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Mat eriai
s
e
Equipament os
Fisicos
Módulo 6 – Materiais e Equipamentos Físicos
MATERIAIS E
EQUIPAMENTOS
FÍSICOS
MÓDULO 06
Este manual não pode ser distribuído, reproduzido ou copiado sem a autorização prévia da
Organização CENFORTEC, PARTE 147.
ÍNDICE
6.1.1.3.3.1 Dureza
É a propriedade que os materiais têm de resistir à penetração ou a de riscarem ou serem
riscados por outros. Esta característica está intimamente relacionada com a estrutura e
composição molecular dos materiais. O oposto de Dureza é Moleza
6.1.1.3.3.2 Elasticidade
É a propriedade que permite a um material deformar por acção de uma força exterior, e em
seguida, recuperar a sua forma e dimensões originais após o descarregamento dessa tensão.
O oposto de Elasticidade é a Rigidez ou Dureza
As asas das aeronaves são estruturas que devem possuir grande elasticidade,
devendo por isso ser construídas com materiais que apresentem tal característica.
6.1.1.3.3.3 Plasticidade
É a capacidade de um material se permitir a sua deformação sob acção de forças exteriores,
mantendo essa deformação após o cessar da aplicação dessas força.
A plasticidade acontece sempre a seguir à elasticidade, sendo uma propriedade
inconveniente, que deve ser retardada ao máximo.
6.1.1.3.3.4 Maleabilidade
É a propriedade que os materiais têm de sofrer grandes deformações plásticas, pela acção
de forças exteriores violentas (prensagem e martelagem), sem se deteriorarem.
Esta deverá ser uma das características dos materiais empregues:
Na estrutura secundária dos aviões.
Ductilidade.
6.1.1.3.3.6 Resiliência
Resiliência é a propriedade de que são dotados alguns materiais, de acumularem energia
quando submetidos a esforços, sem que ocorra ruptura, recuperando de seguida a sua
forma inicial. Todavia pode haver uma pequena deformação residual causada pela histerese
do material.
Resiliência do material
6.1.1.3.3.7 Tenacidade
Tenacidade é a capacidade de um material sob esforço, absorver energia devido a
deformação, até atingir a ruptura. Doutro modo é a capacidade que os materiais têm de
resistir a esforços de aplicação gradual (lenta e progressivamente) sem se desagregarem.
Materiais tenazes não fracturam com facilidade.
É uma propriedade desejável para casos de peças sujeitas a choques e impactos, como
engrenagens, correntes, etc.
Em geral, não é definida numericamente.
Esta propriedade deverá existir nos materiais da estrutura primária e da estrutura
secundária e especialmente nas asas.
Graficamente e utilizando o gráfico das tensões-deformações, apercebemo-nos melhor do
conceito.
A figura mostra diagramas típicos de “tensão versus deformação” para dois aços
diferentes: um de alto teor de carbono (para molas por exemplo) e um de médio/baixo teor
(para estruturas por exemplo).
Nota-se que o aço para molas tem uma resiliência maior, como seria esperado. Já o aço de
médio carbono apresenta uma área sob a curva maior, isto é, uma tenacidade mais alta. É
de notar todavia que, essas comparações, são aproximadas.
A dureza é definida como a resistência que os materiais oferecem à abrasão (deixar riscar),
ao corte, à furação, à penetração por outros.
A escala de dureza Mohs ordena os materiais, desde os menos duros para os mais duros.
Os materiais que apresentam um elevado grau de dureza são resistentes ao desgaste.
O ensaio de dureza dos materiais permite avaliar o comportamento ao desgaste, bem como,
fornecer indicações respeitantes à composição, estrutura e ainda embora de forma limitada,
podemos relacionar a dureza com a resistência à tracção e compressão.
Na figura 20, podemos observar equipamento que mede a dureza, designado por
Durómetro. Existem vários métodos para determinar a dureza, sendo os mais utilizados:
Método Brinell;
Método Rockwell;
Método Vickers.
Para cada material e para cada arranjo molecular, há uma relação constante entre a
força F que se aplica sobre a esfera e a superfície S da calote esférica impressa no
material a ensaiar;
O número de dureza é dado pela relação:
o HB = F/S (kgf/mm2);
o F = Força aplicada (kgf);
o S = Superfície da calote impressa no material (mm2).
6.1.2.1.1.2 Vantagens:
É usado especialmente para avaliação da dureza de metais não ferrosos, ferro
fundido, aço, produtos siderúrgicos em geral e peças não temperadas;
É efectuado em equipamento de fácil operação.
6.1.2.1.1.3 Limitações:
Usando-se esferas de aço temperado só é possível medir durezas até 500 HB, pois
durezas maiores danificariam a esfera;
A recuperação elástica origina erros (o diâmetro de impressão não é o mesmo
quando está em contacto com o metal e depois de aliviada a carga);
Não deve ser realizado, em superfícies cilíndricas com raio de curvatura menor que
cinco vezes o diâmetro da esfera utilizada, porque haveria escoamento lateral do
material e a dureza medida seria menor que a real;
Em alguns casos podem ocorrer deformações no contorno de impressão,
ocasionando erros de leitura, devidos a aderência do material à esfera durante a
aplicação da carga ou bordas abauladas dificultando a leitura do diâmetro.
6.1.2.1.2.2 Pré-carga
Esta pré-carga tem como função eliminar a acção de eventuais defeitos superficiais e
causar uma pequena deformação permanente, eliminando os erros causados pela
deformação elástica.
6.1.2.1.2.5 Vantagens:
Rapidez, facilidade de execução e isenção de erros humanos;
Facilidade de detectar pequenas diferenças de durezas e pequenos tamanhos de
impressão;
Rapidez de execução e maior exactidão e isenção de erros pessoais uma vez que a
leitura é feita directamente no aparelho;
Possibilidade de maior utilização em metais duros;
Pequeno tamanho da impressão (pode ser ensaiada em peças prontas).
6.1.2.1.2.6 Limitações:
As escalas não têm continuidade;
Os materiais que apresentam dureza no limite de uma escala e no início de outra
não podem ser comparados entre si quanto à dureza;
O resultado de dureza no ensaio Rockwell não tem relação com o valor de
resistência à tracção, como acontece no ensaio Brinell.
6.1.2.1.3.1 Método
Este método baseia-se no mesmo princípio do método de Brinell:
Utiliza uma ponta de diamante com a forma de uma pirâmide de base quadrada,
cujo ângulo no vértice é de 136º;
Força-se, pela aplicação de uma carga pré-estabelecida, um penetrador de forma e
dimensões conhecidas sobre a superfície da peça a ensaiar;
De seguida, relaciona-se a carga aplicada com a área de impressão (como no
Brinell).
Este método leva em conta a relação ideal entre o diâmetro da esfera do penetrador Brinell
e o diâmetro da calote esférica obtida, e vai mais longe, porque utiliza outro tipo de
penetrador, que possibilita medir qualquer valor de dureza, dos materiais mais duros aos
mais macios.
6.1.2.1.3.3 Anomalias
Materiais muito macios (recozidos): pode ocorrer o afundamento do metal em torno
das faces do penetrador;
Materiais muito duros (encruados): pode ocorrer uma aderência do metal em torno
das faces do penetrador.
Para efectuar a correcção das Anomalias, deve-se alterar o valor da carga do ensaio (para
mais ou para menos), dependendo do material e do tipo de defeito apresentado.
6.1.2.1.3.5 Limitações:
Materiais muito macios (recozidos): pode ocorrer o afundamento do metal em torno
das faces do penetrador;
Materiais muito duros (encruados): pode ocorrer uma aderência do metal em torno
das faces do penetrador.
Este ensaio é muito importante dado que nos fornece informações fundamentais sobre o
comportamento mecânico dos materiais. Através do ensaio de tracção podemos determinar
a resistência à tracção, o limite de elasticidade, o alongamento, a estricção e pela análise
destes valores poderemos avaliar a:
Ductilidade;
Fragilidade;
Plasticidade;
Tenacidade.
Para efectuar um ensaio de Tracção é necessário:
Cortar uma amostra do material a ensaiar, da qual se faz um provete;
De seguida, o provete é colocado numa máquina de tracção que lhe aplica forças
continuadamente crescentes, em simultâneo são medidas e registadas as cargas
aplicadas e os alongamentos provocados.
Quase todos os materiais quando submetidos a grandes esforços ou cargas sofrem, com o
tempo um abaixamento das suas condições de resistência devido ao deslocamento relativos
das moléculas que o constituem.
Se a carga é estática, isto é, se não sofre alteração aquele abaixamento é pequeno, dado que
as moléculas uma vez deslocadas mantêm-se no seu novo rumo; se a carga é dinâmica,
variando periodicamente no mesmo sentido ou sentidos contrários, a posição relativa das
moléculas varia constantemente e o material perde condições de resistência, isto é, fadiga-
se.
Na maioria das aplicações práticas, os esforços aplicados são variáveis e as percussões
repetidas, razão porque submetidas a estes esforços, algumas peças quebram ao final de um
tempo mais ou menos longo sem que, no entanto, a tensão tenha ultrapassado a tensão de
resistência à roptura ou, até mesmo, a tensão limite de elasticidade. Quando se dá a roptura
nestas condições, diz-se que se verificou roptura por fadiga. A única forma de prolongar o
tempo de vida de uma peça sujeita à fadiga, é diminuir a sua tensão de trabalho.
Tracção – Compressão;
Flexão e Torsão alternados, ou:
Combinações destas solicitações.
A ruptura por fadiga começa, a partir de uma nucleação ou pequena falha superficial, que
se propaga, ampliando o seu tamanho, devido a solicitações cíclicas. Quando o tamanho
dessa falha é tal que o material restante já não suporte mais o esforço a que está a ser
sujeito, a peça rompe-se repentinamente. A fractura por fadiga é típica:
Cristalina na região da ruptura repentina;
Fibrosa na região de propagação da falha.
6.1.2.3.3 Gráfico S- N
Os resultados do ensaio de fadiga são geralmente apresentados numa curva “Tensão -
Número de ciclos”.
Para a maioria dos metais, especialmente os não ferrosos, como o alumínio, a curva é
decrescente. Como tal, é necessário definir um número de ciclos (50 milhões e, em alguns
casos, 500 milhões) para obter a correspondente tensão, que será chamada de resistência à
fadiga.
As fracturas produzidas por impacto podem ser frágeis ou dúcteis. As fracturas frágeis
caracterizam-se pelo seu aspecto cristalino, enquanto as fracturas dúcteis apresentam
aparência fibrosa, conforme pode ser observado na figura anterior.
Os materiais frágeis rompem-se sem nenhuma deformação plástica, de forma brusca. Por
isso, esses materiais não podem ser utilizados em aplicações nas quais sejam comuns
esforços bruscos, tais como em eixos de máquinas, bielas etc.
Para estas aplicações são desejáveis materiais que tenham capacidade de absorver energia e
dissipá-la, para que a ruptura não aconteça, ou seja, materiais que apresentem tenacidade.
Esta propriedade está relacionada com a fase plástica dos materiais e por isso são utilizadas
ligas metálicas dúcteis neste tipo de aplicação. Porém, mesmo utilizando ligas dúcteis, com
resistência suficiente para suportar uma determinada aplicação, verificou-se na prática que
um material dúctil pode romper-se de forma frágil.
Esta característica dos materiais ficou mais evidente durante a Segunda Guerra Mundial,
quando os equipamentos bélicos foram levados a solicitações críticas de uso, despertando o
interesse dos cientistas pelo assunto.
Factores Influenciam Comportamento Frágil dos Materiais Dúcteis
Neste tipo de processo existe um ciclo térmico como nos tratamentos térmicos, mas é feito
na presença de substâncias químicas, que cedem elementos que serão absorvidos pela
película superficial da peça a tratar. Regista-se uma mudança da composição química e
alteração da estrutura.
Neste caso, é feito um depósito de certos elementos químicos na superfície da peça a tratar,
não lhe alterando a sua composição química. Este tratamento tem por finalidade melhorar
as qualidades das superfícies das peças, principalmente a resistência à corrosão.
Tirando proveito do fácil controlo da formação e transformação dos constituintes por este
processo, os materiais são submetidos a ciclos térmicos (aquecimentos e arrefecimentos)
perfeitamente controlados. Altera-se assim a estrutura sem alterar a composição química e
consequentemente, variam as propriedades mecânicas.
6.1.3.5.1.1 Têmpera
A Têmpera tem como objectivo, aumentar a dureza do material bem como o valor da
tensão de roptura do mesmo.
Procedimento
Para a realização de uma têmpera, temos que aquecer toda a massa metálica de uma peça a
tratar a uma temperatura um pouco superior ao ponto de transformação;
Depois, arrefecê-la rapidamente por imersão num fluído previamente preparado.
O ciclo térmico de uma Têmpera, é composto por:
Aquecimento: Feito lentamente, até à temperatura de têmpera (700ºC);
Estágio: Curto (5 a 10 minutos);
Arrefecimento: Feito rápido, até à temperatura ambiente.
São vários os factores que influenciam a Têmpera:
Muitas vezes, as peças temperadas não apresentam as características desejadas, ou seja são
defeituosas. Os principais defeitos da Têmpera são:
Dureza Insuficiente
A dureza insuficiente resulta de vários factores, como sejam: aquecimento incorrecto e
ou arrefecimento muito lento.
Deformações e Fissuras
Geralmente as deformações ou mesmo o aparecimento de fissuras, são devidas a
aquecimentos não uniformes ou arrefecimentos muito violentos.
A têmpera ao produzir uma modificação na estrutura do aço, vai alterar as suas
propriedades mecânicas.
A Têmpera, de um modo geral, provoca os seguintes efeitos:
Aumento da dureza;
Aumento da resistência à tracção;
Aumento do limite elástico;
Diminuição da resistência ao choque;
Diminuição do alongamento.
As tensões internas provocadas pela têmpera conferem à estrutura do material alguma
fragilidade. Teremos então que eliminar as tensões internas. Após a têmpera, aplica-se
obrigatoriamente um outro tratamento térmico ao material, designado por Revenido.
Quando pretendermos obter uma maior dureza à superfície do material a tratar, temos que
efectuar uma Têmpera Superficial.
Aplicação (Têmpera Superficial):
Tratamento de endurecimento superficial muitas vezes usado em ferramentas e
elementos de construção;
Têmpera feita apenas à superfície da peça;
O interior desta, bem como as respectivas propriedades não são afectados. O ciclo térmico
da Têmpera Superficial, é composto por:
Legenda:
1: Aquecimento por chama;
2: Arrefecimento por jacto de água;
3: Peça temperada.
6.1.3.5.1.2 Revenido
É um Tratamento Térmico aplicado a metais temperados, com o intuito de eliminar as
tensões internas originadas pela têmpera, conferindo às peças melhor tenacidade e
resiliência possível, ou seja, adequar as características à sua utilização.
Procedimento:
Para efectuar um revenido teremos de aquecer toda a massa metálica, a uma temperatura
sempre inferior ao ponto de transformação, seguido de um arrefecimento lento.
O ciclo térmico de um Revenido, é composto por:
6.1.3.5.1.3 Recozimento
Os Tratamentos Térmicos provocam variações de volume e deformações, devidas
principalmente a dilatação ou concentração térmica e a Modificação dos constituintes.
6.1.3.5.1.3.1 Procedimento:
O recozimento consiste em aquecer um aço a uma temperatura geralmente superior ao
ponto de transformação;
Deixando-o depois arrefecer lentamente, tornando o metal mais maleável e resistir melhor
a esforços bruscos ou alternados e a choques, ou seja, homogeneização do material.
Ciclo térmico de um Recozimento, é composto por:
Aquecimento: Lento, até temperaturas elevadas;
Estágio: Curto;
Arrefecimento: Lento.
Nas figuras seguintes podemos observar: Microestruturas analisadas antes e após ser
realizado um Recozimento a 900ªC.
6.1.4.1 Designação
Existem vários sistemas de designação e identificação dos aços. Um dos mais importantes
é o Sistema AISI- SAE (American Iron and Steel Institute – Society of Automotive
Engineers).
Este sistema utiliza 4 dígitos (por vezes 5) – XX XX:
Os dois primeiros indicam os principais elementos de liga;
Os dois últimos indicam a percentagem de carbono;
Eventuais sufixos ou prefixos podem ser adicionados; Exemplo: Aço 1040 => Aço
Carbono (10) / 0.40% de C (40);
Aço 50100 => Aço Cr(50) / 1% de C (100).
Os metais não ferrosos são aqueles que não contêm ferro na sua constituição ou se o
contêm, a sua percentagem é tão pequena que não constitui elemento estrutural.
Os metais não ferrosos raramente são empregues no seu estado puro devido ao elevado
custo de obtenção quer, pela sua fraca resistência mecânica. Fabricam-se então as ligas não
ferrosas, que em geral são mais caras que as ligas ferrosas, mas cobrem no entanto
importantes propriedades que nem sempre são apresentadas pelas anteriores:
Resistência à corrosão;
Alta condutividade;
Baixa densidade;
Resistência a altas temperaturas.
Os materiais metálicos não ferrosos mais utilizados são: o Alumínio, o Magnésio e o
Titânio, a partir dos quais se fabricam as chamadas Ligas leves, muito utilizadas em
Aeronáutica.
O alumínio possui uma combinação de propriedades que o torna um material muito útil em
engenharia, tais como:
Densidade baixa (2.70 g/cm3), muito utilizado em produtos manufacturados de
transporte;
Boa resistência à corrosão, devido à estabilidade do filme de óxido que se forma na
sua superfície;
Muito embora o alumínio puro apresente baixa resistência mecânica, as ligas de
alumínio podem apresentar resistências até cerca de 690 MPa;
Não é tóxico, sendo extensivamente usado em recipientes e embalagens para
alimentos;
O alumínio é muito usado na indústria eléctrica devido às suas boas propriedades
eléctricas;
6.2.1.1.3 Propriedades
A principal função das ligas de alumínio é aumentar a resistência mecânica sem prejudicar
as outras propriedades, assim, novas ligas têm sido desenvolvidas combinando as
propriedades adequadas a aplicações específicas.
Tendo em conta estes aspectos, as ligas de alumínio classificam-se essencialmente em dois
tipos:
o Ligas para fundição e
o Ligas trabalhadas ou para trabalho mecânico
Aluminium Association
Alumínio comercial puro (99% min) 1XXX
Cobre 2XXX
Manganês 3XXX
Silício 4XXX
Magnésio 5XXX
Magnésio e Silício 6XXX
Zinco 7XXX
Outros 8XXX
Tabela 10: Sistema de designação para ligas
trabalhadas.
Por exemplo:
Alumínio puro 1XXX
o Segundo e terceiro XX - Teor de Al além dos 99%
o Quarto X - Grau de controlo sobre os limites de impureza
Outras ligas de Alumínio XXXX
o 1.º X -Identifica o principal elemento de liga;
o 2.º X -Identifica a modificação da liga principal;
o 3.º e 4.º - XX -Identifica a liga.
Sufixos:
o XXXX F – Sem tratamento;
o XXXX W– Endurecido por envelhecimento;
o XXXX O – Recozido;
o XXXX H – Endurecido por deformação a frio;
o XXXX T – Tratado termicamente.
Exemplo:
Liga 3003 H 38 - liga com Manganês como principal elemento, submetida a deformação a
frio, totalmente endurecida e estabilizada com tratamento de baixa têmpera.
6.2.1.3.1 Titânio
Desde 1950 o Titânio e as suas ligas tem sido o principal material para aplicações
aeroespaciais, indústria química e energia. A alta resistência específica, excelentes
propriedades mecânicas, alta resistência à corrosão e a temperaturas altas em serviço, faz
do titânio um excelente material para aplicações críticas. O alto custo do processamento do
metal ainda limita o seu uso.
6.2.1.3.1.3.1 Vantagens
Excelente resistência à corrosão;
Elevada reactividade com forte afinidade para o oxigénio formando com este à
temperatura ambiente uma camada superficial de óxidos (TiO2) estáveis, os quais
conferem ao metal uma excelente resistência à corrosão;
Resiste bem a todos os ambientes corrosivos, como sejam: ambientes ácidos
minerais e clorídricos;
Má soldabilidade.
A elevada resistência à corrosão e sua resistência máxima à tracção, fazem do titânio um
elemento muito solicitado nas várias tecnologias. A sua resistência máxima à tracção varia
de: 480 MPa de algumas variedades de titânio comercial, a 1100 MPa de produtos de ligas
de alumínio estrutural e acima de 725 MPa em ligas especiais usadas em cabos e molas.
6.2.1.3.1.3.2 Desvantagens:
O seu custo;
Dificuldade de fabricar;
Baixa resistência a indentação e ao risco.
O Titânio comercialmente puro contém de 98,6 a 99,5% de Ti. É utilizado:
Pela resistência à corrosão;
Possuir menor resistência em serviço.
Vantagens Ti puro (relativamente a outras Ligas de Ti):
Maior resistência à corrosão e erosão;
O filme de óxido formado pelo contacto com o ar à temperatura ambiente é muito
mais fino e condutivo;
A superfície muito dura quando polida, limita a adesão de substâncias e outros
materiais;
6.2.1.3.2 Cobre
O cobre é um metal de cor avermelhada e depois da prata, é o metal de melhor
condutibilidade térmica Devido à sua elevada densidade, a aplicação do cobre em
estruturas ou outros componentes é limitada, contudo, sempre que o objectivo seja garantir
uma elevada e fiável condutibilidade eléctrica ou térmica, o cobre é um dos metais
seleccionados.
O cobre e suas ligas são o terceiro metal mais utilizado no mundo, perdendo apenas para os
aços e para o alumínio e suas ligas.
6.2.1.3.2.3 Aplicação
O Cobre e suas ligas têm aplicações nos mais diversos sectores: Construção civil, eléctrica,
automobilística, arquitectura, electro-electrónica, mecânica, objectos decorativos,
construção naval, entre outras.
6.2.1.3.3 Magnésio
O magnésio, é um metal branco prateado e o mais leve que existe, cuja densidade é apenas
2/3 do alumínio. Devido ao seu baixo peso, superior maquinabilidade e facilidade de
fundição, o magnésio e suas ligas são usadas em muitas aplicações, como por exemplo:
Partes de automóveis, acessórios desportivos, equipamento aeroespacial e muitos outros.
Boa maquinabilidade;
Estabilidade dimensional.
As ligas de magnésio para fundição, embora tenham densidade menor que as ligas de
alumínio, podem alcançar resistência mecânica semelhante através de um tratamento
térmico.
As ligas de magnésio para fundição são divididas em 4 Grupos:
O primeiro grupo é baseado no sistema binário de Mg-Al e pode ser subdividido
em ligas contendo ou não Zn como outro elemento de liga;
O segundo grupo é baseado no sistema binário Mg-Zn;
O terceiro e quarto grupos são baseados nos sistemas binários Mg-Metais de terras
raras e Mg-Th respectivamente; estes últimos grupos são caracterizados pela sua
resistência mecânica a temperaturas elevadas.
O sistema de designação das ligas foi normalizado pela ASTM: American Society for
Testing Materials). Neste sistema as duas primeiras letras indicam os elementos de liga
principais de acordo com o seguinte código:
A – Alumínio H – Tório Q – Prata
B – Bismuto K – Zircónio R – Crómio
C – Cobre L – Berílio S – Silício
D – Cádmio M – Manganês T – Estanho
E – Terras Raras N – Níquel Z – Zinco
F – Ferro P – Chumbo –––––
Tabela 13: Nomenclatura do Magnésio.
6.2.1.3.3.4 Identificação
Exemplo: Liga AZ81A-T4
A primeira letra indica:
O elemento de liga que se encontra em mais alto teor;
As duas letras são seguidas de números que indicam:
As composições nominais (% em peso) dos principais elementos de liga.
As letras “X”, etc., no final, referem-se a variações da composição nominal.
A última parte indica o tratamento térmico e/ou mecânico efectuado à liga:
F – Não tratado;
O – Recozido;
H10 e H11 – Levemente Encruado;
H23, H24, H26 – Encruado e parcialmente recozido;
T4 – Tratamento térmico de Solubilização;
T5 – Envelhecido artificialmente;
T6 – Tratamento térmico de Solubilização e envelhecido artificialmente (T4 e T5).
A liga é constituída por:
6.2.1.3.3.5 Aplicações
São vários os exemplos de aplicação deste metal como poderemos observar de seguida:
-Peças fundidas com boa combinação de resistência mecânica e alongamento;
- AZ63A – Peças fundidas em areia em geral, com boa resistência mecânica,
ductilidade e tenacidade;
-AZ81A – Peças fundidas em areia ou molde permanente com boa resistência
mecânica e excelente ductilidade;
-AZ91A, AZ91B, AZ91C e AZ92A – Peças fundidas com elevado limite de
resistência e limite de escoamento.
-HZ32A – Liga que suporta, mais do que qualquer outra liga à base de magnésio,
elevadas solicitações mecânicas a alta temperatura durante tempo prolongado;
-É uma liga com média resistência mecânica, para ser utilizada até temperaturas de
260ºC.
A metalurgia do alumínio e suas ligas permite uma vasta gama de tratamentos térmicos de
modo a obter a combinações de propriedades mecânicas e físicas desejadas.
Os Tipos de Tratamentos mais utilizados:
Solubilização (ligas 3xx.x e 7xx.x);
Têmpera (algumas 2xx.x, 3xx.x, 4xx.x e 5xx.x);
Precipitação/Envelhecimento (ligas 3xx.x e 5xx.x);
Recozimento (geral).
6.2.2.1 Recozimento
Durante o recozimento existem algumas etapas, com grande influência no resultado final.
Conforme podemos observar no gráfico anterior, a recuperação, a Recristalização, o
crescimento do grão e temperatura de recozimento encontram-se interligados.
A Recuperação pode ser definida como o alívio de uma parte da energia deformação
interna de um metal previamente deformado a frio, geralmente através de tratamento
térmico (temperaturas baixas).
O Crescimento do Grão é o aumento do tamanho médio de grão de um material
policristalino. Para a maioria dos materiais ocorre em temperaturas mais elevadas de
tratamento térmico.
6.2.2.2 Recristalização
6.2.2.3 Encruamento
Conversão de Temperaturas:
Kelvin (K), Rankine ®, Celsius (ºC) e Fahrenheit (ºF):
o K = ºC + 273,15;
o ºC = (ºF - 32) * 5/9;
o ºR = (ºF – 459,67) * 9/5.
No tratamento térmico de solubilização de uma liga obtida por fundição ou por trabalho
mecânico, esta é aquecida e mantida a uma temperatura adequada (tabelada), até que se
forme uma estrutura uniforme de solução sólida.
O alumínio fundido dissolve outros metais e substâncias metálicas como o silício (que
actua como metal). Quando o alumínio arrefece e se solidifica, alguns dos constituintes da
liga podem ser retidos em solução sólida. Isto faz com que a estrutura atómica do metal se
torne mais rígida.
A principal função das ligas de alumínio é aumentar a resistência mecânica sem prejudicar
as outras propriedades.
O metal quente pode manter mais elementos de liga em solução sólida do que quando frio.
Consequentemente, quando arrefece, ele tende a precipitar o excesso dos elementos de liga
da solução. Estes agregados de átomos metálicos tornam a rede cristalina ainda mais rígida
e endurecem a liga.
6.2.2.5 Envelhecimento
Tal com anteriormente estudamos, os metais não ferrosos são aqueles que não contêm ferro
na sua constituição, ou se o contêm, a sua percentagem é tão pequena que não constitui
elemento estrutural.
O referido no parágrafo 2.2, no que concerne aos ensaios mecânicos dos materiais ferrosos
aplica-se exactamente aos materiais não ferrosos, ou seja, ensaios de dureza, ensaios de
resistência à tracção, à fadiga e resistência ao impacto.
Os metais não ferrosos raramente são empregues no seu estado puro devido ao seu elevado
custo de obtenção e reduzida resistência mecânica. Fabricam-se então as ligas não ferrosas,
que em normalmente são mais caras que as ligas ferrosas, mas permitem no entanto
preencher importantes propriedades que nem sempre são apresentadas pelas anteriores, tais
como:
A resistência à corrosão;
Alta condutividade;
A baixa densidade;
A resistência a altas temperaturas.
As ligas metálicas não ferrosas mais utilizadas são:
Alumínio
Magnésio
Titânio:
A partir destas fabricam-se as chamadas Ligas leves, muito utilizadas em Aeronáutica.
6.2.3.1 Alumínio
Fácil de maquinar;
Boa soldabilidade (em algumas ligas).
6.2.3.2 Titânio
6.2.3.2.2.1 Vantagens:
- Em termos de elasticidade, densidade, e, resistência a elevadas temperaturas,
podemos situar o titânio entre o alumínio e o aço inoxidável;
- O principal elemento de liga do titânio é o alumínio, que permite aumentar a
resistência mecânica e a resistência à corrosão diminuindo a densidade.
6.2.3.2.2.2 Aplicação
- No fabrico e na reparação de estruturas;
-Várias aplicações, em motores de reacção, revestimento da fuselagem, chapas de
pára-fogo, zonas sujeitas a temperaturas elevadas (blindagens do motor).
6.2.3.3 Cobre
6.2.3.3.1.1 Aplicação
As ligas de cobre podem ser encontradas como produtos trabalhados mecanicamente,
fundidos e metalurgia do pó; Entre os produtos trabalhados estão:
Os arames, planos (placas, chapas, tiras e folhas), tubos, fio -máquinas, perfis
extrudidos e forjados.
Os produtos fundidos podem ser produzidos por vários métodos, tais como em areia,
contínua, centrífuga, sob pressão, cera perdida, gesso e coquilha.
6.2.3.4 Magnésio
6.2.3.4.2.1 Aplicação:
-Revestimento, nacelles de motores, antenas de rádio, tanques de fluido hidráulico,
são apenas alguns dos componentes em que o magnésico é empregue.
As principais ligas de Magnésio são:
Os materiais não metálicos mais utilizados na indústria aeronáutica, que não madeira e
têxteis, são a borracha, os plásticos e os compósitos. A madeira e os têxteis, pela sua
importância e uso actual, merecem uma referência separada dentro deste parágrafo.
O que é um material Compósito? A palavra compósito deriva de composto, ou seja,
qualquer coisa formada por partes (ou constituintes) diferentes. É formado por uma mistura
ou combinação de dois ou mais micro ou macro constituintes, que diferem na forma e na
composição química e que, na sua essência, são insolúveis uns nos outros.
Os materiais compósitos são normalmente constituídos por metais, polímeros ou
cerâmicos, formando então, uma estrutura que combina as propriedades de cada um dos
materiais que a constitui.
Fig. 93: Pá do rotor do helicóptero Sea King, com vários tipos de fibras.
As primeiras fibras de vidro foram produzidas para tecidos, para os quais se mostraram
inadequadas devido à sua baixa resistência à abrasão. Em consequência deste facto, o seu
desenvolvimento foi abandonado durante muito tempo.
A Fibra de Vidro apresenta-se sob a forma de tecido, é a mais comum e a menos
dispendiosa. Utilizada inicialmente com resinas de poliéster na construção de elementos
não estruturais como carenagens, são hoje em dia conjugadas com as mais recentes resinas
e outras fibras, formando compósitos de elevada resistência e baixo custo. Por exemplo o
revestimento de hélices, pás de helicóptero.
As Fibras de Aramida tornaram-se disponíveis nos Estados Unidos nos finais dos anos 70 e
foram as primeiras a explorar a alta resistência e dureza de cadeias de polímeros de
carbono altamente alinhadas.
As Fibras de Boro, foram desenvolvidas nos Estados Unidos usando técnicas de deposição
química de vapores pelas quais o Boro é depositado sobre um filamento de Tungsténio
muito fino, o processo é contudo muito dispendioso. Estas fibras aceitam com sucesso
matrizes de “Epoxy” e Alumínio. Estas fibras proporcionam uma excelente resistência à
compressão mas, devido ao elevado custo, a sua utilização na aviação civil não é muito
comum, no entanto podemos encontrar aeronaves militares que utilizam este material,
exemplo, o caso do F-14, que utiliza compósitos de boro na estrutura dos estabilizadores
horizontais.
6.3.1.1.1 Aplicação
Space Shuttle
Na elaboração dos materiais compósitos existem vários métodos de fabrico, tais como:
1- Moldagem por compressão;
2- Saco de vácuo;
3- Enrolamento;
4- Aplicação Manual.
1- Moldagem por Compressão
6.3.1.2.3 3 - Enrolamento
Procedimento
- A fibra de reforço (previamente impregnada com a matriz) é enrolada num
molde escolhido sob a
forma de um fio contínuo e modo a garantir a precisão requerida, todo o processo é
mecanizado;
- Uma vez enrolado o compósito é seco por calor.
Este processo tem sido utilizado para produzir estruturas extremamente resistentes, são
vários os exemplos de aplicação com a produção de pás para helicópteros, hélices, ou
mesmo fuselagens inteiras. O inconveniente deste processo reside na dificuldade de
reparação de estragos.
Fig. 103: Método de deposição manual, para moldagem de materiais compósitos de matriz
plástica reforçada por fibras.
Fig. 105: Método de “spray” para moldagem de materiais compósitos de matriz plástica
reforçada por fibras.
Vantagens:
- Derivam do facto de se poderem moldar as peças com as formas mais complexas e do
processo poder ser automatizado.
Fig. 106: Laminado de Fibra de carbono – resina epoxídica da asa do AV-8B e respectivo
molde a serem colocados no interior do autoclave, na fábrica McDonnel Aircraft.
Componente danificado
Não
Avaliação do dano
Dano excessivo
Recuperável?
Sim
Abate
Não
Não Sim
Reparação
temporária
Reparação Reparação
temporária temporária
improvisada aprovada
Retorna ao serviço
Uma boa gestão e atenção aos detalhes da reparação serão garantias de sucesso.
Para uma inspecção completa das peças reparadas pode ser usada uma série de testes não
destrutivos (NDT). Um inspector qualificado deverá examinar a qualidade da área reparada
e particular atenção deve ser dada à interface entre a peça original e a área reparada.
Outro método de inspecção habitual é usar alguma forma de equipamentos de teste ultra-
sónicos, onde o reflexo das ondas de ultra-sons detectam e identificam as áreas danificadas
ou falhas.
Peça pronta
6.3.2.1 Plásticos
Nos Estados Unidos América e na Europa, os três principais tipos de fibras sintéticas para
reforçar materiais plásticos, são:
-As fibras de Vidro;
-As fibras de Aramida;
-As fibras de Carbono.
As fibras de Vidro e as fibras de Aramida apresentam como características:
-Resistências mecânicas elevadas;
-Baixas densidades;
-Preço elevado.
Aplicação
É um tipo particular de plástico termoendurecido muito utilizado no fabrico de
componentes de aeronaves na forma sólida ou laminada, em radomes, cobertura de antenas
e pontas das asas, etc.
Este tipo de plástico é ainda utilizado como matriz na produção de compósitos, combinado
com fibras de vidro, kevlar, carbono, boro e cerâmicas, obtêm-se materiais altamente
resistentes e extremamente leves.
Utilizando resinas epoxídicas reforçadas com fibras de carbono, consegue-se uma redução
de 70% no peso da estrutura do avião.
Em 1988 a FAA certificou o avião Beech-Starship, que foi o primeiro avião executivo em
que a estrutura primária era inteiramente construída em Compósitos.
6.3.2.2 Elastómeros
Estes tipos de polímeros são designados normalmente por Borrachas. Caracterizam-se por
sofrer grandes deformações elásticas quando se lhes aplica uma força e voltar à forma
inicial (ou quase), ao ser retirada essa força.
A borracha natural é produzida comercialmente a partir do latex da árvore “Heavea
brasiliensis” da Malásia e Indonésia. Como se apresenta na natureza é muito pegajosa à
temperatura ambiente, tornando-se quebradiça com a diminuição da temperatura.
O seu processamento é feitos através coagulação da seiva leitosa ou látex de certas árvores,
misturada com uma certa quantidade de enxofre (2%) a uma temperatura de 130 ºC, num
processo designado por Vulcanização.
É utilizada para prevenir a entrada a agentes exteriores, água, ar, poeiras entre outros e
ainda para impedir a perda de fluidos e ainda para absorver vibração, reduzir ruídos e
amortecer as cargas de impacto.
Existem dois tipos de borrachas:
Naturais;
Sintéticas.
Borracha Natural
É fácil de trabalhar e possui melhores propriedades físicas do que a borracha sintética.
Essas propriedades são:
o Flexibilidade;
o Elasticidade;
Finalidade
Os vedantes são produtos químicos que passam a um estado sólido por meio da reacção
química entre dois ou mais dos seus componentes ou por simples oxidação. Dado que o
tempo e as condições de armazenagem degradam estes produtos, nunca se devem utilizar
vedantes cujo prazo de validade esteja aspirado.
O acondicionamento ou armazenagem destes produtos pode ser efectuado a temperatura
ambiente, enquanto em alguns casos ser a temperaturas recomendadas entre os (-18ºC e os
0ºC).
Recomendações de Aplicação:
A aplicação de vedantes principalmente do tipo elastómero, devem ser aplicados
respeitando determinadas condições ambientais, como sejam:
Temperatura ambiente entre 17 e 30ºC;
Humidade relativa de 30 a 70%.
Restrições (à aplicação de Vedantes).
As peças de madeira para atingirem a sua forma definitiva passam por uma série de
operações de corte, que exigem um certo cuidado visto que, por vezes, as dimensões são
bastante pequenas.
A colagem subsequente é facilitada se as superfícies forem rugosas, havendo pois todo o
interesse que o corte seja efectuado correctamente com as dimensões de utilização.
O corte das peças com grandes secções faz-se com serras de fita, sendo preferível utilizar
serras circulares para o corte de peças com secções reduzidas, cujo trabalho origina
superfícies em boas condição para colagem e dimensões muito regulares.
Cada vez que se pretende ligar duas peças em madeira, não se deve esquecer que as
características mecânicas deste material variam consoante o sentido dos esforços em
relação às fibras. Nunca se devem ligar peças de madeira topo a topo. Quando é impossível
prever outro modo de ligação, a montagem deve ser reforçada por um esquadro (fig.
seguinte).
A ligação das peças obliquas é facilitada pela utilização de cunhas em forma de queijo,
devendo as duas partes de aperto serem paralelas para evitar o escorregamento das peças
sob a acção dos esforços exercidos.
Cantos reforçados
Os reforços de canto devem estar dispostos de modo a que as suas fibras e as peças a ligar
façam o menor ângulo possível. Na figuras anteriores mostra-se o sentido das fibras para
uma ligação em ângulo obtuso e para uma ligação em ângulo recto.
A ligação de duas peças pode ainda ser reforçada utilizando esquadros de forma semi-
circular ou triangular como se mostrou anteriormente.
Uma antepara. Note-se a técnica de fixação das peças na zona dos nós estruturais
O material mais utilizado no fabrico de aviões durante muitos anos foi a madeira,
aproveitando as vantagens que resultam das suas características: baixa densidade e
facilidade de trabalho e montagem, o que facilita as reparações com um mínimo de
trabalho especializado e de ferramenta apropriada.
À medida, porém, que o desenvolvimento da aviação se foi efectuando, com o
aparecimento de aeronaves de maiores dimensões e maiores velocidades que suportam
esforços muito mais elevados sobre as estruturas, tornou-se necessário utilizar materiais em
que a relação resistência /peso tivesse valores bastante elevados. Esta necessidade levou a
criação e ao aperfeiçoamento de materiais metálicos com grande resistência e peso
reduzido que recentemente se empregam na construção de aeronaves.
6.3.3.2.1.1 Secagem
Após a madeira ter sido devidamente seca, deverão ser cortadas amostras que se ensaiam,
para avaliar se é possível utilizá-la em construção aeronáutica. Essas amostras deverão ser
obtidas evitando a camada superficial até cerca de 15 cm de profundidade, uma vez que
esta estará mais seca do que o interior.
Uma vez que o encolhimento não é uniforme em todas as direcções, o técnico deve
considerar o efeito que uma determinada reparação pode ter, relativamente a este
fenómeno, na totalidade da estrutura.
6.3.3.2.1.2 Serragem
Após a madeira ter sido devidamente ensaiada e classificada e no caso de satisfazer as
condições impostas, é necessário transformá-la em peças das quais se possam obter
elementos estruturais das aeronaves.
A serragem da madeira pode ser executada de dois modo diferentes:
Serragem normal: a madeira é serrada na direcção dos raios circulares, isto é numa
direcção normal às das fibras.;
Serragem tangencial: a madeira é serrada na direcção tangencial aos círculos, isto é,
numa direcção paralela ás das fibras;
A madeira serrada normalmente apresenta a vantagem de não empenar muito e de apenas
contrair numa direcção.
6.3.3.2.2.2 Contraplacados
Os contraplacados são constituídos por finas lâminas de madeira. Em número impar, juntas
de modo que as fibras de duas lâminas adjacentes fiquem a 90ª umas das outras.
Os contraplacados apresentam duas vantagens sobre a madeira sólida:
Têm propriedades de resistência iguais quer no sentido do comprimento quer na
largura e contraem muito menos (apenas cerca de um décimo) comparativamente à
madeira, na direcção perpendicular às fibras.
Os contraplacados utilizados em construção aeronáutica são fabricados com colas de
resinas sintéticas de tipo fenólico e aplicação a quente ou colas de propriedades
equivalentes com elevada resistência à acção da água. Embora os contraplacados absorvam
água do mesmo modo que as madeiras sólidas, a resistência a acção da água evita a
alteração das dimensões do material (comprimento e largura) devido às variações de
humidade.
Os contraplacados normalmente têm um núcleo constituído por uma única lâmina, em
cujas faces opostas se colam lâminas adicionais, aos pares.
Os contraplacados são feitos com um número variável de lâminas a fim de satisfazer as
diversas condições de resistência. Dum modo geral, o aumento do número de lâminas
resulta na diminuição da resistência à tracção e de flexão na direcção perpendicular a essas
fibras. Daqui resulta que, quando o número de lâminas aumenta, os valores das resistências
de tracção e de flexão nas duas direcções perpendiculares são quase iguais.
Os contraplacados utilizados em construção aeronáutica podem ser fabricados com lâminas
de apenas uma espécie de madeira ou de várias. Quando se usam várias a madeira mais
pesada e mais dura é usada para as lâminas exteriores extremas e a madeira mais leve e
mais macia para as lâminas interiores incluindo o núcleo.
Fabricam-se contraplacados com todas as lâminas de bétula, de mogno, ou de choupo ou se
forem constituídos com madeiras de diversas espécies, com as lâminas exteriores de bétula
ou mogno e as interiores de choupo ou qualquer outra madeira leve.
Os contraplacados podem ser divididos em três categorias, a saber:
contraplacados macios – constituídos por três lâminas iguais de madeira da a mesma
espécie. São utilizadas especialmente para revestimentos.
Contraplacados rijos – constituídos por três laminas desiguais e em que as lâminas centrais
tem uma espessura 1.5 vezes maior que as exteriores. São utilizados para o fabrico de
esquadros, almas, reforços, etc.
Contraplacados isótropos – constituídos por cinco lâminas ou mais utilizados para
pavimentos, reforços, etc.
Coração vermelho
Inclinação incorrecta das fibras
Consoante os graus de qualidade das madeiras assim se estabelecem os limites de
inclinação das fibras. Para que esse limite não seja ultrapassado, deverá verificar-se a
inclinação das fibras.
O processo mais corrente consiste em examinar uma secção perpendicular ás fibras e
verificar se os canis secretores da resina são rectos ou inclinados. Se a inclinação exceder
os limites especificados, a madeira deverá ser classificada numa qualidade inferior.
Cerne fendido
Este defeito segue normalmente o curso de um canal longitudinal condutor de seiva e é
visível numa superfície tangencial às fibras.
Fibras fendidas
Este defeito é caracterizado pelas fracturas das fibras provocado por uma acção
atmosférica desfavorável (gelo, grada, chuva forte, etc.) durante o crescimento da árvore.
Fibras torsas
É um defeito caracterizado pelo não paralelismo das fibras. Uma madeira nestas condições
não pode ser utilizada porque é impossível de trabalhar.
Cavidades internas
A existência de cavidades internas resulta do descolamento das camadas de crescimento.
Em madeiras do tipo resinoso estas cavidades enchem-se de resina. As madeiras que
apresentam este defeito devem ser rejeitadas.
Nós
Os nós da madeira resultam dos ramos existentes na árvore de que foi extraída a peça. Há
nós de várias espécies: Nós mortos (se os ramos estavam mortos quando a árvore foi
Reparação de juntas.
Na reparação de juntas há que utilizar todas as técnicas de talhe da madeira e ter em
atenção especial as zonas de cobertura em emendas, como indicado na figura seguinte,
onde se assinalam duas maneiras incorrectas e uma correcta. Tal tem haver com o
casamento das linhas das fibras que deve ser o mais perfeito possível de modo a que, as
fibras do conjunto continuem paralelas.
Emenda de placas (fig. acima) podem ser feitas com uma dupla função, se forem
recortadas correspondentemente às posições a reforçar, de modo a actuarem como reforços
para a fixação das anteparas.
As telas utilizadas em construção aeronáutica são fabricadas com fios de linho, de algodão,
de seda natural e modernamente, de nylon. As telas de algodão e de seda natural são mais
utilizadas no fabrico de planadores devido ao seu peso reduzido. Contudo, todas elas se
aplicam no fabrico de aviões.
As características das telas são garantidas pelos fabricantes e estabelecidas através de
especificações de carácter aeronáutico emitidas pelas autoridades Aeronáuticas dos países
onde são fabricadas. Essas especificações prevêem ainda ensaios mecânicos pare
verificação periódica das características das telas.
São tecidas com fios orientados segundo duas direcções: os que correm longitudinalmente
e que constituem a urdidura e os que correm transversalmente e que constituem a trama. A
orla da tela que não se desfia constitui a ourela.
As telas aparecem no mercado em peças de largura variável, muitas vezes insuficiente para
o revestimento completo das estruturas que vão cobrir (asas e fuselagens principalmente).
O armazenamento deve em peças, à temperatura média de 15° a 20°C a em atmosfera
perfeitamente seca. A humidade é um importante factor de deterioração das telas de
revestimento.
Todos os materiais, como tela, fita de reforço, corda para os laços, etc., usados para
recobrir ou repara o avião devem ser pelo menos da mesma qualidade e resistência das
originais, usadas pelo fabricante.
Telas aceitáveis para cobrir asas, superfícies de controlo e fuselagens são dadas nas tabelas
abaixo. As telas que estejam conforme as especificações AMS (Aeronautical Material
Specifications), têm incorporadas uma marcação com os números ao longo da sua margem
(normalmente na designada margem selvagem, que previne que a tela se desfie).
As tabelas seguintes indicam as telas mais correntemente utilizadas no fabrico de
aeronaves e a tabela 2 estabelece uma comparação entre as características das
especificações francesas, americanas e inglesas, informando igualmente sobre as suas
Telas para avião da classe A são telas de 4-oz de alta qualidade. Estão feitas para reduzir o
peso e a formarem uma superfície resultante suave. Existe nas qualidades de 80 a 84 fios
por in. A resistência mínima à tracção é de 80 jb por in, de comprimento. A referência 4
ounce (onças), indica que o peso normal da cobertura acabada é 4 oz/sq yd (4 onças por
Jarda quadrada) para 36 e 42 in (polegadas) de comprimento.
Tela de linho
O algodão e o linho são susceptíveis de ataques por parte dos fungos, por este motivo
aplica-se por vezes fungicidas para prevenir o aparecimento dos mesmos. Existe ainda uma
vasta gama de produtos utilizados para acabamentos e que passam por solventes para
limpeza das telas antes da aplicação dos produtos de acabamento, rejuvenescedores para
aplicação em camadas de acabamento antigas e recuperar algumas das propriedades
perdidas, a retardadores de secagem que atrasam o tempo de secagem do acabamento em
ambientes húmidos, em que a cura do produtos feita à velocidade normal levaria ao
engelhamento da tela.
Os ensaios de resistência à roptura são geralmente efectuados com tiras de tela com
dimensões definidas pelas correspondentes especificações e cortadas paralelamente à trama
e à urdidura. Os ensaios são efectuados numa máquina adequada para ensaios de tracção
(fig. seguinte) podendo as telas estarem secas ou molhadas por imersão em água.
6.3.4.3.1 Costuras
As peças de tela são ligadas entre si por costuras que devem ser sempre paralelas às
nervuras (asas) ou correram, no sentido longitudinal (fuselagens), isto é, sempre paralelas
ao sentido do fluxo de ar.
As costuras são executadas utilizando fio de linho, algodão ou seda cuja resistência à
roptura é pelo menos igual a 4 kg.
Uma das características que servem para definir os fios é o peso de cem metros desse fio
(por ex. 18 gr./l00 m).
As costuras podem ser executadas à máquina ou manualmente.
Executam-se à máquina todas as costuras normais excepto para a entelagem do bordo de
fuga dos vários planos fixos ou móveis, pontas e raízes de asa e, dum modo geral, sempre
que houver uma mudança brusca de secção, onde serão executadas manualmente.
Os diversos tipos de costuras, mais utilizadas executadas à máquina, estão esquematizados
na figuras seguintes:
costuras duplas dobradas tipo francês,
costuras tipo americano e
costuras duplas não dobradas c) e (d).
Em costuras efectuadas manualmente, os pontos devem ser dados suficientemente
próximos (distancia entre pontos de cerca de 5 mm). A intervalos de 10 a 15 cm, deverá ser
executado um ponto de travamento (para evitar que o conjunto da costura se solte ao caso
de roptura do fio), sendo as duas extremidades terminadas por um ponto de travamento e
um nó.
Costuras à máquina
Os pontos de cozedura podem ser feitos á mão ou com uma máquina de costura. São
utilizados para unir dois pedaços de tela durante uma reparação ou cobertura integral. Estes
podem ser realizados da direita para a esquerda ou vice-versa. Os pontos realizados com
uma máquina de costura podem ser do tipo “left twist”, “z-twist” (indica que é um “left
twist”), “s-twist” (indica que é um “right twist”).
Assim as pessoas dextras devem realizar pontos da direita para a esquerda usando um
ponto “left twist”. As pessoas que utilizam a mão esquerda devem realizar os pontos da
direcção inversa. Desta forma evita-se que a linha destorça e o resultado será uma cozedura
mais forte e apertada.
As linhas utilizadas para este tipo e cozedura têm normalmente um acabamento em seda
para prevenir o afrouxamento e enfraquecimento da linha.
Linhas para cozeduras à mão e para laçadas devem ser impermeabilizadas antes de serem
usadas. O produto impermeabilizante (pode ser cera de abelha, sem parafina) não pode
ultrapassar os 20% da corda acabada.
6.3.4.3.3 Lardagem
A fixação sobre a fuselagem é geralmente executada por costura ou recorrendo a pregas.
Para o revestimento dos planos fixos ou móveis podem ser utilizados diversos processos,
sendo contudo, mais habitual o que consiste em fixar a tela por Lardagem.
Lardagem
fio empregado é mais resistente que o fio de coser (cerca de 15 kg) e mais pesado (cerca de
60 gramas por 100 m) devendo ser utilizado ligeiramente encerado. A lardagem, apenas
em redor do contorno da nervura, é efectuada antes da entelagem completa ou depois desta
se realizar utilizando uma agulha curva.
Cobrimento da costura
A fixação da tela sobre a estrutura deve ser realizada pelo método indicado pelo fabricante.
Todas as costuras são geralmente recobertas por uma fita de acabamento, com os bordos
dentados e de largura variável, que se cola longitudinalmente ao longo da costura (fig. 8).
Também existe uma fita fabricada em de fibra de vidro, cuja colagem é executada por
pressão.
O dracon deve ser a primeira escolha caso a cobertura do avião seja feita em dracon. O
linho é muitas vezes usado quando se efectuam coberturas em fibra de vidro,
especialmente para cobrir a cabeça dos parafusos.
A fita de acabamento, é aplicada por cima de cada nervura e rebordo, para cobrir os pontos
e proporcionar um acabamento liso da superfície. Esta pode ser encontrada com os
rebordos irregulares ou com os rebordos rectos (impregnados), para proporcionar uma
melhor aderência à tela.
A fita é produzida em acordo com os requisitos de classe A e com diversas larguras. Estas
fitas, tal como as telas, podem ser de linho, algodão, seda ou nylon e "dacron". As fitas de
reforço estão disponíveis numa vasta gama de larguras, para poderem ser aplicas em
função da largura da nervura. Convém que a fita de reforço seja ligeiramente mais larga
que a nervura onde está a ser aplicada. Por vezes é necessário duplicar a largura da fita, se
o membro for muito largo.
Como já dito anteriormente, a fita é também utilizada nas nervuras e entre as nervuras e a
tela, para prevenir que a corda do entelamento possa cortar a tela. Também é utilizada nas
longarinas.
Fitas de reforço também são usadas em todas as laçadas para prevenir que a tela se rompa
na zona das cordas. Esta fita deve estar sob uma ligeira tensão e segura nas duas
extremidades. Para asas com aglomerado de madeira ou com bordos de ataque em metal, a
fita de reforço apenas é estendida até á longarina frontal da asa.
6.3.4.3.5 Indutos
A palavra induto tem muitos significados, e não existe uma definição precisa. Induto para
aeronaves são soluções para protecção dos materiais. Pode ser por exemplo nitrocelulose
(nitrate dope).
Estes podem ser fornecidos como materiais incolores para cobertura ou pigmentados. Os
pigmentados são adicionados partículas que lhes confere uma protecção. O pigmento mais
(1) de proteção; As partes internas e não expostas, são pintadas para as proteger da
deterioração.
6.3.4.3.6.1 Acetona
A acetona é um solvente volátil para induto. Ela é adequada para remoção de gordura de
massas lubrificantes de telas, antes da aplicação do induto, bem como para limpeza de
pistolas de pinturas, e como um ingrediente em removedores de tintas e vernizes.
A acetona não deve ser usada como diluente em indutos, uma vez que, sua rápida ação de
secagem provoca um resfriamento na área indutada, além da formação de hhumidade. A
humidade absorvida impede a secagem uniforme, provocando o aparecimento de manchas.
O álcool butílico (butanol) e o álcool etílico são usados juntos como uma mistura para
diluir a demão de aguada base, para aplicação com pistola. A percentagem de álcool
butílico (butanol) usado dependerá da temperatura e humidade.
6.3.4.3.6.3 Benzeno
O benzeno é usado para limpeza de equipamento, onde esmalte, tinta ou verniz, foram
aplicados. Também é usado como um componente removedor de tinta e verniz.
6.3.4.3.7 Diluentes
Indutos, esmaltes, tintas, etc., são diluídos para uso em pistolas de pintura, para uma
pincelagem mais uniforme e proveitosa, e para a redução da espessura das camadas. O
diluente correto deve ser usado com cada material de acabamento específico.
O diluente (thinner) para laca nitrocelulose acrílica pode ser efetivamente usado para
limpar pequenas áreas, antes da retocagem de pintura. Ele amacia os bordos da película de
base pintada, a qual por sua vez assegura uma melhoria na adesão da camada retocada.
Todavia, o diluente contém acetona e tolueno, e não deve nunca ser usado
indiscriminadamente para limpeza de superfícies pintadas.
Esse diluente é explosivo e tóxico, bem como danoso à maioria das superfícies pintadas.
Pode ser usado para remoção manual de laca ou pulverização de tinta base; é, também, o
diluente aprovado para lacas nitrocelulose, sendo uma mistura de acetonas, alcoóis e
hidrocarbonetos.
Esse material é muito semelhante aos solventes para limpeza a seco, mas evapora um
pouco mais rápido e deixa menos resíduo após a evaporação. Pode ser efetivamente usado
na limpeza de superfícies decapadas de metal, antes da reaplicação de tintas de
acabamento. Pode, também, ser usado como um veículo, para compostos emulsão-solvente
em limpeza geral.
6.3.4.3.7.4 Tolueno
6.3.4.3.7.5 Terebintina
Os três tipos de induto usados para pintura em aeronaves são: (1) transparente; (2)
semipigmentado; e (3) pigmentado. Suas características e usos são:
O outro é um preparado especial com material acelerador de secagem, para ser usado
somente em retocagem.O induto de nitrato semipigmentado contém uma quantidade
limitada de pigmentos. É usado para acabamentos em superfícies revestidas com telas.
As lacas de nitrocelulose estão disponíveis, tanto para acabamento brilhante como fosco; e
na forma transparente ou pigmentada. Esses materiais podem ser aplicados sobre base de
cromato de zinco tipo antigo ou tipo modificado, atualizado.
A laca transparente pode ser substituída por verniz naval sobre tela indutada, e, também é
usada com pó de bronze/alumínio para produzir laca aluminizada. A laca transparente não
deve nunca ser aplicada sobre tinta, esmalte ou verniz, já que ela tende a remover tais
materiais.
Esse é o acabamento mais usado hoje, disponível em fosco ou brilhante. Ambos os tipos de
materiais são necessários na pintura de aeronaves convencionais. Áreas com dispositivo
antiofuscação geralmente requerem o uso de tintas foscas. As superfícies restantes,
usualmente, são pintadas com materiais brilhantes, que reduzem a absorção de calor. Os
materiais básicos devem ser diluídos conforme a necessidade, para aplicação com pistola á
base de diluente de nitrocelulose acrílica.
O óleo de linhaça é usado para reduzir corantes pastosos, tais como o preto fosco para
pintura de letras e cores de insígnias, para a consistência adequada. Ele é também usado
como um revestimento protetor no interior de tubos metálicos.
O cromato de zinco é satisfatório para uso sob esmaltes à base de óleo ou lacas
nitrocelulose. Ele é também uma excelente pintura à prova de indutos.
6.3.4.3.13 Esmalte
As superfícies esmaltadas são duras, resistem a arranhões e a ação de óleos ou água. Certos
tipos resistem a altas temperaturas. O esmalte pode ser aplicado com pistola ou pincel, e
está disponível para aplicações em interiores e exteriores.
6.3.4.3.14 Verniz
A tinta a óleo é usada para pigmentar madeira com finalidade decorativa; ela está
disponível em tons claros e escuros, simulando mogno, carvalho, nogueira ou outra
madeira.
6.3.4.3.15.1 Corantes
Vários materiais corantes são usados para aplicações especiais, tais como insígnias e
símbolos. As cores são obtidas como pastas, para serem misturadas com o solvente
adequado.
6.3.4.3.15.2 Tinta
óxido de zinco,
cromato de zinco,
óxido de titânio,
preto carvão e
cromo verde.
Álcool,
Terebintina,
Benzina,
Tolueno,
Acetato Etílico e
Acetato Butílico.
O removedor de esmalte e tinta, para uso geral, é um material não inflamável e lavável em
água. É usado para remoção de laca e pinturas esmaltadas de superfícies metálicas,
consistindo de solventes ativos, aminas, amônia, diluentees, emulsificantes, um solvente
clorado estável e uma mistura de cresol metilfenol, que pode ser aplicado por pulverização
ou a pincel.
Tanques com agentes decapantes de solução alcalina ou de ácidos fortes são os materiais
mais ecfetivos para remoção de certos “epoxies”, actualmente. Mas esses agentes
decapantes não podem ser usados sobre superfícies de alumínio. Um removedor para tinta
Quando uma superfície pintada estiver muito deteriorada, é melhor remover e repintar o
painel inteiro do que tentar retocar a área. O material para retoque deve ser o mesmo usado
na pintura original. As superfícies para serem pintadas devem ser totalmente limpas e
livres de gordura de massas lubrificantes, óleo ou humidade.
Cuidado deve ser tomado ao se usar removedor para tinta, próximo a selantes de juntas
para gás ou água, considerando que esse material irá amolecer e destruir a integridade dos
selantes.
Nenhum preparado para remoção de tinta deve ser usado sobre a estrutura de aeronaves, ou
entrar em contato com qualquer peça de fibra de vidro; tais como radomes, antena de rádio
ou quaisquer componentes, como cobertura aerodinâmica de rodas ou pontas de asa. Os
agentes ativos irão atacar e amolecer o aglutinante nessas peças.
Revestimentos epoxy podem ser aplicados diretamente sobre metal nu, em pequenas áreas.
Danos menores, tais como riscos e desgastes podem ser reparados pela aplicação de uma
demão final de epoxy diretamente sobre a área danificada, estendendo ou não o dano até o
metal nu. A área deve ser completamente limpa e os bordos da pintura antiga lixados,
tornando-os ásperos, para assegurar a aderência.
Este tipo de material seca muito rapidamente. Demãos muito pesadas ou densas são
produzidas facilmente, e são particularmente sujeitas a baixa aderência e quebra. Grandes
áreas danificadas devem ser reparadas pela remoção até à fenda mais próxima e um
acabamento epoxy completo deve ser aplicado.
O cromato de zinco, tipo antigo, pode ser usado diretamente para retoque de superfície de
metal nu, e para uso em acabamentos interiores. Pode ser pulverizado com aguada base se
estiver em boas condições. Acabamentos em laca acrílica não irão aderir a este material.
O cromato de zinco modificado não irá aderir satisfatoriamente ao metal nu, também,
nunca deve ser usado sobre uma película seca ou laca de nitrocelulose acrílica.
Para os melhores resultados, as lacas devem ser aplicadas sobre camadas frescas e
sucessivas de aguada base e cromato de zinco modificado. Elas também aderirão a
camadas de epoxy aplicados recentemente (secagem menor que 6 horas).
Acabamentos finais em epoxy irão aderir a todos os sistemas de pintura que estão em boas
condições, e podem ser usados para retoques gerais, incluindo retoques de defeitos em
acabamentos em esmalte cozido em forno.
Acabamentos antigos em acrílico podem ser repintados com acrílico novo se, a antiga
demão, for completamente amolecida, usando solvente de nitrocelulose acrílico antes da
pintura de retoque.
Danos em acabamentos epoxy podem ser melhor reparados pela utilização de mais epoxy,
considerando que nenhum dos acabamentos em laca irão fixar à superfície. Em alguns
casos, esmaltes de secagem ao ar podem ser usados para retoque de revestimentos em
epoxy, se os bordos das áreas danificadas forem primeiramente lixadas.
Imersão
Pincelagem
Pulverização à pistola
Uma cobertura inadequada poderá ser produzida por um jacto muito leve ou muito
pesado. Neste caso poderá haver escorrimentos e ondulações.
A pressão deve ser tal, que o material alcance a cabeça da pistola em um fluxo
suave e contínuo. Geralmente, uma pressão entre 5 a 15 P.S.I. é usada. Pressões
muito altas levam a escorrimentos e ondulações, devido à borrifação de tinta em
excesso.
6.3.4.3.20 Armazenamento
Os compartimentos onde se armazenam tintas, vernizes e esmaltes devem, dentro do
possível, ser mantidos a uma temperatura de cerca de 15 a 20°C.
Induto, tinta, esmalte e outros materiais de acabamento devem ser armazenados em lugar
seco, protegidos da luz solar direta e do calor. Cada reservatório deve ser identificado com
um código e um número de identificação do material nele contido. Os recipientes que
contêm estes produtos devem ter, afixada, a data de fabrico. Os mais antigos devem ser
utilizados em primeiro lugar.
6.4 CORROSÃO
Uma vez que a maioria das reacções de corrosão é de natureza electroquímica, torna-se
importante compreender os princípios fundamentais das reacções electroquímicas.
Historicamente os termos oxidação e redução estavam associados a processos químicos
que implicavam o ganho ou perda de oxigénio, respectivamente, por parte de compostos
químicos. Estes processos incluem, por exemplo, a combustão do carvão ou a reacção de
um metal com o oxigénio (como o aparecimento de ferrugem numa peça de ferro).
A evolução destes conceitos fez com que, actualmente, eles possuam uma aplicação muito
mais ampla, abrangendo reacções que não envolvem o oxigénio como oxidante. Desta
forma, uma reacção de oxidação-redução (ou abreviadamente reacção redox) é uma
reacção onde há troca de electrões entre espécies químicas.
As ligas metálicas empregues na construção das aeronaves modernas reagem com alguma
facilidade às substâncias contaminantes existentes na atmosfera. O Sal existente no ar nas
regiões costeiras ou outras substâncias químicas existentes nas áreas urbanas, atacam as
ligas de alumínio e magnésio que constituem as estruturas.
Vejamos, por exemplo, o que acontecerá quando introduzimos uma placa de zinco numa
solução de sulfato de cobre? Se se esperar algum tempo verifica-se que a placa de zinco vai
perdendo zinco para a solução, depositando-se, sobre esta, cobre.
O processo envolve a cedência de electrões por parte de um elemento, o que implica a
aceitação dos mesmos electrões, por parte de outro, como no processo descrito. Assim, não
se pode dizer que o processo global é de oxidação ou de redução, mas sim que se trata de
um processo de oxidação-redução (ou processo redox).
Zn2+ / Zn e Cu2+ / Cu
No caso geral a ordem pela qual se escreve os pares redox é a correspondente ao processo
de redução, descrito pela reacção de redução do elemento, como se pode visualizar na série
electroquímica. Neste formalismo coloca-se à esquerda do traço, o estado oxidado e, à sua
direita, o estado reduzido.
Revisão 03 – 26-06-2012 Página 141 de 356
Módulo 6 – Materiais e Equipamentos Físicos
Em muitas reacções é fácil observar a alteração do estado de oxidação entre duas espécies
químicas, porém, noutras reacções, não é tão óbvia a transferência de electrões. Para mais
facilmente reconhecer o deslocamento dos electrões nas reacções redox e distinguir os
estados de oxidação dos elementos define-se número de oxidação. O número de oxidação
de um dado átomo refere-se ao número de cargas que esse átomo teria se se considerasse
que os electrões não se encontram partilhados, mas sim inteiramente localizados num dado
átomo.
Por exemplo, na molécula de água, existem uma ligação entre cada um dos átomos de
hidrogénio e o átomo de oxigénio. Estes electrões são partilhados entre o átomo de
oxigénio e o átomo de hidrogénio.
H:O:H
Se se considerar que os electrões são atribuídos unicamente a um dos átomos, dado que o
oxigénio é mais electronegativo do que o hidrogénio, a representação da molécula passaria
a ser
H+ - O2- - H+
ou seja, o número de oxidação de cada átomo de hidrogénio será +1, enquanto que o do
oxigénio será -2.
Sempre que o número de oxidação de um elemento aumenta ocorre uma oxidação; no caso
de se dar uma redução o número de oxidação diminui.
Conclui-se, então, que numa reacção de oxidação-redução existe sempre variação do
número de oxidação de dois elementos.
Procedimento:
Mergulhamos os dois pedaços de metal diferentes numa solução aquosa de
electrólito;
Ligamos 2 pedaços de metal diferentes por meio de um condutor;
Os iões negativos em suspensão no electrólito são atraídos pelos iões metálicos
positivos do ânodo;
Forma-se um sal metálico, produto da Corrosão.
A corrente eléctrica que se estabelece pelo movimento dos electrões é responsável
pela deterioração do metal, decompondo-o, dando origem a um sal metálico.
Os vários tipos de corrosão podem ser classificados de acordo com a aparência do metal
após a corrosão. Podem identificar-se formas de corrosão, mas todas estão relacionadas
entre si em maior ou menor grau.
Os principais tipos de Corrosão são:
Corrosão Galvânica;
Corrosão microbiológica
Corrosão por Tensão;
Oxidação;
Corrosão Superficial Uniforme;
Picagem;
Corrosão Intergranular;
Esfoliação;
Corrosão por Concentração de Oxigénio;
Corrosão Filiforme;
Corrosão por Fricção.
6.4.3.4 Oxidação
A corrosão por picagem é uma forma de ataque corrosivo localizado, resultado da corrosão
superficial uniforme, dando origem a pequenas cavidades (alvéolos ou "pits") localizadas
na peça metálica que podem chegar a perfurar toda a espessura da peça, com pouca ou
nenhuma perda de espessura do material.
A corrosão intergranular consiste num ataque corrosivo localizado nos limites de grão ou
zonas adjacentes aos limites de grão de uma liga metálica.
A estrutura de um metal é constituída por pequenos grãos unidos entre si por ligações
químicas, que não são mais do que a interacção atómica dos vários elementos que
constituem o metal. Por exemplo, quando um tratamento térmico é mal efectuado, poderá
originar um crescimento exagerado do grão, que em contacto com os diferentes elementos
do metal desenvolvem propriedades anódicas ou catódicas.
A água que fica retida entre as chapas de revestimento que constituem as superfícies, em
contacto com o ar, absorve oxigénio e atrai posteriormente electrões do próprio metal. Esta
combinação (água + oxigénio + electrões) origina a formação de iões negativos (OH-), que
ficam em suspensão no fluido.
A perda de electrões para o fluido provoca uma diferença de potencial entre a zona do
metal que cedeu os electrões (Zona Catódica) e a zona de ligação entre as duas chapas,
onde a água não esteve em contacto com o ar (Zona Anódica).
Estabelece-se uma corrente de electrões entre estas duas zonas (do ânodo para o cátodo),
originando um excesso de iões metálicos positivos na zona de ligação entre as chapas, que
se transforma assim num cátodo. Estes iões metálicos positivos vão atrair os iões negativos
(OH -) da água, originando nessa zona a formação de um hidróxido metálico, designado
por Corrosão.
A corrosão por fricção ou por erosão é definida como o aumento da velocidade de corrosão
de um metal, devido ao movimento de um fluido corrosivo relativamente à superfície
Podem ser várias as causas ou os factores que facilitam a corrosão, mas normalmente as
mais relevantes são as seguintes:
Corrosão por Fricção;
Associação de metais diferentes;
Área de contacto;
Temperatura;
Tratamentos Térmicos;
Tipo e Concentração de Electrólito;
Oxigénio;
Microrganismos.
Associação de metais diferentes:
Quanto maior for a diferença de potencial entre componentes metálicos, maior será a
probabilidade de corrosão em presença de um electrólito.
Área de Contacto:
Pequenas áreas anódicas em contacto com superfícies menos activas (catódicas)
corroem-se rapidamente;
Se o metal mais activo (ânodo) apresentar maior superfície que o cátodo, a corrosão
ocorrerá lentamente e não tão intensamente.
Temperatura:
O aumento da temperatura acelera as reacções químicas;
A corrosão do metal processa-se mais rapidamente.
Uma vez que a corrosão é provocada por uma reacção química, a velocidade à qual a
corrosão se processa, dependerá até certo ponto da temperatura e da concentração dos
reagentes e dos produtos. Outros factores tais como esforços mecânicos e a erosão também
podem contribuir para a corrosão.
Os materiais não metálicos como os cerâmicos e os polímeros não sofrem ataque
electroquímico, mas podem deteriorar-se por ataque químico directo.
Do ponto de vista de engenharia, a corrosão é um processo destrutivo e representa enormes
perdas económicas. Assim, não surpreende que quem trabalhe na indústria se preocupe
com o controlo e prevenção da corrosão. Sendo um processo natural e, sendo sua
eliminação impraticável, a corrosão tem de ser controlada. A maneira de se controlar a
corrosão é retirando um ou mais agentes que a propiciam. Portanto, a melhor maneira para
reduzir seus efeitos é através de medidas preventivas.
No aspecto económico englobam-se as perdas de material resultantes da deterioração
progressiva ou quebra repentina. As perdas económicas podem-se dividir em directas e/ou
indirectas.
6.4.5.2 Custos
Em certos casos a corrosão pode ter um lado positivo, entre os quais podemos salientar:
Oxidação do aço inox, com a formação de película protectora de óxido de cromo;
Anodização do alumínio, ou das suas ligas, para além de proteger dá um efeito
decorativo;
Fosfatização de superfícies metálicas que permitem uma melhor aderência da tinta.
Parafusos diversos
Os parafusos são peças metálicas roscadas. A rosca que caracteriza um parafuso, assenta
numa hélice cilíndrica, que tem um determinado ângulo de inclinação. A rosca é um
conjunto de filetes em torno de uma superfície cilíndrica.
É conveniente salientar, que uma peça roscada não deve trabalhar ao corte. Se houver
esforços deste tipo é necessário incluir um casquilho protector.
Variante Identificação
Grosa (Coarse) UNC (American Standard Unifield
Coarse)
Fina (Fine) UNF (American Unifield Fine)
Extra Fina (Extra Fine) UNEF
Tipo “J” UNJ
Passo Constante UN
Tabela 18: Identificação de Rosca.
Rosca Métrica;
Rosca Whithworth.
As roscas Métrica e Whithworth: Grossa. Por exemplo M12 representa:
Rosca métrica, de diâmetro 12mm.
A rosca Métrica e Whithworth: Fina. Por exemplo M10X1 representa:
Rosca métrica, diâmetro 10mm e de passo 1mm;
A designação da rosca será eventualmente seguida da Tolerância.
4– Sentido da Hélice
Dependendo da inclinação dos filetes em relação ao eixo do parafuso, as roscas ainda
podem ser Direita ou Esquerda. Por exemplo LM12x1 (L de Left, esquerda), representa:
Rosca métrica esquerda, de diâmetro 12mm e de passo 1mm.
Direita
O filete sobe da direita para a esquerda.
Esquerda:
O filete sobe da esquerda para a direita.
5– Número de Fios
Na mesma espiga podem ser abertos vários fios de rosca.
Passo: (quando medimos em polegadas) - É número de fios que existe no comprimento de
uma polegada, ou seja, o número de voltas completas que o hélice do perfil roscado tem de
dar à sua fêmea para percorrer o comprimento linear de uma polegada. Este número pode
ser medido de uma forma mais precisa utilizando um equipamento designado por conta
fios.
Finalmente, é conveniente referir que a compatibilização de duas roscas, requer:
O mesmo passo;
6.5.1.3.1 Removíveis
Os Removíveis são os elementos de ligação instalados e fixados por porcas ou sistema de
fixação similar. Estes elementos permitem a sua remoção e podem ser posteriormente ser
reinstalados, sem colocar em perigo a sua operação.
Normalmente, permitem a união de peças, tais como:
Chapas,
Perfis, e
Barras.
Porca
Tem várias formas tais como: de prisma, de cilindro etc. Apresenta um furo roscado, e
através desse furo, a porca é atarraxada ao parafuso.
Procedimento
Consiste na medição do passo da rosca; Para obter essa medida, podemos usar:
Pente de rosca;
Escala;
Paquímetro.
Esses instrumentos são chamados verificadores de roscas e fornecem a medida do passo
em milímetros ou em filetes por polegada, e também, a medida do ângulo dos filetes.
Forma da Rosca;
Tipo de Accionamento;
Constituição.
Forma da Rosca
Os perfis mais usuais são:
Triangular; Trapezoidal; Redondo; Quadrado e Rosca dente de Serra.
Tipo de Accionamento
Está relacionado com o tipo de cabeça do parafuso. Por exemplo um parafuso de cabeça
sextavada é accionado por chave de boca ou de estria.
6.5.2.2.1.1 Especificações
A identificação completa dos parafusos (“bolts”) e porcas é feita pelo respectivo Part
Number (P/N), que pode ser definido por normas do próprio fabricante ou pelas diversas
Normas Americanas (NA, MS e NAS) para este fim.
Estas normas caracterizam completamente os parafusos e porcas, principalmente quanto à
respectiva:
6.5.2.3 Pernos
6.5.2.3.1.2 Nomenclatura
O perno é ligado a uma das peças para que fique retido para suportar o esforço axial e de
Torsão, exercida pela montagem da porca no outro extremo, fazendo ancorar o perno na
peça.
As porcas são o segundo elemento chave em dispositivos de fixação amovíveis. Tem rosca
interna que tem de casar com a do parafuso com o mesmo diâmetro.
6.5.2.4.1 Removíveis
Tal como os elementos de ligação, também as porcas se podem considerar divididas em
duas classes:
Fixas;
Removíveis.
Esta característica faz com que sejam as seleccionadas para a fixação de:
Elementos anti-fricção e roldanas;
Tampas de caixas de engrenagens;
Ligações sujeitas a vibrações.
Desvantagens:
No entanto são contra indicadas em montagens em que macho ou fêmea estejam
sujeitos a esforço de rotação.
6.5.2.5 Anilhas
Fig. 168: Travamento com orelha. Fig. 169: Anilha para Perfilados.
6.5.2.5.1 Tipos
Planas
As anilhas planas proporcionam uma superfície suave de escorregamento e actuam como
calço na obtenção do correcto comprimentos de montagem do parafuso e da porca.
As anilhas AN960 e AN970 são usadas sob porcas sextavadas (a AN970 proporciona uma
área de escorregamento maior do que a AN960).
Freio e Mola
As anilhas de Freio e Mola proporcionam a fricção suficiente para evitar o desaperto em
vibração.
As anilhas de freio AN935 e AN936, são utilizadas com parafusos maquinados ou “bolts”
onde as porcas auto-frenantes ou de castelo não são aconselhadas.
Aba
As anilhas de aba são concebidas de forma a evitar o laqueamento dos elementos roscados.
Podem ser: redondas e planas, providas de abas exteriores para que possam ser dobradas
contra as faces da porca ou cabeça da cavilha, criando assim um sistema de bloqueio que
impede o elemento de rodar. Dada a sua construção só podem ser usadas uma vez, dado
que as abas tendem a partir dobradas à segunda vez.
Especiais
6.5.3.1.1 Material
A frenagem com arame pode ser executada de forma manual utilizando para o efeito um
alicate de frenar, ou de forma automática através de um equipamento automatizado.
6.5.3.1.2 Procedimento
Sequência:
A execução de uma frenagem deve ser feita com um Número de Voltas por Polegada, que
varia entre 7 a 10, mas normalmente, são executadas 8 voltas por polegada.
Existem muitas outras formas de imobilização, mas as mais usuais em aeronáutica são:
Fechos Rápidos;
Cavilhas;
Freios;
Pinos.
Fechos Rápidos
Os fechos rápidos são utilizados na união de peças que não são articuladas entre si.
Freios
O freio ou também conhecido por anel elástico é usado para impedir deslocamento de
eixos. Serve, também, para posicionar ou limitar o movimento de uma peça que desliza
sobre um eixo.
Norma DIN 6799.
Rebites de Semi-tubo;
Rebites Explosivo;
Rebites Distanciadores;
Rebites com Secções Diferentes;
Rebite Chobert;
Rebite Cherry;
Rebite Prego;
Rebite Porca.
Quanto ao número de rebites que devem ser colocados, dependerá da largura das chapas ou
do número de chapas que recobrem a junta, é necessário colocar uma, duas ou mais fileiras
de rebites.
Quanto à distribuição dos rebites, existem vários factores a considerar: o comprimento da
chapa, a distância entre a borda e o rebite mais próximo, o diâmetro do rebite e o passo.
O passo é a distância entre os eixos dos rebites de uma mesma fileira. O passo deve ser
bem calculado para não ocasionar empenamento das chapas.No caso de junções que
exijam boa vedação, o passo deve ser equivalente a duas vezes e meia ou três vezes o
diâmetro do corpo do rebite. A distância entre os rebites e a borda das chapas deve ser
igual a, pelo menos, uma vez e meia, o diâmetro do corpo dos rebites mais próximos a essa
borda. O cálculo de distribuição dos rebites é de extrema relevância, pelo que é feito pelos
projectistas que deverão levar em conta a finalidade da rebitagem, o esforço que as chapas
sofrerão, o tipo de junta necessário e a dimensão das chapas, a distância entre a borda e o
rebite mais próximo, o diâmetro do rebite e o seu passo, de modo a a ser efectuado o
projecto de forma interligada.
Em consequência do atrás exposto, o profissional encarregado da rebitagem receberá o
projecto a ser executado com os cálculos já prontos junto.
6.6.1.1 Introdução
A substituição de uma tubulação deverá ser feita por outra do mesmo material e do mesmo
formato.
Todas as tubagens são testadas, quanto a pressão, antes da instalação inicial, e são
designadas para resistir muitas vezes à pressão normal de operação, para a qual elas serão
submetidas.
Todas as falhas de tubagens deverão ser cuidadosamente estudadas, até que a causa da
falha seja determinada.
6.6.1.2 Tubagens
As tubagens flexíveis são, geralmente, usadas com partes móveis, ou onde a tubulação
esteja sujeita a vibração considerável.
Em algumas instalações hidráulicas especiais, de alta pressão (3.0 p.s.i.), são usadas
tubagens de aço resistente à corrosão ou as recozidas ou as de 1/4 de dureza.
As tubagens de aço, resistente à corrosão, não devem ser recozidas para "abocardar"ou dar
a forma necessária. De fato, a secção abocardada é um tanto endurecida pelo trabalho a frio
e pelo esforço, durante o processo de abocardamento.
Este aumento da resistência à tensão permite o uso de tubagens com paredes finas e em
consequência, o peso final da instalação não é muito maior do que aquela, com tubagens de
liga de alumínio e paredes mais grossas.
Pode ser necessário testar amostras do material, quanto à dureza, pelo uso da lima, e
quanto a arranhões usando um riscador. O teste do imane é o método mais simples para
distinguir entre o aço inoxidável recozido austenítico e o ferrítico. Os tipos austeníticos não
são magnéticos, a menos que excessivamente trabalhados a frio, considerando que o
carbono cromado puro e os aços de baixas ligas, são fortemente magnéticos.
A figura 5-1 fornece os métodos de identificação dos cinco materiais metálicos, usando os
testes do imane e do ácido nítrico concentrado.
Faixas com o código de cor e com a largura máxima de quatro polegadas são pintadas nas
duas extremidades e aproximadamente, no meio de algumas tubagens. Quando a faixa é
composta de duas cores, a metade é usada com cada cor. Os códigos de cores usados para
identificar a liga de alumínio das tubagens são:
As tubagens de liga de alumínio, 10 (1/2 duro) ou 3003 (1/2 duro), são usadas em linhas de
uso geral com fluidos, sob pressão baixa ou desprezível, como é o caso das linhas dos
instrumentos e condutas de ventilação.
O 2024-T e o 5052-O, são materiais usados em tubagens de sistemas de uso geral, com
pressão baixa ou média, como sistemas hidráulicos ou pneumáticos, com pressões entre 1.0
e 1.500 p.s.i. e linhas de combustível e óleo. Ocasionalmente esses materiais são usados
em sistemas de alta pressão (3.0 p.s.i.).
Tubagens feitas com as ligas de alumínio, 2024-T e 5052-O, resistirão a uma moderada
alta pressão antes de um rompimento. Estes materiais são facilmente abocardados e são
macios o bastante, para serem enformados com ferramentas manuais, mas devem ser
manuseados com cuidado para evitar arranhões, mossas e cortes.
A tubulação de aço resistente à corrosão, tanto a recozida como a de 1/4 de dureza, é usada
extensivamente em sistemas hidráulicos de alta pressão, como é o caso da operação do
trem de aterragem, flaps, travões e semelhantes.
As linhas de travão, externas, devem ser sempre de aço resistente à corrosão, para diminuir
o risco de danos causados por pedras, atiradas pelos pneus durante a descolagem e a
aterragem, e pelo manuseio descuidado no solo.
Embora as marcas de identificação das tubagens de aço sejam diferentes, cada uma,
normalmente, inclui o nome do fabricante ou marca registrada, o número S.A.E., e a
condição física do metal.
Nos aviões de construção americana, as tubagens de metal são medidas pelo diâmetro
externo, sendo indicadas em 16 avos de polegada. Assim, o tubo, número 6, mede 6/16 de
polegada (ou 3/8") e o tubo número 8 mede 8/16 de polegada (ou 1/2"), etc.
Assim, quando um tubo está sendo instalado, é importante conhecer, não somente, o
material e o diâmetro externo, mas também a espessura da parede do tubo.
As tubagens flexíveis são usadas nos sistemas de tubos, para conectar partes móveis com
partes estacionárias, em locais sujeitos a vibração, ou onde uma grande flexibilidade for
necessária. Podem, também, actuar como conectores em sistemas de tubagens metálicas.
O Buna-N é um composto de borracha sintética, que tem excelente resistência aos produtos
do petróleo. Não deve ser confundido com Buna-S. Não usar para fluidos hidráulicos com
base de fosfato de éster (Skydrol).
Neoprene é um composto de borracha sintética, que tem uma base de acetileno. A sua
resistência aos derivados do petróleo não é tão boa como a Buna-N, mas tem melhor
resistência abrasiva. Não se deve usar para fluidos hidráulicos com base fosfato de éster
(Skydrol).
Teflon é a marca registrada Du Pont, para a resina de tetrafluoroetileno. Tem uma extensa
gama de temperaturas de operação (-54ºC a +230ºC ou -65ºF a +450ºF), é compatível com
quase todas as substâncias ou agentes usados e oferece pequena resistência ao fluxo.
Materiais viscosos e pegajosos, não aderem ao Teflon, que tem menos expansão
volumétrica do que a borracha e o período de armazenagem e o de serviço, que são
praticamente ilimitados
Este tipo de tubulação é adequado para o uso com combustível, óleo, refrigerante do motor
e sistemas hidráulicos. Os tipos de mangueiras são, normalmente, classificados pela
quantidade de pressão que elas são destinadas a resistir, sob as condições normais de
operação.
1. Baixa pressão: qualquer pressão abaixo de 250 p.s.i. Reforço de tecido trançado.
A mangueira adequada, para o uso com fluido hidráulico de base fosfato de éster, é
marcada com "Skydrol use".
Em algumas ocasiões, vários tipos de mangueiras podem ser adequados para um uso
idêntico. Portanto, para uma perfeita selecção de mangueiras, consultar sempre o manual
de manutenção, ou o de peças, para uma aeronave em particular.
A medida das mangueiras flexíveis é determinada pelo seu diâmetro interno. As variações
de tamanho são em incrementos de 1/16 de polegada, e são idênticos aos tamanhos
correspondentes das tubagens com as quais elas podem ser usadas.
As linhas de fluido das aeronaves são, muitas vezes, identificadas por marcações em
código de cores, palavras e símbolos geométricos. Essas marcações identificam a função, o
conteúdo e o principal perigo de cada linha, além da direcção em que circula o fluido. A
figura 5-3 ilustra os vários códigos de cores e os símbolos usados para designar o tipo de
sistema e seu conteúdo.
Além das marcações mencionadas, certas linhas podem ser identificadas com marcações
adicionais, como a função específica de um sistema; por exemplo, Dreno (Drain),
Ventilação (Vent), Pressão (Pressure), ou Retorno (Return).
Figura 5-4 Identificação das linhas de fluído usando: (A) fitas e decalques e (B) etiquetas
metálicas.
Os fabricantes dos motores das aeronaves são responsáveis pela instalação original das
marcas de identificação, mas o técnico aeronáutico é responsável pela sua substituição,
quando se tornar necessário.
Geralmente fitas adesivas e decalques são colocados em ambos os finais de uma linha, e
pelo menos um a mais, em cada compartimento, por onde a linha passa. Além disso,
marcas de identificação são colocadas próximas de cada válvula, regulador, filtro, ou outro
acessório, que faça parte de uma linha.
Onde se usar pintura ou etiqueta, as exigências de localização são as mesmas, para as fitas
adesivas e os decalques.
6.6.1.4 Uniões
(4) estampadas.
Uma conexão abocardada consiste de uma manga ou luva e uma porca, como é
apresentado na figura 5-5. A porca é ajustada sobre a manga ou luva e, quando apertada,
puxa a manga ou luva e o tubo, ajustando-os de encontro a conexão, formando um selo.
A conexão "macho" tem a superfície em forma de cone, com o mesmo ângulo da parte
interna do abocardado. A manga ou luva apoia o tubo, para que a vibração não se
concentre na borda da abocardado e distribua a acção de forte sobre uma extensa área, para
aumentar a resistência. O abocardamento do tubo e a instalação da conexão adequada,
serão discutidos em detalhes mais adiante, neste capítulo.
As uniões abocardadas do tipo AC (Air Corps), vêm sendo substituídas pelas do tipo AN
(Army Navy) padrão e MS (Military Standard). Mas, como as uniões AC são usadas em
algumas aeronaves antigas, é conveniente saber identificá-las. A conexão AN tem uma
gola entre o final da rosca e o cone do abocardado (ver a figura 5-6). A conexão AC não
possui essa gola.
Outras diferenças, entre as uniões AC e AN, incluem o formato da manga ou luva, que nas
uniões AC são bem mais compridas do que as manga ou luvas das uniões AN do mesmo
diâmetro. Embora certas uniões abocardadas sejam intercambiáveis, o passo da rosca é
diferente na maioria dos casos.
As combinações das extremidades das uniões, porcas, manga ou luvas e abocardados dos
tubos, são permitidas para confeccionar um conjunto de conexão completo. O uso de
metais diferentes deve ser evitado, uma vez que os seus contactos causarão corrosão.
Tipo de rosca da
Tipo da porca Tipo da manga Abocardado do
Diâmetro externo do tubo conexão
(Fêmea) ou luva tubo
(Macho)
1/8,3/16,1/4,5/16,1-3/4,2 AN 811 AN AN
1/8,3/16,1/4,5/16,1-3/4,2 AN 811 AN AN
1/8,3/16,1/4,5/16,1-3/4,2 AN 811 811 AN
1/8,3/16,1/4,5/16,1-3/4,2 AN 811 811 AN
1
Conjunto normal de conexão AN.
2
Conjunto normal de conexão AC 811.
6.6.1.4.1.1 Medidas
O número após o traço seguindo o número AN, indica a medida do tubo (ou mangueira)
para a qual a conexão foi feita, em 16 avos da polegada. Esse é a medida do diâmetro
externo (O.D.) do tubo e o diâmetro interno (I.D.) da mangueira
Uniões com tubos roscados são codificadas por números após o traço, indicando a medida
em oitavos da polegada. A letra de código do material, como indicado acima, vem a seguir
do traço.
A conexão padrão AN é a mais comum, no uso de tubos abocardados, para unir tubagens
com as várias uniões, nos sistemas das aeronaves. A conexão padrão AN inclui a porca AN
818 e a manga ou luva AN 819 (ver figura 5-8). A manga ou luva AN 819 é usada com a
porca de acoplamento AN 818.
Todas estas uniões têm roscas rectas, mas com passos diferentes para os vários tipos.
As uniões abocardadas são feitas de liga de alumínio, aço ou ligas à base de cobre.
As manga ou luvas AN, de alumínio e bronze, são banhadas de cádmio e não são coloridas.
A medida dessas uniões é dada em números após um traço, os quais se igualam ao
diâmetro externo nominal do tubo (O.D.) em dezasseis avos de uma polegada.
As uniões sem abocardado MS (Military Standard) têm obtido ampla aplicação nos
sistemas de tubagens de aeronaves. Usando este tipo de conexão, elimina-se todo o
abocardamento de tubos, e ainda proporciona-se uma conexão de tubo segura, forte e digna
de confiança. A conexão consiste de três partes: um corpo, uma manga ou luva e uma
porca. O corpo tem um ressalto contra o qual a extremidade do tubo se apoia (ver figura 5-
9).
Cada conjunto de acoplamento consiste de duas metades, mantidas unidas por uma porca
de união. Cada metade contém uma válvula, que é mantida aberta quando o acoplamento
está em funcionamento, permitindo que o fluido saia através do acoplamento em qualquer
direcção. Quando o acoplamento é desconectado, uma mola em cada metade fecha a
válvula, evitando a perda do fluido e a entrada de ar.
A porca de união tem uma rosca de avanço rápido, que permite o acoplamento e o
desacoplamento do conjunto pelo girar da porca. A quantidade de vezes que a porca tem
que girar varia com os diferentes estilos de acoplamentos. Um estilo pode requerer um
quarto de volta da porca de união para travar ou destravar o acoplamento, enquanto um
outro estilo pode requerer uma volta completa.
Alguns acoplamentos requerem uma chave para o aperto final, outros são conectados e
desconectados apenas com a mão.
Certo tipo de acoplamentos exigem que sejam frenados com arame, mas outros não
necessitam de frenagem, porque um sistema de travamento positivo é assegurada por um
dente da mola de travamento, que encaixa num entalhe na porca de união quando o
acoplamento estiver totalmente encaixado.
O rebordo ou friso, é uma pequena elevação ao redor do tubo ou da conexão, que dá uma
boa retenção na borda do tubo que auxilia a manter a durite e a braçadeira em seus lugares.
O conector formado por tubos rebordados , durites e braçadeiras são muitas vezes usados
para conectar tubagens de óleo, refrigerantes e sistemas de combustível de baixa pressão.
Tubagens danificadas e linhas de fluido devem ser substituídas por novas, sempre que
possível. Algumas vezes a substituição é impraticável, sendo necessário um reparo.
Arranhões, desgastes e pequena corrosão na parte externa de linhas, podem ser
considerados desprezíveis e, podem ser removidos com uma esponja de alumínio.
As limitações de quantidade da parte danificada que podem ser reparadas desta maneira,
serão discutidas mais adiante neste capítulo, sob o título "Reparações de linhas de tubagem
metálica".
Se um conjunto de linhas de fluido tiver que ser substituído, os terminais podem muitas
vezes ser aproveitados pelo que o reparo envolverá somente a formação dos tubos e a
respectiva substituição.
(1) corte,
(2) dobragem,
(3) abocardamento; e
Se uma tubulação for pequena e de um material mole, o conjunto pode ser formado com a
mão, dobrando durante a instalação. Se a tubulação tiver 1/4 de polegada de diâmetro, ou
mais, o dobramento com a mão e sem o auxílio de ferramentas. é impraticável.
As tubagens podem ser cortadas com o cortador de tubos ou com um arco de serra e este
pode também ser usado com qualquer tubo de metal macio, tal como o cobre, alumínio ou
liga de alumínio.
Uma peça de tubulação deverá ser cortada, aproximadamente, com dez por cento a mais a
mais do que o tubo a ser substituído, para evitar uma variação a menos durante as dobras.
Para a sua manufactura, colocar o tubo na ferramenta de cortar, com a roda cortante no
ponto onde o corte deve ser feito. Girar o cortador em torno da tubulação, aplicando uma
leve pressão na roda cortante, pelo intermitente giro do parafuso de regulação.
Uma pressão exagerada na roda cortante, de uma só vez, deformará o tubo ou causará
excessivas rebarbas. Após o corte do tubo remover cuidadosamente todas as rebarbas das
partes interna e externa. Usar uma faca ou o removedor de rebarbas, fixado ao cortador de
tubos.
Quando executando a operação de remover as rebarbas, usar de extremo cuidado para que
a espessura do final do tubo não seja reduzida ou fracturada. Pequenos danos deste tipo
poderão ocasionar abocardados fracturados ou defeituosos, que não vedarão perfeitamente.
Uma lima de dentes finos pode ser usada para deixar a extremidade do tubo em esquadria e
perfeitamente lisa. Se não houver um cortador de tubo disponível, ou se a tubulação for de
material duro, ela pode ser cortada usando-se uma serra de dentes finos, de preferência que
tenha 32 dentes por polegada.
Um meio fácil de prender um tubo de pequeno diâmetro, quando tiver de ser cortado, é
colocando-o numa combinação de ferramenta de abocardar e prender a ferramenta num
torno de aperto.
O objectivo da dobragem de um tubo é obter uma curva suave, sem achatamento do tubo.
Uma tubulação com um diâmetro inferior a um quarto de polegada, normalmente pode ser
dobrada sem o uso de ferramentas.
Para dobrar uma tubulação com um dobrador manual de tubos, introduza o tubo pelo
levantamento do cabo da barra corrediça, tanto quanto possível. Comanda-se a trava sobre
o tubo e ajusta-se o cabo, para que o total comprimento da manga ou luva na barra
corrediça esteja em contacto com a tubulação.
O zero marcado no bloco radial e a marca na barra corrediça deverão estar alinhados. A
curvatura do tubo deve ser feita girando o cabo da barra até que o desejado ângulo de
curvatura seja obtido, como indicado no bloco radial.
As máquinas dobradoras de tubos, para todos os tipos de tubagens, são geralmente usadas
em oficinas de reparações e em grandes parques de manutenção.
Com este equipamento, curvaturas adequadas podem ser feitas em tubagens de grandes
diâmetros e em tubos feitos de materiais mais duros. A dobradora de tubos por produção é
um exemplo desse tipo de máquina.
A dobradora de tubos por produção, mais comum, pode acomodar tubagens com o
diâmetro externo de 1/2 polegada a 1 1/2 de polegada. Existem dobradoras para medidas
maiores, e o princípio de operação é semelhante ao da dobradora de tubos manual. Os
Quando uma dobradora de tubos manual, ou uma dobradora de tubos por produção, não
estiverem disponíveis para uma particular operação de dobragem, um material de
enchimento de composição metálica ou areia seca pode ser usado, para facilitar a
dobragem. Quando usando este método, cortamos o tubo ligeiramente maior do que o
necessário. A medida a mais é para fazer uma vedação (pode ser com um pedaço de
madeira), em cada extremidade.
Em outra versão do processo de enchimento, é a do uso de uma liga fusível usada no lugar
da areia. Neste método, o tubo é enchido sob água quente, com uma liga fusível que
derrete a 70º C (160º F).
Após o enchimento do tubo com a liga, ele é retirado da água e, após esfriar, é dobrado
lentamente com a mão em torno de um bloco-forma ou com a ferramenta dobradora de
tubos. Após a curva ser feita, a liga é novamente derretida sob a água quente e removida do
tubo.
Guarda-se a liga fusível de enchimento quando estiver livre de pó ou detritos. Ela poderá
ser derretida e reaproveitada tantas vezes quantas as desejadas.
Nunca devemos aquecer esta liga por qualquer outro método que não seja o prescrito,
porque a liga poderá colar-se no interior do tubo, tornando ambos imprestáveis.
o simples e o
duplo abocardado.
Um abocardado muito curto produzirá uma junta deficiente, a qual poderá vazar ou
desligar-se; se for muito longa ela irá interferir com a devida ligação da rosca da conexão e
causará vazamento. Um abocardado torto ou inclinado é o resultado de um tubo que não
foi cortado em esquadria. Se um abocardado não for feito correctamente, as imperfeições
não podem ser corrigidas pela aplicação de um torque adicional ao aperto da conexão, é
por isso que o abocardado e a tubulação devem estar livres de rachaduras, mossas, cortes,
arranhões ou quaisquer outros defeitos.
Uma ferramenta manual de abocardar, semelhante a que foi mostrada na figura 5-13 é
usada para abocardar tubagens.
O abocardado duplo deverá ser usado nas tubagens de liga de alumínio 5052-0 e 6061-T,
para todos os tamanhos de 1/8 a 3/8 de polegada de diâmetro externo. Isto é necessário
para evitar o corte do abocardado e a falha do conjunto do tubo sob as pressões de
operação.
O duplo abocardado não é necessário em tubagens de aço. Na figura 5-14, está a ilustração
de um tubo com abocardado simples e outro com abocardado duplo.
O abocardado duplo é mais liso e mais concêntrico do que o simples e, portanto, veda
melhor e é também mais resistente ao efeito causado pelo torque.
6.6.1.5.6 Rebordar
As tubagens podem ser rebordadas com uma ferramenta manual de fazer frisos, com
máquina para fazer frisos com rolos ou com ferramentas "grip-dies". O método a ser usado
depende do diâmetro e da espessura do tubo, e do material de que ele é feito.
A ferramenta frisadora manual é usada com tubagens que têm de 1/4 a 1 polegada de
diâmetro externo. O friso é formado usando a forma de frisar com o rolo apropriado
fixado. A parte interna e a externa do tubo devem ser lubrificadas com óleo fino para
reduzir a fricção entre os rolos durante o frisamento. Os tamanhos marcados em dezasseis
avos de uma polegada nos rolos, são para os diâmetros externos dos tubos que podem ser
com rebordo ou rebordados com os rolos.
Os rolos são fornecidos separados para cada medida interna de tubo, e muito cuidado deve
ser tomado com o uso correcto das partes quando fazendo o friso. A ferramenta manual de
frisar, trabalha de modo semelhante ao da cortadora de tubo, em que o rolo é aparafusado
intermitentemente, enquanto a ferramenta de frisar vai sendo girada ao redor do tubo.
Além disso, uma pequena morsa (para manter o tubo) é fornecida com o conjunto.
Exemplos do uso do friso são mostrados na figura 5-16.
Este ponto é determinado por uma leve girada do tubo para trás e para adiante, enquanto a
porca estiver sendo apertada. Quando o tubo não mais girar, a porca está pronta para o
aperto final; c - O aperto final depende da tubulação. Para a liga de alumínio acima e,
incluindo, 1/2 polegada de diâmetro externo, apertar a porca em giros de 1/6 de volta (uma
face) de cada vez. Para as tubagens de aço e de liga de alumínio superiores a 1/2 polegada
de diâmetro externo, apertar a porca em giros de 1/6 de volta a 1/2 de volta, de cada vez.
b - A manga ou luva piloto deverá estar em contacto com o tubo, ou ter uma folga
máxima de 0.005 de polegada nos tubos de liga de alumínio, ou 0.015 de polegada
para os tubos de aço;
Sempre que se pretende montar um sistema em que empregue tubagens, precisamos de ter
alguns conhecimentos para podermos adquirir o material necessário ao nosso projecto, tais
como:
Pressões, dimensões das tubagens tipo de tubagens, ligações, etc.
Para os vários sistemas, hidráulico, combustível, de óleo e pneumático, as tubagens têm
características especiais.
A norma NP-182 normaliza o projecto de Tubagens.
6.6.1.6.2.1.1 Aplicação
Tubagens de Titânio e Ligas de Aço:
Tipo;
Data de vulcanização, ex: 2093 (2- semestre; 93- ano);
Referência da tubagem.
6.7 MOLAS
Uma mola é um dispositivo elástico e flexível que armazena energia em sua forma
potencial. Em geral, são confeccionadas em arame de aço temperado ou outros materiais
resistentes, mas, dependendo da finalidade, dispositivos confeccionados em borracha ou
plástico desempenham funções iguais à de uma mola.
Quando está isolada, uma mola permanece em equilíbrio e não possui energia potencial
armazenada. Se pressionada ou esticada, a mola reage com uma força contrária à que nela
actua. A força que actua na mola altera alguma propriedade física dela (em geral, essa
propriedade é o comprimento). Enquanto permanece comprimida ou esticada, a mola
possui energia potencial (no caso, potencial elástica) armazenada. Se a força deixa de
actuar, a mola libera energia potencial rapidamente, tendendo a voltar ao equilíbrio.
Muitos dispositivos simples com os quais lidamos em nosso dia-a-dia têm um princípio de
funcionamento semelhante ao de uma mola. Por exemplo, um “clip” ou outro dispositivo
usado para prender folhas de papel, elásticos usados para pressionar um maço de notas
(dinheiro), molas de roupa, as fisgas ou atiradeiras usadas para arremessar pequenas pedras
ou os arcos usado pelos índios. As molas, ou um conjunto delas, são utilizadas em camas,
selins de bicicleta, sistemas de amortecimento para automóveis, como equipamentos que
dentistas usam em ortodontia e outros.
A mola helicoidal é a mais usada em mecânica. Em geral, é feita de arame de aço enrolado
em forma de hélice cilíndrica ou cónica. O arame de aço pode ter secção rectangular,
circular, quadrada, etc. Em geral, a mola helicoidal é enrolada à direita. Quando a mola
helicoidal for enrolada à esquerda, o sentido da hélice deve ser indicado no desenho.
As molas helicoidais podem funcionar por compressão, por tracção ou por torsão.
A mola helicoidal de compressão é formada por espirais. Quando esta mola é comprimida
por alguma força, o espaço entre as espiras diminui, tornando menor o comprimento da
mola.
A mola helicoidal de tracção possui ganchos nas extremidades, além das espiras. Os
ganchos são também chamados de olhais.
Para a mola helicoidal de tracção desempenhar sua função, deve ser esticada, aumentando
seu comprimento. Em estado de repouso, ela volta ao seu comprimento normal.
A mola helicoidal de torsão tem dois braços de alavancas, além das espiras.
Algumas molas padronizadas são produzidas por fabricantes. Outras são executadas de
acordo com as especificações do projecto, segundo medidas proporcionais padronizadas.
Para poder ler e interpretar os desenhos técnicos de molas diversas, é necessário conhecer
suas características.
As molas de compressão são enroladas com as espiras separadas de forma que possam ser
comprimidas.
De (diâmetro externo);
Di (diâmetro interno);
d (diâmetro da secção do arame);
p (passo);
nº(número de espiras da mola).
Como se pode ver, as características da mola helicoidal de tracção são quase as mesmas da
mola de compressão. A única diferença é em relação ao comprimento. Na mola helicoidal
de tracção, H representa o comprimento total da mola, isto é, a soma do comprimento do
corpo da mola mais o comprimento dos ganchos.
A mola de tracção é enrolada com as espiras em contacto uma com a outra, de forma a
poder ser estendida.
a) De: 20 mm
b) Di: 15 mm
Características de dois tipos de molas cónicas: a primeira tem secção circular e a segunda
tem secção rectangular.
H: comprimento;
Dm: diâmetro maior da mola;
dm: diâmetro menor da mola;
p: passo;
nº: número de espiras;
d: diâmetro da secção do arame;
H: comprimento da mola;
Dm: diâmetro maior da mola;
dm: diâmetro menor da mola;
De notar que as forças que actuam sobre a mola de Torsão são perpendiculares ao seu eixo,
enquanto que nas molas de Torsão e de compressão a força segue a mesma direcção do
eixo. Seja o seguinte caso
simples,
prato,
feixe de molas e
espiral.
Esse tipo de mola é empregado somente para algumas cargas. Em geral, essa mola é fixa
numa extremidade e livre na outra. Quando sofre a acção de uma força, a mola é
flexionada em direcção oposta. Como exemplo cita-se o trampolim das piscinas.
Essa mola tem a forma de um tronco de cone com paredes de secção rectangular.
Em geral, as molas prato funcionam associadas entre si, empilhadas, formando colunas. O
arranjo das molas nas colunas depende da necessidade que se tem em vista.
Mola em espiral.
A mola em espiral tem a forma de espiral ou caracol. Em geral ela é feita de barra ou de
lâmina com secção rectangular.
A mola espiral é enrolada de tal forma que todas as espiras ficam concêntricas e
complanares. Esse tipo de mola é muito usado em relógios e brinquedos.
· normal;
· em corte;
· simplificada.
De notar que neste desenho, a mola funciona enrolada em volta de um pino com porca
sextavada. A mola está sofrendo a acção de uma força F, que reduz o seu comprimento.
Trata-se, portanto, de uma mola helicoidal de compressão, de secção circular (a), e está
desenhada em representação normal, em corte (b).
Abaixo, apresentam-se diversas figuras sobre molas e equipamentos em que são utilizadas
e sobre os materiais utilizados na produção dessas molas.
Para conservar certas propriedades das molas - elásticas, magnéticas; resistência ao calor e
à corrosão - devem usar-se aços-liga e bronze especiais ou revestimentos de protecção.
Além de 8mm de diâmetro, não são aconselháveis os aços-carbono, pois a têmpera não
chega até o núcleo.
6.7.4 APLICAÇÃO
Para se seleccionar o tipo de mola, é preciso levar em conta certos factores, como por
exemplo:
espaço ocupado,
peso e
durabilidade.
propriedades elásticas,
atritos internos ou
externo adicional (amortecimento, relações especiais entre força aplicada e
deformação).
As molas espirais (de relógios) e de prato podem ser montadas em espaços estreitos.
Molas de Torsão.
Dispositivo para prender papéis (mesmo princípio de funcionamento do clipe e da mola de roupa).
Selim de bicicleta.
A mola é um sistema mecânico único mas que pode associar-se em elementos (sistema)
capaz de assumir notáveis deformações elásticas sob a acção de forças ou momentos, e,
portanto, capazes de armazenar uma grande quantidade de energia potencial elástica. Os
elementos característicos das molas são a flecha, a rigidez e a flexibilidade.
A lei de Hook da elasticidade indica que a extensão de uma haste elástica (seu
comprimento distendido menos seu comprimento relaxado) é linearmente proporcional à
sua tensão e à força usada para esticá-la. Similarmente, a contracção (extensão negativa) é
proporcional à compressão (tensão negativa).
Flecha é a deformação sofrida pela mola sob a acção de uma determinada força, medida
na direcção da própria força. Tal conceito pode estender-se também a um elemento
elástico sujeito a um binário, mas neste caso a força é substituída por um momento
aplicado e a deformação rectilínea pelo deslocamento angular.
De acordo com a natureza e os efeitos dos elementos elásticos componentes dos sistemas
mecânicos, os coeficientes relativos de rigidez podem ser diferenciados em coeficientes
de rigidez axial, de flexão, de torsão e de deslizamento.
6.8 ROLAMENTOS
Certos objectos, tais como patins e motores eléctricos giram de modo tão fácil e
silenciosamente. Porque será?
A resposta pode ser encontrada em um mecanismo pequeno e elegante chamado
rolamento.
Os rolamentos tornaram possíveis muitas das máquinas que nós usamos todos os dias. Sem
os rolamentos, haveria que trocar frequentemente peças que se desgastariam com o atrito.
Este parágrafo, visa divulgar como os rolamentos funcionam, quais os diferentes tipos
existentes e seus usos mais comuns, além de se explorar outros usos interessantes para os
mesmos.
Quando se necessita de maior velocidade e menos atrito, a chumaceira de rolamento é a
mais adequada. Os eixos das máquinas, geralmente funcionam assentes em apoios. Quando
um eixo gira dentro de um furo, produz-se, entre a superfície do eixo e a superfície do furo,
um fenómeno chamado atrito de escorregamento.
Sempre que é necessário reduzir o atrito de escorregamento, utiliza-se um elemento
mecânico, chamado rolamento. O rolamento tem como função limitar ao máximo, as
perdas de energia em consequência do atrito.
Geralmente os rolamentos são constituídos por dois anéis concêntricos, entre os quais são
colocados elementos rolantes (esferas, rolos e agulhas).
6.8.2 FUNDAMENTOS
O conceito por detrás de um rolamento é bastante simples: as coisas rodam melhor do que
deslizam. As rodas de automóvel são como grandes rolamentos. Se se tivesse algo como
“skys”, no lugar das rodas, o carro teria muito mais dificuldade em andar nas estradas. Isto
porque quando as coisas deslizam, o atrito entre elas causa uma força que tende a deixá-las
mais lentas. Porém, se duas superfícies puderem girar uma sobre a outra, o atrito será
muito menor.
6.8.4 DIMENSÕES
Rolamentos de esferas, como mostrado abaixo, são provavelmente o tipo mais comum de
rolamento. São encontrados em todos os lugares, de patins a discos rígidos. Estes
rolamentos podem suportar tantas cargas radiais como axiais e normalmente são
encontrados onde a carga é relativamente pequena.
Uma variação deste tipo de rolamento, chamada de rolamento de agulhas, usa cilindros
de diâmetro muito pequeno. Isso permite que o rolamento se ajuste a lugares muito
apertados.
Rolamentos axiais de esferas, como o mostrado abaixo, são usados principalmente para
aplicações com baixa velocidade e pouca carga radial. Bancos de bar e plataformas
giratórias, usam este tipo de rolamento.
Os rolamentos axiais de rolos como os do tipo mostrado a seguir, podem suportar grandes
cargas axiais. Eles são normalmente encontrados em sistemas de engrenagens como
transmissões de carros e entre as carcaças e eixos giratórios. As engrenagens helicoidais
usadas na maioria das transmissões possuem dentes em ângulo – isto gera uma carga de
impulso que deve ser suportada por um rolamento.
Os rolamentos de rolos cónicos podem suportar grandes cargas radiais e grandes cargas
axiais, pelo que são os usados preferencialmente nos trens de aterragens de aeronaves com
características de acrobacia.
Vista em corte de um rolamento de rolos cilíndricos de uma fileira (esquerda) e de duas fileiras
(direita)
Existem muitos tipos de rolamentos, e cada um tem seu uso específico, incluindo
rolamentos magnéticos e rolamentos de rolos gigantes.
6.8.8 PRECISÃO
Nos casos de arranjos que necessitem de alta precisão de giro, como em fusos de máquinas
ferramentas, ou na maioria dos casos em que altas velocidades são solicitadas, deve-se
optar por rolamentos produzidos com um grau de precisão maior do que o normal.
Para casos como motores eléctricos de utensílios domésticos ou máquinas para escritório,
em que o ruído do funcionamento influencia a escolha do rolamento, são indicados
rolamentos com precisão de giro acima da normal.
Sendo assim, para as aplicações que necessitem de alta precisão de giro são apropriados os
rolamentos fixos de esferas, de esferas de contacto angular e os de rolos cilíndricos.
A rotação máxima permissível nos rolamentos varia de acordo com o tipo, da dimensão, do
tipo e material da gaiola, da carga do rolamento, do método de lubrificação, das condições
de refrigeração, da precisão interna, etc.
Para rotações acima dos limites constantes nas tabelas e lubrificados a óleo, pode-se
recomendar a utilização de características especiais para cada.
6.8.10 RIGIDEZ
Normalmente, os rolamentos têm que lidar com dois tipos de cargas: radial e axial.
“Grosso modo”, a força radial é a que se estende ou se move, de um ponto central para fora
e a força axial é a que se estende ou dissipa através de um eixo central. Dependendo de
onde os rolamentos são usados, podem aparecer cargas radiais, axiais ou uma combinação
de ambas.
Os rolamentos que suportam eixos de motores e polias estão sujeitos a cargas radiais
Coeficiente de Temperatura Ft
Temperatura do rolamento (°C) 125 150 175 200 250 300
6.8.13.4 Vida
6.8.13.5.1 Radiais
Rolamentos radiais caracterizam-se por não suportar cargas axiais e impedirem o
deslocamento no sentido transversal ao eixo.
6.8.13.5.2 Axiais
Os rolamentos axiais caracterizam-se por não poderem ser submetidos a cargas radiais e
impedem o deslocamento no sentido axial, isto é, longitudinal ao eixo.
Para cargas axiais puras leves e moderadas é indicada a utilização de rolamentos axiais de
esferas e rolamentos de esferas de quatro pontos de contacto.
É preciso também observar o sentido da carga, já que os rolamentos axiais de esferas, de
escora simples, suportam cargas axiais somente num sentido, e os rolamentos de escora
dupla são indicados para cargas que actuam em ambos os sentidos.
Cargas axiais moderadas sob altas velocidades podem ser suportadas por rolamentos axiais
de esferas de contacto angular.
Uma carga radial actuando simultaneamente a uma carga axial forma o que se costuma
chamar de carga combinada. Suportam tanto carga radial como axial e impedem o
deslocamento tanto no sentido transversal quanto no axial.
Para se saber a capacidade que um rolamento tem, de suportar cargas axiais, é preciso
conhecer o ângulo de contacto, α. Quanto maior for esse ângulo, maior será a capacidade
de carga e menor será o factor de cálculo Y para o rolamento.
Dois tipos de rolamentos são mais usados para cargas combinadas:
os rolamentos de uma ou duas carreiras de esferas de contacto angular e
os rolamentos de rolos cónicos.
6.8.13.7 Desalinhamento
Existem alguns casos onde ocorrem desalinhamentos angulares entre eixo e caixa: quando
há flexão do eixo sobre actuação de carga, quando não há concentricidade na maquinagem
dos alojamentos, quando um eixo longo é suportado por rolamentos montados em
alojamentos separados ou ainda por deficiência na instalação.
O ângulo de desalinhamento permissível difere de acordo com o tipo de rolamento e as
condições de utilização, em geral inferiores a 4’.
Para grandes desalinhamentos já previstos em projectos, devem ser seleccionados
rolamentos autoalinhantes como: rolamentos auto compensadores de esferas, rolamentos
auto compensadores de rolos e rolamentos axiais auto compensadores de rolos. Ao
contrário desses, os rolamentos rígidos podem, no máximo, suportar desalinhamentos
muito pequenos.
Para cargas puramente axiais é recomendado o uso de rolamentos axiais de esferas com
anéis de caixa esféricos e contra-placa para compensar alguns erros iniciais de alinhamento
decorrentes de maquinagem ou montagem inadequada.
Podemos considerar como cargas actuantes nos rolamentos, a massa do corpo sustentada
pelos rolamentos, a força de transmissão das correias, correntes e engrenagens, as cargas
de origem no trabalho da máquina, etc. As deformações elásticas no rolamento, caixa ou
estrutura da máquina não são consideradas, nem os momentos produzidos no rolamento
como resultado de deflexões do eixo. Alguns outros tipos de incidência de cargas não
podem ser calculados com exactidão, como vibração e choques durante o trabalho.
É muito mais fácil montar um rolamento com furo cilíndrico se ele for do tipo separável,
rolamentos de rolos cilíndricos, de agulhas ou de rolos cónicos, principalmente se forem
necessários ajustes com interferências em ambos os anéis ou se ocorrerem frequentes
montagens e desmontagens. A facilidade de montagem está no fato de que os anéis
internos destes rolamentos podem ser montados independentemente dos anéis externos.
Estes tipos de rolamentos são adequados para máquinas que tenham a instalação e a
remoção com relativa frequência, em função de inspecções periódicas.
A montagem de rolamentos com furo cónico pode ser feita directamente sobre assentos
cónicos ou em assentos cilíndricos, bastando a utilização de buchas de fixação ou de
desmontagem.
Por ocasião do projecto da máquina devemos considerar os seguintes itens:
Dilatação e contracção do eixo em função da variação de temperatura;
Facilidade de instalação e remoção do rolamento;
Desalinhamento entre anel interno e externo em função de casos com a deficiência
na instalação e flexão do eixo;
Rigidez e método de pré carga do conjunto completo relacionado à parte rotativa
inclusive o rolamento;
A posição mais apropriada para apoiar a carga.
Tabela
Disposição do rolamento Referências de
Observações
Lado fixo Lado livre aplicação
Resiste a cargas elevadas e Equipamentos de
de choque construção civil
Utilizado quando necessária
interferência nos anéis
interno e externo.
Durante a operação, a folga
axial não deve tornar-se
muito reduzida
6.9 CHUMACEIRAS
As chumaceiras de deslizamento de uma forma geral são constituídas por uma bucha
fixada num suporte. Têm aplicação variada, podendo ser usadas em máquinas pesadas ou
em equipamentos de baixa rotação, dado a sua baixa velocidade, evita um demasiado
aquecimento dos componentes expostos ao atrito.
As Buchas são corpos cilíndricos ocos que envolvem os eixos, permitindo-lhes uma
melhor rotação. As buchas são feitas de materiais macios, tais como:
Bronze e ligas de metais leves.
6.10 TRANSMISSÕES
6.10.1 TIPOS
6.10.1.1 Correias
As correias são elementos de máquina que transmitem movimento de rotação entre eixos
por intermédio das polias. As correias podem ser contínuas ou com emendas.
As polias são cilíndricas podem ser fabricadas em diversos materiais.
As correias podem ser fixadas aos eixos por meio de pressão, de chaveta ou de parafuso.
As polias são peças cilíndricas movimentadas pela rotação do eixo do motor e pelas
correias.
Uma polia é constituída por uma coroa ou face, na qual se enrola a correia. A face é ligada
a um cubo de roda mediante disco ou braços.
Os tipos de polias são determinados pela forma da superfície na qual a correia assenta. Elas
podem ser planas ou trapezoidais.
As polias planas podem apresentar dois formatos na sua superfície de contacto. Esta
superfície pode ser plana ou abaulada, tal como podemos observar nas duas figuras
seguintes.
A correia trapezoidal recebe esse nome porque a superfície na qual a correia se assenta
apresenta a forma de trapézio. As polias trapezoidais devem ser providas de rasgos (ou
canais), e são dimensionadas de acordo com o perfil padrão da correia a ser utilizada.
Além das polias para correias planas e trapezoidais, existem as polias para:
Cabos de aço;
Correntes;
Polias (ou rodas) de atrito;
Polias para correias redondas e para correias dentadas. Algumas vezes, os termos
“roda e polia” são utilizadas como sinónimos.
Fig. 250: Polia para correia e cabo de aço redondo Fig. 251: Polia para correia dentada.
6.10.1.2 Correntes
6.10.1.3 Engrenagens
As rodas de atrito são elementos de máquinas que transmitem movimento por atrito entre
dois eixos paralelos ou que se cruzam.
6.10.1.5 Roscas
Os cabos de aço são elementos de máquinas feitos de arame trefilado a frio. Inicialmente, o
arame é enrolado de modo a formar pernas. Depois, as pernas são enroladas em espirais em
torno de um elemento central, chamado núcleo ou alma.
6.10.1.7 Acoplamento:
Os sistemas de transmissão têm grande aplicação na indústria, por isso, vamos estudar
alguns elementos de máquina para transmissão através de:
Correias, correntes, engrenagens, rodas de atrito, roscas, cabos de aço.
Com estes elementos montados, os sistemas de transmissão podem transferir potência e
movimento a um outro sistema.
Nos sistemas de transmissão mais usuais, a polia condutora transmite energia e movimento
à polia conduzida. Utilizando um variador, podemos alterar as rotações entre dois eixos.
A variação da rotação de um eixo pode ser feita através: (3)
Engrenagens;
Correias;
Atrito.
Normalmente as engrenagens utilizam vários tipos de rodas dentadas, que serão objecto de
estudo pormenorizado neste capítulo.
As correias para transmitirem movimento podem utilizar a forma ou atrito. A forma dos
elementos transmissores é adequada para encaixamento desses elementos entre si. Esta
forma de transmissão é a mais usada, principalmente com os elementos chavetados, eixos-
árvore entalhados e eixos-árvore estriados.
O atrito permite uma boa centralização das peças ligadas aos eixos, não possibilitando a
transmissão de grandes esforços quanto os transmitidos pela forma.
Os principais elementos de transmissão por atrito são os elementos anelares e anilhas
estreladas. Estes elementos são constituídos por dois anéis cónicos apertados entre si e que
actuam ao mesmo tempo sobre o eixo e o cubo.
Na transmissão por polias e correias, a polia que transmite movimento e força é designada
por: Polia motora ou condutora. A polia que recebe movimento e força é designada por:
Polia movida ou conduzida.
A forma como a correia é colocada determina o sentido de rotação das polias. Assim,
temos:
Sentido de Rotação Directo:
A correia fica recta e as polias têm o mesmo sentido de rotação;
Sentido de Rotação Inverso:
A correia fica cruzada e o sentido de rotação das polias inverte-se.
Na transmissão por polias e correias para que o funcionamento seja perfeito, é necessário
obedecer alguns limites em relação:
Ao diâmetro das polias e o número de voltas pela unidade de tempo;
Para estabelecer esses limites precisamos estudar as relações de transmissão.
É normal utilizar a letra “i” para representar a relação de transmissão. Ela é a relação entre
o número de voltas das polias (n) numa unidade de tempo e os seus diâmetros.
Onde:
D1 - Diâmetro da polia menor;
D2 - Diâmetro da polia maior;
n1 - Número de rotações por minuto (rpm) da polia menor;
n2 - Número de rotações por minuto (rpm) da polia maior.
6.11 ENGRENAGENS
6.11.1 CONSTITUIÇÃO
As engrenagens podem ser definidas como rodas com dentes padronizados, que servem
para transmitir movimento e força entre dois eixos. Muitas vezes, as engrenagens são
utilizadas para variar o número de rotações e o sentido da rotação de um eixo para o outro.
Uma engrenagem pode ser constituída por vários elementos, dependendo da sua aplicação.
Assim, no caso de uma caixa de velocidades para engrenarmos uma velocidade
necessitamos de:
1 Selector de velocidades;
1 Veio selector;
1 Tirante;
1 Garfo selector;
2 Rodas dentadas;
2 Veios;
Sincronizadores.
Existem diferentes tipos de corpos de engrenagem, tal como podemos observar nas figuras
seguintes.
Fig. 263: Em forma de disco com furo Fig. 264: Em forma de disco com cubo e
central furo central
Fig. 265: Corpo com 4 furos, cubo e Fig. 266: Corpo com braço, cubo e furo
furo central. central
Os dentes são elementos mais importantes das engrenagens. As partes principais do dente
de engrenagem são:
a altura da cabeça,
a altura do pé e a raiz.
Para produzir o movimento de rotação as rodas devem estar engrenadas, ou seja, as rodas
engrenam quando os dentes de uma engrenagem se encaixam nos vãos dos dentes da outra
engrenagem.
As engrenagens trabalham em conjunto. As engrenagens de um mesmo conjunto podem ter
tamanhos diferentes. Quando um par de engrenagens tem rodas de tamanhos diferentes:
Engrenagem maior (coroa);
Engrenagem menor (pinhão).
Alumínio;
Nylon.
Fig. 273: Cónica Dentes Rectos. Fig. 274: Cónica Dentes helicoidais.
6.11.2.1.1 Parâmetros:
De: diâmetro externo;
Dp: diâmetro primitivo;
Di: diâmetro interno;
M: módulo;
Z: número de dentes;
L: largura da engrenagem.
6.11.2.2.1 Parâmetros:
Passo normal (Pn);
Passo circular (Pc);
A hélice apresenta um ângulo de inclinação (b).
6.11.3.1 Tambores
O Número de Rotação dos Tambores varia, isto é, quanto menor é o diâmetro maior
número de rotações:
n1 / n2 = D2 / D1; Ou seja:
n1x D1 = n2 x D2.
Razão de Transmissão:
O Número de Rotação dos Tambores varia na razão inversa dos seus diâmetros, ou seja,
quanto menor é o diâmetro maior as rotações, assim:
n1: RPM do Tambor Mandante;
D1: Diâmetro do Tambor Mandante;
n2: RPM do Tambor Mandado;
D2: Diâmetro do Tambor Mandado;
O Tambor Mandante está montado no veio motor, o Tambor Mandado está montado no
veio receptor.
Exercícios práticos de transmissão por Tambores
Dados:
D1 =100 mm;
n1 = 50 RPM;
D2 = 200 mm;
n2 ?
Resolução:
n1 / n2 = D2 / D1;
50 / n2 = 200 / 100;
n2 = 50 / 2;
n2 = 25 RPM.
6.11.4 CORRENTES
A transmissão por corrente é uma combinação entre transmissão por rodas dentadas e por
correias, podendo ser:
Simples;
Duplas;
Triplas; etc.
O Número de Rotação dos Tambores varia na razão inversa dos seus diâmetros e número
de dentes, ou seja:
n2 / n1 = D1 / D2= Z1 / Z2.
M = Módulo;
D = Diâmetro Primitivo;
Z = Número de Dentes.
M=D / Z;
M = p / π;
D = M x Z;
n1 / n2 = D2 / D1 = Z2 / Z1.
Os comandos de máquinas podem ser feitos por sistemas de cabos de aço, de tirantes de
aço ou por fluidos hidráulicos, o que significa que podem ser
Rígidos:
Flexíveis ou Semi-rígidos se usarem uma combinação dos dois processoa
anteriores.
6.12.1.1.1.1 Passo
O passo é definido como a distância entre dois pontos de um fio em torno da alma do cabo.
Quando a perna é construída em várias operações, os passos ficam diferentes no arame
usado em cada camada. Esta diferença causa atrito durante o uso e consequentemente,
desgasta os fios.
6.12.1.1.1.2 Identificação
São vários os elementos de identificação:
Tensão (σu);
Sentido do enrolamento (sentido dos ponteiros do relógio);
Nº de arames;
Nº de cordões;
Diâmetro máximo do cabo.
O diâmetro de um cabo de aço corresponde ao diâmetro da circunferência que o
circunscreve. Por exemplo: 7 x 19 x 8 significa:
7 Cordões;
19 Arames;
Ø 8mm.
6.12.1.1.1.3 Materiais
Os materiais devem suportar Tensões (σu) 200 a 350 kg/mm2, podendo utilizar:
Aço ao carbono;
Ligas de Aço.
A alma de cabos de aço pode ser feita de vários materiais, de acordo com a aplicação
desejada. Os mais comuns na indústria:
Alma de fibra;
Alma de algodão;
Alma de asbesto;
Alma de aço.
Alma em Fibra
É o tipo mais utilizado para cargas não muito pesadas. As fibras podem ser:
Naturais (AF) ou Artificiais (AFA).
Alma em Fibra Artificial:
Vantagens:
Não se deterioram em contacto com agentes agressivos;
São obtidas em maior quantidade;
Não absorvem humidade.
Desvantagens:
São mais caras;
São utilizadas somente em cabos especiais.
6.12.1.2.1.1 Terminais
Existem vários tipos de terminais, os mais usuais são:
Ponta roscada;
Em forquilha;
Em olhal;
Em bola de espiga simples;
Em bola de espiga dupla.
6.12.1.2.1.2 Tensores
Os tensores podem ser de 3 tipos
Rosca direita;
Rosca esquerda;
Push-pull tube.
6.12.1.2.2.1 Origem
Segundo algumas hipóteses, a roda foi inventada na Ásia, há 6000 anos, na Mesopotâmia.
Foi uma invenção de importância extraordinária, não só porque promoveu uma revolução
no campo dos transportes e da comunicação, mas também porque a roda, com diferentes
modificações, passou a fazer parte de numerosos mecanismos e contribuiu para um incrível
impulso ao progresso humano.
No início foi destinada a transporte de cargas, diminuindo o esforço humano. Nessa época
as rodas eram maciças e de madeira. Aos poucos foi se aperfeiçoando com a introdução de
furos até a origem dos raios, tornando-se mais veloz e de fácil manejo.
Com seu movimento giratório, a roda tornou-se logo parte integrante das máquinas que
auxiliam o homem a levantar pesos. O guindaste, por exemplo. No guindaste a roda mudou
de aspecto, transformando-se em uma roldana, ou seja, em uma roda estriada de modo que
uma corda pudesse correr dentro dela, dando origem à polia. Os primeiros guindastes
usados pelos gregos e pelos romanos para suspender blocos de pedras, eram formados por
traves fortes, chamadas mastros, quase sempre inclinadas. No ponto de encontro fixava-se
uma polia.
6.12.1.2.2.2 Utilização
A polia é utilizada, sobretudo para facilitar a elevação de um fardo, tornar mais fácil o
esforço de tração ou assegurar uma transmissão de movimento. É constituída de três partes:
o eixo, os braços e a calha, existindo polias maciças que não tem braços. O perfil da calha
varia de acordo com a correia que pode ser plana, cilíndrica, trapezoidal ou uma corrente.
6.12.1.2.2.3 Definição
Polia ou roldana - na indústria os termos “Roldana e Polia” têm o mesmo significado mas
o termo roldana é utilizado normalmente associado à alteração do sentido do movimento.
consta de um disco que pode girar em torno de um eixo que passa por seu centro. Além
disso, na periferia desse disco existe um sulco, denominado gola , dentro da qual trabalha
uma correia de transmissão de movimento.
IV) Na polia móvel com corda de ramos não paralelos (veja ilustração abaixo) tem-se VM
= 2.cosa , onde a é a metade do ângulo entre os ramos da corda, disso decorre F =
R/(2.cosa) e d p = 2.cosa.d r.
Na talha exponencial com uma polia fixa e duas móveis tem-se F = R/4 = R/2 2 ; com uma
fixa e três móveis tem-se F = R/8 = R/2 3 e assim sucessivamente, de modo que para n
polias móveis teremos: F = R/2 n.
III) Cadernal: Outro modo de aumentar a vantagem mecânica consiste na associação de
várias polias fixas (num único bloco) com várias polias móveis (todas num mesmo bloco).
A associação também é conhecida por moitão ou simplesmente por talha. Há várias
configurações; eis algumas:
IV) Talha diferencial: É uma combinação de uma polia móvel com duas polias fixas,
solidárias, de raios diferentes, todas ligadas por uma correia sem fim. Se as periferias das
polias são 'denteadas', a correia é substituída por uma corrente sem fim.
P = Q.(R - r)/2R
6.13.1.1.2 Protecção
Em geral, os cabos eléctricos são protegidos do ambiente por coberturas de materiais
isolantes – PVC, Polietileno Cloro Sulfurado (CSP OU HYPALON), Borracha, etc.
Nalguns casos, no entanto, é necessária protecção adicional contra agentes externos
(reforços longitudinais, reforços transversais, contra roedores, etc.). Alguns tipos de
protecções são fitas, fios, ou tranças de aço, alumínio, cobre ou bronze.
Existem cabos eléctricos unifilares e multifilares.
Os multifilares da figura seguinte, são constituídos por vários filamentos enrolados entre si.
Cabos de alta impedância ou baixa tensão são os chamados cabos RCA ou cabos coaxiais.
Este tipo de cabo é muito suscetível a interferências magnéticas, tais como as geradas por
módulos de ignição eletrônica, bombas de combustivel e cabos de alta corrente, portanto
recomenda-se que sejam posicionados o mais longe possível desses componentes.
O cabo coaxial é um tipo de cabo condutor usado para transmitir sinais. Este tipo de cabo é
constituído por diversas camadas concêntricas de condutores e isolantes, daí o nome
coaxial.
Consiste num fio de cobre rígido que forma o núcleo, envolto por um material isolante que,
por sua vez, é envolto em um condutor cilíndrico, frequentemente na forma de uma malha
entrelaçada. O condutor externo é coberto por uma capa plástica protectora, que o protege
contra o fenómeno da indução, causada por interferências eléctricas ou magnéticas.
Este meio permite transmissões até frequências muito elevadas e isto para longas
distâncias.
A construção e protecção do cabo coaxial dão uma boa combinação de largura de banda e
excelente imunidade ao ruído.
Este cabo tem uma cobertura plástica protectora extra que ajuda a manter a humidade
longe do centro condutor. Isso torna o cabo coaxial grosso uma boa escolha quando se
utiliza grandes comprimentos. Durante a instalação, o cabo não necessita ser cortado pois o
conector (vampire tap) perfura-o. A impedância utilizada nesta modalidade de transmissão
é de 75 Ohms. Seu diâmetro externo é de aproximadamente 0,4 polegadas ou 9,8 mm.
6.13.1.2.1.1 Vantagens:
6.13.1.2.1.1.1 Desvantagens:
• Difícil instalação
6.13.1.2.3 Vantagens:
• É maleável;
• Fácil de instalar;
• Sofre menos reflexões do que o cabo coaxial grosso, possuindo maior imunidade
a ruídos electromagnéticos de baixa frequência.
Dado que a blindagem do cabo é parte do circuito do sinal, a terra pode introduzir ruído.
Uma segunda blindagem resolve o problema, representando, no entanto um custo
adicional.
Existem vários tipos de fichas para aplicar nos cabos coaxiais. Na figura 311, é dado o
exemplo de uma ficha de ligação fácil e rápida, para fazer ligações em diferentes tipos de
equipamentos.
6.13.1.5.2.1 Terminais
Os terminais são ligadores fixos aos fios por soldadura e outros de simples aperto por um
alicate especial.
7 ANEXOS
7.1.1 METAMATERIAIS
A tecnologia obviamente atiça os entusiastas de Harry Potter, mas por sua aplicação mais
ampla será na área militar.
Mantos de invisibilidade
Embora funciona como uma lente, controlando a direcção dos raios de luz que o
atravessam, o metamaterial holográfico não se parece em nada com uma lente
convencional. [Imagem: Stephane Larouche]
Meta-holograma
Menos de uma semana depois do anúncio de que os metamateriais podem ser usados para
criar ferramentas opticamente activas, manipulando a luz de uma forma inédita, esses
materiais sintéticos voltam às manchetes com outra inovação de peso.
Stéphane Larouche e seus colegas da Universidade Duke, nos Estados Unidos, criaram
hologramas similares aos usados em cartões de crédito e selos de identificação de produtos,
funcionais no comprimento de onda infravermelho.
Enquanto a óptica passou séculos limitada a lentes e espelhos que pouco mais conseguiam
do que fazer a luz fazer curvas de 90 graus, agora é possível dizer que os cientistas estão
muito próximos de serem capazes de literalmente manipular a luz à vontade.
O metamaterial holográfico, embora funciona como uma lente, controlando a direcção dos
raios de luz que o atravessam, não se parece em nada com uma lente convencional.
Ele é feito com pequenas tiras de silício, sobre as quais são estampadas figuras geométricas
feitas de metal, formando uma estrutura periódica.
Como essas figuras metálicas podem ser dispostas em qualquer formato, dependendo das
propriedades ópticas desejadas, a capacidade de manipulação da luz do novo metamaterial
praticamente não tem limites.
"Além dos hologramas, a técnica que desenvolvemos pode ser estendida facilmente para
uma enorme variedade de dispositivos ópticos," resume Larouche. "Nós acreditamos que
praticamente qualquer dispositivo óptico possa se tornar mais eficiente usando esta nova
abordagem."
Plástico morfológico
Existem plásticos dos mais diversos tipos, de totalmente flexíveis e muito rígidos,
de totalmente transparentes a totalmente opacos.
Mas, uma vez fabricados, eles ficarão com suas características próprias até o fim
dos seus dias.
"Nós inventamos uma técnica que é capaz de gerar dinamicamente uma rica
variedade de padrões, com vários formatos e tamanhos, em grandes área s de
plásticos macios ou polímeros," disse o professor Xuanhe Zhao, da Universidade
de Duke, nos Estados Unidos.
Pisos e luvas
Isto permitirá, por exemplo, a construção de pisos para veículos, que fiquem lisos
para facilitar a colocação das cargas, e depois passem a apres entar uma rugosidade,
para impedir que a carga escorregue e se desloque durante a viagem.
Nano-qualquer coisa
A impressão de objectos 3-D promete mudar a feição do sector industrial, com a chamada
fabricação aditiva, além de permitir que cada pessoa tenha sua própria fábrica doméstica.
Se a capacidade dessas impressoras 3-D já era suficiente para a maioria dos casos, como na
geração de protótipos e modelos, agora ela ficou ainda melhor, atingindo uma precisão na
faixa dos manómetros.
A impressora de alta resolução constrói os objectos usando uma resina líquida, que é
endurecida nos pontos precisos por um feixe de laser altamente focalizado. O ponto focal
do laser é guiado ao longo da resina por espelhos móveis.
A resolução é tão elevada que se torna possível a construção de peças de alta complexidade
que não são maiores do que um grão de areia.
A nova impressora 3-D também é muito rápida: "Até agora, a técnica usada era muito
lenta. Costuma-se medir a velocidade de impressão em milímetros por segundo. Nosso
equipamento pode fazer cinco metros em um segundo," garante o professor Jurgen
Stampfl.
E não se trata apenas de uma maravilha mecânica: a chamada técnica da litografia de dois
fotões exigiu o desenvolvimento de uma resina especial.
"A resina contém moléculas que são activadas pelo laser. Elas induzem uma reacção em
cadeia em outros componentes da resina, os monómeros, e os solidificam," conta Jan
Torgersen, que ajudou a criar o aparelho.
Isto também permite a criação de material sólido em qualquer parte da resina líquida, e não
apenas na última camada depositada. Assim, a última camada aplicada não precisa ser
preparada para a aplicação da próxima, o que ajuda a acelerar o processo.
O potencial deste equipamento é tão grande que já foi lançada até uma impressora 3-D
"open-source". [Imagem: Tuwien]
Impressoras 3D
O potencial desse equipamento é tão grande que já foi lançada até uma impressora,
criada com o objectivo de permitir que qualquer pessoa tenha sua própria fábrica em
casa.
Mini-impressora 3D
A novidade mais recente na área é uma mini-impressora 3D, criada por dois
engenheiros da Universidade de Viena, na Áustria.
Fabricação aditiva
7.1.3 NOMÁQUINAS
O nanocarro eléctrico anda "mais ou menos em linha recta" e ainda não possui marcha-a-
trás. [Imagem: Empa]
A novidade é que, desta vez, eles parecem ter embarcado na tendência dos
"macrocarros", e criaram um nanocarro eléctrico.
Sem marcha-a-trás
A grande dificuldade é que cada uma das moléculas-motores gira apenas meia volta
quando recebe sua carga de electrões.
A grande dificuldade é que cada uma das moléculas-motores gira apenas meia volta
quando recebe sua carga de electrões. [Imagem: Kudernac et al./Nature]
Nanocarro eléctrico
Para fazê-lo andar é necessário aplicar uma tensão de 500 mV sobre cada motor,
usando a finíssima ponta de um microscópio electrónico.
Isto faz com que os electrões façam um túnel através da molécula, induzindo uma
alteração estrutural reversível.
Os cientistas conseguiram fazer com que seu nanocarro eléctrico andasse por uma
distância de seis manómetros.
O rotor do motor é uma molécula de antraceno, cujas extremidades estão apoiadas sobre
duas moléculas etinil e ligadas a dois eléctrodos. [Imagem: Seldenthuis et al./Nano]
Motores moleculares
Vários tipos de motores moleculares - e até mesmo nanocarros - têm sido propostos e
foram efectivamente construídos nos últimos anos.
Embora o uso da luz como fonte do movimento possa parecer uma solução mais
elegante, as moléculas que formam esses motores geralmente são muito menores do
que o comprimento de onda da luz mais facilmente utilizável.
Momento bipolar
Quando uma corrente alternada é aplicada a este terceiro eléctrodo, gera -se um campo
eléctrico oscilante, que faz o rotor girar.
Química quântica
7.1.4 NANOROBOTS
O robô, com menos de 1 cm de comprimento, será formado por células vivas "domadas"
com técnicas da engenharia genética e biologia sintética. [Imagem: UCSF/Cyperplasm]
Robot biológico
A palavra robot suscita a lembrança de algo meio mecânico, meio electrónico, mas
essencialmente algo metálico, duro.
Não é o que pretende uma equipe formada por especialistas de pelo menos cinco
universidades europeias.
No longo prazo, porém, a ideia é que esses biorrobots sejam usados para identificar
doenças dentro do corpo humano.
Biorrobot
A lampreia-do-mar foi o animal escolhido como inspiração para o bio-robot que está sendo
projectado para entrar no corpo humano em busca de doenças. [Imagem: U.S. Fish and
Wildlife Service]
A lampreia do mar tem um sistema nervoso muito primitivo, que é mais fácil de imitar do
que sistemas nervosos mais sofisticados.
E ela se movimenta nadando, o que os cientistas acreditam ser a melhor opção para um
bio-robot que pretende entrar corpo humano adentro.
Vida artificial
Esses sinais serão processados por um "cérebro electrónico - este sim, electrónico mesmo,
baseado em semicondutores comuns - que, por sua vez, irá gerar os sinais eléctricos que
controlarão as células musculares para que elas utilizem a glicose para obter energia.
Nanomedicina
Essas resinas poderão ser usadas para criar estruturas de suporte, os chamados andaimes ou
matrizes extra celulares, nos quais células vivas poderão se agarrar e crescer, facilitando a
criação de tecidos biológicos artificiais.
7.1.5 NANOTUBOS
Separação de nanotubos
Nanotubos de carbono parecem ser úteis para qualquer coisa, de aparelhos dobráv eis, e
peles artificiais super-sensíveis, até elevadores espaciais.
Os nanotubos metálicos, por exemplo, são ideais para fios e eléctrodos para baterias,
enquanto os nanotubos semicondutores são excelentes como material activo para
transístores electrónicos e células solares.
Sujeira útil
Agora, a Dra. Zhenan Bao e seu grupo da Universidade de Stanford, nos Estados
Unidos, descobriram uma forma simples e rápida de separar os nanotubos.
Já se havia tentado esta técnica antes, mas ela tropeçava na dificuldade para remover o
polímero, deixando os nanotubos semicondutores limpos de novo.
O polímero usado pelo Dra. Bao não precisa ser removido. O produto final é uma tinta,
que pode ser usada directamente na fabricação de componentes electrónicos de
imprimir.
"Nosso processo simples, em uma única etapa, nos permite construir componentes úteis
muito facilmente," disse a Dra. Bao.
O que sobra do processo é um conjunto puro de nanotubos metálicos, que poderão ser
usados sobretudo na criação de eléctrodos mais eficientes para baterias recarregáveis.
Pelo menos esta última promessa agora está mais próxima da realidade.
Yao Zhao e seus colegas da Universidade de Rice, nos Estados Unidos, construíram o
primeiro cabo de transmissão de energia feito inteiramente de nanotubos de carbono.
Condutividade específica
Embora longe das possibilidades teóricas de um cabo feito com nanotubos de carbono
perfeitos, o protótipo criado pelos cientistas apresenta a mesma eficiência de um cabo
de cobre da mesma espessura - mas pesa 6 vezes menos.
Mesmo havendo muito espaço para melhorias, isto torna o cabo de nanotubos adequado
para várias aplicações onde o peso é um elemento importante, como no interior de
carros, aviões e satélites artificiais.
Dispositivo utilizado para avaliar a resistência dos nanotubos. Em baixo as imagens por
microscopia electrónica dos nanotubos de carbono colocados sobre ranhuras do chip
mostrado no alto.[Imagem: Chang et al./ACS]
Mas uma nova medição promete dar um novo ímpeto ao uso dos nanotubos de carbono
como material estrutural, que já foram apontados até mesmo como os candidatos mais
promissores para a construção dos elevadores espaciais.
Stephen Cronin e seus colegas descobriram que os nanotubos de carbono são muito
mais fortes do que se pensava até agora - pelo menos 117 vezes mais resistentes do que
o aço e 30 vezes mais fortes do que o Kevlar®, o material actualmente usado para a
construção de coletes à prova de balas.
Estes resultados são mais do que o dobro verificado nas medições anteriores.
Eles descobriram que os nanotubos podem ser esticados em até 14 por cento do seu
comprimento normal sem se quebrar - isto também é mais do que o dobro do resultado
verificado nas medições anteriores.
A descoberta estabelece "um novo limite inferior para a resistência à tracção dos
nanotubos de carbono," dizem os pesquisadores em seu artigo, ressaltando que é
Mesmo antes desses resultados, os nanotubos de carbono já eram reconhecidos pela sua
força excepcional, alta condutividade eléctrica e várias outras propriedades.
Isso os tem colocado como candidatos para uma grande variedade de aplicações
futurísticas, até mesmo como o material para a construção dos cabos de "elevadores
espaciais", que aposentariam os foguetes, colocando cargas em órbita da mesma forma
que alguém hoje sobe do térreo para o último andar de um edifício
Há algum tempo precisei estudar química de forma um tanto aprofundada e, para isso, tive
também de aprender a ter entusiasmo por essa ciência, o que não é difícil. Como se
costuma dizer, a química é a disciplina que permite observar a intimidade da matéria.
Naquela época, tive contacto com um interessante texto sobre os avanços realizados nas
pesquisas com o grafeno. De lá pra cá, são noticiadas com grande frequência descobertas
promissoras para o uso do material. Recaem sobre ele as esperanças de uma nova
revolução no desenvolvimento de chips e de diversos outros componentes electrónicos.
Para quem não foi apresentado ao grafeno, permita-me apresentá-lo. Trata-se de uma
estrutura de carbono (forma alotrópica) arranjada como uma rede de anéis benzênicos
congruentes e com apenas um átomo de espessura. É o empilhamento de incontáveis
lâminas de grafeno aderidas que forma o grafite. Se você continua sem saber de que raios
estou falando, nada melhor do que uma imagem para completar a explicação.
O grafeno faz parte de uma nova leva de materiais, advindos de descobertas recentes em
compostos orgânicos. Uma delas foi a buckyball, “apelido” dado ao fulereno, que é
constituída por anéis de benzeno (esses hexágonos acima) arranjados na forma de uma bola
clássica de futebol. Outras dessas formas são os nanotubos, que são tubos formados pelo
“enrolamento” dessa rede e que são tão finos a ponto de serem considerados linhas
unidimensionais, tendo em vista a espessura desprezível, ao mesmo tempo em que
incrivelmente resistentes. Nanotubos são hoje empregados em várias pesquisas de
vanguarda na área médica.
Devido à forma única como os electrões viajam pela malha do grafeno, chips construídos
com tais transístores poderão trabalhar em frequências acima de 500Ghz. Talvez, a essa
altura, estejamos a caminho dos Terahertz e com chips tão miniaturizados que poderão
equipar até mesmo "smartphones". Mas não jogue o seu novo queridinho com nVidia
Tegra 2 no lixo agora. Muita coisa ainda precisa ser trabalhada até lá.
Nanotubo de carbono
Voltando à realidade, pesquisas com novos materiais serão a única saída para dar
continuidade aos avanços na construção de chips e de circuitos integrados. Um limite
mínimo de 0.02 mícrones é previsto para as dimensões dos transístores baseados em silício
e… bem, os chips actuais já estão chegando aos 0.032 mícrones. Ou seja, o limite está bem
Outro emprego interessante para o grafeno ou para associações de materiais nele baseadas
está na construção de telas sensíveis ao toque maleáveis e super resistentes, tendo em vista
que, quando associadas ao grafeno, lâminas de materiais isolantes passam, também, a
apresentar condutividade eléctrica. Telas de captação de energia solar também poderão ser
mais eficientes e flexíveis. No vídeo abaixo podemos ver uma previsão “futurística” do
grafeno empregado em tecnologias de uso diário.
Enfim, não se podem definir ao certo as aplicações que irão surgir com o emprego dos
novos materiais. Tudo o que temos, por enquanto, consiste basicamente em possibilidades
muito promissoras. É esperar para ver.
Tabela de Densidade
Platina 21,40
Ouro 19,30
Chumbo 11,30
Prata 10,50
Cobre 8,92
Níquel 8,90
Ferro 7,90
Crómio 7,10
Zinco 7,10
Titânio 4,50
Carbono 3,50
Alumínio 2,70
Boro 2,40
Enxofre 2,06
Magnésio 1,75
Tabela de Fusibilidade
Carbono 3.500
Boro 2.300
Crómio 1.920
Platina 1.770
Titânio 1.725
Ferro 1.535
Níquel 1.450
Cobre 1.083
Ouro 1.063
Prata 960
Alumínio 660
Magnésio 650
Zinco 419
Chumbo 327
Enxofre 115
Magnési
Liga Cobre Silício Ferro Zinco Outros Alumínio
o
0,10 0,15 0,7 Ag;
201.0 4,6 0,35 - Restante
máx. máx. 0,35 Mn
0,10 0,15 0,7 Ag; 0,4 Cr;
202.0 4,6 0,35 - Restante
máx. máx. 0,5 Mn
1,5 Ni;
0,25 Mn; 0,25
0,10 0,30 0,50
203.0 5,0 - Sb; Restante
máx. máx. máx.
0,25 Co; 0,20 Zr;
0,20 Ti
0,20 0,35
204.0 4,6 0,25 - - Restante
máx. máx.
0,10 0,15
206.0 4,6 0,25 - 0,35 Mn Restante
máx. máx.
0,10
208.0 4,0 3,0 1,2 máx. 1,0 máx. - Restante
máx.
0,10
213.0 7,0 2,0 1,2 máx. 2,5 máx. - Restante
máx.
Tabela 2: Ligas Al-Cu – Fundidas (% em massa).
Limite de Limite de
Alongamento
Liga resistência escoamento Dureza Brinell
(%) em 50mm
(MPa) (MPa)
201.0 (T6) 448 379 8,0 130
Tabel
a 3: Rosca Sistema Inglês.