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Isso significa que, quando você sentar para escrever a sua rubrica, você não deve
ter uma descrição seca e fria (a não ser que, claro, seja esse o tom que você queria
transmitir). Ao mesmo tempo, você não pode escrever nada que não é filmável,
ou seja, não deve usar metáforas ou simbolismos: como o diretor vai filmar que
“Ana se sente desolada”, por exemplo? É claro que, vez ou outra, não faz mal
usar uma metáfora aqui e ali para ajudar a construir o tom do seu projeto mas, em
geral, você deve prezar por uma escrita técnica: não é relatar o que acontece de
maneira seca, mas é descrever as ações da sua narrativa de maneira que você
mantenha o leitor virando páginas, de maneira legível.
Apresentação de personagem:
Uma descrição de poucas linhas do seu personagem principal. Aqui é o único
momento em que há carta branca para metáforas, já que você está dando uma
instrução para o ator. O nome deve estar em caixa alta, você também indica idade
e fala um pouco do psicológico do personagem.
Notas: você pode indicar uma nota no seu roteiro toda vez que você quiser dar
uma instrução de leitura. Por exemplo:
NOTA: Todas as falas de Ana serão em francês legendadas
em português.