Reversibilidade dos grandes desastres ambientais no Brasil
Realizada em 1972, na Suécia, a conferência de Estocolmo, é referência e
pioneira quando se fala de ecodesenvolvimento, termo usado na época para se referir ao desenvolvimento sustentável. Porém foi só 13 anos depois, após o discurso da então primeira-ministra da Noruega, Gru Harlem Brundtland, no lançamento do documento nomeado “Nosso Futuro Comum”, mais conhecido como Relatório Brundtland, que a consagração da definição de desenvolvimento sustentável veio sendo “a forma como as atuais gerações satisfazem as suas necessidades sem, no entanto, comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades.” No Brasil, além dos órgãos ou entidades municipais e estaduais, temos os órgãos principais que cuidam da proteção do meio ambiente, que são o MMA (Ministério do Meio Ambiente) e seus órgãos executores, o ICMBio e o Ibama. Mas mesmo com todos essas organizações ligadas ao desenvolvimento sustentável, ocorrem desastres ambientais no Brasil, deixando consequências, que por mais complicadas que pareçam nunca são irreversíveis. Como referência de casos não irreversíveis, temos Cubatão, uma cidade industrial do interior de São Paulo, que na década de 80 foi considerada pela ONU a cidade mais poluída do mundo, pela liberação de gases tóxicos pelas indústrias petroquímicas da região. Hoje em dia, Cubatão celebra por ter diminuído 98,9% das taxas de emissões poluentes em comparação a 1983, ano em que se começou o investimento de mais de 1 bilhão de dólares em um projeto de recuperação ambiental. Essa diminuição da poluição é inversamente proporcional ao aumento da produção industrial de 39%, uma prova do desenvolvimento sustentável bem-sucedido. A fim de que os problemas supracitados sejam resolvidos, é necessária uma fiscalização imediata e eficiente das organizações governamentais responsáveis ao processo do desenvolvimento sustentável, intervenções rápidas quando estruturas apresentarem falhas como a Barragem de Brumadinho, rompida recentemente em 2019. Todas e outras medidas devem ser executadas, para se prevenir riscos à fauna e flora da região, e acima de tudo, prevenir mortes que são desnecessárias diante de tantos órgãos competentes sobre o tema.