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In: Novos
Estudos n. 12
Nos tempos do Pós modernismo, não existe mais o individual velho burguês
De que, no individualismo moderno, os estilos singulares foram esgotados, e que
não adianta procurar por estilo inovador, pois não haveria. E o que restaria seria
o uso de pastiche.
O autor apresenta exemplos em que o pastiche aparece, e explica que não é e uma forma,
mas é algo muito presente na cultura de massa, e que é denominado genericamente de
“filme de nostalgia”, um exemplo que o autor da é o filme American Grafitti, de George
Lucas (1973), que retrata os anos 50 nos Estados Unidos. Outro exemplo, Chinatown,
de Polanski, que retrata os anos 30. O filme de nostalgia não tem esse nome apenas
pelo fato de se passar em outra época, mas pelo fato de remeter a sensação de uma
época passada. Um exemplo, dado foi Guerra nas estrelas, que apesar de ser fictício,
passa a nostalgia, por ser um pastiche dos seriados antigos, que faz remeter a uma
sensação nostálgica.
Um dos traços, levantados pelo autor é a textualidade, em que faz comparações a
esquizofrenia. O esquizofrênico é acometido por uma irrealidade, em que se baseia
apenas em um presente, o esquizofrênico não tem essa mesma percepção de passado e
presente, e de conseguir distingui-las. Condenado a viver sempre em um presente
perpétuo, onde o não se conecta com o seu passado e não vê um futuro, assim a sua
experiencia comum a materialidade é isolada. Ele não possui uma identidade pessoal,
visto que isso depende do “eu” através do tempo. Ele consegue vivenciar de forma mais
intensa que nós, pois nosso presente sempre faz parte de algo mais amplo de projetos.
Porem, como não possui essa identidade pessoal, seu desempenho se torna nulo, visto
que para realizar um projeto é necessário estar apto a desenvolver alguma continuidade.
Essa questão de viver sempre em um presente, é bem característico dessa nova geração
contemporânea, em que vive apenas o momento.
No final o autor, entra na pergunta de “precisaríamos de um conceito de pós
modernidade?”, e diz que a diferença entre os dois períodos (modernidades e pós
modernidade) está não relacionada a mudança de conteúdo, mas sim uma reestruturação
de elementos, traços que eram secundário, se tornam predominantes, e os traços
predominantes, se tornaram secundários.
A modernidade ela surgiu como uma arte do contra, o autor define como algo de
escândalo e insulto para o público burguês. Era objeto de zombaria. Quando a pós
modernidade veio, muitas obras que antes eram vistas como negativo, se tornarão
clássicas, um exemplo dado pelo autor, foi as obras de Picasso. E apesar de a pós
modernidade chocar, da mesma forma que a modernidade fazia em seu auge, ela ainda
passa ser mais consumida e inserida, que o outro período.
A modernidade que era justamente contra aos preceitos acadêmicos, passa a ser visto
como algo cânon e a ser ensinado em escolas e universidades, perdendo o seu poder de
ser subversivo.
O autor levanta uma questão interessante, se seria possível fugir desse capitalismo e ser
subversivo realmente. Ao meu ver é algo muito difícil de se alcançar, principalmente
nos dias atuais, onde tudo é muito conectado, efêmero e liquido. Talvez, a subversidade
só poderia acontecer em períodos mais antigos, e provavelmente a modernidade
conseguiu durante um tempo ser subversivo, mas também conforme surge a
internacionalização, cai no capitalismo e no consumo.