israelitas a considerarem duas pessoas importantes em seu passado – Moisés e Elias. Malaquias lhes ordena relembrarem as leis de Moisés. Ao fazerem isso, eles teriam a sua atenção voltada para a Criação, o Sábado, o Santuário e a Páscoa. Todos esses símbolos revelam a Deus como o único digno de adoração, honra e obediência. O simbolismo dentro de cada uma dessas festividades ou ensinamentos apontava para a salvação planejada, mas ainda a ser realizada. Elias representou a voz profética contra a idolatria. O Antigo Testamento está repleto de profetas convidando Israel para retornar. Israel deveria adorar somente a Deus, abandonando todos os outros deuses (falsos). Eles eram o povo escolhido de Deus, um povo que deveria encorajar as outras pessoas a adorarem ao Criador e Salvador. Malaquias profetizou que Elias viria outra vez para fazer o coração do povo voltar-se para Deus. Conhecemos esse “Elias” como o profeta João, o precursor do Messias. Mas nós também temos um papel semelhante. Devemos preparar um povo, antes da segunda vinda de Jesus, a fim de voltar o coração para Deus. Como Israel, somos lembrados: Adore o Criador. Honre Seu Sábado do sétimo dia. Aceite sua salvação. Disponha-se a obedecer aos Seus mandamentos. Espalhe Sua palavra. Esteja pronto para a sua vinda. Lembrem-se!
“Ele converterá o coração dos pais aos filhos, e
dos filhos a seus pais, para que Eu não venha e fira a Terra com maldição” (v.6). As derradeiras palavras do profeta antes do silêncio de 400 anos devem ter causado muita inquietação e expectativa entre o povo de Deus. As profecias de Malaquias, contudo, não tinham apenas um teor messiânico, mas escatológico; sua aplicação estava além do alcance de Israel como nação eleita, mas se dirige também ao Israel espiritual dos últimos dias. Como vimos ontem, o povo esperava o Messias como um líder militar que destruiria o império romano e estabeleceria em Jerusalém o Seu reino eterno. Não um Messias amoroso que converteria os corações. Mas através do profeta Elias (v.5), o Senhor apontou para a plenitude de dois tempos: a primeira e a segunda vinda de Cristo. Muitos afirmam que o ministério terrestre de Jesus teve apenas três anos e meio. Na verdade, este foi o tempo de Seu ministério público. Mas o fato de não termos maiores revelações acerca de Sua infância e juventude, além de poucos versos, indica que, desde menino, Ele aprendeu a ser submisso à vontade do Pai, aguardando pacientemente a hora de Sua revelação. Até então, Jesus estava no meio do povo como alguém comum, mas nunca como alguém que pudesse passar despercebido. Seu conhecimento aplicado das Escrituras e Seu porte nobre e cortês criavam uma atmosfera sagrada por onde passava, e isso foi profundamente percebido pelos doutores da Lei que O interrogaram no templo quando Ele tinha apenas 12 anos de idade (Lc.2:47). O fato é que Seu ministério público seria precedido por um segundo Elias, que prepararia os corações para a Sua chegada. Falando acerca de João Batista, o próprio Jesus confirmou a profecia de Malaquias: “E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir” (Mt.11:14). O evangelista Lucas também compreendeu o cumprimento das profecias de Malaquias em seus dias, quando escreveu acerca do pregador do deserto: “E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado” (Lc.1:17). Mas acerca do dia em que “todos os que cometem perversidade serão como o restolho […], de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo” (v.1) não apontava para a destruição do jugo romano como Israel almejava, mas apontava para o final do segundo tempo, quando “nascerá o Sol da justiça trazendo salvação nas Suas asas” (v.2). Mais de dois mil anos depois de Cristo, nossa geração, de fato, está vivendo no final do “tempo sobremodo oportuno” (2Co.6:2). Pode ser que muitos não concordem, e muitos também até ignorem estas verdades, mas assim como a obra de João Batista, o segundo Elias, preparou os corações para receberem “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo.1:29), há um terceiro Elias, hoje, não uma pessoa apenas, mas um povo, um remanescente, que “no espírito e poder de Elias”, foi chamado para preparar os corações para receberem “o Rei da Glória” (Sl.24:10). A nossa missão como último Israel de Deus é revelada nos seguintes termos proféticos: “Os que devem preparar o caminho para a segunda vinda de Cristo são representados pelo fiel Elias, assim como João Batista veio no espírito de Elias para preparar o caminho para o primeiro advento de Cristo” (EGW, Conselhos sobre Saúde, CPB, p.72). Percebam que se trata de um ministério às famílias: “ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais” (v.6). Desde a instituição do primeiro casamento no Éden, e da primeira bênção dirigida ao recém-criado casal: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a Terra” (Gn.1:28), Deus manifestou o Seu amor pela família, estendendo este princípio até o tempo do fim. Não foram dados a Elias e a João Batista privilégios espirituais que o Senhor não quisesse ofertar a todos quantos os aceitassem. De igual forma, a longanimidade do Senhor tem sido estendida por Seu profundo desejo de “que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe.3:9). Não compete a nós, porém, classificar as pessoas como salvos ou perdidos. Também necessitamos nos examinar a nós mesmos a fim de não classificar a nossa vida como a única que seja digna da aprovação divina. Há um único que é verdadeiramente digno, Jesus Cristo, e Ele nos chamou para pescar homens, e não para definir quem seja bom ou ruim. Para combater o veneno do orgulho, é necessário que nos apoderemos do antídoto de Cristo: “aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mt.11:29). O exemplo de Jesus, Sua vida de abnegado serviço e disposição altruísta, deve ser o objeto de nosso principal estudo. O que veremos a partir de amanhã. Olhar para Jesus nos dá uma clara visão de nosso chamado, de nossa indignidade e de nossa completa dependência dEle. Se continuarmos olhando para Ele atentamente, as Suas palavras se cumprirão em nossa vida: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt.5:16). Vigiemos e oremos! Bom dia, último Elias!
MALAQUIAS 4 – Este é o último capítulo do profeta
Malaquias. Até aqui, o Antigo Testamento, mostra- nos a vitória do bem sobre o mal, da justiça sobre a injustiça, de Deus sobre o pecado. Sim, o pecado vai ter fim, não restará nada. Este último capítulo do Antigo Testamento, pode ser assim dividido: • Deus revela o grande dia do acerto de contas com aqueles que não fizeram caso dEle, ignorando Seu plano de salvação (v. 1); • O grande dia da recompensa daqueles que em primeiro lugar em sua vida e tornaram-se justos (vs. 2-3); • Antes do veredicto final Deus que o mundo todo conheça Suas Leis e o plano da salvação, oferecendo a última oportunidade de salvação aos perdidos (vs. 4-6). Dois pontos desse texto merecem destaque: • Um dia Deus vencerá completamente sobre o mal: Raiz e ramos referem-se ao mal e seus agentes: Satanás, demônios e amantes doo pecado. “Os pecadores serão queimados como o fogo consome o restolho; eles se tornarão como cinzas sob os pés dos santos” (W. W. Wiersbe). “Naquele dia, o perverso será como restolho chocho, vazio, sem valor […] aqueles que pensam que o mal compensa, um dia saberão a diferença entre o justo e o perverso” (Hernandes Dias Lopes). • Esse dia aponta ao final do milênio de Apocalipse 20 e à renovação da Terra em Apocalipse 21-22: Esse é o clímax final do plano da salvação. “Jesus é aquele que traz a totalidade das promessas de Deus para nós […] Aos ímpios, o fogo destrói. Aos justos, o sol traz ‘cura’ (ou ‘saúde’, que é o que se entende). Esta é a proposta do Senhor: morte ou vida” (Isaltino Coelho Filho). Interessante que o texto mostra Deus fazendo tudo para que antes da volta de Jesus haja um despertar poderoso baseado na Palavra, visando o salvar ao maior número de pessoas (vs. 4-6). No juízo executivo Deus aniquilará totalmente ao pecado; Satanás, os demônios e seus agentes nunca mais existirão. Essa ação divina resultará em alegria indescritível ao Universo inteiro, os salvos saltarão de alegria como bezerros libertos da estrebaria. O Antigo Testamento não termina com maldição, mas com um alerta! Evite a maldição que resulta do pecado a fim de que te alegres eternamente! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.