Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Na década de 70 havia mais homens do que mulheres fumantes, cerca de 60% contra
40% -respectivamente. O perfil da sociedade mudou, hoje o sexo feminino compete em
cargos que antes eram de domínio masculino, portanto hoje a porcentagem de tabagistas
femininas está se equiparando aos homens.
As razões pelas quais as pessoas começam a fumar são inúmeras, entre as principais
encontram-se: diminuição da ansiedade/tensão; perda de peso, pelo fato de passar maior
parte do tempo fumando e substituindo a comida pelo fumo; integração e aceitação na
sociedade, na roda de “amigos” –que hoje iniciam com 10 a 15 anos de idade; ostentação
da personalidade “adulta” e independência; dentre várias.
O uso do fumo, a longo prazo, provoca diminuição ou perda temporária das papilas
linguais, dificultando a sensação do paladar. Para compensar a falta do gosto das
refeições o fumante passa a utilizar uma quantidade excessiva de sal, propiciando o
aumento da pressão arterial.
A lesão mais temida decorrente do uso do tabaco é o câncer bucal. Como todos sabemos
o câncer é uma doença grave que, se diagnosticada e tratada a tempo, existe a cura
efetiva. Como descrito anteriormente, as células são expostas a traumas durante longo
período, o que pode acarretar em alterações irreversíveis no código genético responsável
pela multiplicação celular –DNA. Devido ao comprometimento a proliferação das células
torna-se caótica, proporcionando tumores malignos. O tipo de câncer que mais acomete a
boca é o carcinoma espinocelular (CEC). Se esta enfermidade não for tratada pode
provocar metástase, que é a disseminação das células cancerosas para outros órgãos ou
regiões. Por isso é que periodicamente devemos realizar o auto-exame frente a um
espelho, para ficarmos atentos a qualquer modificação nas estruturas da boca. A
manifestação clássica e freqüente que o CEC se apresenta é através de úlcera que não se
cicatriza no máximo em 15 dias, indolor,䀠com base endurecida, com bordas
elevadas e rígidas. (foto). A localização geralmente ocorre no lábio e língua, mas pode
acometer qualquer região que esteja sofrendo injúrias. É comum ouvirmos relatos de
pessoas que nunca fumaram e desenvolveram esse tipo de câncer, ou indivíduos que
fumam e nunca tiveram câncer. Esse fato é explicado pela pré-disposição genética do
paciente, entre outras condições. Tem câncer quem pode e não quem quer...
Se tivermos que explicar a uma criança, por exemplo, seu filho (a) de 5 anos, o que é o
cigarro e para que serve, iremos passar por idiotas, pois a resposta se aproximaria desta:
"O cigarro é um tubo de papel, recheado com uma planta com componentes tóxicos e
viciantes, onde na sua extremidade ateia-se fogo com a finalidade de inalarmos a fumaça,
rica em componentes nocivos -que são amenizados pelo filtro, para aspira-la para o
interior do nosso corpo causando uma sensação de bem-estar..."
Com certeza, para a criança, é a resposta mais insensata que já ouviu e ouvirá. Pois seus
pais pagam para serem “envenenados”? E o fumo é tão prejudicial que não o aconselham
aos seus filhos...
Encontram-se várias formas de deixar o vício, suas indicações variam de acordo com cada
indivíduo. Um método usual é a eliminação gradativa de unidades de cigarro por dia. Desta
forma cria-se uma tolerância frente à ausência da nicotina, para atenuar ou eliminar a crise
de abstinência. Outras formas se dão por suplementos de nicotina, como os adesivos,
tabletes, chicletes, medicamentos, etc. Estes com acompanhamento médico. O importante
é reconhecer que existe o vício e buscar ajuda em entidades beneficentes ou profissionais
especializados.
No Brasil os dados são alarmantes. Para se ter uma idéia, segundo o Instituto
Nacional do Câncer (INCA), o câncer de boca está entre os dez tipos de
cânceres mais freqüentes na população brasileira, e nos últimos vinte anos, a
doença aumentou 35% no país.
O que é halitose?
Halitose significa "mau hálito", um problema que muitas pessoas enfrentam
eventualmente. Calcula-se que aproximadamente 40% da população sofre ou sofrerá de
halitose crônica em alguma época de sua vida. Muitas são as causas deste mal,
incluindo:
O resultado é a instalação silenciosa de uma doença periodontal (ao redor dos dentes),
sem sintomas exagerados, mas que progride rapidamente até a perda do dente.
O protocolo de tratamento é semelhante nos individuos não fumantes, embora tenha
duas principais particularidades: a primeira é que os cirurgiões-dentistas, darão início a
uma campanha de apoio ao abandono do hábito e do vício; a segunda é que o paciente
deve estar ciente de que a cicatrização em fumantes também é afetada pela falta de
vascularização, gerando um atraso de duas a três semanas para o reparo completo de
qualquer ferida cirúrgica intra-oral