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Uma palavra-chave neste capítulo é encontrada no

versículo 4: “Lembrem-se”. Malaquias exortou os


israelitas a considerarem duas pessoas importantes
em seu passado – Moisés e Elias.
Malaquias lhes ordena relembrarem as leis de
Moisés. Ao fazerem isso, eles teriam a sua atenção
voltada para a Criação, o Sábado, o Santuário e a
Páscoa. Todos esses símbolos revelam a Deus
como o único digno de adoração, honra e
obediência. O simbolismo dentro de cada uma
dessas festividades ou ensinamentos apontava para
a salvação planejada, mas ainda a ser realizada.
Elias representou a voz profética contra a idolatria. O
Antigo Testamento está repleto de profetas
convidando Israel para retornar. Israel deveria adorar
somente a Deus, abandonando todos os outros
deuses (falsos). Eles eram o povo escolhido de
Deus, um povo que deveria encorajar as outras
pessoas a adorarem ao Criador e Salvador.
Malaquias profetizou que Elias viria outra vez para
fazer o coração do povo voltar-se para Deus.
Conhecemos esse “Elias” como o profeta João, o
precursor do Messias. Mas nós também temos um
papel semelhante. Devemos preparar um povo,
antes da segunda vinda de Jesus, a fim de voltar o
coração para Deus.
Como Israel, somos lembrados: Adore o Criador.
Honre Seu Sábado do sétimo dia. Aceite sua
salvação. Disponha-se a obedecer aos Seus
mandamentos. Espalhe Sua palavra. Esteja pronto
para a sua vinda.
Lembrem-se!

“Ele converterá o coração dos pais aos filhos, e


dos filhos a seus pais, para que Eu não venha e
fira a Terra com maldição” (v.6).
As derradeiras palavras do profeta antes do silêncio
de 400 anos devem ter causado muita inquietação e
expectativa entre o povo de Deus. As profecias de
Malaquias, contudo, não tinham apenas um teor
messiânico, mas escatológico; sua aplicação estava
além do alcance de Israel como nação eleita, mas se
dirige também ao Israel espiritual dos últimos dias.
Como vimos ontem, o povo esperava o Messias
como um líder militar que destruiria o império
romano e estabeleceria em Jerusalém o Seu reino
eterno. Não um Messias amoroso que converteria os
corações. Mas através do profeta Elias (v.5), o
Senhor apontou para a plenitude de dois tempos: a
primeira e a segunda vinda de Cristo.
Muitos afirmam que o ministério terrestre de Jesus
teve apenas três anos e meio. Na verdade, este foi o
tempo de Seu ministério público. Mas o fato de não
termos maiores revelações acerca de Sua infância e
juventude, além de poucos versos, indica que, desde
menino, Ele aprendeu a ser submisso à vontade do
Pai, aguardando pacientemente a hora de Sua
revelação. Até então, Jesus estava no meio do povo
como alguém comum, mas nunca como alguém que
pudesse passar despercebido. Seu conhecimento
aplicado das Escrituras e Seu porte nobre e cortês
criavam uma atmosfera sagrada por onde passava,
e isso foi profundamente percebido pelos doutores
da Lei que O interrogaram no templo quando Ele
tinha apenas 12 anos de idade (Lc.2:47).
O fato é que Seu ministério público seria precedido
por um segundo Elias, que prepararia os corações
para a Sua chegada. Falando acerca de João
Batista, o próprio Jesus confirmou a profecia de
Malaquias: “E, se o quereis reconhecer, ele mesmo
é Elias, que estava para vir” (Mt.11:14). O
evangelista Lucas também compreendeu o
cumprimento das profecias de Malaquias em seus
dias, quando escreveu acerca do pregador do
deserto: “E irá adiante do Senhor no espírito e poder
de Elias, para converter o coração dos pais aos
filhos, converter os desobedientes à prudência dos
justos e habilitar para o Senhor um povo preparado”
(Lc.1:17). Mas acerca do dia em que “todos os que
cometem perversidade serão como o restolho […],
de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo”
(v.1) não apontava para a destruição do jugo romano
como Israel almejava, mas apontava para o final do
segundo tempo, quando “nascerá o Sol da justiça
trazendo salvação nas Suas asas” (v.2).
Mais de dois mil anos depois de Cristo, nossa
geração, de fato, está vivendo no final do “tempo
sobremodo oportuno” (2Co.6:2). Pode ser que
muitos não concordem, e muitos também até
ignorem estas verdades, mas assim como a obra de
João Batista, o segundo Elias, preparou os corações
para receberem “o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo” (Jo.1:29), há um terceiro Elias,
hoje, não uma pessoa apenas, mas um povo, um
remanescente, que “no espírito e poder de Elias”, foi
chamado para preparar os corações para receberem
“o Rei da Glória” (Sl.24:10). A nossa missão como
último Israel de Deus é revelada nos seguintes
termos proféticos: “Os que devem preparar o
caminho para a segunda vinda de Cristo são
representados pelo fiel Elias, assim como João
Batista veio no espírito de Elias para preparar o
caminho para o primeiro advento de Cristo” (EGW,
Conselhos sobre Saúde, CPB, p.72).
Percebam que se trata de um ministério às famílias:
“ele converterá o coração dos pais aos filhos e o
coração dos filhos a seus pais” (v.6). Desde a
instituição do primeiro casamento no Éden, e da
primeira bênção dirigida ao recém-criado casal:
“Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a Terra”
(Gn.1:28), Deus manifestou o Seu amor pela família,
estendendo este princípio até o tempo do fim. Não
foram dados a Elias e a João Batista privilégios
espirituais que o Senhor não quisesse ofertar a
todos quantos os aceitassem. De igual forma, a
longanimidade do Senhor tem sido estendida por
Seu profundo desejo de “que nenhum pereça, senão
que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe.3:9).
Não compete a nós, porém, classificar as pessoas
como salvos ou perdidos. Também necessitamos
nos examinar a nós mesmos a fim de não classificar
a nossa vida como a única que seja digna da
aprovação divina. Há um único que é
verdadeiramente digno, Jesus Cristo, e Ele nos
chamou para pescar homens, e não para definir
quem seja bom ou ruim. Para combater o veneno do
orgulho, é necessário que nos apoderemos do
antídoto de Cristo: “aprendei de Mim, porque sou
manso e humilde de coração” (Mt.11:29). O exemplo
de Jesus, Sua vida de abnegado serviço e
disposição altruísta, deve ser o objeto de nosso
principal estudo. O que veremos a partir de amanhã.
Olhar para Jesus nos dá uma clara visão de nosso
chamado, de nossa indignidade e de nossa
completa dependência dEle. Se continuarmos
olhando para Ele atentamente, as Suas palavras se
cumprirão em nossa vida: “Assim brilhe também a
vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que
está nos céus” (Mt.5:16). Vigiemos e oremos!
Bom dia, último Elias!

MALAQUIAS 4 – Este é o último capítulo do profeta


Malaquias. Até aqui, o Antigo Testamento, mostra-
nos a vitória do bem sobre o mal, da justiça sobre a
injustiça, de Deus sobre o pecado. Sim, o pecado vai
ter fim, não restará nada.
Este último capítulo do Antigo Testamento, pode ser
assim dividido:
• Deus revela o grande dia do acerto de contas com
aqueles que não fizeram caso dEle, ignorando Seu
plano de salvação (v. 1);
• O grande dia da recompensa daqueles que em
primeiro lugar em sua vida e tornaram-se justos (vs.
2-3);
• Antes do veredicto final Deus que o mundo todo
conheça Suas Leis e o plano da salvação,
oferecendo a última oportunidade de salvação aos
perdidos (vs. 4-6).
Dois pontos desse texto merecem destaque:
• Um dia Deus vencerá completamente sobre o mal:
Raiz e ramos referem-se ao mal e seus agentes:
Satanás, demônios e amantes doo pecado. “Os
pecadores serão queimados como o fogo consome o
restolho; eles se tornarão como cinzas sob os pés
dos santos” (W. W. Wiersbe). “Naquele dia, o
perverso será como restolho chocho, vazio, sem
valor […] aqueles que pensam que o mal compensa,
um dia saberão a diferença entre o justo e o
perverso” (Hernandes Dias Lopes).
• Esse dia aponta ao final do milênio de Apocalipse
20 e à renovação da Terra em Apocalipse 21-22:
Esse é o clímax final do plano da salvação. “Jesus é
aquele que traz a totalidade das promessas de Deus
para nós […] Aos ímpios, o fogo destrói. Aos justos,
o sol traz ‘cura’ (ou ‘saúde’, que é o que se entende).
Esta é a proposta do Senhor: morte ou vida” (Isaltino
Coelho Filho).
Interessante que o texto mostra Deus fazendo tudo
para que antes da volta de Jesus haja um despertar
poderoso baseado na Palavra, visando o salvar ao
maior número de pessoas (vs. 4-6).
No juízo executivo Deus aniquilará totalmente ao
pecado; Satanás, os demônios e seus agentes
nunca mais existirão.
Essa ação divina resultará em alegria indescritível ao
Universo inteiro, os salvos saltarão de alegria como
bezerros libertos da estrebaria. O Antigo Testamento
não termina com maldição, mas com um alerta! Evite
a maldição que resulta do pecado a fim de que te
alegres eternamente! Reavivemo-nos! – Heber Toth
Armí.

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