Você está na página 1de 40

MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO

E TRANSPORTE (METM9)
Elevadores de Canecas/
Correias/ Caçambas
Elevadores de Canecas/
Correias/ Caçambas

Na movimentação da carga no plano vertical,


os elevadores de correia, além de ocuparem
um lugar de destaque, são os mais
econômicos.

Os elevadores de correia são classificados em


dois tipos: Contínuos e Centrífugos.
Tipos
ELEVADORES CONTÍNUOS

Esses elevadores caracterizam-se por suas canecas não


espaçadas, por sua baixa velocidade e também por, na maioria
das vezes, trabalharem em plano inclinado de 30° com a vertical;
porém, também podem operar verticalmente.
Este tipo de elevador foi projetado para a elevação de materiais
abrasivos e de alta granulometria, mas são também empregados na
elevação de materiais frágeis ou extremamente finos como
cimento, cal etc.
Sua inclinação e baixa velocidade lhe proporciona excelente
rendimento devido à facilidade de alimentação total das canecas,
assim como descarga mais suave.
Entre as canecas praticamente não há espaçamento e o seu
formato, além de proporcionar total carregamento, faz com que, na
descarga, a flange inferior da caneca da frente sirva de calha de
descarga do material elevado.
ELEVADOR CONTÍNUO
https://youtu.be/drYl1ja685c
Contínuo de correia

normalmente encontrados em
transportes de materiais
frágeis, pulverizáveis ou
fluidos. Possuem
carregamento por alimentação
direta e operam em baixas
velocidades e seus conjuntos
de cabeceira são maiores que o
dos centrífugos.
Contínuos de corrente

utilizado no transporte
de materiais pesados e
de maior granulometria,
sendo as canecas
fixadas por um par de
correntes que são
acionadas por rodas
dentadas.
ELEVADORES
CENTRÍFUGOS
Esse tipo de elevador tem as canecas espaçadas, opera na
vertical e em velocidade maior que os elevadores contínuos. A
descarga do material elevado é feita pela ação da força
centrífuga desenvolvida quando da passagem das canecas ao
redor do tambor de acionamento. É indicado para a elevação de
materiais de livre vazão, tais como grãos, areia, carvão
triturado, produtos químicos secos etc.
Na elevação de grãos, a velocidade da correia pode atingir até
250 m/min, enquanto que para uso industrial, na elevação de
outros produtos, a velocidade pode chegar no máximo até 130
m/min .
ELEVADORES
CENTRÍFUGOS
O espaçamento das canecas na elevação de grãos para
elevadores de alta velocidade e alta capacidade pode variar de
1,5 a 2 vezes o valor da sua projeção, enquanto que para os
elevadores industriais deve ser de 2 a 3 vezes o valor de sua
projeção, levando-se em consideração que uma caneca não
deve interferir na descarga da outra.
A alimentação do material nas canecas pode ser por gravidade
e por captação ou dragagem.
Na alimentação por captação ou dragagem, quanto menor for o
espaçamento entre as canecas, mais suavemente é feita a
carga com menor esforço para a correia.
Alimentação por captação ou
dragagem
ELEVADOR CENTRÍFUGO

O fundo do poço do elevador deve ter uma curva de


concordância com o movimento das canecas, pois
isso auxilia na alimentação, bem como na sua própria
limpeza. O pé do elevador, também chamado de poço
do elevador, deve ser mantido permanentemente
limpo; o acúmulo de material no poço do elevador,
principalmente se o material for de natureza
agregável, provocará impactos contra as canecas e,
por conseguinte, seu arrancamento ou ruptura da
correia.
ELEVADOR CENTRÍFUGO

Muitos elevadores são suscetíveis de queda do


material para seu interior e na maioria das vezes, esse
material é pressionado entre o tambor de retorno e a
correia, danificando-a. Para evitar esses danos, deve-
se colocar pouco acima do tambor de retorno, um
protetor em forma de V invertido que, por sua forma,
evitará que o material caia no tambor.
Essa proteção, feita em chapa de ferro ou madeira, é
muito comum em transportadores, aplicada sobre os
tambores de esticamento dos esticadores verticais
automáticos.
Centrífugos de correia
normalmente utilizados
para transporte de
materiais finos, secos e de
fácil escoamento, e que
não possuem fragmentos
que possam danificar a
correia. Suas canecas são
fixadas diretamente na
correia por parafusos, com
o espaçamento ideal para
permitir o basculamento da
caneca.
Centrífugos de corrente

também utilizados para


materiais de escoamento
fácil e não abrasivos, que
possam estar depositados
no fundo do transportador.
Para o deslocamento da
corrente são utilizadas
rodas dentadas, que
impossibilitam o
deslizamento durante os
carregamentos.
COMPONENTES DE UM
ELEVADOR DE CORREIA

* Ref: Manual Técnico de Correias Transportadoras – Correias Mercúrio


Elevador - Cabeceira

* Ref: Manual de transportadores de correia -FÁBRICA DE AÇO PAULISTA S.A.. 4ª. ed. São Paulo, 1988.
Elevador - Pé

* Ref: Manual de transportadores de correia -FÁBRICA DE AÇO PAULISTA S.A.. 4ª. ed. São Paulo, 1988.
CUIDADOS NO PROJETO:
CORREIAS

A correia elevadora tem sua construção idêntica às


correias transportadoras, porém, sua seleção deve
ser criteriosa, já que, devido às condições de
trabalho, a carcaça, via de regra, deve ser mais
robusta, pois, além de ter sua resistência
longitudinal afetada pelos furos de fixação das
canecas, permanece tensionada desde sua
colocação no elevador.

Para seleção de uma correia elevadora deve ser


adotado o mesmo critério da correia transportadora
CUIDADOS NO PROJETO:
CORREIAS
Ao selecionar uma carcaça, não se deve apenas
considerar a tensão máxima a que ela vai ser
submetida a plena carga. Deve-se considerar, acima
de tudo, sua robustez para resistir ao arrancamento
dos parafusos de fixação das canecas e também
relacionar os diâmetros dos tambores com a
espessura da correia, a fim de lhe assegurar perfeita
flexibilidade, principalmente na área da emenda.
Para se determinar o tipo e a espessura da cobertura
da correia, deve-se considerar a natureza do material
elevado.
CUIDADOS NO PROJETO
CORREIAS
Deve ser avaliado:
- seu peso,
- tipo,
- formato,
- temperatura,
- umidade,
- pegajosidade,
- dureza,
- impregnação de óleo, graxa, solvente
- etc.
CUIDADOS NO PROJETO
CORREIAS
Deve-se considerar que, em geral, a cobertura do lado
dos tambores em correias elevadoras tem desgaste
mais acentuado que a do lado das canecas, devendo,
portanto, ser mais espessa. Esta condição se deve ao
fato do material elevado praticamente não ter contado
direto com a cobertura do lado das canecas, porém,
isso não deverá alterar o critério na indicação de
coberturas resistentes a óleos ou outros quando o
material elevado tiver tal natureza ou outras.
CANECAS

São os elementos responsáveis pela elevação da


carga.
Sua construção é variada e sua robustez depende
do tipo do material elevado, podendo ser construída
em chapas de ferro ou aço soldadas, ferro fundido,
termo plásticos, fibra de vidro moldada etc.
A fim de se obter maior rendimento na elevação de
materiais, existem diversos tipos de canecas, cuja
escolha depende do tipo do elevador e do material a
ser elevado.
CANECAS

São três os tipos mais usuais de


canecas para elevadores:
• Tipo A – ou perfil cilíndrico
profundo

• Tipo B – ou perfil cilíndrico raso

• Tipo V – ou perfil V

* Ref: Manual Técnico de Correias Transportadoras – Correias Mercúrio


TIPO A

As canecas do tipo A têm as partes laterais cortadas


em ângulos de 65°, o que lhes proporciona
considerável profundidade.
São aplicadas na elevação de materiais de livre
vazão, tais como: grão, areia, carvão triturado,
produtos químicos secos etc. São usadas
somente em elevadores centrífugos e, em geral,
operando em alta velocidade, obtém-se alta
capacidade de elevação em função de sua
configuração profunda.
* Ref: Manual Técnico de Correias Transportadoras – Correias Mercúrio
TIPO B

As canecas do tipo B apresentam suas partes


laterais cortadas em ângulos de 45°, o que as
torna bastante rasas. Também são usadas em
elevadores centrífugos com velocidade
moderada e, por serem rasas, são mais
apropriadas a elevação de materiais de descarga
mais lenta.

* Ref: Manual Técnico de Correias Transportadoras – Correias Mercúrio


TIPO V

As canecas do tipo V são usadas, unicamente, nos


elevadores contínuos.
Por sua configuração, prestam-se para todo tipo de
elevação, principalmente para materiais abrasivos de
grande granulometria.
Esse tipo de caneca é fixada à correia praticamente
uma encostada à outra e, pelo seu formato, uma serve
de calha de descarga para a outra, quando da
passagem pelo tambor de acionamento .

* Ref: Manual Técnico de Correias Transportadoras – Correias Mercúrio


FURAÇÃO DAS CANECAS

A furação das canecas obedece a uma


determinada disposição dependendo do peso
do material nelas contido e da largura da
correia.
Essa disposição pode ser em linha ou
alternada.

* Ref: Manual Técnico de Correias Transportadoras – Correias Mercúrio


A furação em linha deve ser usada em correias
estreitas, na elevação de materiais leves.
A furação alternada, isto é, em linha dupla, deve ser
usada para correias largas ou quando o peso do
material elevado o exigir.
Se fixarmos canecas em correias largas por meio de
furação em linha, estaremos criando uma linha de
ruptura no sentido transversal, que se torna mais
crítica se considerarmos o “vaivém” das canecas
fazendo dobradiça na correia quando de sua
passagem pelos tambores.
* Ref: Manual Técnico de Correias Transportadoras – Correias Mercúrio
Elevadores –Cálculo pelo
Método Faço
1.Escolher o tipo de elevador em função das
características do material –Tabela4.04
2.Escolher a velocidade das canecas–Tabela4.01
3.Escolher a série do elevador–Tabela4.02
4.Verificar a série do elevador em função da
granulometria do material –Tabela4.03
5.Calcular a distância entre centros dos tambores (L)
(Tabela 4-08)
L = H + M + Q + 0,275 (m)
H= altura de elevação, M e Q = dimensões gerais
conforme tabela 4-08 (m)
* Ref: Manual de transportadores de correia -FÁBRICA DE AÇO PAULISTA S.A.. 4ª. ed. São Paulo, 1988.
Girando 90ª a imagem

* Ref: Manual de transportadores de correia -FÁBRICA DE AÇO PAULISTA S.A.. 4ª. ed. São Paulo, 1988.
Dimensões gerais
- FAÇO

* Ref: Manual de transportadores de correia -FÁBRICA DE AÇO PAULISTA S.A.. 4ª. ed. São Paulo, 1988.
Elevadores –Cálculo pelo
Método Faço
6.Calcular a potência do motor (Tab. 4-05 e 4-06)

𝑣 ∗ 𝑃 ∗ (𝐿 + 12 ∗ 𝐷2 )
𝑁= (ℎ𝑝)
75 ∗ 𝜂
sendo:
1000 ∗ 𝛾 ∗ 𝑞𝑐 𝑘𝑔𝑓
𝑃= ( )
𝐶 𝑚
Onde:
v=velocidade da correia (m/s)
L= distância entre centros (m)
D2 = diâmetro do tambor do “pé” do elevador (m)
* Ref: Manual de transportadores de correia -FÁBRICA DE AÇO PAULISTA S.A.. 4ª. ed. São Paulo, 1988.
Elevadores –Cálculo pelo
Método Faço

7. Verificar a capacidade Q do elevador


3600 ∗ 𝑞𝑐 ∗ 𝑣 ∗ 𝛾 𝑡𝑜𝑛
𝑄= ( )
𝐶 ℎ

qc=capacidade de cada caneca (m3)


v= velocidade (m/s)
γ=peso específico (ton/m3) =(tf/m3)
C=passo das canecas (m)

* Ref: Manual de transportadores de correia -FÁBRICA DE AÇO PAULISTA S.A.. 4ª. ed. São Paulo, 1988.
Elevadores –Cálculo pelo
Método Faço
8. Calcular as tensões na correia
a. Tensão efetiva
𝐻 + 12 ∗ 𝐷2 ∗ 𝑞𝑐 ∗ 𝛾 ∗ 1000
𝑇𝑒 = (𝑘𝑔𝑓)
𝐶

b. Tensão máxima
𝑇1 = 1 + 𝑘 ∗ 𝑇𝑒 𝑘𝑔𝑓
Obter k pela tabela 4.09

* Ref: Manual de transportadores de correia -FÁBRICA DE AÇO PAULISTA S.A.. 4ª. ed. São Paulo, 1988.
Elevadores –Cálculo pelo
Método Faço
9.Seleção da correia:
a. Determinação do número mínimo de lonas para
atender à tensão máxima (Tabelas 4-10, 4-13 ou 4-15)
b. Determinação do número mínimo de lonas para
resistir à fixação das canecas na correia (Tabelas 4-
11, 4-14 e 4-16)
c. O número mínimo de lonas deve ser o maior valor
dentre os valores calculados em a. e b.
d. Selecionar correia
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
• Manual Técnico Correias Transportadoras - Mercúrio,
disponível em :
http://www.correiasmercurio.com.br/correiasmercuriopt/defa
ult.aspx?mn=516&c=1140&s=0 , acesso 24/02/16
• . Manual de transportadores de correia.- FAÇO-
FÁBRICA DE AÇO PAULISTA S.A 4. ed. São Paulo, 1988.
DÚVIDAS ?
Utilizem o fórum no Moodle

Você também pode gostar