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CURSO COMPLEMENTAR

NR 10
Norma Regulamentadora

Segurança em instalações
e
Serviços em eletricidade

2006
INDICE

Primeira parte
PG
1-SEP - Sistema elétrico de potencia..............................................................................................2
2-Organização do trabalho...............................................................................................................9
3-Procedimentos de trabalho........................................................................................................14
4-trabalho em equipe......................................................................................................................16
5-Prontuário de Instalações Elétricas...........................................................................................17
6-Método de trabalho......................................................................................................................18
7-Comunicação Interpessoal: fator de desenvolvimento...........................................................18
8-Aspectos comportamentais........................................................................................................19
11-Indução.......................................................................................................................................20
12-Raios...........................................................................................................................................21
13- Eletricidade estática.................................................................................................................25
15-1-Campo eletromagnético.........................................................................................................25
15-Efeitos do campo eletromagnético..........................................................................................26
16-Riscos no SEP...........................................................................................................................28
18-Trabalhos em altura..................................................................................................................29
20-Riscos de queda........................................................................................................................33
21-Riscos em instalações e serviços com eletricidade..............................................................33
22-Técnicas Análise de Risco.......................................................................................................39
23-Mapa de risco............................................................................................................................48
25-Exemplos de mapas de riscos.................................................................................................75
26-2-Segurança em projetos..........................................................................................................92

Segunda parte

26-4-Planejamento de serviço.......................................................................................................95
26-Sinalização de segurança.........................................................................................................97
27-Segurança em instalações elétricas energizadas..................................................................99
28-Srabalho em turnos e noturnos.............................................................................................106
29-Espaço confinado....................................................................................................................109
30-Ferramentas e equipamentos coletivos................................................................................113
31-Equipamentos para linha viva................................................................................................117
33-Manual de instrução de recuperação de bastões e varas de manobra............................170

Terceira parte

34-Medidas de proteção coletiva.................................................................................................180


35-Medidas de proteção individual.............................................................................................219
36-1 A postura de trabalho...........................................................................................................229
36-Postura e vestuário.................................................................................................................234
38-Veiculo com equipamento hidráulico....................................................................................236
39-Situação de emergência..........................................................................................................238
41-Choque elétrico........................................................................................................................238
44-Salvamento do eletricista acidentado do alto da estrutura.................................................247
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45-Responsabilidades..................................................................................................................262
46-Direito de recusa......................................................................................................................266
47-Controle de riscos de outrem.................................................................................................267
48-NR3 - embargo ou interdição..................................................................................................267
49-DOCUMENTAÇÃO PREVISTA................................................................................................ 268
1. SEP - Sistema elétrico de potencia
SEP é um conjunto das instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica até a medição, inclusive.

1. GERAÇÃO
2. TRANSMISSÃO
3. DISTRIBUIÇÃO

1. GERAÇÃO :

a. Hidroeletrica
b. Termoeletrica
c. Eólica
d. Nuclear

a. HIDROELETRICA

Nas usinas Hidroelétricas, os geradores são acionados pela


força das águas dos rios, normalmente com quedas artificiais,
através de grandes represas.

b. TERMOELETRICA

Nas usinas termelétricas, o gerador é acionado pelo vapor


d água que sai de uma caldeira aquecida.
Para aquecer esta caldeira, utiliza-se o calor
desenvolvido na combustão de óleo, carvão e outros
combustíveis e, assim, nestas usinas temos a
transformação da energia térmica em energia elétrica.

c. EÓLICA

A energia dos ventos é uma alternativa renovável,


disponível localmente, não poluente e economicamente
competitiva às fontes convencionais que aquecem o
planeta e agridem o ambiente.

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Cata-ventos melhorados tecnologicamente podem transformar o movimento do ar em
grandes quantidade de energia elétrica, sem emitir gases poluentes, sem alagar solos
férteis e sem despejar elementos radiativos na natureza.
d. NUCLEAR
As usinas nucleares funcionam da mesma maneira que uma
usina termelétrica, com a única diferença que o calor utilizado
para produzir o vapor que aciona o gerador é obtido por meio
de reações nucleares que se desenvolvem em um reator
atômico.
Portanto, nestas usinas, temos a transformação de energia
nuclear em energia elétrica.

2.Transmissão de energia elétrica

TRANSMISSÃO:

Basicamente está constituída por linhas de


condutores destinados a transportar a energia
elétrica desde a fase de geração até a fase de
distribuição, abrangendo processos de elevação e
rebaixamento de tensão elétrica, realizados em
estações próximas aos centros de consumo, ao
lado das cidades.

ATIVIDADES CARACTERÍSTICAS DO SETOR DE TRANSMISSÃO:

Inspeção de linhas de transmissão

Inspetores de linha verificam o estado da estrutura


e seus elementos, a altura dos cabos elétricos e a
faixa de servidão, área ao longo da extensão da
linha de domínio da companhia de transmissão.
Esse processo de inspeção periódica poderá ser
realizado por terra ou por helicóptero, dependendo
dos recursos da empresa e especificidade do
serviço.
As inspeções por terra demandam periodicamente
subidas em torres e estruturas.

Inspeção Aérea

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A inspeção aérea juntamente com a inspeção terrestre, é um dos principais instrumentos
de diagnóstico das linhas de transmissão, servindo para a programação das manutenções
preventivas e corretivas das mesmas.
A inspeção aérea detalhada é a inspeção periódica realizada com helicóptero em
velocidade reduzida (média de 60 km/h), para observar todos os pontos.
Inspeção Terrestre

As inspeções terrestres são executadas pelas divisões de transmissão seguindo um


roteiro pré-estabelecido, que leva em consideração o diagnóstico da linha de transmissão,
sua idade, desempenho, características próprias, etc.
Os serviços de inspeção em geral são executados pelas turmas de inspeção, compostos
por empregados experientes e tecnicamente capacitados.

Inspeção Instrumental (Termográfica)

Termovisor

Também conhecido como termógrafos, são câmeras equipadas com detectores especiais,
que transformam leituras de campos de temperatura em imagem de vídeo.

Desempenho

O desempenho de uma linha de transmissão deve ser analisado sob o aspecto operativo e
sob o aspecto de manutenção.
Desempenho operativo é feito através dos "Relatórios de Desligamentos Forçados em
Linhas de Transmissão", que indicam se a linha de transmissão está adequada ou não.
O desempenho quanto à manutenção leva em conta o número e a duração das
intervenções em cada linha de transmissão, ocorrência de falhas e defeitos registrados e
relatórios emitidos.

Diagnóstico Individual

Basicamente, o diagnóstico é uma análise do


desempenho operativo e da manutenção da linha no
ano anterior, complementado com as recomendações
dos serviços necessários à permanência ou melhoria do
desempenho apresentado. 

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Programação dos Serviços de Manutenção

Com base no diagnóstico de cada linha de transmissão, deve-se elaborar a programação


dos serviços.
Nesta programação devem estar incluídos os serviços relacionados no Plano de Trabalho
na Diretoria de Operação.

Atribuições

O planejamento, acompanhamento e controle de todos os


serviços de manutenção das linhas de transmissão,
barramentos aéreos de subestações e estruturas de
telecomunicações sob responsabilidade da respectivo
órgão responsável par tal, da empresa

O planejamento, acompanhamento e controle de todos os serviços de manutenção das


linhas de transmissão, barramentos aéreos de subestações e estruturas de
telecomunicações sob responsabilidade do respectivo órgão responsável par tal, da
empresa .

Inspeção e Fiscalização de Linhas

As principais atribuições das turmas de inspeção e fiscalização são:

Inspeção terrestre detalhada das linhas anotando em formulários próprios o estado geral
das faixas de servidão e de segurança, das estruturas, cabos condutores e pára-raios,
isoladores e ferragens das cadeias, sistemas de aterramento (rabichos e contrapeso), etc.;

Execução de ensaios com instrumentos específicos para verificação das condições das
instalações, tais como medição de vibração eólica em cabos condutores e pára-raios,
medição de resistência de aterramento das estruturas e resistividade do solo, verificação
de potencial em isoladores (teste de ruído), etc.;

Relação de serviços manutenção transmissão:

 Substituição e correção de problemas em isoladores, cruzetas, amortecedores,


espaçadores, anéis e chifres equalizadores, ferragens de cadeias, grampos, etc., em
linhas de transmissão; substituição de postes;
 Substituição e reparo de cabos condutores e pára-raios; correção de jampes;
 Reaperto de parafusos e troca de peças em estruturas metálicas;
 Instalação de placas de pintura de identificação e sinalização de estruturas de linhas
de transmissão;
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 Instalação de esferas de sinalização e balizadores;
 Execução e fiscalização de serviços de pintura de conservação de estruturas
metalizadas de linhas de transmissão, pórticos e suportes de subestações;
 Montagem e desmontagem de variantes com estruturas de emergência;
 Armazenamento de estruturas de emergência;
 Instalação e substituição de bobinas de bloqueio;
 Apoio às "Turmas de Inspeção de Linhas de Transmissão" nas atividades de inspeção
que requeiram manobras, envolvendo grande número de pessoas, tais como inspeção
de cabos condutores e pára-raios, grampos, espaçadores, bem como medições de
vibração eólica em cabos, gradiente de potencial em isoladores e resistência de
aterramento e resistividade do solo;
 Ampliação e reparo do sistema de aterramento de estrutura (contrapeso);
 Combate de erosão e formigueiros nas proximidades das estruturas; corte de árvores
nas faixas de servidão e de segurança;
 Instalação, substituição e manutenção de estruturas de telecomunicações;
 Verificação das tensões mecânicas dos estais das estruturas de telecomunicações;
 Substituição de isoladores, grampos e conectores em barramentos de subestações;
 Conexão de subestação móvel ao barramento aéreo de subestações, com instalações
energizadas ou não;
 Manutenção de barramentos aéreos de subestações;
 Desconexão e conexão de equipamentos de subestações com instalação energizada.

Corrosão

O combate à corrosão tem como principais atribuições as seguintes tarefas:

 Inspeção das instalações quanto ao estado de corrosão e levantamento das


necessidades de tratamento nas linhas de transmissão e subestações da Transmissão
Paulista;
 Fiscalização de todo o processo de tratamento anticorrosivo, ou seja, desde a compra
dos materiais utilizados à contratação dos serviços;
 Fiscalização de todo processo de tratamento anticorrosivo;
 Pintura dos suportes de equipamento das subestações.

Equipamento garante inspeção mais eficiente em linhas de transmissão e redes de


distribuição.

Trata-se do Sistema com Câmara Termográfica - Gimbal, equipamento que vai permitir a
localização precisa e rápida de defeitos nos sistemas de fornecimento de energia elétrica.
(esta sendo utilizado pela CEMIG)

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Manutenção em Linhas

Lavagem de isoladores de torre de


Transmissão (necessário retirar o “limo” que
interfere nas propriedades de isolamento)

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Reparo em isolador – linha de transmissão 230 Kv

Lançamento de cabos

4. DISTRIBUIÇÃO DE NERGIA ELÉTRICA

É o segmento do setor de energia elétrica que


congrega o maior número de trabalhadores
eletricitários, compreendendo os potenciais após a
transmissão, indo até estações de transformação e
distribuição, e entregando energia elétrica aos
consumidores INDUSTRIAIS, COMERCIAIS E
RESIDENCIAIS.
Manutenção em linhas desenergizadas (desligadas).
As atividades de distribuição de energia elétrica
podem ser realizadas em sistemas energizados
(linha viva) ou desenergizados.
Todas as atividades envolvendo manutenção no
setor elétrico devem priorizar os trabalhos com
circuitos desenergizados.
Apesar de desenergizados devem obedecer a procedimentos e medidas de segurança,
adequados.

Manutenção com a linha energizada. (linha viva).

Essa atividade pode ser realizada mediante a adoção


de procedimentos que garantam a segurança dos
trabalhadores.
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Nessa condição de trabalho as atividades podem se desenvolver mediante 3 métodos,
abaixo descritos :

Método ao contato
Método ao potencial
Método à Distância

Método ao contato

O trabalhador tem contato com a rede


emergizada, mas não fica ao mesmo potencial da
rede elétrica, pois está devidamente isolado
desta, utilizando equipamentos de proteção
individuais adequados ao nível de tensão tais
como botas, luvas e mangas isolantes e
equipamento de proteção coletiva como
cobertura e mantas isolantes.

Método ao potencial

É o método onde o trabalhador fica em contato


direto com a tensão da linha, no mesmo
potencial da rede elétrica.
Nesse método é importantíssimo o emprego de
medidas de segurança que garantam o mesmo
potencial elétrico no corpo inteiro do
trabalhador, devendo ser utilizado conjunto de
vestimentas condutoras (roupas, botinas,
luvas, capuzes), ligadas através de cabo
condutor elétrico e cinto a rede objeto da
atividade.

Obs. Mais utilizado na transmissão

Método à Distância

É o método onde o trabalhador interage com a parte


energizada a uma distância segura, através do

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emprego de procedimentos, estruturas, equipamentos, ferramentas e dispositivos
isolantes apropriados.

INSPEÇÃO DE LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO

A inspeção visa identificar as irregularidades e anomalias existentes no sistema elétrico de


distribuição que, se não corrigidas a tempo, resultam em falhas e ou interrupções.
O fluxo do processo de inspeção é constituído pelas etapas: programar, executar,
controlar e atuar, formando um ciclo contínuo e fechado de procedimentos, cujo produto é
o diagnóstico da rede de distribuição no que se refere às condições físicas e elétricas.
Para efeito de inspeção das linhas e redes de distribuição, devem ser utilizados os
seguintes métodos de inspeção:
Minuciosa ou poste a poste, onde são inspecionados todos os postes e estruturas
existentes.
Por amostragem, onde são inspecionados apenas alguns postes dentre o total de postes
instalados.
Setorial, onde são inspecionados alguns componentes específicos.
Os sistemas operacionais responsáveis pela divulgação dos indicadores de continuidade
devem fornecer subsídios necessários para as inspeções utilizando-se de recursos como
DEC, FEC ou relatórios de acompanhamento de interrupções.

Planejamento da Inspeção

Antes de se executar a inspeção nos circuitos, deve-se planejar o trabalho, considerando


os seguintes aspectos:
Análise das características da linha ou rede para servir de base para observações durante
a inspeção.
a) Trechos problemáticos.
b) Rede urbana e ou rural.
c) Redes exclusivas, industriais ou residenciais.
d) Trechos com incidência de vandalismo, pipas, árvores, descarga atmosférica, etc.
e) Padrão da rede (compacta ou convencional).

Necessidade de coordenação da proteção.

a)Instalação de equipamentos de proteções seletivas ou coordenadas em função da


região atendida.
b) Relocação de chaves fusíveis de transformadores.
c) Relocação de chaves fusíveis de derivações.
d) Divisão de circuitos.

FORMULÁRIO DE INSPEÇÃO

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Deverá ser criado um formulário de inspeção de redes primárias ou secundárias que
atenda a necessidade da empresa e facilite a inspeção, com respectiva instrução de
preenchimento

2-Organização do trabalho.
Para executar qualquer tarefa com sucesso, é preciso que nos organizemos antes.

Organizar significa pensar antes de iniciarmos a tarefa.

Mas pensar em quê?

 Na maneira mais simples de fazer a tarefa, evitando complicações ou controles


exagerados.
 No modo mais barato de fazer a tarefa.
 No meio menos cansativo para quem vai realizar a tarefa.
 Num procedimento que seja mais rápido.
 Em obter a melhor qualidade e o resultado mais confiável.
 Na maneira menos perigosa de fazer a tarefa.
 Numa forma de trabalho que não prejudique o meio ambiente, ou seja, que não
cause poluição do ar, da água e do solo.

É fácil tratar cada um desses itens isoladamente para tomar providências.

O problema surge quando desejamos tratar todos os itens juntos. Podemos, por exemplo,
escolher uma forma mais rápida de realizar uma tarefa.

Entretanto, essa forma pode afetar a qualidade e a segurança, tornando o trabalho


perigoso.

Se, por exemplo, precisamos trocar rapidamente uma lâmpada queimada sobre a máquina
de trabalho, podemos fazer a troca subindo na máquina.

Mas esse procedimento não é bom, porque pode nos levar a um acidente.

O correto seria usarmos uma escada.

A tarefa seria mais demorada mas a segurança e a qualidade estariam asseguradas.

Portanto, todos os itens devem ser pensados juntos, para que no final haja equilíbrio entre
eles, de modo que um não prejudique o outro.

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Além disso, precisamos pensar, também, na quantidade e qualidade das pessoas e dos
materiais necessários, na hora e no local em que eles devem estar.

Antes de iniciar o trabalho, precisamos providenciar.

 Material adequado
 Ferramentas adequadas e em bom estado
 Veículo com equipamento adequado.
 Equipamentos de segurança, individuais e coletivos.
 Tempo necessário
 Pessoal qualificado.
 Ordem de serviço
 Comunicação aos setores envolvidos.
 Etc...
Quando fazemos, com antecedência, um estudo de todos os fatores que vão interferir no
trabalho e reunimos o que é necessário para a sua execução, estamos organizando o
trabalho para alcançar bons resultados.
Ritmo
O trabalho deve ser feito com ritmo, ou seja, cadência.
Quando andamos uma longa distância, devemos manter um ritmo constante, de modo
que não nos cansemos andando muito rápido, nem demoremos andando muito devagar.
Mas é preciso lembrar que cada pessoa tem um ritmo próprio.
Assim, o trabalhador deve seguir o seu próprio ritmo e mantê-lo constantemente.
Um movimento excessivamente rápido, além de cansar quem está serrando, pode resultar
num corte malfeito, sem boa qualidade.
Também pode causar redução da produção pois o trabalhador, após excessivo esforço,
vê-se obrigado a parar por muito cansaço.

Um lugar para cada coisa

Deve haver sempre um lugar para cada coisa e


cada coisa deve estar sempre em seu lugar.
Pondo isso em prática, evita-se fadiga, perda de
tempo e irritação por não se encontrar o que se
necessita.
Um exemplo desse princípio de ordem e
organização é o dos quadros de oficinas
mecânicas, que apresentam contornos das
ferramentas a fim de que cada uma volte sempre
ao seu local.

Objetos em ordem
Objetos em ordem facilitam o trabalho.

Se, numa seqüência de operações, você usa ferramentas ou outros objetos, procure
colocá-los na mesma ordem da seqüência de uso e na zona em que vai trabalhar.

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Os objetos de uso mais freqüente devem ficar mais próximos de você.
Fatores ambientais
Outros fatores, como iluminação, barulho, temperatura etc., devem ser considerados para
aumentar ou diminuir a produtividade e assegurar a qualidade do serviço que está sendo
feito.
Ferramentas
As ferramentas devem ser adequadas ao trabalho, tanto no tipo quanto no tamanho.

Por exemplo, para pregar pregos pequenos, devemos usar martelos pequenos e para
pregos grandes, martelos grandes.
Devemos apertar uma porca com chave de boca com tamanho e tipo apropriados.

Seria incorreto usar um alicate.


ISTO É UMA ORGANIZAÇÃO QUE PRODUZ?

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3-Procedimentos de trabalho
10.11 - PROCEDIMENTOS DE TRABALHO

10.11.1 Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em


conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição
detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que
estabelece o item 10.8 desta NR.

10.11.2 Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço


especificas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o
local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados.

10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de


aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas
de controle e orientações finais.

10.11.4 Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a


autorização de que trata o item 10.8 devem ter a participação em todo processo de
desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho -SESMT, quando houver.

10.11.5 A autorização referida no item 10.8 deve estar em conformidade com o


treinamento ministrado, previsto no Anexo II desta NR.

10.11.6 Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições de


exercer a supervisão e condução dos trabalhos.

10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o


responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e
planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os
princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço.

10.11.8 A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das tarefas e a


competência dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a saúde no
trabalho.
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PLANEJAMENTO

Por que planejar?

"O planejamento não diz respeito a decisões


futuras, mas às implicações futuras de decisões
presentes" - PETER DRUCKER
Qualquer atividade humana realizada sem qualquer
tipo de preparo, é uma atividade aleatória que
conduz, em geral, o indivíduo e as organizações a
destinos não esperados, altamente emocionantes e
via de regra a situações piores que aquelas
anteriormente existentes.
A QUALIDADE é fruto de um esforço direcionado
de um indivíduo ou grupo para fazer algo acontecer conforme o que foi anteriormente
desejado e estabelecido, portanto a qualidade somente poderá ser alcançada através de
um trabalho planejado.

O PLANEJAMENTO PROVOCA MODIFICAÇÕES EM PESSOAS, TECNOLOGIA E


SISTEMAS.

Portanto deve-se considerar que o planejamento é condição básica para o sucesso de


qualquer trabalho que procure a melhoria da qualidade.
Esse planejamento deverá ser feito nas diversas etapas da cadeia de fornecimento de um
produto ou serviço, isto é, desde a pesquisa de mercado, o projeto, o fornecedor até a loja
que fornece este item ao consumidor ou cliente.

Portanto fica claro que a qualidade somente será conseguida se ela for planejada e que
este planejamento ocorra de forma organizada, isto é, dentro de uma seqüência de
eventos pré-determinada.
Vale a pena recordar um ditado chinês que afirma que "se você não souber onde pretende
chegar, qualquer caminho serve”.Isto significa: se uma
empresa ou pessoa quer alcançar a qualidade competitiva,
isto não se dará por acaso, mas será o resultado de um
esforço de todos aqueles que trabalham na organização,
desde o presidente até o mais simples funcionário.
Qualquer trabalho, por mais simples que seja, só deve ser
executado após planejamento de todas as suas fases,
incluindo a escolha dos meios necessários á sua execução,
bem como a previsão dos possíveis riscos de acidente e o
seu controle.
Cabe a cada profissional planejar o trabalho em conjunto
com seus companheiros de equipe, abordando todos os
pontos de vista técnico e de segurança, sobre o serviço a
ser executado.
Nos trabalhos em redes elétricas, deve indicar os circuitos
energizados, sua tensão nominal e a posição mais seguram
para o profissional.

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No planejamento devem ser consideradas as condições pessoais dos elementos da
equipe, especialmente em partes energizadas.
Se alguém se apresentar indisposto, deve executar tarefas de menor risco e, se
necessário, ser encaminhado ao setor competente.

RESPONSABILIDADE

Independentemente da responsabilidade de cada empregado pela observância rigorosa


das Normas de Segurança, compete á chefia imediata exigir o seu cumprimento.
No impedimento ou em casos que não haja encarregado, a segurança no trabalho é de
responsabilidade de cada um, que deve selar belo bem estar físico e psíquico de si
próprio.

ATITUDE NO TRABALHO

A máxima atenção e cuidados devem ser tomados pelos empregados ao executarem


qualquer serviço, sendo indispensável e altamente perigosas conversas alheias ao
trabalho, brincadeiras com companheiros ou terceiros e outras atitudes que possam
distrair a atenção dos empregados, especialmente na execução de trabalhos aéreos ou
próximos a instalações elétricas energizadas.

4-TRABALHO EM EQUIPE
Forma especial de organização, que visa, principalmente, a ajuda mútua entre
profissionais de uma mesma companhia ou departamento, o Trabalho em Equipe pode ser
descrito como um conjunto ou grupo de pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou
um determinado trabalho.
Valorizando cada indivíduo e permitindo que todos façam parte de uma mesma ação, seja
no campo escolar, profissional ou, até mesmo, em atividades cotidianas, o Trabalho em
Equipe, além de possibilitar a troca de conhecimento é determinante nas relações
humanas, pois motiva o grupo a buscar de forma coesa os objetivos traçados.
Na visão do psicólogo Maslow), profissional que deu início a Psicologia Transpessoal
(área da psicologia que estuda a consciência nos seus diferentes níveis e a sua relação
com os aspectos evolutivos do ser), o trabalho em equipe possibilita dar e receber, por
parte de cada um de seus membros, afeição, aceitação e sentimento de importância.
Para Maslow, "isto faz com que o indivíduo cresça, tornando o trabalho determinante, pois
o objetivo a ser alcançado depende, exclusivamente, da satisfação psicológica do
indivíduo bem como das relações humanas".
A necessidade de desenvolvimento do trabalho em equipe passa por diversos fatores de
importância para a evolução profissional, como a definição de prioridades, o ajuste de
metas, otimismo e o estar aberto a mudanças.

Todas estas qualidades, quando são acrescidas ao ser individual (si próprio), pode
significar o sucesso nas relações pessoais, o que forma um círculo virtuoso, propiciando
assim as tarefas conjuntas.

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É importante perceber que, quando se fala em trabalhar em equipe, fala-se em maior
volume de atividades, mais e maior responsabilidade, comprometimento, flexibilidade,
colaboração e esforço pessoal, detalhes que acabam sendo descobertos a cada novo dia
de trabalho.
Entretanto, como benefício, um grupo coeso aflora muitas características que até então
passavam despercebidas no individual, como a criatividade, a participação, visão de
futuro, questionamento de posições e colocações e senso crítico.
Segundo a Psicóloga Solange Cremasco, a motivação é um fator substancial que deve
estar ligado ao trabalho em equipe.
De acordo com ela, esse atributo individual do ser humano representa o comprometimento
e a "chave para o sucesso que está ao alcance de todos".
"Quanto maior for o grau de responsabilidade, quanto maior for o universo de aprendizado
e as perspectivas de evolução, muito mais eles (os profissionais) se envolvem com as
atividades que lhes são atribuídas e, conseqüentemente, a motivação sempre se
encontrará no topo".
Trabalhar em equipe significa compartilhar uma direção comum.
Além disso, atividades desenvolvidas em conjunto encorajam o grupo, o que aumenta o
desempenho na hora de realizar atividades, transmitindo auto-confiança, habilidade e
união, características primordiais para o sucesso.

5-Prontuário de Instalações Elétricas


NR10 subitem 10.2.6

10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo
empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição
dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade.

10.2.7 Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser


elaborados por profissional legalmente habilitado.

Prontuário: sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica de informações


pertinentes às instalações e aos trabalhadores.

É um arquivo onde fica guardado toda a documentação, vida e ações adotadas em uma instalação
elétrica.

Documentos que farão parte do prontuário:

Podemos considerar de grande importância no processo os documentos listados a seguir:


1) Procedimentos – instruções de segurança.
2) Treinamentos.
3) Documentos de qualificação e autorização.
4) Cat e relatórios de acidentes. (comunicação de acidentes de trabalho)
5) Contratos com empresas prestadoras de serviço.
6) PCMSO. (NR7-programa de controle médico de saúde ocupacional)
7) PPRA. (NR9 - programa de prevenção dos riscos ambientais)
8) PCMAT. ( NR18 - programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da
construção)
9) Documentos da cipa. (NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)
10) Sesm.t (NR-4 - serviços especializados em engenharia de segurança e medicina do
trabalho)

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11) Documentos de registro funcional do trabalhador.
12) Prova de entrega de EPI. (NR6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI)
13) Certificação de EPC.
14) Registros de horas de trabalho.
15) Laudos periciais de periculosidade e insalubridade. ( NR15 - Atividades e Operações
Insalubres)
16) Outros documentos.
a. Ordens de serviço.
b. Medições da qualidade dos sistemas de aterramento e dos sistemas de proteção
contra descargas atmosféricas (pára-raios).
c. Os sistemas de aterramento elétrico fixos devem ser avaliados periodicamente com
o objetivo de comprovação de sua eficiência, mediante inspeções do sistema e
medição ôhmica da resistividade dos elementos.
d. Tais inspeções e medições deverão ser realizadas por profissional legalmente
habilitado e possuir registro em relatório de inspeção ou laudo técnico.
e. Programa de Conservação Auditiva. Conforme os níveis de ruído e as
particularidades de estações e subestações e usinas de geração.
f. Todos os documentos relacionadas as instalações elétricas.
6-Método de trabalho
Seqüência lógica de procedimentos ou operações para se realizar determinada tarefa ou
atingir determinado objetivo.
Toda empresa deve desenvolver seu método de trabalho ou aderir a métodos já
existentes.
Todo método de trabalho deve ser submetido apreciação da área de segurança.

ADOTADOS PELO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA EM LINHAS ENERGIZADAS:

1) METODO AO CONTATO
a) Equipamento de elevação.
b) Plataformas isoladas.
c) Escadas isoladas.
d) Andaimes isolados
2) METODO A DISTÂNCIA.
a) Bastões
b) Plataformas isoladas

7-Comunicação Interpessoal: fator de


desenvolvimento
Comunicação é a base de todo o desenvolvimento pessoal e organizacional capaz de modificar
pessoas e mercado. É através dela que conseguimos estabelecer relacionamentos e obter
maiores resultados no trabalho e na vida pessoal. Um dos principais fatores para o comunicar-se
de maneira eficaz é saber lidar com aspectos comportamentais, hoje em dia um profissional
precisa não apenas de conhecimentos e habilidades nas práticas, mas precisa ser um gestor
capaz de planejar, executar e controlar, tais atividades que dependem exclusivamente de uma boa
comunicação interpessoal.

Segundo pesquisas o poder da comunicação não se estabelece apenas em palavras, 93 % desse


poder está na comunicação não-verbal. Pois não importa o que dizem suas palavras se sua
postura estiver transmitindo algo diferente. Por exemplo, se você fala com uma pessoa e ela não
18
presta atenção na conversa (não olha), logo concluirá que sua conversa ou não estar sendo
agradável, ou não está sendo interessante. Um outro aspecto é o saber ouvir, que depende
exclusivamente de três canais: ouvidos, olhos e coração. Saber ouvir significa ouvir não apenas as
palavras, mas a maneira como elas são ditas, conteúdo, linguagem e o sentimento transmitido
pelo interlocutor. Portanto, o tom da voz e a expressão corporal representam 38%, enquanto que,
o que vemos representa 55% e apenas 7% representa o conteúdo lingüístico. O importante é que
em qualquer situação ou em qualquer desses aspectos acima citados, as mensagens sempre
terão um destino, seja para um emissor pretendido ou não.

Segundo David K. Berlo, em seu livro O Processo da Comunicação, todas as experiências


requerem comunicação. Damos e recebemos ordens, fazemos pedidos, atendemos a pedidos de
outros. Aprendemos sobre fatos, como coisas são feitas, destruídas e modificações. Quando
amadurecemos, começamos a estudar os próprios sistemas de comunicação: as organizações
sociais, as relações econômicas, os valores culturais, todos construídos pelo homem usando como
instrumento os comportamentos de comunicação.

Portanto a eficiência da comunicação interpessoal, pode gerar bons resultados, desde que haja
uma equalização de linguagem, fazendo com que os profissionais tenham comprometimento com
os objetivos e metas da organização. Lembrando que, a comunicação precisa ser vista como uma
atividade sistêmica, ou seja, permanente e não corretiva.

8-ASPECTOS COMPORTAMENTAIS

Os aspectos comportamentais do empregado devem ser analisados mediante as


realizações de assistência e cooperação social, sob a forma de assistência médica,
econômica, cultural e recreativa, de modo que o homem tenha, na empresa a que
pertence e a qual se dedica os seus esforços e o seu tempo, todos os recursos para
melhorar o seu nível de saúde, de conforto e bem estar extensível aos seus familiares.
As características inerentes ao campo de eletricistas, em relação ao trabalho, que se deve
procurar o homem mais qualificado para desempenhar determinadas funções, bem como
treinar, aperfeiçoar e atualizar o exercício das atividades que lhe são atribuídas.
As condições físicas dos eletricistas são realmente um fator de grande importância para o
controle do risco da função, devendo a alimentação ser suficiente par o bom desempenho
do mesmo. Os homens subnutridos são elementos de pouca produtividade e sujeitos a
sofrer acidentes do trabalho.

A boa alimentação é, geralmente, função de uma boa remuneração. Além disso, hoje em
dia, as organizações são orientadas no sentido de se responsabilizaram pelo menos por
uma refeição sadia e cientificamente balanceada para seus empregados.

Além dos aspectos da remuneração ou enquadramento salarial do funcionário, de sua


alimentação, senso de responsabilidade social e atitudes disciplinares, devemos levar em
consideração os aspectos comportamentais no que tange aos fatores referentes às
condições psicológicas.

Não basta somente uma boa seleção para o empregado, mas, sobretudo, um adequado
programa de acompanhamento periódico, quando então poderá ser verificado se lê tem
estabilidade psicológica e se continua satisfazendo os requisitos de caracteres e aptidões
que o posto de trabalho requer, entre eles, facilidade de aprendizagem, de execução, de
19
relacionamento comunitário, bom controle emocional, concentração visual e auditiva,
autoconfiança, organização resistência a monotonia, entre outros requisitos de
personalidade necessárias para a função.

A influencia do alcoolismo de do fumo excessivo sobre a produção e a segurança do


trabalhador deve nos preocupar. Na verdade o hábito de beber e fumar excessivamente
podem vir a prejudicar o trabalho de diversas maneiras:

a. O trabalhador habituado ao álcool e ou ao fumo reduz paulatinamente sua


produtividade;
b. O alcoolista falta constantemente ao serviço, sendo a bebida uma das causas
predominantes do absenteísmo;
c. O trabalhador, em geral, que bebe e fuma excessivamente é negligente quanto a
sua própria segurança e a dos companheiros;
d. O trabalhador que bebe e fuma está muito mais predisposto as doenças
profissionais e, potencialmente, é um candidato as doenças produzidas pelo uso do
álcool e do fumo.

É importante lembrar que um bom relacionamento do supervisor com a equipe não só


favorece as condições de execução das tarefas como também facilita a tarefa de detectar
alguns indicadores do desvio do comportamento. Se detectados esses desvios, cabe ao
supervisor, ou pessoa indicada para tal, sugerir ao empregado que procure o setor de
Acompanhamento Pessoal da Empresa ou Serviço Medico.

Poderão ser considerados desvios comportamentais a insatisfação permanente,


agressividade, leviandade, rebeldia, egoísmo e desconfiança.
Cabe então ao supervisor ter noções e uma visão geral sobre os aspectos de saúde e de
comportamento desejáveis ao empregado, além dos requisitos e legislação específicos
que capacitarão a detectar indícios de qualquer anormalidade no equilíbrio ideal para o
desempenho da função do empregado.

Havendo uma boa supervisão dos aspectos comportamentais, evitar-se-ão riscos


potencial, com benefícios de âmbito pessoal, familiar e empresarial, no sentido humano e
econômico.

Havendo um setor de Acompanhamento Pessoal, caberá a ele acompanhar a


problemática do empregado, para que providencias sejam tomadas e o empregado seja
assistido nos aspectos considerados relevantes para o bom andamento funcional.

11-Indução

20
A indução eletrostática é o processo de carregar eletricamente um objeto colocando-o no
campo elétrico de outro objeto carregado, às vezes também é chamada de indução
elétrica.
Um campo elétrico é o campo de força provocado por cargas eléctricas (elétrons, prótons
ou íons) ou por um sistema de cargas. Cargas elétricas num campo elétrico estão sujeitas
a uma força elétrica

12-RAIOS.

A descarga atmosférica, popularmente conhecida como raio, faísca ou corisco, é um


fenômeno natural que ocorre em todas as regiões da terra. Na região tropical do planeta,
onde está localizado o Brasil, os raios ocorrem geralmente junto com as chuvas.

Como os raios se formam  

Durante as tempestades observa-se uma queda da temperatura e


um aumento da umidade relativa do ar, o que diminui suas
propriedades dielétricas. Ao mesmo tempo, o movimento das
nuvens provoca um aumento do potencial elétrico entre elas e o
solo. Esses dois fatores contribuem para eventual movimento de
cargas elétricas entre nuvem e solo, isto é, uma descarga elétrica
de curta duração mas de alta intensidade.

PARA-RAIOS

O pára-raios nada mais é que um elemento metálico situado a determinada altura e


eletricamente ligado a terra, de forma que as descargas ocorram pelo caminho mais fácil,
protegendo as suas imediações

21
O captor mais usado atualmente é o tipo Franklin, que consiste de um conjunto de
algumas hastes pontiagudas para facilitar a condução, montado em um mastro vertical.

Até certa época, foram usados tipos semelhantes, mas com adição de material radioativo
que, segundo os fabricantes, aumentava o raio de ação. Não são mais permitidos devido
aos riscos inerentes.

Em alguns casos são também usados fios horizontais como captores, mas esta forma não
está no escopo desta página.

Campo de proteção.
 
Campo de proteção de um captor Franklin em mastro vertical.

É dado pelo cone com vértice no captor, com geratriz que


faz ângulo de 60º com a vertical (para níveis de proteção
maiores este ângulo deverá ser menor).

Assim, r = h  3

A figura abaixo mostra a instalação padrão com apenas 1 captor. Entretanto, o número de
captores deve ser dado em função da área a proteger
conforme critério anterior.
Todo o prédio e áreas a proteger devem estar dentro do
campo de proteção.
O cabo de descida é normalmente de cobre, com seção não
inferior a 35 mm2.
Como regra geral, a descida deve ser a mais direta possível,
com o mínimo de curvas. Essas, quando necessárias, devem
ter raio mínimo de 20 cm.
Não deve haver emendas, exceto para os conectores
indicados, próximos ao solo, que permite separar as partes
para medições do aterramento.
Os espaçadores devem ser usados a cada 2 m no máximo e
devem proporcionar um separação mínima de 20 cm entre
cabo e prédio ou outras partes.

Aterramento  

Define-se como um sistema formado por hastes verticais, cabos ou ambos, que permite a fácil
condução da corrente recebida pelo captor para o solo.

O principal parâmetro a considerar é a resistência do aterramento (definida conforme normas), que


não deve ser superior a 10 ohms para uso geral e 1 ohm para prédios com explosivos ou
inflamáveis.

Ela depende das dimensões e características construtivas do sistema (também chamado malha de
terra) e da resistividade do solo, que depende da sua natureza geológica e de outros fatores como
temperatura, umidade, sais dissolvidos, etc.

22
A tabela a baixo dá valores médios para os tipos mais comuns de solo.A variação é grande para
um mesmo tipo de solo.

Assim, o ideal é efetuar medições em diversas épocas do ano para definir o melhor valor a
considerar.

  Tipo de solo Resistividade W m

Areia 250 a 500


Argila 20 a 60

Argila com areia 80 a 200

Humus 10 a 150

Lama 5 a 100
Limo 20 a 100
Rocha maior que 1000
Turfa 150 a 300

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE RAIOS

1-É perigoso tomar banho em chuveiros elétricos durante as tempestades?

Sim. O chuveiro elétrico está ligado à rede elétrica que alimenta a residência e se um raio
cair próximo ou sobre a mesma poderemos ter o aparecimento de "voltagens" perigosas
na fiação e a pessoa que está tomando banho pode tomar um choque elétrico.

2-Não devemos operar aparelhos elétricos e telefônicos durante as tempestades?

Não, pelo mesmo motivo apresentado no caso de tomar banho. Os aparelhos elétricos e
telefônicos estão ligados a fios, que podem ter suas "voltagens" elevadas quando há
queda de um raio sobre ou perto das redes telefônicas e elétricas, ou mesmo no caso de
um raio que caia sobre a casa.

3-É possível se proteger contra os raios?

Sim. A adoção de medidas de segurança pessoal minimiza bastante os perigos


provocados pelos raios. A maior parte dos acidentes ocorre com pessoas que estão em
locais descampados. Raramente temos acidentes com pessoas dentro de edificações
durante as tempestades com raios:

 Evite ficar em locais descampados e descobertos;


 As casas, edifícios, galpões, carros, ônibus e trens são locais seguros;
 Dentro de uma edificação, procure ficar afastada (no mínimo um metro) de
paredes, janela, aparelhos elétrica e telefônica;
 Evite tomar banho em chuveiro elétrico e operar aparelhos elétricos e
telefônicos;

23
 Ficar em baixo de uma árvore alta e isolada é muito perigoso, no entanto
procura abrigo dentro de uma mata fechada é seguro;
 Se estiver em local descampado, não carregue objetos longos, tais como
guarda-chuva, vara de pescar, enxada, ancinho, etc;
 Não entre dentro de rios, lagoas e mar;
 Não opere trator ou qualquer máquina agrícola que não tenha cabine metálica
fechada;
 Evite ficar perto de cercas e estruturas elevadas (torre, caixa d'água suspensa,
árvore alta, etc.);

4-É possível proteger equipamentos elétricos e telefônicos contra raios?

Sim. Existem protetores especiais que devem ser instalados nas tomadas e nos telefones.
Em dias de tempestade é aconselhável desligar os equipamentos das tomadas.

5-É possível proteger casas e edificações contra raios?

Sim. A norma brasileira NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas
- Jun/93, estabelece os critérios e procedimentos para a instalação de pára-raios em
casas e edificações.

6-Existem os raio e o corisco?

Raio e corisco são nomes popularmente utilizados para designar as descargas


atmosféricas.

7-O que é "raio-bola"?

É um tipo de raio muito raro. Ele tem o formato de uma bola de fogo, que fica flutuando no ar e
algumas vezes ele explode, podendo provocar queimaduras em animais e pessoas próximas.

8-Caem mais raios em locais rochosos?

Não existe evidência científica de que o tipo de terreno influencie no número de raios que caem. O
que sabemos é que em locais elevados caem mais raios de que em locais mais baixos.

9-Redes elétricas que cortam fazendas aumentam os riscos com raios?

Um raio que cai sobre uma rede elétrica, provavelmente cairia no mesmo local do terreno, mesmo
se não existisse a rede elétrica. Como a rede elétrica se destaca, ou seja, ela acostuma ser um
ponto elevado sobre o terreno, raio que iriam cair no solo ou sobre árvores acabam caindo sobre a
rede.

O perigo que a rede elétrica traz é devido ao fato dela estar ligada à instalação elétrica de casas e
edificações. Um raio que cai na rede elétrica ou nas suas proximidades acaba provocando o
aparecimento de "voltagens" perigosas na fiação das edificações.

Quando um rebanho inteiro morre devido a um raio próximo a uma cerca, é devido ao próprio
agrupamento dos animais ou à proximidade do rebanho da cerca.

10-O que atrai mais, o agrupamento de animais ou a cerca?

24
O que atrai o raio é a altura relativa do objeto ou animal em relação ao solo.
O raio sempre cai na estrutura mais alta.

Em muitos casos os animais são mais altos que a cerca e neste caso eles são pontos
preferenciais para a queda de raios.

Como a altura dos animais e da própria cerca não é grande, eles não atraem muitos raios. As
árvores isoladas, em geral, atraem mais raios que cercas e animais.

Mesmo no caso de uma cerca devidamente protegida (aterrada e seccionada), se um raio cair
sobre ela e se junto dela estiver um rebanho, provavelmente o resultado será catastrófico.

O raio que cai diretamente na cerca emergiza apenas um trecho dela, ou seja, o seccionamento e
aterramento evitam a energização de toda a cerca. Apenas os animais junto ao trecho de cerca
energizado correm grandes riscos.

13- Eletricidade estática


A eletricidade estática é a carga elétrica num corpo cujos átomos apresentam um
desequilíbrio em sua neutralidade. O ramo da física que estuda os efeitos da eletricidade
estática é a Eletrostática.
O fenômeno da eletricidade estática ocorre quando a quantidade de elétrons gera cargas
positivas ou negativas em relação à carga elétrica dos núcleos dos átomos. Quando existe
um excesso de elétrons em relação aos prótons, diz-se que o corpo está carregado
negativamente. Quando existem menos elétrons que prótons, o corpo está carregado
positivamente. Se o número total de prótons e elétrons é equivalente, o corpo está num
estado eletricamente neutro.
Existem muitas formas de "produzir" eletricidade estática, uma delas é friccionar certos
corpos, por exemplo, o bastão de âmbar, para produzir o fenômeno da eletrização por
fricção.

15-1-Campo eletromagnético
É gerado quando da passagem da corrente elétrica alternada
nos meios condutores.

Os efeitos danosos do campo eletromagnético nos


trabalhadores manifestam-se especialmente quando da
execução de serviços na transmissão e distribuição de
energia elétrica, nas quais empregam-se elevados níveis de
tensão.

Os efeitos possíveis no organismo humano decorrente da


25
exposição ao campo eletromagnético são de natureza
elétrica e magnética.
Os efeitos do campo elétrico já foram mencionados acima.

Quanto aos de origem magnética citamos os efeitos térmicos, endócrinos e suas possíveis
patologias produzidas pela interação das cargas elétricas com o corpo humano.
Não há comprovação científica, porém há indícios de que a radiação eletromagnética
criada nas proximidades de meios com elevados níveis de tensão e corrente elétrica
possa provocar a ocorrência de câncer, leucemia e tumor de cérebro.

Contudo certos que essa situação promove nocividade térmica (interior do corpo) e efeitos
endócrinos no organismo humano.
Especial atenção aos trabalhadores, expostos a essas condições, que possuam em seu
corpo próteses metálicas (pinos, encaixes, articulações), pois a radiação promove
aquecimento intenso nos elementos metálicos podendo provocar as necroses ósseas,
assim como aos trabalhadores portadores de aparelhos e equipamentos eletrônicos
(marca-passo, auditivos, dosadores de insulina, etc..), pois a radiação interfere nos
circuitos elétricos e poderão criar disfunções e mau funcionamento desses.

15-Efeitos do campo eletromagnético


• Os campos elétricos e magnéticos em 50/60Hz, também conhecidos pela sigla
CEM, coexistem em ambientes residenciais e de trabalho, em função da operação
de qualquer tipo de equipamento elétrico, da existência de fiação em prédios e
também pela proximidade a linhas e subestações de energia elétrica.
De uma forma geral tais campos decorrem da geração, distribuição e uso da energia
elétrica, constituindo linhas de força circundando os corpos e dispositivos existentes no
ambiente.
Ainda que os CEM sejam produzidos pelas mesmas fontes, as pesquisas sobre efeitos na
saúde humana têm se detido mais em campos magnéticos do que em elétricos, isso
porque estudos epidemiológicos têm indicado maior associação de riscos de doenças com
campos magnéticos.
• Uma pessoa debaixo de uma linha de transmissão de alta-tensão pode sentir um
moderado choque ao tocar em objetos do ambiente, diminuindo rapidamente tais
efeitos com a distância e obstáculos existentes. Campos magnéticos podem induzir
correntes elétricas no corpo das pessoas, porém, em geral, bem menores que as
correntes elétricas naturais existentes no cérebro, nervos, e coração.
• A grande variedade de pesquisas realizadas e em andamento, tais como,
experiências com animais e em laboratório, estudos clínicos, simulações em
computador, bem como estudos epidemiológicos, têm provido valiosa informação
para a avaliação dos efeitos na saúde pela exposição a CEM, pois os cientistas têm
que considerar resultados de estudos com diversas abordagens e disciplinas, pois
nenhum experimento isoladamente pode ser considerado conclusivo.
As pesquisas buscam também entender os mecanismos biológicos através dos quais as
doenças ocorrem. Experiências com animais podem possibilitar a observação de agentes
específicos sob condições controladas. Porém, nem estudos biológicos ou em animais

26
podem reproduzir a complexidade da natureza do ser humano em seu ambiente natural de
vida.
Sem entender como os efeitos acontecem, é difícil avaliar como resultados de laboratório
podem ser extrapolados para efeitos na saúde humana.

É importante também distinguir entre um efeito biológico e um efeito na saúde, pois muitos
efeitos biológicos estão dentro da gama normal de alteração do organismo, não sendo
necessariamente prejudiciais.
Nesse contexto, a epidemiologia é uma valiosa ferramenta científica para se identificar
riscos à saúde humana.

O epidemiologista observa e compara grupos de pessoas que tiveram ou não exposição a


CEM para ver se o risco de doenças é diferente entre esses grupos.

Vários fatores têm que ser considerados para validação de resultados de um estudo
epidemiológico:
 Intensidade de associação entre CEM e doença, resposta em função da dose de
exposição;
 Consistência de reprodução de resultados;
 Corroboração de experimentos de laboratório;
 Metodologia consistente de estudo;
 Significação estatística;
 Análise agrupada de diversas experiências.
Conclusões
Os problemas referentes aos efeitos dos campos elétricos e magnéticos sobre organismos
vivos, vêm sendo objetos de inúmeros estudos e publicações dentre as nações do
primeiro mundo, desde a década de 1960.
O assunto tem sido discutido com grande interesse em diversos países, que vem
desenvolvendo pesquisas científicas, havendo, todavia divergências com relação aos
padrões de tolerância à exposição recomendados, particularmente entre os países do
leste europeu, mais restritivos, e os do mundo ocidental.
 
Em que pese uma pequena parcela de estudos epidemiológicos sugira uma associação
entre a exposição, especialmente ao campo magnético e a ocorrência de alguns tipos de
câncer em crianças, adultos e trabalhadores ocupacionalmente expostos, essa associação
é extremamente fraca, e não pôde ser satisfatoriamente explicada até o momento, pelos
fundamentos teóricos existentes de interação entre esse tipo de campo e os organismos
vivos.
Esses estudos não são conclusivos, sendo ainda bastante contraditórios com a grande
maioria dos estudos epidemiológicos disponíveis sobre essa questão, que não vem
encontrando quaisquer associações.

Considerando que a associação da exposição a campos elétricos e magnéticos de baixas


freqüências (1 a 100 kHz), onde se inclui a faixa de ELF, com a ocorrência de algumas
patologias importantes, como o câncer, encontra-se em fase de discussão, não havendo à
luz do conhecimento científico atual quaisquer indicativos que viabilizem a necessária
comprovação epidemiológica, sem a qual não pode ser evidenciada tal associação, as
diretrizes aqui estabelecidas deverão ser revisadas e atualizadas, no caso de avanços na
identificação da correlação entre os efeitos desses campos em relação à saúde.

27
Ao estabelecer os critérios e recomendações aqui contidas, a ABRICEM pretende
subsidiar o órgão público competente (ANEEL) com relação à regulamentação da
exposição a campos elétricos e magnéticos de 60 Hz, analogamente ao recentemente
realizado por essa Associação quando, por solicitação da ANATEL desenvolveu trabalho
de normalização que subsidiou a Resolução ANATEL 303/2002, de 2 de julho de 2002,
que estabelece o Regulamento sobre Limitação da Exposição a Campos Elétricos,
Magnéticos e Eletromagnéticos na faixa de Radiofreqüência , entre 9 KHz e 300GHz,
disciplinando sobre a utilização do espectro de telecomunicações.
Assim, considerando-se que:
1) não existe regulamentação brasileira para exposição da população em geral a campos
magnéticos de baixa freqüência;
2) existe norma da ABNT que estabelece limite de campo elétrico para faixas de
segurança de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica, porém sob revisão;
3) os limites da ICNIRP são reconhecidos oficialmente pela Organização Mundial da
Saúde e adotados pela maioria dos países europeus; a ABRICEM recomenda, em
conformidade com os resultados de pesquisa do projeto Eletropaulo, que os limites a
serem adotados pelas empresas do setor elétrico brasileiro pela.

16-Riscos no SEP
NR-9 - Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais é um documento de revisão anual,
sendo fundamental a abordagem, dentre todos os riscos ambientais, sobretudo dos riscos
relativos à:

Radiação eletromagnética, principalmente na construção e manutenção de linhas de


elevado potencial (transmissão e sub-transmissão) e em subestações;

Ruído em usinas de geração elétrica e subestações;


Calor em usinas de geração elétrica (sala de máquinas), serviços em redes subterrâneas
de distribuição de energia elétrica e telefonia e em subestações;
Calor em usinas de geração elétrica (sala de máquinas), serviços em redes subterrâneas
de distribuição de energia elétrica e telefonia e em subestações;

Umidade em caixas subterrâneas;

Riscos biológicos diversos nos serviços em redes subterrâneas de distribuição de energia


elétrica e telefonia (eventual proximidade com redes de esgoto), e obras de construção de
modo geral;

Gases tóxicos, asfixiantes, inflamáveis nos serviços em redes subterrâneas de distribuição


de energia elétrica e telefonia tais como metano, monóxido de carbono, etc;
Produtos químicos diversos como solventes para limpeza de acessórios;

28
óleos dielétricos utilizados nos equipamentos, óleos lubrificantes minerais e
hidrocarbonetos nos serviços de manutenção mecânica em equipamentos sobretudo em
subestações de energia, usinas de geração e transformadores na rede de distribuição;

Ácido sulfúrico em baterias fixas de acumuladores em usinas de geração elétrica e nas


estações telefônicas;

Ascarel ou Bifenis Policlorados (PCBs), ainda presente em transformadores e capacitores


de instalações elétricas antigas, em atividades de manutenção em subestações de
distribuição elétrica e em usinas de geração elétrica, por ocasião da troca de
transformadores e capacitores e, em especial, da recuperação de transformadores e
descarte desse produto.
Outros riscos ambientais, conforme a especificidade dos ambientes de trabalho e riscos
porventura decorrentes de atividades de construção, tais como vapores orgânicos em
atividades de pintura, fumos metálicos em solda, poeiras em redes subterrâneas e obras,
etc.

É fundamental a verificação da existência dos aspectos estruturais no documento base do


PPRA, que dentre todos legalmente estabelecidos, cabe especial atenção para os
seguintes:

Discussão do documento base com os empregados (CIPA);


Descrição de todos os riscos potenciais existentes em todos ambientes de trabalho,
internos ou externos e em todas as atividades realizadas na empresa (trabalhadores
próprios ou de empresa contratadas);
Realização de avaliações ambientais quantitativas dos riscos ambientais levantados
(radiação; calor, ruído, produtos químicos, agentes biológicos, dentre outros), contendo
descrição de metodologia adotadas nas avaliações, resultados das avaliações, limites de
tolerância estabelecidos na NR-15 (ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES) esta NR
estabelece os procedimentos obrigatórios, nas atividades ou operações insalubres que
são executadas acima dos limites de tolerância previstos na Legislação, comprovadas
através de laudo de inspeção do local de trabalho.
Agentes agressivos: ruído, calor, radiações, pressões, frio, umidade, agentes químicos,
etc...)
Ou na omissão dessa Norma na ACGIH (American Conference of Governamental
Industrial Higyenists) e medidas de controle sugeridas, devendo ser assinado por
profissional legalmente habilitado;

Descrição das medidas de controle coletivas adotadas;


Cronograma das ações a serem adotadas no período de vigência do programa.
O PPRA deve estar articulado com os demais documentos de SST, como PCMSO
(Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), PCA e o PCMAT (Programa de
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da) (Construção) (em caso de
construção de linhas elétricas, obras civis de apoio a estruturas, prediais), e, inclusive,
com todos os documentos relativos ao sistema de gestão em SST (segurança e saúde no
trabalho) adotado pela empresa.

18-TRABALHOS EM ALTURA
29
INTRODUÇÃO 

Se perguntarmos a qualquer profissional de segurança qual o tipo de acidente de trabalho


que mais mata com certeza obteremos como resposta as quedas de níveis diferentes. E
não nos referimos de forma alguma apenas a realidade brasileira.

Ora, se os acidentes desta natureza implicam em tais resultados, porque as Normas


relativas a trabalhos deste tipo são tão reduzidas?

 Plantão de final de semana de uma grande empresa qualquer. Tempo e momento de


realizarem os trabalhos de manutenção, sai de campo a equipe da produção e entra em
campo a equipe da manutenção, hora e vez de realizarem todos os trabalhos que não é
possível realizar durante a semana, alguns em tempo recorde, todos imprescindíveis a
continuidade e ampliação das operações.

Em tempos passados, era o momento da manutenção desdobrar-se, hoje, é tempo de


encontrarmos diversas empresas contratadas, realizando aqueles trabalhos considerados
"especiais" que vão desde as Áreas Confinadas até mesmo aos temidos trabalhos em
altura. Não é preciso ir a uma fábrica ou mesmo ser da área de segurança do trabalho
para saber que os trabalhos em altura matam, basta tão somente saber ler e durante a
semana abrir os jornais para encontrarmos noticias sobre as mortes ocorridas por quedas
de fachadas, telhados e outras mais.

 Nós de segurança, em especial, sabemos o que é isso. Diante das autorizações para
execução de serviços, por mais que sejamos experientes e habilidosos ficamos
temerosos. Trabalhos em altura são sempre perigosos, mais ainda porque trata-se de uma
área onde desenvolvimento de métodos e tecnologias quase inexiste. Além disso, apesar
de significar tanto risco, trabalhos desta natureza geralmente são realizados por pessoas
totalmente despreparadas, seja do ponto de vista técnico, seja quanto a aptidão certificada
por exame medico. Aquilo que por natureza já é perigoso, passa a ser ainda mais quando
sabemos que nas estruturas estarão trabalhando pessoas mal alimentadas, de pouco ou
nenhuma instrução, levadas a este tipo de trabalho pela necessidade de sobrevivência.

É fácil afirmar, que na atualidade a realização destes trabalhos está mais associada a uma
loteria de fatores do que qualquer condição real de assegurar condições mínimas de
segurança.

 Não há muito o que fazer. Se na teoria de nossas convicções filosóficas a vida é de suma
importância, naquele momento a realização do trabalho tornar-se prioritária; A empresa
precisa do trabalho e os empregados que irão realiza-lo precisam do emprego.

 Todos nós conhecemos este quadro. Todos nós sabemos como são feitos a maioria dos
trabalhos em altura. Por tantos conhecerem, pelas evidências escritas nos inúmeros e
incontáveis acidentes fatais que já ocorreram, parece-nos por demais estranho que não
exista ainda uma legislação especifica para este assunto. Supostamente as leis são feitas
para assegurarem direitos, é a vida ainda é um direito. Supostamente as leis devem
resguardar os interesses de todos os grupos e segmentos, e estes trabalhadores fazem
parte de um segmento que carece demais deste tipo de garantia. A questão do trabalho
em altura merece com certeza mais atenção do que vem merecendo, deixando de ser
apenas uma citação na NR 6 (cinto de segurança) e alguns poucos itens da NR 18, para
30
ser de fato uma norma clara e abrangente, capaz de auxiliar na prevenção destes
acidentes geralmente fatais.

 O que pode ser feito ?

 Com certeza muito. A primeira atitude a ser tomada é rompermos com o paradigma da
mera e constante culpa do empregado, não só apenas em acidentes deste tipo, mas
acidentes de toda natureza. Rompendo-se com este velho paradigma, aquela que nos
leva a escrever com tanta facilidade ATO INSEGURO, talvez nos vejamos obrigados a de
fato estudar e conseqüentemente propiciar condições mais adequadas e reais de
segurança. Parece-nos pelo menos desonesto, quando não anti-ético, supormos que a
mera entrega de um cinto de segurança a uma pessoa seja tudo que se possa fazer
tecnicamente para assegurar condições seguras em um trabalho desta natureza. E pelo
menos ridículo notar o quanto as pessoas nem ao menos observam a ausência de um
local adequado a fixação do mesmo.

 O principio é simples: Homens não voam ! E assim sendo, não devem em qualquer
momento de um trabalho em superfície acima do nível do piso estarem soltos. Deve ficar
claro, que qualquer situação diferente desta é a anti-prática da prevenção. Portanto
qualquer planejamento de trabalho em altura deve prever a possibilidade real de manter o
homem preso durante todo o tempo de realização do trabalho, inclusive e em especial nos
acessos/decessos necessários.

 Passo a passo entendemos que a situação mereça a seguinte atenção:

 Toda equipe de trabalho em altura deve ter um coordenador, que para desenvolver seu
trabalho deverá receber treinamento compatível. Deve conhecer cabos de aço e cordas, a
ponto de poder inspecioná-los, fixá-los de forma correta e rejeitá-los antes do inicio de
cada jornada quando não apresentarem condições plenas de uso. Deve conhecer
andaimes e escadas, desde a montagem correta dos primeiros até a inspeção detalhada
de ambos. Deve saber inspecionar, montar e usar cintos de segurança com habilidade
impar. Deve ter conhecimentos sobre a capacidade e resistência dos diversos tipos de
telhas e coberturas. Deve também estar treinado para métodos de socorro para
empregados projetados e presos por cinto de segurança. Neste primeiro item, vemos logo
de cara a incoerência com que se trata o assunto, visto que na atualidade os trabalhos em
altura são coordenados na grande maioria das vezes por pessoas sem qualquer
conhecimento, que se expõe e faz o mesmo com toda sua equipe de trabalho.

 Qualificação especifica do profissional de segurança do trabalho que fará


acompanhamento, mesmo porque é muita pretensão supor que qualquer um de nos
domina todas as áreas da prevenção com amplo conhecimento. Ao longo dos anos tenho
visto verdadeiros atestados de óbitos prévios através das prescrições feitas por alguns de
nossos colegas para trabalhos em altura. Diga-se de passagem, Trabalhos em Altura
deveria ser uma matéria especifica de nossos cursos, onde aprendemos tantas coisas que
jamais usamos e de certa forma deixamos de ver aquilo que de fato nos interessa.

 Planejamento prévio do trabalho, tal como se fosse uma ação de guerra, com analise de
risco elaborada por todo grupo, questionando-se fase a fase, definindo-se passagens,
transporte de materiais e responsabilidades.

31
 Exame medico compatível com o risco do trabalho. Já tivemos a infeliz oportunidade de
encontrarmos pessoas com epilepsia trabalhando em altura. No entanto, a seleção medica
não deve ser apenas a única fase de responsabilidade quanto ao assunto, visto que
operários alcoolizados devem ser retirados deste tipo de trabalho, situação que deve ficar
clara a todos membros da equipe na fase de planejamento.

 Treinamento da equipe. Parece absurdo dizer, mas a grande maioria das equipes que
trabalham em altura jamais treinaram para isso. Vale mesmo, a valentia ! Não é preciso
ser muito especialista para entender que andar ou permanecer em superfícies altas não é
algo inerente a pessoa humana.

  Equipamento de uso individual adequado. Há pouco tempo assistimos uma


demonstração de um especialista francês, o qual apresentou uma infinidade de
equipamentos modernos, leves e versáteis para trabalhos em altura, na verdade,
adaptação de equipamentos de alpinismo para esta finalidade. O que temos hoje em uso,
além de obsoleto é perigoso, desconfortável a ponto de ser desinteressante seu uso. O
equipamento de segurança deve ser agradável ao homem, deve induzi-lo ao interesse por
conhecê-lo e saber usá-lo. Deve ser guardado e cuidado como uma ferramenta especial,
limpo o bastante para ser atrativo. Qualquer um de nós sabe que a realidade não é esta.
Nem mesmo calçados com solados antiderrapantes, um equipamento mínimo para tal
trabalho consegue-se encontrar nestes locais de trabalho.

 O equipamento de uso coletivo. Sem dúvida alguma, uma das maiores industrias do
Brasil é a que fabrica informalmente escadas e andaimes, notável por sua capacidade de
gambiarras e improvisações que tem como uma única constante a insegurança. Em
qualquer empresa, em qualquer obra é possível encontrar uma série destas escadas e
andaimes, fabricadas pelo improviso necessário que ocorre pela falta de meios adequados
e tecnicamente corretos.

Com o advento da NR 18, muito pode ser melhorada nos andaimes, infelizmente tal
melhoria ainda estão restritas as paginas da referida Norma e há poucas empresas que
fazem com que se cumpra. De fato as condições são precárias e mata-se por isso, mata-
se pela total falta de respeito ao que há de mínimo em alguns segmentos.

 Termo de Responsabilidade Técnica, mesmo porque trabalho em altura é e deve ser


visto sempre como uma atividade que deve ser tratada de forma especial.

Regras Gerais 

1. Todo e qualquer trabalho a ser executado, deve possuir prévia autorização.


2. O local deverá ser sinalizado através de placas indicativas e ser feito um isolamento
para prevenir acidentes com transeuntes ou pessoas que estejam trabalhando
embaixo. Ex.: Cuidado - Homens trabalhando acima desta área.
3. É obrigatório o uso do cinto de segurança, tipo pára-quedista, para trabalhos em
altura superior a 2 metros.
4. O transporte do material para cima ou para baixo, deverá ser feito
preferencialmente com a utilização de cordas em cestos especiais ou de forma
mais adequada.

32
5. Materiais e ferramentas não podem ser deixados desordenadamente nos locais de
trabalho sobre andaimes, plataformas ou qualquer estrutura elevada, para evitar
acidentes com pessoas que estejam trabalhando ou transitando sob as mesmas.
6. As Ferramentas não podem ser transportadas em bolsos; utilizar sacolas especiais
ou cintos apropriados.
7. Todo trabalho em altura deverá ser previamente autorizado pelo SESMT da
empresa contratante.
8. Somente poderão trabalhar em alturas os empregados que possuírem a
"Autorização para Trabalho em Alturas". Que será emitida com a apresentação de
atestado médico capacitando-o para tal. Exames esses que devem conter pressão
arterial e teste de equilíbrio. Estão impedidas de trabalhar em alturas pessoas com
histórico de hipertensão ou epilepsia.

RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHO EM ALTURA

 Analisar atentamente o local de trabalho, antes de iniciar o serviço.


 Sob forte ameaça de chuva ou ventos fortes, suspender imediatamente o serviço.
 Nunca andar diretamente sobre materiais frágeis (telhas, ripas estuques); instalar
uma prancha móvel.
 Usar cinto de segurança ancorado em local adequado.
 Não amontoar ou guardar coisa alguma sobre o telhado.
 É proibido arremessar material para o solo, deve ser utilizado equipamento adequado
(cordas ou cestas especiais), caso não seja possível, a área destinada para jogar o
material deve ser cercada, sinalizada e com a devida autorização do SESMT da
empresa Contratante.
 Usar equipamento adequado (cordas ou cestas especiais) para erguer materiais e
ferramentas.
 Instalações elétricas provisórias devem ser realizadas exclusivamente por eletricistas
autorizados.
 Imobilizar a escada ou providenciar para que alguém se posicione na base para calçá-
la.
 Ao descer ou subir escadas, faça com calma e devagar.
 Não Improvisar.

20-RISCOS DE QUEDA
Constitui-se numa das principais causas de acidentes nos setores
elétrico, sendo característico de diversos ramos de atividade,
mas muito representativo nas atividades de construção e manutenção do setor de
transmissão e distribuição de energia elétrica e de construção e manutenção de redes
telefônicas.
As quedas ocorrem em conseqüência de choques elétricos, de inadequação de
equipamentos de elevação (escadas, cestos, plataformas), inadequação de EPI, falta de
treinamento dos trabalhadores, falta de delimitação e sinalização do canteiro do serviço
nas vias públicas e ataque de insetos.

21-Riscos em instalações e serviços com


eletricidade:
33
10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas


preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas
de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

10.2.2 As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da


empresa, no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do
trabalho.

CONCEITO DE RISCO

A noção de risco tem a ver com a possibilidade de perda ou dano, ou


como sinônimo de perigo.

A palavra risco é utilizada em muitas áreas e com vários significados,


como a matemática, a economia, a engenharia e o campo da saúde
pública.

Nós adotaremos uma concepção abrangente de risco de interesse à


saúde dos trabalhadores, significando toda e qualquer possibilidade de
que algum elemento ou circunstância existente num dado processo e ambiente de
trabalho possa causar dano à saúde, seja através de acidentes, doenças ou do sofrimento
dos trabalhadores, ou ainda através da poluição ambiental.

Os riscos podem estar presentes na forma de substâncias químicas, agentes físicos e


mecânicos, agentes biológicos, inadequação ergonômica dos postos de trabalho ou,
ainda, em função das características da organização do trabalho e das práticas de
gerenciamento das empresas, como organizações autoritárias que impedem a
participação dos trabalhadores, tarefas monótonas e repetitivas, ou ainda a discriminação
nos locais de trabalho em função do gênero ou raça.

É claro que a saúde dos trabalhadores é muito mais abrangente do que os riscos nos
locais de trabalho, e tem a ver com as condições mais gerais de trabalho e vida, como
salário, moradia, alimentação, lazer, existência de creche no trabalho e a participação nas
decisões da sociedade.

Também é bom lembrar que o trabalho pode ser uma importante fonte de saúde, se é
realizado de forma gratificante e num ambiente saudável.

Concentraremos basicamente na análise dos riscos presentes nos locais de trabalho, mas
não devemos nos esquecer que esta análise deve considerar os aspectos mais gerais de
interesse da saúde e vida dos trabalhadores.

O termo risco é usado de diferentes formas por profissionais de saúde e segurança.

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE RISCOS

34
Os riscos à segurança e saúde dos trabalhadores nesses setores são, via de regra,
elevados podendo levar a lesões de grande gravidade e são específicos a cada tipo de
atividade. Contudo, o maior risco à segurança e saúde dos trabalhadores é o de origem
elétrica.

Devemos salientar que no ano de 2001 o maior volume de trabalhadores concentrou-se na


distribuição de energia elétrica, cujo número de empregados das concessionárias era de
aproximadamente 70.000 e suas prestadoras de serviços contavam com
aproximadamente 280.000 empregados, totalizando 350.000 trabalhadores.

Contemplamos os principais riscos presentes nas atividades desenvolvidas nos setores


elétrico e telefônico.

RISCOS DE ORIGEM ELÉTRICA

A eletricidade constitui-se em agente de elevado potencial de risco ao homem.

Mesmo em baixas tensões ela representa perigo à integridade física e saúde do


trabalhador.

Sua ação mais nociva é a ocorrência do choque elétrico com conseqüências: diretas, e
indiretas (quedas, batidas, queimaduras indiretas e outras).

Também apresenta risco devido à possibilidade de ocorrências de curtos-circuitos ou mau


funcionamento do sistema elétrico originando grandes incêndios, explosões ou acidentes
ampliados.

É importante lembrar que o fato da linha estar desenergizada não elimina o risco elétrico,
tampouco se pode prescindir das medidas de controle coletivas e individuais necessárias,
já que a energização acidental pode ocorrer devido a erros de manobra, contato acidental
com outros circuitos energizados, tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam
a rede, descargas atmosféricas mesmo que distantes dos locais de trabalho, fontes de
alimentação de terceiros.

CHOQUE ELÉTRICO será visto no item 41

Arco voltaico

Constitui-se em outro risco de origem elétrica.

O arco voltaico caracteriza-se pelo fluxo de corrente


elétrica através de um meio “isolante”, como o ar, e
geralmente é produzido quando da conexão e
desconexão de dispositivos elétricos e em caso de
curto-circuito.

35
Um arco voltaico produz calor que pode exceder a barreira de tolerância da pele e causar
queimaduras de segundo ou terceiro grau.

O arco elétrico possui energia suficiente para queimar as roupas e provocar incêndios,
emitindo vapores de material ionizado e raios ultravioleta.

OUTROS RISCOS

RISCOS NO TRANSPORTE E COM EQUIPAMENTOS

Neste item abordaremos riscos de acidentes envolvendo transporte de trabalhadores e a


utilização de veículos de serviço e equipamentos.

Citamos como exemplo:

Veículos a caminho dos locais de trabalho em campo.

Para tanto é comum o deslocamento diário dos trabalhadores até os efetivos pontos de
prestação de serviços.
Esses deslocamentos expõem os trabalhadores aos riscos característicos das vias de
transporte, sendo muitas vezes realizados em carroçarias abertas ou em condições
inadequadas potencializando esses riscos.

Um agravante, também, da condição de risco é situação em que o motorista exerce outra


função além dessa, ou seja, múltipla função.

Como exemplo, é atribuída ao motorista a função de dirigir e inspecionar a linha, para


encontrar pontos que demandam reparos ou manutenção, tarefas estas incompatíveis.

Veículos e equipamentos para elevação de cargas, cestas aéreas e cadeiras.

Nos serviços de construção, instalação ou manutenção em linhas redes elétricas e de telefonia nos
quais são utilizados cestos aéreos, cadeiras ou plataformas, além de elevação de cargas
(equipamentos, postes) é necessária a aproximação dos veículos junto às estruturas (postes,
torres) e da grua junto das linhas ou cabos.
Nestas operações podem acontecer graves acidentes e exigem cuidados especiais que vão desde
o correto posicionamento do veículo, o seu adequado travamento e fixação, até a precisa
operação da grua, guincho ou equipamento de elevação.
Além das situações acima descritas, agravam os riscos a utilização de veículos improvisados.
Riscos de ataques de insetos

Ataques de insetos, tais como abelhas e marimbondos, ocorrem na execução de serviços


em torres, postes, subestações, leitura de medidores, serviços de poda de árvores e
outros.

36
Ataque de animais

Ocorre, sobretudo nas


atividades de construção,
supervisão e manutenção em
redes de transmissão em
regiões silvícolas e florestais.

Atenção especial deve ser


dada à possibilidade de picadas de animais peçonhentos nessas regiões.
Também é freqüente no setor de distribuição de energia com os trabalhadores leituristas
domiciliares, que são normalmente atacados por animais domésticos.

Riscos em ambientes fechados

Os trabalhos em espaços fechados, como caixas


subterrâneas e estações de transformação e distribuição,
fechadas, expõem os trabalhadores ao risco de asfixia por
deficiência de oxigênio ou por exposição a contaminantes,
tanto nas atividades do setor elétrico como no setor de
telefonia.

Nestes ambientes pode ocorrer a presença de gases


asfixiantes (ex: monóxido e dióxido de carbono) e/ou
explosivos (ex: metano, vapores de combustíveis
líquidos).

Estes contaminantes originam-se por formação de gases orgânicos oriundos de reações


químicas nos esgotos e presença de agentes biológicos de putrefação existentes nesses
ambientes, e, ainda, de vazamentos de combustíveis dos tanques subterrâneos de postos
de abastecimento e da canalização de gás combustível.

Além desses riscos, nos trabalhos executados em redes de distribuição de energia elétrica
e de telefonia subterrâneas, devido à proximidade com redes de esgoto e locais
encharcados, existe a possibilidade de contaminação por agentes biológicos.

Riscos ergonômicos

São significativos, nas atividades do setor elétrico e telefônico os riscos


ergonômicos, relacionados aos fatores:

Biomecânicas - posturas não fisiológicas de trabalho provocadas pela exigência de


ângulos e posições inadequadas dos membros superiores e inferiores para realização das

37
tarefas, principalmente em altura, sobre postes e apoios inadequados, levando a intensas
solicitações musculares, levantamento e transporte de carga, etc.

Organizacional - pressão no tempo de atendimento a emergências ou a situações com


períodos de tempo rigidamente estabelecidos, realização rotineira de horas extras,
trabalho por produção, pressões da população com falta do fornecimento de energia
elétrica.

Psicossociais – elevada exigência cognitiva necessária ao exercício das atividades


associada à constante convivência com o risco de vida devido à presença do risco elétrico
e também do risco de queda (neste caso, sobretudo para atividades em linhas de
transmissão, executadas em grandes alturas).

Ambientais – representados pela exposição ao calor, radiação, intempéries da natureza,


agentes biológicos, etc.

Calor. Nas atividades desempenhadas em espaços fechados ou em subestações (devido


à proximidade de conjunto de transformadores e capacitores).

Radiação solar. Os trabalhos em instalações elétricas ou serviços com eletricidade


quando realizados em áreas abertas podem também expor os trabalhadores à radiação
solar.

Como conseqüências podem ocorrer queimaduras, lesões nos olhos e até câncer de pele,
provocadas por radiação infravermelho ou ultravioleta.

Ruído. Presente nas usinas de geração de energia elétrica, devido ao movimento de


turbinas e geradores. Ocorre também em estações e subestações de energia, decorrente
do funcionamento de conjunto de transformadores, como também da junção e disjunção
de conectores, que causam forte ruído de impacto.

Ascarel ou bifenis policlorados (PCB). Seu uso como líquido isolante em equipamento
elétrico (ex: capacitores, transformadores, chaves de manobras e disjuntores) tornou-se
bastante difundido porque, além de apresentar boas qualidades dielétricas e térmicas, é
resistente ao fogo.

Apesar do uso desse produto estar proibido, transformadores e capacitores antigos podem
contê-lo. Exposição dos trabalhadores pode ocorrer em atividades de manutenção
executadas em subestações de distribuição elétrica e em usinas de geração, por ocasião
da troca ou recuperação desses equipamentos, em especial, quando do descarte desse
produto.

Acidentes com vazamento de ascarel já ocorreram e encontram registro no nosso país.


Os danos à saúde causados pelo ascarel estão relacionados aos processos genéticos da
reprodução, funções neurológicas e hepáticas.
Ainda, é considerado como provável carcinogênico.

UMIDADE.

A umidade existente no ar é produzida a partir de diversos tipos de fontes.

38
Os alimentos que estão sendo cozidos produzem grande quantidade de vapor de água.
No processo de respiração desenvolvida pelos animais, inclusive o ser humano, é
produzido uma quantidade considerável de vapor de água.

Quando a temperatura ambiente sobe, nosso organismo produz o suor como forma de
resfriar o nosso corpo.

O Banheiro produz muito vapor de água. Quanto mais quente e demorado for o banho
mais vapor de água é produzida.

As plantas, vasos, aquários também produzem vapor de água.

Como a umidade afeta o nosso organismo:

Quando aumenta a umidade do ambiente, o nosso corpo perde a capacidade de suar.


Aumenta a dificuldade de respirar e o corpo se sente sufocado.

Quando aumenta a umidade do ar, o nosso corpo transpira menos, o suor se condensa na
pele e sentimos mais calor ainda.

Quando aumenta a umidade do ambiente aumenta as condições biológicas para os micro-


organismos se desenvolverem.

Daí surgem mais Bactéricas, Fungos e Mofos.

Quando a umidade abaixa, o ar fica mais seco e, mesmo com a temperatura elevada, não
sentimos tanto calor assim.

Quando surgem os micro-organismos, surgem também as traças.

RISCOS ADICIONAIS

Riscos Adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos elétricos,
específicos de cada ambiente ou processos de Trabalho que, direta ou indiretamente,
possam afetar a segurança e a saúde no trabalho.

Temos como exemplo:

 Materiais de limpeza, materiais elétricos em desuso e equipamentos armazenados


em cabines de força.
 Veículo de transporte de pessoal inadequado.
 Terceiros na área de trabalho.
 Som alto na área de trabalho.
 Desavenças com colegas.
 Dividas.
 Etc.

22-Técnicas Análise de Risco


39
CONCEITO DE RISCO

A noção de risco tem a ver com a possibilidade de perda


ou dano, ou como sinônimo de perigo. A palavra risco é
utilizada em muitas áreas e com vários significados.
Explicação dos Termos Fundamentais
Risco - Uma ou mais condições de uma variável com o
potencial necessário para causar danos.

Esses danos podem ser entendidos como lesões as


pessoas, danos a equipamentos e instalações, danos ao
meio ambiente, perda de material em processo, ou
redução da capacidade de produção.

Havendo um risco, persistem as possibilidades de efeitos


adversos.
Perigo - Expressa uma exposição relativa a um risco, que
favorece a sua materialização em danos
Um risco pode estar presente, mas pode haver baixo nível de perigo, devido às
precauções tomadas.

Assim, um banco de transformadores de alta Tensão possui um risco inerente de


eletrocussão, uma vez que esteja energizado.

Há um alto nível de perigo se o banco estiver desprotegido, no meio de uma área onde
circulam pessoas.

O mesmo risco estará presente quando os transformadores estiverem trancados num


cubículo sob o piso por exemplo.

Entretanto, o perigo agora será mínimo para as pessoas.

Vários outros exemplos poderiam ser citados, para mostrar como os níveis de perigo
diferem, ainda que o risco se mantenha o mesmo.

 Danos –
É a gravidade (severidade) da perda-humana, material, ambiental ou financeira que pode
resultar, caso o controle sobre um risco seja perdido.
Um operário desprotegido pode cair de uma viga a 3 m de altura, e sofrer um dano físico,
por exemplo, uma fratura na perna.

Se a viga estivesse a 90 m de altura, ele, com certeza, estaria morto.

O risco (possibilidade) e o perigo (exposição) de queda são os mesmos. Entretanto, a


diferença reside na gravidade do dano que poderia ocorrer com a queda.

 Causa - É a origem de caráter humano ou material relacionado com o evento


catastrófico (acidente ou falha), resultante da materialização de um risco, provocando
danos.

40
 Segurança - É freqüentemente definida como isenção de riscos. Entretanto, é
praticamente impossível a eliminação completa de todos os riscos. Segurança é,
portanto, um compromisso acerca de uma relativa proteção de exposição a riscos. É o
antônimo de perigo.
 Risco - Expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de um período
específico de tempo ou número de ciclos operacionais.
 Incerteza quanta à ocorrência de um determinado evento.
 Chance de perda que uma empresa pode sofrer por causa de um acidente ou série de
acidentes.
 Perdas ou Sinistro- É o prejuízo sofrido por uma organização, sem garantia de
ressarcimento por seguro ou outros meios.
 Incidente - Qualquer evento ou fato negativo com potencial para provocar danos.
 É também chamado de quase-acidente.
 Terminologia
 RISCO: Como vimos, é uma condição (de uma variável) com potencial para causar
danos.

Exemplos:

SITUAÇÃO RISCO VARIÁVEL


CONDIÇÃO
Trabalho Queimaduras Temperatura da Temperatura da chapa muito maior
com chapas Chapa que a temperatura da pele.
aquecidas

Trabalho em Altura de Altura de trabalho muito maior que


Queda Fatal
altura Trabalho a altura do indivíduo.
Trabalho em Redução da Dose de Ruído Dose maior que 1 ou 100%
ambiente Capacidade Diária
ruidoso Auditiva
Trabalho
Choque elétrico Corrente e tempo de exposição
com Corrente elétrica
Fatal acima do limite suportável
eletricidade

RISCO:
Como vimos, é probabilidade de possíveis danos dentro de um período de tempo definido
ou ciclos operacionais.
PERIGO: Parâmetro que caracteriza uma relativa exposição a um risco. É a exposição
que favorece a “materialização” do risco como causa de um fato catastrófico (acidente) e
dos danos resultantes.

RISCO
De maneira figurativa: PERIGO = -------------------------------
MEDIDAS DE CONTROLE

Por exemplo:

Situação: Trabalho em LIMPEZA de peças com solventes.


41
MEDIDAS DE CONTROLE QUANTO À EXPOSIÇÃO PERÍGO
AO RISCO
Nenhuma medida Alto
Moderado a baixo
Uso de máscara filtrante e (EPI´s)
Limitação do Tempo de exposição (se viável) Baixo
Automatização do processo (não há necessidade do Praticamente nulo
operador no recinto).

Como Conhecer os Riscos nos Locais de Trabalho

Os riscos nos locais de trabalho estão relacionados às características do processo do


trabalho, seu ambiente e organização. Por isso, uma primeira etapa consiste no
reconhecimento dos principais riscos existentes dentro das atividades executadas.
Todo o processo de trabalho e toda atividade de trabalho sejam eles exercidos no campo,
em fabricas ou dentro de escritórios, podem possuir diferentes riscos simultaneamente.
Mesmo quando se levantam prioridades para um setor ou categoria, a análise e prevenção
de risco somente serão plenamente levadas a cabo quando realizada no cotidiano (dia a
dia) dos locais de trabalho, junto com os trabalhadores que vivenciam suas situações
particulares.
Para conhecer e sistematizar o processo de trabalho algumas técnicas e documentos
podem ajudar bastante.

Estes documentos podem ser:

 Descrição das principais características da empresa;


 Equipes e jornadas de trabalho;
 Detalhamento dos locais de trabalho;
 Descrição detalhada das tarefas e atividades realizadas (Análise Prevencionista da
Tarefa) APT.

Análise Prevencionista de Tarefas – APT

 É a descrição detalhada das Etapas que compõem uma dada Tarefa, identificando
os Riscos de acidentes ou doenças ocupacionais de cada Etapa, e respectivas
providências e procedimentos para garantir uma execução segura.
 Cada APT é apresentada em Formulário padrão com 3 colunas, sendo a 1ª para
descrever as Etapas, a 2ª para identificar os Riscos e a 3ª para especificar as
Medidas Prevencionistas recomendadas.
 Ao definir os Objetivos para o ano, cada Supervisor deverá apresentar a Lista de
Tarefas Críticas (LTC), para as quais planeja elaborar ou revisar APTs em conjunto
com sua equipe, indicando o prazo para cada uma. Cada equipe deverá elaborar ou
revisar pelo menos uma APT por mês. Sempre que for detectada necessidade,
novas Tarefas poderão ser acrescentadas à Lista e ao cronograma.
 É responsabilidade da equipe elaborar ou revisar as APTs,, sendo que os
colaboradores receberão treinamento específico sobre APTs.

42
 Independente disso, sempre que se tratar de tarefa, processo ou equipamento
complexo, poderá ser pedida ajuda a outros profissionais, durante ou após o
trabalho de Análise.
 Esta ajuda pode ser muito útil nas revisões periódicas, pois devem ser feitas como
forma de aprendizado, mesmo que não pareçam ter muitas novidades.

 Pessoas de fora da equipe podem trazer uma nova visão,
 enriquecendo o processo.
 Depois de elaborada ou revisada, uma APT deve ficar facilmente disponível (de
preferência plastificada e pendurada no local da tarefa) para ser consultada pelos
colaboradores antes da execução da tarefa, lendo no local e seguindo suas
recomendações . O objetivo é que todas as tarefas com potencial de risco sejam
realizadas utilizando-se APT.
 A Lista de Tarefas Críticas e as APTs devem ficar disponíveis não só para a equipe
mas para consulta de qualquer outro colaborador. Equipes de diferentes áreas
devem procurar comparar e compartilhar o que há de bom nas suas APTs , sendo
que Tarefas idênticas, mesmo em áreas diferentes, deveriam ter APTs iguais. Cada
equipe deve ter pelo menos um conjunto em pasta própria, além dos exemplares
plastificados avulsos que forem necessários. É responsabilidade do Supervisor
garantir que todos conheçam a Lista e as APTs, que a quantidade de exemplares é
suficiente e que todas as cópias sejam da revisão mais recente.
 Sempre que houver necessidade de executar uma tarefa nova, que não seja usual
ou rotineira, recomenda-se que seja feita uma avaliação de seus riscos usando
APT. Isto é obrigatório em situações como :

 Serviços não usuais de Manutenção, construção ou montagem


 Partida de novos equipamentos
 Novos produtos, processos ou procedimentos

Mesmo no caso de já terem sido incluídas recomendações prevencionistas numa


Instrução, é responsabilidade do Supervisor fazer o levantamento das Tarefas Críticas
e discuti-las com a Área de Segurança, encaminhando para decisão da Gerência. Em
caso de dúvida, a APT deverá ser elaborada e colocada disponível.

Critérios de Medição:

(APTs elaboradas ou revisadas no mês)


% APT = ------------------------------------------------------------------ X 100
(Elaborações ou revisões programadas no mês)

 A verificação do conhecimento das APTs e do seu uso correto e freqüente pelos


colaboradores será avaliada em cada Inspeção de Segurança, observando,
questionando e checando pessoalmente.

Responsabilidades Gerais

 É responsabilidade do Gerente da Empresa assegurar a implementação deste Programa e garantir


o cumprimento de seus procedimentos e recomendações, liderando com seu exemplo na prática.
 É responsabilidade da Área de Segurança do trabalho elaborar atualizações deste Programa, obter
aprovações, emitir e divulgar
43
 A Área de Segurança do Trabalho deverá acompanhar seu andamento constantemente, verificando
sua aplicação, dando suporte e orientando os Colaboradores quando necessário, assegurando
continuidade das ações, recebendo e processando dados para Medição da aplicação e resultados
do Programa, e disseminando as informações que possam ser úteis.
 O setor de Manutenção deverá priorizar o atendimento aos serviços relativos a Riscos detectados,
principalmente os que são Iminentes e com potencial para danos graves. Estas pendências deverão
ser encaminhadas com especial atenção.
 A atuação dos Supervisores de área é considerada de essencial importância para o sucesso,
devendo suas atitudes e ações mostrar exemplo de responsabilidade, comprometimento e
envolvimento para com os aspectos de Segurança. (Entende-se como Supervisor de área aquele
que tem subordinados trabalhando em áreas de exposição a riscos)
 É dever de todos os colaboradores procurar conhecer e dar apoio a este Programa, assumindo sua
obrigação de co-responsabilidade e, acima de tudo, trabalhando sempre com atitudes pró-ativas de
segurança.
 As Chefias dos diversos níveis devem assegurar que todos os recursos, organização e
procedimentos estão providenciados; colaboradores sejam orientados e treinados; documentação e
instalações requeridas estão disponíveis; para garantir atendimento contínuo da Instrução
Normativa da Empresa.

MODELO DE CONTROLE DE RISCO (ANÁLISE PREVENCIONISTA DA TAREFA)

Tarefa: Operação de Grampos (Garras) de Linha Viva


Controles (Medidas
Desenvolvimento Competência Riscos
Prevencionistas)
Passo 1 Motorista ou Abalroamento/ Obedecer ao Código Nacional
Estacionar o eletricista Colisão/ de Transito.
veículo. Atropelamento
Eletricistas Ataque de Certificar-se de inexistência de
Passo 2 insetos/ Animais insetos e animais agressivos
Analisar as caso existam providenciar a
condições de remoção;
trabalho Usar calçado de segurança e
proteção para as pernas.
Passo 3 Eletricista Planejamento Executar estritamente a ordem
Planejar a incorreto de serviço;
execução da Seguir as normas e
tarefa procedimentos existentes na
empresa
Passo 4 Eletricistas
Equipar com EPI´s
adequados
Passo 5 Motorista ou Abalroamento; Ligar o pisca alerta;
Posicionar o Eletricista Colisão; Engrenar o veículo;
veículo para o Atropelamento; Usar o frei de Estacionamento;
trabalho e Tombamento. · Acender os faróis baixos
calçá-lo quando estacionar no contra
fluxo; Alguém no solo deverá
orientar o motorista durante as
manobras;
Verificar as condições do
terreno;
44
Usar luvas de serviços gerais
Passo 6 Eletricista Lesão nas mãos;  Usar luvas de serviços
Sinalizar e isolar a Atropelamento; gerais;
área de trabalho Abalroamento; · Estacionar com o pisca alerta
Acidentes com ligado, numa posição que ofereça
terceiros/ Entorse proteção para a instalação da
muscular. sinalização;· Evitar caminhar pela
via antes da sinalização da área de
trabalho;· Instalar os equipamentos
de sinalização no sentido da mão
de direção, mantendo-se de frente
para o fluxo do veículo;· Não
permitir a presença de pessoas
estranhas ou bens dentro da área
de trabalho; Adotar técnica e
postura correta para levantamento
de peso.
Passo 7 Eletricistas Lesão nas mãos;  Usar luvas de serviços
Analisar as condições Queda do poste. gerais;
do poste. Suspender a execução da tarefa e
Descrição: providenciar a regularização da
Verificar a existência situação.
de erosão junto à
base do poste e se o
mesmo está
aprumado.Verificar se
está quebrado ou
existe ferragem
exposta que
comprometa a
resistência mecânica.
Passo8 Eletricistas Entorse muscular;  Adotar técnica e postura
Selecionar Lesão nas mãos. correta para levantamento
ferramentas de peso;
 Usar luvas de serviços
gerais.
Passo 9 Eletricistas Queda da escada;  O transporte da escada
Transportar a escada Entorse muscular; deve ser feito por duas
para o ponto de Lesão nas mãos. pessoas;
trabalho  · A escada deve ser
transportada com a parte
móvel recolhida, na posição
horizontal; Adotar técnica e
postura correta para
levantamento de peso;
 Usar luvas de serviços
gerais.
Passo 10 Eletricistas Queda da escada;  A escada deve ser
Levantar a escada Lesão nas mãos; manuseada por duas
Entorse
45
muscular;Lesão nos pessoas;
olhos e cabeça  A bases dos montantes
devem ser apoiadas no solo,
evitando calçá-las com
pedra ou pedaços de
madeira;
 Usar luvas de serviços
gerais;
Usar óculos e capacete de
segurança

Passo 11 Eletricistas Queda da escada;  A escada deverá ser manuseada por


Posicionar Lesão nas mãos; duas pessoas;
a escada. Lesão nos pés;  As bases dos montantes devem ser
Descrição: Impacto da escada; apoiadas no solo evitando calçá-las com
Estender a Entorse da escada; pedras ou madeira;
escada e Entorse muscular;  Usar luvas de serviços gerais;
posicioná-la Lesão nos olhos e  Manter os dedos afastados da área de
na altura da cabeça. deslocamento da parte móvel da
cinta da escada;
mão  Usar calçado de segurança;
francesa de  · Manter os pés afastados da área de
forma que deslocamento da parte móvel da
sua base escada; Observar a trajetória da escada
fique mantendo a atenção voltada para o seu
afastada do topo
poste 1/ 4
 Usar óculos e capacete de segurança.
da altura
alcançada
pela
escada.
Passo 12 Eletricistas Lesão nas mãos;  Usar luvas de serviços gerais;
Amarra a Queda da escada.
base da
escada.
Descrição:
Amarrar a
base da
escada no
poste a 1 m
do solo,
mantendo a
corda na
posição
horizontal.
Passo 13 Eletricistas
Equipar-se
com
cinturão de
46
segurança
e talabarte
e nele
prender a
corda da
carretilha,e

Passo 14 Eletricistas
Queda da  A escada deve ser segura pelo ajudante;
Subir na escada escada e  Usar calçado de segurança;
eletricistas;  · Subir com cuidado degrau por degrau,
Lesão nas com as mãos livres e segurar firme nos
mãos; montantes da escada;· Usar luvas de
Lesão nos borracha isolantes classe 1; Usar óculos e
olhos e capacete de segurança.
cabeça
Passo 15 Eletricistas Queda do  escada deve ser segura pelo ajudante;
Fixar-se ao poste. eletricista e  · Certificar-se que a trava do mosquetão
Descrição: escada; do talabarte travou adequadamente;
Fixar o trava- Lesão nas Escolher a posição adequada para realizar
quedas ao mãos; a tarefa
poste;Instalar o Lesão nos
talabarte logo olhos e
abaixo do trava- cabeça
quedas;Posicionar o
trava-quedas logo
acima do talabarte e
puxar a corda para
prendê-lo.
Amarrar a escada.
Passo 16 Eletricistas Queda do  Manusear firmemente o bastão;
Receber do bastão;  Usar luvas de borrachas isolantes
eletricista do solo Lesão nas
através da corda e mãos.
carretilha o bastão
de garra de linha
viva.
Passo 17 Eletricistas Choque  Usar luvas isolantes de borracha classe 1;
Proceder à abertura elétrico;  Usar óculos de segurança;
dos grampos de linha Lesão nos  Manusear o conjunto firmemente.
viva na seqüência olhos;
abaixo:1- Grampo da Queda do
fase do meio;2-
bastão.
Grampo mais
afastado da fase do
meio;3- Grampo mais
próximo da fase do
meio.OBS: Caso as
garras de linha viva a
serem abertas forem
47
as de
transformadores,
desligar antes o
transformador
conforme
procedimentos de
operação de chaves
fusíveis.

Resumo

RISCO: Uma ou mais condição com potencial para causar danos a pessoa; equipamentos
e instalações; ambiental; material.
PERIGO: É a exposição relativa a um risco, que favorece a sua materialização em danos.
DANOS: É a gravidade da perda (humana; material; ambiental; financeira).
CAUSA: É a origem de caráter humano ou material, relacionado com o evento (acidente
ou falha).
SEGURANÇA: É o antônimo de perigo.
PERDAS OU SINISTRO: É o prejuízo sofrido por uma empresa, sem garantia de
ressarcimento por seguro ou outro forma.
INCIDENTE: Qualquer evento ou fato negativo.

23-MAPA DE RISCO

1. INTRODUÇÃO

A prevenção de acidente de trabalho no Brasil registra décadas de iniciativas sem


sucesso.

Em 1944 foi criada a primeira legislação estabelecendo a obrigatoriedade de formação das


Comissões Internas de Prevenção de Acidentes CIPAs.

A partir de 1970 o avanço da industrialização resultou no aumento do número de


acidentes, que já era alto. Criou se uma série de normas para enfrentar essa situação,
dentre elas a obrigatoriedade das empresas maiores de terem profissionais especializados
(engenheiros, médicos e técnicos) na área de segurança e medicina do trabalho. Mas a
quantidade de acidentes continuou a crescer, mesmo quando o ritmo da atividade
econômica se reduziu. Em 1975 e 1976 o Brasil chegou a ter quase 10% dos seus
trabalhadores acidentados.

Há quase meio século o quadro se mantém e, se nesse período não se conseguiu reduzir
os acidentes de trabalho no Brasil, é porque o modelo de prevenção, paternalista, está
errado.

Problemas crônicos exigem soluções inovadoras. É nessa situação de persistência de


elevados índices de acidentes de trabalho, com grandes perdas humanas e econômicas,
que surge o Mapa de Riscos.

48
Esse instrumento representa uma tentativa inédita no Brasil, de comprometer e envolver
os trabalhadores e também os empresários com a solução de um problema que interessa
a todos superar.

2. Quanto a Implantação do Mapa de Riscos

Implantado pela Portaria nº5 de 17 de agosto de 1992 do Ministério do Trabalho e da


Administração, ele é obrigatório nas empresas com grau de risco e número de
empregados que exijam a constituição de uma Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes.
O mapa de riscos é a representação gráfica dos riscos de acidentes nos diversos locais de
trabalho, inerentes ou não ao processo produtivo, de fácil visualização e afixado em locais
acessíveis no ambiente de trabalho, para informação e orientação de todos os que ali
atuam e de outros que eventualmente transitem pelo local, quanto as principais, áreas de
risco.
No mapa de riscos, círculos de cores e tamanhos diferentes mostram os locais e os
fatores que podem gerar situações de perigo pela presença de agentes físicos, químicos,
biológicos, ergonômicos e de acidentes.

O Mapa de riscos é elaborado segundo a Portaria nº 25, pela CIPA, ouvidos os


trabalhadores envolvidos no processo produtivo e com a orientação do Serviço
Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho SESMT da empresa, quando
houver.

É considerada indispensável, portanto, a participação das pessoas expostas ao risco no


dia-a-dia.

O Mapeamento ajuda a criar uma atitude mais cautelosa por parte dos trabalhadores
diante dos perigos identificados e graficamente sinalizados.
Desse modo, contribui para a eliminação ou controle dos riscos detectados.

Para o empresário, as informações mapeadas são de grande interesse com vista à


manutenção e ao aumento da competitividade, prejudicada pela descontinuidade da
produção interrompida por acidentes, Também permite a identificação de pontos
vulneráveis na sua planta.

Primeira medida não paternalista na área, o mapa de risco é um modelo participativo e


pode ser um aliado de empresários e empregados para evitar acidentes, encontrar
soluções práticas para eliminar ou controlar riscos e melhorar o ambiente e as condições
de trabalho e a produtividade, com isso ganham os trabalhadores, com a proteção da vida,
da saúde e da capacidade profissional. Ganham as empresas, com a redução de perdas
por horas paradas, danos em equipamentos e desperdícios de matérias primas. Ganha o
País, com a redução dos vultosos gastos do sistema previdenciário no pagamento de
pensões e com o aumento da produtividade geral da economia.

O mapeamento deve ser feito anualmente, toda a vez que se renova a CIPA. Com essa
reciclagem cada vez mais trabalhadores aprendem a identificar e a registrar graficamente
os focos de acidentes nas empresas, contribuindo para eliminá-los ou controlá-los.

49
3.A Legislação Brasileira

Com redação dada pela Portaria nº 25 de 2911211994, incluiu se na NR 5-(CIPA), item


5.16, alínea o, "elaborar, ouvidos os trabalhadores de todos os setores do estabelecimento
e com a colaboração do SESMT, quando houver, o MAPA DE RISCOS, com base nas
orientações constantes do anexo IV devendo o mesmo ser refeito a cada gestão da CIPA

ANEXO I V MAPA DE RISCOS

1. O Mapa de Riscos tem como objetivos:

a) reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de


segurança e saúde no trabalho na empresa,
b) possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os
trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.

2. Etapas de elaboração:

a) conhecer o processo de trabalho no local analisado:

- Os trabalhadores:
Número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada;
- os instrumentos e materiais de trabalho;
- as atividades exercidas;
- O ambiente.

b) identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação da


tabela 1.

c) identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia: medidas de proteção


coletiva.

 Medidas de organização do trabalho


 Medidas de proteção individual;
 Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários,
bebedouro, refeitório, área de lazer.

d) identificar os indicadores de saúde:

 Queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores.


 Expostos aos mesmos riscos.
 Acidentes de trabalho ocorridos,
 Doenças profissionais diagnosticadas,

50
A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser
representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.

3.Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá
ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os
trabalhadores

4.No caso das empresas da indústria da construção, o Mapa de Riscos do


estabelecimento deverá ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser
revisto sempre que um fato novo e surpreendente, modificar a situação de riscos
estabelecidas.
A realização do mapa é informada formalmente ao empregador por meio da cópia da ata
da respectiva reunião da CIPA. Após 30 dias ele deverá dizer se cabe a adoção das
medidas sugeridas pela CIPA para eliminar os focos de risco.
Os prazos para adoção das medidas são negociados entre as Cipas e as empresas.

A falta de elaboração e de afixação, nos locais de trabalho, do mapa de riscos ambientais


pode implicar em multas de valor elevado.
A maior multa, no campo da Segurança do Trabalho, é aplicada em casos extremos,
quando fica evidenciada a posição do empregador em fraudar a lei ou resistir à
fiscalização.

Além das situações extremas existem outras previstas na NR 28 – (fiscalização e


penalidades) da Portaria 3.214178 (com a redação dada pelas Portarias nº 3, de 10 de
julho de 1992, e 7, de 5 de outubro de 1992), que também implicam multas vultosas.

Existem três incisos de intensidade máxima na escala de infrações (14, sendo “V de


infração)” quando o Mapa de riscos não for refeito em cada gestão da CIPA, quando o
empregador deixar de se manifestar no prazo de 30 dias após o recebimento do relatório
da CIPA, e quando a direção do estabelecimento deixar de fazer as alterações nos locais
de trabalho, dentro do prazo combinado com a CIPA.
É interessante notar que, neste último caso, a Cipa passa a ser investida de uma
competência de fiscalizar a própria empresa, cabendo lhe não só negociar o prazo com o
empregador como, principalmente, encaminhar à DRT uma cópia do mapa de riscos e do
relatório, para análise e inspeção.

Só é obrigada a fazer o mapa de riscos a empresa que deve ter CIPA. Mesmo quando
esse órgão for inoperante ou não tiver condições de realizar o mapa de riscos, no entanto,
a empresa é quem estará exposta à punição em função disso.

A fiscalização e as penalidades a que estão sujeitas as empresas que deixarem de


elaborar o mapa de riscos ou o fizerem incorretamente encontram se previstas na Norma
Regulamentadora NR 28- (fiscalização e penalidades) ( da mesma Portaria 3.214178,
com a redação dada pela Portaria nº 7, expedida pelo mesmo órgão em 5 de Outubro de
1992.

Cabe ao empregador dar condições para a realização do mapeamento de riscos


ambientais afixando o, em local visível. 0 mapa de riscos será executado (pela CIPA,
depois de consultados os trabalhadores de todos os setores produtivos da empresa)

51
4. Classificação dos Riscos Ambientais

Os riscos estão presentes nos locais de trabalho e em todas as demais atividades


humanas, comprometendo a segurança e a saúde das pessoas e a produtividade da
empresa.

Esses riscos podem afetar o trabalhador a curto, médio e longos prazos, provocando
acidentes com lesões imediatas e ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho, que
se equiparam a acidentes do trabalho.

Os agentes que causam riscos à saúde dos trabalhadores e que costumam estar
presentes nos locais de trabalho são agrupados em cinco tipos:

 Agentes químicos;
 Agentes físicos;
 Agentes biológicos;
 Agentes ergonômicos;
 Agentes de acidentes (mecânicos).

Cada um desses tipos de agentes é responsável por diferentes riscos ambientais que
podem provocar danos à saúde ocupacional dos funcionários da empresa.
Para fazer o mapa de riscos, consideram se os riscos ambientais provenientes de:

GRUPO I

1. Agentes químicos:

São considerados agentes químicos, aqueles capazes de provocar riscos à saúde:

 Poeira, fumos, névoas, vapores, gases, produtos químicos em geral, neblina, etc.

Os principais tipos de agentes químicos que atuam sobre o organismo humano, causando
problemas de saúde, são:

 Gases, vapores e névoas; aerodispersóides (poeiras e fumos metálicos).

Riscos à saúde

Os gases, vapores e névoas podem provocar efeitos irritantes, asfixiantes ou anestésicos:

Efeitos irritantes: são causados, por exemplo, por ácido clorídrico, ácido sulfúrico,
amônia, soda cáustica, cloro, que provocam irritação das vias aéreas superiores.

Efeitos asfixiantes: gases como hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, dióxido
de carbono, monóxido de carbono e outros causam dor de cabeça, náuseas, sonolência,
convulsões, coma e até morte.

52
Efeitos anestésicos: a maioria dos solventes orgânicos assim como o butano, propano,
aldeídos, acetona, cloreto de carbono, benzeno, xileno, álcoois, tolueno, tem ação
depressiva sobre o sistema nervoso central, provocando danos aos diversos órgãos. 0
benzeno especialmente é responsável por danos ao sistema formador do sangue.

. Os aerodispersóides: que ficam em suspensão no ar em ambientes de trabalho, podem


ser poeiras: minerais, vegetais, alcalinas, incômodas ou fumos metálicos:

. Poeiras minerais: provêm de diversos minerais, como sílica, asbesto, carvão mineral, (e
provocam silicose quartzo), asbestose (asbesto), pneurnoconioses (ex. carvão minerais,
minerais em geral).
Poeiras vegetais: são produzidas pelo tratamento industrial, por exemplo, de bagaço de
cana de açúcar e de algodão, que causam bagaçose e bissinose, respectivamente.

Poeiras alcalinas: provêm em especial do calcário, causando doenças pulmonares


obstrutivas crônicas, como enfisema pulmonar.

Poeiras incômodas: podem interagir com outros agentes agressivos presentes no


ambiente de trabalho, tornando os mais nocivos à saúde,

Fumos metálicos: provenientes do uso industrial de metais, como chumbo, manganês,


ferro etc., causa doença pulmonar obstrutiva crônica, febre de fumos metálicos,
intoxicações específicas, de acordo com o metal.

GRUPO II

2. Agentes físicos

São considerados agentes físicos, aqueles capazes de provocar riscos à saúde:

Ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, pressões anormais,


temperaturas extremas, iluminação deficiente, umidade, etc.

Riscos à saúde

Ruídos provocam cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição (surdez


temporária, surdez definitiva e trauma acústico), aumento da pressão arterial, problemas
no aparelho digestivo, taquicardia, perigo de infarto,

Vibrações provocam cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna, doença do
movimento, artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles, lesões
circulatórias.

Calor ou frio extremos provocam taquicardia aumento da pulsação, cansaço, irritação,


fadiga térmica, prostração térmica, choque térmico, perturbação das funções digestivas,
hipertensão.

53
Radiações ionizantes provocam alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais,
acidentes do trabalho.

Radiações não íonizantes provocam queimaduras, lesões na pele, nos olhos e em outros
órgãos. É muito importante saber que a presença de produtos ou agentes no local de
trabalho como, por exemplo, radiações infravermelho, presentes em operações de fornos,
de solda oxiacetilênica; ultravioleta, produzida pela solda elétrica; de raios laser podem
causar ou agravar problemas visuais ( ex. catarata, queimaduras, lesões na pele, etc.),
mas isto não quer dizer que, obrigatoriamente, existe perigo para a saúde, isso depende
da combinação de muitas condições como a natureza do produto, a sua concentração, o
tempo e a intensidade que a pessoa fica exposta a eles, por exemplo.

.Umidades provocam doenças do aparelho respiratórias, da pele e circulatórias.

GRUPO III

3. Agentes biológicos

Microrganismos e animais são os agentes biológicos que podem afetar a saúde do trabalhador.
São considerados agentes biológicos os bacilos, bactérias, fungos, protozoários, parasitas, vírus.
Entram nesta classificação também os escorpiões, bem como as aranhas, insetos e ofídios
peçonhentos.

Riscos à saúde

Pode causar as seguintes doenças: Tuberculose, intoxicação alimentar, fungos (microrganismos


causadores infecções), brucelose, malária, febre amarela.

As formas de prevenção para esses grupos de agentes biológicos são: vacinação, esterilização,
higiene pessoal, uso de EPI; ventilação, controle médico e controle de pragas.

GRUPO IV

4. Agentes ergonômicos

São os agentes caracterizados pela falta de adaptação das condições de trabalho às


características psicofisiológicas do trabalhador.

Entre os agentes ergonômicos mais comuns estão:

 Trabalho físico pesado;


 Posturas incorretas;
 Posições incômodas,
 Repetitividade;
 Monotonia,
 Ritmo excessivo;
 Trabalho em turnos e trabalho noturno,
 Jornada prolongada;

Riscos à saúde

54
Trabalho físico pesado, posturas incorretas e posições incômodas provocam cansaço,
dores musculares e fraqueza, além de doenças como hipertensão arterial, diabetes,
úlceras, moléstias nervosas, alterações no sono, acidentes, problemas de coluna, etc.

.Ritmo excessivo, monotonia, trabalho em turnos, jornada prolongada, conflitos, excesso


de responsabilidade provocam desconforto, cansaço, ansiedade, doenças no aparelho
digestivo (gastrite, úlcera), dores musculares, fraqueza, alterações no sono e na vida
social (com reflexos na saúde e no comportamento), hipertensão arterial, taquicardia,
cardiopatias (angina, infarto), diabetes, asmas, doenças nervosas, tensão, medo,
ansiedade.

GRUPO V
Agentes de acidentes (mecânicos):

São arranjos físicos inadequados ou deficientes, máquinas e equipamentos, ferramentas


defeituosas, inadequadas ou inexistentes, eletricidade, sinalização, perigo de incêndio ou
explosão, transporte de materiais, edificações, armazenamento inadequado, etc.

Essas deficiências podem abranger um ou mais dos seguintes aspectos:

 Arranjo físico;
 Edificações;
 Sinalizações;
 Ligações elétricas;
 Máquinas e equipamentos sem proteção,
 Equipamento de proteção contra incêndio;
 Ferramentas defeituosas ou inadequadas,
 EPI inadequado,
 Armazenamento e transporte de materiais.
 Iluminação deficiente - fadiga, problemas visuais, acidentes do trabalho.

Riscos à saúde

 Arranjo físico: quando inadequado ou deficiente, pode causar acidentes e provoca


desgaste físico excessivo nos trabalhadores.
 Máquinas sem proteção: podem provocar acidentes graves.
 Instalações elétricas deficientes: trazem riscos de Curto circuito, choque elétrico,
incêndio, queimaduras, acidentes fatais.
 Matéria prima sem especificação e inadequada: acidentes, doenças profissionais,
queda da qualidade de produção.
 Ferramentas defeituosas ou inadequadas: acidentes, com repercussão
principalmente nos membros superiores.
 Falta de EPI ou EPI inadequados ao risco: acidentes, doenças profissionais.
 Transporte de materiais, peças, equipamentos sem as devidas precauções:
acidentes.
 Edificações com defeitos de construção: a exemplo de piso com desníveis, escadas
fora de ausência de saídas de emergência, mezaninos sem proteção, passagens
sem a atura necessária : quedas, acidentes.

55
 Falta de sinalização das saídas de emergência, da localização de escadas e
caminhos de fuga, alarmes, de incêndios: ações desorganizadas nas emergências,
acidentes.
 Armazenamento e manipulação inadequados de inflamáveis e gases, curto circuito,
sobrecargas de redes elétricas: incêndios, explosões.
 Armazenamento e transporte de materiais: a obstrução de áreas traz fiscos de
acidentes, de quedas, de incêndio, de explosão etc.
 Equipamento de proteção contra incêndios: quando deficiente ou insuficiente, traz
efetivos riscos de incêndios.
 Sinalização deficiente: falta de uma política de prevenção de acidentes, não
identificação de equipamentos que oferecem fisco, não delimitação de áreas,
informações de segurança insuficientes etc. comprometem a saúde ocupacional
dos funcionários.

5. Riscos Químicos, Físicos, Biológicos, Ergonômicos, Acidentes

5.1. Agentes Químicos

Os agentes químicos mais comuns apresentam-se sob as seguintes formas:

Formas dos Agentes Químicos


Forma Gasosa Monóxido de carbono
Bióxido de enxofre
Vapores de solventes
Óxido de hidrogênio
Amônia
Ácido clorídrico
Ácido sulfúrico
Sulfeto de carbono
Sulfeto de hidrogênio
Forma sólida Soda em escamas, pós, poeiras de
sílica,
Granito, algodão, etc.
Forma liquida Álcalis
Ácidos
Solventes
5.1.1 Contaminantes ambientais

No ambiente de trabalho, podemos encontrar seis tipos mais comuns de agentes químicos
ou substâncias contaminantes:

Poeiras
São produzidas mecanicamente por ruptura de partículas maiores. Exemplo: fibras de
amianto e poeiras de sílica.

Fumos
Os chamados fumos são partículas sólidas produzidas por condensação de vapores
metálicos.

56
Exemplos: fumos de óxido de zinco nas operações de soldagem com ferro, de chumbo
em trabalhos a temperaturas acima de 500'C e de outros metais em operações de fusão.

Fumaças
Fumaças produzidas pela combustão incompleta como a liberada pelos escapamentos
dos automóveis, que contém monóxido de carbono, são contaminantes ambientais e
representam riscos de acidentes e à saúde.

Neblinas
As neblinas são partículas líquidas produzidas por condensação de vapores. Exemplos:
anidrido sulfúrico, gás clorídrico, etc.

Gases
Os gases são dispersões de moléculas que se misturam com o ar. Exemplo: GLP Gás
Liquefeito de Petróleo, monóxido de carbono, gás sulfídrico, gás cianídrico, etc.
Vapores
São dispersões de moléculas no ar que podem se condensar para formar líquidos ou
sólidos em condições normais de temperatura e pressão. Exemplos: vapores de benzol,
dissulfito de carbono, etc.

5.1.2 Fatores que influenciam a toxicidade dos contaminantes ambientais

Deve se lembrar que a presença de produtos ou agentes no local de trabalho não quer
dizer que, obrigatoriamente, existe perigo para a saúde.

O risco representado pelas substâncias químicas depende dos seguintes fatores:

a) Concentração: Quanto maior for a concentração do produto, mais rapidamente os seus


efeitos nocivos se manifestarão no organismo.

b) índice respiratório: Representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a


jornada.

c) Sensibilidade individual: É o nível de resistência de cada um varia de pessoa para


pessoa.

d) Toxicidade: É o potencial tóxico da substância no organismo.

e) Tempo de exposição: É o tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.


5.1.3 Vias de penetração dos agentes químicos

O agente químico pode penetrar no trabalhador pela pele (via cutânea), pela boca e
estômago (via digestiva) e pelo nariz e pulmões (via respiratória).

Via Cutânea

Os ácidos, álcalis e solventes, ao atingirem a pele, podem ser absorvidos ou provocar


lesões como caroços ou chagas (acne química), podendo também comprometer as
mucosas dos olhos, boca e nariz. A soda em escamas e os pós também podem penetrar
na pele e contaminar.

57
Esses problemas podem acontecer quando os trabalhadores manipulam produtos
químicos sem equipamentos de proteção individual EPI como luvas, aventais, botas,
máscaras e óculos de segurança.

Via Digestiva

A contaminação do organismo ocorre pela ingestão acidental ou não de substâncias


nocivas, presentes em alimentos contaminados, deteriorados ou na saliva. Hábitos
inadequados como alimentar se ou ingerir líquidos no local de trabalho, umedecer os
lábios com a língua, usar as mãos para beber água e a falta de higiene contribuem para a
ingestão de substâncias nocivas.Há casos de ingestão acidental ou proposital de
ácidos, álcalis, solventes. Conforme o tipo de produto ingerido, podem ocorrer lesões
(queimaduras na boca, esôfago e estômago).

Via Respiratória

As substâncias penetram pelo nariz e boca, afetando a garganta e chegando aos pulmões.
Através da circulação sangüínea, podem seguir para outros órgãos, onde manifestarão
seus efeitos tóxicos. Substâncias químicas na forma de pó em suspensão no ar podem
facilmente penetrar no organismo pela respiração. Partículas muito pequenas podem
vencer as barreiras naturais das vias respiratórias, chegando a atingir partes mais
profundas do pulmão. Em todos esses casos pode existir risco de contaminação se os
funcionários não usarem os equipamentos de proteção individual ou se não houver
sistemas de ventilação ou exaustão adequados.

5.1.4 Riscos possíveis dos produtos químicos para a saúde

O quadro a seguir mostra a utilização, os riscos e as conseqüências para a saúde de


alguns dos principais produtos químicos utilizados pelas indústrias, a depender da
toxicidade de cada um no ambiente de trabalho.

Possíveis Riscos dos Produtos Químicos


Princípios Sintomas
Riscos para Uso Produto e Conseqüências
a Saúde Prováveis a partir
da Contaminação
Sabor metálico.
Dores de estômago
Encontra-se ou complicações
associado com o intestinais.
Empregado nas ligas com chumbo e o arsênico. Vômitos, diarréia,
chumbo, fabricação de Seus compostos irritabilidade, fadiga,
metais para imprensa, podem irritar olhos, vertigens e dores
Antimônio soldagens, fabricação de pele e mucosas das musculares.
tintas, etc. vias podem provocar Redução dos
lesões nos pulmões. glóbulos brancos.
Lesões nos músculos
cardíacos.
Demência, fadiga,
58
cólicas intestinais,
cefaléia, visão dupla,
Usado como catodo Penetra no alteração de conduta,
De baterias na construção, organismo por anemia,
Chumbo em e inseticidas. inalação e ingestão. degeneração dos rins
Tubulações, metal de Pode provocar e fígado e depressão
imprensa, munições, lesões nos rins e no do SNC -Sistema
fabricação de automóveis, fígado. Nervoso Central.
latas pesticidas tintas, Alguns compostos do Seus compostos
vernizes, provocar câncer. orgânicos podem
provocar lesões
cerebrais, alterações
mentais, ansiedade,
delírio e morte.
Usado na fabricação de O mercúrio acumula- Náuseas, Vômitos,
termômetros, barômetros, se nos rins, fígado, diarréia, cefaléia,
Mercúrio ouro e por dentistas contatos baço e ossos. dores abdominais,
elétricos e na extração de 0 envenenamento tremores,
bombas de vácuo. provoca inchaço das convulsões,
glândulas salivares e espasmos
pode resultar em musculares e
queda dos dentes e alteração de conduta,
úlceras na boca e nervosismo,
nas gengivas. irritabilidade,
ansiedade e
depressão.

Usado na fabricação de Os fumos provocam Dermatite, irritações


baterias, pilhas, ligas de a febre dos digestivas
latão, bronze e galvanização. metalúrgicos provocando náuseas
(calafrio, febre alta e e vômitos.
secura na boca).
Zinco Seus compostos
prejudicam os olhos,
a pele e as mucosas.
Usado em ligas com o aço Pode provocar Dor de cabeça falta
na produção de máquinas, dermatite e alergias. de ar, morte. Vômito,
automóveis e componentes É também um agente febre alta, tosse,
elétricos, como catalisador cancerígeno, delírio, alucinações,
em banhos eletrolíticos em podendo atingir os diminuição
Níquel banhos eletroliticos pulmões, a cavidade sangüínea e
(niquelagem), baterias, nasal os ossos e o vertigens,
acumuladores e no fabrico estômago.
de moedas.
Alumínio Usado na
Construção, indústrias. Oferece risco sob a O pó pode provocar
Aeronáutica e forma de rebolos. irritação nos olhos,
automobilística. raspantes e no uso enfisema ou fibrose
Fabricação de utensílios de de lixas e pó, na pulmonar.
cozinha e papel de alumínio. produção industrial.
59
Usado também, como
pigmento em algumas
pinturas como a de alumínio
e ligas.
Acetileno Gás básico no processo de Transforma-se em Vertigens, cefaléia,
solda e corte de metais narcótico quando se indisposição estomacal e
mistura com o dificuldades respiratórias.
oxigênio, provocando
sonolência e perda dos
sentidos.
Ácido Nítrico Usado na dissolução e É tóxico para a pele, o Irritação das mucosas
tratamento de minérios olho e a mucosa das (nariz, garganta e olhos),
metálicos. vias respiratórias. opressão torácica,
Pode produzir edema angústia, respiração
pulmonar. agitada, náuseas,
vertigens, salivação,
sensação de fadiga
muscular e bronquite.
Ácido Sulfúrico Usado como dissolvente na Provoca irritação do Tosse, pneumonia
degradação de certos sistema respiratório. química e erosão dos
minérios. Forma-se Quando diluído pode dentes, náusea, vômitos
espontaneamente no causar dermatite e e dores abdominais.
tratamento do minério de causar dermatite e
enxofre. lesões nos pulmões.
Seus vapores são
corrosivos para a pele
e os olhos.
Cloro Usado na extração de alguns Irrita os olhos, a pele e Causa sensação de
minérios na eletrólise de as mucosas das vias picadas, ardor e
alguns metais. É liberado nos respiratórias. congestão nos olhos e na
gases de explosão e de fusão. pele e hipertensão. Em
altas doses pode causar
colapso respiratório.
Cádmio Usado na galvanização de Os fumos podem Febre alta, queimação na
outros metais para evitar causar garganta, tosse,
corrosão. envenenamento. náuseas, opressão no
Facilita o processo de solda. peito, vômito, dor de
É usado em algumas peças de cabeça e cianose
motores, baterias de cádmio, (coloração azulada por
níquel, foguetes, mísseis e deficiência de oxigênio
aviões. no sangue).
Metanol O metariol (álcool metílico) é Os efeitos no Distúrbios visuais,
um álcool retirado da madeira organismo ocorrem vertigens, dor de cabeça,
e do gás natural. Também é pela contaminação perturbações digestivas,
chamado de carbinol ou álcool através da respiração, irritaçâo nas mucosas do
de madeira. Usado como ingestão e contato com nariz. O cantata com os
combustível de veículos. a pele. Se ingerido, olhos pode produzir
pode provocar irritação, lacrimejamento,
cegueira e ser fatal. sensação de queimação
e cegueira. O cantato
60
com a pele pode causar
dermatose.

Agentes Químicos Típicos de Algumas Indústrias


Indústria Processo ou Agentes químicos potencialmente nocivos que
Operação podem estar presentes no ambiente de trabalho

Aciaria Fundição Poeiras contendo sílica livre cristalizada, óxido de


ferro, silicatos, carbonatos, monóxido de carbono
(CO), dióxido de enxofre (50), fumos de fósforo,
chumbo, ferro, manganês (função da composição
do metal fundido).
Abridores, cardas, Poeira de algodão.
batedores filatórios Hidróxido de sódio, ácido sulfúrico.
conicaleiras, Hipoclorito de sódio, cloro de sódio Para -
etorcedeiras nitroferiol acrilonitrila.
Mercerização
Algodão Branqueamento
Acabamento
Borracha Natural Preparação da mistura Aminas aromáticas (ex. 4 difenil amima, naffil amima).
Solventes orgânicos.
Borracha sintética Tolueno diisocianato ou outros isocianatos. Ácido acético,
ácido sulfúrico,
dicloroetano.
etilbenzeno, isoproperio,
Acrilonitrila, cloro butadieno, estireno,

Botões de plástico Estirol, feriol, formaldeido, ácido acrílico, dissulfeto de


carbono, tetracloreto de carbono.
Calçados Colagern Solventes orgânicos constituintes da cola (ex. benzerio,
tolueno, xileno).
Cera Cloro naftalina ou difenil.
Cerâmica Manuseio matérias Poeira contendo sílica livre cristalizada. Chumbo, poeira
primas. contendo sílica livre cristalizada.
Rebarbação, polimento, Aguarrás, poeira contendo sílica livre cristalizada.
esmaltação Esmaltação Querosene, poeira contendo sílica livre
Limpeza, decoração Benzeno, nitrobenzerio, tricloroetilerio,
Desmonte de caixas

Cerveja Fermentação Dióxido de carbono (CD2). Freon.


Revestimentos dos Amônia.
Refrigerantes Tricloetileno.
Vazamento de gases
vasilhames

Choque Reparação de material Poeira contendo sílica livre cristalizada.


refratário e corte. Monóxido de carbono (CO). Benzopireno.
Reparação de sistemas Naftil amima.
de
retorta

61
Couro Berizerio, xilerio, toluol.
Espelhos Ácido clorídrico (HCI), nitrato de prata, amônia,
hidróxido de prata, amina.
Explosivos Nitroglicerina, dinitrato de etileno glicol, tetrilo,
trinitrotolueno.
Fibra de vidro Poeira de sílica livre no manuseio de matéria prima.
Em geral Poeira de fibra de vidro.
Colagem Álcool metílico. Acetato de etila.
Fibras artificiais Diosulfeto de carbono (CS), benzeno, ácido acético, gás
sulfídrico (H2S), ácidos inorgânicos
Refrigerante Vazamento de Gases Amônia de hidrocarbonetos halogenados.
Refrigerante
Siderúrgica Monóxido de carbono (CO), poeira de óxido de
ferro.
Tintas Sais de chumbo, óxido de zinco, óxido de ferro, óxido de
cromo
(pigmentos).
Álcoois, esteres, cetonas e éteres de glicol (solventes).
Ácidos
inorganicos.
Vidro Sílica, chumbo, poeira de soda e potassa, dióxido de
enxofre
(S02).

Agentes Químicos Presentes em Vários Tipos de Indústrias

Processo ou Operação Agentes químicos potencialmente nocivos que podem


estar
Presentes no trabalho
Decapagem Ácido sulfúrico, ácido clorídrico, ácido fosfórico, ácido
nítrico, ácido fluoridrico.
Desengraxamento Gasolina, querosene, tetracioreto de carbono (CC14),
hidrocarbonetos clorados (tricloroetileno), tetracloroetileno.
Fosfatização Ácido crômico-
Galvanização Fumos de óxido de zinco.
Ácido clorídrico, amônia, ácido sulfúrico.
Jateamento de areia Poeira contendo sílica livre cristalizada.
Polimento eletrolitico de metais Ácido fosfórico, ácido sulfúrico, vapores de solventes ,
orgânicos.
Revelação fotográfica Amino derivados (fenolamina), ácidos fortes, álcalis fortes,
aldeídos
(formaldeldo), amimas alifáticas.
Solda ou cone oxiacetilênico óxidos de nitrogênio, hidrogenio.
Solda de cote a arco Ozona, monóxido de carbono, fosgênio.
Tratamento de água doce Cloro.
Tratamento térmico de metais Monóxido de carbono (Co), propano, oxidas de nitrogênio,
gás cianidrico.

5.1.5 Limites de Tolerância

62
0 fato dos trabalhadores estarem expostos a agentes físico Químicos ou biológicos não
implica necessariamente que venham a contrair uma doença do trabalho. Para tanto, é
necessário que estejam expostos a uma determinada concentração ou intensidade e que
o tempo de exposição seja suficiente para atuação nociva destes agentes sobre o ser
humano. "Limites de Tolerância" são concentrações dos agentes químicos ou intensidades
dos agentes físicos presentes no ambiente de trabalho sob as quais os trabalhadores
podem ficar expostos durante toda a sua vida laboral sem sofrer efeitos adversos à sua
saúde.

5.2. Riscos Físicos

Pressões extremas

As atividades exercidas em locais de pressões extremas (altas ou baixas) requerem


equipamentos especiais e rigoroso treinamento. Um exemplo é o dos mergulhadores que
trabalham em obras submarinas.

Ruídos

As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem


atingir níveis excessivos, provocando a curto, médio e longos prazos sérios prejuízos à
saúde. Dependendo do tempo da exposição, do nível sonoro e da sensibilidade individual,
as alterações auditivas poderão manifestar se imediatamente ou se começará a perder a
audição gradualmente. Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de
exposição ocupacional (Ver Tabela Abaixo).

Níveis de Ruídos Aceitáveis

Nível de Ruído DB(A) Máxima Exposição Diária Permissível


85 8h
86 7h
87 6h
88 5h
89 4 h 30 min
90 4h
91 3 h 30 min
92 3h
93 2 h 40 min
94 2 h 15 min
95 2h
96 1 h 45 min
98 1 h 45 min
100 1h
102 45 min
104 35 min
105 35 min
106 30 min
108 20 min
110 15 min
112 10 min
63
114 8 min
115 7 min

PRINCIPAIS EFEITOS PREJUDICIAIS DO RUÍDO EXCESSIVO SOBRE A PESSOA

EFEITOS NOCIVOS DO RUIDO


Modificações das ondas
eletroencefalográficas,
Sobre o sistema nervoso Fadiga nervos
Perda de memória, irritabilidade,
dificuldade em coordenar idéias
Hipertensão
Aparelho Cardiovascular Modificação do ritmo cardíaco
Modificação do calibre dos casos
sanguíneos
Modificação do ritmo respiratório
Perturbações gastrintestinais
Diminuição da visão noturna
Outros efeitos Dificuldade na percepção das cores
Perda temporária da capacidade auditiva.

Para a confecção do mapa de riscos não será necessária a medição do nível de ruído. à
avaliação é sensitiva: "aquele ruído que incomoda um pouco ou mais ou menos?" Não
interessa se é da ordem de 85 ou 70 db, o que importa é que incomoda e tornar-se- ão
medidas para minimizá -lo.
Radiações

Radiações ionizantes.

 Os operadores de aparelhos de Raios X e Radioterapia frequentemente estão


expostos a esse tipo de radiação. Seus efeitos podem afetar o organismo (crônicos,
agudos, genéticos ou somáticos "físicos"), podendo se manifestar nos
descendentes. Deve se tomar cuidado especiais quanto às operações e ao
ambiente.

Radiciações não ionizastes

 As radiações infravermelho, presentes em operações de fornos de solda


oxiacetilênica; ultravioleta, produzida pela solda elétrica; de raios laser podem
causar ou agravar problemas visuais a exemplo da catarata provocar queimaduras,
lesões na pele, etc.

Temperaturas extremas

Calor

 Altas temperaturas são nocivas à saúde do trabalhador, podendo provocar catarata,


câimbras, insolação, desidratação, distúrbios psiconeuróticos, erupção da pele,
64
problemas circulatórios. Obs. O uso de lentes de contato por operadores de fornos,
soldadores (arco voltaico) e demais trabalhadores que enfrentam calor externo é
contra indicado, podendo provocar até perda da visão.

Frio

 Baixas temperaturas também são nocivas à saúde podendo provocar feridas,


rachaduras e necrose da pele, enregelamento, gangrena e amputação do membro
lesado.Outras conseqüências possíveis de temperaturas muito baixas são o
agravamento de doenças musculares periféricas preexistentes e de doenças
reumáticas, predisposição para acidentes e doenças das vias respiratórias.

Vibrações

 Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações,


as quais podem ser prejudiciais para o trabalhador. As vibrações, podem ser
localizadas ou generalizadas.Vibrações localizadas são causadas por ferramentas
manuais, elétricas pneumáticas. Com o tempo poderão provocar alterações
neurovasculares nas mãos, problemas nas mãos e braços e osteoporose (perda da
substancia óssea). As vibrações generalizadas ou do corpo inteiro podem afeitar os
operadores de grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e
trotares, provocando dores lombares e lesões na coluna vertebral.

Umidade
 As atividades ou operações executadas em locais alagados; ou encharcados, com
umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são
situações insalubres e devem ter a atenção dos prevencionistas através de
inspeções realizadas nos locais de trabalho para se estudar a implementação de
medidas de controle.

5.3 Riscos Biológicos

Agentes Biológicos são microrganismos que, em contato com o homem podem provocar
inúmeras doenças. São considerados como agentes biológicos os bacilos, bactérias,
fungos, protozoários, parasitas, vírus. Entram nesta classificação também os escorpiões,
bem como as aranhas, insetos e ofídios peçonhentos.Muitas atividades profissionais
favorecem o contato com tais agentes. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais,
limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios etc.

Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos incluem se:


TUBERCULOSE, BRUCELOSE, MALÁRIA, FEBRE AMARELA etc.
Para que estas doenças possam ser consideradas DOENÇA PROFISSIONAL é
necessária que haja exposição do funcionário a estes microorganismos.
É necessário que sejam tomadas medidas preventivas cara que as condições de higiene e
segurança nos diversos setores de trabalho sejam adequadas.

As medidas preventivas mais comuns são:

65
o Controle médico permanente;
o Uso do E. P. I. (Equipamento de Proteção Individual);
o Higiene rigorosa nos locais de trabalho;
o Hábitos de higiene pessoal; uso de roupas adequadas;
o Vacinação;
o Treinamento.

Para que uma substância seja nociva ao homem é necessário que ela entre em contato
com seu corpo. Existem diferentes vias de penetração no organismo humano com relação
à ação dos agentes biológicos: cutânea (através da pele), digestiva (ingestão de
alimentos) e respiratória (aspiração de ar contaminado).

5.4 Riscos Ergonômicos

São os riscos ligados à execução e à organização de todos os tipos de tarefas. Por


exemplo, a altura inadequada do assento da cadeira, a distância insuficiente entre as
pessoas numa seção, a monotonia do trabalho, o isolamento do trabalhador, o
treinamento inadequado ou inexistente, etc. A ergonomia ou engenharia humana é uma
ciência relativamente recente que estuda as relações entre homem e seu ambiente de
trabalho.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define a ergonomia como a "aplicação das
ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para
alcançar os ajustamentos mútuos, ideais entre o homem e seu trabalho, e cujos resultados
se medem em termos de eficiência humana e bem estar no trabalho".
Os agentes ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar
sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e nos
estados emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança.
Para evitar que esses agentes comprometam a atividade é necessário adequar o homem
às condições de trabalho do ponto de vista da praticidade, do conforto físico e psíquico e
do visual agradável. Isso reduz a possibilidade da ocorrência de acidentes.
Essa adequação pode ser obtida por meio de melhores condições de higiene no local de
trabalho, melhoria do relacionamento entre as pessoas, modernização de máquinas e
equipamentos, uso de ferramentas adequadas, alterações no ritmo de tarefas, postura
adequada, racionalização, simplificação e diversificação do trabalho.

5.5 Riscos de Acidentes (Mecânicos)

Os riscos de acidentes (mecânicos) são muitos diversificados e podem estar presentes em


ferramentas defeituosas, máquinas, equipamentos ou partes destes.

Os agentes de acidentes (mecânicos) mais comuns dizem respeito a:

Construção e instalação da empresa:

 Prédio cair, área insuficiente;


 Arranjo físico deficiente
 Pisos pouco resistentes e irregulares;
 Matéria prima fora de especificações
 Falta de equipamento de proteção individual ou EPI inadequado ao risco.
66
 Instalações elétricas impróprias ou com defeitos.
 Iluminação: é necessário que as condições de iluminação natural ou artificial dos locais de
trabalho sejam apropriadas para o tipo de atividade a ser desenvolvida. Iluminação
insuficiente ou excessiva pode dificultar as tarefas, provocar perturbações visuais e causar
acidentes.
Máquinas, equipamentos e ferramentas:

 Localização imprópria das máquinas.


 Falta de proteção em partes móveis e pontos de operação;
 Máquinas com defeitos;
 Ferramentas defeituosas ou usadas de forma incorreta.

É importante, por exemplo, reconhecer a ferramenta adequada para cada finalidade e as


conseqüências de seu uso incorreto, conforme mostra o quadro a seguir:

RISCOS DO MAU USO DAS FERRAMENTAS


FERRAMENTA USOINCORRETO USO CORRETO
Faca Uso da faca como chave de fenda ou Uso da faca para cortar.
alavanca.
Chaves de Como alavanca ou talhadeira. Para apertar ou soltar parafusos.
fenda
Martelos Uso de martelo de unha em aço alta Uso de martelo de unha em
têmpera, carpintaria,
de martelo de mecânica em de martelo mecânico para
carpintaria, de trabalho em
martelo de unha como talhadeira. máquinas, de martelo de unha
para
extrair pregos.
Limas Como maneio ou alavanca. Para limar materiais.
Talhadeiras Como chave de fenda ou alavancas. Para cortar madeira ou metal.
Serras de mão Uso em material impróprio. Uso em material indicado.
Uso de serra para corte perpendicular Uso do trançador para cortar
ás fibras. Uso do trançador para corte perpendicularmente as fibras e da
no sentido das fibras. serra para cortar no sentido das
fibras.

6.0 O que é Mapa de Risco?

Mapa é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais de


trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos; e cores. O seu objetivo é informar e
conscientizar os trabalhadores pela fácil visualização desse riscos. É um instrumento que
pode ajudar a diminuir a ocorrência de a acidentes do trabalho objetivo que interessa aos
empresários a aos trabalhadores.

7.0 Quem faz?

O mapa de riscos é feito pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA, após
ouvir os trabalhadores de todos os setores produtivos e com a orientação do Serviço

67
Especializado em Engenharia e Segurança e Medicina do Trabalho SESIVIT da empresa,
quando houver.

8.0 Planta ou croqui!

É importante ter uma planta do local, mas se não houver condições de conseguir, isto não
deverá ser um obstáculo: faz se um desenho simplificado, um esquema ou croqui do local.

9.0 Estudo dos tipos de riscos

A CIPA deve se familiarizar com a tabela abaixo, que classifica os riscos de acidentes de
trabalho. Nessa tabela que faz parte dos anexos da Portaria Ministerial há cinco tipos de
riscos que corresponderão a cinco cores diferentes no mapa.

TABELA DOS RISCOS AMBIENTAIS

Riscos Ambientais
Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V
Agentes Agentes Agentes Agentes Agentes
Químicos Físicos Biológicos Ergonômicos Mecânicos
Poeira Ruído Vírus Trabalho Arranjo
físico pesado físico deficiente
Fumos Vibração Bactéria Posturas Máquinas
Metálicos
incorreras sem proteção
Névoas Radiação Protozoários Treinamento Matéria-prima
ionizante Inadequado, fora de
e não ionizante inexistente especificação
Vapores Pressões Fungos Jornadas Equipamentos
anormais prolongadas inadequados
de trabalho defeituosos ou
inexistentes
Gases Temperatura Bacilos Trabalho Ferramentas
extremas noturno defeituosas/
inadequadas ou
inexistentes
Produtos Frio Parasitas Responsabilida Iluminação
químicos de
em geral e deficiente
Calor Conflito
Tensões Eletricidade
emocionais
Substâncias, Umidade Insetos Desconforto Incêndio
compostos ou cobras Monotonia Edificações
produtos aranhas, etc. Armazenamento
químicos
em geral
outros outros outros 68 outros outros
VERMELHO VERDE MARROM AMARELO AZUL
10.0 Exemplos de riscos em algumas atividades e seções

A obrigatoriedade de elaboração do mapa de riscos abrange, no país, 750 mil empresas


em 973 atividades econômicas. Por essa razão, é praticamente impossível apresentar
aqui uma lista completa dos riscos ambientais. Para facilitar a elaboração dos mapas,
seguem alguns exemplos de riscos:

RISCOS EM SEÇÕES OU ATIVIDADES

10.1 Como levantar e identificar os riscos durante a visita à fábrica

Após o estudo dos tipos de risco, deve se dividir a fábrica em áreas conforme as
diferentes fases da produção. Geralmente isso corresponde às diferentes seções da
empresa. Essa divisão facilitará a identificação dos riscos de acidentes de trabalho.Em

69
seguida o grupo deverá percorrer as áreas a serem mapeadas com lápis e papel na mão,
ouvindo as pessoas acerca de situações de riscos de acidentes de trabalho.
Sobre esse assunto, é importante perguntar aos demais trabalhadores o que incomoda e
quanto incomoda, pois isso será importante para se fazer o mapa, Também é preciso
marcar os locais dos riscos informados em cada área.

Nesse momento, não se deve ter a preocupação de classificar os riscos. 0 importante é


anotar o que existe e marcar o lugar certo. 0 grau e o tipo de risco serão identificados
depois.

10.2 A avaliação dos riscos para a elaboração do mapa

Com as informações anotadas, a CIPA deve fazer uma reunião para examinar cada risco
identificado na visita à seção ou fábrica. Nesta fase, faz se a classificação dos perigos
existentes conforme o tipo de agente, conforme a Tabela de Riscos Ambientais. Também
se determina o grau ("tamanho"): pequeno, médio ou grande.

10.3 A colocação dos círculos na planta ou croqui

Depois disso é que se começa a colocar os círculos na planta ou croqui para representar
os riscos. Os riscos são caracterizados graficamente por cores e círculos.
O tamanho do círculo representa o grau do risco. (Segundo a portaria ministerial, o risco
pequeno é representado menor, o médio por um círculo médio e o grande, por um círculo
maior.) E a cor do círculo representa o tipo de risco, conforme a Tabela mostrada.

Risco Médio Risco


Risco
Grande Pequeno

Os círculos podem ser desenhados ou colados.


O importante é que os tamanhos e as cores correspondam aos graus e tipos. Cada círculo
deve ser colocado naquela parte do mapa que corresponde ao lugar onde existe o
problema.
Caso existam, num mesmo ponto de uma seção, diversos riscos de um só tipo por
exemplo, riscos físicos: ruído, vibração e calor não é preciso colocar um círculo para
cada um desses agentes.

Basta um círculo apenas neste exemplo, com a cor verde, dos riscos físicos, desde que os
riscos tenham o mesmo grau de nocividade.
Uma outra situação é a existência de riscos de tipos diferentes num mesmo ponto. Neste
caso, divide se o círculo conforme a quantidade de riscos em 2, 3, 4 e até 5 partes iguais,

70
cada parte com a sua respectiva cor, conforme a figura abaixo (este procedimento é
chamado de critério de incidência):
Diversos tipos de risco num mesmo ponto

Postura
Fagulhas Incorreta
Cortes Monotoni
a

Gases
Ruído Poeira
Calor
Quando um risco afeta a seção inteira exemplo: ruído , uma forma de representar isso
no mapa é colocá lo no meio do setor e acrescentar setas nas bordas, indicando que
aquele problema se espalha pela área toda. veja como fica:

11.0 Relatório para a direção da empresa

Concluída a elaboração do mapa, a CIPA deve preencher os quadros abaixo do Anexo 1


com os riscos encontrados e encaminhá los para a diretoria da empresa, que deverá se
manifestar dentro de 30 dias a partir da data do recebimento desses documentos.

A fonte geradora é o que causa o problema. Para se preencher a coluna intitulada nº no


mapa é preciso colocar um número diferente em cada círculo do mapa de riscos. Caso o
círculo tenha mais de uma cor, coloca se um número em cada uma delas. Desse modo os
círculos do mapa poderão ser representados por números nessa coluna.

Na coluna: Proteção individual/ coletiva, deve se anotar os equipamentos existentes e o


seu uso.

71
A planilha de Recomendações deve ser preenchida com as medidas sugeridas para
eliminar ou controlar as situações de risco de acidentes de trabalho.
RELATÓRIO DOS RISCOS ENCONTRADOS

(preencher um conjunto para cada departamento / setor)

Departamento / setor: ..................................................................................................


Nº de funcionários: Masc.:............ Fem.:................. Total: ...........................

GRUPO 1 – RISCOS QUÍMICOS


Riscos Fonte Geradora Nº no Mapa Proteção Recomendações
Individual
/coletiva
Gases e
vapores
Poeira
Fumos
Névoas
Neblinas
Outros

Departamento / setor:..................................................................................................
Nº de funcionários: Masc.:............ Fem.:................. Total: ...........................

GRUPO 11 - RISCOS FíSICOS


Agentes/ Vapores Nº no Mapa Fonte Geradora Proteção Recomendações
Individual
coletiva
Ruído
Vibrações
Radiações ionizantes
Radiações não
ionizantes
Pressões anormais
Temperaturas externas
Iluminação deficiente
Umidade
Outros

Departamento / setor: ..................................................................................................


Nº de funcionários: Masc.:............ Fem.:................. Total: ...........................

GRUPO III-RISCOS BIOLOGICOS


Agentes /RISCOS Nº no Mapa Local Recomendações
Vírus
Bactérias
Protozoários
Fungos
Maciços
Parasitas
Escorpionismo
Ofidismo
72
Insetos
Outros
Departamento / setor: ..................................................................................................
Nº de funcionários: Masc.:............ Fem.:................. Total: ...........................

GRUPO IV - RISCOS ERGONO MICOS


Agentes x Riscos Nº no Função / Local Recomendações
Mapa
Trabalho físico pesado
Postura incorreta
Treinamento inadequado /
inexistente
Trabalho em turnos e noturnos
Atenção e responsabilidade
Monotonia
Ritmo excessivo
Outros

Departamento / setor: ..................................................................................................


Nº de funcionários: Masc.:............ Fem.:................. Total: ...........................

GRUPO V - RISCOS DE ACIDEN ES (MECÂNICOS)


Agentes / Riscos Nº no SIM / Descrição do Recomendações
Mapa NÃO Problema
Arranjo Físico
Máquinas e equipamentos
Ferramentas manuais
defeituosas, inadequadas
ou
inexistentes
Eletricidade
Sinalização
Perigo de incêndio ou
explosão
Transporte de materiais
Edificações
Armazenamento
inadequado
outros

73
11.1. Resultados localização do mapa e o que acontece com os círculos

Caso se constate a necessidade de medidas corretivas nos locais de trabalho, a direção


do estabelecimento definirá a data e o prazo para providenciar as alterações propostas,
através de negociação com os membros da CIPA e do SESMT. Tais datas deverão ficar
registradas no livro de atas da CIPA.

O Mapa de riscos deve ficar em local visível para alertar as pessoas que ali trabalham
sobre os riscos de acidentes em cada ponto marcado com os círculos.

O objetivo final do mapa é conscientizar sobre os riscos e contribuir para eliminá-los,


reduzi-los ou controlá-los.

Graficamente, isso significa a eliminação ou diminuição do tamanho/quantidade dos


círculos. Também podem ser acrescentados novos círculos, por exemplo quando se
começa um novo processo, se constrói uma nova seção na empresa ou se descobre
perigos que não foram encontrados quando se fez o primeiro mapa.

O mapa, portanto, é dinâmico. Os círculos mudam de tamanho, desaparecem ou surgem.


Ele deve ser revisado quando houver modificações importantes que alterem a
representação gráfica (círculos) ou no mínimo de ano em ano, a cada nova gestão da
CIPA.

74
25-Exemplos de mapas de riscos.
1-Mapa de Riscos

Mapa de Risco Simplificado de uma Instalação Industrial

2.  Cores Usadas no Mapa de Riscos

75
3.  Tabela Descritiva dos Riscos

TIPO DE RISCO
Químico Físico Biológico Ergonômico Mecânico
COR Vermelho Verde Marrom Amarelo Azul
Má postura do
Equipamentos
Fumos Microorganismos corpo
Ruído e ou som inadequados,
metálicos (Vírus, bactérias, em relação ao
muito alto defeituosos ou
e vapores protozoários) posto
inexistentes
de trabalho
Gases Trabalho Máquinas e
Oscilações e Lixo hospitalar,
asfixiantes estafante equipamento
vibrações doméstico e de
H, He, N e ou sem Proteção e ou
mecânicas animais
eCO2 excessivo manutenção
Risco de queda de
Pinturas e Falta de
Ar rarefeito Esgoto, sujeira, nível,
névoas Orientação
e ou vácuo dejetos lesões por impacto
em geral e treinamento
de objetos
Solventes
Jornada dupla
(em Mau planejamento
Pressões Objetos e ou
especial do lay-out e ou
elevadas contaminados trabalho sem
Agentes os do espaço físico
pausas
Causadores voláteis)
Ácidos,
bases,
Contágio pelo ar Movimentos Cargas e transportes
sais, Frio e ou calor
e ou insetos repetitivos em geral
álcoois,
éters, etc
Picadas de Equipamentos
Risco de fogo,
animais (cães, inadequadoe
Reações detonação de
Radiação insetos, repteis, e
químicas explosivos,
roedores, não
quedas de objetos
aracnídeos, etc) ergonômicos
Fatores
Ingestão Aerodispersóides Alergias,
psicologicos Risco de choque
de no ambiente intoxicações e
(não gosta do elétrico
produtos (poeiras de quiemaduras
trabalho, (correte contínua e
durante vegetais e causadas por
pressão do alternada)
pipetagem minerais) vegetais
chefe, etc)

76
MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS

DEPAN-DEPTO.ENGª. PLANEJAMENTO
ALIMENTAR

TÉRREO

PISO SUPERIOR

77
BIOTÉRIO

CALDEIRA

78
Mapa de riscos UNESP Botucatu http://www.btu.unesp.br/cipa/mapaderisco.htm

O Diário Oficial da União de 20 de agosto de 1992 publicou uma portaria do Departamento


Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador (DNSST) implantando a obrigatoriedade
da elaboração de mapas de riscos pelas Comissões Internas de Prevenção de Acidentes
(CIPAS) nas empresas. Essa portaria entrou em vigor em dezembro último.

O mapa é um levantamento dos pontos de risco nos diferentes setores das empresas.
Trata-se de identificar situações e locais potencialmente perigosos.

A partir de uma planta baixa de cada seção são levantados todos os tipos de riscos,
classificando-os por grau de perigo: pequeno, médio e grande.

Estes tipos são agrupados em cinco grupos classificados pelas cores vermelho, verde,
marrom, amarelo e azul. Cada grupo corresponde a um tipo de agente: químico, físico,
biológico, ergonômico e mecânico.

A idéia é que os funcionários de uma seção façam a seleção apontando aos cipeiros os
principais problemas da respectiva unidade. Na planta da seção, exatamente no local
onde se encontra o risco (uma máquina, por exemplo) deve ser colocado o círculo no
tamanho avaliado pela CIPA e na cor correspondente ao grau de risco.

79
O mapa deve ser colocado em um local visível para alertar aos trabalhadores sobre os
perigos existentes naquela área. Os riscos serão simbolizados por círculos de três
tamanhos distintos: pequeno, com diâmetro de 2,5 cm; médio, com diâmetro de 5 cm; e
grande, com diâmetro de 10 cm.

A empresa receberá o levantamento e terá 30 dias para analisar e negociar com os


membros da CIPA ou do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina
do Trabalho (SESMT), se houver, prazos para providenciar as alterações propostas. Caso
estes prazos sejam descumpridos, a CIPA deverá comunicar a Delegacia Regional do
Trabalho

01 - Cores usadas no Mapa de Risco e Tabela de Gravidade


02 - Tabela descritiva dos riscos ambientais
03 - Riscos Físicos
04 - Riscos Químicos
05 - Riscos Biológicos
06 - Riscos Ergonômicos
07 - Riscos de Acidentes
08 - Como elaborar o Mapa de Risco?
09 - Exemplos de Mapa de Risco

01 - Cores usadas no Mapa de Risco e Tabela de Gravidade

80
   
Tabela de Gravidade

 
  

Símbolo Proporção Tipos de Riscos

4 Grande

2 Médio

1 Pequeno

02 - Tabela descritiva dos riscos ambientais

   
   
Gp
Riscos Cor de Descrição
identificação

1 Físicos Verde Ruído,


calor,
frio,
pressões,
umidade,
radiações ionizantes e não ionizantes,
vibrações,
etc.
2 Químicos Vermelho
Poeiras,
fumos,
gases,
vapores,
névoas,
neblinas,
etc.
81
3 Biológicos Marrom
Fungos,
vírus,
parasitas,
bactérias,
protozoários,
insetos,
etc.
4 Ergonômicos Amarela
Levantamento e transporte manual de
peso,
monotonia,
repetitividade,
responsabilidade,
ritmo excessivo,
posturas inadequadas de trabalho,
trabalho em turnos,
etc.
5 Acidentes Azul
Arranjo físico inadequado,
iluminação inadequada,
incêndio e explosão,
eletricidade,
máquinas e equipamentos sem proteção,
quedas e animais peçonhentos.

RUÍDOS

As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem


atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazos provocar sérios prejuízos
à saúde.

Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as


alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente.

Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.

     Limite de tolerância para ruído contínuo ou intermitente

Nível de ruído Máxima exposição diária


dB(A)
85 8 horas
86 7 horas
82
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 40 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos

Conseqüências

O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando:

a) Fadiga nervosa;
b) Alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar
idéias;
c) Hipertensão;
d) Modificação do rítmo cardíaco;
e) Modificação do calibre dos vasos sanguíneos;
f) Modificação do ritmo respiratório;
g) Perturbações gastrointestinais;
h) Diminuição da visão noturna;
i) Dificuldade na percepção de cores.

83
. Além destas conseqüências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a
perda temporária ou definitiva da audição.

Medidas de controle

Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem
ser adotadas as seguintes medidas:

a) Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora de ruído;


isolamento de ruído.
b) Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção individual
(EPI) (nocaso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de
eliminar o ruído ou como medida complementar.
c) Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de trabalho,
revezamento.
d) Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI, campanha de
conscientização.
e) Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso.
  
  
VIBRAÇÕES

Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, as


quais podem ser nocivas ao trabalhador.

As vibrações podem ser:


Localizadas - (em certas partes do corpo) . São provocadas por ferramentas manuais,
elétricas e pneumáticas.
Conseqüências: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações
das mãos e braços; osteoporose (perda de substância óssea).

Generalizadas - (ou do corpo inteiro) . As lesões ocorrem com os operadores de


grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores.
Conseqüências: Lesões na coluna vertebral; dores lombares.
Medidas de controle:
Para evitar ou diminuir as conseqüências das vibrações é recomendado o revezamento
dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição).

RADIAÇÕES

São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das
radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. Podem
ser classificadas em dois grupos:

Radiações ionizantes:

Os operadores de raio-x e radioterapia estão freqüentemente expostos a esse tipo de


radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas
expostas.
84
Radiações não ionizantes:

São radiações não ionizantes a radiação infravermelha, proveniente de operação em


fornos , ou de solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por operações em
solda elétrica, ou ainda raios laser, microondas, etc.

Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões na


pele, etc.

Medidas de controle:

 Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo


protetor para operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex:
pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x).
 Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex:
avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador , óculos para
operadores de forno).
 Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x).

 Medida médica: exames periódicos.

CALOR

Altas temperaturas podem provocar:


        desidratação;
         erupção da pele;
         câimbras;
         fadiga física;
         distúrbios psiconeuróticos;
         problemas cardiocirculatórios;
         insolação.

FRIO

Baixas temperaturas podem provocar:


         feridas;
         rachaduras e necrose na pele;
         enregelamento: ficar congelado;
         agravamento de doenças reumáticas;
         predisposição para acidentes;
         predisposição para doenças das vias respiratórias.

Medidas de controle:


   Medidas de proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de
retirar o calor e gases dos ambientes, isolamento das fontes de calor/frio.
    Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI (ex: avental, bota,
85
capuz, luvas especiais para trabalhar no frio).

PRESSÕES ANORMAIS

Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões


ambientais acima ou abaixo das pressões normais, isto é, da pressão
atmosférica a que normalmente estamos expostos.

Baixas pressões: são as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal


e ocorrem com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No
Brasil, são raros os trabalhadores expostos a este risco.

Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal.


Ocorrem em trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de
perfuração, caixões pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores.
Ex: caixões pneumáticos, compartimentos estanques instalados nos fundos dos
mares, rios, e represas onde é injetado ar comprimido que expulsa a água do
interior do caixão, possibilitando o trabalho. São usados na construção de
pontes e barragens.

Conseqüências:

         ruptura do tímpano quando o aumento de pressão for brusco;
         liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sangüíneos e morte.

Medidas de controle

Por ser uma atividade de alto risco, exige legislação específica (NR-15) a ser
obedecida.
 UMIDADE

As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados,


com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores,
são situações insalubres e devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de
verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação de medida de
controle.
Conseqüências:
  doenças do aparelho respiratório;
  quedas;
  doenças de pele;
  doenças circulatórias.

Medidas de controle:

  Medidas de proteção coletiva: estudo de modificações no processo do trabalho,


colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento.
   Medidas de proteção individual: fornecimento do EPI (ex: luvas, de borracha,
botas, aventa para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza etc).

   04 - Riscos Químicos

86
Os riscos químicos presentes nos locais de trabalho são encontrados na forma sólida,
líquida e gasosa e classificam-se em: poeiras, fumos, névoas, gases, vapores, neblinas e
substâncias, compostos e produtos químicos em geral.
Poeiras, fumos, névoas, gases e vapores estão dispersos no ar (aerodispersóides).

POEIRAS

São partículas sólidas geradas mecanicamente por ruptura de partículas maiores. As


poeiras são classificadas em:

   Poeiras minerais

Ex: sílica, asbesto, carvão mineral.

Conseqüências: silicose (quartzo), asbestose (amianto), pneumoconiose dos minérios de


carvão (mineral).

    Poeiras vegetais

Ex: algodão, bagaço de cana-de-açúcar.

Conseqüências: bissinose (algodão), bagaçose (cana-de-açúcar) etc.

   Poeiras alcalinas

Ex: calcário

Conseqüências: doenças pulmonares obstrutivas crônicas, enfizema pulmonar.

    Poeiras incômodas


Conseqüências: interação com outros agentes nocivos presentes no ambiente de
trabalho, potencializando sua nocividade.

FUMOS

Partículas sólidas produzidas por condensação de vapores metálicos. Ex: fumos de óxido
de zinco nas operações de soldagem com ferro.
Conseqüências: doença pulmonar obstrutiva, febre de fumos metálicos, intoxicação
específica de acordo com o metal.

NÉVOAS

Partículas líquidas resultantes da condensação de vapores ou da dispersão mecânica de


líquidos. Ex: névoa resultante do processo de pintura a revólver, monóxido de carbono
liberado pelos escapamentos dos carros.

GASES

87
Estado natural das substâncias nas condições usuais de temperatura e pressão. Ex: GLP,
hidrogênio, ácido nítrico, butano, ozona, etc.

VAPORES

São dispersões de moléculas no ar que podem condensar-se para formar líquidos ou


sólidos em condições normais de temperatura e pressão. Ex: nafta, gasolina, naftalina,
etc.

Névoas, gases e vapores podem ser classificados em:

    Irritantes: irritação das vias aéreas superiores.

Ex: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, soda caústica, cloro, etc.

   Asfixiantes: dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma e morte.


Ex: hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, dióxido de carbono, monóxido de
carbono, etc.
   Anestésicos: (a maioria solventes orgânicos). Ação depressiva sobre o sistema
nervoso, danos aos diversos órgãos, ao sistema formador de sangue (benzeno), etc.
   Ex: butano, propano, aldeídos, cetonas, cloreto de carbono, tricloroetileno, benzeno,
tolueno, álcoois, percloritileno, xileno, etc.

Vias de penetração dos agentes químicos

         Via cutânea (pele);

         Via digestiva (boca);

         Via respiratória (nariz)

A penetração dos agentes químicos no organismo depende de sua forma de utilização.  

Fatores que influenciam a toxicidade dos contaminantes ambientais

Para avaliar o potencial tóxico das substâncias químicas, alguns fatores devem ser
levados em consideração:
  Concentração: quanto maior a concentração, mais rapidamente seus efeitos nocivos
manifestar-se-ão no organismo;
   Índice respiratório: representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a
jornada de trabalho;
   Sensibilidade individual: o nível de resistência varia de indivíduo para indivíduo;
   Toxicidade: é o potencial tóxico da substância no organismo;
   Tempo de exposição: é o tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.

Medidas de controle
88
As medidas sugeridas abaixo pretendem dar apenas uma idéia do que pode ser adotado,
pois existe uma grande quantidade de produtos químicos em uso e as medidas de
proteção devem ser adaptadas a cada tipo.

Medidas de proteção coletiva

Ventilação e exaustão do ponto de operação, substituição do produto químico utilizado por


outro menos tóxico, redução do tempo de exposição, estudo de alteração de processo de
trabalho, conscientização dos riscos no ambiente.

Medidas de proteção individual

Fornecimento do EPI como medida complementar (ex: máscara de proteção respiratória


para poeira, para gases e fumos; luvas de borracha, neoprene para trabalhos com
produtos químicos, afastamento do local de trabalho.

 05 - Riscos Biológicos

São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e


bacilos.

Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o


homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o
contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública
(coleta de lixo), laboratórios, etc.

Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos incluem-se:


tuberculose, brucelose, malária, febre amarela.

Para que essa doenças possam ser consideradas doenças profissionais é preciso que
haja exposição do funcionário a estes microorganismos.

São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos
diversos setores de trabalho sejam adequadas.

Medidas de controle

As mais comuns são: saneamento básico (água e esgoto), controle médico permanente,
uso de EPI, higiene rigorosa nos locais de trabalho, hábitos de higiene pessoal, uso de
roupas adequadas, vacinação, treinamento, sistema de ventilação/exaustão.

Para que uma substância seja nociva ao homem, é necessário que ela entre em contato
com seu corpo. Existem diferentes vias de penetração no organismo humano, com relação
à ação dos riscos biológicos:

  Cutânea: ex: a leptospirose é adquirida pelo contato com águas contaminadas pela
urina do rato;
  Digestiva: ex: ingestão de alimentos deteriorados;
  Respiratória: ex: a pneumonia é transmitida pela aspiração de ar contaminado.
89
 

   07 - Riscos de Acidentes

São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente; máquinas
e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas; ou defeituosas; eletricidade;
incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento inadequado.

Arranjo físico deficiente

É resultante de: prédios com área insuficiente; localização imprópria de máquinas e


equipamentos; má arrumação e limpeza; sinalização incorreta ou inexistente; pisos fracos
e/ou irregulares.

Máquinas e equipamentos sem proteção

Máquinas obsoletas; máquinas sem proteção em pontos de transmissão e de operação;


comando de liga/desliga fora do alcance do operador; máquinas e equipamentos com
defeitos ou inadequados; EPI inadequado ou não fornecido.

Ferramentas inadequadas ou defeituosas

Ferramentas usadas de forma incorreta; falta de fornecimento de ferramentas adequadas;


falta de manutenção.

Eletricidade

Instalação elétrica imprópria , com defeito ou exposta; fios desencapados; falta de


aterramento elétrico; falta de manutenção.

Incêndio ou explosão

Armazenamento inadequado de inflamáveis e/ou gases; manipulação e transporte


inadequado de produtos inflamáveis e perigosos; sobrecarga em rede elétrica; falta de
sinalização; falta de equipamentos de combate ou equipamentos defeituosos.

08 - Como elaborar o Mapa de Risco

1º) PASSO:
 
Conhecer os setores/seções da empresa: O que é e como produz. Para quem e quanto
produz (direito de saber);

2º) PASSO: 
Fazer o fluxograma (desenho de todos os setores da empresa e das etapas de produção);

3º) PASSO:
Listar todas as matérias-primas e os demais insumos (equipamentos, tipo de alimentação
das máquinas etc.) envolvidos no processo produtivo.

90
4º) PASSO: 
Listar todos os riscos existentes, setor por setor, etapa por etapa (se forem muitos, priorize
aqueles que os trabalhadores mais se queixam, aqueles que geram até doenças
ocupacionais ou do trabalho comprovadas ou não, ou que haja suspeitas). Julgar
importante qualquer informação do trabalhador.

NÃO FAÇA JULGAMENTOS PRECIPITADOS,


PEQUENAS QUEIXAS PODEM ESCONDER GRANDES
PROBLEMAS
   

09 - Exemplos de Mapa de Risco

91
26-2-Segurança em projetos
92
10.3 - SEGURANÇA EM PROJETOS

10.3.1 É obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos de


desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergização,
para sinalização de advertência com indicação da condição operativa.

 Chaves Fusíveis.
 Chaves Facas.
 Religadores.
 Religadores automáticas telecomandadas.
 Seccionalizadores.
 Chaves tripolares.
 Etc.

10.3.2 O projeto elétrico, na medida do possível, deve prever a instalação de dispositivo


de seccionamento de ação simultânea, que permita a aplicação de impedimento de
reenergização do circuito.

93
10.3.3 O projeto de instalações elétricas deve considerar o espaço seguro, quanto ao
dimensionamento e a localização de seus componentes e as influências externas, quando
da operação e da realização de serviços de construção e manutenção.

10.3.3.1 Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como: comunicação,


sinalização, controle e tração elétrica devem ser identificados e instalados separadamente,
salvo quando o desenvolvimento
tecnológico permitir compartilhamento,
respeitadas as definições de projetos.

10.3.4 O projeto deve definir a


configuração do esquema de
aterramento, a obrigatoriedade ou não
da interligação entre o condutor neutro
e o de proteção e a conexão à terra das
partes condutoras não destinadas à
condução da eletricidade.

10.3.5 Sempre que for tecnicamente


viável e necessário, devem ser
projetados dispositivos de
seccionamento que incorporem
recursos fixos de equipotencialização e
aterramento do circuito seccionado.

10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento temporário.

10.3.7 O projeto das


instalações elétricas deve ficar
à disposição dos trabalhadores
autorizados, das autoridades
competentes e de outras
pessoas autorizadas pela
empresa e deve ser mantido
atualizado.

10.3.8 O projeto elétrico deve


atender ao que dispõem as
Normas Regulamentadoras de
Rua Saúde e Segurança no
Trabalho, as regulamentações
técnicas oficiais estabelecidas,
e ser assinado por profissional
legalmente habilitado.

10.3.9 O memorial descritivo


do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes itens de segurança:

94
a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos,
queimaduras e outros riscos adicionais;

b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde - “D”,
desligado e Vermelho - “L”, ligado);

c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo


dispositivos de manobra, de controle, de proteção, de intertravamento, dos condutores e
os próprios equipamentos e estruturas, definindo como tais indicações devem ser
aplicadas fisicamente nos componentes das instalações;

d) recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos


componentes das instalações;

e) precauções aplicáveis em face das influências externas;

f) o princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto, destinados à


segurança das pessoas;

g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica.

10.3.10 Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos trabalhadores


iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 –
Ergonomia.

95

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