Você está na página 1de 166

1

João Vilarim

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


2

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


3

Índice
1. Introdução pág. 05
2. Afinação do instrumento pág. 07
3. Técnica de digitação da mão esquerda pág. 09
4. Técnicas para a mão direita pág. 11
5. Arpejos ou dedilhados pág. 13
6. Ritmos e acompanhamento pág. 16
7. Apreciação da teoria musical pág. 22
1 – Propriedades da música pág. 22
2 – Notas - escalas - pentagramas pág. 22
3 – Claves pág. 23
4 – Sinais de alteração pág. 24
5 – O braço da viola caipira pág. 25
6 – Figuras pág. 28
7 – Divisão proporcional de valores pág. 28
8 – Ligadura de valor pág. 29
9 – Ponto de aumento pág. 29
10 – Compasso pág. 31
11 – Compasso simples pág. 32
12 – Compasso composto pág. 33
13 – Unidade de tempo e unidade de compasso pág. 34
14 – Barra de compasso pág. 35
15 – Escalas pág. 36
16 – Formação das escalas pág. 38
17 – Modos das escalas diatônicas pág. 40
18 – Tonalidade e tom da música pág. 41
19 – Escalas relativas pág. 42
20 – Intervalos pág. 43
21 – Cifras pág. 45
22 – Construção de acordes pág. 46
8. Digitação das escalas maiores pág. 52
9. Digitação das escalas menores naturais pág. 57
10. Digitação das escalas menores harmônicas pág. 62
11. Digitação das escalas menores melódicas pág. 67
12. Tablatura pág. 75
13. Escalas duetadas pág. 77
14. Digitação das escalas duetadas pág. 78
Dó maior pág. 78
Sol maior pág. 83
Ré maior pág. 88
Lá maior pág. 93
Mi maior pág. 98
Si maior pág. 103
Fá maior pág. 108
15. Dicionário de acordes pág. 113
1 - Acorde maior pág. 113
2 - Acorde menor pág. 115
3 - Acorde maior com 7ª menor pág. 117
4 - Acorde maior com 7ª no baixo pág. 120
5 - Acorde menor com 7ª menor pág. 121
6 - Acorde menor com 7ª no baixo pág. 123
7 - Acorde maior com 7ª maior pág. 124
8 - Acorde menor com 7ª maior pág. 127
9 - Acorde maior com 5ª aumentada pág. 129
10 - Acorde menor com 5ª aumentada pág. 130
11 - Acorde maior com 6ª maior pág. 131
www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010
4

12 - Acorde menor com 6ª maior pág. 133


13 - Acorde suspenso com 4ª pág. 135
14 - Acorde maior com 9ª maior pág. 137
15 - Acorde menor com 9ª maior pág. 139
16 - Acorde suspenso com 9ª maior pág. 141
17 - Acorde suspenso com 4ª e 7ª menor pág. 143
18 - Acorde menor com 4ª e 7ª menor pág. 145
19 - Acorde suspenso com 4ª e 9ª maior pág. 147
20 - Acorde suspenso com 4ª e 6ª maior pág. 149
21 - Acorde maior com 6ª maior e 9ª maior pág. 151
22 - Acorde menor com 6ª maior e 9ª maior pág. 152
23 - Acorde maior com 7ª menor e 9ª maior pág. 153
24 - Acorde menor com 7ª menor e 9ª maior pág. 154
25 - Acorde maior com 7ª maior e 9ª maior pág. 155
26 - Acorde maior com 7ª menor e 9ª menor pág. 156
27 - Acorde maior com 7ª menor e 9ª aumentada pág. 157
28 - Acorde maior com 5ª aumentada e 7ª menor pág. 158
29 - Acorde maior com 5ª diminuída e 7ª menor pág. 159
30 - Acorde menor com 5ª diminuída pág. 160
31 - Acorde menor com 5ª diminuída e 7ª menor pág. 161
32 - Acorde diminuta pág. 162
16. Tabela do campo harmônico pág. 163
17. Transporte de tonalidade pág. 164
18. Tabela de transporte pág. 165
19. Bibliografia pág. 166
20. Agradecimentos pág. 167
21. Contatos com o autor pág. 168

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


5

1 – Introdução
Caro amigo estudante de viola caipira.

Venho através deste método fazer uma iniciação básica, porém, prática e de
fácil entendimento do estudo de um dos instrumentos de cordas dedilhadas mais
harmoniosos que temos: a viola caipira.

A viola caipira é um instrumento completo tanto quanto o violão ou piano,


partindo-se deste princípio porque não abrangermos um estudo ligando a viola
desde as modas caipiras até músicas eruditas?

A impaciência e o entusiasmo de um aluno que inicia um estudo de viola


caipira é o obstáculo que não é quebrado por alguns mestres pela falta de
interesse dos mesmos, falta de conhecimento ou didática, em fazer com que o
aluno desenvolva o interesse pela teoria musical. Com isso limita o aluno a só
tocar um estilo de música como, por exemplo, o pagode, que é visado por todos
que iniciam o estudo de viola caipira. Em outros casos também existe a carência
de material didático onde alguns professores não deixam nada escrito para o aluno
estudar em casa, dificultando o máximo possível o aprendizado.

Outro ponto e o mais intrigante de todos é o pacto com o diabo e os rituais


para se tornar um grande violeiro, já que todos pensam que não nasceram com o
dom de tocar viola.

Bem até hoje existem alunos que me questionam a respeito do pacto. O que
responder? Como lidar com este mito?

O lado folclórico que alguns violeiros vêm trazendo na bagagem, coloca o


tema do pacto e os rituais em evidência, esquecendo do estudo.

Porém o lado folclórico é importante, pois o pacto existe, mas não da forma
em que nos foi transmitido, ou seja, com o diabo, mas consigo próprio.

Aprovo que a garantia de um bom desempenho de tudo que se faz na vida, é


fruto do próprio esforço.

Um grande instrumentista é na verdade 10% de talento e 90% de dedicação


ao estudo.

Existe um “causo” muito interessante de um caboclo que morava no sul de


Minas Gerais:

“ Zé Catira, mineiro de São Sebastião do Paraíso, catireiro, violeiro e


cantador de Santo Reis, sempre saía de casa para sua lida na roça com a enxada e
a viola nas mãos.

Um belo dia Zé Catira precisou terminar uma empreitada numa fazenda


longe se seu rancho no qual precisaria pernoitar em uma tenda montada ao pé de
uma serra e na encosta de um ribeirão. Ao chegar à noite descansando ao lado da

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


6

fogueira fumando um picadão e tomando uma amargosa ele ouviu de súbito


um tilintar nas cordas da viola que estava num canto iluminada pela luz fogueira.

Assustado e sem saber o que fazer, escondeu-se atrás de uma árvore


espreitando a viola que se dedilhava sozinha:

- Minha Nossa Senhora! É assombração? Sai pra lá tinhoso!

Zé Catira lembrou-se do pacto com o diabo que um dia jurara fazer para ser
o melhor da região, e então um frio percorreu-lhe a espinha. Será que o tinhoso ali
naquela hora resolveu cobrar o pacto por ele ser o melhor violeiro da região sem
lhe consultar?

Nosso amigo entregando-se ao medo que já lhe chegara aos joelhos, resolveu
aceitar a pena e ir de frente ao tinhoso. Quanto mais perto chegava da viola mais o
som aumentava, aumentava, aumentava...

De súbito, uma gargalhada estrondosa ecoou pela mata adentro:

- Ah! Sua mariposa “fia duma égua”, se eu soubesse que ocê queria ouvir o
som da viola eu mesmo tocava uai...

Aí então vai a receita do pacto: estude! E estude com muita dedicação e


determinação, pois um dia, em vez de vender sua alma ao diabo estará ponteando
aos pés de Deus.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


7

2 – Afinações do instrumento
Existem várias formas de afinações, porém descreverei a afinação em
CEBOLÃO em MI MAIOR, pois trataremos o método nessa afinação.

1- MODO TRADICIONAL DOS VIOLEIROS: com o auxílio do violão afinado


pelo diapasão ( aparelho de sopro em forma de apito ou de metal parecido com um
estilingue ), o parceiro do violão faz o acorde de mi maior ( E ), depois comparamos
a 1ª corda do violão com o 1º par de cordas da viola, uma de cada vez;
comparamos a 2ª corda do violão com o 2ª par de cordas da viola, repare que tanto
no violão como na viola as cordas permanecem soltas.

Agora, afinaremos o 3º par de cordas da viola, note que a 3ª corda do violão


está presa na casa 1, e na viola está solta, porém temos duas cordas diferentes a
afinar, tomamos a corda mais grossa do 3º par para comparar com a corda do
violão.

Depois comparamos a corda do 3º par que sobrou ( fina ) com a 1ª corda da


viola presa na casa 4.

Para afinarmos o 4º par de cordas da viola, comparamos a corda mais grossa


com a 4ª corda do violão, repare que esta corda está presa na casa 2. Logo em
seguida afinamos a corda fina do 4º par, comparando esta com uma das cordas
soltas do 1º par da viola.

E por último, afinamos o 5º par de cordas da viola pelo mesmo processo de


afinação do 4º par, porém quando afinamos a corda mais fina utilizaremos uma
das cordas do 2º par.

2 – UTILIZANDO O DIAPASÃO: com a nota lá ( A ) do diapasão, afinamos a


corda grossa do 4º par da viola presa na casa 5. Depois pressionamos a casa 4 da
mesma corda para afinarmos a corda grossa do 3º par. Após, pressionamos a casa
3 da corda grossa do 3º par e equiparamos com as cordas do 2º par, uma de cada
vez. Após pressionamos a casa 5 das cordas do 2º par e afinamos o 1º par.

Observemos que o 5º par de cordas está por afinar, então pressionamos a


casa 5 da mesma e comparamos com a corda grossa do 4º par solta, note que a
corda grossa do 4º par já se encontra afinada. Portanto, não mexeremos na
cravelha desta corda e sim na cravelha da corda 5.

Agora nos falta afinar as cordas finas do 3º par, 4º par e 5º par. Do 5º


par equipararemos com as cordas do 2º par; do 4º par equipararemos com as
cordas do 1º par; do 3º par pressionaremos a casa 4 de uma das cordas do 1º
par.

3 – AFINANDO ELETRONICAMENTE: temos ainda ao nosso dispor um


aparelho eletrônico chamado “ “AFINADOR ELETRÔNICO “, onde nos facilita a
afinação do instrumento. Com este aparelho não precisamos de habilidade
auditiva, pois ele mede as freqüências da vibração das cordas. É um método de
grande serventia nas horas de pressa.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


8

Destas três formas de afinação teremos:

1º par: mi / mi ( em uníssono )
2º par: si / si ( em uníssono )
3º par: sol# / sol# ( em oitavas )
4º par: mi / mi ( em oitavas )
5º par: si / si ( em oitavas )

Quando afinamos em CEBOLÃO RÉ MAIOR, temos:

1º par: ré / ré ( em uníssono )
2º par: lá / lá ( em uníssono )
3º par: fá# / fá# ( em oitavas )
4º par: ré / ré ( em oitavas )
5º par: lá / lá ( em oitavas )

Quando afinamos em CEBOLÃO MI BEMOL MAIOR, temos:

1º par: mib / mib ( em uníssono )


2º par: sib / sib ( em uníssono )
3º par: sol / sol ( em oitavas )
4º par: mib / mib ( em oitavas )
5º par: sib / sib ( em oitavas )

Neste caso a forma de afinação mudará de acordo com a tonalidade.


Veremos a seguir as variações decorrentes destas alterações:

Na afinação em mi maior este acorde é lá maior ( A )

Na afinação em ré maior este acorde é sol maior ( G )

Na afinação em mi bemol maior este acorde é lá bemol maior ( Ab )

E assim segue com os demais acordes.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


9

3 – Técnicas de digitação da mão esquerda


A técnica de digitação é de vital importância para o desempenho do
instrumentista. Existem inúmeras formas de se exercitar as técnicas para a mão
esquerda (no caso dos canhotos, mão direita ), porém apliquei no método as
técnicas mais comuns.

Estas técnicas são usadas para liberar os movimentos dos dedos da mão
esquerda, e devem ser seguidos corda por corda de baixo para cima e de cima para
baixo utilizando toda a extensão do braço da viola.

Utilizando um dedo de cada vez e nas respectivas casas em que a ordem se


segue. Ex:

Quando há inversão de dedo temos:

FÓRMULA SIMPLES
1° 1 2 3 4 7º 2 1 3 4 13º 3 1 2 4 19º 4123
2° 1 2 4 3 8º 2 1 4 3 14º 3 1 4 2 20º 4132
3° 1 3 2 4 9º 2 3 1 4 15º 3 2 1 4 21º 4213
4° 1 3 4 2 10º 2 3 4 1 16º 3 2 4 1 22º 4231
5° 1 4 2 3 11º 2 4 1 3 17º 3 4 1 2 23º 4312
6º 1 4 3 2 12º 2 4 3 1 18º 3 4 2 1 24º 4321

Utilizando a fórmula composta temos um dedo em destaque, intercalando


este dedo em destaque com os outros. Ex.:

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


10

Quando há inversão de dedos temos:

FÓRMULA COMPOSTA
1° 1 2 1 3 1 4 7º 2 1 2 3 2 4 13º 3 1 3 2 3 4 19º 4 1 4 2 4 3
2° 1 2 1 4 1 3 8º 2 1 2 4 2 3 14º 3 1 3 4 3 2 20º 4 1 4 3 4 2
3° 1 3 1 2 1 4 9º 2 3 2 1 2 4 15º 3 2 3 1 3 4 21º 4 2 4 1 4 3
4° 1 3 1 4 1 2 10º 2 3 2 4 2 1 16º 3 2 3 4 3 1 22º 4 2 4 3 4 1
5° 1 4 1 2 1 3 11º 2 4 2 1 2 3 17º 3 4 3 1 3 2 23º 4 3 4 1 4 2
6º 1 4 1 3 1 2 12º 2 4 2 3 2 1 18º 3 4 3 2 3 1 24º 4 3 4 2 4 1

Utilizando as técnicas dos ligados ou ligaduras temos as mesmas variações


das técnicas acima, porém ligando duas notas. Em que consiste a ligadura?
Tocamos a 1ª nota e pressionamos a 2ª sem tocá-la. Ex.:

Quando estudamos a ligadura nas fórmulas compostas temos:

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


11

4 – Técnicas de digitação da mão direita


Para o uso da mão direita temos com principal técnica a tradicional usada
no violão que é a: I ( indicador ), M ( médio ), A ( anelar ) e P ( polegar ).

O uso das unhas compridas é de extrema importância para um bom


desempenho das técnicas. Também é natural o uso da dedeira no polegar e em
alguns casos, a palheta também é usada, porém às vezes cai em desacordo com as
técnicas de alguns violeiros.

Estas técnicas são usadas em conjunto com a mão esquerda. Demostrarei


alguns mais usados:

a) POLEGAR: utilizamos o polegar para ferir as cordas apenas para baixo:

b) POLEGAR e INDICADOR: o polegar para baixo e o indicador para cima:

c) POLEGAR e MÉDIO: o polegar para baixo e o médio para cima:

d) POLEGAR e ANELAR: o polegar para baixo e o anelar para cima:

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


12

e) INDICADOR e MÉDIO: utilizamos o indicador e o médio os intercalado


sempre de baixo para cima:

f) INDICADOR e ANELAR: o indicador e o anelar, os intercalado sempre de baixo


para cima:

g) MÉDIO e ANELAR: o médio e o anelar, os intercalado sempre de baixo para


cima:

h) POLEGAR e INDICADOR: utilizando as cordas si ( 5ª ) e si ( 2 ª ) ambas soltas:

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


13

5 – Arpejos ou dedilhados
Os dedilhados e arpejos são os mesmos utilizados no estudo de violão
erudito. Estas técnicas proporcionam a liberdade e coordenação motora dos dedos
da mão direita.

Nestes exercícios que seguem demonstrei em cordas soltas, no entanto


podem ser feitas em seqüência de acordes.

ARPEJO DE 3 NOTAS

ARPEJO DE 4 NOTAS

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


14

ARPEJO DE 6 NOTAS

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


15

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


16

6 – Ritmos e acompanhamentos
Procurei abordar diversos ritmos que estão presentes nas músicas caipiras e
sertanejas, e que são documentados e nomeados através dos registros em LP’s.

Observe que utilizei alguns sinais usados na linguagem musical como, por
exemplo, figuras de valor, pausas, fórmula de compasso, divisão de compasso, etc,
assuntos que estudaremos mais à frente.

O método utilizado é o método semelhante POZZOLI, que é um método de


divisão rítmica estudado em conservatórios e faculdades de música.
Como veremos a seguir a célula rítmica está demonstrada em todos os
ritmos, em forma de partitura e em forma de símbolos:

 FÓRMULA DE COMPASSO: indica o modo de execução do compasso (


estudaremos a frente );
 TEMPOS DO COMPASSO: indica a quantidade de tempos. Não é convencional
colocarmos os números dos tempos do compasso, coloquei-os apenas para nos
guiarmos ( estudaremos a frente );
 FIGURAS DE VALOR: são indicadores das divisões e subdivisões dos tempos do
compasso. Optei por tirar as cabeças das figuras para melhor visualização (
estudaremos a frente );
 BARRAS DE COMPASSO: indica a divisão do compasso;
 BARRA FINAL: final do trecho;
 TRAVA USANDO A MÃO DIREITA: usa-se abafar as cordas e alguns ritmos
como o pagode, por exemplo;
 SETAS INDICANDO A DIREÇÃO DO TOQUE: é popular o uso das setas para
indicar a direção em que tocaremos as cordas, para cima, para baixo.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


17

1) ARRASTA – PÉ  CANA VERDE  CORRIDO 

2) BATIDÃO  VANERÃO  Rojão

3) CATERETÊ

4) CURURÚ

5) CURURU PIRACICABANO

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


18

6) EMBOLADA

7) VIRA

8) FOX

9) LUNDU

10) PAGODE (VIOLA)

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


19

11) PAGODE DE VIOLÃO

12) RECORTADO MINEIRO

13) TOADA

14) TOADA BALANÇO

15) XOTE

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


20

16) CUECA

17) CHULA  CARRILHÃO

18) GUARÂNIA

19) HUAPANGO

20) MODA CAMPEIRA  RASQUEADO  CHAMAMÉ

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


21

21) BALANÇO

22) BOLERO

23) RITMO JOVEM

24) BALADA

25) POLCA PARAGUAIA

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


22

26) QUERUMANA

27) VALSA  VALSEADO  CANÇÃO RANCHEIRA

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


23

7 – Apreciações da teoria musical


1 – PROPRIEDADES DA MÚSICA
MÚSICA é uma arte, e usamos a combinação dos sons para expressa-la.
Para desenvolvermos a arte dos sons, combinamos uma série de elementos
fundamentais:

 MELODIA: sons sucessivos que formam através de si sentido musical. Tudo


aquilo que é solado, ponteado ou cantado chamamos de melodia;
 HARMONIA: sons simultâneos que obedecem as regras da grafia musical são
acordes;
 RITMO: são os movimentos que os sons obedecem determinados por sua
duração. Se compararmos uma guarânia com uma toada, notaremos há
diferença entre ambas, pois estão em ritmos diferentes;
 ALTURA: é o grau que o som está localizado dentro da escala musical. É
dividido em graves, médios e agudos. Quanto mais agudo o som mais alto ele é,
quanto mais grave é o som mais baixo ele é. Quando falamos em duetos de
vozes, suponhamos Tião Carreiro e Pardinho, Tião assume a voz mais grave e
mais baixa, enquanto Pardinho a voz mais aguda e a mais alta;
 DURAÇÃO: é o espaço de tempo que o som dura, e que é representado pelas
figuras de valor;
 INTENSIDADE: é a quantidade de força usada na produção do som;
 TIMBRE: que é o atributo específico de cada som. É por onde o ouvido identifica
a peculiaridade de cada som. Destinguimos facilmente introduções de músicas
feitas por uma viola e outra por uma sanfona, pois cada instrumento tem seu
timbre próprio.

2 – NOTAS – ESCALAS – PENTAGRAMA


Os sons musicais são representados por figuras que damos o nome de notas
musicais e que são representados por sete nomes:

DO - RÉ – MI – FÁ – SOL - LÁ – SI

Quando são ouvidos sucessivamente formas a escala. Esta escala pode ser
ascendente quando obedecem a sua ordem natural ou descendente quando
obedecem à ordem inversa. Ex.:


si si
lá lá
sol sol
fá fá
mi mi
ré ré
dó dó

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


24

A pauta ou pentagrama é o pautado especial onde fazemos à notação


musical:

O pentagrama é formado por 5 linhas e 4 espaços que são contados de baixo


para cima, tanto as linhas quanto os espaços são utilizados. Não podemos deixar
de mencionar que o aluno iniciante em viola caipira confunde as linhas da pauta
com as cordas da viola.

O pentagrama possui apenas 9 sons se somarmos as 5 linhas + os 4


espaços, porém os sons que temos na viola caipira atingem mais de 9. Então, na
pauta colocamos linhas e espaços suplementares superiores e inferiores para
representarmos sons mais agudos e mais graves. Ex.:

Como mostra o quadro acima às notas graves são representadas abaixo e


contadas para baixo, e as notas agudas são representadas para acima e são
contadas para cima.

3 – CLAVES
Claves são sinais usados para representar a altura e dar nome às notas. Há
três espécies de claves: sol, fá e dó, e estas são representadas em sete alturas:

As claves mais usadas são as claves de sol e as claves de fá na 4ª linha. A


clave dá nome à nota que for escrita em sua linha. Podemos partir desta nota para
as notas mais agudas ou às notas mais graves, obedecendo à ordem das escalas.
Ex.:
www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010
25

Estudaremos apenas a clave de sol porque ela é a clave usada na notação


musical da viola caipira.

Todo instrumento tem sua limitação de escalas e sua extensão na pauta pré
determinada por este limite. A afinação usada no método, CEBOLÃO em MI maior
se estende do 2º espaço suplementar inferior ( mais grave ) até a 5ª linha
suplementar superior ( mais agudo ) aproximadamente, que é o extremo do braço
chegando à boca do bojo do instrumento. Ex.:

4 - SINAIS DE ALTERAÇÃO
Podemos modificar a altura das notas mudando suas entoações, elevando-as
ou abaixando-as, usando os sinais de alteração antes das notas.

Para calcularmos a distância entre as notas, usamos as medidas chamadas


de: tom e semitom. A distância entre 2 notas de alturas diferentes recebe o nome
de intervalo. O menor intervalo entre duas notas é o do semitom. O tom é formado
por dois semitons.

Temos tom entre as notas: DÓ-RÉ, RÉ-MI, FÁ-SOL, SOL-LÁ, LÁ–SI.


E semitom entre as notas: MI-FÁ, SI-DÓ.

SUSTENIDO - eleva a nota um semitom;

BEMOL - abaixa a nota um semitom;

DOBRADO SUSTENIDO - eleva dois semitons ou um tom a nota;

DOBRADO BEMOL - abaixa dois semitons ou um tom;

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


26

BEQUADRO - anula o efeito das alterações simples.

Os sinais de alteração podem ser:

FIXOS - quando aparece ao lado da clave, chamado de ARMADURA DE


CLAVE, seu efeito permanece por toda a música;

OCORRENTES - aparece durante o trecho musical, seu efeito é válido


somente no compasso onde se encontram;

DE PRECAUÇÃO - para evitar erros durante a leitura;

5 - O BRAÇO DA VIOLA CAIPIRA

A viola caipira, assim como todos os instrumentos de cordas que possuem


trastes, tem em seu braço uma escala que possui divisão de semitons, isto é de
casa para casa. Por este motivo na visualização não conseguimos perceber sem
decorar em sua escala onde estão as notas naturais e as notas alteradas (
sustenidos e bemóis ).
www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010
27

Vejamos, porém, o piano ( ou instrumentos de teclas como o acordeon e


o teclado, etc. ), que em sua escala visualizamos facilmente as notas naturais e as
notas alteradas. As teclas brancas são as naturais e as pretas são as alteradas.
Veja o quadro abaixo.

O padrão das escalas segue uma ordem e está relacionada exclusivamente a


extensão do braço ou teclas de um instrumento. No entanto as notas musicais
obedecem a uma ordem infinita que se expressa através dos monossílabos
indicadores de notas, seguidos por suas alterações.

do# ré# fá# sol# lá# do# ré#


dó ré mi fá sol lá si dó ré mi
réb mib sob láb sib réb mib

Faremos agora a relação entre o braço da viola e a pauta musical. A viola


caipira possui 5 pares de cordas, esta mantém uma relação entre si como:
OITAVADA ( 6 tons de diferença ) ou UNÍSSONA ( som idêntico ). Ex.:

Quando escrevemos na partitura uma peça de viola caipira, dispomos


apenas das notações mais graves, no caso dos pares oitavados ( 5º par, 4º par e 3º
par ), porque seria de difícil visualização a leitura, se escrevêssemos as duas notas.
Segue exemplo:

Abaixo estarão representadas até a 12ª casa das cordas dispostas na pauta
musical.
www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010
28

5º par - si

4º par - mi

3º par – sol #

2º par - si

1º par - mi

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


29

6 - FIGURAS
As figuras que indicam duração de som são sete que obedecem à ordem
proporcional de metade ou dobro, de acordo com a peculiaridade de cada tempo
imposta pelas figuras.

Cada figura possui um nome, um número e um desenho pelo qual se pode


identificar sua duração. Cada figura possui também uma figura relativa que indica
o silêncio que são chamadas de pausas. As pausas obedecem à mesma ordem
fracionária das figuras.

Se por exemplo uma figura vale 1 tempo sua pausa relativa também valerá 1
tempo, e assim segue.

O quadro abaixo contem as figuras, seus nomes, seu número e sua pausa.

7 – DIVISÕES PROPORCIONAIS DOS VALORES


Na divisão proporcional das figuras é a SEMIBREVE a figura que abrange
todas as outras, por este motivo ela é tomada como UNIDADE. As outras figuras
são a divisão e subdivisão proporcional da semibreve.

Ex.: 2 MÍNIMAS são equivalentes ao mesmo tempo de 1 SEMIBREVE; por


sua vez, 4 SEMÍNIMAS são equivalentes ao mesmo tempo de 1 SEMIBREVE e 2
MÍNIMAS. Ex.:

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


30

A seguir está representada cada figura com suas subdivisões:

8 – LIGADURA DE VALOR
A ligadura de valor é representada por uma linha curva e é colocada sobre
ou sob duas ou mais figuras da mesma entoação, isto é mesma altura.

Indica que os sons ligados não devem ser repetidos, isto é tocamos a
primeira nota e as demais serão apenas um prolongamento desta nota.

Por exemplo, se uma ligadura de valor estiver colocada sobre ou sob uma
mínima indicará e uma semínima indicará uma execução do som a ser mais longa
que uma mínima.

9 – PONTOS DE AUMENTO
É um ponto colocado ao lado direito de uma figura e tem o mesmo efeito da
ligadura de valor. Ele serve para aumentar a metade do valor de uma figura.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


31

Abaixo a mínima pontuada está valendo uma mínima e mais uma semínima
metade da mínimauma vez que o ponto de aumento serve para aumentar metade
do valor da figura. Ex.:

Existe também a possibilidade de colocarmos dois ou mais pontos de


aumento e que também devem ser colocados em sua direita da nota ou da pausa,
tendo neste caso o primeiro ponto valor já conhecido e os seguintes cada qual a
metade do valor antecedente.

Ex. 1: abaixo representamos os dois pontos de aumento tomando a mínima


como base. Observem que teremos a mínima + a semínima ( que é a metade da
mínima ) + a colcheia ( que é a metade da semínima ).

Ex. 2: agora representamos os dois pontos de aumento tomando a semínima


como base. Observem que teremos a semínima + a colcheia + a semicolcheia ( que
é metade da colcheia ).

Ex. 3: representando o ponto de aumento nas pausas.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


32

10 - COMPASSOS

Compasso é a reunião do tempo musicais e um grupo de tempos forma um


compasso.

Compasso é a divisão da música e tempo é a divisão do compasso: tempo é a


acentuação que determina a duração das figuras de valor. Pode ser forte quando
mais acentuado e fraco quando mais sutil.

São representados por dois números sobrepostos que são colocados no início
da pauta. E é com estes que descobrimos a pulsação do compasso.

Os compassos podem ser binários ( 2 tempos ) ternários ( 3 tempos ) e


quaternários ( 4 tempos )

Na fórmula de compasso temos dois números sobrepostos. O número de


cima indica quantos tempos tem o compasso.

O número de baixo indicará a qualidade do tempo, ou seja, indica qual a


figura que valerá 1 tempo no compasso. Lembremos que cada figura possui um
número como código e é exatamente este número que qualificará o tempo.

 O NÚMERO DE CIMA INDICA QUANTOS TEMPOS TEM O COMPASSO


 O NÚMERO DE BAIXO INDICA QUAL FIGURA QUE VALERÁ 1 TEMPO.

Salientarei que as figuras não possuem duração fixa, pois quem fixa esta
duração é exatamente a fórmula de compasso que é variável.

Se número de baixo for o 4 representa que a semínima é quem vale 1 tempo


neste compasso, se o número de baixo for 2 indica então, que a mínima valerá 1
tempo no compasso.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


33

Então o importante é observarmos:

 Quanto tempo tem o compasso ( que é sempre o número de cima )


 Que figura que está sendo tomada como base, que por sua vez é sempre o
número de baixo, indicadores das figuras.

1 SEMIBREVE ( nunca é usada como base )


2 MÍNIMA
4 SEMÍNIMA
8 COLCHEIA
16 SEMICOLCHEIA
32 FUSA ( nunca é usada como base )
64 SEMIFUSA ( nunca é usada como base )

Assim temos:

11 - COMPASSO SIMPLES
Entende-se por compasso simples o compasso que tem no numerador um
valor simples, sendo que cada tempo possui uma subdivisão binária.

 Os tempos binários possuem 2 tempos: o 1º forte e o 2º fraco.

 Os tempos ternários possuem 3 tempos: o 1º forte, 2º fraco e o 3º fraco.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


34

 Os tempos quaternários possuem 4 tempos: o 1º forte, 2º fraco, 3º meio


forte e o 4º fraco.

12 - COMPASSO COMPOSTO
Entende-se por compasso composto o compasso que tem como indicador de
tempo uma figura divisível por três, ou seja, figura pontuada.

 Os tempos binários compostos possuem 2 tempos com subdivisão ternária em


cada tempo, o 1º forte, o 2º fraco e o 3º fraco. Devem, porém observar a
acentuação, porque na divisão será 1º forte e o 2º meio forte.

 Os tempos ternários compostos possuem 3 tempos com subdivisão ternária em


cada tempo, o 1º forte, o 2º fraco e o 3º fraco. Devem, pois, porém observar a
acentuação porque na divisão será 1º forte, o 2º e 3º meio forte.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


35

 Os tempos quaternários compostos possuem 4 tempos com subdivisão


ternária em cada tempo, o 1º forte, o 2º fraco e o 3º fraco. Devem, pois, porém
observar a acentuação porque na divisão será 1º forte, o 2º, 3º e 4º meio forte.

13 - UNIDADE DE TEMPO E UNIDADE DE COMPASSO


A UNIDADE DE TEMPO é representada pela figura que vale 1 tempo no
compasso, como a figura não tem valor fixo, podendo qualquer figura valer 1
tempo ficando sempre dependendo da fórmula de compasso.

No compasso simples a UNIDADE DE TEMPO ( U. T ) é representada por


uma figura simples, isto é, sem ponto de aumento, e no compasso composto a U.
T. é representada por uma figura pontuada.

A UNIDADE DE COMPASSO é representada pela figura que vale 1 compasso.


No compasso simples a UNIDADE DE COMPASSO ( U. C. ) é representada por uma
figura simples e no compasso composto é representada por uma figura composta,
ou seja, pontuada.

‘Abaixo estão representados os compassos mais usados.

COMPASSO BINÁRIO SIMPLES

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


36

COMPASSO TERNÁRIO SIMPLES

COMPASSO QUATERNÁRIO SIMPLES

COMPASSO BINÁRIO COMPOSTO

14 - BARRA DE COMPASSO
As linhas divisórias ou barras de compasso são utilizadas para
separarmos um compasso do outro. Existem quatro tipos de barras divisórias:

 Barra de divisão de compasso: estabelece as quantidades de tempo dentro da


fórmula de compasso.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


37

 Barra de divisão de período : estabelece a divisãona mudançade estilo


musical, indicando o novo período.

 Barra de retorno, chamada de ritornello ou repetição : estabelece a reproduçaõ


do trecho musical.

 Barra de finalização : estabelece o final de um trecho.

15 - ESCALAS

Para estudarmos as escalas maiores devemos aprender a formação dos


TETRACORDES que se compõem.

Os TETRACORDES na escala maior são formados pelos intervalos de TOM,


TOM e SEMITOM.

Se os TETRACORDES não tiverem esses intervalos, deverão ser corrigidos


com os sinais de alteração, acertando os intervalos a fim de manter o modelo da
escala maior.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


38

ESCALA - é uma sucessão de notas, chamada de GRAUS.


GRAUS CONJUNTOS - são notas sucessivas, isto é, vizinhas.
GRAUS DISJUNTOS - são notas não sucessivas.

A escala usada no SISTEMA TONAL é a ESCALA DIATÔNICA, contendo 5


tons e 2 semitons (6 tons) num total de 8 notas.

Cada grau da escala recebe uma definição, de acordo com a sua função.
Devemos numerá-las com algarismos romanos:

I TÔNICA
II SUPERTÔNICA
III MEDIANTE
IV SUBDOMINANTE
V DOMINATE
VI SUPERDOMINANTE
VII SENSÍVEL
VIII TÔNICA

Obs: O maior intervalo encontrado na escala diatônica é o de TOM.

A escala diatônica tem dois MODOS: MAIOR e MENOR.


A disposição dos semitons define o modo da escala.

No modo maior a escala é formada por 2 tetracordes iguais, separados pelo


intervalo de tom. Teremos os intervalos de TOM, TOM, SEMITOM, TOM, TOM,
TOM, SEMITOM.

As escalas diatônicas recebem o nome da nota com o qual iniciam, isto é, da


TÔNICA.

Escala diatônica de DÓ MAIOR.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


39

16 - FORMAÇÕES DAS ESCALAS

A escala natural é a escala de DÓ MAIOR, servindo de modelo para a


formação de todas as outras.

Para determinarmos as escalas diatônicas, pegamos a escala de DÓ MAIOR,


na sucessão ascendente, dividida em tetracordes.
O 2º tetracorde dará início à nova escala, chamada de SOL MAIOR.
O 2º tetracorde deverá ser corrigido no intervalo do semitom entre o VI e VII
grau, elevando o VII grau com sustenido.
Teremos os semitons entre o: III e IV, VII e VIII graus.

A seguir pegamos o 2º tetracorde dessa escala: SOL MAIOR, com a alteração


encontrada (fá# ), para dar início à nova escala: RÉ MAIOR, onde será corrigido o
VII grau.

Podemos dar seqüência até encontrarmos todas as alterações com


sustenidos.

Como podemos ver as escalas formadas com sustenidos aparecem numa


seqüência de 5a ascendentes, tendo a última alteração no VII grau, isto é, na
SENSÍVEL, que é a nota anterior á TÔNICA.
Os sustenidos também aparecem em uma seqüência de 5a: fá, dó, sol, ré, lá,
mi e si.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


40

Para encontrarmos as alterações referentes a qualquer escala, voltamos


um semitom (um grau) da tônica pedida.

LÀ M - quais são as alterações? Voltamos um semitom: sol sustenido.


Pegando na ordem dos sustenidos: fá, dó e sol sustenidos.

Para descobrirmos qual é a tônica, a partir da armadura de clave, subimos


um semitom (um grau) do último sustenido. Temos a armadura com 4 sustenidos:
fá- dó- sol e ré qual é a escala? Subimos um semitom de ré sustenido: MI M.

Se pegarmos a escala de DÓ MAIOR, na sucessão descendente e fizermos as


mudanças de tetracordes, teremos uma nova escala: FÁ M, só que agora a
correção será no IV grau, SUBDOMINANTE, abaixando-o com o bemol, para
corrigir o semitom entre IV e V grau.

Dando seqüência, teremos todas as escalas formadas com bemóis.

Observem que as escalas com bemóis estão na 5ª descendente ( ou 4ª


ascendente ) assim como a ordem dos bemóis: si, mi, lá, ré, sol, dó e fá. A ordem
dos bemóis é o inverso dos sustenidos

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


41

O último bemol dá início à próxima escala assim se tivermos a Tônica, nome


da escala é só acrescentar mais um bemol.

Láb M – quais as alterações? Seguindo a ordem dos bemóis, acrescentamos


mais um além do nome: si – mi – lá – e ré bemol.

Se tivermos na armadura de clave 3 bemóis: si, mi e lá – qual será a escala?


O penúltimo bemol nos dará ao nome: mib M.

17 - MODOS DAS ESCALAS DIATÔNICAS


Vimos que a escala tem dois modos, maior e menor. O modo menor difere na
colocação dos semitons, havendo 3 formas.

Toda escala maior tem sua escala relativa menor, isto é as duas possuem a
mesma armadura de clave. A tônica da relativa menor se encontra no VI grau do
modo maior ( veremos a frente detalhadamente ).

Dó maior tem como relativa lá menor, pois as duas tem a mesma armadura
de clave.

A primeira escala é a escala MENOR ANTIGA ou NATURAL. Os semitons das


escalas menores naturais encontram-se do II e III, IV e V.

Na escala menor natural os semitons são encontrados do II para o III graus


e do V para o VI. O VII grau desta escala é chamado de subtônica.

A segunda escala é a escala MENOR HARMÔNICA.

Na construção da escala menor harmônica os semitons encontram-se do II


para o III graus, V para o VI graus e VII para o VIII graus semitons. Do VI para o
VII encontra-se o intervalo de 1 tom e 1 semitom.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


42

A terceira escala é a escala MENOR MELÓDICA. Esta escala tem uma


aplicação diferente das outras escalas menores, pois em sua forma ascendente
sobe de um jeito e desce de outro.

Em sua construção ascendente encontram-se semitons do II para o III graus


e VII para o VIII graus, em sua forma descendente ela volta obedecendo a
construção da escala MENOR NATURAL.

18 - TONALIDADE e TOM DA MÚSICA


Todas as músicas baseiam-se nas escalas e é através destas que
descobrimos o tom da música ou a sua tonalidade. Por exemplo, se uma música
está em lá maior em sua armadura de clave deverão estar as alterações da escala
de lá.

Mas se uma escala menor tem a mesma armadura de clave de outra maior,
como reconhecer o tom da música?

Observaremos a alteração ocorrente que caracteriza o modo menor, isto é a


VII menor. A sensível menor ( VII ) é a dominante maior ( V ) elevada.

No exemplo acima o mi# é a sensível de fá# m.

As regras para conhecer a tonalidade são:

 A armadura de clave – existem 30 tons, ao olharmos a armadura diminuímos


para 2 tons: um maior outro menor;
 Procuramos nos primeiros e últimos compassos o V grau maior, se estiver
alterado a tonalidade será menor, caso não, maior;

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


43

 Olhamos a última nota ou o último acorde, que deverá ser da tônica. Esta
regra nem sempre é eficaz.

19 - ESCALAS RELATIVAS
Como vimos as escalas maiores possuem uma escala menor relativa. Escala
relativa é uma escala de modo contrário que possui em sua armadura de clave as
mesmas alterações.

Para encontrarmos a relativa menor de uma escala maior tomamos o VI


grau. Ex.:

Para encontrarmos a relativa maior de uma escala menor tomamos o III


grau. Ex.:

Agora teremos a armadura de clave de todos os tons maiores e menores


relativos.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


44

20 – INTERVALOS
Como já vimos, intervalo é a distância entre duas notas de alturas
diferentes. Para determinar a distância entre duas notas, conta-se a primeira e a
última, e dependendo da quantidade de graus que abrange o intervalo ele é
chamado de:

 Intervalo de 2ª - abrange dois graus


 Intervalo de 3ª - abrange três graus
 Intervalo de 4ª - abrange quatro graus
 Intervalo de 5ª - abrange cinco graus
 Intervalo de 6ª - abrange seis graus
 Intervalo de 7ª - abrange sete graus
 Intervalo de 8ª - abrange oito graus
 Intervalo de 9ª - abrange nove graus
 Intervalo de 10ª - abrange dez graus
 Intervalo de 11ª - abrange onze graus
 Intervalo de 13ª - abrange treze graus

Os intervalos classificam-se quanto a nomenclatura geral em:

 SIMPLES: são simples quando não ultrapassam a oitava;


 COMPOSTOS: são compostos quando ultrapassam a oitava;
 MELÓDICOS: quando são notas sucessivas
1. Ascendentes: quando a 1ª nota é mais grave
2. Descendente: quando a 1ª nota é mais aguda
 HARMÔNICOS: quando são notas simultâneas

Com relação aos graus eles são classificados dependendo da quantidade de


tons e semitons existentes entre as notas. Ex.:

 MAIOR
 MENOR
 JUSTO
 AUMENTADO
 DIMINUTO

Os intervalos são classificados em sua altura relacionados aos graus da


escala. Por exemplo: dó e ré formam um intervalo de 2ª; fá e si, formam um
intervalo de 4ª.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


45

Uma escala diatônica maior é formada por oito graus e pode ir além se
considerarmos os seus graus compostos, ou seja, acima da oitava. Relacionados à
tônica encontraremos na escala de DÓ MAIOR, intervalos de:

 2ª maior - ré
 3ª maior - mi
 4ª justa - fá
 5ª justa - sol
 6ª maior - lá
 7ª maior - si
 8ª justa - dó

Os intervalos relacionados aos graus e a sua distância para com a tônica


podem ser:

Como vimos se alterarmos qualquer nota, aumentando ou diminuindo o


intervalo entre as notas estaremos alterando a sua classificação.

 Os MAIORES podem se tornar: MENORES, AUMENTADOS ou DIMINUTOS;


 Os JUSTOS podem se tornar: DIMINUTOS ou AUMENTADOS.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


46

Uma duvida que todo o aluno tem com relação aos intervalos é com
relação aos graus diferentes, mas que possuem o mesmo intervalo. Ex.:

 Dó - mi# : 2 tons e 1 semitom. Representa um intervalo de 3ª aumentada


 Dó – fá: 2 tons e 1 semitom. Representa um intervalo de 4ª justa.

No exemplo acima o mi# é a nota fá, uma vez que sabemos que na nota mi
não é comum o uso do sustenido. Se por ventura o aluno responder que a 3ª de dó
é fá e não mi# está equivocado. È a mesma nota, porém fá é o 4º grau não o 3º.

Veremos agora todos os intervalos relacionados à escala de DÓ maior.

21 - CIFRAS
Para identificarmos os acordes usamos as cifras que são símbolos
representados por leras e números:

A Lá maior Am Lá menor
B Si maior Bm Si menor
C Dó maior Cm Dó menor
D Ré maior Dm Ré menor
E Mi maior Em Mi menor
F Fá maior Fm Fá menor
G Sol maior Gm Sol menor

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


47

Com relação aos números e símbolos eles são representados segundo o


sistema de escalas e intervalos, ou seja, qualquer alteração em quaisquer
intervalos será escrita ao lado a letra:
7M ou 7+ Sétima maior
7 Sétima menor
6 Sexta
5+ Quinta aumentada
5- Quinta diminuída
9 Nona
º Diminuto
sus Suspenso

Um acorde por natureza pode ser maior ou menor, sendo agregado ao nome
os outros símbolos mudando assim sua denominação e a sua sonoridade. Ex.:

 Csus4 lê-se - dó sus 4;


 C7 lê-se – dó maior com sétima menor;
 Cm7 lê-se – dó menor com sétima menor; etc.
 B7 lê-se – si maior com sétima menos;
 C#m lê-se – dó sustenido menor;
 F#7 lê-se – fá sustenido com sétima menor, etc.

22 - CONSTRUÇÕES DE ACORDES
Os acordes são formados por três ou mais sons ouvidos de forma simultânea
ou sucessiva. ( arpejos )

Os acordes perfeitos podem ser maiores ou menores e são formados pela


tônica ( chamada de fundamental e que dá nome ao acorde ), 3ª ( que é o terceiro
grau de sua escala ) e pela 5ª ( que é o quinto grau de sua escala ).

A diferença entre o acorde maior e o acorde menor é a 3ª, pois ela é a única
nota que varia no acorde, a tônica e a quinta permanecem iguais.

O acorde de três notas é chamado de tríade. Quando o acorde está em sua


posição original, isto é com a tônica na posição mais grave, dizemos que está em
sua posição fundamental.

Entretanto esta posição pode mudar passando a 3ª ou a 5ª para a posição


mais grave.
Quando a 3ª passa a ser a nota mais grave do acorde, chamamos de 1ª
inversão. Quando a 5ª passa a ser a nota mais grave do acorde, chamas de 2ª
inversão. Ex.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


48

Segue agora a demonstração de trinta acordes baseados em dó maior e que


servem de padrão para todas as tonalidades.

1) ACORDE MAIOR: Tônica - 3ª maior - 5ª justa

2) MENOR: Tônica - 3ª menor - 5ª justa

3) MAIOR COM 7ª MENOR: Tônica - 3ª maior - 5ª justa - 7ª menor

4) MENOR COM 7ª MENOR: Tônica - 3ª menor - 5ª justa - 7ª menor

5) MAIOR COM 7ª MAIOR: Tônica - 3ª maior - 5ª justa - 7ª maior

6) MENOR COM 7ª MAIOR: Tônica - 3ª menor - 5ª justa - 7ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


49

7) MAIOR COM 5ª AUMENTADA: Tônica - 3ª maior - 5ª aumentada

8) MENOR COM 5ª AUMENTADA: Tônica - 3ª menor - 5ª aumentada

9) MAIOR COM 6ª MAIOR: Tônica - 3ª maior - 5ª justa - 6ª maior

10) MENOR COM 6ª MAIOR: Tônica - 3ª menor - 5ª justa - 6ª maior

11) SUSPENSOS COM 4ª JUSTA: Tônica - 4ª justa - 5ª justa

12) MAIOR COM 9ª MAIOR: Tônica - 3ª maior - 5ª justa - 9ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


50

13) MENOR COM 9ª MAIOR: Tônica - 3ª menor - 5ª justa - 9ª maior

14) SUSPENSOS COM 9ª MAIOR: Tônica - 5ª justa - 9ª maior

15) SUSPENSO COM 4ª JUSTA E 7ª MENOR: Tônica - 4ª justa - 5ª justa - 7ª


menor

16) MENOR COM 4ª JUSTA E 7ª MENOR: Tônica - 3ª menor - 4ª justa - 5ª justa


- 7ª menor

17) SUSPENSO COM 4ª JUSTA E 9ª MAIOR: Tônica - 4ª justa - 5ª justa - 9ª


maior

18) SUSPENSO COM 4ª JUSTA E 6ª MAIOR: Tônica - 4ª justa - 5ª justa - 6ª


maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


51

19) MAIOR COM 6ª MAIOR E 9ª MAIOR: Tônica - 3ª maior - 5ª justa - 6ª


maior - 9ª maior

20) MENOR COM 6ª MAIOR E 9ª MAIOR: Tônica - 3ª menor - 5ª justa - 6ª maior


- 9ª maior

21) MAIOR COM 7ª MENOR E 9ª MAIOR: Tônica - 3ª maior - 5ª justa - 7ª menor


- 9ª maior

22) MENOR COM 7ª MENOR E 9ª MAIOR: Tônica - 3ª menor - 5ª justa - 7ª


menor - 9ª maior

23) MAIOR COM 7ª MAIOR E 9ª MAIOR: Tônica - 3ª maior - 5ª justa - 7ª maior -


9ª maior

24) MAIOR COM 7ª MENOR E 9ª MENOR: Tônica - 3ª maior - 5ª justa - 7ª


menor - 9ª menor

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


52

25) MAIOR COM 7ª MENOR E 9ª AUMENTADA: Tônica - 3ª maior - 5ª justa


- 7ª menor - 9ª aumentada

26) MAIOR COM 5ª AUMENTADA E 7ª MENOR: Tônica - 3ª maior - 5ª


aumentada - 7ª menor

27) MAIOR COM 5ª DIMINUÍDA E 7ª MENOR: Tônica - 3ª maior - 5ª diminuída -


7ª menor

28) MENOR COM 5ª DIMINUÍDA: Tônica - 3ª maior - 5ª diminuída

29) MENOR COM 5ª DIMINUÍDA E 7ª MENOR: Tônica - 3ª maior - 5ª diminuída


- 7ª menor

30) DIMINUTOS: Tônica - 3ª menor - 5ª diminuída - 7ª diminuída

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


53

8 - Digitações das escalas maiores

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


54

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


55

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


56

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


57

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


58

9 - Digitações das escalas menores naturais

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


59

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


60

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


61

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


62

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


63

10 - Digitações das escalas menores


harmônicas

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


64

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


65

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


66

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


67

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


68

11 - Digitações das escalas menores melódicas

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


69

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


70

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


71

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


72

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


73

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


74

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


75

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


76

12 – Tablatura
Aqui está demonstrando o uso da tablatura que é um método de fácil
associação aos solos.

A tablatura normalmente não é associada com divisão de tempo, mas em


meu método de ensino associo ambas as partes para um melhor desempenho do
aluno.

Como vimos as figuras de valor são sete desenhos diferentes e são


compostas por três partes: haste, cabeça e colchete. EX.:

A semibreve não possui colchete nem haste, a mínima e a semínima não


possuem colchete.

Para facilitar a escrita e por questões estéticas, representemos as figuras


que possuem colchete em grupos chamados células rítmicas. Ex.:

Quando representamos as notas na pauta elas se mostram completas,


porém utilizei as tablaturas em meus métodos de solos somente com a haste e o
colchete.

Na tablatura não utilizamos notas nas pautas musicais e sim uma forma
numérica colocada sobre as cordas da viola caipira, indicando qual casa iremos
pressionar. Ex.:

As cordas da viola estão dispostas em 5 pares assim, como na tablatura,


que se encontram dispostas em cinco linhas, que representam as cordas da viola.

Na tablatura existem três pontos básicos a exaltar:

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


77

 As linhas são contadas de cima para baixo e representam as cordas da viola.


 São colocados números que representam as casas do braço do instrumento.
 Os dedos não são representados numericamente, cabendo ao aluno decorar as
formas dos duetos ou escalas. Ex.:

Segue exemplo de uma canção popular:

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


78

13 – Escalas duetadas
A característica da viola caipira está nos ponteios que geralmente são feitos
com escalas duetadas. Para entendermos as escalas duetadas, precisamos
entender o braço da viola.

Quando se conhece as escalas, intervalos e formação de acorde se tornam


fácil a aplicação das escalas duetadas, pois uma coisa está ligada a outra. Quando
falamos em uma tonalidade específica, estamos falando do encadeamento da
harmonia, porque tudo pertence ao seu Campo Harmônico.

Campo harmônico significa por quais acordes a tonalidade irá se projetar em


uma música. Um campo harmônico se origina a partir de uma escala que por sua
vez obedece às regras musicais.

As afinações da viola caipira têm afinidade com alguns tons por limitações
do próprio instrumento. Em mi maior podemos trabalhar confortavelmente com a
tonalidade de: si maior, lá maior, mi maior e suas relativas menores.

O desconforto que temos em aplicarmos os outros tons, a meu ver, vem da


facilidade que temos para utilizarmos os tons vizinhos, isto, porém acaba por
limitar o instrumentista que acaba se utiliza apenas destes tons.

Quando tocamos uma canção que nos é confortável em dó maior, por


determinação de nossa extensão vocal, o que fazemos? Não ponteamos? Mudamos
de tom?

Estamos fugindo de um problema e arrumando outros, pois ou temos que


ter várias violas para não decorar e aplicar as outras tonalidades, ou mudamos de
tom forçando assim a nossa voz ou simplesmente deixamos de fazer o solo e a
introdução.

Pensando neste parâmetro, exemplifiquei os duetos nas sete tonalidades


principais: dó maior, sol maior, ré maior, lá maior, mi maior, si maior e fá maior.

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


79

14 – Digitações das escalas duetadas


Dó maior
Cordas 1 e 2 ( intervalos de 3ª )

Cordas 1 e 3 ( intervalos de 6ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


80

Cordas 2 e 3 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


81

Cordas 2 e 4 ( intervalos de 6ª )

Cordas 3 e 4 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


82

Cordas 3 e 5 ( intervalos de 6ª )

Cordas 4 e 5 ( intervalos de 3ª )
www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010
83

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


84

Sol maior
Cordas 1 e 2 ( intervalos de 3ª )

Cordas 1 e 3 ( intervalos de 6ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


85

Cordas 2 e 3 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


86

Cordas 2 e 4 ( intervalos de 6ª )

Cordas 3 e 4 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


87

Cordas 3 e 5 ( intervalos de 6ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


88

Cordas 4 e 5 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


89

Ré maior
Cordas 1 e 2 ( intervalos de 3ª )

Cordas 1 e 3 ( intervalos de 6ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


90

Cordas 2 e 3 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


91

Cordas 2 e 4 ( intervalos de 6ª )

Cordas 3 e 4 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


92

Cordas 3 e 5 ( intervalos de 6ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


93

Cordas 4 e 5 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


94

Lá maior
Cordas 1 e 2 ( intervalos de 3ª )

Cordas 1 e 3 ( intervalos de 6ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


95

Cordas 2 e 3 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


96

Cordas 2 e 4 ( intervalos de 6ª )

Cordas 3 e 4 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


97

Cordas 3 e 5 ( intervalos de 6ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


98

Cordas 4 e 5 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


99

Mi maior
Cordas 1 e 2 ( intervalos de 3ª )

Cordas 1 e 3 ( intervalos de 6ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


100

Cordas 2 e 3 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


101

Cordas 2 e 4 ( intervalos de 6ª )

Cordas 3 e 4 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


102

Cordas 3 e 5 ( intervalos de 6ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


103

Cordas 4 e 5 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


104

Si maior
Cordas 1 e 2 ( intervalos de 3ª )

Cordas 1 e 3 ( intervalos de 6ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


105

Cordas 2 e 3 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


106

Cordas 2 e 4 ( intervalos de 6ª )

Cordas 3 e 4 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


107

Cordas 3 e 5 ( intervalos de 6ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


108

Cordas 4 e 5 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


109

Fá maior
Cordas 1 e 2 ( intervalos de 3ª )

Cordas 1 e 3 ( intervalos de 6ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


110

Cordas 2 e 3 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


111

Cordas 2 e 4 ( intervalos de 6ª )

Cordas 3 e 4 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


112

Cordas 3 e 5 ( intervalos de 6ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


113

Cordas 4 e 5 ( intervalos de 3ª )

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


114

15 – Dicionários de acordes
1 – Acordes maior

1
www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010
115

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


116

2 – Acordes menores

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


117

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


118

3 – Acordes maiores com 7ª menor

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


119

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


120

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


121

4 – Acordes maiores com 7ª no baixo

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


122

5 – Acordes menores com 7ª menor

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


123

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


124

6 – Acordes menores com 7ª no baixo

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


125

7 – Acordes maiores com 7ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


126

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


127

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


128

8 – Acordes menores com 7ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


129

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


130

9 – Acordes maiores com 5ª aumentada

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


131

10 – Acordes menores com 5ª aumentada

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


132

11 – Acordes maiores com 6ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


133

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


134

12 – Acordes menores com 6ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


135

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


136

13 – Acordes suspensos com 4ª justa

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


137

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


138

14 – Acordes maiores com 9ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


139

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


140

15 – Acordes menores com 9ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


141

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


142

16 – Acordes suspensos com 9ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


143

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


144

17 – Acordes suspensos com 4ª e 7ª menor

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


145

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


146

18 – Acordes menores com 4ª e 7ª menor

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


147

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


148

19 – Acordes suspensos com 4ª e 9ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


149

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


150

20 – Acordes suspensos com 4ª e 6ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


151

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


152

21 – Acordes maiores com 4ª e 6ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


153

22 – Acordes menores com 6ª e 9ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


154

23 – Acordes maiores com 7ª menor e 9ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


155

24 – Acordes menores com 7ª menor e 9ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


156

25 – Acordes maiores com 7ª maior e 9ª maior

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


157

26 – Acordes maiores com 7ª menor e 9ª menor

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


158

27 – Acordes maiores com 7ª menor e 9ªaumentada

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


159

28 – Acordes maiores com 5ª aumentada e 7ª menor

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


160

29 – Acordes maiores com 5ª diminuta e 7ª menor

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


161

30 – Acordes menores com 5ª diminuta

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


162

31 – Acordes menores com 5ª diminuta e 7ª menor

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


163

32 – Acordes diminutos

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


164

16 – Tabela do campo harmônico


Nesta tabela encontram-se os campos harmônicos da tonalidade maiores e
relativas menores.

Para encontrar o campo harmônico menor partimos do 6º grau da tabela.

Campo harmônico maior

I7+ IIm7 IIIm7 IV7+ V7 VIm7 VIIm7/5b

C Dm Em F G7 Am Bº

G Am Bm C D7 Em F#º

D Em F#m G A7 Bm C#º

A Bm C#m D E7 F#m G#º

E F#m G#m A B7 C#m D#º

B C#m D#m E F#7 G#m A#º

F# G#m A#m B C#7 D#m E#º

C# D#m E#m F# G#7 A#m B#º

F Gm Am Bb C7 Dm Eº

Bb Cm Dm Eb F7 Gm Aº

Eb Fm Gm Ab Bb7 Cm Dº

Ab Bbm Cm Db Eb7 Fm Gº

Db Ebm Fm Gb Ab7 Bbm Cº

Gb Abm Bbm Cb Db7 Ebm Fº

Cb Dbm Ebm Fb Gb7 Abm Bbº

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


165

17 – Transporte de tonalidade
Quando a tonalidade de uma música está em desacordo com nossa extensão
de voz, podemos recorrer à alteração do tom da música.

A transposição de acordes viabiliza a troca do tom. Acompanharemos passo


a passo um exemplo de transporte para que fique claro na teoria o que
normalmente utilizamos na prática.

1. Anotar todos os acordes da música. Por exemplo, se a música está em mi maior


( E ), tomamos como base o primeiro acorde. A musica tem esta seqüência:

E F#m B7 A B7 E

2. Tomar como base a carreira horizontal nº 8 da tabela de transporte, pois o E


está na carreira 8, depois os outros acordes que seguem na mesma carreira.
Observe que existem números indicando as colunas e linhas, transcreva o
número correspondente ao acorde. Ex.

E F#m B7 A B7 E
1 3 8 6 8 1

3. Definir o tom para qual será o transporte. Exemplo G ( sol maior )

4. Ao definir o tom, tomaremos este como base. Usaremos então a carreira nº 11


que é a base de G, e então associamos os número do tom de origem que é E.
Ex.:

G Am D7 C D7 G
1 3 8 6 8 1

5. Ao transcrever os acordes temos que nos preocupar com os outros símbolos que
fazem parte dos acordes ( m, 7, 9, 7+, 5-, 5+, etc. ).

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010


166

18 - Tabela de transporte de tonalidade

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

1 A A# B C C# D D# E F F# G G#

2 A# B C C# D D# E F F# G G# A

3 B C C# D D# E F F# G G# A A#

4 C C# D D# E F F# G G# A A# B

5 C# D D# E F F# G G# A A# B C

6 D D# E F F# G G# A A# B C C#

7 D# E F F# G G# A A# B C C# D

8 E F F# G G# A A# B C C# D D#

9 F F# G G# A A# B C C# D D# E

10 F# G G# A A# B C C# D D# E F

11 G G# A A# B C C# D D# E F F#

12 G# A A# B C C# D D# E F F# G

www.joaovilarim.com.br – João Vilarim - 2010

Você também pode gostar