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Precedentes-Introdução
Fruto de uma subjetividade tipicamente nacional, dada a marca cultural subjetivista da
Alemanha (herança romântica).
Liberdade vivenciada de modo espiritual, ao contrário das liberdades civis e políticas da
Inglaterra e dos E.U.A.
Fruto do conceito do “fosso kantiano”, cria-se na Alemanha um menosprezar da verdade
objetiva real.
Filosofia de Fichte
O real é humano, criação do individuo e do coletivo-Não vemos o mundo como ele é,
vemos o mundo como somos (herança de Kant).
O kantismo e o idealismo são formas de ver o mundo, espectros pelo qual o mundo pode
ser estudado.
“Há um método científico que é a TUA abordagem (subjetiva) que é a estrutura da sua
visão e ele determina o objeto” consequência logica da epistemologia Kantiana
“O olho determina o que é visto”
Kant: a metafísica do futuro não terá mais como objeto o ser, mas antes o conhecer.
O eu pensante, na realidade, é um eu agente, na medida em que o pensar é um ato.
Se o eu cria o pensamento, então o que é pensado não pode ser o próprio eu
O eu determina-se a si mesmo livremente
O ato de PENSAR é constituído por:
1. Afirmação do Eu ***
2. Diferença estabelecida, após a afirmação do Eu, entre o eu e o não-eu (todo o
objeto é algo colocado pelo eu como distinto do próprio eu)
3. Estabelecimento de um sistema, à priori, das distinções da relação entre o eu e o
não-eu, necessárias ao pensamento (a dialética) passo obrigatório para a
formação de um pensamento
Em parte, é uma epistemologia, mas é também uma descrição real do processo mental,
ou seja, é uma psicologia.
Schelling
Forte presença da influência de Espinoza no clima filosófico alemão
Schelling pode ser considerado como um autor do idealismo alemão, mas bastante diferente
dos restantes autores
Filosofia de Schelling
Crítica a idealização de Deus, e o esvaziamento Dele consequente dessa idealização
filosófica.
O real é a manifestação do Absoluto
Schelling nega a existência do Eu de Fichte (e é por esta razão que ele pode ser considerado
um autor que vai além do idealismo), afirmando que apenas existe o absoluto: tudo o que
existe é um atributo do Absoluto (Deus), incluindo o pensamento. O Eu não pode ser o
ponto de partida (já havia mundo antes de eu nascer, e existirá mundo depois de eu morrer),
visto que o Eu é uma aparência, uma parte dum processo cósmico.
Para Schelling é errado dizer que nós temos razão, é a razão que nos tem.
O grande problema de Schelling diz respeito à questão de como o Absoluto gerou o eu, isto
é, como é que emerge a realidade na qual nós vivemos.
A liberdade (do eu) e a necessidade (da natureza) são dois aspetos do Absoluto e da
realidade. Deste modo a natureza não é apenas extensão, é a expressão de necessidade,
dentro da qual deve haver um elemento de liberdade com o qual o Eu se possa relacionar.
No Absoluto, a liberdade e a necessidade estão unidas dialeticamente, visto que a vontade
de Deus é necessária, e aquilo que é necessário é também reflexo da vontade divina.
Filosofia da Mitologia:
O mito fundador, se e só se fundador, não pode sair da estrutura da realidade.
A mitologia, e o processo da construção do mito, tem por base alguns elementos
fundamentais:
1. Processo de revelação divina
2. Produto cultural
3. Produto dos conflitos ideológicos da época
4. Processo imaginário de certos indivíduos, que usam o mito como modo de
expressão.
Schelling lança assim as sementes para a religião comparada.
A mitologia é também, com efeito, uma forma de revelar a realidade ao individuo.
Resumo Geral
Retorno do ideal do Absoluto
Negação do Eu como criador do real
Doutrina da cosmogonia
Doutrina da revelação sucessiva do divino Absoluto
Doutrina da mitologia e da arte
Restauração da estrutura da realidade
Filosofia de Hegel:
Algumas ideias base
A filosofia move-se no plano dos conceitos e da dedução lógica: é então uma atividade
construtiva dos conceitos, prescindindo o elemento empírico;
Do conceito sai o sistema.
Epistemologia de Hegel:
Um conhecimento é apenas verdadeiro se introduzido dentro de um sistema de pensamento.
A realidade é sistemática, ordenada. As ideias ou impressões soltas não significam nada
(ante empirismo, neste aspeto). A ideia de facto, enquanto dado da realidade ou dos
sentidos, considerado atomisticamente e isolado do resto, é, para Hegel, uma ideia
insensata., dado que um dado isolado não significa nada.
A construção de um conceito leva à criação de um sistema, quando este conceito é
desenvolvido dialeticamente em contraste com o restante do real. Fora do sistema, um
conceito nada quer dizer, dado que um conceito abstrato não é empiricamente nem
racionalmente verificável nem refutável.
Hegel constata que existe uma diferença importante entre os conceitos matemáticos e os
restantes: o elemento matemático é fechado em si mesmo e é totalmente imutável, sendo
que um número explica o seu conteúdo (quid) imediatamente. No entanto, os elementos da
matemática não são nem dados da ordem externa, material por assim dizer, nem pura
invenção do Homem. Deste modo, existem elementos que não são nem espirituais (ou
mentais ou culturais), nem naturais. Mais tarde Edmund Husserl chamará a estes elementos
de entes ideais, no sentido platónico da palavra, isto é, são formas que são exteriores e
independentes face à realidade física, mas que existem e têm propriedades reais, sendo
então descobertos, mas não criados, pela mente humana. Ora, a estrutura lógica tem também
estas características.
Para Hegel, a razão preexiste à realidade cósmica, sendo que, deste modo, a evolução do
real físico não se pode dar anarquicamente, visto que o cosmos está contido na estrutura da
razão e a razão, por sua vez, é ordenada estritamente.
No entanto, na natureza, estas relações lógicas existentes na matemática não são
propriamente iguais. Se, por um lado, na matemática se parte do fundamento para o
fundamentado, isto é, da premissa para a conclusão, no meio da natureza, tal relação é
transformada numa mera relação temporal, isto é, de causa e efeito. O elo entre uma causa e
o seu efeito é mais fraco e menos rígido do que os elos das relações logico-matemáticas.
Existe um hiato entre o mundo matemático e o mundo real, sendo que as leis da matemática
não necessitam nem dependem do mundo real, dado que a estrutura matemática é
preexistente ao universo material.
Hegel chega à conclusão da existência de um terceiro mundo: o mundo do espírito (da mente ou psique), que é a síntese
entre o mundo da razão (logico-matemático) e o mundo natural.
No mundo do espírito, e só nele, o motivo de uma ação é a força a determina, ou seja, é a sua causa.
Assim, a força e a razão aparecem no espírito inseparavelmente.
Edmund Husserl
Matemático: tenta esclarecer, no início, a natureza do número. O número é um enlace entre
elementos, não dependendo das qualidades desses elementos.
Desvincular a lógica da psicologia, indo contra a lógica de Stuart Mill.
O pensamento deixa então de ser entendido como uma função imanente, mas antes
numa relação entre o ser humano e o resto do universo: o pensamento é o meio do
conhecimento. Como, então, é possível a perceção? A perceção animal baseia-se em
coisas que interferem com o bicho no momento, mas o Homem, quando entende o que é
real ou inexistente ultrapassa de largo este tipo de cognição animal. A perceção de
realidade ou irrealidade não pode ser explicada através de processos imanentes ao
processo natural ou psicofísico (problemas das teses naturalistas). É através do mundo,
que não existe na realidade, das essências que o ser humano contacta com o objeto e
entende se algo é real ou inexistente, possível ou impossível, etc.
A lógica é o conjunto das relações das essências, sendo que, deste modo, nós
percebemos o mundo pela lógica.
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