitas,
despesas e variações patrimoniais e a elaboração e análise de relatórios/demonstrativos subsidiando
na tomada de decisões e na prestação de contas anual.

A “Gestão de Tecnologia da Informação” busca a implementação, o gerenciamento, a avaliação


dos sistemas informatizados, segurança e banco de dados, automação, o gerenciamento da
informação e determinação de estratégias de utilização da informática para garantir o melhor
desempenho dos setores da organização.

A “Gestão da Segurança Jurídica e Soluções de Litígios” refere-se ao assessoramento e


orientação às unidades administrativas do órgão para dar segurança jurídica aos atos administrativos
que serão por elas praticados, notadamente quanto à materialização das políticas públicas, à
viabilização jurídica das licitações e dos contratos e, ainda, na proposição e análise de medidas
legislativas: Leis, Medidas Provisórias, Decretos e Resoluções, entre outros.

O entendimento conceitual aqui apresentado fundamentou entendimento dos Macroprocessos e


Processos constantes da Cadeia de Valor e alicerça o escopo de todos os Objetivos Estratégicos que
serão delineados no Mapa Estratégico do GSI/PR.
82
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL
Completando os referenciais estratégicos necessários para o Planejamento Estratégico, a Visão
do GSI/PR foi estabelecida e assim definida: “Ser imprescindível para o Estado brasileiro”.

Os Objetivos do Mapa Estratégico foram organizados em três Perspectivas: Aprendizado e


Crescimento; Processos Internos; e Resultados para a Sociedade e o Estado. Note-se que os objetivos
da perspectiva de Resultados são consequência dos demais objetivos das perspectivas de Processos
internos e de Aprendizado e Crescimento. Desta forma, não foram estabelecidos indicadores para os
objetivos da perspectiva de resultados para esse primeiro momento de formalização do
Planejamento Estratégico.

1. Resultados para a Sociedade e o Estado

No que se refere à Sociedade e ao Estado, o GSI/PR entrega dois “Valores Públicos”: a Proteção
do Estado e a Salvaguarda dos Interesses Nacionais.

Esta perspectiva foi subdividida em três dimensões (Cidadania; Proteção e Governança), de


maneira a dar mais clareza aos impactos esperados na medida da materialização dos objetivos
definidos.

Cidadania

“Cidadania” é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na


Constituição de um país. Uma boa cidadania implica que os direitos e deveres estão interligados, e o
respeito e cumprimento de ambos contribuem para uma sociedade mais equilibrada e justa. A
Segurança das Instituições permite ao Estado assegurar os direitos aos cidadãos e cumprir suas
funções finalísticas com efetividade.
83
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

Exercer a cidadania é ter consciência de seus direitos e obrigações, garantindo que estes sejam
colocados em prática. Exercer a cidadania é estar em pleno gozo das disposições constitucionais.
Preparar o cidadão para o exercício da cidadania é um dos objetivos da educação de um país.

OE1 – Fortalecer a cultura20 integrada de segurança das instituições.

Prover a segurança das instituições de instrumentos que permitam tratar a segurança como
premissa, desenvolvendo competências humanas, tecnológicas e processuais efetivas que
contribuam para o desenvolvimento da maturidade em Segurança institucional.

Trata de desenvolver normas, conhecimentos e atitudes, além de mecanismos e modelos de


acompanhamento, avaliação, conformidade e “complience” e estimular as práticas para que se
incorporem como hábitos individuais e valores institucionais.

Indicador: Índice de Fortalecimento Cultural.

Proteção

O entendimento do termo “Proteção” já foi buscado no contexto da Cadeia de Valor do GSI/PR.


Trata-se aqui da dimensão finalística do GSI/PR.

20Cultura significa todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e
todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente em família, como também por fazer parte de uma
sociedade da qual é membro.
84
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

OE2 – Garantir a soberania, os interesses nacionais e a segurança do Estado.


Fortalecer, nos limites legais da competência do GSI/PR, os mecanismos de Inteligência, de
acompanhamento, análise, avaliação, assessoramento, articulação e ação, de maneira a promover
oportunidade e sabedoria ao processo decisório e assegurar a ação do Estado como Instituição maior
da Nação brasileira.
Fortalecer a credibilidade das Instituições de Estado de modo que elas sejam reconhecidas, junto
à sociedade, pela garantia da soberania, pela salvaguarda dos interesses nacionais e pela segurança
do Estado, preservando o estado democrático de direito.

Indicador: Índice de Resultado Institucional.

Governança

OE3 – Fortalecer o desenvolvimento de políticas integradas de segurança do Estado.


Desenvolver mecanismos e ações que permitam a integração das iniciativas, buscando a
convergência dos esforços no sentido de promover o desenvolvimento da qualidade no ciclo vital do
Estado e assegurando, não somente a sobrevivência do Estado, mas fortalecendo suas capacidades
institucionais de oferecer à Nação as garantias de manutenção do estado democrático de direito, o
seu desenvolvimento e sua capacidade de relacionamento no âmbito internacional.
Capacitar o Estado, mediante regime próprio, a assegurar o Pacto Federativo e o Pacto Social,
além de manter o exercício da soberania em prol da unidade nacional, assim como da incolumidade
de seu território.

Indicador: Índice de Fortalecimento Integrado.


85
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

2. Processos Internos

A perspectiva de Processos Internos foi subdividida em três dimensões (Educação e


Transparência; Gestão e Inovação e Efetividade Institucional), sendo composta pelos seguintes
objetivos estratégicos:

Educação e Transparência

OE4 – Garantir o acesso à informação de forma transparente e tempestiva e o relacionamento


efetivo com a sociedade e o Estado.

Fortalecer os mecanismos de acesso à informação com foco das Instituições de Estado e do


cidadão, ampliando a oferta de serviços de Segurança Institucional junto aos sistemas de governo e à
sociedade por meio de integração de dados e de canais de relacionamento, fomentando e
intensificando a utilização de canais remotos na prestação de serviços, bem como a divulgação de
dados e informações a respeito de seu escopo de atuação, respeitadas as necessidades de proteção
do conhecimento e da segurança das informações e comunicações.

Estabelecer a política e diretrizes de gestão da informação e documentação que propicie e agilize


o acesso à informação por diversos meios, com vista a implantação de processo digital e políticas de
segurança da informação e comunicações.

Garantir uma comunicação clara, objetiva, tempestiva, ágil, oportuna, consistente e acessível aos
públicos externo e interno, por meio dos canais de comunicação disponíveis.

Indicador: Índice de Acesso à Informação


86
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

OE5 – Intensificar a educação em segurança institucional e atividades de Inteligência.

Propor Programas de conscientização, formação, capacitação e desenvolvimento de servidores,


colaboradores e, em determinadas situações, oferecidos à cidadania conforme o interesse
institucional.

Aperfeiçoar, padronizar e criar modelos referenciais em Segurança Institucional e em


Inteligência de Estado.

Fortalecer parcerias e a troca permanente de informações para a promoção de ações


preventivas relativas aos incidentes, às crises, às ameaças, às vulnerabilidades e às oportunidades
com potencial de impacto na Segurança do Estado ou que possam afetar os interesses nacionais.

Indicador: Índice de Educação de Segurança Institucional.

Gestão e Inovação

OE6 – Aperfeiçoar os mecanismos de governança e gestão corporativa.

Estabelecer e empoderar um núcleo de gestão estratégica com a responsabilidade de articular a


execução do Planejamento Estratégico, propor alterações estruturais, promover o alinhamento de
interesses entre os gestores, conduzir o monitoramento estratégico, publicar relatórios regulares
mais transparentes, assessorar no processo de inovação institucional e produzir relatório de gestão
corporativa.
87
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

Incentivar o cumprimento das metas estabelecidas e acompanhar o desenvolvimento das


iniciativas estratégicas aprovadas, assegurando a conformidade com os objetivos estabelecidos e
disponibilizando metodologias adequadas aos projetos e processos institucionais, mantendo registros
atualizados a respeito da eficiência, da eficácia e da efetividade da Instituição no cumprimento de sua
missão e no alcance da visão de futuro.

Efetivar o gerenciamento dos processos de negócio na organização, finalísticos, gerenciais ou de


apoio, estabelecendo como base essencial o “foco na Proteção do Estado e na Salvaguarda dos
Interesses Nacionais”, por meio da realização da análise, modelagem, desenho, transformação, troca
de experiências, cooperações técnicas e gerenciamento de desempenho de serviços e processos, com
alcance aos serviços eletrônicos.

Atestar a qualidade dos “Valores Públicos” entregues à Sociedade e ao Estado e fomentar a


melhoria contínua para a evolução institucional, desenvolvendo uma cultura de inovação.

Assegurar clareza e objetividade nas normas institucionais. Promover a simplificação de


procedimentos e garantir a uniformidade de decisões em todas as instâncias.

Indicador: Índice de Atendimento de Metas Globais


88
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

OE7 – Promover a inovação dos serviços e processos com foco na simplificação e transformação
digital21.

Assegurar a dinâmica necessária à era da informação, com flexibilidade e capacidade técnica de


entrega oportuna, de qualidade e efetiva, no que tange aos interesses nacionais e à segurança
institucional.

Incentivar a integração de dados entre as Instituições envolvidas nos processos do GSI/PR,


assegurando a proteção do conhecimento, a segurança da informação e facilitando o acesso seguro e
simplificado e, no que for possível, promovendo a transformação digital.

Propor mudanças que possam afetar a percepção da sociedade e sua interação com os temas
estratégicos de interesse nacional, inclusive os referentes à segurança do Estado.

Mapear os processos de Trabalho das unidades do GSI/PR, estabelecendo total conexão com a
Cadeia de Valor Integrada. Promover a simplificação dos processos mapeados. Assegurar a melhoria
contínua dos processos, que consiste na análise do processo como se encontra atualmente visando a
determinação de quais atividades podem ser melhoradas.

Incorporar a tecnologia e metodologias ágeis em estratégias e processos, oferecendo uma


velocidade de resposta maior diante das expectativas do cliente e tornando os processos mais
eficientes por meio da introdução constante de inovações.
21
A transformação digital é tendência porque envolve velocidade, engajamento e o entendimento profundo do cliente, o
que garante que até mesmo as grandes Instituições sejam capazes de acompanhar as constantes evoluções do mercado
em que atuam.
89
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

Incentivar que clientes e demais “stakeholders” participem do processo de criação de valor. A


principal contribuição é ir além da visão do que a Instituição acha que a sociedade deseja para
ter respostas mais concretas dos anseios do seu público-alvo.

Indicador: Índice de Inovação de Processos e Serviços

OE8 – Fortalecer a articulação institucional 22 e a representatividade internacional23.

Mapear as partes interessadas estabelecendo grupos de interesse. Estabelecer diretrizes de


maneira a assegurar a potencialização dos valores e facilitar a materialização dos objetivos
institucionais em todos os relacionamentos com as partes interessadas. Definir estratégias e
tecnologias para gerenciar e analisar as interações institucionais. Estabelecer um modelo de gestão
de relacionamentos com as partes interessadas. Avaliar o grau de satisfação das partes interessadas
na articulação com o GSI/PR.

Estabelecer uma política de representatividade Institucional que assegure a potencialização dos


valores e a habilitação do poder de influência em favor dos interesses nacionais e da segurança do
Estado brasileiro. Incrementar a representatividade nos âmbitos nacional e internacional.

Indicador: Índice de Representação e Articulação Institucional


22 Articulação Institucional: é o modelo de relacionamento estabelecido pela Instituição com seus “stakeholders” que,
assegurada a potencialização de seus valores, busca solução e equilíbrio entre os interesses e necessidades dos mesmos e
a capacidade de saná-las ou atendê-las, bem como o apoio aos projetos em andamento ou a objetivos institucionais
estabelecidos.
23 A representatividade confere legitimidade aos diversos papéis que assume o GSI/PR por competência legal,
assegurando-lhe poder de influência e capacidade negocial e participativa nos temas estratégicos de interesse nacional
que lhe são afetos.
90
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

Efetividade Institucional

OE9 – Intensificar os mecanismos de proteção da Presidência da República e de outras


instituições de Estado.

Mapear e aprimorar os mecanismos de proteção, de modo a garantir a confiabilidade e o


monitoramento da efetividade dos processos adotados para proteção institucional. Identificar
vulnerabilidades, ameaças e oportunidades à segurança do Estado brasileiro e aos interesses
nacionais.

Acompanhar continuamente as tendências e fatos relacionados a temas estratégicos. Analisar


cenários alternativos. Identificar variáveis determinantes. Produzir documentos conclusivos. Prover
assessoramento superior. Articular com diversos órgãos com potencial e responsabilidade de ação, de
maneira a que as tendências indesejáveis possam ser evitadas, no que tange aos temas
acompanhados.

Indicadores: Índice de Proteção da Presidência da República


Índice de Acompanhamento das Infraestruturas Críticas
Índice de Proteção Nuclear
Índice de Proteção Cibernética
Índice de Ações Normativas de Segurança da Informação
91
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

OE10 – Potencializar ações de assuntos estratégicos de interesse nacional e de segurança do


Estado.

Mapear os temas conjunturais e perenes de interesse nacional e afetos à segurança do Estado.

Acompanhar continuamente as tendências e fatos relacionados a temas estratégicos. Analisar


cenários alternativos. Identificar variáveis determinantes. Produzir documentos conclusivos. Prover
assessoramento superior. Articular com diversos órgãos com potencial e responsabilidade de ação, de
maneira a que as tendências indesejáveis possam ser evitadas, no que tange aos temas
acompanhados.

Indicador: Índice de Prevenção e Contenção de Crises


Índice de Atuação no Setor Espacial

OE11 – Aprimorar a gestão da Inteligência de Estado.

Desenvolver a Atividade de Inteligência, de forma a fortalecer a atuação coordenada e integrada


do SISBIN.

Indicador: Índice de Aprimoramento de Inteligência.


92
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

3. Aprendizado24 e Crescimento
Essa perspectiva oferece a infraestrutura necessária para a realização dos objetivos idealizados
nas demais perspectivas. Trata da habilidade de inovar e melhorar a capacidade da Instituição ou do
órgão, agregando valor tanto interno quanto externo. É nesta perspectiva que se trata da capacidade
dos servidores e colaboradores, sistemas de informação, alinhamento de informações, motivação e
empoderamento (“empowerment”). Com ela se busca tornar os gestores mais aptos a tomar decisões
de maneira racional e alinhadas com os objetivos institucionais.

Segundo os criadores do Balance Score Card (BSC), são três as fontes de aprendizagem e
crescimento: as pessoas, os sistemas e os procedimentos. Em outras palavras: pessoas, tecnologias e
processos. Desse modo, a finalidade dessa perspectiva é investir primordialmente no
desenvolvimento dos servidores e gestores, na melhoria dos sistemas de informação e no
alinhamento dos processos corporativos. O conhecimento habilita ao trabalho e à tomada de
decisões com o intuito de atingir o sucesso pretendido.

24 Aprendizado
organizacional: Busca contínua e alcance de novos patamares de conhecimento, individuais e coletivos,
por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de informações e experiências. (Brasil, GESPÚBLICA,
2014)
93
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL

Gestão Estratégica de Pessoas

OE12 – Desenvolver competências e cultura voltada aos valores e aos resultados institucionais.

Sistematizar a gestão por competências, incrementando a capacitação continuada, gerencial e


profissional, com base no conhecimento técnico, na liderança, na proatividade e no
comprometimento com os objetivos institucionais de todas as pessoas envolvidas no processo.

Disseminar e internalizar os valores organizacionais: Patriotismo; Visão de Estado; Integração e


Credibilidade, com foco nos resultados advindos do compartilhamento de boas condutas e práticas.
Conscientizar os servidores acerca da responsabilidade socioambiental e com a sustentabilidade da
Nação brasileira, incentivando-os a participarem ativamente.

Indicador: Índice de Capacitação.

OE13 – Promover o reconhecimento, a valorização e a qualidade de vida25 das pessoas no


trabalho.
Mapear e maximizar a gestão de recursos humanos. Reconhecer o mérito dos servidores, ter
política de valorização justa e transparente, associada ao desempenho individual e institucional, bem
como, promover clima organizacional construtivo, participativo e harmônico, com foco na qualidade
de vida dos servidores.

Indicador: Índice de Qualidade de Trabalho.


25A qualidade de vida tem se tornado um elemento essencial para que os colaboradores se sintam motivados e
satisfeitos em realizar suas tarefas, contribuindo para que a Instituição alcance os melhores resultados.
94
MARCO REFERENCIAL CONCEITUAL
Otimização da Infraestrutura de Recursos

OE14 – Proporcionar soluções tecnológicas integradas, seguras e de alto desempenho.


Estabelecer uma Política de atualização tecnológica para o GSI/PR. Estabelecer o nível de
maturidade em segurança e desempenho desejados. Identificar oportunidades de integração de
dados. Desenvolver projetos cooperativos visando à implantação de soluções tecnológicas integradas.
Desenvolver as competências necessárias e alinhar processos e tecnologia, de maneira a otimizar o
alcance dos objetivos do GSI/PR.

Indicador: Índice de Inovação Tecnológica.

OE15 – Aperfeiçoar a gestão e aplicação de recursos orçamentários e financeiros.

A busca constante pelo aperfeiçoamento através da melhoria dos conhecimentos técnicos nos
temas que se constituem matéria dos processos de verificação e acompanhamento na gestão dos
recursos públicos motivou o GSI/PR a destacar esse objetivo em seu Planejamento Estratégico.

No planejamento público a abordagem centra-se na análise da compatibilização do Plano


Plurianual com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual e execução da despesa,
evidenciando-se as iniciativas, os empreendimentos e o cumprimento de metas, de modo que se
possa avaliar a aplicação de recursos nos parâmetros de excelência de como gastar bem, com
transparência e controle, para que se tenha economicidade, eficiência e eficácia, com vistas a dar
suporte estruturante à efetividade Institucional do GSI/PR.

Em síntese, é necessário a alinhamento da gestão orçamentária e financeira do GSI/PR aos


objetivos deste Plano Estratégico e integrar estes ao Plano Plurianual (PPA).

Indicador: Índice de Execução Orçamentária


95
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de


outubro de 1988. Última atualização: 18 de fevereiro de 2016 (Emenda Constitucional nº 91).
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acessado em 04
Out 2017.

Brasil. Decreto Nº 9.031, de 12 de Abril de 2017. Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro


Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções de Confiança do Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência da República, remaneja cargos em comissão e funções de confiança e
substitui cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS por Funções
Comissionadas do Poder Executivo - FCPE. Disponível em: http://planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2017/Decreto/D9031.htm. Acessado em: 13 Nov 2017.

Brasil. Decreto-lei Nº 200, de 25 de Fevereiro de 1967. Dispõe sobre a organização da Administração


Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-lei/del0200.htm. Acessado a 13 Nov 2017.

Brasil. Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017. Dispõe sobre a Política de Governança da


Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. DOU nº 224, de 23 de novembro de
2017, Seção 1, páginas 3 e 4. ISSN 1677-7042. Também disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Decreto/D9203.htm. Acessado em: 23 de
novembro de 2017.

Brasil. Lei nº 13.502, de 1º de Novembro de 2017. Estabelece a organização básica dos órgãos da
Presidência da República e dos Ministérios; altera a Lei no 13.334, de 13 de setembro de 2016; e
96
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

revoga a Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003, e a Medida Provisória nº 768, de 2 de fevereiro de


2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13502.htm.
Acessado em: 13 Nov 2017.

Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão Pública. Programa


GESPÚBLICA , Modelo de Excelência em Gestão Pública , Brasília; MP, SEGEP, 2014. Versão 1/2014.
Disponível em:
http://www.gespublica.gov.br/sites/default/files/documentos/modelodeexcelenciaemgestaopublica2
014.pdf. Acessado em 20/11/17

Brasil. Política Nacional de Defesa e Estratégia Nacional de Defesa. Brasília: Ministério da Defesa e
Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2012. Disponível em:
http://www.defesa.gov.br/arquivos/estado_e_defesa/END-PND_Optimized.pdf. Acessado em 03 Out
2017.

Brasil. Presidência da República. Gabinete de Segurança Institucional. Departamento de Segurança da


Informação e Comunicações. Livro verde: segurança cibernética no Brasil / Gabinete de Segurança
Institucional, Departamento de Segurança da Informação e Comunicações; organização Claudia
Canongia e Raphael Mandarino Junior. – Brasília: GSIPR/SE/DSIC, 2010. 63 p.

ECEME. Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Introdução à Estratégia. Curso de Preparação


e Seleção. 2011. Rio de Janeiro. 2011. Disponível em:
http://cp.eceme.ensino.eb.br/docs/Introd_Estrat11.pdf. Acessado em 04 Out 2017

ESG. Escola Superior de Guerra. Manual Básico /. – Rev., atual. - Rio de Janeiro, 2014.4 v. Disponível
em: http://www.esg.br/images/manuais/ManualBasicoI2014.pdf. Acessado em 04 Out 2017.
97
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Miller, Seumas, "Instituições Sociais", The Stanford Encyclopedia of Philosophy (edição de inverno de
2014), Edward N. Zalta (ed.) disponível em: https://plato.stanford.edu/cgi-
bin/encyclopedia/archinfo.cgi?entry=social-institutions. Acessado em 21/11/17.

Significados, Conceitos e Definições. Disponível em: https://www.significados.com.br/. Acessado em


04 Out 2017.

SUCHA, Carlos Roberto. A Defesa do Estado – Autoimagem, Motivação e Comportamento. Brasília:


UNB, 2003. 158p. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais) – Instituto de Relações
Internacionais, Universidade de Brasília, Brasília, 2003.
98
FICHA TÉCNICA

Produção e Execução

Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República - Secretaria-Executiva

Colaboração Técnica

Escola Nacional de Administração Pública – ENAP


Odilon Neves Junior
Gustavo Henrique Moreira Alvares da Silva

Grupo de Trabalho Planejamento Estratégico (Portaria Nº 97 – GSI/PR, de 4 de agosto de 2017)

Divisão de Serviços Gráficos – SPG / ABIN


Presidência da República
Gabinete de Segurança Institucional
Palácio do Planalto – 4º andar – sala 405 – Praça dos Três Poderes
CEP 70150-900

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