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1. O contexto neoliberal 34
4. As agências reguladoras 46
Referências 59
A reforma do Estado
no período FHC e as propostas
do Governo Lula
Vicente de Paula Faleiros
Assistente Social, Doutor em Sociologia,
professor da Universidade Católica de Brasília, pesquisador da UnB,
consultor e autor de livros de política social
1
Vejo a pesquisa como um desvelamento e um velamento através de grades de referência para dar
conta da realidade como totalidade na expressão multilateral de suas dimensões (FALEIROS, 2001)
2
Pode-se consultar a Revista Ser Social, n. 11, da Pós-Graduação em Políticas Sociais da UnB, e o
livro Previdência Social em questão, da Editora da UnB, onde temos um artigo sobre essa temática
Essas dimensões, embora presentes em várias das análises das
reformas, não têm sido apresentadas de forma assim articulada3. 3
DINIZ, Eli (1998)
considera importan-
Finalmente enumeramos, sem pretender uma análise mais profunda,
te não se reduzir a
as perspectivas do Governo Lula, empossado em primeiro de janeiro análise das reformas
de 2003. As pesquisas que levaram a este trabalho fazem parte de às dicotomias Estado/
mercado, centralização/
um projeto apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento descentralização, fatores
Científico e Tecnológico - CNPq. exógenos/ endógenos,
burocracia/ política ou
mesmo autoritarismo/
democracia, ou Estado
1. O contexto neoliberal soberano/Estado subor-
dinado, o que não será
No Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado - PDRE feito nesse trabalho..
Reforma do Estado
As reformas, nesse contexto, são processos complexos que envolvem
uma interação de atores, como salienta Sidicaro (2000, p.11):
“es evidente que la novedad no radica en la existencia
de países con limitada independencia de decisiones en
virtud de factores internacionales que no controlan. Lo
verdaderamente distinto que trajo la actual situación
de globaliazación reside en el hecho de que en todos
los estados-nación los gobiernos cuentan con menos
posibilidades de implementar políticas eficaces contrarias
a los intereses de actores privados poderosos que operan
internacionalmente”.
Reforma do Estado
2. A reordenação estratégica do Estado
como suporte do mercado globalizado
A reforma do Estado no Brasil está, pois, articulada às transformações
do capitalismo mundial. Às vezes, enfatiza-se a figura de FHC como
apenas “decorativa” Fiori (1997, p.105), o que lhe tiraria, de certa
forma, responsabilidades. Nossa hipótese, como já assinalamos, é
a de que as reformas do Estado no Governo Cardoso se inscrevem
na articulação do processo de mundialização com a mediação dos
interesses da elite econômico-financeira brasileira e do poder do
próprio Estado.
Reforma do Estado
Foi, no entanto, no Governo Collor (1990-1992) que se colocou em
marcha a internacionalização competitiva do país, com a quebra
das barreiras comerciais e com o primeiro leilão de privatização da
Usiminas, o que foi considerado por Bresser como “uma agenda
13
A Constituição de 1988 correta” Rodrigues (2000, p.152), que foi viabilizada, no Governo
previu uma revisão que FHC, através da aliança entre o Partido da Social Democracia
deveria ser efetuada
após 5 anos de sua
Brasileira - PSDB, o Partido da Frente Liberal – PFL, o Partido do
promulgação, conforme Movimento Democrático Brasileiro – PMDB - e vários partidos de
previsto no Ato das
direita, tendo então, a oposição do Partido dos Trabalhadores - PT.
Disposições Constitu-
cionais Transitórias, em
seu artigo 3°, pelo voto
da maioria absoluta dos 3. A consolidação do Estado como suporte
membros do Congresso
Nacional, em sessão
à competitividade: o marco legal, a privatização
unicameral. Embora e as agências de regulação
tenha havido facilidades
para reduzir o quorum A consolidação legal da abertura de barreiras ao capital se efetivou
e também tenham sido
preparadas várias pro- no marco legal, com a mudança de vários artigos da Constituição13.
postas de revisão, com Já em 1995 foi aprovada a Emenda Constitucional número 05, que
pareceres elaborados,
sistematizados em três
modificou o parágrafo 2º do artigo 25 da Constituição, abolindo a
volumes de “Relatoria da exclusividade dos Estados em explorar diretamente, ou mediante
Revisão Constitucional”,
concessão, o gás canalizado, abrindo-se espaço para a concorrência
publicados pelo Senado
Federal, poucas matérias e a privatização. A Emenda nº 06 revogou o artigo 171 da Consti-
foram votadas, em fun- tuição, que se referia à empresa brasileira, e também modificou o
ção da crise provocada
pelo impeachment do artigo 170, que dava tratamento favorecido às empresas de pequeno
presidente Collor e das porte, mantendo-se, para elas, o tratamento favorecido. Eliminou-se
disputas pelo poder.
o conceito de empresa brasileira. A mudança do artigo 176 também
abriu a pesquisa e a lavra de recursos naturais a empresas estran-
geiras, desde que fosse constituída sob as leis brasileiras. O artigo
anterior restringia esse setor à empresa brasileira de capital nacio-
nal. A Emenda nº 07 abriu o transporte aéreo, aquático e terrestre
à empresa estrangeira, devendo-se, contudo, observar os acordos
firmados pela União. Também ficou aberta às empresas estrangeiras
a cabotagem, a navegação interior, de acordo com a Lei, pois isso
era privativo de embarcações nacionais.
A Emenda Constitucional nº 08, das mais polêmicas, veio
desnacionalizar as telecomunicações, tornando o setor acessível à
exploração privada e estrangeira, rompendo-se o monopólio estatal
previsto no artigo 21 da Constituição de 1988. Assim também
ocorreu com os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens.
Na redação anterior, estava previsto o controle acionário estatal dos
serviços telefônicos, telegráficos de transmissão de dados e demais
serviços públicos de telecomunicações. Na votação dessa Emenda,
houve grande mobilização da sociedade para impedir a transferência
de um monopólio estatal a monopólios ou oligopólios privados.
Reforma do Estado
O Programa Nacional de Desestatização -PND, em 1990, já fôra
objeto da Lei 8.031/90. Em 1997, a Lei 9.491 mudou a lei anterior e
definiu os objetivos do PND como: reordenar a posição estratégica
do Estado na economia, transferindo à iniciativa privada atividades
indevidamente exploradas pelo setor público; contribuir para a
reestruturação econômica do setor público, especialmente através da
14
Em 1990, esse objetivo
melhoria do perfil e da redução da dívida pública líquida;14 permitir
estava definido como a retomada de investimentos nas empresas e atividades que vierem a
contribuir para a redução
ser transferidas à iniciativa privada; contribuir para a reestruturação
da dívida pública, concor-
rendo para o saneamento econômica do setor privado, especialmente para a modernização
das finanças do setor da infra-estrutura e do parque industrial do país, ampliando sua
público.
competitividade e reforçando a capacidade empresarial nos diversos
15
Em 1990, esse objetivo setores da economia, inclusive através da concessão de crédito;15
estava definido como
permitir que a Administração Pública concentre seus esforços nas
contribuir para a moder-
nização do parque indus- atividades em que a presença do Estado seja fundamental para a
trial do país, ampliando consecução das prioridades nacionais; contribuir para o fortalecimento
sua competitividade e
reforçando a capacidade do mercado de capitais, através do acréscimo da oferta de valores
empresarial nos diversos mobiliários e da democratização da propriedade do capital das
setores da economia.
empresas que integrarem o programa.
Reforma do Estado
Como pequena contrapartida, trouxe a obrigação de oferecer 10%
das ações aos empregados, para inserir os trabalhadores na lógica
da propriedade. Às vésperas da eleição de 1998, a nova Lei parecia
contemplar o objetivo de acelerar os investimentos estrangeiros,
tornando a conjuntura mais favorável à reeleição de FHC.
Reforma do Estado
A desnacionalização se manifestou também em relação ao capital
financeiro, pois a posição dos bancos estrangeiros no mercado
nacional passou de 21% dos ativos para 27%. Os bancos públicos
17
Bancos múltiplos
e comerciais. Os priva-
diminuíram a parte de seus ativos em operações de crédito de 48%
dos nacionais incluem da oferta do setor para 38%. Os bancos com controle estrangeiro
aqueles com participação
estrangeira. Os públicos
aumentaram a sua participação de 8,4% para 23,9%17 no conjunto das
incluem as Caixas Econô- operações. Até 1999, a receita das privatizações do setor financeiro
micas e o Banco do Brasil foi de US$ 1.240 bilhão (Andima, 2001), mas, em contrapartida,
e excluem o BNDES.
o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do
18
Resolução 2.208, Sistema Financeiro” - Proer18 - liberou recursos da ordem de R$
de 03/11/95.
21 bilhões. Foi considerado pela própria Associação Nacional das
. Instituições de Mercado Aberto - Andima como um programa de
“facilidades”, por dar assistência financeira, liberação de recursos
do recolhimento compulsório ao Banco Central, flexibilização do
atendimento dos limites operacionais e deferimento dos gastos
relativos aos custos, despesas e outros encargos. O setor bancário
ficou mais concentrado, passando as três principais instituições
bancárias do país a controlar 41,53% dos ativos.
Como se pode observar, a Reforma do Estado no Governo Cardoso
estruturou-se de acordo com os interesses internacionais e nacionais,
tanto das elites como do bloco no poder. Segundo Biondi (1999),
houve um “arrombamento” do BNDES pelas multinacionais,
decorrente da política de submissão do país às pressões internacionais.
Além disso, houve também um “arrombamento” do consumidor
pelas altas tarifas pagas. O aumento de tarifas de energia elétrica
para o consumidor residencial, a partir de 1995 até 2002, foi de
174,17%19, sendo que o IPCA acumulado no período foi de 101%. Ver Folha de São Paulo
19
4. As agências reguladoras
De 1996 a 2001, o Governo Federal criou nove agências
reguladoras, como autarquias especiais, algumas correspondentes
aos setores privatizados e outras estruturadas a partir de órgãos
governamentais já existentes. A Anvisa, a ANA, a Antaq e a ANTT
foram criadas a partir de órgãos já existentes no âmbito do Estado.
Nas legislações respectivas, aparece como missão das mesmas a
defesa da competitividade. A presença do consumidor se limita
a um processo consultivo, ao acesso à ouvidoria, à presença em
audiências públicas, quando previsto. As tarifas devem ser pagas
pelo consumidor final. Os dirigentes das agências são nomeados
pelo presidente da República após aprovação pelo Senado. Por sua
vez, as agências devem seguir também as políticas e diretrizes dos
respectivos Conselhos Nacionais da área, normatizar e fiscalizar
o respectivo setor, com exigências de controle de qualidade sobre
os produtos.
47
Reforma do Estado
TABELA 1
AGÊNCIAS REGULADORAS: LEIS, DISPOSITIVOS DE DEFESA DO CONSUMIDOR E SETOR DE INTERVENÇÃO
* A Ouvidoria está prevista na Lei de recursos humanos das agências- Lei 9986/00
ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar ANA - Agência Nacional de Águas
* A Ouvidoria está prevista na Lei de recursos humanos das agências- Lei 9986/00
Reforma do Estado
As agências reguladoras da saúde se diferenciam daquelas referentes
aos setores econômicos de petróleo, energia e comunicações pois,
para Nogueira (2002 – p. 102), “não existe, na área de saúde, um
interesse público decorrente de uma exclusividade ou de uma situação
de monopólio por parte do estado”, no sentido de que a Constituição
(art. 199) permite a atividade privada no setor de saúde.
Reforma do Estado
“A Reforma do Aparelho do Estado voltada para a gestão
e busca de resultados, inclusive com indicadores, metas
e avaliação de desempenho, é um processo de mudanças
da instrumentalidade da ação do Estado, dos meios, da
governança, no manejo ou gerenciamento de seus recursos
econômicos e sociais, na busca da eficiência”.
Reforma do Estado
Diz o estudo do Ipea (SATO et al., 2003, p. 124):
“os embates, ora explícitos, ora velados, entre a adminis-
tração governamental e os conselhos, são recorrentes. A
burocracia estatal, sobretudo no segundo governo de FHC,
assume uma posição restritiva apoiada na defesa de metas
de superávit fiscal, o que compromete a capacidade de
formulação de políticas via conselhos”.
Reforma do Estado
Francisco de Oliveira (1999, p.78) considera que as reformas ab-
dicaram da moeda nacional, privatizaram o patrimônio público,
impuseram pagamentos escandalosos da dívida externa, obrigaram
a cortes orçamentários, reduziram as políticas sociais e que “é a isso
que o Estado, reformado desta maneira, estará condenado: a ser algoz
de seu próprio povo”. O Estado viu solapada sua soberania, mas não
foi um títere das multinacionais, e, na aliança PFL/PSDB, viveu
as contradições de impulsionador da mundialização e mantenedor
dos “caciquismos” regionais, no processo de compensações políticas
de interesses subnacionais, tudo resultando na erosão da defesa
e da efetivação do bem público (exceto repressão, arrecadação,
fiscalização e diplomacia) como eixo central de sua ação, por sua
substituição pelo eixo do privado e do mercado.
Reforma do Estado
Existe, entretanto, no interior do governo, a combinação de uma política
monetarista com iniciativas de caráter socioassistencial e de defesa
formal dos direitos do cidadão. Na perspectiva monetarista hegemônica,
com forte redução dos gastos, pretende-se reduzir a distância entre
ricos e pobres com a transferência de renda dos aposentados para os
29
Ver BRASIL Ministério mais pobres29. A Reforma da Previdência seguiu essa orientação do
da Fazenda. Gastos social Banco Mundial30, que não questiona a desigualdade entre capital e
do governo central: 2001
e 2002. Disponível em:. trabalho, que tenderá a se manter no atual governo.
<www.fazenda.gov.br>.
Acesso em: nov. 2003. A implementação do Programa Bolsa-família (Medida Provisória 132
de 20/10/2003) agrega os programas Fome Zero (Lei 10.689/2003),
30
Banco Mundial Informe
sobre el desarrollo mun- Bolsa-escola (Lei 10.219/2001), Auxílio-gás (Decreto 4.102/2002)
dial 2001/2002:. lucha e Bolsa-alimentação (Medida Provisória 2.206-1/2001), no sentido
contra la pobreza..
de assegurar um alívio à pobreza31, com cadastro geral dos pobres
31
A bolsa prevê um auxí- (Decreto3.877/2001), sem, contudo, criar uma nova agenda nas
lio de R$ 50,00 (em torno políticas sociais. O programa Fome Zero tinha se proposto a aglutinar
de US$ 17,00) para famí-
lias com renda per capita esforços das várias esferas de governo para integrar projetos locais de
de até R$50,00, até um alfabetização, renda familiar e melhorias nas condições de vida com
máximo de R$ 95,00,
dependendo do número
a distribuição de um cartão-alimentação de R$50,00 por família.
de filhos na escola, sendo Esses esforços esbarraram nos limites orçamentários32 e nos interesses
R$15,00 por criança. Em
políticos. Embora esteja previsto o controle social do programa, ainda
outubro de 2003, havia
1 bilhão e 200 milhões falta maior participação da população na sua implementação e sua
de famílias inscritas. articulação com uma política de direitos da cidadania.
32
Até novembro de 2003
O Governo Lula colocou em debate uma nova regulamentação
o Fome Zero havia gasto
R$ 288 milhões de um para as agências reguladoras. A proposta não rompe com o modelo
total de 1,8 bilhão de regulação já implementado, mas ampliam-se as obrigações de
previsto.
audiências públicas, a participação dos interessados em suas decisões,
a obrigação de transparência. E se propõe uma melhor articulação
entre as agências e as políticas governamentais. O contrato de gestão
deve ser submetido ao Conselho de Política Setorial da respectiva
área, para compatibilizá-lo com as políticas públicas e os programas
governamentais, possibilitando maior controle do Poder Executivo
sobre as decisões das agências. Prevê-se a existência de ouvidoria
em todas as agências, sendo o ouvidor nomeado pelo presidente da
República, aumentando seu poder para receber, apurar e solucionar
as reclamações dos usuários, seja contra a atuação da agência
reguladora, seja contra atuação dos entes regulados.
As agências devem zelar pela concorrência, mostrando os atos de con-
centração das empresas. Também se propõe maior integração entre
as agências e os órgãos de regulação estaduais e do Distrito Federal.
Reforma do Estado
O papel do Estado proposto no Governo Lula é o de proteger os
investimentos capitalistas, mas atendendo melhor aos programas
governamentais e ao interesse público, com o desafio de que o Estado
34
Os articuladores polí-
possa vir a ter maior peso em relação ao mercado, propondo-se que
ticos do Governo estão o Estado não seja apenas uma apêndice do mercado. Esta proposta
costurando alianças se ajusta à correlação de forças em que o próprio governo se situa:
(PT-PMDB-PL-PTB-
PSB-PP) para as eleições dentro do capitalismo com uma inflexão para as demandas de maior
municipais de 2004 com transparência e controle público, assim como de favorecimento de
garantia de sustentação
do bloco parlamentar
algumas metas junto aos mais pobres, na tentativa de harmonizar
no Congresso Nacional. os interesses do capital e de socorro aos pobres na garantia da paz
Na oposição ficam o PFL
e o PSDB ainda com
social e do poder político34 para tranqüilidade dos investimentos.
alguns votos favoráveis
ao Governo.
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