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net/publication/304149608
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Ana Azevedo
University of Minho
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All content following this page was uploaded by Ana Azevedo on 20 June 2016.
A Filosofia de Hegel -
Fenomenologia
Licenciatura: Filosofia
Unidade Curricular: Filosofia Contemporânea I
Docente: Professor Doutor Rui Romão
Aluno: Ana Catarina Moreira Azevedo
Índice
Introdução ......................................................................................................................... 3
Capítulo I .......................................................................................................................... 4
Capítulo II ......................................................................................................................... 6
Bibliografia ..................................................................................................................... 14
Webgrafia ....................................................................................................................... 14
2
Introdução
3
Capítulo I
A Filosofia do séc. XIX, pode ser apreciada a partir de dois sentidos: a reação à
filosofia Kantiana (De Fichte a Nietzsche) e a expansão da evolução e do progresso
histórico (De Lamarck a Darwin).
O idealismo compreende todas as doutrinas das ideias, tais como as conhecemos
desde Platão e possuí três características distintas: ontológica, epistemológica e ética:
Ontologia - O idealismo confirma a presença de seres espirituais ou
ideais – as ideias - que não podem ser diminuídas a entidades materiais;
Epistemologia - Sustenta que o mundo fenoménico, exterior, é
dependente das representações dos sujeitos pensantes;
Ética - Aponta conceções normativas da fundamentação e justificação da
ação humana, da praxis a partir da razão e de princípios racionais.
É dentro desta conceção que se situa o Idealismo Alemão - que se compreendia
enquanto um movimento intelectual em plena era da razão como uma manifestação da
própria razão, como ciência ou saber do todo, como liberdade, direito e progresso -
durante o espaço de tempo da história da filosofia de Kant a Schelling.
Fichte, Schelling e Hegel fazem parte do idealismo alemão, e cada um
procurava, à sua maneira, eliminar o realismo ontológico que era um aspeto constitutivo
da filosofia Kantiana, e que assentava na postulação “coisa-em-si”, “númeno” ou
“objecto=x”.
Esta é uma “entidade” incognoscível ou incaptável pelo nosso
entendimento/sensibilidade; nós podemos apenas conhecer os fenómenos através do
jogo entre o nosso aparato categorial e as formas de sensibilidade.
É isto que será criticado não só por Fichte, mas também por Schelling e Hegel.
Para qualquer um destes autores, a impossibilidade de conhecer a “coisa-em-si”
dá um indício de ininteligibilidade do Mundo, isto é, que há algo, do início até ao fim,
que não é desvendado, e que aparece como um corpo estranho.
Muitos consideram que Hegel representa o pico do idealismo alemão do século
XIX, que teve um impacto bastante grande no materialismo histórico de Karl Marx.
4
Hegel, no início do século XIX, criticou todas as conceções anteriores de
filosofia afirmando que eram tendenciosas e não históricas. Também, afirmava que a
filosofia está sempre enraizada na História, embora siga uma conceção de realidade
como um todo em evolução, em que cada fração é agitada por todas as outras.
Hegel foi um filósofo idealista, logo para este autor, a natureza/realidade externa
é meramente imaginária, uma produção da consciência.
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Capítulo II
1
Anamnese para Platão, consiste no esforço gradual pelo qual a consciência individual eleva, da
experiência sensível para o mundo das ideias.
2
A teleologia é o estudo filosófico do propósito, objetivo ou finalidade. Aristóteles desenvolveu a ideia
de causa final (quatro causas: causa formal, causa material, causa eficiente e causa final) , acreditava que
era explicação decisiva de todos os fenómenos. A sua ética declarava que o Bem em si mesmo é o fim a
que todo o ser aspira, resultando na perfeição, na excelência, na arte ou na virtude. Todo o ser provido de
razão aspira ao Bem como fim que possa ser justificado pela razão.
6
A Enciclopédia, mostra o processo de realização do Espírito Absoluto, que era já
o objeto da Fenomenologia, adotando, como a Lógica, um ponto de vista
epistemológico. Refere-se a uma filosofia da Natureza, onde Hegel procura mostrar
como o Espírito, saindo de si, se manifesta/exterioriza no espaço e no tempo. Essa
exteriorização é vista como uma alienação do Espírito, trata-se de uma recusa do
momento inicial mostrado pela lógica.
O momento final da Enciclopédia é uma Filosofia do Espírito, onde Hegel
elucida como o Espírito se solta dessa alienação, se liberta da Natureza, e retrocede a si
mesmo, isto é, ao pensamento de Deus (os momentos principais da filosofia do Espírito
são: o espírito subjetivo, o espírito objetivo e o espírito absoluto).
7
Capítulo III
8
realidade, isto é, a manifestação da inevitabilidade e, por conseguinte, da racionalidade
daquilo que acontece.
Esta eliminação de tudo o que é contingente, é coerente com a recusa da coisa em si
Kantiana, cuja simples possibilidade lhe aparece como um escândalo filosófico. Tudo tem
de ser pensável; Tudo que suponha uma separação entre o conhecimento e o seu objeto é
criticável.
Por isso, a filosofia de Hegel gera-se como uma crítica da filosofia da representação,
como a Kantiana. Esta é a oposição entre aquilo a que se chama “filosofia do entendimento”
e a “filosofia da razão”.
Logo, as diferenças externas só têm uma existência meramente representativa, são
formadas pelo entendimento. Para que a inteligibilidade seja máxima é preciso, transformá-
las em diferenças internas, as únicas verdadeiramente racionais, e a contradição, na qual
ambos os membros se encontram concetualmente dependentes um do outro, representa uma
diferença interna, nada pode ser deixado de fora. A negação preserva à sua maneira, aquilo
que é negado. O Saber Absoluto é um saber de puras relações internas, o “nada” não
poderia ser pensado sem o “tudo”, ambos estão intimamente relacionados.
Todas as filosofias, mesmo as “metafísicas descritivas” contêm um elemento
ficcional (Aristóteles, Leibniz, Locke, Berkeley ou Fichte), todavia, a filosofia de Hegel
foi aquela que mais uso deu a essa ficcionalidade.
O mundo acata a um progresso que é essencial, mas quando se atinge o
estado/período final – esse estado envolve a rememoração de todo o passado (quase que
um entrar em si). Quando tudo se torna inteligível é porque tudo acabou.
O estatuto da temporalidade em Hegel é auxiliar como código resumido de toda
a Humanidade, humanidade que é, compreendida cronologicamente. Por si só, o tempo
é secundário, é apenas um assistente de concretização daquilo que está conjeturado.
Também em S. Agostinho não existe acaso nem contingência – nada é resultado
de uma suposta “criação humana”. Em Hegel, é a vontade divina que, através da astúcia
da razão, que tudo criagera/revela através da paixão.
A vontade humana é apenas manipulada pela astúcia da razão, o tempo e a paixão
têm o mesmo estatuto: existem para serem conduzidos pela providência divina.
De facto, o homem está convicto de que eles existam, mas são apenas maneiras
de Deus fazer com que o homem aja em função do desenvolvimento do Mundo. A
necessidade, é o critério absoluto de racionalidade e cabe à Filosofia esclarecer a
necessidade de tudo o que acontece.
9
Capítulo IV
10
As figuras são formas singulares (certeza sensível, perceção, entendimento,
razão, etc.) que aglomeram momentos essenciais do espírito, mediados pelo movimento
da experiência. Essa experiência é o próprio movimento de formação da formação do
espírito, como saber absoluto, ou o conceito da ciência.
A cada forma concreta imperfeita o espírito mostra a sua configuração própria,
em que a consciência acaba por assumir a exterioridade e a alienação, em que se
encontra na cultura, compreendendo o substancial, como indivíduo universal consciente
de si, autenticando a si mesmo enquanto espírito.
Por fim, o movimento de formação da Fenomenologia do espírito tem na
experiência a sua forma essencial, o seu motor pela experiência, a consciência constitui-
se a si mesma desde a sua ingenuidade imediata, que a cada momento se eleva à
cientificidade, que nesse movimento indispensável vem emergir a ciência especulativa.
Nesse processo de formação, a experiência traz a negatividade da consciência ao
de cima e faz transborda-la de si, objetivar-se, para que, por fim se interiorize,
sintetizando a substância e o sujeito; A experiência é a pedagoga, nela a consciência
penetra na negatividade, e, por isso, não se mantém nela por muito tempo, aa sua
negatividade, põe-se em dúvida o que antes se tinha por verdade.
Assim, a experiência da consciência seria o caminho da sua própria negação. A
negatividade da experiência é assim a mediação produtora da própria consciência. Tal
movimento de auto produção é o que é chamado por Hegel de potência e trabalho do
negativo.
11
Capítulo V
12
Conclusão
O que a história faz é desenvolver-se até que acabe com o próprio tempo. A
verdade da exteriorização é a interiorização.
13
Bibliografia
Webgrafia
14