Você está na página 1de 7

IDEIAS PARA O FIM DO MUNDO

ARTIGOS E ENSAIOS

IDEIAS “M I N H A S”

IDEIAS NEM TÃO MINHAS–GTs
GT 03 - GÊNERO, VIOLÊNCIAS, CULTURA – INTERSECCIONALIDADE E(M)
DIREITOS HUMANOS
Este Grupo de Trabalho lança o desafio de repensar a naturalização da cultura da violência de
gênero, de modo a compreender a chamada discriminação interseccional e a garantia (ou não)
de direitos humanos na contemporaneidade, sob diferentes olhares teórico-metodológicos
interdisciplinares. São esperados trabalhos científicos que tenham como ponto de partida a
relação entre gênero, violências, cultura e direitos humanos, levando em conta os diversos
marcadores sociais em populações vulnerabilizadas e que versem sobre temas como: a)
Raça/etnia e classe; b) discursos de/sobre masculinidades; c) sistema prisional e violência
institucional; d) corpos dissidentes; e) LGTBQI; f) violências contra mulheres (doméstica,
sexual, tráfico de mulheres; exploração sexual); f) representações e pedagogias culturais de
mídias, audiovisual, cinema e artes e: g) educação em direitos humanos, dentre outros.

GT 08 - MEMÓRIA, NARRATIVAS E DISCURSOS


Discursos e narrativas no processo de construção de memória. Práticas discursivas
institucionais no contexto da interdisciplinaridade. As narrativas como significações
engendradas pela ação conjunta de atores sociais no processo de construção de memória. A
produção de narrativas e o enquadramento de experiências na dinâmica social da memória e
do esquecimento. Abordagens de análise do discurso e de narrativas: perspectivas teórico-
metodológicas para o estudo do campo da memória social. As noções de micro e macro
contextos nos discursos que compõem a memória. Memória, esquecimento e narrativas como
atividades sociais.  Vozes institucionais e sistemas de representação na construção de
narrativas e memória: identidades situadas engendradas nos discursos concebidos como
resultado de negociações locais de sentido entre os participantes. A relação discurso, poder e
memória e Instituições. Vínculos entre as relações de poder, narrativas e emoções nas práticas
cotidianas de dominação, exclusão e formas de resistência social. Narrativas de memórias
traumáticas.

GT 12 - OUTROS OLHARES SOBRE O TURISMO: RESISTÊNCIAS POSSÍVEIS A


PRÁTICAS HEGEMÔNICAS
Fenômeno sociocultural apropriado pelo capitalismo a partir do século XIX, o turismo passou
a merecer atenção da academia sob diversos prismas teórico-analíticos. Nesse sentido, vale
dizer que as complexidades que permeiam tal fenômeno na contemporaneidade têm suscitado
a busca por recursos analíticos – de viés contra hegemônico, pós-colonial e emancipatório –
que possibilitem outros olhares sobre as práticas turísticas, (re)significando as inter-relações
entre visitantes, meio ambiente e culturas locais. Assim, espera-se que este GT contribua para
trazer à tona a diversidade de vozes de atores de diferentes representatividades, invisibilizados
nos territórios e espaços de governança turística. Ademais, o GT também possui o propósito
de compreender as vivências e movimentos de resistências dos sujeitos subalternizados, bem
como possibilitar a ressignificação dos saberes e fazeres representativos das práticas
turísticas, de modo a permitir a abertura de uma construção diversa e humana no turismo.
Trazer à luz outros olhares (teórico-metodológicos e empíricos) sobre o turismo, bem como
discutir de que forma certas práticas turísticas têm se convertido em resistências possíveis às
suas manifestações hegemônicas são, também, objetivos deste GT.

GT 13 - OS DESAFIOS DO “NOVO NORMAL”: GÊNERO, ETNIA, RELIGIÃO E


SUBJETIVIDADES PÓS-PANDEMIA
O presente Grupo de Trabalho tem como objetivo reunir pesquisas voltadas a problematizar as
transformações do capitalismo pós-industrial nas suas diversas dimensões e os impactos de
ordem econômica, política, social e subjetiva.  No bojo dessas mudanças, destacamos a
revivificação do fundamentalismo religioso neotomista acoplado ao conservadorismo político
de acento fascista, que ganham novas configurações como projeto civilizatório em vários
países da América Latina e do Mundo. Essas transformações têm sido pautadas por um
discurso que apela para a dimensão sacrificial dos direitos humanos, envolvendo questões
étnico-raciais, de classe, de gênero e novas configurações das formas de subjetivação sob a
égide da sociedade digital, que acelerou sua hegemonia com a pandemia do novo
Coronavírus, inaugurando desafios e  perplexidades diante dos desafios que se descortinam no
chamado “novo normal”.

GT 15 - DIVERSIDADE, DESIGUALDADES E OPRESSÕES NO TEMPO


PRESENTE
A diversidade é um fenômeno socialmente construído. Dela derivam discursos que tentam
naturalizar as desigualdades, legitimando hierarquias opressoras e ocultando os conflitos. Ela
pode também ser fonte de resistências, de admiração mútua e de riqueza cultural. Para este
GT, propomos a investigação de temas implicados nas interações entre diversidade,
desigualdades e opressões. Em uma perspectiva interdisciplinar, queremos discutir a
ampliação da pobreza, das desigualdades, da exploração, das múltiplas violências intergrupos,
que constituem os efeitos do acirramento das relações de poder nas sociedades
contemporâneas.  Gêneros, etnias, religiões, classes, grupos etários, nacionalidades, são
constituídos como marcadores sociais para oprimir ou para privilegiar. Este GT prioriza
estudos que considerem situações de opressão política, cultural, étnica, classista e sexual de
grupos sociais vulneráveis.

GT 21 - PESQUISA, EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E INTERVENÇÃO SOCIAL


Este Grupo de Trabalho pretende ser um espaço de discussão e ampliação da discussão do
papel das universidades no desenvolvimento das ciências como forma de promoção das
mudanças sociais necessárias em nossa sociedade. Procurar-se-á promover discussões sobre
as pesquisas que, em seu conjunto, promovam processos de intervenção junto à sociedade
baseadas em seus resultados. Como prática da extensão espera-se a apresentação de trabalhos
cuja natureza abarque desde a ação política, cunho social, a ações multidisciplinares,
acadêmico-científicas, culturais e de inclusão social por meio do encontro entre saberes
tradicionais e os conhecimentos científicos, que unam teoria e prática na busca de soluções
para os diversos dramas que vivem nossa sociedade, sendo um espaço para a manifestação das
pesquisas que revelem a capacidade de articulação das ações extensionistas junto aos sujeitos
de seus estudos.

GT 22 - ESTUDOS DE GÊNERO, FEMINISMOS E INTERDISCIPLINARIDADE


Este grupo de trabalho tem por objetivo acolher, em uma perspectiva interdisciplinar e
decolonial, pesquisas de diferentes áreas do conhecimento ancoradas nos estudos de gênero a
partir de suas dimensões teóricas e (geo)políticas plurais. É um GT voltado para discussões de
pesquisas teóricas e empíricas de abordagem interdisciplinar, segundo uma perspectiva
interseccional com destaque às alteridades, aos marcadores sociais da diferença,
desigualdades e resistências e também às dinâmicas, sociabilidades, situações, lugares,
instâncias políticas e significados em que se forjam as relações de gênero. É também um
espaço de divulgação de saberes que se inscrevem no espaço das dissidências e
desobediências de gênero, geralmente subjugados por epistemologias dominantes, para
reflexão da praxis feminista entre ativismo e academia onde pretende-se dar visibilidade a um
leque de investigações, experiências, saberes e fazeres feministas.

GT 35 – CULTURA E DESENVOLVIMENTO
Na última década, a comunidade científica brasileira tem presenciado o aumento de trabalhos
de investigação voltados ao campo da política cultural em seus vários aspectos, entre eles o
papel da gestão das políticas públicas de cultura na relação entre cultura e desenvolvimento.
Nesse sentido, este GT pretende atrair estudos e pesquisas que possam representar o interesse
de pesquisa do campo e contribuam para a compreensão da política cultural em geral, do
desenvolvimento e da gestão das políticas públicas de cultura frente os desafios da atual
modernidade. Este GT destina-se a abrigar e submeter à discussão, estudos sobre variados
aspectos analíticos, teóricos e empíricos das políticas públicas culturais, visando o
aprofundamento da reflexão sobre a temática e o fortalecimento do campo. Entre esses
estudos destacamos aqueles relacionados às políticas de patrimônio material e imaterial,
políticas voltadas à diversidade cultural, processos de participação social em políticas
culturais, financiamento das políticas culturais, políticas culturais e território, memória social,
sistemas e indicadores da cultura, entre outros. Do ponto de vista das ferramentas
metodológicas e de análise, este GT poderá acolher formas de análises diversificadas, tais
como: estudos de casos, análises comparativas, análises de discursos, métodos mistos, entre
outras abordagens.

GT01 - Arte, Cultura e Ciências Sociais: diferenças, agenciamentos e políticas


Descrição: Em continuidade aos esforços e às articulações iniciadas previamente em GTs e
SPGs nas RAM, RBA e ANPOCS, o presente Grupo de Trabalho pretende fomentar
discussões culturais contemporâneas com foco nas articulações e práticas artísticas, prestando
especial atenção aos modos pelos quais essas manifestações são engendradas e permeadas por
relações sociais. Pensar imagens, sonoridades e performances em seus efeitos políticos, em
seus agenciamentos e diferenças e refletir sobre esses campos através de objetos e ações por
elas mobilizados tem sido uma constante nas ciências sociais brasileiras nas últimas décadas.
Com o intuito de retomar questões que concernem as artes em suas intersecções com cenários,
eventos e marcadores sociais da diferença variados, estamos interessados na recepção e na
discussão sobre pesquisas realizadas no campo das ciências sociais que tratem de experiências
estéticas a partir de suas articulações com problemas éticos e políticos. Adicionalmente,
esperamos acolher investigações que reflitam sobre experimentações de aproximação entre
arte e ciências sociais em termos metodológicos, atentando para outras formas de construir
conhecimento em nossas disciplinas.

GT02 - As Ciências Sociais e os estudos de território, ambiente e turismo: desafios, limites e


possibilidades.
A partir desta fusão, o GT que aqui estamos propondo pretende reunir trabalhos que abordem
temáticas relacionadas com as transformações que vêm ocorrendo em territórios e
comunidades tradicionais a partir do processo de modernização, com ênfase na expansão
urbana, nas mudanças ambientais e no turismo. No centro do debate que se pretende fazer
nesta atividade estão as questões concernentes aos impactos das ações do mercado e das
políticas públicas nas áreas do turismo e do meio ambiente. Esperamos, assim, reunir
pesquisas empíricas e teóricas que contribuam para uma melhor compreensão das tensões
políticas e dos conflitos sociais entre formas e estilos de vida locais, que organizam a vida de
comunidades e povos tradicionais (retirei o vulneráveis) e processos globais de modernização
e ocupação de territórios, que se impõem a partir de interesses de mercado e de políticas de
desenvolvimento. Este GT, portanto, tem como objetivo contribuir para o avanço dos estudos
sobre turismo, território e ambiente nas Ciências Sociais, reunindo pesquisadores que vêm se
dedicando ao estudo de cada um desses temas, assim como a articulação entre eles.

GT09 - Conflitos e desastres ambientais: colonialidade, desregulação e lutas por territórios e


existências
Descrição: O GT reúne estudos sobre conflitos e desastres ambientais, debatendo o papel do
Estado, de entidades privadas e a atuação de grupos sociais nas disputas por territórios e
modos de existência. Discute contribuições nas quais questões sociais e ambientais são
consideradas aspectos indissociáveis de uma realidade produzida e organizada em um
sistema-mundo moderno e colonial. Na América Latina, e no Brasil especialmente, esse
processo apoia-se no ideário de desenvolvimento, assentado na capacidade do Estado,
consorciado com empresas privadas, em “converter recursos naturais” em “produção de
riqueza”, reproduzindo desigualdades e conflitos. Eixos a serem privilegiados: 1.
Apropriações, gestão e usos da/na natureza: desigualdades sociais, mobilizações e lutas por
direitos socioterritoriais e ambientais. 2. Desregulação e desastres: políticas de subestimação
sistemática de riscos, ações de flexibilização de legislações, atuação do Estado como
mediador, e tecnologias de prevenção de conflitos. 3. Da crítica ao desenvolvimento à crítica
à colonialidade: limites e possibilidades de diálogos entre a expertise social e técnica. 4.
Diferentes sentidos de ambiente e os conflitos daí decorrentes.

GT14 - Elites, Espaços e Formas de Dominação


Descrição: Os estudos contemporâneos sobre elites ultrapassam a noção restrita que marcou
as abordagens clássicas. Englobam, mais recentemente, os mais variados segmentos sociais -
políticos, intelectuais, religiosos, econômicos, jurídicos, profissionais -, contendo diferentes
domínios de atuação e formas de dominação. A proposta deste Grupo de Trabalho é reunir
estudos que abarquem a multiplicidade de grupos dirigentes tendo em conta certas indagações
centrais, como os princípios de hierarquização e de classificação que estruturam os diferentes
espaços sociais e as lógicas de intervenção que lhes conferem dinâmica. As investigações
devem priorizar como dimensões de análise os seguintes pontos: estratégias de legitimação,
reprodução ou subversão de práticas de determinados grupos; sentidos e objetos disputados;
representações e práticas; transações e circulações; sociabilidades, gostos e estilos de vida;
trajetórias, carreiras individuais ou coletivas. A amplitude das questões acolhe contribuições
de diversas áreas (Sociologia, Antropologia, C. Política) sem perder o foco das prioridades
analíticas. O GT valorizará a pluralidade de abordagens, recortes empíricos e instrumentos
metodológicos.

GT17 - Estudos Culturais: representações, mídias e artes


Descrição: Nesta proposta de Grupo de Trabalho (GT) pretendemos reunir reflexões sobre os
Estudos Culturais nos debates sobre representações sociais. Os Estudos Culturais, desde o seu
surgimento nos anos 1960, influenciaram o desenvolvimento de diversas subáreas das
ciências sociais e humanas, especialmente por se dedicarem aos debates sobre dominação,
marginalidade, alteridade e, de outro lado, sobre insubordinação e resistência. Buscaremos
convergir trabalhos que elaborem reflexões sobre a produção de significados no cotidiano,
tanto no campo das experiências dos sujeitos quanto das gramáticas simbólicas mais amplas.
Nesse sentido, esperamos receber trabalhos cujos objetos de estudo sejam produtos culturais -
como filmes, documentários, telenovelas, produção audiovisual nas mídias digitais,
fotografias, literatura, artes plásticas, música, teatro, body art, performances, entre outros – e
que abordem a construção e/ou mobilização de signos e narrativas. Com isso, queremos
possibilitar um espaço de debates sobre os Estudos Culturais e as noções em torno de cultura
e representação, permitindo trocas teóricas, conceituais e metodológicas na análise de
produtos midiáticos e artísticos.

GT27 - Narrativas, disputas e representatividade no sistema das artes: abordagens


multidisciplinares
Descrição: Este GT tem o objetivo de reunir pesquisadores em ciências humanas e sociais
para apresentarem resultados parciais ou finais de pesquisas sobre o sistema das artes, em
torno dos seguintes eixos: 1. problematização de narrativas nas diversas instâncias do sistema
das artes (acadêmica, crítica, institucional, mercadológica ou dos próprios artistas); 2.
abordagens teóricas ou metodológicas inter ou transdisciplinares a respeito de sujeitos,
processos e obras artísticos; 3. foco em exposições e curadorias do ponto de vista dos
discursos que produzem; 4. estudos sobre a representatividade (ou falta de) de grupos e
indivíduos em coleções, instituições, publicações, exposições, e sobre o papel de coletivos e
movimentos sociais na luta por reconhecimento no campo das artes; 5. discussões sobre
dicotomias que perpassaram o sistema da arte no século XX e agora estão sendo repensados,
tais quais global x local, nacional x regional, tradicional x moderno/contemporâneo, centro x
periferia, mainstream x alternativos/marginais. Poderão ser consideradas propostas
relacionadas a outros campos da cultura, além das artes visuais, desde que dialoguem com as
temáticas acima mencionadas.

GT33 - Relações raciais: desigualdades, identidades e políticas públicas


Descrição: As mudanças políticas ocorridas nos últimos anos têm provocado uma série de
transformações nas dinâmicas raciais no Brasil, principalmente, no que se refere ao discurso
racial e a afirmação da identidade negra. Embora o tema das relações raciais tenha uma longa
tradição nas pesquisas no Brasil, nos últimos anos a questão passou a atrair cada vez mais
interessadas em realidades locais, regionais e internacionais, sob diferentes primas teórico-
metodológicos, sendo impulsionadas pela ascensão do debate sobre as ações afirmativas no
Brasil e pela institucionalização das políticas de igualdade racial na primeira década do século
XXI. Nesse sentido, a proposta deste GT é abarcar pesquisas e reflexões teóricas que tornam o
campo do estudo das desigualdades raciais no Brasil bastante dinâmico, motivadas a
compreender os processos de manutenção, transformação e disputas no debate sobre raça,
racismo, mobilização política, produção do conhecimento e novas epistemologias, políticas de
segurança pública, identidade negra, ações afirmativas, feminismos negros, os ciberativismos,
além de acolher abordagens já tradicionais no campo.

GT36 - Sexualidade e gênero: política, agenciamentos e direitos em disputa


Descrição: Nas últimas décadas, os “direitos sexuais” converteram-se no centro de uma
intrincada arena de disputas. Gênero e sexualidade têm atuado como linguagem capaz de
articular regimes morais, políticos e formas de regulação da vida. Os anos 2010 foram
marcados pelo crescimento de reações conservadoras e pela articulação entre pautas
ultraliberais e mobilização de pânicos morais em torno da categoria “gênero” e da diversidade
sexual e de gênero. Este GT propõe avançar no debate, considerando: 1) gênero e sexualidade
em suas articulações com raça; classe social; regionalidade e idade, entre outras diferenças; 2)
a necessidade de produzir conhecimento sobre o que se tem chamado de conservadorismo e
sobre os processos de disputa em diferentes contextos regionais e escalas de cidades.
Privilegia os temas: 1) política sexual, codificações jurídicas e disputa da linguagem dos
direitos; 2) saberes, moralidades, tecnologias, comunicação e formas de regulação, incluso
reflexões sobre fake news, mídias digitais e política e sobre anti-intelectualismo; 3) processos
de subjetivação e de agenciamento, pedagogias afetivas e corporais; 4) violência, produção de
desigualdades e de formas de sujeição.

Você também pode gostar