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i vi ps (O by, Fe ea XS VAAN [oe KeX) RETA FINAL PC/RJ g RAIOX CICLOS RAIO X aviso importante Este material esta protegido por direitos autorais (Lei n° 9.610/98), sendo vedada a reproducao, distribuigao ou comercializagao de qualquer informagao ou contetido dele obtido, em qualquer hipdtese, sem a autorizagado expressa de seus idealizadores. O compartilhamento, a titulo gratuito ou oneroso, leva a responsabilizacgao civil e criminal dos envolvidos. Todos os direitos estao reservados. Além da protecao legal, este arquivo possui um sistema GTH anti-tem- per baseado em linhas de identificagao criadas a partir do CPF do usuario, gerando um cédigo-fonte que funciona como a identidade digital oculta do arquivo. O cédigo-fonte tem mecanismo auténomo de seguranga e protecéo contra descriptografia, independentemente da conversao do arquivo de PDF para os formatos doc, odt, txt entre outros. EB ecsimrn RETA FINAL PC/RJ g RAIOX CICLOS SUMARIO DIREITO PENAL. DIREITO PROCESSUAL PENAL MEDICINA LEGAL EB ecsimrcn RETA FINAL PC/RJ g RAIOX CICLOS DIREITO PENAL* Fala galera DELTA, animados para o nosso RAIO-X? © RJ continua lindo, ¢ agora mais ainda, porque ESPERA por VOCES!!! Hora de respirar e concentrar sua energia em dar o melhor de si nessa RETA FINAL. Para isso, vocés e no vamos soltar a sua mao!!! remMos com Através desse Raio-X queremos te dar aquele direcionamento especial, analisando os pontos que mais me~ recem sua atencdo nessa reta final, e que com certeza ajudardo a otimizar o seu estudo durante esse periodo. E importante que vocé esteja sempre acompanhando as orientagdes do Raio-X durante @ preparacdo + CONHECENDO A PROVA: A Prova Objetiva Preliminay, que integra a primeira fase do concurso, de cardter elminatério e classificatéro, compreenderé 100 (cem) questées objetivas (miltipla escolha) versando sobre 0 Contetida Programatico constante do Anexo Il deste edital, distribuidas conforme o quadro abaixo: Disciptinas Nt de Questées Valor de Cada Questo Minimo de Pontos (pontos) Exigidos Direito Penal 20 05 50 Direito Processual 20 05 50 Penal Direito 20 05 50 Administrativo Direito 20 05 50 ‘Constitucional Direito Civil 10 10 50 Medicina Legal 10 10 50 ~ Cada disciptina da Prova Objetiva Preliminar totalizar4 100 (cem) pontos. - Cada questo teré 5 (cinco) opcées de resposta, havendo somente uma op¢ao correta, - #ATENGAO: A Prova Objetiva Preliminar APROVADO nesta etapa, o candidato que obtiver, no mil valoragéio maxima de 600 (seiscentos) pontos, sendo considerado imo, 50 (cinquenta) pontos em cada uma das discipli- nas, isoladamente, na forma do artigo 18 da Lei Estadual n° 3.586, de 21 de junho de 200", com redacao alterada pela Lei n° 4.375, de le julho de 2004, + CONHECENDO A BANCA: Galera, um detalhe muito importante sobre o concurso, é que, apesar de a banca organizadora ser o CEBRASPE, existem também as bancas examinadoras divididas por disciplinas, e a PCRI ja informau a composicso de cada uma delas. Ao que tudo indica, a responsabilidade pela elaboraco da prova em si ficard por conta desses examinadores, designados para a Comisséo do concurso, cabendo ao Cebraspe, 0 apoio logistico, 1 Por sica Neves EB ecsimurcn RETA FINAL PC/RJ 8 RAIOX CICLOS Quem sao eles em DIREITO PENAL? enc Presidente: Delegado Cotes RETA NAL PC/RI | 20(CLOSHIETODO - Delegado de policia - Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro; - Foi examinador do iiltimo concurso, realizado em 2012; ~ Autor de diversos livros e artigos cientificos na area de direito penal; - Fspecializacéo: gestéo da seguranga publica; = Titulo da tese de mestrado (em andamento): Histéria e discurso em confito: © negacionismo sob o prisma da liberdade de expresso - ALGUMAS PRODUGGES BIBLIOGRAFICAS: GILABERTE, Bruno ; GILABERTE . Para além dos costumes: manter casa de pros- tituicdo pode se revelar uma conduta atipica.. Revista Juridica da Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro, v. 1, p, 68-78, 2012. GILABERTE . A Objetividade Juridica do Tréfico de Pessoas: criticas & sistemética adotada no Cédigo Penal, REVISTA INTERDISCIPLINAR DE DIREITO , v. ano 5, p. 397-405, 2008. GILABERTE . Crimes Contra a Pessoa. 2. ed, Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2019. 500p GILABERTE, Bruno ; HABIB, G. ; FERNANDES, A. Antanavicius ; AZEVEDO, A. M. L. s NAVES, C. L.L. E.; PACCINI, ©, ; CORTEZ, G. ; KISHIDA, I. ; MOURA, J.B. ; SILVA, H.; TERRA, L. B.; SILVA, M. R.; GOMES, M. S. ;JALIL, M. S. ; BELLO, R.; GANDRA, T.G.; BONFIM, W.L. S. ; GILABERTE . Lei Antiterrorismo. 1. ed, Rio de Janeiro: Jus Podium, 2017. v.1. 366p GILABERTE . Crimes contra a Dignidade Sexual. 1. ed, Rio de Janeiro: Freitas Bas- tos, 2014. v. 1. 208p GILABERTE . Crimes contra a Pessoa, 1. ed, Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2013, 406p GILABERTE . Crimes contra 0 Patriménio. 213. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2013. 356p GILABERTE, Bruno ; De Bem, Leonardo Schmitt ; SWENSSON JR,, L. J. ; Grau, Eros Roberto ; ROSA, Alexandre Morais da ; MONTEZ, Marcus ; MARTINELLI, Joao. Paulo Orsini ; OSMO, Carla ; GILABERTE . Kant e o Aborto de Feto Anencefélico. In: Lauro Joppert Swensson Jr; Leonardo Schmitt de Bem; Ricardo Guilherme Cortéa Silva, (Org). Estudos de Direito Piblico: aspectos constitucionais contem- poréneos. ted Belo Horizonte: Editora D'Placido, 2018, v. 2, p. 271-274. GILABERTE ; GILABERTE, Bruno ; BIANCHINI, Alice ; MONTEZ, Marcus ; SILVA, A. R, L GUARAGNI, FA, ; CHOUKR, FH, ; De Bem, Leonardo Schmitt ; MARTINELLI, Jo80 Paulo Orsini; BRITO, A. C. ; SWENSSON JR, L. J; PEORINHA, R, D. ; IOTTI, P R, Abortamento humanitério ¢ a desnecessidade do B.O. por crime de estupro. In Leonardo Schmitt de Bem. (Org). Estudos de Direito Puilico: aspectos penais processuais. 1ed.Belo Horizonte: Editora D'Placido, 2018, v. 1, p. 301-308. RETA FINAL PC/RJ 8 RAIOX eee Wiener le Direito: Alexandre Nr eC Caic) Ege ee ae Veneers CICLOS - Juiz Federal e Professor; - Escritor com mais de 50 obras publicadas e mais de 1,2 milhéo de livros vendi- dos; - J8 exerceu as atividades de advogado, delegado de Policia, Defensor Puiblico, Professor de Direito Processual na Universidade Federal Fluminense — UFF e pro- fessor em varios cursos preparatérios e pés-graduacSbo, jé tendo atuado também ‘como membro de bancas de concursos. ~ Agraciado com 4 medalhas militares, diversas medalhas civis e 3 prémios pela atuacdio na area de incluso social e racial. ireito Penal dos V, VI, Vil e VII a/RI; - Membro das Bancas Examinadoras de Concursos Ptiblicos para Delegado de Poli ~ Juiz de Direito. ~ Presidente do Ill Tribunal do Juri da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, - Especialista em Direito © Processo Penal pela UNESA, Formado pela Escola de Altos Estudos em Ciéncias Criminais. - Membre do Férum Nacional de Juizes Criminais (FONAJUC). -Membro do Movimento de Combate a Impunidade (MCD. - Delegada de Policia Civil do Rio de Janeiro; - Professora e membra do Conselho Curador da Fundaco de Apoio ao Ensine € Pesquisa da Policia Civil (FAEPOL): ~ Autora da Jupodvimn: Sinopses para Concursos - v.50 - Criminologia (2021) Revisaco - Medicina Legal e Criminologia - Mais de 1000 Questdes Comen- tadas (2021) - Atualmente é Promotor de Justica do Ministério Publico do Estado do Rio de Janeiro. ~ Tem experiéncia na area de Direito, com énfase em Direito Publico. + ATENGAO: Pessoal, considerando a pesquisa da banca e a andlise das provas anteriores, fiquem Iigados nas #APOSTACICLOS e Elas sero utilizadas no decorrer desse raio X hashtags sempre que forem identificados os assuntos que se relacionam com areas de interesse da banca, + ATENGAO 2: Talvez vocés tenham reparado que o edital trouxe 0 contetido programético de maneira um tanto embaralhada, repetindo varios assuntos dentro da mesma disciplina. Assim, por fins didéticos e a fim de otimizar 0 seu estudo, resurnimos o edital, unficando os pontos que vieram dispersos e/ou repetidos, para trata-los de uma forma mais concentrada. G RETA NAL PC/RI | 20(CLOSHIETODO RETA FINAL PC/RJ g RAIOX CICLOS GORA, VAMOS DE MUITO CONTEUDO! A “BRINCADEIRA’ COMECOU!! 1. Misses do direito penal. Poder punitivo e direito penal. Teoria do bem juridico-penal. Principios constitucionais e gerais do Direito Penal. Fontes do Direito Penal. Interpretacao da norma penal. Conflito aparente de normas. Teoria da norma penal. Norma penal em branco. Interpretagao da norma penal. Integracao da norma penal. Lei penal no tempo e no espaco. Fontes do direito penal. Eficécia pessoal da lei penal. Esse é um ponto amplamente doutrinério, que deve ser com a anélise da jurisprudéncia (especialmente quanto aos principios). Por esse motivo, sugerimos a leitura da FUC Je FUC 2 de Direite Penal ou material préprio. studado pelo seu material de base em conjunto Em relacSo aos principios, foco no principio da legalidade, subsidiariedade, intervengo minima, ofensivi- dade, e lesividade, com especial aten¢o ao principio da insignificdncia, incluindo aqui o estudo OBRIGATORIO da jurisprudéncia correlata #APOSTACICLOS - Atenctio também no que se refere & integraco da norma penal e a lei penal no tempo e no espaco, sao temas que apresentam uma grande quantidade de questdes nos concursos pretérrts. Nesse ponto em especifico, temios previsio legal no Cédigo Penal, portanto, além do estudo dot da lei seca é ingispensavel trinario, a leitura tengo para as teorias relacionadas ao tempo e lugar do crime, abolitio criminis e seus efeitos, bem como lei penal no espaco (muito importante - saber os critérios @ requisitos) WACAIU Ano: 2018 Banca: CESPE Orgiio: PC/SE - Delegado de Policia Julgue o iter seguinte, relativo aos direitos e deveres individuals e coletivos e as garantias constitucionais? Em razdo do principio da legalidade penal, a tipificagdo de conduta como crime deve ser feita por meio de lei em sentido material, no se exigindo, em regra, a lei em sentido formal Certo £) Errado 2 Gabarto: ERRADO. RETA FINAL PC/RI RETA FINAL PC/RJ g RAIOX CICLOS Ano: 2018 Banca: CESPE Orgao: PC/MA — Delegado de Policia ® No direito penal, a analogia A) & uma forma de autointegracao da norma penal para suprir as lacunas porventura existentes, B) é uma fonte formal imediata do direito penal. utiliza, na modalidade juridica, preceitos legais existentes para solicionar hipéteses no previstas em lei D) corresponde a uma interpretagdo extensiva da norma penal £) € uma fonte formal mediata, tal como o costume e 0s principios gerais do direito, Ano: 2018 Banca: CESPE Orgao: PC/MA - Delegado de Policia * Com relacdo a lugar do crime e territorialidade e extraterritorialidade da lei penal, conforme previstos no CR assinale a op¢do correta ANNos crimes tentados, 0 lugar do crime seré onde o agente pretendia que tivesse ocorrido a consumacéo do delito. 8) Nos crimes conexos, no se aplica a teoria da ubiquidade, devendo cada crime ser julgado pela legislacao penal do pais em que for cometido. No concurso de pessoas, o lugar do crime sera somente aquele em que acorrerem os atos de participagdo ou coautoria, independentemente do local do resultado. D) No crime continuado, somente sera aplicada a lei nacional quando todos os fatos constitutivos tiverem sido praticados em territério brasileiro, por se tratar de delito unitario, £) Nos crimes complexos, no se aplica a teoria da ubiquidade, mesmo que 0 delito-meio tenha sido cometido em territ6rio brasileiro #MAPEIAOVADE PEP ance das Art. 1° ao art. 12 #RAPIDINHAS: 10 COISAS QUE VOCE NAO PODE ESQUECER: 1. Principio da Reserva Legal ou Estrita Legalidade Somente a lei pode criar delitos e cominar penas. A doutvina consagrou, corretamente, as express6es reserva legal e estrita legalidade, pois somente se admite lei em sentido material (matéria constitucionalmente reservada 4 lei) 2 formal (ei editada em consonéncia com o proceso legislativo previsto na Constituigao Federal) ICLOSMETODO RETA FINAL PC/RJ g RAIOX CICLOS #CUIDADO: Em regra, é vedada a edicdo de medidas provisérias sobre matéria relativa a Direito Penal (CF, art. 62, $1°,|, linea b), seja ela prejudicial ou mesmo favordvel ao réu, Nada obstante, Supremo Tribunal Federal historicamente firmou jurisprudéncia no sentido de que as medidas provisorias podem ser utilizadas na esfera penal, desde que benéficas ao agente, EX: MP 417 que prorrogou a “atipicidade temporaria’ no crime de posse de armas previsto no Estatuto do Desarmamento, #ATENGAO - O principio da reserva legal nao se confunde com o principio da legalidade. ~ Principio da legaldade = reserva legal (nao h4 crime sem lel) + principio da anterioridade (exige lel anterion) = O principio da legalidade possui algumas funcées fundamentais: Lelestrita: é proibida a analogia contra o réu Lelescrita’é proibido 0 costume incrminador. #SELIGANOSINONIMO: os costumes contréros skis so chama- dos de DESUETUDO. Lei certa: é proibida a criagdo de tipos penais vagos ¢ in completas (dependem de complemento normativo e/ou valorativo) rminados, Aqui reside a critica 8s normas penais in- Lei prévia: é proibida a aplicacao da lei penal incriminadora a fatos - sua vigéncia, Engloba aqui o da anterioridade, clausule pétrea. Jo considerados crimes - praticados antes de 2. MANDADOS DE CRIMINALIZAGAO. Sao matérias sobre as quais o legislador ordindrio ndo tem a faculdade de legislar, mas sim a obrigatoriedade de criar tipos penais, protegendo determinados bens ou interesses de forma adequada e, dentro do possivel, integral (vedacao 2 protegdo deficiente-ume das vertentes do Principio da Proporcionalidade). Por exemplo: racismo € tortura #OLHAOGANCHO #APOSTACICLOS: © Plendrio do Supremo Tribunal Federal, no julgamento conjunto da Ago decidiu pela aplica- Direta de Inconstitucionalidade por Omissio n.° 26/DF e do Mandado de InjuncSo 4.733/ envolvendo homofobia e transfobia, Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Nacional destinada a implementar 0s mandados de criminalizacio definidos nos incisos XLl e XLII do art 5." da Constituicéo da Reptiblica, as condutas homofébicas ¢ transfébicas. reais ou supostas, que envolvem aversio odiosa a orientacso sexual ou a identidade de género de alauém, por traduzirem expressbes de racismo, compreendido este em sua dimensdo social, ajustam-se, por identidade de razio e mediante adequacao tipica, aos preceitos primérios de incriminagdo definidos na Lei n® 7.716, de 08.01.1989, constituindo, também, na hipstese de homicidio doloso, circunstancia que o qualifica, por configurar motivo torpe (Cédigo Penal, art. 121, § 2° |, “in fine”, EB ecsimrcn red RETA FINAL PC/RJ 83 RAIO X CICLOS 3. PRINCIPIO DA INSIGNIFICANCIA OU BAGATELA Direito Penal nao deve se ocupar de condutas insignificantes, incapazes de lesar ou pelo menos de colocar em perigo 0 bem juridico protegido pela lei penal - Instrumento de interpretagao restritiva do tipo penal. - Possui natureza juridica de legal lusdo da tipicis ial, devendo ser analisado em conexo com os postulados da fragmentariedade e da intervengo minima. Requisitos: + Objetivos: consagrados pelo STF (MLRA): a) minima ofensividade da conduta do agente; b) auséncia de periculosidade social da aco; c)reduzido grau de reprovabilidade do comportamento do agente; d) inex- pressividade da lesdo juridica causada. + Subjetivos: importancia do bem para a vitima (STF) e condigdes do agente (nem a reincidéncia, nem 2 reiteracSo criminosa, tampouco a habitualidade delitiva, so suficientes, por si sés, para afastar a aplicagio do principio da insignificdncia STF - Info 793) HSELIGA - Pode ser reconhecido mesmo apés 0 transito em julgado da sentenca condenatéria. #NAOCONFUNDA #SELIGANATABELA: Niece acne INFRAGAO BAGATELAR IMPROPRIA Sealed Monae Lad Sadi Slated Ae anaes xO A situacao nasce penalmente relevante. O fato é ws 7 . tipico do ponto vista formal e material A situagdo jé nasce atipica, 0 fato é atipico por ati- picidade material Em virlude de circunstancias envolvendo o fato € 0 seu autor, consta-se que a pena se tornou desne- cessaria ‘O agente tem que ser processado (a ago penal deve O agente ndo deveria nem mesmo ser processado ji ser iniciada) e somente apés a andlise das pecullari- que 0 fato é atipico, dades do caso concreto, 0 julz poderia reconhecer a desnecessidade da pena, Nao tem previséo legal no direito brasileiro Esté previsto no art, 59.do CP. 4, APLICAGAO DO PRINCIPIO DA INSIGNIFICANCIA (JURISPRUDENCIA) Pee een nennntinene tinea ttn ene e de descaminho quando o débito tributério verificado no ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002, com as atualizagées efetivadas pelas Portarias n. 75 oO RETA FNAL PC/RI | CIC sMeTODO red RETA FINAL PC/RJ 83 RAIOX CICLOS 130, ambas do Ministério da Fazenda, STI. 3° Seco. REsp 1.709.029/MG, Rel, Min. Sebastido Reis Jinior, julgado em 28/02/2018 (recurso repetitivo) STF. 2* Turma, HC 155347/PR, Rel. Min. Dias T6ffali, julgado em 17/4/2018 (Info 898) Tributos federals: N3o pode ser aplicado para fins de incidéncia do principio da insignificincia nos crimes tribu- trios estaduais o pardmetro de R$ 20,000,00 (vinte mil reais), estabelecido no art. 20 da Lei 10.522/2002, de- vendo ser observada a lei estadual vigente em razio da autonomia do ente federativo. STI. 5* Turma, AgRg-HC 549.428-PA. Rel, Min, Jorge Mussi,julgado em 19/05/2020 Principio da insignificancia e contrabando © principio da insignificincia nfo é aplicavel ao delito de con= trabando, tipificado no art. 34-A do Cédigo Penal, em face da natureza proibida da mercadoria importada ou exportada, Este crime nao tem natureza tributéria Em regra, a jurisprudéncia do Superior Tribunal de Justica néo admite a incidéncia do principio da insignificéncia 208 delitos de contrabando de medicamentos. Em hipdteses excepcionais, contudo, a orientagao desta Casa per- mite o reconhecimento da infrago bagatelar se a quantidade apreendida é pequena e destinada 30 consumo proprio, come considerou 0 acérdao recorrido, Isso ocorre tendo em vista a falta de leso ou perigo de lesdo a0 bem juridicamente tutelado pela norma penal incriminadora, sob o pont de vista da tipicidade material. ST). 6* Turma. AgRg-REsp 1.724.405/RS, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 18/10/2018 Eurto simples: £ possivel a aplicagdo do principio da insignificdncia para o agente que praticou o furto de um carrinho de mao avaliado em R$ 20,00 (3% do salario-minimo), mesmo ele possuindo antecedentes criminais por crimes patrimoniais, STF. 1* Turma. RHC 174784/MS, rel. orig. Min, Marco Aurélio,red. p/ 0 ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 11/2/2020 (Info 966). Furto noturno: € possivel a aplicag3o do principio da insignificéncia em face de réu reincidente e realizado no periodo notumo, Na espécie, trata-se de furto de R$ 4,15 em moedas, uma garrafa pequena de refrigerante, duas garrafas de 600 ml de cerveja e uma de 1 litro de pinga, tudo avaliado em R$ 29,15. STR. 2° Turma. HC 181389/SP Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/04/2020 (Info 973) Furto qualificade: Em regra, nao se aplica o principio da insignificancia ao furto qualificado, salve quando presentes circunstncias excepcionais que recomendam a medida, A despeito da presenga de qualificadora no crime de furto possa, & primeira vista, impedir o reconhecimento da atipicidade material da conduta, a and- lise conjunta das circunstancias pode demonstrar a auséncia de lesividade do fato imputado, recomendando a aplicago do principio da insignificancia. ST. 5* Turma. HC 553.872 - SP Rel. Min.Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 11/02/2020 (Info 665) = A habitualidade delitiva constitui motivago idénea a afastar a aplicacSo do principio da insignificancia, desde ‘que, sopesada com juizo conglobante & luz dos elementos do caso concreto, resulte em maior reprovabilidade da conduta, STF. 28 Turma, HC 159435 AgR, Rel. Min, Edson Fachin, julgado em 28/06/20". ICLOSMETODO EDD ecsimurcn RETA FINAL PC/RJ g RAIOX CICLOS + € possivel a aplicago do principio da insignificancia para 0 agente que praticou 0 furto de um carrinho de mao avaliado em R§ 20,00 (3% do salério-minimo), mesmo ele possuindo antecedentes criminais por crimes pa- trimoniais. STF. 1? Turma, RHC 174784/MS, rel, orig. Min, Marco Aurélio, red. p/ 0 ac, Min, Alexandre de Moraes, Julgado em 11/2/2020 (Info 966). Na situacae 1? Turns STF entenc ue, mesn Mi de mi nteceden- tes, as circunstancias do caso concreto permitiam a aplicacso do principio da insignificéncia, ‘GConclusio: Em regra, o SIF e 0 SI afastam a aplcacio do principio da insignificAncia aos acusados reinci- dentes ou de habitualidade delitiva comprovada. + Vale ressaltar, no entanto, que a reincidén impede, por si s6, que o juiz da causa reconheca a in- Significancia penal da conduta, 4 luz dos elementos do caso concreto (STF. Plenario. HC 123108/MG, HC 123533/SP e HC 123734/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 3/8/2015; ST 5? Turma EDcl-AgRg-AREsp 1,631.639- SP Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 19/05/2020) Assim, de acordo com o caso concreto, é possivel a aplicacao do principio da insignificancia mesmo para réus reincidentes INSIGNIFICANCIA X PROPORCIONALIDADE = A reincidéncia no impede, por si s6, que 0 juiz da causa reconhega a insignificancia penal da conduta, & luz dos elementos do caso concreto. No entanto, com base no caso concreto, 0 uiz pode entender que a absolvigao com base nesse principio é penal ‘ou socialmente indesejavel. Nesta hipdtese, o magistrado condena o réu, mas utiliza a circunstancia de o bem ado ser insignificante para fins de fixar o regime inicial aberto. Desse modo. 9 juiz no absolve o réu, mas utiliza a insignificdncia para criar uma excecao jurisorudencial 4 regra do art, 33, § 2°, ‘c’, do CR com base no principio da proporcionalidade STF. 1* Turma, HC 135164/MT, Rel, Min, Marco Aurélio, red, p/ ac. Min, Alexandre de Moraes, julgado em 23/4/2019 (Info 938). = Em regra, o reconhecimento do principio da insignificéncia gera a absolvigo do réu pela atipicidade material Em outras palavras, 0 agente no responde por nada. Em um caso concreto, contudo, o STF reconheceu a in- significdncia do bem subtraido, mas, como o réu era reincidente em crime patrimonial, em vez de absolvé-lo, 0 Tribunal utiizou esse reconhecimento para conceder a substituigo da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, Em razio da reincidéncia, o STF entendeu que nao era o caso de absolver o condenado, mas, em compensagéo, determinou que a pena privativa de liberdade fosse substitulda por restritiva de direitos. STF. Turma. HC 137217/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ ac. Min, Alexandre de Moraes, julgado em 28/8/2078 (Info 913) Principio da insignificancia e transmissao clandestina de internet: Smula 606-ST): Nao se aplica o principio da insignificéncia a casos de transmissao clandestina de sinal de internet via radiofrequéncia, que caracteriza 0 fato tipico previsto no art. 183 da Lei n. 9.472/1997. teem 2 RETA FINAL PC/R) 83 RAIO X CICLOS Principio da insignificancia e crimes contra administragéo publica: Simula 599-STJ: O principio da insignificdncia é inaplicavel aos crimes contra a adh Principio da nificdncia para o crime de apropriacao indébita previdenciaria, Nao é possivel a aplicagao do principio da insignificancia aos crimes de apropriacao indébita previdenciaria e de sonegacéo de contribuicao previdenciéria, independentemente do valor do ilicito, pois esses tipos penais protegem a prépria subsisténcia da Previdéncia Social, de modo que é elevado o grau de reprovabilidade da conduta do agente que atenta contra este bem juridico supraindividual. 1? Turma. HC 102550, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 20/09/2011. ‘STF. 2? Turma. RHC 132706 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 21/06/2016. STJ. 3* Secao. AgRg na RvCr 4.881/RJ, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 22/05/2019. Principio da insignificancia e Violéncia doméstica’ Stimula 589-S1):€ inaplicdvel o principio da insignificancia nos crimes ou contravencées penais praticados contra a mulher no &mbito das relagdes domésticas. Principio da insignificancia e Crimes contra a fé publica: Ainda que seja apenas uma nota e de pequeno valor, ndo se aplica © principio por tratar-se de delito contra a fé piiblica, havendo interesse estatal na sua re- pressdo.O bem violado é a fé publica, a qual é um bem intangivel e que corresponde a confianca que @ populagdo deposita em sua moeda, ndo se tratando, assim, da simples andlise do valor material por ela representado. ST), 6? Turma. AgRg no AREsp 558.790/SP Rel. Min. Sebastiao Reis Jtinior, julgado em 15/10/2015. Nao se aplica o principio da insignificéncia para crimes contra a fé publica, como é 0 caso do delito de falsificagaio de documento pubblico. STF 2° Turma, HC 117638, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/03/2014. Posse ou porte de munigao de arma de fogo: #VAICAIR - A apreenséo da munigSo desacompanhada de arma de fogo é, em principio, conduta tipica, que preenche nao apenas a tipicidade formal mas também a ma- terial, uma vez que o tipo penal visa 8 protegdo da incolumidade publica, ndo sendo suficiente 2 mera protegao incolumidade pessoal. Assim, a posse de munigdo, mesmo desacompanhada de arma apta a deflagré-la, continua a preencher a tipici- dade penal, no podendo ser considerada atipica a conduta No entanto, a jurisprudéncia passou a admitir a incidéncia do principio da insignificdncia quando se tratar de posse de pequena quantidade de munigo, desacompanhade de armamento capaz de deflagré-la, uma vez que ambas as circunstncias conjugadas denotam a inexpressividade da les8o juridica provocada Vale ressaltar, contudo, que a possibiidade de incidéncia do principio da insignificancia nao pode levar & situagao de protecao deficiente ao bem juridico tutelado. Portanto, no se deve abrir muito o espectro de sua incidéncia, ue deve se dar apenas quando efetivamente minima a quantidade de munigdo apreendida, em conjunto com as circunstdncias do caso concreto, a denatar a inexpressividade da lesdb. STI. 5 Turma. HC 484.121/MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 16/05/2019. teem red RETA FINAL PC/RJ 83 RAIOX CICLOS = A grande maioria dos julgados afirma que nao se aplica ao tréfico de drogas, visto se tratar de crime de pe- rigo abstrato ou presumido, sendo, portanto, irrelevante a quantidade de droga apreendida. SU, 5* Turma. HC 318936/SP Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 27/10/2015. STI. 6° Turma. EDcl+HC 463.656/SP , Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 24/10/2018, STE 1 Turma, HC 129489, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 17/09/2019. + Vale ressaltay, no entanto, que a 2° turma do STF reconheceu, recentemente, a possibilidade de aplcagio do principio da insignificdncia ao tréfico de drogas para absolver mulher fiagrada com 1 grama de maconha, © Min Relator Gilmar Mendes entendeu ser aplicavel ao caso 0 principio da insignificancia, pois, para ele, a conduta descrita nos autos ndo é capaz de lesionar ou colocar em perigo a paz social, a seguranga ou a satide pUblica © relator observou que o STF tem entendido que o principio da insignificancia nao se aplica ao delito de trafico, ainda que a quantidade de droga apreendida seja infima. Porém, considerou que a jurisprudéncia deve avangar na criago de critérios objetivos para separar o traficante de grande porte do traficante de pequenas quantida- des, que vende drogas apenas em raz5o de seu proprio vicio. O voto do relator foi seguido pelos Ministros Celso de Mello e Ricardo Lewandowski. Ficaram vencidos os Ministros Edson Fachin e Carmen Lucia. STF. 29 Turma, HC 127573/SP Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/11/2019. Se a pessoa for encontrada com alguns poucos gramas de droga para consumo préprio, é posstvel aplicar 0 principio da insignificancia? STi: nao é posstvel aplicar o principio da insignificancia A jurisprudéncia de ambas as turmas do STI firmou entendimento de que o crime de posse de drogas para consumo pessoal (art. 28 da Lei n® 11,343/06) é de perigo presumido ou abstrato a pequena quantidade de droga faz parte da propria esséncia do delito em questo, no lhe sendo aplicével o principio da insignificancia (SU. 6° Tura. RHC 35920 -DF, Rel Min, Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/5/2014. Info 541). STF: possui um precedente isolado, da 1? Turma, aplicando © principio: HC 110475 , Rel. Min. Dias Toffol, julgado em 14/02/2012. 0 principio da insignificancia nao se aplica ao crime previsto no art. 34, caput c/c paragrafo tinico, II, da Lei 9.605/98: Art, 34, Pescar em perfodo no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por érgao competente: Pena - detencéo de um ano a trés anos ou multa, ou ambas as penas curnulativamente, Paragrafo Unico. Incorre nas mesmas penas quem: Il - pesca quantidades superiores as permitidas, ou mediante a ulllzacdo de aparelhos, pelrechos, Lécnicas © métodos nao permitidos; Caso concreto: realizacSo de pesca de 7kg de camardo em periodo de defeso com o uso de método no per mitido. STF. 1? Turma, HC 122560/SC, Rel. Min. Marco Aurélio julgado em 8/5/2018 (Info 901), ICLOSMETODO EB ecsrmurm RETA FINAL PC/RJ g RAIOX CICLOS Principio da insignificdncia e Estelionato previdenciario: A jurisprudéncia NAO aplica o principio sob o ar- gumento de que esse tipo de conduta contribui negativamente com o déficit da Previdéncia, Defende-se que, no obstante ser infimo 0 valor obtido com o estelionato praticado, se a pratica de tal crime se tornar comurn, sem qualquer repressdo penal da conduta, certamente se agravaré a situac3o da Previdéncia, responsdvel pelos pagamentos das aposentadorias e dos demais beneficios dos trabalhadores brasileiros. Dai porque se conclii que & elevado 0 grau de reprovabilidade da conduta praticada. Desse modo, o principio da insignificéncia nao pode ser aplicado para abrigar conduta cuja lesividade transcende o ambito individual e abala a esfera coletiva. ‘STF. 1? Turma. HC 111918, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 29/05/2012.ST). 5 Turma. AgRg no AREsp 627891/RN, Rel, Min. Jorge Mussi,julgado em 17/11/2015, Principio da insignificdncia e moeda falsa: Ainda que seja apenas uma nota e de pequeno valor, nao se aplica © principio por tratar-se de delito contra a fé publica, havendo interesse estatal na sua repressao. © bem violado é a fé piiblica, a qual é um bem intangivel e que corresponde & confianga que a populagdo de- Posita em sua moeda, no se tratando, assim, da simples andlise do valor material por ela representado. STI. 6 Turma. AgRg no AREsp 558790/SP Rel. Min. Sebastio Reis JUnior, julgado em 15/10/2015. Principio da insignificancia e roubo: Nao se aplica ao crime de roubo porque se trata de delito complexo que envolve patriménio, grave ameaca e a integridade fisica e psicolégica da vitima, havendo, portanto, interesse estatal na sua repressio Assim, tal conduta no pode ser considerado como de minima ofensividade, desprovido de periculosidade so- cial, de reduzido grau de reprovabilldade e de inexpressividade. STI. 6* Turma, RHC 56431/SC, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 18/06/2015. 5. PRINCIPIO DA INTERVENGAO MINIMA Allei sé deve prever as penas e condutas estritamente necessarias. A misséio do Direito Penal moderno consiste em ‘utelar 05 bens juridicos mais relevantes, Em decorréncia disso, a intervencao penal deve ter o caréter fragmentario, protegendo apenas os bens juridicos mais importantes e em casos de le jundamento do Direita Penal Minimo. Atua como forma de Iimitacio 20 principio da reserva legal Ges de maior gravidade. £ Dele decarrem outros dois principios: FRAGMENTARIEDADE X SUBSIDIARIEDADE + Principio da fragmentariedade: em razio de seu cardter fragmentirio, o Direito Penal é a uitima etapa de protegdo do bem juricico, Esse principio deve ser utilizado no plano abstrato (destina-se ao legislador), para o fim de permitir a criagao de tipos penais somente quando os demais ramos do Direito tiverem falhado na tarefa de protecdo de um bem juriaico #SELIGA: FRAGMENTARIEDADE AS AVESSAS: £ © contrario da fragmentariedade. Sao situagées em que o comportamento, inicialmente tipico, deixa de interessar ao Direito Penal, sem prejuizo da sua tutela pelos demais ramos do Direito. Ex. adultério. O adultério deixou de ser iicito penal (com a revagaco do art. 240, CP), mas po- der constituir um ilicito perante o Direito Civil teem 2 RETA FINAL PC/R) 83 RAIO X CICLOS + J4 0 Principio da subsidiariedade, 20 contrario do postulado da fragmentariedade, se projeta no plano concreto (destina-se ao aplicador do direito). Isto é, em sua atuagdo prética 0 Direito Penal somente se legitima quando os demais meios disponiveis ja tiverem sido empregados, sem sucesso, para protecio do bem juridico. Guarda rela¢o, portanto, com a tarefa de aplicacZo da lei penal. o Direito Penal funciona como um executor de reserva, 6. APLICAGAO DA LEI PENAL -LUTA + No Brasil, adota-se a TEORIA DA ATIVIDADE para definir o TEMPO DO CRIME. Art. 4° - Considera-se praticado 0 crime no momento da ado ou omissdo, ainda que outro seja © momento do resultado. ExcecAo a Teoria da Atividade: em rela’ (0 3 prescrigiio o CP adotou a Teoria do resultado! Art, 11,1 prescrigdo, antes de transitar em julgado a sentenga final, comega a correr: I+ do dia em que o crime se consumou. + Para regular o LUGAR DO CRIME adota-se a TEORIA MISTA/UBIQUIDADE: considera-se 0 crime praticado no lugar da conduta ou do resultado, Art. 6, CP. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a a¢do ou omissdo, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. #ATENGAOT: Nao se aplica a teoria da ubiquidade nos seguintes casos: a) crimes conexos (aqueles que de algum modo estao relacionados entre si); b) crimes plurilocais (aqueles em que a conduta e © resultado ocorrem em comarcas diversas, mas no mesmo pais); c)infrag6es de menor potencial ofensivo (o art, 63 da Lei 9.099/1995 adotou a teoria da ativid fe); d)crimes falimentares (Sera competente foro do local em que foi decretada a f léncia, concedida a recuperagao judicial ou homologado o plano de recuperacao extrajudicial); ) atos infracionais (ser competente a autoridade do lugar da aco ou da omissao - Lei 8.069/1990 - ECA, art. 147, § 1) #ATENGAO2: Na hipotese de crimes dolosos contra a vida, aplica-se a teoria da atividade, segundo pactiica Jurisprudéncia, em razao da conveniéncia para a instrugo criminal em julzo, possibiltando a descoberta da ver- dade real, De fato, & mais facile seguro produzir provas no local em que o crime se realizou. Além disso, nao é possivel abrigar as testernunhas do fato a comparecerem ao plenério do Jtiri em outra comarca #NAOCONFUNDA: crimes olurilocais so aqueles que envolvem comarcas diversas de um mesmo pais. O art. 70 do CPP adota, nesses casos, como regra, a teoria do resultado teem red RETA FINAL PC/RJ 83 RAIOX CICLOS 7. SUCESSAO DE LEIS NO TEMPO A regra geral éa irretroatividade da lei penal, salvo lei posterior mais benéfica, em que se opera a retroalividade #NAOSABOTEASSUMULAS: Simula 711-STF: A lei penal mais grave aplica-se 20 crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigéncia é anterior & cessacdo da continuidade ou da permanéncia, Sdmula 611-STF: Transitada em julgado a sentenga condena cacao de lei mais benigna: ria, compete ao juizo das execugées a apl- Samula 501-STJ: £ cabivel a aplicagdo retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidéncia das suas disposig6es, na integra, seja mais favordvel a0 réu do que o advindo da aplicacao da Le’ n, 6368/1976, sendo vedada a combinagio de leis. 8. LEI PENAL NO TEMPO. A regra geral é a do “tempus regit actum’, segundo a qual se aplica a ei penal que estava em vigor no momento em que o fato foi praticado. Contudo, ha algumas excegées, como a RETROATIVIDADE BENEFICA, que pode carrer por meio de: @) Abolitio criminis - & 2 nova lei que exclui do 4mbito do Direito Penal um fato até ent3o considerado criminoso. Encontra previsdo legal no art. 2.°, caput, do Cédigo Per uridica de causa de extingéo da punibi- lidade (art. 107, Il). S80 necessérios dois requisites para @ caracterizacao da aboltio criminis: (a) revogacae formal do tipo penal; e (b) supresss nal e tem natureza j material do fato criminoso; B) Novatio legis in mellius - & 4 que se verifica quando, ocorrendo sucesso de leis penais no tempo, o fato previsto como crime ou contravencgo penal tenha sido praticado na vigéncia da lei anterior, e © novel instrumento legislativo seja mais vantajoso ao agente, favorecendo-o de qualquer modo. A revvoatividade € a ula expressa e alcanca inclusive os fatos ja definitivamente julgados, tomatica, dispen- sacl Art. 2° - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execucao e os efeitos penais da sentenca condenatéria. Pardgrafo tinico - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentenca condenatéria transitada em julgado. Obs.: Pode ocorrer, ainda, ultratividade da lei mais benéfica, Tal se verifica quando o crime foi praticado durante a vigéncia de uma lei, posteriormente revogada por outra prejudicial ao agente. anterior, mais favoravel. Isso porque, a lei penal mais grave jamais retroag teem Ibsistem, no caso, os efeitos da lei red RETA FINAL PC/RJ 83 RAIOX CICLOS A revogagao é a retirada da vigncia de uma lei. Essa é a regra geral: uma lei somente é revogada por outa lei Ha excecdes no Direito Penal. As leis tempordrias e excepcionais sao AUTORREVOGAVEIS, ou seja, ndo precisam lei, Alam disso, possuem ULTRATIVIDADE, pais se aplicam ao f vigéncia, embora esgotado o periodo de sua duracSo (temporéria) ou cessadas as circunstncias que a determin ram (excepcional), Em outras palavras, ultratividade significa a aplicago da lei mesmo depois de revogada ser revogadas par a1 praticado durante sua Lei excepcional ou temporéria: Lei penal tempordria é aquela que tem um prazo de validade, isto &, tem uma vigéncia predeterminada no tempo Ex. art. 36 da Lei 12.63/12 (copa de 2014). Ela vigora somente numa situagso, de anormalidade. Lei penal excepcional, por outro lado, é a que se verifica quando a sua durago esté relacionada a situagSes de anormalidade. Exemplo: € editada uma lei que diz ser crime, punido com reclusdo de seis meses a dois anos, tomar banho com mais de dez minutos de duragio durante 0 periodo de racionamento de energia Art. 3° - A lei excepcional ou temporéria, embora decorrido o periodo de sua duragao ou cessadas as ci cunstancias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigéncia. 9. LEI PENAL NO ESPACO A regra geral é a territorialidade, que consiste na aplicagao da lei brasileira aos crimes praticados no Brasil (art 58, CP), Hd excecSes que acorrem quando brasileiro pratica crime no exterior ou um estrangeiro comete delito no Brasil. Fale-se, assim, que © Cédigo Penal adotou o prinefpio da territorialidade temperada ou mitigada, Art. 5. Aplica-se a lei brasileira aos crimes cometidos no territério nacional Excepcionalmente, adota-se a extraterritorial lade, na qual se aplica a lei brasileira a crimes praticados no exterior. #ATENCAO: As contravencées sé se aplica a territoris as contravengGes penais p creto-lei 3.688/1941 - Lei das Contravencées Penais 10 da lei penal brasileira ° do De- iidade. Nao se admite a apli icadas no estrangeiro, de acordo com a regra estabelecida pelo art Saiba diferenciar a extraterritorialidade incondicionada (art. 7°, |, CP), con nada (art. 7°, §3°, CP). jonada (art. 7°, I, CP), hiper- teem RETA FINAL PC/RJ 8 RAIOX CICLOS #PRINCIPIO DA TERRITORIALIDADE MITIGADA ou TEMPERADA: CMe ee taco eg DY UT UZ CMe cee DUI TN elo. Cia NieMaolize Co) Pa ey wey CVO ee COSMOPOLITA ou JURIS- Pe Mae Tue grep aie oh WUE Ce] CAE OP Ly © agente é punido de acordo com a lei brasileira, independentemente da na- cionalidade do sujeito passivo e do hem jutidico ofendido, Art. 7, |, ‘d’ e art. 7, I, *b", CR Ocorre nos casos em que a vitima é brasileira, O autor do delito que se encontrar em territrio brasileiro, embora seja estrangeiro, devera ser julgado de acordo com nossa lei penal. Art. 7°, §3°, CP agente deve ser julgade de acordo com a lei do pais em que for domiciliado, pouco importando a sua nacionalidade. Art. 7°, |, “CP Permite submeter a lei brasileira os crimes praticados no estrangeiro que ofen- dam bens juridicos pertencentes ao Brasil, qualquer que seja a nacionalidade do agente e 0 local do delito. Art. 79, |, ‘a’, “b" e °c, CR £ caracteristico da cooperacao penal internacional porque todos os Estados da comunidade internacional podem punir os autores de determinados crimes que se encontrem em seu territério, de acordo com convengées ou tratados in- ternacionais, pouco importando a nacionalidade do agente, o local do crime ou 0 bem atingido. Art. 7°, Il, “a", CP. Deve ser aplicada a lei brasileira aos crimes cometidos em aeranaves ou embar- cages brasileiras, mercantes ou de propriedade privada quando estivarem em territério estrangeiro e af nao sejam julgados. Art. 79, Il, “c’, CR #EXCECAO: se a aeronave ou embarcacao brasileira for puiblica ou estiver a ser- vigo do governo brasileiro. Vamos aplicar 0 principio da territorialidade com base no art. 5°, §19, CR 10. INTERPRETAGAO E CONCURSO DE NORMAS PENAIS. #NAOCONFUNDA Ss Forma de interoretacéo Forma de interpretacio Forma de INTEGRACAO. Existe norma para 0 caso con- — Existe norma para 0 caso con- Nao existe norma para 0 caso con- creto RETA NAL PC/RI | 20(CLOSHIETODO creto creto RETA FINAL PC/RJ RAIO X ‘Amplia-se o alcance da palavra Por se tratar de mera atividade interpretativa, buscando o efe- tivo akance da lei, é possivel a sua utilizagao até mesmo em lacéo aquelas de natureza in- criminadora. Exemplo: o art. 159, do Cédigo Penal, legalmente de- finido como extarsdo mediante sequestro, que tambérn abrange a extorséo mediante cdrcere pri- vado. Exemplos seguidos de encerra- mento genérico Ex: Art, 121, $29, Le Ill: mediante aga ou promessa de recom- pensa (exemplos), ou por outro motivo torpe (férmula genérica de encerramento) Dr & 83 CICLOS E a aplicagdo, ac caso nao previsto em lei, de lei reguladora de caso semelhante. **No Direito Penal, somente pode ser utilizada em relacéo as leis nao incriminadoras, em respeito a0 principio da reserva legal. a) Analogia in malam partem (aplica-se 20 caso omisso uma. lei maléfica a0 réu) - nao é admitida no Direito Penal, em homenagem ao principio da reserva legal.S b) Analogia in bonam partem (@plica 20 caso omisso uma lei fa- voravel ao réu) - € possivel no Direi- ‘to Penal, exceto as leis excepcionais, que nao admitem analogia, por seu cardter extraordinario. 9) Analogia legal (ou legis), ¢ aquela em que se aplica 20 caso omisso uma lei que trata de caso se~ melhante. d) Analogia juridica (ou juris) ¢ aquela em que se aplica 20 caso omisso um principio geral do direito. + Conflito aparente de normas: Trés so 0s principios fundamentais validos para resolver o conflto aparente de normas: ()) esp lidade; (\)) subsidiariedade e (Ill) consungéo. PRINCIPIOS PARA SOLUCAO DO CONFLITO APARENTE DE NORMAS A norma especial pre- valece sobre a geral 5 STF deck de furto de energia aetrca, A norma primaria predo- mina sobre a subsidiaria me- meio. O crime-fim absorve 0 cri- Aplica-se a tipos mistos alternatives 9 atpildade do conduts do agente que furasinal de TY a cabo, aseverando ser maossvel» analogs (in malam partem) com ome

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