Você está na página 1de 41

Voltar ao sumário

1
L732m Lima Filho, José Landsberg Costa.

Matemática para empreendedores [recurso eletrônico] : aplicações da matemática


básica no cotidiano dos negócios / José Landsberg Costa Lima Filho .
-- Fortaleza : Universidade de Fortaleza, [2021].

40 p. - ( Percurso de Aprendizagem ; 1)

1. Matemática financeira. 2. Matemática básica. I. Título. II. Série.

CDU 51:336.6

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons


Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
APLICAÇÕES DA MATEMÁTICA
BÁSICA NO COTIDIANO DOS NEGÓCIOS

SUMÁRIO

1. Frações e operações com frações


aplicadas à gestão de negócios

2. Porcentagem e variação percentual para o


cálculo da eficiência empresarial

3. Elementos e propriedades de
potenciação e de radiciação

4. Equações do 1º grau, conjuntos numéricos e


lógica matemática na análise de cenários

Sumário clicável

3
Voltar ao sumário
QUE BOM TER VOCÊ AQUI.
Este Percurso de Aprendizagem se dedica a
demonstrar como os conhecimentos elementares
da matemática podem ajudar o empreendedor a
conhecer seu ambiente de negócios e melhorar
seu processo de tomada de decisão. Para isso, é
Olá
importante que você fique atento ao método de
resolução dos problemas, pois vamos estudar e
aplicar as noções de frações e suas operações,
porcentagem, potenciação, radiciação e equações,
em situações comuns ao ambiente de trabalho
do empreendedor. Assim, poderemos responder
a questionamentos como: quais as situações
em que precisarei usar esse conhecimento
matemático? Preciso decorar todas as fórmulas?
Como interpreto os resultados de equação?

Agora, vamos aos estudos!

1. Frações e operações com frações


aplicadas à gestão de negócios

É natural que todos os dias você resolva vários problemas matemáticos. A maior parte dessas
resoluções é tão simples e intuitiva que acabamos nem percebendo o quanto sabemos e
dominamos os conceitos e técnicas matemáticos. Por isso será muito simples compreender
e aplicar em casos práticos as noções de frações e suas operações.

Para definirmos o que é uma fração, vamos compreendê-la da seguinte maneira:

Toda vez que fragmentamos um determinado elemento em partes iguais, estaremos


fracionando esse elemento. Por isso, uma fração é simplesmente “a divisão de um
item em partes necessariamente iguais”.

Esses fragmentos, ou “pedaços”, podem ser somados uns aos outros, ou subtraídos um em
relação ao outro; podem ainda multiplicarem-se ou serem divididos. Quando fazemos isso,
dizemos que: houve uma operação de frações.

4
Em seu cotidiano à frente da gestão de sua empresa, na elaboração ou análise de um plano de

Voltar ao sumário
negócios, é comum que se façam divisões de orçamentos anuais em orçamentos mensais,
fragmentação do quantitativo de produção mensal em produção semanal, consumo de
insumo por produto acabado, e são nessas situações que você precisará das noções aqui
estudadas.

Mas como faço a aplicação desse conceito?

Sendo a figura abaixo uma placa quadrada de 2m de lado, e se precisamos de 0,5m


quadrados dessa placa para fabricar um dado produto, logo cada placa atende a demanda
de 4 produtos, já que 0,5m² + 0,5m² + 0,5m² + 0,5m² = 2m². Então, qual fração da placa será
usada em cada produto? Para solucionar esse problema, podemos usar uma fração!

0,5m

0,5m

2m 0,5m 0,5m
Figura II
Figura I

Onde os termos dessa fração serão a porção necessária para cada produto como o
numerador e a área da placa como denominador.

Assim:
numerador 0,5 m
= =
denominador 2,0 m

Nesse caso, vamos multiplicar ambos os termos por 10 e transformá-los em números naturais:

0,5 x 10 5
= =
2,0 x 10 20

Como representamos a fração por números naturais, tanto no numerador como no


denominador, precisaremos usar o Máximo Divisor Comum – MDC, para transformarmos
essa fração em uma fração ideal. Então, precisaremos do MDC de 5 e 20. Para isso
faremos assim:

5, 20 5
1, 4 2
1, 2 2
1, 1

5
Como o 5 é único número que divide tanto ele mesmo quanto o 20, então o 5 é o Máximo

Voltar ao sumário
Divisor Comum, tanto para o 5 quanto para o 20. E para concluirmos a fração, basta
agora dividir tanto o numerador quanto o denominador pelo MDC, que nesse caso é o 5.
Ficará assim:

5:5 1
= =
20 : 5 4

Para ajudá-lo(a) a fixar o conceito e o método, veja esses exemplos:

Exemplo 1: Uma panificadora que produz 160 bolos mensalmente produzirá em média
¼ de sua produção semanalmente, pois:

40 4 4:4 1
= = = =
160 16 16 : 4 4

Exemplo 2: Em uma churrascaria que serve 1kg de carne para 5 pessoas, considera-se
que cada cliente consome até 200g. Qual a fração da carne servida a cada cliente?

200 200 : 200 1


= = =
1000 1000 : 200 5

Até aqui já conseguimos fazer essa breve revisão. São tópicos básicos, mas de muita
importância para os nossos próximos Percursos de Aprendizagem.

Como as noções de frações foram tratadas, agora precisamos aplicar suas operações.
Para isso vamos estudar um pouco sobre: soma e subtração e multiplicação e divisão
de fração.

Soma e subtração de frações

Vamos iniciar admitindo que um gerente de produção precise direcionar 1/3 dos insumos
X para a produção de um produto A, e ¼ desse mesmo insumo para a produção de um
produto B. Nessas condições, se precisarmos saber a soma total do quanto foi utilizado
desse insumo, precisamos proceder da seguinte forma:

1 1
+
3 4

Aqui temos um principal ponto de atenção: tanto na soma quanto na subtração de


frações com denominadores diferentes, teremos que deixar esses denominadores
iguais. Para isso precisamos determinar o Mínimo Múltiplo Comum – MMC de 3 e de 4.
Faremos assim:

6
Voltar ao sumário
3, 4 2
3, 2 2
3, 1 3
1, 1

Nosso método considera então o produto dos divisores de 3 e de 4, com isso, o mmc
de 3 e 4 será: 2 x 2 x 3 = 12. Com isso, podemos determinar as equivalentes com
denominador 12 para as duas frações supracitadas, basta que você use o mesmo fator
de multiplicação no numerador e no denominador.

1x4 1x3 4 3
= + = +
3 x 4 4 x 3 12 12

Nosso método considera então o produto dos divisores de 3 e de 4, com isso, o mmc
de 3 e 4 será: 2 x 2 x 3 = 12. Com isso, podemos determinar as equivalentes com
denominador 12 para as duas frações supracitadas, basta que você use o mesmo fator
de multiplicação no numerador e no denominador.

4 3 7
12 12

Chegamos então à fração irredutível: 7/12, o que significa dizer que o gerente direciona
7 partes de um total de 12 partes possíveis desse insumo.

Do mesmo modo, podemos determinar a fração que representa a quantidade de insumo


em estoque, pois a quantidade em estoque é 1 inteiro. Podemos fazer isso da seguinte
forma:
7
1 x
12
1 7
x
1 12

Para isso teremos que determinar o mmc de 1 e de 12, que nesse caso é o próprio 12,
então:
1x12 7
 
1x12 12
12 7
 
12 12
7 12
 
12 12
12  7 5
 
12 12

7
Multiplicação e divisão de frações

Voltar ao sumário
Para multiplicarmos duas frações basta multiplicar o numerador por numerador e o
denominador por denominador. Assim teremos:

1 1 1x1 1 1
x
= = =
3 4 3x4 3x4 12

Já na divisão de frações, iremos converter a divisão em multiplicação. Para isso, basta


que você multiplique a primeira fração pelo inverso da segunda. Dessa forma:

1 1 1 4 1x4 4
=: =x =
3 4 3 1 3x1 3

Nossos estudos apenas iniciaram, portanto precisamos fazer essa breve recapitulação
de dos conceitos fundamentais de fração e suas operações. Por isso, você deve sempre
lembrar que é possível realizar tanto uma soma ou uma adição, como também a
subtração ou diminuição de frações. Bem, como podemos realizar uma multiplicação, que
chamaremos também de produto, e ainda uma divisão de frações? Sendo essas algumas
das operações. Mas, antes de apresentarmos mais exemplos para fixar essas operações,
vamos tratar da igualdade de frações.

Igualdade de frações
m p
Vamos admitir duas frações, quais sejam: e q . Se nesse caso os valores de n e q são ≠
n

0, então as duas frações serão iguais na condição obrigatória de m . q = n . p, pois, assim,


m p
n = q ⇔m.q =
n . q , sendo n ≠ 0 e q ≠ 0.
m p
Logo, a equivalência de n = q
só ocorre se, e somente se, m . q = n . p.
Bom, mas é preciso exemplificar essa explicação para ajudá-lo(a) a compreender essa
relação, e assim garantirmos a sua aplicação quando você precisar desses conhecimentos
nas práticas de gestão e empreendedorismo. Então vejamos:

Exemplo 3: Um em cada três funcionários da empresa X possui formação superior, muito


embora a terceira parte de cada nove funcionários dessa mesma empresa possua
apenas o ensino fundamental. Nesse exemplo, podemos perceber que a quantidade de
funcionários que concluiu uma graduação é “equivalente” à quantidade de funcionários
que concluiu apenas o ensino fundamental. Dada a conclusão, podemos representar essa
mesma situação por meio de uma equivalência de frações matemáticas. Basta fazer
assim:
1 3
=
3 9

8
Veja que 1 em cada 3, ou seja, 1/3 representa os graduados, e 3 em cada 9, ou seja, 3/9,

Voltar ao sumário
representam os que possuem ensino fundamental, logo, pela explicação dada, temos que:
1 3
=
3 9 se, e somente se, 1. 9 = 3 . 3. Concluímos então que 9 = 9, ou seja, de fato temos uma
fração equivalente. Simples, não é mesmo?
Observe os exemplos que seguem. A finalidade deles é ajudá-lo(a) a fixar as operações
com frações. Para isso, todos eles foram construídos em situações hipotéticas, para as
quais o(a) empreendedor(a) terá que usar seus conhecimentos matemáticos.

Exemplo 4: Ao analisar os seus estoques, o dono de um empreendimento Y identificou que


três dos produtos vendidos pela empresa apresentavam danos nas embalagens por causa
das condições de acondicionamento. O produto A apresentou uma avaria em 3 de cada
4 produtos em estoque; no produto B, 2 de cada 12 itens estavam na mesma situação;
e o item C apresentava avaria em 5 de cada 8 produtos. Nesse cenário, se somássemos
essas avarias, qual a fração que representaria esse total?

Para solucionarmos, veja como é simples: nesse caso, faremos uma soma, ou seja,
usaremos o +. Perceba ainda que as avarias do item B podem ser simplificadas, 2/12 é
equivalente a 1/6, já que 1 . 12 = 2 . 6 = 12.

Então a soma dessas avarias pode ser dada assim: A + B + C, ou seja:

3 1 5
+ +
4 6 8

Lembrando-se do que tratamos anteriormente, precisaremos determinar o mmc dos


denominadores dessas frações. Bom, como o mmc de 4, 6 e 8 é 24, você deve multiplicar
tanto o denominador quanto o numerador pelo número que equipara o denominador das
três frações. Você fará assim:

3 .6 1 .4 5 .3
+ +
4 .6 6 .4 8 .3
18 4 15
+ +
24 24 24

Agora, vamos repetir o denominador comum 24 e somar os numeradores:

18  4  15 37

24 24

Lembre-se de que esse é o mesmo processo para realizar uma subtração de frações.

9
Exemplo 5: A Loja Roupas Boas quer implantar um programa de bonificação na venda de

Voltar ao sumário
calças jeans. Essa estratégia é para motivar os vendedores a darem saída no estoque,
pois a nova coleção já está chegando. Para isso, como a empresa pratica um lucro de
1
3 sobre as vendas das calças, a ideia é bonificar o vendedor com 1/3 do lucro de cada


uma dessas calças. Sendo assim, ao vender 2 em cada 6 calças do estoque, qual a fração
que representa o bônus desse vendedor em relação ao preço das calças?

Para solucionar esse problema, já está claro que teremos que usar uma multiplicação de
2 1
fração. Deve-se perceber ainda que a fração = , pois 2 . 3 = 1 . 6 = 6.
6 3

Logo, a fração que representa o ganho do vendedor será determinada pelo produto entre
o lucro do vendedor e o bônus do vendedor. Assim teremos:

1 1 1 x1 1
x  
3 3 3x3 9

Exemplo 6: A Global Ltda pretende distribuir 25% dos seus lucros com os 1.000 funcionários
mais produtivos de todas as suas filiais. Admitindo que a Global Ltda tenha no total 10.000
funcionários em suas filiais, determine a fração que representa o quociente entre o lucro
distribuído e a parcela de funcionários contemplados.

Para resolver esse problema, já sabemos que devemos usar uma divisão de frações.
Nesse caso, você deve determinar quais são essas frações.

Se 25% dos lucros serão distribuídos, então a fração que representa esse valor é ¼. E
como temos 1000 de cada 10.000, então: 1.000/10.000 = 1/10. Assim vejamos:

1
4  1 x 10
 10 5
  
1 4 x 1 4 2
10

Chegamos ao fim do nosso primeiro conteúdo. Deve ter ficado claro para você o que é
uma fração e como realizar suas operações. Veja que no exemplo 6 tivemos que usar
outro conceito da matemática, a porcentagem, e esse será o nosso novo Circuito de
estudo. Vamos lá?

10
2.

Voltar ao sumário
Porcentagem e variação percentual para o
cálculo da eficiência empresarial

Desde o Imperador romano Otávio Augusto, na Grécia antiga, com a taxa denominada
centésima rerum venalium (razão 1/100), que os conhecimentos ligados à porcentagem
são aplicados em diversas áreas do conhecimento, seja nos estudos geográficos, na
economia ou na gestão de investimentos e negócios. Já seu símbolo % só foi criado no
século XVII pelos ingleses, mas é utilizado até hoje.

Originada do latim, per centum, a expressão “por cento” (%), significa “um por cento”.
Por isso que quando você comprou aquela calça jeans que custava R$ 100,00, com
desconto de 30% você pagou apenas R$ 70,00. Pois de cada R$ 100,00 será descontado
30
R$ 30,00. Concluímos assim que há uma razão 100
.
a
Desse modo, definimos porcentagem como toda razão b
para b=100.

30
Para tanto, 30 por cento de 100 é igual a 100 . Mas veja, em vez de usarmos sempre a
expressão “por cento”, podemos usar p símbolo % (onde lemos: por cento). Com isso,
30
100
= 30%.

Seja nas ciências, na indústria, no comércio ou nas finanças, os cálculos de porcentagem


são sempre aplicados como método e verificação de resultados, como, por exemplo,
a eficiência de uma empresa. Diariamente, usamos as expressões redução no preço,
acréscimo nos preços de produtos ou serviços, que são exatamente quantidades
numéricas que são tomadas como base.

Exemplo 7: o combustível aumentou 2%. Ou seja, a cada R$ 100,00 de combustível


comprado pelo cliente, serão acrescentados R$ 2,00 em relação ao preço anterior.

Exemplo 8: a loja está dando descontos de 10% nas compras à vista. Ou seja, a cada R$
100,00 pagos à vista, o cliente terá um desconto de R$ 10,00.

Razão Centesimal

Toda e qualquer razão que tenha como consequente um denominador 100 é chamada de
Razão Centesimal. Assim, se dos 25 funcionários de uma empresa, 15 possuem ensino
superior, podemos dizer que 60% deles são graduados, pois:

11
Voltar ao sumário
15 3 6 60
= =  =
25 5 10 100

10 3 25 16
Podemos destacar mais exemplos, veja: , , ,
100 100 100 100

Essa mesma razão centesimal também pode ser expressa de outra forma. Desse modo:

10
= 10% ( leia − se  10% )
=   = 0,1
100
3
= 3% ( leia − se  3% )
=   = 0,03
100
25
25 25% ( leia − se  25% )
=   = 0,=
100

Assim, temos quatro taxas percentuais: 10%, 3%, 25% e 16%. Vamos aplicar a um exemplo
para fixarmos nosso estudo.

Exemplo 9: sabendo que um plano de negócio indica que o empreendedor terá uma
lucratividade de R$ 4,00 para cada R$ 10,00 investido nesse negócio, expresse essa razão
em taxa percentual.

4 x 400
   4 
.100  10x
.  400  10x  10x  400  x   40
10 100 10

4
Logo,  pode
10 ser expresso como 40%.

Calculando variação porcentagem

Podemos propor um modelo matemático para aplicarmos o cálculo percentual, pois a


porcentagem p% de um determinado valor V pode ser adquirida multiplicando-se a fração

representativa da taxa percentual , pelo valor V. Assim teremos:
100


p% de V = 100 xV

Concluiremos aplicando em mais um exemplo prático.

Exemplo 10: um(a) empreendedor(a) que deseje 17% de rentabilidade anual em um


negócio que demanda investimento de R$ 32.000,00, terá que valor monetário anual de
rentabilidade?

 17  17 x  R$ 32.000  R$ 544.000


17% de =
R$ 32.000  =
xR$ 32.000 =   = R$ 5.440
100 100 100

Assim, o(a) empreendedor(a) terá anualmente uma rentabilidade de R$ 5.440,00.

12
Além desse material, que é introdutório e o orienta nos estudos, uma ótima opção de

Voltar ao sumário
estudo é o acesso à Biblioteca Virtual. Lá você encontrará muitos livros que o(a) ajudarão
com mais exercícios e cases. Uma ótima indicação é o livro Matemática aplicada, de
Nilton Lapa. Você pode verificar o endereço dessa obra nas referências deste material de
estudo. Veja o exemplo 11 exposto abaixo, ele foi adaptado do livro de Lapa (2012):

Exemplo 11: Um(a) empreendedor(a) está oferecendo a mercadoria X, cujo preço era R$
50,00, com um aumento de 32%. Considerando que um dos vendedores da loja concedeu
desconto de 20% em uma unidade desse produto, qual será o preço pago pelo cliente?

Observe que esse problema traz uma situação cotidiana dos negócios do setor de
comércio. Para solucionar esse problema, podemos admitir o fator de aumento de 32%
como sendo 1,32, e o fator de redução de 20% como sendo de 0,80. Assim, para sabermos
o preço final dessa mercadoria após essas duas modificações sucessivas, basta calcular
R$ 50,00 x 1,32 x 0,80 = 52,8.

Portanto, o preço final da mercadoria X será de R$ 52,80.

Observe que:

R$52 , 80
= 1, 056
R$50, 00

Como 1,056 é o fator de aumento correspondente a 5,6%, concluímos que um aumento de


32%, seguido de uma redução de 20%, equivale a um aumento de 5,6%.

O estudo de porcentagem é fundamental para a sua compreensão do módulo 4


desta disciplina. Por isso, além dos exemplos apresentados, é fundamental que
você resolva as atividades de fixação e acesse os livros indicados. Nesse próximo
Circuito de Estudo, vamos concluir nossos estudos introdutórios e revisão,
trataremos de potenciação, que juntamente com a porcentagem comporão
as bases para estudarmos matemática financeira e taxas de juros simples e
compostos. Siga em frente!

13
3.

Voltar ao sumário
Elementos e propriedades
de potenciação e de radiciação

Uma potência, ou potenciação, pode ser uma ferramenta extremamente útil enquanto método
de simplificação matemática de valores muito grandes. Essa condição é bem antiga e pode
auxiliar o empreendedor em múltiplas tarefas do seu cotidiano, possibilitando distintas
representações matemáticas com certo nível de complexidade.

Em termos práticos, podemos dizer que uma representação por meio de potência pode ser
usada quando os fatores são todos iguais.

Para definirmos o que é uma potência, vamos compreendê-la da seguinte maneira:

Potência de grau p de um número n é o produto de p fatores iguais, sendo assim:

np  n.n. ... .n

Em que:

n = base da potência

p = expoente da potência

Para deixar essa explicação clara, vamos aplicar em uma situação prática.

Exemplo 12: ao comparar a rentabilidade de um investimento de R$ 12.000,00 na melhoria de


seu negócio, um(a) empreendedor(a) constata que teria a mesma rentabilidade se investisse
esse valor em um fundo de capital que rende 2% a.a. Assim, caso o(a) empreendedor(a)
decida investir no negócio, qual será o valor monetário de sua rentabilidade após 2 anos?

Para resolvermos esse exemplo, usaremos nossos conhecimentos em fração, porcentagem e


potenciação, aplicados no modelo de determinação do montante em matemática financeira.
Assim teremos:

n
M P 1 i

Onde:

M = montante

P = Capital aplicado

i = taxa de rentabilidade

n = período de aplicação

14
Teremos, então:

Voltar ao sumário
(1+i) como a base do expoente n. Logo, basta substituirmos o valor do investimento, da
taxa e do período, no modelo proposto.

 2 2
P ( 1+ i ) ⇒ M = R$ 12.000,00. (1 + 0,02 ) ⇒
n 2
M = R$ 12.000,00. (1 + ) ⇒ M =
100
(1,02 ) ⇒ M R$ 12.000,00.1,0404 ⇒
. 2
=M R$ 12.000,00
=
M = R$ 12.484 , 8

No estudo das potências, teremos que tratar de alguns casos específicos, a saber:
potências com expoentes positivos, negativos e nulos; e potências de base 10 e de
número racional.

Casos Específicos

1º Potência com expoente positivo inteiro: para todo número n ≠ 0 elevado ao expoente 1,
seu resultado será n, sendo assim: n¹ = n. Desse modo, para 81, teremos:

81  8
 3  1
 3
1
 1 1
  
4 4

2º Potência com expoente negativo: para todo número n ≠ 0 elevado ao expoente


1
negativo p, para n sendo um número inteiro positivo, seu resultado será , sendo assim:
np
1
n p
. Desse modo, para 2 , teremos:
−3
np

1 1
2 3  
23 8
1 1
 3 
2

 3 9
2

1 1
4 1  
41 4

3º Potência com expoente nulo: para todo número n ≠ 0 elevado ao expoente nulo, ou
seja, zero, seu resultado será 1, sendo assim: n0 = 1 . Desse modo, para 40, teremos:

40  1
 9
0
 1
0
 1
   1
4

15
4° Potência de Base 10: para toda potência de base 10, seu resultado será 1 seguido da

Voltar ao sumário
quantidade de zero indicado pelo valor do expoente. Desse modo, para 101, teremos:

101 = 10
103 = 1000
105 = 100000

5º Potência de Número racional com expoente negativo inteiro: tomando n ≠ 0, m ≠ 0 e


p p 2
p sendo um número negativo e inteiro, teremos  n   m  . Desse modo, para  2  ,
     
teremos: m n 3

2 2
2 3 32 3.3 9
     2  
3 2 2 2. 2 4

Propriedades de uma potência


Agora vamos esclarecer algumas das propriedades que precisamos utilizar para o
cálculo matemático de potenciação.
1ª Propriedade: Potência de uma fração
4
2
Considere a expressão   . Definindo-a como potência, teremos:
3

4
2 2 2 2 2 24 16
x x  x 
3 3 3 3 3 34 81

n
c cn
Desse modo, se d ≠ 0 for um número real, e c for um número inteiro positivo, logo, .
d dn
Sendo assim, determinamos a potência tanto do numerador quanto do denominador.

2ª Propriedade: Produto de uma potência de mesma base

Caso tenhamos a expressão 2² x 2³, pela definição de potenciação, teremos:

2² x 2³ = (2 x 2) x (2 x 2 x 2) = 32

p. q pq
Desse modo, sendo d ≠ 0 e real, e p e q números inteiros positivos, logo d d  d
Sendo assim, conserva-se a base e somam-se os expoentes.

3ª Propriedade: Divisão de Potência de mesma base


24
Se tivermos a expressão , dada a definição de potenciação, teremos:
22

2 4 2 x 2 x2 x 2 2 x 2 x 2 x 2 2 x2


    22  4
2 2
2x2 2x2 1

16
Voltar ao sumário
dp p −q
Desse modo, sendo d ≠ 0 e um número real, e p e q sendo números inteiros, logo q = d .
d
Sendo assim, conserva-se a base e subtrai-se o expoente do denominador do expoente do
numerador.

4ª Propriedade: Potenciação de outra Potência

Caso tenhamos a expressão  32  , dada a definição de potenciação, teremos:


3

(32 )3 3=
= 2 2 2
.3 .3 (3.3).(3.3).(3.3)
= 729
Desse modo, sendo d ≠ 0 e um número real, e p e q sendo números inteiros, logo ( d )
p q
= d p .q
Sendo assim, conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes.

2
  2 2 
Exemplo 13: Dada a potência     , resolva essa expressão.

 5  
Nesse exemplo, temos uma potência de potência. Veja que acabamos de tratar dessa
propriedade, além dela, usaremos também a propriedade de potência de fração. Assim,
para resolvê-la, primeiro solucione a potência da potência:

2x2 4
2 2 24 2 x 2 x2 x2 16
5 5 54 5x 5 x 5 x5 62 5

Exemplo 14: Sabe-se que na divisão de potências de mesma base, conserva-se a base
e subtrai-se do expoente do numerador o expoente do denominador. Dada a explicação,
7
2
solucione o seguinte problema:  
3
.
5
2
 
3
Nesse caso, você deve repetir a fração base, ou seja, 2/3, e subtrair o 5 do 7. Assim:

7 −52 2
2  2  2 2 x  2 4
  =  
  =   =
2
  =
3  3  3 3 x  3 9
Radiciação
Para entendermos o que é a radiciação, vamos partir do número 27, admitindo que um
determinado número, quando elevado à terceira potência, ou ao cubo, seja exatamente igual
a 27. Naturalmente saberemos que esse número é o 3, já que o 3³ = 27. É essa inversão da
potenciação que chamamos de radiciação.

Podemos então definir que a radiciação é:

Raiz n-ésima de n a expressão que elevada à potência n reproduz p, sendo ela representada
por √.

Vamos tomar essa definição por base e considerar que um número p seja nomeado raiz
1
enésima de um número q, ou seja, se, e somente se, q = p . Aqui, √ será o radical, q
n

será chamado de radicando, p será a raiz e n será o índice da raiz maior ou igual a 1.

17
A aplicação da radiciação está ligada principalmente à solução de equações e simplificação

Voltar ao sumário
de expressões algébricas e aritméticas. É preciso lembrar, ainda, que potências, cujo expoente
seja fracionário, podem ser escritas em forma de radical, ao ponto que o radical pode ser escrito
em forma de potência, tendo o expoente fracionário. Veja os exemplos abaixo:
1
Exemplo 15: 4 = 2 41
2

1 1 2
Exemplo 16: 2
25  25  5
1 2

2 2
5 5
2

Propriedades da Radiciação

1ª Propriedade: Expoente inteiro par n

 p
n
Seja p ≥ 0 e n > 1, e um inteiro par, logo:
n  p  p1  p
n

2ª Propriedade: Expoente ímpar n

 p
n
Seja p número real qualquer e n > 1 um número ímpar, logo:
n  p  p1  p
n

3ª Propriedade: Índices inteiros e positivos


Seja p, q, r inteiros e p>1, q>1 e r>1, logo:

q q q
ab  a. b
q
a a
q   q ,b  0
b b

 
p q
q
a  ap
r q qr
a  a

Além da radiciação, precisamos lembrar ainda dos conceitos base de


racionalização. Essa racionalização poderá ser usada quando você se tiver uma
raiz no denominador de uma fração. Nessas condições, será necessário que você
elimine essa raiz do denominador. Esse processo é chamado de racionalização.

Assim, sempre que uma fração apresentar um radical, seja no numerador ou


denominador, chamaremos de fração irracional.

Isso quer dizer que racionalizar uma fração nada mais é que escrever essa fração tirando
as raízes do denominador, deixando-o racional. Essa resolução pode ser alcançada quando
multiplicamos o numerador e o denominador da fração por um número que seja diferente de
zero.

18
1

Voltar ao sumário
Exemplo 17: Dada a fração , podemos racionalizá-la da seguinte forma:
3

1
.1
3

Como dito na explicação, basta multiplicar a fração por um número que seja diferente de zero.
Bom, como o objetivo é eliminar a raiz do denominador, teremos que multiplicar os termos da
fração por 3 . Essa simplificação pode ser feita assim:

1 1 1 3 1. 3 3 3
= = .1 .
= = 2
=
3 3 3 3 3 3. 3 3.3
3 3
=
9 3

Agora vamos tratar de equações. Nesse Percurso de Aprendizagem vamos estudar mais afundo
as equações do 1º grau. Será feita uma breve introdução a equações do 2° grau. Mas lembre-se
de que as bibliografias da disciplina oferecem ótimas opções de livro na Biblioteca virtual. Fique
à vontade para usar esse material

19
4.

Voltar ao sumário
Equações do 1º grau, conjuntos numéricos e
lógica matemática na análise de cenários

É comum usarmos a x b para representar genericamente uma sentença matemática para o


produto de dois números racionais quaisquer que sejam seus valores. É o que chamamos
de expressão algébrica.

Quando uma sentença usa o símbolo de =, dizemos que ela representa uma igualdade.
Fica fácil entender quando afirmamos que 8 + 2 = 10. Essa é a representação da sentença
matemática oito mais dois é igual a dez, escrita em números.

Assim, em uma igualdade como: 6 + 5 = 11, teremos: 6 + 5 como primeiro membro da


igualdade; e 11 como segundo membro da igualdade. Ou seja, o primeiro membro se localiza
à esquerda da igualdade, e o segundo membro à direita.

Naturalmente, sentenças como essas são sempre usadas no cotidiano do empreendedor,


seja para analisar um relatório de resultados de produção, seja para comparar planilhas de
compras e despesas. Nessas tarefas, é muito comum a aplicação de equações do 1º grau
como método de análise. Esse será nosso último Circuito de Estudo nesse Percurso de
Aprendizagem.

Primeiro precisamos entender o que é uma equação, pois além da equação do 1º grau, você
estudará, em outros componentes, a do 2º grau. Assim, podemos definir uma equação como:

A sentença matemática que representa uma igualdade, reunindo letras a números


desconhecidos na sentença, ao ponto que nomeamos essa letra de incógnita.
Segundo Morettin, Hazzan e Bussab (2017), podemos ainda dizer que uma equação do
primeiro grau na incógnita x, no universo real, é toda equação redutível à forma:

a.x=b

De modo que a e b são números reais quaisquer, com a ≠ 0.

Sendo assim, para se resolver esse tipo de equação, basta dividir ambos os membros por a,
ou seja:

a. x b b
 x 
a a a

b
O valor encontrado é chamado raiz da equação.
a
Para ajudá-lo(a) a fixar essa explicação, usaremos um exemplo proposto por Morettin,
Hazzan e Bussab (2017). Observe:
x 2 x 3 1
Exemplo 18: Dada a equação  , poderemos determinar o valor de x da seguinte
3 2 6
maneira:
20
Primeiro precisaremos identificar o mmc de 3, 2 e 6, que nesse caso é 6. Com isso, vamos

Voltar ao sumário
multiplicar todos os termos da equação pelo mmc. Assim:

x 2 x 3 1
6. 6. 6.
3 2 6
x 2 x 3 1
6 2  6 3 6 1
3 2 6
2 x 2 3 x 3 1
2x 4 3x 9 1
2x 3x 1 9 4
5x 14
x 14
5

Vamos exemplificar para ajudá-lo(a) nessa compreensão:

Exemplo 19: o gerente de financeiro, após analisar o relatório de receitas, constata que
precisará de 100 unidades do produto y para somar essa receita com os R$ 500,00 em caixa
para alcançar a meta do dia, que é R$ 1.600,00.

Para esse exemplo, devemos montar a equação, assim teremos: 100y + 500 = 1600. Temos
então uma equação com uma incógnita.

Exemplo 20: ao produzir 7 peças x de sua linha de produtos, o(a) empreendedor(a) constata
que precisa de 3 itens do insumo a e mais 2 itens do insumo b.

Representando a situação numa equação, teremos: 3a + 2b = 7. Temos assim uma equação


com duas incógnitas.

Com isso, podemos dizer que uma equação do 1º grau é aquela que se pode reduzir à forma
ax=b, em que x é a incógnita e a e b são os coeficientes e números reais, com a ≠ 0.

Quanto aos objetivos da equação, podemos distingui-la em três tipos:

Equação de definição: é aquela que estabelece identidade entre duas expressões


alternativas que possuam exatamente o mesmo significado. Uma situação prática
acontece quando o empreendedor quer determinar o Lucro Total – LT do negócio, que
nesse caso é o excedente de Receita Total – RT em relação aos Custos Totais - CT, ou
seja, LT = RT – CT.

Equação de comportamento: é aquela que especifica como uma variável se comporta


frente a alterações em outras variáveis. Para aplicarmos em uma situação prática,
podemos tomar como os Custos Totais propostos acima, para os quais será necessário
saber Custo Fixo – CF mais Custos Variáveis – CV, ou seja, se o CF de um negócio é
de R$ 800,00 e o CV depender do consumo x de um determinado insumo que custa R
50,00, então a equação que representa CT será: CT = CF + CV ⇒ CT = 800 + 50x.
21
Equação de equilíbrio: é aquela que indica uma noção de equilíbrio em um modelo

Voltar ao sumário
econômico. Um modelo matemático comumente conhecido é o equilíbrio oferta x
demanda, cuja quantidade ofertada é igual à quantidade demandada, ou seja: Qo =
Qd.

Para ajudar a fixar o conceito e a aplicação, vamos observar um exemplo prático:

Exemplo 21: ao comparar a planilha de custos, o gestor do negócio constata que teve um
custo fixo de R$ 1.050,00 naquele mês, e que ao usar 80 unidades do item x, que custa R$
12,00 cada, havia diminuído seu lucro em 10% em relação ao mês anterior, mesmo com
uma receita de R$ 7.000,00 naquele mês.

Para esse exemplo, vamos determinar o Lucro Total do negócio no mês anterior ao mês
analisado. Faremos assim:

1º determinar o Custo Total – CT

CT  CF  CV  CT  R$ 1.050, 00  80. R$ 12 , 00  CT  R$ 1.050, 00  R$ 960, 00 


CT  R$ 2.010, 00

2º determinar o Lucro Total no mês em Análise - LTa

LT RT _ CT LT R 7.000, 00 _ R 2.010, 00 LT R$ 4.990, 00

3º determinar o Lucro Total no Mês Anterior – LTma

LTma  LTa 
x, em que x é exatamente igual a 10% do lucro total do mês em análise, assim:
.
x = LTa 10%

10
Logo : LTma
= LTa – ( LTa * 10%
= ) ⇒ LTma R$ 4.990,00 – ( R$ 4.990,00 * )⇒
100
LTma R$ 4.990,00 =
– R$ 499,00 ⇒ LTma R$ 4.491, 00

Além das equações do 1º grau, também será necessário estudar sobre Equação do 2º Grau.
Para a resolução dessas ultimas, você precisará usar os conhecimentos anteriores.

Veja, uma equação de 2º Grau é uma expressão algébrica que pode ser reduzida à forma
ax² + bx + c = 0, onde os coeficientes a, b e c são números reais e a ≠ 0.

Assim, dada a equação y = x² – 3x + 4, teremos como coeficientes: a = 1, b = -3 e c = 4.


Nesse caso, o gráfico da equação do 2º Grau é dado por uma parábola que passa o vértice
3
de coordenadas: xv = na abscissa e y v  1 xv   3 xv  4 na coordenada.
2

2
Para as equações de 2º grau, você deverá usar a Fórmula de Bhaskara, aquela mesma do
ensino médio. Veja a formula:

b  b2  4 ac
x
2a

Para ajudá-lo a praticar, observe o exemplo apresentado a seguir.


22
Exemplo 22: Dada a equação 2x² - 3x – 2 = 0, determine o valor de x e obtenha o conjunto

Voltar ao sumário
verdade.

Como dito, para essa resolução, você terá que usar Bhaskara. Aplicando os coeficientes a
= 2, b = -3 e c = -2, teremos:

  3    3  4.2.  2 
2


2. 2
3  9   16 

4
3  9  16

4
3  25

4
35
� 
4
8
� 
4

 2
3 5
 �� 
4
2
 ��  
4
1
 ��  
2

1
Assim, o conjunto verdade será V = { 2, − }
2
Conjuntos numéricos e lógica matemática na análise de cenários

O estudo dos conjuntos numéricos traz grande aplicação prática no mundo da gestão e
contribui na resolução do problema cotidiano das empresas. Assim, faz-se necessário
estudarmos sobre a teoria dos conjuntos, identificando seus possíveis tipos e suas
representações.

Nessa empreitada, precisaremos também relembrar um pouco dos estudos sobre a reta
numérica e como ela se relaciona com os conjuntos, pois assim poderemos praticar
as operações possíveis com esses conjuntos. Após relembrados esses conceitos
e definições, conheceremos algumas situações nas quais deveremos usar nossos
conhecimentos sobre conjuntos para solucionar problemas do ambiente empresarial.
Agora, vamos aos estudos!

23
Tipos de conjunto

Voltar ao sumário
Para iniciarmos nossos estudos sobre a teoria dos conjuntos, precisaremos das noções
primitivas quanto ao conjunto, aos elementos e a sua pertinência. Com isso, podemos dizer que
um conjunto constitui-se por um agrupamento de objetos definidos nomeados de elementos,
escritos tanto entre chaves quanto separados por vírgula ou ponto-e- vírgula.

Sabendo disso, podemos distinguir três tipos de conjuntos, a saber: Conjunto Unitário, Conjunto
Vazio, Conjunto Finito e Conjunto Infinito.

Conjunto Vazio: é aquele no qual não se encontra nenhum elemento, podendo ser
representado por { } ou Ø.

Conjunto Unitário: é aquele no qual a coleção dos elementos é constituída por apenas
um item, como, por exemplo, no conjunto da tipagem sanguínea {O-}.

Conjunto Finito: é aquele no qual se pode contar ou enumerar os elementos, a exemplo


do conjunto das vogais {a, e, i, o, u}, ou os dias da semana {domingo, segunda, terça,
quarta, quinta, sexta, sábado}.

Conjunto Infinito: é aquele constituído por elementos os quais não podemos enumerar,
a exemplo do conjunto das estrelas.

Esses conjuntos possuem múltiplas formas de representação, ou seja, várias representações


de conjuntos. Podemos então representar os conjuntos de forma tabular, por propriedade e/ou
por diagrama de Venn.

Representação Tabular: é a listagem ou a enumeração dos elementos do conjunto,


quando representados entre chaves e separados por ponto-e-vírgula. Exemplo: {1; 2; 3; 4;
5; 6; 7; 8; 9}.

Representação por Propriedade: é a representação dos elementos em função de dada


propriedade. Exemplo: X = {y | y é uma vogal}, então x = {a, e, i, o, u}.

Representação por Diagrama de Venn: dá-se mediante utilização de uma figura


geométrica fechada. Seu principal intuito é facilitar a compreensão das definições e
demonstrações do conjunto, de modo que todo e qualquer ponto interno à figura pode
configurar um elemento do conjunto; já os pontos fora da figura não pertencem ao
conjunto. Como exemplo, as vogais do nosso alfabeto (Figura 3):

b a c
i
e o
d
u V
A

Figura lll - Vogais em diagrama de Euler-Venn


24
Nesse ponto, já conseguimos entender que é possível existir uma relação de inclusão entre

Voltar ao sumário
conjuntos. Se considerarmos o Conjunto (Figura 3) A = {a, b, c, d, e, i, o, u}, poderemos constatar
que há um subconjunto em A, a saber, o subconjunto V = {a, e, i, o, u}. Para tanto, o V é um
subconjunto de A, onde V está contido em A. Essa inclusão só é possível porque V ⊂ A, sendo
uma tautologia para demais casos iguais, onde V estará contido A se, e somente se, todo
elemento de V for também elemento de A.

Noções sobre conjunto Universo

Até aqui já tratamos dos tipos de conjunto e suas formas de representação, mas ainda
precisaremos explicar como interpretar o conjunto que representa a totalidade dos elementos
disponíveis. Matematicamente, a classe que contém todos os elementos que se deseja
considerar em certa situação é chamada de Universo. Desse modo, todos os conjuntos seriam
subconjuntos de um conjunto que possui mais elementos, chamado de conjunto universo,
sendo indicado por U.

Podemos então admitir a definição de Guerra (2016) para quem o conjunto universo é
um conjunto que contém todos os elementos do contexto no qual estamos trabalhando
(GUERRA, 2016).

Com isso, podemos analisar a figura 4, disposta abaixo:

r
a
p
i
e o

q
u

Figura 4 - Conjunto Universo

Após essa análise, podemos concluir com base na definição proposta acima que todos os
elementos dispostos constituem o conjunto universo, ou seja, U = {p, q, e, a, i, o, u, r}. Assim,
ao deparar com situação na qual se verifique mais de um conjunto, e mesmo com elementos
dispersos e fora do diagrama de Venn, será possível construir um conjunto universo ao relacionar
todos os elementos dispostos.

Vamos observar o exemplo abaixo e apresentar uma solução para o problema apresentado, a
partir das noções de conjunto universo. Observe:

Exemplo 13: (Adaptada de Paiva, 2009) Guilherme é um funcionário da Bolsa de Valores que
informa a três corretores, Pedro, Renato e Samuel, as oscilações do mercado de ações. Para
manter sua organização, ele construiu um diagrama, como o apresentado abaixo, no qual P, Q

25
e representam os conjuntos de informações transmitidas aos corretores Pedro, Renato e

Voltar ao sumário
Samuel, respectivamente. O diagrama descreve para quem as informações 1, 2, 3, 4 e 5 foram
transmitidas.

Figura 5 - Vogais em diagrama de Euler-Venn

Em vez de usar o diagrama, Guilherme poderia organizar esses dados em tabela, em que, no
cruzamento da linha (informação) com a coluna (corretor), ele escreveria um X, indicando que tal
informação já foi transmitida a tal corretor. Para ajudar o Guilherme, construa a tabela proposta.

Para construirmos a tabela, podemos constatar que as informações representam os elementos


e nesse caso, o conjunto U = {1, 2, 3, 4, 5}. Assim a tabela poder apresentada do seguinte modo:

Esperamos que você, até aqui, já tenha aprendido os conhecimentos elementares sobre conjuntos,
como sua representação e seus tipos. Mas antes de iniciarmos nossos estudos sobre operações
com conjuntos, é muito importante estudar sobre os conjuntos numéricos fundamentais e suas
propriedades. Vamos lá?
Apresentação dos conjuntos numéricos fundamentais e suas propriedades

Estamos estudando a Teoria dos Conjuntos, e nesse caso os conjuntos de interesse do nosso
estudo são aqueles formados por números, ou seja, os conjuntos numéricos. Por sua vez, esses
conjuntos podem ser formados por números: naturais, inteiros, racionais, irracionais e/ou reais.
Vamos agora conhecer cada um deles!

Números Naturais

Inicialmente, é preciso destacar que os chamados números naturais são usados com
a finalidade básica de servirem a contagem. Sabendo disso, podemos resgatar um

26
Voltar ao sumário
pouco da história para compreendermos como esses números surgiram. O que se
sabe é que, já no ano 3800 a.C, como algumas sociedades primitivas aprenderam
a usar ferramentas e armas de bronze, aldeias às margens dos rios transformaram-
se em cidades. Com isso, surgiram algumas atividades mais complexas graças ao
desenvolvimento do comércio. Assim, os agricultores passaram a produzir alimentos
em quantidades superiores às suas necessidades, o que fez com que algumas pessoas
se dedicassem a outras atividades, como artesanato, comércio, administração. A
consequência desse desenvolvimento, foi o surgimento da escrita e com ela, passou-
se a representar quantidade através de símbolos (GUERRA, 2016).

No estudo sobre o conjunto dos números naturais, denotaremos por ℕ, de modo que ℕ = {0, 1,
2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, ...}. Esses algarismos também podem ser nomeados de algarismos indo-
arábicos. Nessa sequência, vamos considerar o zero como natural, pois ele tem as mesmas
propriedades algébricas que os números naturais.

Assim, se p é um número natural, logo p + 1 será um número natural, tal que:

p e p + 1 são números naturais consecutivos;

p é número antecessor de p + 1;

p + 1 é o número sucessor de p.

Com isso, podemos indicar as propriedades dos Números Naturais:

Propriedade 1 – Todo número natural possui um número sucessor;

Propriedade 2 – A soma de dois números naturais quaisquer é um número natural;

Propriedade 3 – A multiplicação de dois números naturais quaisquer resulta em um número


natural.

Números Inteiros

O conjunto dos números inteiros é formado pelos números inteiros positivos, números
inteiros negativos e pelo zero, e é representado por ℤ. Assim, ℤ é dado por -5, -4, -3, -2,
-1, 0 , 1, 2, 3, 4, 5. Ou seja: ℤ = { ..., -5, -4, -3, -2, -1, 0 , 1, 2, 3, 4, 5 ...}.

Podemos afirmar que os números inteiros estão presentes no cotidiano de todas


as pessoas, não apenas dos(as) empreendedores(as). As medidas de temperatura
que diariamente vemos nos jornais, e, no caso específico dos negócios, ao vermos
diariamente nos saldos e extratos bancários os valores a creditar e a debitar, o que por
sua vez podem deixar os números apresentados, tanto negativos quanto positivos.

Para ajudar em seus estudos, vamos diferenciar números inteiros positivos de números inteiros
negativos. Assim vejamos:

27
Números inteiros positivos: são os números localizados à direita do zero na reta numérica, ou

Voltar ao sumário
seja, o números, 1, 2, 3, 4, 5 ..., 50, ... 100.

Números inteiros negativos: são os números localizados à esquerda do zero na reta numérica,
ou seja, os números -1, -2, -3, -4, -5, ... -50, ... -100.

Com isso, podemos indicar uma reta com os números inteiros. Logo:

Com isso, podemos indicar as propriedades dos Números Inteiros:

Propriedade 1 – Sendo P e I os conjuntos dos números inteiros pares e ímpares, respectivamente,



temos P I = ℤ e P ∩ I = Ø;

Propriedade 2 – Todo número inteiro tem sucessor e antecessor;

Propriedade 3 – A soma de dois números inteiros quaisquer é um número inteiro;

Propriedade 4 – A diferença entre dois números inteiros quaisquer é um número inteiro;

Propriedade 5 – O produto de dois números inteiros quaisquer é um número inteiro.

Números Racionais

Para apresentar uma definição, podemos dizer que todo número que pode ser escrito na forma
p
q
é um número racional, desde que p e q sejam inteiros e q seja diferente de zero. Os números
racionais podem ser denotados por ℚ, de modo que:

Q { | p , q Zeq 0}

p
Com isso, podemos destacar que todo número inteiro p pode ser escrito no formato . Vejamos:
4 7 2 2 4, 5 1
, , ;2 ,4 5
5 5 9 1 1 1
Dos números racionais, podemos indicar as seguintes propriedades:

Propriedade 1 – A soma de dois números racionais quaisquer é um número racional;

Propriedade 2 – A diferença de dois números racionais quaisquer é um número racional;

Propriedade 3 – O produto de dois números racionais quaisquer é um número racional;

Propriedade 5 – A divisão de dois números racionais quaisquer, desde que o divisor seja diferente
de zero, é um número racional.

Números Irracionais

Os números irracionais são todo e qualquer número não racional, logo, podemos dizer que número
p
irracional é aquele que não poder ser representado no formato , tal que q seja diferente de 0.
q

Podemos citar como exemplo de números irracionais: 5 e 7 .


28
Podemos assim apresentar as seguintes propriedades para os números Irracionais:

Voltar ao sumário
Propriedade 1 – Sejam p e q números naturais, com p ≠ 0. Se p
q não é inteiro, então p
q é
irracional;

Propriedade 2 – A soma de um número racional com um número irracional é um número


irracional;

Propriedade 3 – A diferença entre um número racional e um número irracional, em qualquer


ordem, é um número irracional;

Propriedade 4 – O produto de um número diferente de zero por um número irracional é um


número irracional;

Propriedade 5 – A divisão de um número racional diferente de zero por um número irracional


é um número irracional.

Números Reais

O conjunto dos números reais pode ser denotado por ℝ, e é formado pelos números ℕ, ℤ, ℚ e
pelos Irracionais. Logo:

R { x | x Q ou I }

Dos números Reais, podemos destacar as seguintes propriedades:

Propriedade 1 – A soma de dois números reais quaisquer é um número real;

Propriedade 2 – A diferença entre dois números reais quaisquer é um número real;

Propriedade 3 – O produto de dois números reais quaisquer é um número real;

Propriedade 4 – A divisão de dois números reais quaisquer, sendo o divisor não nulo, é um
número real;

Propriedade 5 – Sendo p um número natural par não nulo e q um número real, logo
p
q R  q  0 ;

Propriedade 6 – Se p é um número natural ímpar e q um número real, logo p


q ∈R .

A reta numérica e sua relação com conjuntos

Uma vez conhecidos os conjuntos numéricos, já podemos, a partir desses estudos, construirmos
uma reta numérica. Para isso, precisamos lembrar que o conjunto dos números reais (ℝ) é
formado por todos os números naturais (ℕ), racionais (ℚ), irracionais (I) e inteiros (ℤ).

Assim, vamos desenhar uma reta e, ao selecionarmos um ponto qualquer como referência ao
0 para servir de origem, e a partir dele podermos escolher um ponto à direita como ponto 1.

29
Voltar ao sumário
Perceba que os números 2/3, 1 e 2 estão à direita do zero na reta numérica, e assim são chamados
de Positivos. Já os números -1/2, -1 e -2, estão à esquerda do zero, e são chamados de Negativos.

Na reta numérica, a medida da distância entre cada ponto pode ser chamado de unidade de
medida. Assim, ao marcar ordenadamente os números reais à direita do zero, convenciona-se
que eles são números positivos; já os números reais à esquerda do zero são negativos. Esses
intervalos, bem como a representação de subconjuntos que envolvam números reais na reta
real, são importantes para a resolução tanto de Inequações de 1° Grau, quanto na definição de
funções, limite, continuidade etc.

Vamos tratar de uma situação na qual poderemos usar a reta numérica para chegar a uma
conclusão. Veja o exemplo abaixo.

Exemplo 14: (Adaptada de Paiva, 2009) A loja Variedades Alfa trabalha com fretes e entregas,
e para isso usa uma caminhoneta para atender a demandas de clientes e oferecer serviços de
transporte de mercadorias na cidade. O motorista do veículo sabe que a velocidade do veículo
é limitada por normas da própria empresa, tanto que na carroceria do veículo foi anexada uma
placa com a seguinte descrição:

Ao analisarmos a placa informativa e indicarmos por x uma velocidade qualquer da caminhoneta,


em quilômetros por hora, no trecho da entrega, podemos classificar as afirmativas abaixo como
Verdadeira ou Falsa, a saber:

a) x pode assumir qualquer valor real, com 0 ≤ x ≤ 80.

b) x podo assumir o valor 70 2 .

c) x pode assumir qualquer valor irracional, com 0 ≤ x ≤ 80.

d) Se a caminhoneta atingiu a velocidade y 3 2 km / h nesse trecho, então podemos afirmar que


0 ≤ y ≤ 40
3
2.

30
Observe que esse exemplo oferece certo nível de complexidade, pois estamos trabalhando com

Voltar ao sumário
esses exemplos para que você também possa estudar situações mais matematizadas que o(a)
ajudarão em avaliações externas, como é o caso do ENADE.

Bom, vamos ajudá-lo(a) a compreender e a resolver esse exemplo. Assim, vejamos:

A afirmativa “a” é verdadeira, já que a velocidade tem variação constante, ou seja, para passar de
uma velocidade menor que determinado valor v para uma velocidade maior que v, o automóvel tem
de passar, obrigatoriamente, pela velocidade v. Logo, para que varie de 0 a 80 km/h, a velocidade
deve assumir todos os valores reais x, com 0 ≤ x ≤ 80.

A afirmativa “b” é falsa, já que 70 2 ≈ 99 , e os valores de x devem obedecer à condição 0 ≤ x ≤ 80.

A afirmativa “c” é verdadeira, pois todo número irracional é real, e no item a concluímos que x
assume qualquer valor real sob a condição 0 ≤ x ≤ 80.

A afirmativa “d” é falsa, pois 0  y 3 2  80 , e dividindo os membros dessa desigualdade por
3
2 , teremos:

80
0  y  3
2

80
Assim, racionalizando o denominador de , multiplicamos o numerador e o denominador por
3
2
3
22 , teremos:
80. 3 22
0  y 
3
2 . 3 22
0  y  40 3 4

Operações com conjuntos

Agora vamos tratar um pouco das operações que podemos realizar com conjuntos. Nessas
operações trabalharemos com intersecção, união e diferença. Assim vejamos:

Intersecção

Considere dois conjuntos: P e Q. Os elementos que são comuns tanto a P quanto a Q representam
a intersecção entre ambos os conjuntos. Veja o exemplo:

31
Nesse exemplo, podemos perceber que 1, 3 e 5 pertencem a P, mas não pertencem a Q; já os

Voltar ao sumário
números 7, 9 e 11 pertencem a Q mas não pertencem a P, ao ponto que os números pares: 2, 4,
6, 8 e 10 pertencem simultaneamente a P e Q. Assim, dizemos que a intersecção entre P e Q é
representada pelos números 2, 4, 6, 8 e 10. Essa intersecção pode ser presentada por P ∩ Q . Logo,
se o conjunto P = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10} e Q = { 2, 4, 6, 7, 8, 9, 11}, então P ∩ Q = {2, 4, 6, 8, 10}.

Simbolicamente, podemos afirmar que P  Q  { a | a  P e a  Q} . Mas caso tenhamos dois


conjuntos que não possuam qualquer elemento comum, chamaremos então de conjuntos
disjuntos, e serão denotados P Q Ø.

Exemplo 15: Dados os conjuntos A e B, em que A = {1, 3, 5, 7, 9}, B = {2, 3, 6, 9}, determine o
conjunto A ∩ B .

Assim temos que o conjunto A ∩ B = {3}.

Exemplo 16: (Adaptada de Paiva, 2009) Ao iniciar sua loja virtual, um(a) empreendedor(a) fez
uma pesquisa com 350 pessoas para avaliar a eficácia de um anúncio na divulgação de dois
produtos novos, X e Y. Ao concluir a pesquisa, ele(a) constatou que do total de entrevistados, 280
conheciam o produto X; 80 conheciam os dois produtos; e 20 não conheciam nenhum dos dois
produtos.

De acordo com os dados colhidos pelo(a) empreendedor(a), quantas pessoas entrevistadas


conheciam apenas o produto B?

Na solução desse problema, vamos ajudá-lo(a) mostrando um passo a passo. Observe com
atenção, pois esse método o(a) ajudará nos problemas futuros. Vamos lá.

Relembrando nossos conceitos fundamentais, temos três


conjuntos, a saber: U como conjunto Universo; X como conjunto
do produto X; e Y como conjunto do produto Y. Podemos então
representá-los assim:

Primeiro passo

Vamos considerar o conjunto X  Y aquele formado pelas


pessoas que conhecem os dois produtos. Essa intersecção
possui 80 elementos. Podemos então representá-la da
seguinte forma:

Segundo passo

O conjunto X é formado pelas pessoas que conhecem o


produto X. Tal conjunto possui 280, porém, no passo 1, já foram
consideradas 80 pessoas desse total, faltando, assim, 200
pessoas para contemplar o conjunto. Vamos escrever as 200 na
região que corresponde a X – Y:

32
Voltar ao sumário
Terceiro passo

A região que corresponde a (XUY) é aquela das pessoas que


não conhecem nenhum dos produtos. Nessa região devemos
escrever 20

Quarto passo

A região que corresponde ao conjunto Y – X é aquela das pessoas


que conhecem apenas o produto Y. Como não o conhecemos,
vamos admitir essa região como q, sendo esse o número de
elementos desse conjunto:

350 20 200 80 q
Nesse ponto, como já sabemos a quantidade de elementos no 350 300 q
conjunto universo, ou seja, 350, logo, 20 + 200 + 80 + q = 350, 300 q 350
assim: q 350 - 300
q 50 elementos

Com isso, podemos representar o diagrama completamente


preenchido, onde:

União

O conjunto União de dois conjuntos, P e Q, será formado pelos elementos presentes em pelo
menos um dos conjuntos. Veja o exemplo:

Pelo exemplo, podemos dizer que dos conjuntos P = { a, b, c, d, e, f, g, h, i} e Q = {g, h, i, j, l, m}, o


conjunto União é dado por P ∪ Q = {a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l , m}, onde, simbolicamente: P ∪ Q = {a|a
∪ P ou a ∪ Q}, e o número de elementos de P ∪ Q é 12, e denotamos n( P ∪ Q ) = 12.

É possível ainda denotar que observamos que o número de elementos de P ∪ Q , n( P ∪ Q ) é dado


por: n(P ∪ P) = n(P) + n(Q)–n(P ∪ Q), ao ponto de que n(P) e n(Q) representam, respectivamente,
33
os números de elementos dos conjuntos P e Q.

Voltar ao sumário
Exemplo 17: Considerando os conjuntos A e B, em que A = {4, 8, 16, 32} e B = {2, 4, 6, 12},
determine o conjunto n(A ∪ B).

Temos então que A ∪ B = {2, 4, 6, 8, 12, 16, 32}, onde n(A ∪ B) = 7.

Diferença

A diferença P – Q dos conjuntos P e Q é dada por qualquer conjunto formado pelos elementos
que por sua vez pertençam a P e não pertençam a Q.

No exemplo indicado acima, do conjunto P = {x, y, w, z, a, b, c} e do conjunto Q = {e, i, o, u, a, b, c},


temos o conjunto diferença P – Q = {x, y, w, z} e Q – P = { e, i, o, u}. Simbolicamente: P – Q = {a|a
∪ P e a ∪ Q}.

Exemplo 18: dado o conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5}, B = {2, 4, 6, 8}, quais os elementos que podemos
encontrar no conjunto B – A?

Nesse caso, sabendo que a diferença é dada pelos elementos presentes em um conjunto e não
presentes no outro, concluímos que B – A = {6, 8}.

Exemplo 19: (Adaptada de Paiva, 2009) Os negócios do setor de tecnologia lidam diariamente
com termos em línguas estrangeiras. Por essa razão, um(a) empreendedor(a) de um negócio
de vendas online fez um levantamento na empresa e constatou que dos 180 funcionários que
trabalham no escritório da matriz, 108 deles falam inglês, 68 falam espanhol, 32 falam apenas
português.

Diante dessa situação, o(a) empreendedor(a) precisar saber quantos funcionários falam inglês e
espanhol.

Para ajudar a resolver esse problema, usaremos mais uma vez o passo a passo apresentado
anteriormente. Vejamos:

Chamaremos de U o conjunto universo, I o conjunto de funcionários que falam inglês e E o conjunto


de funcionários que falam espanhol

34
Voltar ao sumário
Primeiro passo

Como temos uma intersecção entre os que falam inglês e espanhol,


logo, E ∩ I é exatamente o valor que estamos procurando. Assim,
chamaremos de x:

Segundo passo

O conjunto I tem 108 elementos. Como já admitimos que x desses


elementos estão em I, então faltam 108-x desses elementos em I,
que devem ser indicados na região I – E:

Terceiro passo

O conjunto E tem 68 elementos. Como já admitimos que x desses


elementos estão em E, então faltam 68 – x elementos em E, que
devem ser indicados na região E – I:

Quarto passo

Se 32 dos funcionários falam apenas português, logo esses 32 não


falam nem inglês nem espanhol, então:

Quinto passo 180 32 108 - x x 68 - x


180 140 - x x 68 - x
Já sabemos que o conjunto Universo é formado por 180
elementos, logo,
180 208 - x x - x
180 208 - x
32 + 108 – x + x + 68 – x = 180. x 208 - 180
Assim temos que: x 28 eleme
entos

Assim podemos preencher completamente o diagrama com


os seguintes valores

35
Aplicações de operações com conjunto em gestão de negócios

Voltar ao sumário
Ao deparar diariamente com suas atribuições e competências demandadas ao exercício de
cargos de gestão e decisão, é possível fazer uso das operações indicadas acima como método
de resolução de problemas.

Lembre-se de que, como gestor, uma das habilidades mais requisitadas é a capacidade de tomar
decisão diante de trade off de recursos, mercados, máquinas ou investimentos financeiros.

Para ajudar na compreensão dessa aplicação, podemos optar pela seguinte situação: um
profissional de marketing, após contratar uma pesquisa base, identificou que 80% dos clientes
pesquisados compram o produto X semanalmente, enquanto 20% compram apenas o produto
Y com a mesma frequência, mas 40% desses clientes não compram Y. Sabendo que a pesquisa
levantou informações de 200 clientes, o profissional deverá identificar a quantidade de clientes
que não compram Y, no intento de buscar uma estratégia que motive a compra desse grupo de
clientes.

Para chegar à conclusão necessária diante do problema proposto, o profissional pode fazer uso
de seus conhecimentos em Teoria dos Conjuntos, por meio do seguinte processo:

Clientes que só compram Y = 20%

Clientes que compram X = 80%

Clientes que não compram Y = 40%

Já que tivemos 200 clientes entrevistados, podemos então concluir que 40 clientes compram
apenas Y e 80 clientes não compram Y, já que 160 do total de clientes pesquisados compram
tanto X quanto Y. Como160 dos clientes compram X ou Y, e 80 desses clientes não compra Y,
logo, 80 compram apenas X. Essa mesma conclusão pode ser alcançada usando um diagrama
de Veen. Veja:

xy

? 40% 20%

Onde: ? + 40% + 20% = 100%, ou seja, X ∩ Y + (X - Y) = 160, onde sabemos que Y – X = 40, logo,
X - Y = X ∪ Y – [(X ∩ Y) + (Y – X)]. Assim, ? = 200 – (80 + 40), ou seja, ? = 200 – 120 = 80.

Para concluirmos nossos estudos sobre conjuntos, vamos propor mais uma situação prática.
Lembre-se que já resolvemos vários exemplos, por isso, tente responder a situação com base nos
exemplos anteriores. De todo modo, você terá a resolução a sua disposição. Vamos lá?

36
Exemplo 20: (Adaptado de Paiva, 2009) Uma das ferramentas mais eficazes na gestão de negócios

Voltar ao sumário
é a pesquisa de mercado. Por meio da pesquisa de mercado, você pode levantar informações
do seu mercado consumidor, mercado concorrente e mercado fornecedor. Sendo assim, uma
indústria de artigos esportivos contratou uma empresa de consultoria de negócios para fazer
uma pesquisa de mercado com 1.500 pessoas, que deveriam responder “sim” ou “não” a cada
uma das seguintes perguntas:

1ª Você pratica caminhada?

2ª Você pratica corrida?

3ª Você pratica ginástica?

A empresa de consultoria entregou os seguintes resultados da pesquisa conforme apresentados


na tabela abaixo:

Resposta “sim” Número de pessoas


à 1ª pergunta 800
à 2ª pergunta 332
à 3ª pergunta 618
às 1ª e 2ª perguntas simultaneamente 118
às 1ª e 3ª perguntas simultaneamente 172
às 2ª e 3ª perguntas simultaneamente 110
às 1ª, 2ª e 3ª perguntas simultaneamente 70

De posse desses dados, a fábrica precisa identificar quantas pessoas responderam “não” às
três perguntas.

Dos exemplos que já resolvemos, uma coisa que você já deve ter percebido: é que a resolução
deve sempre começar pela intersecção entre os conjuntos. Façamos então o mesmo
procedimento. Veja:

Chamaremos U o conjunto universo formado por 1.500 entrevistados;

1 será o conjunto de pessoas que respondeu sim à 1ª pergunta;

2 será o conjunto de pessoas que respondeu sim à 2ª pergunta;

3 será o conjunto de pessoas que respondeu sim à 3ª pergunta.

Primeiro passo

Iniciaremos sempre pela intersecção entre os 3 conjuntos. Logo,


já sabemos que 70 pessoas responderam sim às 3 perguntas, ou
seja, 1 ∩ 2 ∩ 3. Assim, teremos

37
Segundo passo

Voltar ao sumário
Devemos indicar o número de elementos das intersecções
dos conjuntos dois a dois. Já sabemos por meio da tabela
que 108 pessoas responderam “sim” à 1ª e à 2ª pergunta,
simultaneamente, e como já indicamos 70 pessoas nessa
intersecção, logo, faltam 48 elementos em 1 ∩ 2; na tabela
também identificamos que 172 pessoas responderam “sim”
à 1ª e à 3ª perguntas, simultaneamente, e já indicamos 70
pessoas nessa intersecção, logo faltam 102 pessoas em 1 ∩
3; como 110 pessoas responderam “sim” à 2ª e à 3ª perguntas,
simultaneamente, e já havíamos indicado 70 pessoas nessa
intersecção, então faltam 40 pessoas em 2 ∩ 3. Assim, vejamos:

Terceiro passo

Sabemos que 800 pessoas responderam “sim” à 1ª pergunta, e


já indicamos 220 elementos em 1 (102+70+48=220), faltam 580
elementos/pessoas para completar o conjunto; a tabela indica
que 332 pessoas/elementos responderam “sim” à 2ª pergunta, e
já indicamos 158 (48+70+40=174) pessoas em 2, logo faltam 174
elementos; como 618 pessoas responderam “sim” à 3ª pergunta,
e como já indicamos 212 pessoas em 3 (102+70+40=212),
faltam 406 elementos.

Quarto passo

Como já preenchemos os grupos 1, 2 e 3, o número de pessoas é


representado pelos elementos que estão fora dos três conjuntos.
Nesse caso, representaremos por x.

Logo, sendo U = 1.500 o conjunto


x 174 48 70 40 580 102 406 1.500
que totaliza os entrevistados,
1.500 x 174 48 70 40 580 102 406
temos:
1.500 x 1.420
x 1.420 1.500
_
x 1 500 1.420
x 80 pessoas

Concluímos então que 80 pessoas entrevistadas responderam “não” às três perguntas.

38
Resumo:

Voltar ao sumário
Neste Percurso de Aprendizagem, o nosso objetivo era compreender como os conhecimentos elementares
de frações, porcentagem, equações e conjuntos podem auxiliar o(a) empreendedor(a) no cotidiano do
ambiente de negócios. Vamos relembrar os principais conceitos deste Percurso de Aprendizagem:

• Toda vez que fragmentamos um determinado elemento em partes iguais, estaremos fracionando
esse elemento. Por isso, uma fração é simplesmente a divisão de um item em partes
necessariamente iguais.

• A expressão “por cento” (%) significa “um por cento”. Por isso que quando você comprou aquela
calça jeans que custava R$ 100,00, com desconto de 30%, pagou apenas R$ 70,00, pois de cada R$
100,00 serão descontados R$ 30,00.

• Uma potência pode ser uma ferramenta extremamente útil enquanto método de simplificação
matemática de valores muito grandes. Ela pode auxiliar o(a) empreendedor(a) em múltiplas
tarefas do seu cotidiano, possibilitando distintas representações matemáticas com certo nível de
complexidade.

• Raiz n-ésima de n a expressão que elevada à potência n reproduz p, sendo ela representada por √.

• Essa racionalização poderá ser usada quando você tiver uma raiz no denominador de uma fração.
Racionalizar é eliminar a raiz do denominador, pois sempre que uma fração apresentar um radical,
seja no numerador ou no denominador, chamaremos de fração irracional.

• Uma equação pode ser definida como sentença matemática que representa uma igualdade, reunindo
letras e números desconhecidos na sentença, ao ponto que nomeamos essa letra de incógnita.

• Conjunto constitui-se de um agrupamento de objetos definidos nomeados de elementos, escritos


tanto entre chaves ou separados por vírgula ou ponto-e- vírgula.

• Os conjuntos podem ser vazios, unitários, finito e até infinitos.

• Conjunto vazio que é aquele no qual não se encontra nenhum elemento; o conjunto unitário é aquele
no qual a coleção dos elementos é constituída por apenas um item; o conjunto finito é aquele no qual
se pode contar ou enumerar os elementos; o conjunto infinito é aquele constituído por elementos os
quais não podemos enumerar.

• As operações com conjunto incluem operações de intersecção, união e diferença entre conjuntos.

Aprendemos ainda que seja nas ciências, na indústria, no comércio ou nas finanças, os cálculos de
porcentagem são sempre aplicados como método e verificação de resultados, como, por exemplo, a
eficiência de uma empresa. Ficou claro que uma potência, ou potenciação, pode ser uma ferramenta
extremamente útil enquanto método de simplificação matemática de valores muito grandes, e que uma
equação é a sentença matemática que representa uma igualdade, reunindo letras e números desconhecidos
na sentença, ao ponto que nomeamos essa letra de incógnita. Por fim, vimos os conjuntos dos números
naturais, números racionais, números irracionais e números reais, e as operações com conjuntos, quais
sejam: soma, diferença e intersecção.

Assim, concluímos nosso Percurso de Aprendizagem, e vamos praticar por meio dos exercícios.
Bons estudos!

39
REFERÊNCIAS

Voltar ao sumário
ANTON, Howard. Cálculo: um novo horizonte. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. v.1. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/cfi/0!/4/4@0.00:65.4

BARBONI, Ayrton ; PAULETTE, Walter (autor ). Fundamentos de matemática: cálculo e análise:


cálculo diferencial e integral a uma variável. Rio de Janeiro: LTC, 2007. Disponível em: https://
integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-216-2389-2. (DIGITAL) (Cód.:5347)

DREWS, Sonia Beatriz Teles; BORGEs, Pedro Augusto Pereira. Matemática aplicada à
administração. Ijuí: Ed. Unijuí, 2009. 182 p.

LAPA, Nilton. Matemática aplicada: uma abordagem introdutória. São Paulo: Saraiva, 2012.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788502157118. (DIGITAL)
(Cód.:1350)

MORETTIN, Pedro A. ; HAZZAN, Samuel ; BUSSAB, Wilton O. Introdução ao cálculo para


administração, economia e contabilidade. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. Disponível em: https://
integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788547221843. (DIGITAL) (Cód.:25860)

GUERRA, Fernando. Matemática básica. Brasília. ed. DCA-UFSC. 2016. 168p.

GUIDORIZZI, Hamilton Luiz. Um curso de cálculo. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018. v. 1. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788521635574. (DIGITAL) (Cód.:24732)

PAIVA, Manoel. Matemática. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2009.

SILVA, Luiza Maria Oliveira da; MACHADO, Maria Augusta Soares. Matemática aplicada à
administração, economia e contabilidade: funções de uma e mais variáveis. São Paulo:
Cengage Learning, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
books/9788522126576/cfi/0!/4/4@0.00:40.4

SILVA, Sebastião Medeiros da ; SILVA, Elio Medeiros da (autor) ; SILVA, Ermes Medeiros da
(autor). Matemática básica para cursos superiores. 2. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2018. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788597016659. (DIGITAL) (Cód.:23473)

40
Voltar ao sumário
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR)

Presidência
Lenise Queiroz Rocha

Vice-Presidência
Manoela Queiroz Bacelar

Reitoria
Fátima Maria Fernandes Veras

Vice-Reitoria de Ensino de Graduação e Pós-Graduação AUTOR


Maria Clara Cavalcante Bugarim JOSÉ LANDSBERG COSTA LIMA FILHO
Vice-Reitoria de Pesquisa
José Milton de Sousa Filho Empreendedor, empresário e professor universitário, grad-
Vice-Reitoria de Extensão
uado em Administração de Empresas com especialização
Randal Martins Pompeu em Administração Financeira e MBA em Gestão Financeira,
Controladoria e Auditoria além de mestrando em Adminis-
Vice-Reitoria de Administração tração. Sólida vivência financeira com atuação em cargos
José Maria Gondim Felismino Júnior
de gestão e direção de empresa. Possui experiência na área
Diretoria de Comunicação e Marketing projetos financeiros, planejamento financeiro e de risco fi-
Ana Leopoldina M. Quezado V. Vale nanceiro com participações em empresas de pequeno,
Diretoria de Planejamento
médio e grande. Conhecedor de ferramentas estatísticas
Marcelo Nogueira Magalhães que ajudam, previnem e diminuem as perdas financeiras
e que reduzem o risco na atuação no mercado financeiro.
Diretoria de Tecnologia Também possui conhecimento na área de projetos e cap-
José Eurico de Vasconcelos Filho
tação de recursos para investimentos e novos produtos
Diretoria do Centro de Ciências da Comunicação e Gestão adquiridos ao longo de mais de dez anos de atuação no
Danielle Batista Coimbra segmento. Professor em cursos de graduação e pós-grad-
uação ministrando disciplinas correlatas aos métodos
Diretoria do Centro de Ciências da Saúde
Lia Maria Brasil de Souza Barroso quantitativos como matemática, matemática financeira,
finanças e estatística.
Diretoria do Centro de Ciências Jurídicas
Katherinne de Macêdo Maciel Mihaliuc

Diretoria do Centro de Ciências Tecnológicas


Jackson Sávio de Vasconcelos Silva

RESPONSABILIDADE TÉCNICA

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS (NTE)

Gerência Projeto Instrucional


Douglas Royer Silviane da Silva Rocha
Coordenação Revisão Gramatical
Andrea Chagas Alves de Almeida José Ferreira Silva Bastos
Supervisão de Ensino e Aprendizagem Identidade Visual / Arte
Carla Dolores Menezes de Oliveira Emanoel Alves Cavalcante
Francisco Cristiano Lopes de Sousa
Supervisão de Planejamento Educacional
Ana Flávia Beviláqua Melo Editoração / Diagramação
Emanoel Alves Cavalcante
Supervisão de Recursos Educacionais
Josefa Braga Cavalcante Sales Produção de Áudio e Vídeo
Pedro Henrique de Moura Mendes
Assessoria Administrativa
Mírian Cristina de Lima Programação / Implementação
Francisca Natasha Q. Fernandes de Souza
Assessoria Pedagógica de Polo
Jéssica de Castro Barbosa

41

Você também pode gostar