Você está na página 1de 7

CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

SEMESTRE 2020.2

HAYANNE FERNANDA DA SILVA SANTOS


JESSICA PEREIRA RAMOS
JULIANA MÁRCIA DA SILVA
JUSSARA GOMES SILVA

As contribuições da Psicologia para Administração:


Como fatores como Inteligência Emocional e a Comunicação podem
impulsionar o papel do gestor e interferir no desempenho da organização.

SALGUEIRO-PE
2021
HAYANNE FERNANDA DA SILVA SANTOS
JESSICA PEREIRA RAMOS
JULIANA MARCIA DA SILVA
JUSSARA GOMES SILVA

Trabalho apresentado à disciplina de Psicologia ,


referente ao 2° Verificação de Aprendizagem do
Semestre 2020.2, do curso de Bacharelado em
Administração da Universidade de Pernambuco, Campus
Salgueiro-PE.
Prof. Tatyane Veras de Queiroz Ferreira da Cruz

SALGUEIRO - PE
2021
A Psicologia é um ramo que pode se desdobrar em algumas áreas. A que vai se deter
tratar das relações entre grupos em uma organização é a Psicologia Organizacional, esta nem
sempre teve o enfoque tal qual estudamos hoje, antes de se tornar organizacional, era
nomeada como psicologia industrial. (...)Nesse período, foram feitas pesquisas sobre as
condições de trabalho, buscando compreender modos de eficiência e melhor desempenho, e
eram feitos por psicólogos experimentais. (SENA; SILVA & BRAZ, 2004 apud ZENI &
TESTON, 2014, p 26)
Ao longo do tempo o foco deixou de ser os benefícios da empresa, e se voltou ao
corpo de trabalhadores, atribuindo ao psicólogo o acompanhamento desses, bem como ajudar
na resolução de conflitos, recrutamento e seleção de pessoas. Desse modo, conceitos como
Inteligência emocional, a comunicação, trabalho em equipe ou grupos, motivação, liderança e
feedback são uma das pautas abordadas por um psicólogo no ambiente dinâmico de trabalho.
Outrossim, em relação ao desempenho do gestor, através de estudos mais atuais, com base em
teorias comportamentais na administração, se deduziu que a Inteligência emocional (QE) tem
um maior alcance positivo em por exemplo; tomadas de decisões, testes de habilidades em
grupos, eficiência dentre outros aspectos de suma valia no âmbito corporativo, do que a
Inteligência (QI).
Hoje um dos aspectos importantes a serem trabalhados é como administramos a
nossas emoções e sentimentos e a partir daí entendermos os dos outros, e é do que se trata a
Inteligência Emocional que pode ter grande peso no sucesso, não só no mercado de trabalho,
pois trata de habilidades de conhecer os indivíduos, sendo peça chave para um melhor
desempenho no trabalho em equipe e assertividade em liderança. Uma definição trazida por
Goleman (1995) é:

A inteligência emocional envolve processos como motivar a si mesmo e persistir


mesmo diante das frustrações; controlar impulsos, canalizar emoções para situações
apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar outras pessoas, auxiliando-as
a explorar seus melhores talentos e conseguir engajamento delas para objetivos de
interesses comuns.

Esta é importante porque pode nos trazer vantagens no controle de ansiedade e


estresse, melhorando o relacionamento interpessoal; ora não é possível estar bem o tempo
todo, todos os dias da vida, e essa percepção de si é vultosa no processo de decidir quando se
posicionar e quando aquietar-se, bem como na resolução, negociação e soluções de conflitos.
Mesclando entre o agir e o desacelerar.
Segundo a ótica de alguns autores, temos a divisão desse conceito, em Inteligência
interpessoal que é a “habilidade de lidar com outras pessoas, capacidade de entender o que
motiva essas pessoas, como elas trabalham, como trabalhar em cooperação com elas” (…) E
da Inteligência Intrapessoal, além do autoconhecimento é a habilidade de administrar
sentimentos e emoções em favor dos seus projetos. (TEIXEIRA, 2013 p.106). Por meio dessa
habilidade será possível lidar com maior clareza com situações adversas, críticas, pressões até
sobre si mesmo, e voltar-se ao equilíbrio, o que chamamos de resiliência. Essa é uma
vantagem que um líder preparado deve desenvolver ou fortalecer.
Um outro fator importantíssimo que a psicologia estuda são as relações de
comunicação, segundo Soto (2002) o indivíduo vai se moldando e evoluindo em relação ao
ambiente em que se vive, para ele se o indivíduo estiver uma em uma organização que o
clima organizacional entre os colaboradores é favorável, a chance das atividades que serão
exercidas darem erradas são praticamente nulas, pois o ambiente harmônico faz com os
colaboradores exerçam suas atividades com mais competência. A comunicação é primordial,
ter boas relações, saber se comunicar de forma que o outro se sinta acolhido é um fator que
se soma à vida pessoal tanto como na profissional. CHIAVENATTO (1979) Descreve que a
comunicação é primordial para as coordenações do grupo, para ele o sucesso de um bom líder
está pautado nas condições de comunicação. Ou seja, a comunicação é o ponto central para ter
uma boa interação no ambiente de trabalho, e na resolução de conflitos, por isso é considerada
pilar para se ter sucesso nas organizações. Quando se mantém um ambiente de trabalho
pautado em conversas, trocas de informações de forma sadia, o sucesso nas atividades
desenvolvidas é certo, a prova disso é o fato da boa comunicação está sendo exigida pelas
empresas no momento de recrutamento. Importante salientar que um ambiente onde a
comunicação não é feita de forma clara, e objetiva, nota-se um maior índice da existência de
conflitos entre os subordinados. É preciso ser um líder que exerça uma boa fala, que tenha
capacidade de saber lidar com diferentes situações e assim obter o melhor resultado.
Para BOBENRIETH (1971) a comunicação é um meio que une ideias, sentimentos, é
uma forma de transferência de informações, o leque primordial da comunicação é usar a
melhor forma de passar a mensagem para que os receptores possam conduzir o que é imposto,
é preciso ser um bom comunicador para exercer esse papel. É preciso saber conduzir a
comunicação, tentar ao máximo que fatores externos à organização não interfiram nesse
processo. Muitas vezes a comunicação é abalada por muitos trazerem sentimentos externos
não positivos, o que pode ocasionar conflitos e consequentemente a produtividade é
prejudicada.
Irio Vaz descreve que o clima organizacional é o adubo para florescer, se bem
adubado as sementes florescem, se mal adubado nada floresce, apenas inços ou matos, esse
pensamento retrata o que pode acontecer no ambiente organizacional caso esteja vivenciando
momentos não agradáveis a organização. Alguns estudiosos relatam que a produtividade está
atrelada às boas condições de trabalho e, os fatores psicológicos podem afetar a capacidade
dos colaboradores de exercer suas atividades com maestria.
Na prática, com a modernidade, as exigências a curto prazo, fatores internos e
externos cada vez mais complexos e urgentes, a comunicação vem sendo afetada. Para
amenizar esses problemas é preciso ser um líder bastante competente, que saiba acolher seus
subordinados, é preciso ser criativo e estar inovando. Atualmente as pessoas vivem com os
nervos aflorados, um bom líder buscaria uma alternativa para romper esse paradigma, as
organizações devem buscar momentos de troca com seus colaboradores, atualmente a
musicoterapia é um exemplo de momento diferenciado que pode ser agregado ao ambiente de
trabalho, onde irá favorecer a comunicação intra e interpessoal,e consequentemente promove
a saúde de todos os membros, estimulando um melhor resultado dentro da empresa e até
mesmo fora desta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOBENRIETH, M.A. Comunicação no hospital. Rev. Paul. Hosp. v. 19, n. 5, p. 23-


9, 1971.

Bohrer, Luiz Carlos Teixeira. Psicologia do trabalho.Santa Maria: UFSM, CTISM,


Rede e-Tec Brasil, 2013.p. 70-72

CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração. São Paulo, McGraw-Hill, 1979.


FIEDLER, F.E.; CHEMERS, M.W. Liderança, e administração eficaz. São Paulo,
Pioneira/EI.USP, 1981.

SOTO, Eduardo. Comportamento Organizacional: o impacto das emoções/


Eduardo Soto; tradução técnica de Jean Pierre Marras. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning,2002.

Teston, Sayonara de Fátima. Zeni, Carla Andreza. A VISÃO DOS GESTORES DE


EMPRESAS DE CHAPECÓ SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DO PSICÓLOGO PARA
AS ORGANIZAÇÕES. Unoesc &Amp; Ciência - ACBS, Santa Catarina,v. 5 n. 1. p
25–32. 03 jul. 2017.
Recuperado de https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/acbs/article/view/3654

Você também pode gostar