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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ – UNIFAP

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


CURSO DE FARMÁCIA

PORTFÓLIO ACADÊMICO
ESTÁGIO III: DISTRIBUIDORA BRASIL MEDICAMENTOS

Abrahão Victor T. de Lima T. dos Santos

Ana Carolina Silva dos Santos

Bruna Duarte Barbosa

Maria Helena Cardoso Frota

Macapá
Novembro de 2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ – UNIFAP
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA

PORTFÓLIO ACADÊMICO
ESTÁGIO III: DISTRIBUIDORA BRASIL MEDICAMENTOS

Abrahão Victor T. de Lima T. dos Santos


Ana Carolina Silva dos Santos
Bruna Duarte Barbosa
Maria Helena Cardoso Frota

Portfólio Acadêmico apresentado à


Comissão de Estágio Supervisionado III
como requisito para aprovação na disciplina.

Macapá/ AP

Novembro de 2019
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. DIÁRIO DE ATIVIDADE

3. DIÁRIO DE LEITURA

4. AUTO-AVALIAÇÃO

5. CONCLUSÃO
1. INTRODUÇÃO

Me chamo Abrahão Victor Tavares de Lima Teixeira dos Santos, acadêmico


do 6º semestre do curso de Bacharelado em Ciências Farmacêuticas, da
Universidade Federal do Amapá, ingresso em 2017, e realizei o Estágio
Supervisionado III, tendo como campo de estágio a Distribuidora Brasil
Medicamentos. Durante o período de estágio foi possível conhecer a rotina de
trabalho e o papel do Farmacêutico na distribuidora, o que ajudou me a guiar na
escolha da área de atuação que desejo.

Me chamo Ana Carolina Silva dos Santos e sou estudante do 6ª período do


curso de Farmácia da Universidade Federal do Amapá, da turma 2017 e, realizei o
estágio na distribuidora Brasil Medicamentos, como requisito obrigatório para a
aprovação na disciplina de Estágio Supervisionado III. Essa experiência juntamente
com meus colegas de turma, nos proporcionou o conhecimento do papel do
farmacêutico em uma distribuidora, além de contribuir para nossas habilidades
comunicativas e profissionais. Durante o estágio pude perceber mais uma vez a
importância da minha futura profissão perante à sociedade, de forma que tive um
bom aproveitamento do estágio, agregando assim um aprendizado tanto acadêmico
e profissional como pessoal.

Meu nome é Bruna Duarte Barbosa, sou acadêmica do 6º semestre do curso


de Farmácia da Universidade Federal do Amapá, adentrei ao Curso de Bacharelado
em Ciências Farmacêuticas no ano de 2017. No semestre passado, equivalente ao
5º semestre tivemos o estágio 2 através da disciplina Estágio Supervisionado II, no
qual foi realizado em Farmácia Comercial – Rede de Farmácia Popular, atualmente,
no 6º semestre, com a disciplina Estágio Supervisionado III, o campo de estágio
em uma Distribuidora de medicamentos, nesta perspectiva, podemos conhecer e
acompanhar os ambientes de trabalho em que posteriormente como farmacêuticos
poderemos desenvolver nossos capacidades profissionais. Portanto, é inegável
que o estágio teve uma grande importância na minha carreira acadêmica e
principalmente profissional, pois podemos além de vivenciar a realidade da profissão
farmacêutica, ademais também tivemos a oportunidade de colocar em prática toda a
teoria ministrada em sala de aula, com isso garantindo conhecimentos que serão
levados para a vida profissional.

Me chamo Maria Helena Cardoso Frota, ingressei na UNIFAP no primeiro


semestre de 2017, no curso de bacharelado em Farmácia. O curso tem duração de 5
anos na instituição, de período integral, com aulas teóricas e práticas. Participar do
estágio se mostrou algo fundamental para o meu desenvolvimento pessoal como
aluna do curso de farmácia, pois se mostrou um ambiente em que pude conciliar os
aprendizados adquiridos em aulas teóricas e práticas, além de agregar novas
experiências e conhecimentos sobre os deveres da profissão. O terceiro estágio do
curso de farmácia ocorreu no 6º semestre do curso, na distribuidora Brasil
Medicamentos , localizada na Rodovia Juscelino Kubitschek, 4971 - Jardim
Equatorial, Macapá - AP, 68903-014 em frente ao Bioparque .
Assim, o quarteto composto pelos acadêmicos aqui apresentados,
matriculados na disciplina Estágio III, foram encaminhadas para o campo de
estágio, este por sua vez, foi a distribuidora Brasil Medicamentos, localizada na
Rodovia Juscelino Kubitschek, 4971 - Jardim Equatorial, Macapá - AP, 68903-014
em frente ao Bioparque . O grupo de estágio iniciou as atividades, que teve duração
de 25 dias.
Associar a teoria e prática é uma tarefa de grande importância no ensino
superior. E por este motivo, a realização de estágios na graduação de cursos como
de farmácia se é necessário. Na prática, os futuros profissionais da área da saúde
tem a oportunidade de presenciar cenários da realidade da rotina farmacêutica,
fazendo associação com os seus conhecimentos teóricos, sob acompanhamento
(DE ALMEIDA, 2012).
1.1 HISTÓRIA DA DISTRIBUIDORA

A distribuidora de medicamentos têm a função de promover o


armazenamento adequado, mantendo a conservação dos produtos farmacêuticos,
de forma a atender a demanda de maneira rápida e segura. Para isso, é necessário:
um bom relacionamento com a indústria; excelente nível de serviço, utilizando
processos avançados que garantem a qualidade e o controle dos estoques e
capacitação, usando da rapidez, confiabilidade e simpatia no processo de
comunicação com o cliente. A distribuidora é assim um elo importante entre a
indústria farmacêutica e o varejo, facilitando inclusive, a comunicação entre ambos
(ABAFARMA, 2010).
Atendendo à todos os requisitos, a distribuidora Brasil Medicamentos
localizada na Rodovia Juscelino Kubitschek, 4971 - Jardim Equatorial, Macapá - AP,
68903-014, é uma empresa que promove o ciclo da Assistência Farmacêutica no
Amapá, de forma a atender a demanda de diferentes farmácias e estabelecimentos
de saúde do estado, contando com um comércio atacadista extenso de insumos e
correlatos farmacêuticos, possuindo uma equipe composta por uma profissional
farmacêutica habilitada e, uma equipe eficiente disposta no armazém, na área de
contabilidade, de recursos humanos e de administração.

1.2 ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO

De acordo com a Medida Provisória 2.190-34/01, tornou-se obrigatória a


presença do profissional farmacêutico em uma distribuidora de medicamentos,
sendo de uma grande importância, pois é ele o responsável pela execução de todos
os atos farmacêuticos praticados na rotina daquela empresa, devendo cumprir de
forma ética as normas e leis referentes ao exercício da profissão farmacêutica. É
papel do farmacêutico estar sempre prestando esclarecimentos de cunho sanitário;
monitorando a temperatura e umidade do local; acompanhando e fiscalizando as
condições de recebimento, expedição, transporte e distribuição dos medicamentos
para manter em bom estado de conservação e armazenamento os medicamentos,
garantindo assim o controle de qualidade dos produtos farmacêuticos (CFF, 2013).

2. DIÁRIO DE ATIVIDADES
✔ 1 ​º ​Dia 07.10.2019 - Segunda

Fizemos uma visita ao local de estágio, acompanhados pela Prof. Lilian


Solon, e conhecemos a preceptora e os funcionários do local, que explicaram como
funcionava o recebimento dos pedidos até o despache para o transporte e como era
a distribuição das marcas de medicamentos pelas ruas do galpão.
✔ 2º Dia 08.10.2019 – Terça
O chefe da área de armazenamento nos mostrou o procedimento para
separar os medicamentos contidos no pedido e a organização de cada laboratório e
forma farmacêutica. Logo após, fomos incubidos de separar os pedidos que
chegavam e de deixá-los com um responsável.

✔ 3 ​º ​Dia 09.10.2019 – Quarta

Fizemos a leitura da temperatura e umidade para o controle da temperatura


do ambiente de estocagem dos medicamentos no começo do dia e em seguida
separamos os pedidos que chegavam. Fomos auxiliados pelos funcionários que nos
indicavam as ruas onde estavam os laboratórios dos medicamentos.

✔ 4 ​º ​Dia 10.10.2019 – Quinta


Fizemos a leitura da temperatura e umidade para o controle da temperatura
do ambiente quando chegamos no campo de estágio e separamos pedidos
conforme recebíamos do responsável da área. Alguns pedidos eram mais difíceis
pois era necessário retirar caixas com o auxílio de uma escada

✔ 5 ​º ​Dia 11.10.2019 – Sexta

Fizemos a leitura da temperatura e umidade da área de estoque de


medicamentos quando chegamos ao estágio e separamos alguns pedidos que
chegavam.
✔ 6 ​º ​Dia 14.10.2019 – Segunda
Fizemos a leitura da temperatura de umidade da área de estoque de
medicamentos no começo do dia e separamos pedidos que chegavam e auxiliamos
os funcionários quando necessário.

✔ 7​º ​Dia 15.10.2019 – Terça

Fizemos a leitura da temperatura de umidade da área de estoque de


medicamentos quando chegamos na distribuidora e separamos pedidos que
chegavam e embalamos alguns medicamentos para transporte.

✔ 8​º ​Dia 16.10.2019 – Quarta


Fizemos a leitura da temperatura e umidade para o controle da temperatura
do ambiente no início do expediente e separamos pedidos conforme recebíamos do
chefe da área, além de embalar algumas caixas e auxiliar os funcionários quando
necessário.

✔ 9 ​º ​Dia 17.10.2019 – Quinta

Neste dia, realizamos o monitoramento da temperatura ambiente no armazém


da distribuidora, onde ficam armazenados os medicamentos e correlatos. A medição
da temperatura é feita através da análise de termômetros que ficam localizados nas
consecutivas ruas do armazém. Na medição são observadas a temperatura atual,
máxima e mínima do local de armazenagem dos produtos farmacêuticos, na qual os
valores são descritos nas fichas de dados diários. Este monitoramento é feito todos
os dias no mesmo horário durante os dois turnos de funcionamento da distribuidora.
✔ 10 º Dia 18.10.2019 – Sexta
Neste dia iniciamos nossas atividades com a medição da temperatura
ambiente no armazém da distribuidora. Após isso, realizamos um pedido de um
comprador. Para a realização deste procedimento, é fornecido uma ficha (pedido)
com os seguintes do procedimento: nome comercial do produto, lote, data de
validade, código de barras, quantidade no estoque do produto e a quantidade pedida
pelo fornecedor. Além disso, ainda estão presentes na lista informações gerais sobre
o comprador e qual município de destino do pedido. Após a conferência de todos os
medicamentos listados, o próximo procedimento, é o encaminhamento desses
produtos até o setor de conferição online através de programas computacionais
(“check-out”), na qual se fará conferência geral e, onde serão embalados em caixas
com identificação apropriada e direcionados através do transporte para seu destino
final.
✔ 11 º Dia 21.10.2019 – Segunda
Neste dia, foi realizado a medição da temperatura ambiente. Logo após,
nossas maiores atividades foram destinadas a realização de vários pedidos. A
maioria das medicações requisitadas pelos compradores encaixam-se nesse perfil:
analgésicos, antitérmicos, anti-hipertensivos, anti-inflamatórios, descongestionantes
nasais, anti fúngica, antiparasitarias, antihistamínicos, antibióticos e antiarrítmicos,
entre outros. Podemos perceber que houve uma grande demanda de dispensações
de medicamentos e correlatos, sendo a maioria das dispensações com as seguintes
indicações terapêuticas: para o tratamento de gripes e resfriados no geral, isso se
deve aos períodos sazonais de ocorrência desse tipo de enfermidade. Neste
contexto, os pedidos em geral, são influenciados de acordo com as características
epidemiológicas e sazonais do período do ano.
✔ 12 º Dia 22.10.2019 – Terça
Neste dia iniciamos nossas atividades com a medição da temperatura
ambiente no armazém da distribuidora. Após isso, nossas maiores atividades foram
destinadas a realização de pedidos de medicamentos. Além disso, neste dia houve a
realização de um inventário geral na distribuidora, com intuito de se realizar um
levantamento total dos produtos e correlatos armazenados no local. O inventário
consiste na contagem física para se verificar se a quantidade medicamentos
estocada está em conformidade com a quantidade registrada nas fichas de controle
ou no sistema informatizado. Este procedimento tem como principal objetivo auxiliar
e melhorar o controle de estoque da distribuidora.
✔ 13 º Dia 23.10.2019 – Quarta
Neste dia iniciamos nossas atividades com a medição da temperatura e
umidade no armazém da distribuidora. Após isso, realizamos um pedido com uma
lista de produtos farmacêuticos que continham medicamentos sujeitos a controle
especial. A dispensação de medicamentos controlados é especificamente destinada
ao profissional farmacêutico habilitado. Neste contexto, podemos acompanhar de
perto este procedimento realizado pela farmacêutica. Os medicamentos controlados
são armazenados em uma sala localizado em um setor diferente do armazém, neste
local assim como o armazém também é realizado o monitoramento diário da
temperatura com intuito da conservação dos produtos armazenados. Para a seleção
do medicamento requisitado, são observados o nome do medicamento, o lote e data
de validade, os critérios de análise são mais rigorosos em relação aos
medicamentos de venda livre.
✔ 14 º Dia 24.10.2019 – Quinta
Realizamos neste dia, a princípio o monitoramento da temperatura e umidade
do local onde são armazenados os medicamentos e insumos em geral. Além disso,
a farmacêutica, nos orientou a realizar e acompanhar a chegada de novos
medicamentos, onde podemos acompanhar a verificação por lote de cada
medicamento junto aos funcionários através da lista de notas fiscais, onde retiramos
os medicamentos das caixas, na qual eram analisados por lote e a quantidade por
medicamento recebido. Após essa verificação minuciosa e criteriosa dos
medicamentos, os mesmos eram armazenados nos devidos lugares de acordo com
as suas características, onde foram armazenados nas suas consecutivas ruas de
acordo com os laboratórios. Neste contexto, os medicamentos são armazenados por
ordem alfabética de acordo com os laboratórios em suas consecutivas ruas,
localizadas no armazém de produtos farmacêuticos.
✔ 15 ​º ​Dia 25.10.2019 – Sexta

As atividades deste dia foram iniciadas com a verificação da temperatura e


umidade dos 10 pontos específicos em que os termômetros estão localizados em
locais bem distribuídos pela distribuidora, incluindo a sala dos medicamentos
controlados. Foi também realizado neste dia a execução do “check-out” dos produtos
pelo programa Whintor, um sistema próprio da distribuidora, desenvolvido para
auxiliar a saída dos produtos.
A palavra “check-out” refere-se a conferência dos produtos separados de
determinado pedido, este procedimento ocorre da seguinte forma: a estrutura é
similar a um caixa de comércio e supermercado, em que se tem um computador com
o sistema da distribuidora e um leitor de códigos de barras, os pedidos assim que
são gerados, geram também seu próprio código de barras, e na conferência dos
produtos o código de barras do pedido é o primeiro a ser lido pela leitora, a seguir os
produtos são passados pela leitora, conferindo-se os lotes de forma muito criteriosa,
e assegurando que a quantidade apresentada condiz com a quantidade requerida
pelo cliente.
Após conferir todo o pedido o analista (responsável pelo “check-out”) fecha o
pedido no sistema e gera uma etiqueta na caixa em que os produtos foram
encaixotados, que contém as informações da empresa e do cliente de destino, ao
final são necessárias 3 assinaturas no papel do pedido, sendo elas a assinatura do
analista, do separador do pedido e por fim, do responsável por encaixotar o pedido,
é registrado neste mesmo papel a quantidade de caixas que foram utilizadas para
acomodar o pedido.
✔ 16 ​º ​Dia 29.10.2019 – Terça

Da mesma forma como nos demais dias inicialmente foram registrados os


valores da temperatura e umidade, visto a importância destes itens para manutenção
da qualidade dos medicamentos ali armazenados.
A seguir foi nos entregue a tarefa de separar os pedidos que foram solicitados
à distribuidora, o tamanho dos pedidos variam, podem ser de longas listas de 6 a 8
páginas, ou mesmo se resumir a uma única página, no entanto pode-se afirmar que
não são solicitados pedidos abaixo de 50 itens. A separação dos pedidos é realizada
com o pedido impresso em mãos, além do auxílio de carrinhos, caixotes e ligas para
se manter a organização, depois segue-se pelas ruas em que os medicamentos
estão dispostos, direciona-se o carrinho para a rua em que o laboratório solicitado se
encontra, após encontrar o produto é conferida a sua validade juntamente de seu
lote, em caso de qualquer dúvida é consultado os últimos 4 números do código de
barras, ao finalizar a separação, o separador assina o nome e entrega os produtos
em um dos caixas para que seja realizado o check-out e embalar o pedido.
✔ 17 ​º ​Dia 30.10.2019 – Quarta
​O primeiro passo ao se chegar ao estabelecimento foi registrar a temperatura
e a umidade registrados nos 10 termômetros espalhados pela distribuidora, este
registro ocorre tomando anotações da hora em que está sendo feito, e do
termômetro que está sendo observado, são registrados a temperatura e a umidade
atual, assim como a temperatura e a umidade máxima e mínima.
Este foi um dia em que foi possível realizar a separação de pedidos de
clientes da empresa, a distribuidora Brasil Medicamentos não trabalha com
medicamentos de referência, apenas medicamentos genéricos e similares, além dos
medicamentos controlados, dos correlatos e das perfumarias, neste dia foi feita
separação de um pedido para o interior do estado, os pedidos para este destino
tendem a ser em grandes quantidades e são transportados através de fretes, é uma
entrega terceirizada, no entanto apesar de o motorista não possuir o treinamento
adequado para o transporte correto de medicamentos, são lhes repassadas
instruções para que o produto chegue ao destino com todas suas propriedades, esta
empresa também não trabalha com medicamentos termolábeis.
✔ 18 ​º ​Dia 31.10.2019 – Quinta

A primeira tarefa a ser realizada neste dia foi o registro da temperatura e da


umidade dos 10 termômetros espalhados pela distribuidora. Neste dia foi nos
atribuída a tarefa de fazer a separação de um pedido de medicamentos controlados,
estes possuem um rigor maior para o seu armazenamento e saída, seu controle está
minuciosamente atrelado aos cuidados da farmacêutica, a quantidade em estoque e
o lote são rigorosamente contados, mesmo no check-out o lote é solicitado no
momento em que o medicamento controlado passa pelo leitor de código de barras, o
que não é pedido para os demais medicamentos.
Após o check-out de um dos pedidos foi nos permitido realizar o
armazenamento destes nas caixas, seguindo as devidas instruções dos funcionários
e as normas da empresa. Para o conforto do cliente os medicamentos de mesmo
tipo são colocados na mesma caixa, o tamanho destas é adaptado conforme o
volume dos medicamentos e são firmemente embalados e identificados.
✔ 19 ​º ​Dia 01.11.2019 – Sexta

A primeira tarefa realizada ao chegar no estágio é a verificação da


temperatura e da umidade, registrados nos 10 termômetros espalhados pela
distribuidora. Foi nos então permitido arrumar a sala em que são armazenados os
medicamentos controlados, esta organização deve ser feita seguindo uma lista que
contém todo o estoque registrado, os números dos medicamentos devem ser
contados mais uma vez e confirmados na lista e conforme houver espaço nas
prateleiras os medicamentos são colocados nestas.
Com o auxílio de ligas, os medicamentos são agrupados em grupos de 10
para facilitar a contagem de grandes pedidos, as caixas que são desocupadas são
então desmontadas e enviadas para a área da distribuição para que possam ser
reaproveitadas para entregas.
Neste dia também foram realizadas separações de pedidos, alguns
medicamentos são solicitados em grandes quantidades, ou de um lote diferente
daquele que está na estação (à mostra), para estes casos é então necessário utilizar
uma escada própria para se alcançar o medicamento desejado ou então solicitar a
ajuda de um guindaste disponível na empresa para alcançar alturas extremas.
✔ 20 ​º ​Dia 04.11.2019 – Segunda

Neste dia iniciamos com o controle da temperatura e umidade do ambiente


da distribuidora, e, podemos observar que os medicamentos controlados distribuídos
para diferentes farmácias do estado, eram das mais diversas classes
farmacológicas: antidepressivos (amitriptilina e sertralina), anticonvulsivantes
(gabapentina e carbamazepina), retinóides sistêmicos (isotretinoína) e, para doenças
neurodegenerativas (cloridrato de memantina). Além disso, esses medicamentos
constavam na lista de pedidos junto com outros de venda livre, às vezes com a
identificação no lado do nome; do tipo de classificação da receita, exemplo: B1 e C1.
Para a percepção de que tratava-se de um fármaco de uso controlado com
retenção de receita, os funcionários afirmaram que é com a prática advinda com a
experiência do trabalho na distribuidora, já que o conhecimento em farmacologia das
classes medicamentosas é atribuído à um profissional da área da saúde. Portanto,
conversamos sobre uma alternativa a ser verificada pela empresa, à possibilidade de
haver uma lista especial e separada para medicamentos controlados, com o objetivo
de ajudar na identificação por parte dos funcionários, contribuindo assim na agilidade
e eficiência do processo de realização dos pedidos, já que estes ficam armazenados
em um setor que fica dentro da sala da farmacêutica.
✔ 21 ​º ​Dia 05.11.2019 – Terça

​No referido dia, após a verificação da temperatura e umidade, houve mais


uma vez a contagem de produtos de perfumaria e cosméticos, o que constituiu-se
como um desafio trabalhoso para nós estagiários, já que a verificação dos nomes
entre eles é bem semelhante, além de que a medida do volume também é igual.
Como por exemplo, na lista do pedido com nomes de tinturas de cabelo vinham com
apenas: “loira platinada”, existindo na estação a opção de “loira platinada atraente ou
charmosa”, sendo que o lote não constava no produto e, que o código de barras nem
sempre era o mesmo, assim como a pontuação de coloração às vezes era
insuficiente para identificar o produto também. Para tanto, foi preciso muita atenção
e paciência, o que seria facilitado com uma lista mais específica constando os
adjetivos de classificação presentes nesses produtos, por exemplo.
Além disso, a maioria desses produtos de cosméticos e perfumaria, eram
distribuídos para atender outros municípios do estado, como Laranjal do Jari e
Oiapoque, sendo preferível que a conferência (antes mesmo do check out) fosse
realizada toda em caixas individuais constando apenas o produto referido, mesmo
que a quantidade fosse pequena. Assim, os funcionários ajudavam com a
identificação dos dados presentes nas caixas que ficavam na parte superior das
empilhadeiras, porém, geralmente a organização das caixas apresentavam
problemas de estocagem e armazenamento, como produtos sem informação nas
caixas, tornando assim um trabalho que exigia um conhecimento maior da noção de
onde estaria determinado produto, estando estes muitas vezes misturado
✔ 22 ​º ​Dia 06.11.2019 – Quarta

Neste dia o controle da temperatura e umidade foi realizado enquanto


observamos a transição da farmacêutica pelos setores da distribuidora e, a sua
supervisão do pedido no estoque quando é um paciente de porta, ou seja que vêm
buscar o medicamento diretamente na distribuidora sobre uma medida que
permite-lhe esse direito. Verificamos que no estoque existem caixas com
advertências escritas do tipo: “Não mexa neste lote”, indicando que há um outro lote
a ser priorizado. Com relação aos lotes, foi nos informado que existem lotes
diferentes para um mesmo produto farmacêutico e, que estes se completam na
realização do pedido, como exemplo: o pedido é de 30 unidades do medicamento
similar Scaflogin 50 mg, existindo na estação do estoque 1 lote que tem 26 unidades
e outro lote diferente com as 4 unidades que faltam, sendo todos colocadas numa
mesma caixa.
Outra questão sobre os pedidos é que neste dia, as listas em que
foram nos solicitado os pedidos, apresentavam medicamentos que estavam em falta
no estoque e, que embora o sistema informasse uma determinada quantidade
presente nos setores, este não estava presente para a contagem, ficando por conta
do funcionário responsável pelo pedido a informação passada para nós de que o
produto estava em falta na distribuidora, pois, nem mesmo o gerente tinha
conhecimento sobre isso.
✔ 23 ​º ​Dia 07.11.2019 – Quinta

No referido dia, ocorreu a medição da temperatura e umidade do


armazém da distribuidora e, após isso analisamos as ruas/blocos de medicamentos,
e, discutimos a respeito da organização dos produtos farmacêuticos, como o setor
do laboratório da Neoquímica, em que a parte dos genéricos é bem semelhante,
pelo fato das caixas serem da mesma cor amarela e, o próprio nome do princípio
ativo apresentar semelhanças, como: cloridrato de sotalol e cloridrato de propranolol;
estando estes dispostos lado a lado na empilhadeira, podendo causar dificuldade
para encontrar o referido produto.
Conversamos então à respeito da possibilidade de no canto da divisão de
cada empilhadeira existir uma placa sinalizando os medicamentos existentes ali por
ordem de localização, já que são 3 paredes empilhadas totalmente com genéricos
de caixas todas amarelas do mesmo laboratório. Além disso observamos a parte dos
saneantes dos laboratórios Farmax e Uniphar, que encontrava-se bastante
desorganizada, e com produtos que apresentavam desvios de qualidade, como:
caixas abertas e recipientes de plástico amassados, especialmente a Água Inglesa
da Farmax. Ademais, realizamos diferentes pedidos solicitados pela empresa.
✔ 24 ​º ​Dia 08.11.2019 – Sexta

Neste dia, aprendemos mais sobre o check out feito e organizado pelo
programa Winthor, que apresentava um controle de “itens a conferir” e “itens
conferidos”; e que há uma apresentação do sistema diferente para medicamentos
controlados, em relação ao lote que conta com uma nova aba para verificação
correta do mesmo, contando por vez todos seus números e letras, bipando este no
sistema por 2 vezes. Além disso, após a identificação do produto e sua
armazenagem em caixas são emitidas etiquetas e as fichas dos pedidos são
carimbadas e anexadas nos documentos da distribuidora.
Ademais nós estagiários, aprendemos mais uma vez sobre o inventário dos
medicamentos controlados na sala da farmacêutica, em que cada lista nos
apresentava os medicamentos por ordem alfabética e de prioridade, devendo nós
contar todo o lote e, saber identificar o laboratório corretamente para repor o
estoque.
✔ 25 ​º ​Dia 11.11.2019 – Segunda

Este foi o último dia do nosso estágio, iniciamos nossas tarefas com o
controle da temperatura ambiente e umidade do armazém da distribuidora, após isso
fomos até a sala da farmacêutica e verificamos minuciosamente uma lista de
medicamentos controlados. Observamos que a lista contém itens como: “considerar
estoque físico e estoque disponível” / “imprimir necessidade negativa e endereço da
embalagem máster”. Além de dados sobre a filial, fornecedor, departamento de
medicamentos, seção, produto, comprador, módulo, número do fármaco, posição
dele no estoque e status do estoque.
Além disso são fixadas na parede da sala informações sobre os genéricos
dos medicamentos, informando sobre a validade e retenção da prescrição, assim
como o seu tipo de notificação de receita que pode ser: A1, A2, A3, B1, B2, C1, C2,
C3, C5. Depois de aprendermos sobre essas informações, fomos com a
farmacêutica até o armazém, onde nos despedimos da equipe, conversamos sobre o
estágio e planos futuros e, agradecemos pela troca de aprendizado e experiência
que foi extremamente satisfatória para nosso grupo durante esses 25 dias.

3. DIÁRIO DE LEITURA

3.1 Do 1 ​º ​dia 07.10.2019 (segunda) ao 8º dia 16.10.2019 (quarta)

3.1.1 Transporte, acondicionamento e papel do farmacêutico

A RDC 1052/1998 do Ministério da Saúde/Anvisa, aprova uma relação de


documentos necessários para habilitar uma empresa a fazer o transporte de
produtos farmacêuticos e farmoquímicos sujeitos à vigilância sanitária. Para uma
empresa realizar o transporte de medicamentos, antes de tudo é necessário obter a
AFE (Autorização de Funcionamento de Empresa), essa declaração é cedida pela
Anvisa e declara que a empresa pode transportar medicamentos comuns, ou seja,
medicamentos que não constam na portaria 344/98. Também é necessário alvará
sanitário e Certificado de Regularidade Técnica, emitido pelo CRF.

Para o transporte de medicamentos que necessitam de temperatura controlada, é


necessária uma estrutura específica, em que há necessidade de um veículo baú
com isolamento térmico ou refrigerado com um termômetro e uma embalagem que
garanta o acondicionamento da temperatura necessária durante o transporte com
um prazo maior de durabilidade.

A RDC 329/99 da Anvisa, considerando a necessidade de maior controle sanitário


no transporte de produtos farmacêutico, institui o roteiro de inspeção para
transportadoras de medicamentos, drogas e insumos farmacêuticos, levando em
consideração critérios de avaliação imprescindíveis, necessários, recomendados e
informativos. São considerados critérios imprescindíveis aqueles que atendem as
recomendações das Boas Práticas de Fabricação e Controle, que pode influir em
grau crítico na qualidade ou segurança dos produtos e na segurança dos
trabalhadores na interação com os produtos e processos.

Os critérios necessários são aqueles que atendem as recomendações das Boas


Práticas de Fabricação e Controle que pode influir em grau menos crítico na
qualidade ou segurança dos produtos e na segurança dos trabalhadores na
interação com os produtos e processos. Os critérios Recomendáveis, são aqueles
que atendem as recomendações das Boas Práticas de Fabricação e Controle porém
não influem em grau crítico na segurança do produto ou dos trabalhadores na
interação com os produtos e processos e os critérios Informativos são aqueles que
não afetam a qualidade do produto ou a segurança dos trabalhadores, porém
apresentam informações descritivas dos produtos ou processos.

Para o transporte e acondicionamento dos produtos, é essencial que se mantenha


as características fisico-químicas de acondicionamento, como a temperatura e
umidade. Toda e qualquer área destinada a estocagem de medicamentos deve ter
condições que permitam preservar suas condições de uso. Os medicamentos não
podem sofrer variações excessivas de temperatura e devem ser observadas as
seguintes recomendações: O local de estocagem deve manter uma temperatura
constante, ao redor de 25 ºC +/- 2ºC, as medições devem ser efetuadas de maneira
constante e segura, com registros escritos e deverão existir sistemas de alerta que
possibilite detectar defeitos no equipamento de ar condicionado para pronta
reparação.

Para que todas essas demandas sejam cumpridas e observadas, é necessário o


papel do farmacêutico, porém este também está sujeito a supervisão profissional
sanitária e técnica do CRF e da Vigilância Sanitária, sendo o farmacêutico
fiscalizado somente por outro profissional farmacêutico e o estabelecimento pela
Vigilância Sanitária. Durante a fiscalização o farmacêutico deverá apresentar
documentos como AFE, AE e Certidão de Regularidade Técnica, além de POP’s,
Manuais de Boas Práticas e Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de
Saúde. Esses documentos são de responsabilidade do farmacêutico que, caso não
esteja cumprindo com os princípios de Boas Práticas de Armazenamento e
Transporte e o Código de ética farmacêutico, poderá ser penalizado com diferentes
penas, desde advertência até eliminação do seu registro no CRF.

3.1.2. Transporte de Medicamentos sujeitos a controle especial


Segundo a portaria 344/98, no Capítulo IV, a transportadora de substâncias
constantes na lista de produtos sujeitos a controle especial deverá estar
devidamente legalizada junto aos órgãos competentes, o que compreende todos os
documentos necessários para manter um estabelecimento que dispense, armazene
ou transporte medicamentos, e ainda a AE (Autorização Especial), obtida junto a
Anvisa.

A empresa transportadora ou distribuidora, deverá manter em seu arquivo uma cópia


autenticada da AE das empresas pras quais presta serviço e os medicamentos ou
substâncias constantes nesta lista estarão sujeitos a apreensão caso os documentos
não estejam com os documentos hábeis, incorrendo os portadores e mandatários
em ações administrativas, civis e penais.

No mais, além dessa característica especial dos medicamentos controlados, eles


devem passar pelos mesmos processos de controle de qualidade que os outros
medicamentos transportados, sempre seguindo as boas práticas de armazenamento
e transporte e a as especificações do fabricante.

3.1.3.

3.2 Do 9 ​º ​dia 17.10.2019 (quinta) ao 14º dia 24.10.2019 (quinta)

3.2.1 Documentos Sanitários Regulatórios


A agência reguladora do setor farmacêutico no Brasil é a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA), uma autarquia com regime especial, que apresenta
autonomia administrativa e financeira, que provém da arrecadação de taxas de
fiscalização da Vigilância Sanitária (VISA), de multas resultantes de ações
fiscalizadoras, entre outras fontes. A ANVISA é o principal órgão regulador das
atividades exercidas pelos estabelecimentos que desenvolvam práticas relacionadas
ao setor farmacêutico, sendo responsável pelos principais documentos regulatórios
destes estabelecimentos (PIOVESAN, 2002).
Todo estabelecimento que desenvolvam atividades relacionadas ao âmbito
farmacêutico deve possuir documentos obrigatórios para a regulamentação das
atividades exercidas junto aos órgãos fiscalizadores do setor farmacêutico
(PEREIRA et al., 2008). A obrigatoriedade dos estabelecimentos que realizam
atividades relacionadas ao setor farmacêutico de dispor de vários documentos tem
como objetivos primordiais de garantir as boas práticas de manipulação dos
produtos e medicamentos. Os principais documentos regulatórios são: Autorização
de Funcionamento, Autorização Especial, Licença Sanitária e Certificado de
Regularidade Técnica (PIOVESAN, 2002; PEREIRA et al., 2008).
3.2.2 Seleção (Ciclo da Assistência Farmacêutica)
De acordo com a Resolução no 338, de 6 de maio de 2004, do Conselho
Nacional de Saúde, que aprovou a Política Nacional de Assistência Farmacêutica,
Assistência Farmacêutica (AF) é: Conjunto de ações voltadas à promoção, proteção
e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como
insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve
a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem
como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da
qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização,
na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de
vida da população (BRASIL, 2004).
No ciclo da Assistência Farmacêutica, o resultado de uma atividade é o ponto
de partida para outra e a ausência ou a execução de forma inadequada de uma
delas, acaba impedindo o correto funcionamento de todo o ciclo (​SOUZA, et al.,
2016). A seleção é um processo de escolha de medicamentos, baseado em critérios
epidemiológicos, técnicos e econômicos, estabelecidos por uma Comissão de
Farmácia e Terapêutica (CFT), visando assegurar medicamentos seguros, eficazes
e custo-efetivos com a finalidade de racionalizar seu uso, harmonizar condutas
terapêuticas, direcionar o processo de aquisição, produção e políticas farmacêuticas.
É a partir da seleção que são desenvolvidas as demais atividades,
portanto, ​a seleção é o ponto de partida para as outras atividades, por isso é uma
atividade dinâmica e participativa e que envolve profissionais de diferentes áreas da
saúde (​ARAÚJO et al., 2005).
3.2.3 Programa Winthor
Para o gerenciamento da compra de materiais e da demanda de pedidos de
produtos e correlatos farmacêuticos, a distribuidora utiliza um sistema gerencial para
a realização destas atividades, a ferramenta que é utilizado para esses fins é o
Programa Winthor.
O Programa Winthor é um sistema de gerenciamento de compras e venda de
produtos em geral. Este sistema permite o gerenciamento de forma dinâmica,
simples, bastante eficiente, abrangente e altamente segura. O sistema winthor tem
como objetivo agilizar a distribuição e facilitar o controle e a gestão de processos do
negócio do atacado distribuidor, possibilitando um total de todas as transações
empresariais (Manual do Sistema Winthor – Treinamento Básico, 2013).
3.3 Do 15 ​º ​dia 25.10.2019 (sexta) ao 19º dia 01.11.2019 (sexta)

3.3.1 Gestão de serviços farmacêuticos (distribuidora)


A leitura realizada neste dia foi a leitura da RDC nº 304 de 17 de setembro de
2019, esta RDC trata das boas práticas de distribuição, armazenagem e de
transporte de medicamentos, com esta leitura foi possível identificar os requisitos
necessários para se ter uma boa equipe, manter o armazenamento correto para os
variados tipos de medicamentos, além da forma como deve ser feita a distribuição
destes até seus devidos fins.
3.3.2 Distribuição (Ciclo da Assistência Farmacêutica)
A RDC nº 320 de 22 de novembro de 2002 foi uma das leituras consultadas
nestes dias, esta RDC aborda sobre os procedimentos para distribuidores de
produtos farmacêuticos, que falam meios necessários para o transporte devido dos
medicamentos.
A distribuição dos medicamentos para as unidades deve ser feita com
eficiência, de forma que possa garantir a integridade do medicamento e com rapidez,
de forma a fazer com que o produto chegue ao seu destino em tempo necessário
para que atenda a demanda da população e é dever do farmacêutico instruir a forma
como esta distribuição deve ser feita, além de treinar seus funcionários para serem
capazes de realizar um trabalho benéfico para o transporte dos medicamentos.
3.3.3 Papel do farmacêutico na distribuidora
A RDC nº 16 de 1 de abril de 2014 dispõe sobre os Critérios para
Peticionamento de Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização Especial
(AE) de Empresas, sendo estes dois importantes documentos que devem ser
apresentados na hora da solicitação de pedido de compra na distribuidora, podendo
com sua ausência, a venda não ser autorizada, estes documentos são dois que vão
ajudar a garantir a regularidade da empresa que está a solicitar a compra e, que
exemplificam o papel do farmacêutico numa distribuidora.
3.4 Do 20​º ​dia 04.11.2019 (segunda) ao 25º dia 11.11.2019

(segunda)
3.4.1 Lei do Medicamento Similar
Após a leitura da Lei Nª 6.360, de 23 de Setembro de 1976, que dispõe sobre
a Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos
farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras
providências. Compreendeu-se que:
Medicamento similar: é aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios
ativos, mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e
indicação terapêutica, e que é equivalente ao medicamento registrado no órgão
federal responsável pela Vigilância Sanitária, podendo diferir somente em
características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade,
embalagem, rotulagem, excipientes e veículo, devendo sempre ser identificado por
nome comercial ou marca (ANVISA, 1976).
Além disso, desde 2003, com a publicação da Resolução RDC 134 e
133/2003, os medicamentos similares devem apresentar os testes de
biodisponibilidade e equivalência farmacêutica para obtenção do registro para
comprovar sua farmacodinâmica equivalente ao medicamento de referência. Os
medicamentos similares passam por testes de controle de qualidade que asseguram
a manutenção da qualidade dos lotes industriais produzidos e, atualmente podem
ser intercambiáveis com o de referência (ANVISA, 2003).
3.4.2 Lei do Medicamento Genérico
Após a leitura da Lei 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, concluiu-se que:
Medicamento Genérico: é similar a um produto de referência ou inovador, que se
pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou
renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada
a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua ausência,
pela DCI; devendo as embalagens desses serem padronizadas, mostrando uma
tarja amarela e um grande “G” de Genérico e os seguintes dizeres: Medicamento
Genérico – Lei 9.787/99″, com o nome do princípio ativo por extenso, sem nome
fantasia. Os medicamentos genéricos foram uma política do Sistema Único de
Saúde (SUS) para promover o acesso ao medicamento barato e de qualidade
(ANVISA, 1999).
3.4.3 Armazenamento (Ciclo da Assistência Farmacêutica)
O armazenamento é a etapa do ciclo da Assistência Farmacêutica que
visa garantir a qualidade e a guarda segura dos medicamentos nas organizações da
área da saúde. Constitui-se como um conjunto de procedimentos que envolvem o
recebimento, a estocagem/guarda, a segurança contra danos físicos, furtos ou
roubos, a conservação, o controle de estoque e a entrega. Torna-se fundamental
que as organizações de saúde estabeleçam e monitorem critérios para assegurar
que os medicamentos estejam sendo recebidos, estocados e controlados de
maneira eficaz e correta. (PINTO, 2016).
O armazenamento é caracterizado por um conjunto de procedimentos
técnicos e administrativos que envolvem as atividades de recebimento, estocagem,
segurança e conservação dos medicamentos, bem como o controle de estoque. O
gerenciamento adequado dessa etapa do ciclo reduz perdas e deve observar alguns
procedimentos e ações, entre os quais se destacam: cumprimento das Boas
Práticas de Armazenagem, tais como limpeza e higienização, delimitação dos
espaços para adequada estocagem, recebimento e expedição de medicamentos,
minimizando o risco de trocas; controle de temperatura e umidade; melhoria dos
processos de conferência dos quantitativos na separação, diminuindo o número de
erros no que se referem aos quantitativos, lotes, prazos de validade; existência de
um sistema validado de controle de estoque de medicamentos, que disponibilize
informações gerenciais como balancetes, relatórios e gráficos; assim como melhoria
da capacidade administrativa e de recursos humanos (BRASIL, 2007).
3.4.4 Inventário
Durante esse período de estágio, compreendemos que: Inventário e a
contagem física dos estoques para verificar se a quantidade de medicamentos
estocada coincide com a quantidade registrada nas fichas de controle ou no sistema
informatizado. O inventário pode ser realizado diariamente, semanalmente,
trimestralmente ou anualmente (BRASIL, 2001).
A importância do inventário é permitir verificar as divergências entre os
registros e o estoque físico; possibilitar avaliar o valor total (contábil) dos estoques
para efeito de balanço ou balancete. Os procedimentos Operacionais para
realização de inventários incluem elaborar um instrumento padrão (formulário), com
as especificações de todos os produtos, lote, validade, quantidades previstas,
quantidades em estoque, diferenças e percentual de erros que devem proceder à
arrumação física dos produtos, para a agilização da contagem assim como retirar da
prateleira os produtos vencidos ou prestes a vencer, bem como os deteriorados, e
dar baixa nos estoques. Ademais, um inventário deve ser uma atualização do
estoque fazendo os ajustes necessários. (BRASIL, 2001)

4. AUTO-AVALIAÇÃO E AVALIAÇÃO DO SERVIÇO


As atividades desenvolvidas fora do ambiente acadêmico, tem como objetivo
geral pôr em prática os conhecimentos teóricos adquiridos durante o curso, bem
como a aquisição de novos conhecimentos de natureza prática e que permitiram que
nós como estudante pudéssemos adquirir competências para o exercício da
profissão farmacêutica. Diante disso o estágio, mais do que apenas uma disciplina
na grade curricular do Curso de Farmácia, é de suma importância para nós
acadêmicos, pois apresenta uma riquíssima experiência, na qual podemos adquirir
um amplo conhecimento das possíveis áreas de trabalho a serem seguidas.
O estágio supervisionado III foi realizado em uma distribuidora de
medicamentos, neste estabelecimento entre os muitos conhecimentos adquiridos,
pudemos destacar principalmente os conhecimentos em relação a distribuição de
medicamentos, neste contexto, aprendemos as etapas desse processo. Nesta
perspectiva, os conhecimentos assimilados referentes a distribuição de
medicamentos foram principalmente, conteúdos relacionados ao armazenamento
adequado dos produtos farmacêuticos e as devidas condições de monitoramento de
parâmetros relacionados à conservação destes produtos. Além disso, adquiriu-se um
amplo entendimento, sobre os documentos que regularizam os estabelecimentos
que praticam quaisquer atividades relacionadas ao âmbito da saúde, com isso,
tivemos a oportunidade de aprofundar mais uma vez nossos conhecimentos sobre
os documentos referentes aos estabelecimentos de distribuição de medicamentos,
sendo eles os principais: Autorização de Funcionamento, Autorização Especial,
Licença Sanitária e Certificado de Regularidade Técnica.

CONCLUSÕES
O estágio curricular é essencial na medida em que permite um primeiro contato
com a vida profissional de um farmacêutico. Em suma, foi uma experiência bastante
positiva, que serviu para enriquecer nossas competências pessoais, acadêmicas
e profissionais, além de manter presente a importância da formação individual
contínua e também enriquecer a capacidade de trabalhar em grupo. Tivemos a
oportunidade de visualizar, de fato, que um farmacêutico no setor de distribuição de
medicamentos pode ter um papel muito importante, o que despertou nosso interesse
para essa área de atuação do farmacêutico. No entanto, 25 dias de estágio foram
extensos para nós, pois, a distribuidora Brasil Medicamentos já conta com uma
equipe de 20 funcionários no armazém, de modo que nossa ajuda foi pouco
requisitada. Ademais, podemos agregar conhecimentos aprendidos com essa equipe
e com a profissional farmacêutica Paula Fonseca para nossa trajetória de vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Distribuidora de Medicamentos, Redes de Farmácias e Drogarias. v.1, 08 p., 01 de
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ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei Nª 6.360, de 23 de Setembro


de 1976, que dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos os
medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos,
saneantes e outros produtos, e dá outras providências. v.1, p. 1 - 4, 1976.

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei Nª Lei 9.787, de 10 de


fevereiro de 1999, que dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o medicamento
genérico, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos
e dá outras providências. v.1, p.1-4, 1999.

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de 23 de agosto de 2001. Dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos os
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saneantes e outros produtos, e dá outras providências. v.1, p.1-4, 2001.

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SOUZA, R. S. D. et al. Importância da assistência farmacêutica na promoção do uso


racional de medicamentos por meio da intervenção no processo de judicialização do
SUS. ​Rev. Ciênc. & Saúde Coletiva.​ v. 4, n. 4, p. 776-783, 2016.

Anexo A - Frequência e folha de avaliação Abrahão


Anexo B - Frequência e folha de avaliação Ana Carolina Silva dos
Santos
Anexo C - Frequência e folha de avaliação Bruna Duarte Barbosa
Anexo D - Frequência e folha de avaliação Maria Helena C. Frota

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