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CESÁREA

Disciplina: Técnicas Cirúrgicas


Felipe
Isis Gonçalves
Laura Vitória
Saulo Júnior
Yves
Sumário
Introdução
Definição

Origem do Nome
Cenário brasileiro
Segundo maior indice de cesáreas
do mundo: 55% dos partos
Na rede privada: 90% dos partos
Recomendado pela OMS: 15% dos
partos
Cesárea Parto vaginal
20,6 mortes a cada 1000 1,73 mortes para 1000

Maior tempo de recuperação Menor tempo de recuperação

Grande aumento da solicitação materna de


cesáreas.
Porque?
Indicações
Maternas
Fetais
Materno-fetais
Relativas
Absolutas
85% dessas operações são realizadas por quatro motivos:
cesariana prévia, distocia, risco ao feto ou apresentação fetal
anormal
Pré-operatório
1. Anamnese prévia 8. Preparo da parede abdominal
2. Exame Físico 9. Sonda Vesical
3. Exames pré-operatorios 10. Antibiotico terapia
4. Avaliação pré-anestésica 11. Termo de consentimento
5. Jejum 12. Anestesia
6. Monitorização 13. Antissepsia e assepsia
7. Acesso venoso periférico
Intrumentos utilizados
Bisturi n°4
Porta agulha Mayo-Hegar
Afastadores
Farabeuf
Válvula de Doyen
Forceps
Tesouras
Metzembaum
Mayo
Cirúrgica Romba
Intrumentos utilizados
Pinças
Anatômica Dissecção
Dente-de-Rato
Backhaus
Allis
Cheron
Kelly curva e Kelly reta
Kocher curva e Kocher reta
Fios
Categute cromado 
Categute simples
Vicryl 
Mononáilon
Diérese (Abertura)
Antiassepsia e fixação dos campos
Posição de Trendelenburg Moderada
(inclinação do tronco e pernas de 35
a 45 graus)
Incisão dentro do monte pubico,
facilita do descolamento
aponeurótico e a retirada do feto
Diérese (Abertura)
Abertura da pele e do tecido celular
subcutâneo a bisturi,
Transversal, arciforme de cavo
superior,
2 a 3 cm acima do púbis,
10 a 12 cm de extensão (incisão
de Pfannenstiel).
Nível das Espinhas Ilíacas
Pinçamento e ligadura dos vasos
atingidos.
Diérese (Abertura)
Secção da aponeurose a bisturi,
transversal,
Arciforme de concavidade
superior
Prolongando-se lateralmente, com
tesoura de Metzembaum, por 1 a 2
cm além da incisão da pele.
Pinçamento da aponeurose com
pinças de Kocher.  
Diérese (Abertura)
Descolamento da aponeurose usando a
tesoura ou os dedos
Retalho superior:
Extensão de 8 a 10cm
Os dedos indicadores do cirurgião e
assistente levantam a parede das
bahinhas dos retos
Surge o septo mediano tendinoso que
deve ser seccionado
Divulsão digital, no sentido cranial,
criando espaço suficiente para a extração
fetal.
Diérese (Abertura)
Retalho inferior:
Dedos indicador e médio do
cirurgião mergulhados nos
dois lados da linha branca
Pinças de Kocher ou de Pauchet
para suspender a parede anterior
Septo mediano incisado até a
sínfise púbica
Divulsão digital longitudinal dos
retos abdominais.
Diérese (Abertura)
Abre-se o peritônio parietal com
incisão longitudinal
Tesoura de Metzembaum
Celiotomia transversa pode
ser vantagem
Valva de Doyen supravesical
Diérese (Abertura)
Incisão transversa do peritônio
visceral
Bisturi ou tesoura de
Metzembaum
A altura da prega vesicuterina
Descolamento do peritônio visceral
do útero
Extensão de 2 a 3cm para baixo e
para cima
Com gaze montada em pinça ou
dedo
Histerotomia 1
1. Punção do segmento inferior,
a. linha média
b. Pinça fechada (Kelly curva)
2. Penetração de um dos dedos
indicadores seguida do outro
3. Movimento centrífugo aumenta a
abertura
Consequências:
Lesões da artéria uterina e ureteres
Degolação do útero
Ferida contusa que dificulta uma sutura
bem feita
Histerotomia 2
1. Direção da abertura do útero traçada a
bisturi
a. Curvilinea, em arco
b. Elevada nos ângulos
Impede o extravio em direção dos
vasos grossos
c. Superficialmente nas laterais
d. Aprofundando-se na região central.
2. Penetram os dedos que divulsionam as fibras
3. Amniotomia, se necessário (ruptura
proposital e artificial da bolsa amniótica)
EXTRAÇÃO DO CONCEPTO
Manobra de Geppert: após a
orientação da cabeça do feto
com o occipital voltado para a
incisão, coloca-se a mão
esquerda entre o púbis e a
apresentação, enquanto o
auxiliar faz ligeira pressão no
fundo do útero.
DESPRENDIMENTO
PLACENTÁRIO
Infusão IV de duas ampolas ou 20 unidades de
ocitocina por litro de solução cristaloide na
velocidade de 10 mL/min.
A incisão uterina é examinada na busca por
pontos de sangramento relevantes. Tais vasos
deverão ser imediatamente ligados com pinça
Pennington ou de anel.
Realizada a extração da placenta com tração
suave do cordão e massagem uterina externa.
A cavidade uterina deve ser aspirada e raspada
com compressa de gaze a fim de retirar restos de
membrana, vérnix e coágulos.
Síntese - Fechamento parede
abdominal
Íntima relação com a abertura:
correta individualização dos planos
anatômicos,
obedece às linhas de forças na superfície
do corpo.
Técnica simples:
Fácil reprodução,
taxas aceitáveis de deiscência e infecção,
restituir a função,
conforto e resultado estético satisfatório.
Sutura em planos anatômicos ou em massa.
Síntese - Histerorrafia
Mudar a postura da paciente:
Trendelenburg moderada para
muito discreta.
Sutura contínua em chuleio ancorado:
Pinças não traumatizantes Allis,
Categute cromado número 0,
Evitar atingir a mucosa,
Evitar retirar a agulha após penetrar
o miométrio,
Pontos de sangramento com sutura
em forma de oito ou colchoeiro.
Sutura em camada simples.
Síntese - Peritônio Visceral e
Parietal
Eleva-se moderadamente MMI e tronco.
Reparo com pinças de Kelly levemente
tracionada.
Revisão da cavidade pélvica:
retirada do sangue coletado,
conferência das compressas e instrumentos,
inspeção dos anexos.
Ligadura tubária caso indicação.
Vêm sendo cada vez mais omitido: aderências,
resistência da tensão e experiência clínica.
Chuleio ancorado interrompido a cada 3 pontos
com categute simples 2-0.
Síntese - Músculos Reto
Abdominais
Revisão da hemostasia da borda
inferior.

Aproximação das bordas internas:


3 pontos em U, separados e não
muito apertados,
categute simples 2-0 ou Vicryl 2-0,
Síntese - Aponeurose
Revisão da hemostasia.
Reparo da aponeurose com pinças
de Kocher.
Pontos simples separados:
Vicryl® número 0
Síntese - Tecido
Subcutâneo e Fáscia
Superficial

Prevenir a formação de seroma e


hematoma - podem causar infecção
e/ou ruptura.
pontos simples separados:
categute 3-0
espessura > 2cm.
Síntese - Pele

Sutura intradérmica:
mononáilon 3-0 ou fio
absorvível Monocryl® 3-0
Fio é passado horizontalmente
em cada uma das bordas, sem
cruzar, de forma mais
superficial possível.
Resultado estético melhor.
Técnica de Misgav-Ladach
•Incisa-se a pele transversalmente 3-4
cm acima da sínfise púbica, numa
extensão de 15-17 cm.
•Abertura das diversas camadas é
realizada por meio de divulsão digital.
•Não há descolamento da aponeurose e a
abertura do peritônio parietal é
transversa e feita de forma brusca e
grosseira, sem refinamento técnico.
•Não se suturam as camadas peritoneais
e não se aproximam a fáscia superficial e
o tecido celular subcutâneo. A sutura do
miométrio é realizada em camada única.
Incisões Transversais
•As incisões verticais infraumbilicais
permitem acesso rápido e encurtam o
período entre incisão e nascimento.
•Realiza-se laparotomia mediana
infraumbilical, que se aumenta, quando
conveniente, acima do umbigo.
•Produz perda mínima de sangue, melhor
acesso ao abdome superior, campo
operatório generoso.
•Resultado estético inferior, taxas
maiores de deiscência fascial e de hérnia
incisional, maior dor pós-operatória,
maior perigo de infecção e aderências.
DIFICULDADES,
ACIDENTES,
COMPLICAÇÕES
Hemorragias
Originárias de anomalias
vasculares regionais
Por placenta prévia-
cesárea
Por lesão dos grandes
pedículos vasculares
Por atonia muscular
Aderências
CONDUTA PÓS-
OPERATÓRIA
•Manter hidratação venosa e ocitocina por
12 horas.
•Ocitocina: 5 U diluída em 500 ml de
solução glicosada a 40 gotas/minuto.
•Dieta zero, nas primeiras 6 horas.
•Dieta branda a partir de 6-8 horas,
conforme aceitação.
•Deambulação e banho, com ajuda, depois de
retirada a sonda vesical (12 horas).
•Abrir o curativo entre 12 e 24 horas (a
depender da hora da cirurgia).
•Analgesia:
•Diclofenaco-sódico: 75 mg IM, após concluído o
curativo da ferida operatória.
•Dipirona: 2 ml IV, depois a cada 6 horas.
•Período de internação de 48 a 72 horas.
•Retirada dos pontos com 7 a 10 dias de pós-parto.
•Revisão após 30 a 40 dias
BIBLIOGRAFIA
- MONTENEGRO, C. A. B.; REZENDE FILHO, J. Operação
cesariana. In: MONTENEGRO, C. A. B.;
REZENDE FILHO, J. Rezende obstetrícia. 12.ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p.1066-
1114.

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