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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS

DIREITO/ 2º SEMESTRE

A ERA DOS DIREITOS – NORBERTO BOBBIO


(INTRODUÇÃO)

ITABUNA – BA
2010
Cátia Cirlene Neves Carneiro
Clívia Oliveira dos Reis
Fredson José Ferreira
Elisângela Ferreira Matos Leal
Elizângela Maria Vieira
Jamille Monteiro de Oliveira

A ERA DOS DIREITOS – NORBERTO BOBBIO


(INTRODUÇÃO)

Trabalho apresentado a
professora Valéria Ettinger, da
disciplina de Direito
Constitucional I, da II unidade,
do II semestre do curso de
bacharelado em Direito.

ITABUNA – BA
2010
O livro “A era dos direitos” é a reunião de 11 artigos elaborados por
Norberto Bobbio para apresentação em seminários ao longo de sua
carreira, abordando o tema dos direitos do homem, e temas secundários,
mas de grande relevância e de grande relação com os direitos
fundamentais humanos, os quais são a base das Constituições
democráticas modernas. Segundo Bobbio, “o problema fundamental em
relação aos direitos do homem, hoje, não é tanto o de justificá-los, mas o de
protegê-los”.
Para alçar o nível de Estado democrático de direito, tem-se que
passar por um processo de democratização do sistema internacionalmente,
para que se possa alcançar o ideal de “paz perpétua” no sentido kantiano
da expressão, diz o autor. Pois não se pode avançar sem uma gradativa
ampliação do reconhecimento e proteção dos direitos do homem, acima de
cada Estado.
Direitos do homem, democracia e paz são três elementos intrínsecos
para um Estado democrático de direito. Esse elo se dá pela
complementação, ou seja, esses elementos se completam. Sem direitos do
homem, não há democracia; Sem democracia, não há paz. Pois sendo os
direitos naturais de origem histórica, e nasceram no início da modernidade,
juntamente com a concepção individualista da sociedade e tornan-se um
dos principais indicadores do progresso histórico e através do processo
gradativo de diferenciação e especificação dos interesses os direitos do
homem se ampliaram e o homem passou a fortalecer o reconhecimento e a
proteção dos seus próprios direitos.
Para Kant uma paz duradoura só seria possível com o
estabelecimento de um poder comum, de modo a fazer surgir um
ordenamento cosmopolita de segurança pública. “ideia racional de uma
comunidade universal pacífica, ainda que não amigável, de todas as nações
da Terra que possam entreter relações que as afetam mutuamente, não é
um princípio filantrópico (ético), mas um princípio jurídico” (KANT, 2003, p.
162). Partindo da premissa de que todas as nações estão conjuntamente
limitadas à ocupação de um planeta esférico e, portanto, finito.
Além do tema central que é os direitos do homem, a obra ainda
aborda alguns temas particulares, que se relacionam mais ou menos
diretamente com o tema principal, são eles: Resistência à Opressão que
segundo Bobbio “a resistência compreende todo comportamento de ruptura
contra a ordem constituída, que ponha em crise (...) mas não
necessariamente em questão”. Já a contestação é compreendida como “um
comportamento de ruptura, a uma atitude de crítica que põe em questão a
ordem constituída sem necessariamente pô-la em crise”.
Contra a Pena de Morte e O Debate Atual sobre a Pena de Morte; o
Estado não deve em momento algum se manifestar correspondendo os
mesmos sentidos e sentimentos dos indivíduos, contrapondo-se assim, aos
direitos humanos, sabemos que o individuo, em determinados momentos.
Para a qual Bobbio levanta indagações e tenta dar algumas respostas
lançando a seguinte questão: “Porque o indivíduo tem o direito de matar em
legítima defesa e a coletividade não o tem”? Resposta: "A coletividade não
tem esse direito porque a legítima defesa nasce e se justifica somente
enquanto resposta imediata, enquanto que a pena de morte aplicada pelo
Estado é mediada e planejada a sangue frio".
As Razões da Tolerância; atualmente as grandes dificuldades que
giram em torno do preconceito e da discriminação são explicitas. Os
preconceitos e discriminações são sempre referentes aos mesmos gêneros,
sendo eles: sexo, cor, idade, raça, orientação sexual, físico, cultural e social.
A tolerância é um meio que visa amenizar esta situação, pois é
inegável que pensamentos diferentes sempre existirão, cada um na
perspectiva do seu horizonte. Para Bobbio, útil para o mundo jurídico é
aquela que “não se baseia na renuncia à própria verdade, ou na indiferença
frente a qualquer forma de verdade. Creio firmemente em minha verdade,
mas penso que devo obedecer a um princípio moral absoluto: o respeito à
pessoa alheia”.

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