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LIVRO: Legislação de Pesca e Aquicultura no Estado do Amazonas

APRESENTAÇÃO

Os recursos naturais do Estado do Amazonas têm sido explorados


intensivamente, dentre eles o peixe, sem dúvida é o mais explorado. O peixe no Estado
do Amazonas é explorado pelos pescadores profissionais, ribeirinhos, esportivos e
ornamentais. O pescado é a principal fonte de proteína para as populações ribeirinhas e
uma importante de fonte de renda tanto para os moradores do interior do Estado, como
para os atores das cadeias produtivas das diferentes categorias de pesca, que existe no
Continente chamado Amazonas.
Pela importância dessa atividade no Estado, e o aumento da demanda pela
criação de peixes, esta publicação tem como objetivo apresentar a legislação referente à
Pesca e Aquicultura tanto em nível de Brasil e principalmente no Estado do Amazonas.
O publico alvo desse trabalho são os pescadores das diferentes categorias de
pesca, operadores de turismo, aquicultores, alunos, professores, além das pessoas
interessadas no assunto.
INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta inicialmente a Lei Federal n° 11.959, de 29 de junho
de 2009, conhecida como a nova Lei da Pesca, que revogou, a Lei nº 7.679, de 23 de
novembro de 1988, também denominada Lei do Defeso e quase todos os Artigos do
Decreto-Lei nº 221, de 28 de fevereiro de 1967, conhecida como Código de Pesca.
No Estado do Amazonas a política de proteção à fauna aquática e de
desenvolvimento da pesca e aquicultura sustentável é apresentada na Lei Estadual n°
2.713, de 28 de dezembro de 2001, que é regulamentada pelo Decreto n° 22.747, de
26 de junho de 2002, que trata da pesca esportiva, recreativa e de subsistência no
Estado do Amazonas, alterada pelo Decreto nº 23.050, de 2 de dezembro de 2002, e
complementada pela Portaria IPAAM nº 071/2002.
A pesca na Bacia do Rio Negro no trecho situado entre a divisa do Estado do
Amazonas com a Colômbia, até a foz do Rio Branco é disciplinada pelo Decreto n°
31.151 de 06 de abril de 2011.
A Instrução Normativa do Ministério da Pesca e Aquicultura Nº 1, de 19 de
janeiro DE 2011, estabelecer critérios e procedimentos para a concessão de Licença
para a venda de exemplares vivos de raias nativas de água continental, Família
Potamotrygonidae, para fins de ornamentação e de aquariofilia. A Instrução
Normativa Interministerial Nº 001, de 3 janeiro de 2012, do Ministério da Pesca e
Aquicultura e o Ministério do Meio Ambiente, estabeleceu normas, critérios e padrões
para a explotação de peixes nativos ou exóticos de águas continentais com finalidade
ornamental ou de aquariofilia.
No Estado do Amazonas as questões pertinentes à formulação, ao
acompanhamento e à avaliação das políticas de proteção ao meio ambiente e controle da
poluição, além das deliberaçoes coletivas e normatização superior da Política Estadual
de Meio Ambiente são de responsabilidade do Conselho Estadual de Meio Ambiente -
CEMAAM, instituído pela Lei Nº 2.985, de 18 de outubro de 2005.
O Conselho Estadual de Pesca e Aqüicultura – CONEPA, criado pelo Decreto
nº 25.396, de 27 de outubro de 2005, tem como finalidade propor a formulação de
políticas, com vistas a promover a articulação e o debate entre os diferentes níveis de
governo e a sociedade civil organizada, para o desenvolvimento e o fomento das
atividades da pesca e da aqüicultura no Estado do Amazonas.
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do
Estado do Amazonas – SDS, no uso das atribuições legais, estabeleceu critérios e
procedimentos para a pesca esportiva na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do
Uatumã, através da Instrução Normativa SDS/Nº 006/2008, de 28 de fevereiro de
2008. A SDS também normatizou a atividade de pesca esportiva do pirarucu em caráter
experimental em lagos da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá,
através da Instrução Normativa SDS Nº 004/2008, de 29 de fevereiro de 2008.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
IBAMA, no uso das atribuições publicou diversas Portarias e Instruções Normativas,
visando estabelecer normais gerais para o exercício da pesca na bacia hidrográfica do
Rio Amazonas; proibir a captura, o transporte e a comercialização de algumas espécies
de peixes amazônicos, abaixo do tamanho mínimo; e determinando os períodos de
defeso, através dos seguintes instrumentos normativos: Portaria IBAMA Nº 008, de 2
de fevereiro de 1996; Portaria IBAMA Nº 01/2001 Representação IBAMA/AM;
Instrução Normativa IBAMA Nº 43, de 26 de julho de 2004; Instrução Normativa
IBAMA Nº 34, de 18 de junho de 2004; Instrução Normativa IBAMA Nº 1, de 1º de
junho de 2005; Portaria IBAMA Nº 48, de 5 de novembro de 2007.
O IBAMA publicou a Portaria Conjunta IBAMA/GEREX/AM-DFA/AM Nº
1, de 6 de maio de 2002, com o Ministério da Agricultura, através da Delegacia Federal
de Agricultura no Estado do Amazonas, proibindo o transporte de peixes, em volume
comercial ou de qualquer volume que indique atos comerciais, em barcos que não
pertençam a categoria E-2-M, assim classificados pela Capitania dos Portos e
devidamente registrados no órgão competente como embarcação de pesca.
O Ministério do Meio Ambiente, através Instrução Normativa Nº 35, de 29 de
setembro de 2005, proibiu, anualmente, no período de 1º de outubro a 31 de março, a
pesca, o transporte, a armazenagem, o beneficiamento e a comercialização do tambaqui
(Colossoma macropomum) na bacia hidrográfica do rio Amazonas.
O IBAMA, visando regulamentar o processo de Acordo de Pesca, por se mostrar
um importante instrumento de redução de conflitos sociais, publicou a Instrução
Normativa Nº 29, de 31 de dezembro de 2002. Vale ressaltar que antes da publicação
da IN nº 29, o IBAMA-AM, vinha publicando desde 1996, Portarias e Instruções
Normativas, visando disciplinar, classificar, estabelecer e proibir o exercício da pesca
para regiões especificas do Estado do Amazonas.
O Governo do Amazonas através da SDS foi o primeiro estado brasileiro, a
estabelecer, através da Instrução Normativa SDS Nº 003, de 2 de maio de 2011,
procedimentos para a construção de regras e normatização de Acordos de Pesca
adequados às especificidades do Estado do Amazonas.
A atividade de aquicultura no Estado do amazonas é regulamentada, assim como
a pesca, pela Lei n° 2.713/02. No entanto, o governo do estado, através do IPAAM,
elaborou uma minuta de lei, específica para a aquicultura, que atualmente encontra-se
em tramitação na Assembléia Legislativa do Amazonas e trará novas diretrizes para o
desenvolvimento da Política Aquícola estadual.
O Conselho Estadual de Meio Ambiente do Amazonas – CEMAAM publicou a
Resolução CEMAAM Nº 01/08, que estabeleceu normas e procedimentos para
regularização ambiental de Tanques, Viveiros, Barragens, Pequenos Reservatórios,
Canais de Igarapés e Tanques Rede destinados para a aqüicultura no Estado do
Amazonas.
O Governo do Estado do Amazonas, através do Decreto Estadual Nº 29.421, de
30 de novembro de 2009, disciplinou a captura de alevinos de pirarucu (Arapaima
gigas) destinados à piscicultura em Unidades de Conservação Estadual de Uso
Sustentável e/ou em áreas de Acordo de Pesca, devidamente formalizados nos termos da
legislação vigente.
A SDS, através da Instrução Normativa SDS Nº 002, de 04 de março de 2010,
estabelece normas e procedimentos para o Cadastro de Aquiculturas com lâmina d´água
inferior a 4,0 ha de área inundada, tanque rede inferior a 500 m3 e canal de igarapé com
até 100 m3 e que não sejam potencialmente causadores de significativa degradação do
meio ambiente.
O Conselho Estadual de Meio Ambiente do Amazonas – CEMAAM, por meio
da Resolução CEMAAM Nº 008, de 27 junho de 2011, estabeleceu Procedimentos
Técnicos para o Manejo de Jacaré, oriundos de Unidades de Conservação de Uso
Sustentável do Estado do Amazonas.
Esperamos com a publicação deste material contribuir para a melhor divulgação
e entendimento da legislação pesqueira e aquícola vigente no estado.
SUMÁRIO
LEI FEDERAL Nº 11.959, DE 29 DE JUNHO DE 2009

LEI ESTADUAL Nº 2.713, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2001

DECRETO Nº 22.747, DE 26 DE JUNHO DE 2002

DECRETO Nº 23.050, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2002

PORTARIA IPAAM Nº 071/2002

DECRETO N° 31.151 DE 06 DE ABRIL DE 2011

INSTRUÇÃO NORMATIVA MPA Nº 1, DE 19 DE JANEIRO DE 2011

INSTRUÇÃO NORMATIVA INTERMINISTERIAL Nº 001, DE 3 JANEIRO DE 2012

LEI N.º 2.985, DE 18 DE OUTUBRO DE 2.005

DECRETO Nº 25.396, DE 27 DE OUTUBRO DE 2.005

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDS Nº 006/2008 DE 28 DE FEVEREIRO DE 2008

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDS Nº 004/2008, DE 29 DE FEVEREIRO DE 2008

PORTARIA IBAMA Nº 008, DE 2 DE FEVEREIRO DE 1996

PORTARIA IBAMA Nº 01/2001 REPRESENTAÇÃO IBAMA/AM

PORTARIA CONJUNTA IBAMA/GEREX/AM-DFA/AM Nº 1, DE 6 DE MAIO DE 2002

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 43, DE 26 DE JULHO DE 2004

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 34, DE 18 DE JUNHO DE 2004

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 1, DE 1º DE JUNHO DE 2005

INSTRUÇÃO NORMATIVA MMA Nº 35, DE 29 DE SETEMBRO DE 2005

PORTARIA IBAMA Nº 48, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2007

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 29, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2002

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDS Nº 003, DE 2 DE MAIO DE 2011

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDS Nº 02, DE 18 DE ABRIL DE 2011

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDS Nº 004, DE 18 DE AGOSTO DE 2011

PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 4-N, DE 20 DE MAIO DE 1996

PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 5-N, DE 7 DE AGOSTO DE 1996

PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 6, DE 14 DE ABRIL DE 1997

PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 7, DE 14 DE ABRIL DE 1997

PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 8, DE 14 DE ABRIL DE 1997


PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 9, DE 14 DE ABRIL DE 1997

PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 10, DE 14 DE ABRIL DE 1997

PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 11, DE 14 DE ABRIL DE 1997

PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 12, DE 14 DE ABRIL DE 1997

PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 13, DE 14 DE ABRIL DE 1997

PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 14, DE 14 DE ABRIL DE 1997

PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 15, DE 14 DE ABRIL DE 1997

PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 16, DE 14 DE ABRIL DE 1997

PORTARIA IBAMA/GEREX/AM Nº 52, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2000

PORTARIA IBAMA/GEREX/AM Nº 53, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2000

PORTARIA IBAMA-GEREX/AM Nº 54, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2000

PORTARIA IBAMA-SUPES/AM Nº 49, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2000

PORTARIA IBAMA/GEREX/AM Nº 28, DE 11 DE SETEMBRO DE 2000

PORTARIA IBAMA/GEREX/AM Nº 6, DE 27 DE JUNHO DE 2001

PORTARIA IBAMA/GEREX/AM Nº 8, DE 3 DE OUTUBRO DE 2001

INSTRUÇÃO NORMATIVA GEREX/AM S/Nº, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2001

PORTARIA IBAMA/GEREX/AM Nº 2, DE 29 DE JULHO DE 2002

PORTARIA IBAMA GEREX-AM Nº 03, DE 11 DE SETEMBRO DE 2002

PORTARIA IBAMA GEREX-AM Nº 05, DE 12 DE SETEMBRO DE 2002

PORTARIA IBAMA/GEREX-AM Nº 14, DE 13 DE SETEMBRO DE 2002

PORTARIA IBAMA GEREX-AM Nº 08, DE 16 DE OUTUBRO DE 2002

PORTARIA IBAMA/GEREX-AM Nº 11, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002

PORTARIA IBAMA/GEREX-AM Nº 12, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002

PORTARIA IBAMA/GEREX-AM Nº 13, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002

PORTARIA IBAMA Nº 10, DE 20 DE MARÇO DE 2003

PORTARIA IBAMA Nº 11, DE 20 DE MARÇO DE 2003

INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA IBAMA/IPAAM Nº 2, DE 27 DE SETEMBRO DE 2004

PORTARIA IPAAM Nº 031, DE 21 DE MARÇO DE 2005

INSTRUÇÃO NORMATIVA MMA Nº 12, DE 9 DE JUNHO DE 2005

INSTRUÇÃO NORMATIVA MMA Nº 29, DE 13 DE SETEMBRO DE 2005


INSTRUÇÃO NORMATIVA MMA Nº 31, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005

INSTRUÇÃO NORMATIVA MMA Nº 55, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2005

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 113, DE 23 DE AGOSTO DE 2006

PORTARIA IBAMA Nº 2, DE 28 DE JANEIRO DE 2008

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 181, DE 10 DE JULHO DE 2008

RESOLUÇÃO CEMAAM Nº01/08

DECRETO ESTADUAL Nº 29.421, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2009

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 002, DE 04 DE MARÇO DE 2010

RESOLUÇÃO CEMAAM Nº08, DE 27 DE JUNHO DE 2011


Presidência da Republica
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 11.959, DE 29 DE JUNHO DE 2009


(Publicada no DOU 30 de junho de 2009 – Seção 1)

Dispõe sobre a Política Nacional de Desenvolvimento


Sustentável da Aquicultura e da Pesca, regula as
atividades pesqueiras, revoga a Lei no 7.679, de 23 de
novembro de 1988, e dispositivos do Decreto-Lei nº
221, de 28 de fevereiro de 1967, e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a


seguinte Lei:

CAPÍTULO I
NORMAS GERAIS DA POLÍTICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
DA AQUICULTURA E DA PESCA
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da
Pesca, formulada, coordenada e executada com o objetivo de promover:
I - o desenvolvimento sustentável da pesca e da aqüicultura como fonte de alimentação, emprego, renda e
lazer, garantindo-se o uso sustentável dos recursos pesqueiros, bem como a otimização dos benefícios
econômicos decorrentes, em harmonia com a preservação e a conservação do meio ambiente e da
biodiversidade;
II - o ordenamento, o fomento e a fiscalização da atividade pesqueira;
III - a preservação, a conservação e a recuperação dos recursos pesqueiros e dos ecossistemas aquáticos;
IV - o desenvolvimento socioeconômico, cultural e profissional dos que exercem aatividade pesqueira,
bem como de suas comunidades.

CAPÍTULO II
DEFINIÇÕES
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se:
I - recursos pesqueiros: os animais e os vegetais hidróbios passíveis de exploração, estudo ou pesquisa
pela pesca amadora, de subsistência, científica, comercial e pela aquicultura;
II - aquicultura: a atividade de cultivo de organismos cujo ciclo de vida em condições naturais se dá total
ou parcialmente em meio aquático, implicando a propriedade do estoque sob cultivo, equiparada à
atividade agropecuária e classificada nos termos do art. 20 desta Lei;
III - pesca: toda operação, ação ou ato tendente a extrair, colher, apanhar, apreender ou capturar recursos
pesqueiros;
IV - aquicultor: a pessoa física ou jurídica que, registrada e licenciada pelas autoridades competentes,
exerce a aquicultura com fins comerciais;
V - armador de pesca: a pessoa física ou jurídica que, registrada e licenciada pelas autoridades
competentes, apresta, em seu nome ou sob sua responsabilidade, embarcação para ser utilizada na
atividade pesqueira pondo-a ou não a operar por sua conta;
VI - empresa pesqueira: a pessoa jurídica que, constituída de acordo com a legislação e devidamente
registrada e licenciada pelas autoridades competentes, dedica-se, com fins comerciais, ao exercício da
atividade pesqueira prevista nesta Lei;
VII - embarcação brasileira de pesca: a pertencente a pessoa natural residente e domiciliada no Brasil ou a
pessoa jurídica constituída segundo as leis brasileiras, com sede e administração no País, bem como
aquela sob contrato de arrendamento por empresa pesqueira brasileira;
VIII - embarcação estrangeira de pesca: a pertencente a pessoa natural residente e domiciliada no exterior
ou a pessoa jurídica constituída segundo as leis de outro país, em que tenha sede e administração, ou,
ainda, as embarcações brasileiras arrendadas a pessoa física ou jurídica estrangeira;
IX - transbordo do produto da pesca: fase da atividade pesqueira destinada à transferência do pescado e
dos seus derivados de embarcação de pesca para outra embarcação;
X - áreas de exercício da atividade pesqueira: as águas continentais, interiores, o mar territorial, a
plataforma continental, a zona econômica exclusiva brasileira, o alto-mar e outras áreas de pesca,
conforme acordos e tratados internacionais firmados pelo Brasil, excetuando-se as áreas demarcadas
como unidades de conservação da natureza de proteção integral ou como patrimônio histórico e aquelas
definidas como áreas de exclusão para a segurança nacional e para o tráfego aquaviário;
XI - processamento: fase da atividade pesqueira destinada ao aproveitamento do pescado e de seus
derivados, provenientes da pesca e da aquicultura;
XII - ordenamento pesqueiro: o conjunto de normas e ações que permitem administrar a atividade
pesqueira, com base no conhecimento atualizado dos seus componentes biológico-pesqueiros,
ecossistêmico, econômicos e sociais;
XIII - águas interiores: as baías, lagunas, braços de mar, canais, estuários, portos, angras, enseadas,
ecossistemas de manguezais, ainda que a comunicação com o mar seja sazonal, e as águas compreendidas
entre a costa e a linha de base reta, ressalvado o disposto em acordos e tratados de que o Brasil seja parte;
XIV - águas continentais: os rios, bacias, ribeirões, lagos, lagoas, açudes ou quaisquer depósitos de água
não marinha, naturais ou artificiais, e os canais que não tenham ligação com o mar;
XV - alto-mar: a porção de água do mar não incluída na zona econômica exclusiva, no mar territorial ou
nas águas interiores e continentais de outro Estado, nem nas águas arquipelágicas de Estado arquipélago;
XVI - mar territorial: faixa de 12 (doze) milhas marítimas de largura, medida a partir da linha de baixa-
mar do litoral continental e insular brasileiro, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala,
reconhecidas oficialmente pelo Brasil;
XVII - zona econômica exclusiva: faixa que se estende das 12 (doze) às 200 (duzentas) milhas marítimas,
contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial;
XVIII - plataforma continental: o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do mar
territorial, em toda a extensão do prolongamento natural do território terrestre, até o bordo exterior da
margem continental, ou até uma distância de 200 (duzentas) milhas marítimas das linhas de base, a partir
das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental
não atinja essa distância;
XIX - defeso: a paralisação temporária da pesca para a preservação da espécie, tendo como motivação a
reprodução e/ou recrutamento, bem como paralisações causadas por fenômenos naturais ou acidentes;
XX - (VETADO);
XXI - pescador amador: a pessoa física, brasileira ou estrangeira, que, licenciada pela autoridade
competente, pratica a pesca sem fins econômicos;
XXII - pescador profissional: a pessoa física, brasileira ou estrangeira residente no País que, licenciada
pelo órgão público competente, exerce a pesca com fins comerciais, atendidos os critérios estabelecidos
em legislação específica.

CAPÍTULO III
DA SUSTENTABILIDADE DO USO DOS RECURSOS PESQUEIROS E DA ATIVIDADE DE
PESCA
Seção I
Da Sustentabilidade do Uso dos Recursos Pesqueiros
Art. 3º Compete ao poder público a regulamentação da Política Nacional de Desenvolvimento
Sustentável da Atividade Pesqueira, conciliando o equilíbrio entre o princípio da sustentabilidade dos
recursos pesqueiros e a obtenção de melhores resultados econômicos e sociais, calculando, autorizando ou
estabelecendo, em cada caso:
I - os regimes de acesso;
II - a captura total permissível;
III - o esforço de pesca sustentável;
IV - os períodos de defeso;
V - as temporadas de pesca;
VI - os tamanhos de captura;
VII - as áreas interditadas ou de reservas;
VIII - as artes, os aparelhos, os métodos e os sistemas de pesca e cultivo;
IX - a capacidade de suporte dos ambientes;
X - as necessárias ações de monitoramento, controle e fiscalização da atividade;
XI - a proteção de indivíduos em processo de reprodução ou recomposição de estoques.
§ 1º O ordenamento pesqueiro deve considerar as peculiaridades e as necessidades dos pescadores
artesanais, de subsistência e da aquicultura familiar, visando a garantir sua permanência e sua
continuidade.
§ 2º Compete aos Estados e ao Distrito Federal o ordenamento da pesca nas águas continentais de suas
respectivas jurisdições, observada a legislação aplicável, podendo o exercício da atividade ser restrita a
uma determinada bacia hidrográfica.
Seção II
Da Atividade Pesqueira
Art. 4º A atividade pesqueira compreende todos os processos de pesca, explotação e exploração, cultivo,
conservação, processamento, transporte, comercialização e pesquisa dos recursos pesqueiros.
Parágrafo único. Consideram-se atividade pesqueira artesanal, para os efeitos desta Lei, os trabalhos de
confecção e de reparos de artes e petrechos de pesca, os reparos realizados em embarcações de pequeno
porte e o processamento do produto da pesca artesanal.

Art. 5º O exercício da atividade pesqueira somente poderá ser realizado mediante prévio ato autorizativo
emitido pela autoridade competente, asseguradas:
I - a proteção dos ecossistemas e a manutenção do equilíbrio ecológico, observados os princípios de
preservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais;
II - a busca de mecanismos para a garantia da proteção e da seguridade do trabalhador e das populações
com saberes tradicionais;
III - a busca da segurança alimentar e a sanidade dos alimentos produzidos.

Art. 6° O exercício da atividade pesqueira poderá ser proibido transitória, periódica ou permanentemente,
nos termos das normas específicas, para proteção:
I - de espécies, áreas ou ecossistemas ameaçados;
II - do processo reprodutivo das espécies e de outros processos vitais para a manutenção e a recuperação
dos estoques pesqueiros;
III - da saúde pública;
IV - do trabalhador.
§ 1° Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, o exercício da atividade pesqueira é proibido:
I - em épocas e nos locais definidos pelo órgão competente;
II - em relação às espé
cies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos não permitidos pelo órgão competente;
III - sem licença, permissão, concessão, autorização ou registro expedido pelo órgão competente;
IV - em quantidade superior à permitida pelo órgão competente;
V - em locais próximos às áreas de lançamento de esgoto nas águas, com distância estabelecida em norma
específica;
VI - em locais que causem embaraço à navegação;
VII - mediante a utilização de:
a) explosivos;
b) processos, técnicas ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante ao de
explosivos;
c) substâncias tóxicas ou químicas que alterem as condições naturais da água;
d) petrechos, técnicas e métodos não permitidos ou predatórios.
§ 2o São vedados o transporte, a comercialização, o processamento e a industrialização de espécimes
provenientes da atividade pesqueira proibida.

Art. 7º O desenvolvimento sustentável da atividade pesqueira dar-se-á mediante:


I - a gestão do acesso e uso dos recursos pesqueiros;
II - a determinação de áreas especialmente protegidas;
III - a participação social;
IV - a capacitação da mão de obra do setor pesqueiro;
V - a educação ambiental;
VI - a construção e a modernização da infraestrutura portuária de terminais portuários, bem como a
melhoria dos serviços portuários;
VII - a pesquisa dos recursos, técnicas e métodos pertinentes à atividade pesqueira;
VIII - o sistema de informações sobre a atividade pesqueira;
IX - o controle e a fiscalização da atividade pesqueira;
X - o crédito para fomento ao setor pesqueiro.

CAPÍTULO IV
DA PESCA
Seção I
Da Natureza da Pesca
Art. 8º Pesca, para os efeitos desta Lei, classifica-se como:
I - comercial:
a) artesanal: quando praticada diretamente por pescador profissional, de forma autônoma ou em regime de
economia familiar, com meios de produção próprios ou mediante contrato de parceria, desembarcado,
podendo utilizar embarcações de pequeno porte;
b) industrial: quando praticada por pessoa física ou jurídica e envolver pescadores profissionais,
empregados ou em regime de parceria por cotas-partes, utilizando embarcações de pequeno, médio ou
grande porte, com finalidade comercial;
II - não comercial:
a) científica: quando praticada por pessoa física ou jurídica, com a finalidade de pesquisa científica;
b) amadora: quando praticada por brasileiro ou estrangeiro, com equipamentos ou petrechos previstos em
legislação específica, tendo por finalidade o lazer ou o desporto;
c) de subsistência: quando praticada com fins de consumo doméstico ou escambo sem fins de lucro e
utilizando petrechos previstos em legislação específica.

Seção II
Das Embarcações de Pesca
Art. 9º Podem exercer a atividade pesqueira em áreas sob jurisdição brasileira:
I - as embarcações brasileiras de pesca;
II - as embarcações estrangeiras de pesca cobertas por acordos ou tratados internacionais firmados pelo
Brasil, nas condições neles estabelecidas e na legislação específica;
III - as embarcações estrangeiras de pesca arrendadas por empresas, armadores e cooperativas brasileiras
de produção de pesca, nos termos e condições estabelecidos em legislação específica.
§ 1° Para os efeitos desta Lei, consideram-se equiparadas às embarcações brasileiras de pesca as
embarcações estrangeiras de pesca arrendadas por pessoa física ou jurídica brasileira.
§ 2º A pesca amadora ou esportiva somente poderá utilizar embarcações classificadas pela autoridade
marítima na categoria de esporte e recreio.

Art. 10. Embarcação de pesca, para os fins desta Lei, é aquela que, permissionada e registrada perante as
autoridades competentes, na forma da legislação específica, opera, com exclusividade, em uma ou mais
das seguintes atividades:
I - na pesca;
II - na aquicultura;
III - na conservação do pescado;
IV - no processamento do pescado;
V - no transporte do pescado;
VI - na pesquisa de recursos pesqueiros.
§ 1º As embarcações que operam na pesca comercial se classificam em:
I - de pequeno porte: quando possui arqueação bruta – AB igual ou menor que 20 (vinte);
II - de médio porte: quando possui arqueação bruta – AB maior que 20 (vinte) e menor que 100 (cem);
III - de grande porte: quando possui arqueação bruta – AB igual ou maior que 100 (cem).
§ 2º Para fins creditícios, são considerados bens de produção as embarcações, as redes e os demais
petrechos utilizados na pesca ou na aquicultura comercial.
§ 3º Para fins creditícios, são considerados instrumentos de trabalho as embarcações, as redes e os demais
petrechos e equipamentos utilizados na pesca artesanal.
§ 4º A embarcação utilizada na pesca artesanal, quando não estiver envolvida na atividade pesqueira,
poderá transportar as famílias dos pescadores, os produtos da pequena lavoura e da indústria doméstica,
observadas as normas da autoridade marítima aplicáveis ao tipo de embarcação.
§ 5º É permitida a admissão, em embarcações pesqueiras, de menores a partir de 14 (catorze) anos de
idade, na condição de aprendizes de pesca, observadas as legislações trabalhista, previdenciária e de
proteção à criança e ao adolescente, bem como as normas da autoridade marítima.

Art. 11. As embarcações brasileiras de pesca terão, no curso normal de suas atividades, prioridades no
acesso aos portos e aos terminais pesqueiros nacionais, sem prejuízo da exigência de prévia autorização,
podendo a descarga de pescado ser feita pela tripulação da embarcação de pesca.
Parágrafo único. Não se aplicam à embarcação brasileira de pesca ou estrangeira de pesca arrendada por
empresa brasileira as normas reguladoras do tráfego de cabotagem e as referentes à praticagem.

Art. 12. O transbordo do produto da pesca, desde que previamente autorizado, poderá ser feito nos termos
da regulamentação específica.
§ 1°O transbordo será permitido, independentemente de autorização, em caso de acidente ou defeito
mecânico que implique o risco de perda do produto da pesca ou seu derivado.
§ 2° O transbordo de pescado em área portuária, para embarcação de transporte, poderá ser realizado
mediante autorização da autoridade competente, nas condições nela estabelecidas.
§ 3° As embarcações pesqueiras brasileiras poderão desembarcar o produto da pesca em portos de países
que mantenham acordo com o Brasil e que permitam tais operações na forma do regulamento desta Lei.
§ 4º O produto pesqueiro ou seu derivado oriundo de embarcação brasileira ou de embarcação estrangeira
de pesca arrendada à pessoa jurídica brasileira é considerado produto brasileiro.

Art. 13. A construção e a transformação de embarcação brasileira de pesca, assim como a importação ou
arrendamento de embarcação estrangeira de pesca, dependem de autorização prévia das autoridades
competentes, observados os critérios definidos na regulamentação pertinente.
§ 1º A autoridade competente poderá dispensar, nos termos da legislação específica, a exigência de que
trata o caput deste artigo para a construção e transformação de embarcação utilizada nas pescas artesanal
e de subsistência, atendidas as diretrizes relativas à gestão dos recursos pesqueiros.
§ 2º A licença de construção, de alteração ou de reclassificação da embarcação de pesca expedida pela
autoridade marítima está condicionada à apresentação da Permissão Prévia de Pesca expedida pelo órgão
federal competente, conforme parâmetros mínimos definidos em regulamento conjunto desses órgãos.

Seção III
Dos Pescadores
Art. 14. (VETADO)
Art. 15. (VETADO)
Art. 16. (VETADO)
Art. 17. (VETADO)

CAPÍTULO V
DA AQUICULTURA
Art. 18. O aquicultor poderá coletar, capturar e transportar organismos aquáticos silvestres, com
finalidade técnico-científica ou comercial, desde que previamente autorizado pelo órgão competente, nos
seguintes casos:
I - reposição de plantel de reprodutores;
II - cultivo de moluscos aquáticos e de macroalgas disciplinado em legislação específica.

Art. 19. A aquicultura é classificada como:


I - comercial: quando praticada com finalidade econômica, por pessoa física ou jurídica;
II - científica ou demonstrativa: quando praticada unicamente com fins de pesquisa, estudos ou
demonstração por pessoa jurídica legalmente habilitada para essas finalidades;
III - recomposição ambiental: quando praticada sem finalidade econômica, com o objetivo de
repovoamento, por pessoa física ou jurídica legalmente habilitada;
IV - familiar: quando praticada por unidade unifamiliar, nos termos da Lei no 11.326, de 24 de julho de
2006;
V - ornamental: quando praticada para fins de aquariofilia ou de exposição pública, com fins comerciais
ou não.

Art. 20. O regulamento desta Lei disporá sobre a classificação das modalidades de aquicultura a que se
refere o art. 19, consideradas:
I - a forma do cultivo;
II - a dimensão da área explorada;
III - a prática de manejo;
IV - a finalidade do empreendimento.
Parágrafo único. As empresas de aquicultura são consideradas empresas pesqueiras.

Art. 21. O Estado concederá o direito de uso de águas e terrenos públicos para o exercício da aquicultura.

Art. 22. Na criação de espécies exóticas, é responsabilidade do aquicultor assegurar a contenção dos
espécimes no âmbito do cativeiro, impedindo seu acesso às águas de drenagem de bacia hidrográfica
brasileira.
Parágrafo único. Fica proibida a soltura, no ambiente natural, de organismos geneticamente modificados,
cuja caracterização esteja em conformidade com os termos da legislação específica.
Art. 23. São instrumentos de ordenamento da aquicultura os planos de desenvolvimento da aquicultura,
os parques e áreas aquícolas e o Sistema Nacional de Autorização de Uso de Águas da União para fins de
aquicultura, conforme definidos em regulamentação específica.
Parágrafo único. A implantação de empreendimentos aquícolas em áreas de salinas, salgados, apicuns,
restingas, bem como em todas e quaisquer áreas adjacentes a rios, lagoas, lagos, açudes, deverá observar
o contido na Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965 -Código Florestal, na Medida Provisória no 2.166-
67, de 24 de agosto de 2001, e nas demais legislações pertinentes que dispõem sobre as Áreas de
Preservação Permanente -APP.

CAPÍTULO VI
DO ACESSO AOS RECURSOS PESQUEIROS
Art. 24. Toda pessoa, física ou jurídica, que exerça atividade pesqueira bem como a embarcação de pesca
devem ser previamente inscritas no Registro Geral da Atividade Pesqueira -RGP, bem como no Cadastro
Técnico Federal -CTF na forma da legislação específica.
Parágrafo único. Os critérios para a efetivação do Registro Geral da Atividade Pesqueira serão
estabelecidos no regulamento desta Lei.

Art. 25. A autoridade competente adotará, para o exercício da atividade pesqueira, os seguintes atos
administrativos:
I - concessão: para exploração por particular de infraestrutura e de terrenos públicos destinados à
exploração de recursos pesqueiros;
II - permissão: para transferência de permissão; para importação de espécies aquáticas para fins
ornamentais e de aquicultura, em qualquer fase do ciclo vital; para construção, transformação e
importação de embarcações de pesca; para arrendamento de embarcação estrangeira de pesca; para
pesquisa; para o exercício de aqüicultura em águas públicas; para instalação de armadilhas fixas em águas
de domínio da União;
III - autorização: para operação de embarcação de pesca e para operação de embarcação de esporte e
recreio, quando utilizada na pesca esportiva; e para a realização de torneios ou gincanas de pesca
amadora;
IV - licença: para o pescador profissional e amador ou esportivo; para o aquicultor; para o armador de
pesca; para a instalação e operação de empresa pesqueira;
V - cessão: para uso de espaços físicos em corpos d'água sob jurisdição da União, dos Estados e do
Distrito Federal, para fins de aquicultura.
§ 1º Os critérios para a efetivação do Registro Geral da Atividade Pesqueira serão estabelecidos no
regulamento desta Lei.
§ 2° A inscrição no RGP é condição prévia para a ob tenção de concessão, permissão, autorização e
licença em matéria relacionada ao exercício da atividade pesqueira.

Art. 26. Toda embarcação nacional ou estrangeira que se dedique à pesca comercial, além do
cumprimento das exigências da autoridade marítima, deverá estar inscrita e autorizada pelo órgão público
federal competente.
Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput deste artigo implicará a interdição do barco até a
satisfação das exigências impostas pelas autoridades competentes.

CAPÍTULO VII
DO ESTÍMULO À ATIVIDADE PESQUEIRA
Art. 27. São considerados produtores rurais e beneficiários da política agrícola de que trata o art. 187 da
Constituição Federal as pessoas físicas e jurídicas que desenvolvam atividade pesqueira de captura e
criação de pescado nos termos desta Lei.
§ 1º Podem ser beneficiários do crédito rural de comercialização os agentes que desenvolvem atividades
de transformação, processamento e industrialização de pescado, desde que atendido o disposto no § 1o do
art. 49 da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991.
§ 2º Fica o Poder Executivo autorizado a criar sistema nacional de informações sobre a pesca e a
aquicultura, com o objetivo de coletar, agregar, intercambiar e disseminar informações sobre o setor
pesqueiro e aquícola nacional.

Art. 28. As colônias de pescadores poderão organizar a comercialização dos produtos pesqueiros de seus
associados, diretamente ou por intermédio de cooperativas ou outras entidades constituídas
especificamente para esse fim.
Art. 29. A capacitação da mão de obra será orientada para o desenvolvimento sustentável da atividade
pesqueira.
Parágrafo único. Cabe ao poder público e à iniciativa privada a promoção e o incentivo da pesquisa e
capacitação da mão de obra pesqueira.

Art. 30. A pesquisa pesqueira será destinada a obter e proporcionar, de forma permanente, informações e
bases científicas que permitam o desenvolvimento sustentável da atividade pesqueira.
§ 1º Não se aplicam à pesquisa científica as proibições estabelecidas para a atividade pesqueira comercial.
§ 2º A coleta e o cultivo de recursos pesqueiros com finalidade científica deverão ser autorizados pelo
órgão ambiental competente.
§ 3º O resultado das pesquisas deve ser difundido para todo o setor pesqueiro.

CAPÍTULO VIII
DA FISCALIZAÇÃO E DAS SANÇÕES
Art. 31. A fiscalização da atividade pesqueira abrangerá as fases de pesca, cultivo, desembarque,
conservação, transporte, processamento, armazenamento e comercialização dos recursos pesqueiros, bem
como o monitoramento ambiental dos ecossistemas aquáticos.
Parágrafo único. A fiscalização prevista no caput deste artigo é de competência do poder público federal,
observadas as competências estadual, distrital e municipal pertinentes.

Art. 32. A autoridade competente poderá determinar a utilização de mapa de bordo e dispositivo de
rastreamento por satélite, bem como de qualquer outro dispositivo ou procedimento que possibilite o
monitoramento a distância e permita o acompanhamento, de forma automática e em tempo real, da
posição geográfica e da profundidade do local de pesca da embarcação, nos termos de regulamento
específico.

Art. 33. As condutas e atividades lesivas aos recursos pesqueiros e ao meio ambiente serão punidas na
forma da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e de seu regulamento.

CAPITULO IX
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 34. O órgão responsável pela gestão do uso dos recursos pesqueiros poderá solicitar amostra de
material biológico oriundo da atividade pesqueira, sem ônus para o solicitante, com a finalidade de
geração de dados e informações científicas, podendo ceder o material a instituições de pesquisa.

Art. 35. A autoridade competente, nos termos da legislação específica e sem comprometer os aspectos
relacionados à segurança da navegação, à salvaguarda da vida humana e às condições de habitabilidade
da embarcação, poderá determinar que os proprietários, armadores ou arrendatários das embarcações
pesqueiras mantenham a bordo da embarcação, sem ônus para a referida autoridade, acomodações e
alimentação para servir a:
I - observador de bordo, que procederá à coleta de dados, material para pesquisa e informações de
interesse do setor pesqueiro, assim como ao monitoramento ambiental;
II - cientista brasileiro que esteja realizando pesquisa de interesse do Sistema Nacional de Informações da
Pesca e Aquicultura.

Art. 36. A atividade de processamento do produto resultante da pesca e da aquicultura será exercida de
acordo com as normas de sanidade, higiene e segurança, qualidade e preservação do meio ambiente e
estará sujeita à observância da legislação específica e à fiscalização dos órgãos competentes.
Parágrafo único. (VETADO)

Art. 37. Esta Lei entra em vigor após decorridos 60 (sessenta) dias de sua publicação oficial.

Art. 38. Ficam revogados a Lei nº 7.679, de 23 de novembro de 1988, e os arts. 1º a 5º, 7º a 18, 20 a 28,
30 a 50, 53 a 92 e 94 a 99 do Decreto-Lei nº 221, de 28 de fevereiro de 1967.

Brasília, 29 de junho de 2009; 188º da Independência e 121º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Tarso Genro
Guido Mantega
Reinhold Stephanes
Carlos Lupi
Izabela Mônica Vieira Teixeira

RETIFICAÇÃO
LEI Nº 11.959, DE 29 DE JUNHO DE 2009
(Publicada no DOU 30 de junho de 2009 – Seção 1)
Na página 3, nas assinaturas, leia:se: Luiz Inácio Lula da Silva, Tarso Genro, Guido Mantega, Reinhold
Stephanes, Carlos Lupi, Izabella Mônica Vieira Teixeira e Altemir Gregolin.
LEI N.º 2.713, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2.001

Dispõe sobre a política de proteção à fauna


aquática e de desenvolvimento da pesca e
aquicultura sustentável no Estado do Amazonas.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, faço saber a todos os habitantes que a


ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA decretou e eu sanciono a presente.

LEI

CAPÍTULO I
Das disposições preliminares
Art. 1.º - A fauna aquática existente em cursos d'água, lagos reservatórios e demais ambientes naturais ou
artificiais é bem de interesse comum a todos os habitantes do Estado do Amazonas, assegurado o direito à
sua exploração, nos termos estabelecidos pela legislação em geral e , em especial, por esta Lei e seus
regulamentos.
Parágrafo Único. São considerados recursos pesqueiros aqueles elementos da fauna e flora
que tem na água o seu meio de vida mais frequente e que são utilizados direta ou indiretamente pelo
homem.

Art. 2.º - O Conselho Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia -COMCITEC é o órgão
formulador da política de proteção à fauna aquática e de desenvolvimento da pesca e aqüicultura
sustentável do Estado do Amazonas.
Parágrafo Único. O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas - IPAAM é a entidade responsável pela
execução da política de proteção à fauna aquática e de desenvolvimento da pesca e aquicultura
sustentável do Estado, nela compreendida, dentre outros, o licenciamento, regulamentação, orientação,
monitoramento e fiscalização das atividades de captura, extração, coleta, transporte, conservação,
transformação, beneficiamento, cultivo, industrialização, comercialização e outros serviços relacionados à
pesca, visando a conservação e o uso sustentável dos recursos pesqueiros.

Art. 3.º - Compete ainda ao IPAAM:


I - a deliberação sobre a atividade de pesca e de atividades potencialmente impactantes aos
recursos pesqueiros;
II - o controle da produção pesqueira;
III - o apoio às pesquisas que viabilizem o uso sustentável de recursos pesqueiros, dos ambientes
aquáticos e das várzeas;
IV - a fiscalização da pesca, em caráter de controle.

Art. 4.º - As atividades do beneficiamento, processamento, transporte, desembarque e comercialização de


produtos de qualquer tipo, não poderão contribuir para a degradação do meio ambiente, nem causar danos
à saúde do consumidor.

CAPÍTULO II
Da Pesca e da Aqüicultura Sustentável
Seção I
Da Pesca
Art. 5º - Compreende-se como pesca todo o ato tendente a capturar ou extrair organismos animais que
tenham na água seu normal ou mais frequente meio de vida.
Parágrafo único - A atividade pesqueira compreende todo o processo de exploração dos recursos
aquáticos, nas fases de pesca, conservação, processamento, transporte, comercialização e pesquisa.

Art. 6º - Para os efeitos desta Lei, a pesca se classifica como:


I - comercial, com os seguintes tipos:
a) comercial profissional, quando praticada a extração de pescado do ambiente natural para a
comercialização de toda ou parte da produção capturada por trabalhadores que tenham na atividade sua
profissão ou meio principal de geração de renda;
b) comercial ribeirinha, quando for praticada a extração de pescado do ambiente natural para a
comercialização de parte da produção capturada por residentes, na área de seu domicílio e que tenham a
pesca como atividade secundária de geração de renda.
II - esportiva, quando praticada na modalidade de competição promovida por entidade legalmente
organizada, com a autorização do órgão competente e de acordo com as normas por ele estabelecidas, e
com a finalidade de lazer quando praticada por não residentes;
III - de despesca, quando destinada à captura do produto da piscicultura e da aquicultura confinadas;
IV - recreativa, quando praticada por residentes com a finalidade de lazer não competitivo, autorizada
pelo órgão competente;
V - de subsistência, quando praticada por pessoa carente, nas imediações de sua residência, destinada ao
sustento da família;
VI - científica, quando praticada para fins de pesquisa, por técnicos ou cientistas devidamente autorizados
pelos órgãos competentes.

Art. 7.º - Fica vedada a exploração comercial do produto da pesca, excetuado o proveniente da pesca
comercial e o da despesca.

Art. 8º - Cabe ao poder público estimular a pesca e a aqüicultura sustentável.

Seção II
Dos Princípios e das Diretrizes da Atividade Pesqueira
Art. 9º - No exercício e no manejo das atividades de pesca, deverão ser assegurados o equilíbrio
ecológico, a conservação dos recursos pesqueiros e a capacidade de suporte dos ambientes aquáticos,
através dos seguintes princípios:
I - a exploração racional e o uso sustentável dos recursos pesqueiros;
II - a preservação e conservação da biodiversidade;
III - o cumprimento da função social e econômica da pesca.

Art. 10 - São diretrizes da política pesqueira do Estado:


I - incentivar o desenvolvimento de atividades que promovam o uso do potencial biótico de produção dos
recursos pesqueiros com produtividade econômica e eqüitatividade social;
II - resguardar e valorizar os aspectos culturais da pesca;
III - proteger a fauna e a flora aquática, os seus mecanismos de interação ecológica e os ambientes
associados, de forma a garantir a reposição e perpetuação das espécies;
IV - promover pesquisas para a viabilização e aperfeiçoamento do manejo sustentável da pesca e dos
recursos pesqueiros e a proteção dos habitats associados;
V - incentivar e apoiar programas de educação das comunidades, objetivando capacitá-las para a
participação ativa na defesa ambiental;
VI - estimular, apoiar e difundir programas de educação ambiental com ênfase para o uso sustentável dos
recursos pesqueiros;
VII - disciplinar as formas e métodos de exploração dos recursos pesqueiros;
VIII - estabelecer formas para a reparação de danos a recursos pesqueiros e ambientes aquáticos
associados;
IX - incentivar o turismo ecológico;
X - incentivar a aqüicultura sustentável;
XI - promover a gestão participativa.

Seção III
Dos Aparelhos e dos Métodos
Art. 11 - O Poder Executivo estabelecerá as normas relativas à permissão, à restrição ou à proibição de
aparelho, petrecho, equipamento, método ou técnica empregados na atividade pesqueira.
Parágrafo Único - O Poder Executivo estabelecerá a forma de identificação de aparelho, petrecho e
equipamento de pesca licenciado.

Seção IV
Das Proibições
Art. 12 - Fica proibida a pesca:
I. de espécime que deva se preservada;
II. de espécime que tenha tamanho inferior ao permitido;
III. em quantidade superior `a permitida;
IV. em rio ou local definido pelo órgão competente;
V. em época determinada pelo órgão competente;
VI. em desacordo com o que dispuser o zoneamento da pesca;
VII. com aparelho, petrecho ou substância de uso não autorizado;
VIII. com utilização de técnica ou método não permitido.
Parágrafo único - Excetuam-se das proibições previstas neste artigo os atos de pesca para fins científicos,
de controle ou manejo de espécies, autorizados e supervisionados pelo órgão competente.

Seção V
Do Zoneamento da Pesca
Art. 13 - O Poder Executivo estabelecerá o zoneamento da pesca no Estado, com vistas ao
desenvolvimento sustentável da fauna aquática.
§ 1.º - O zoneamento de que trata o caput deste artigo será definido mediante estudo técnico, com base na
sustentabilidade da pesca nos rios, trechos de rios, represas, lagos e demais coleções d'água.
§ 2.º - A definição da época e da modalidade de pesca permitida ou proibida constará em calendários e
mapas de fácil interpretação pelo cidadão comum.
§ 3.º - A proposta de zoneamento da pesca será precedida de audiências públicas.
§ 4.º - Compete ao Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia - COMCITEC, aprovar
os relatórios técnicos, os calendários da pesca e os mapas do zoneamento, que serão revisto
periodicamente, em intervalos de, no máximo 5 (cinco) anos.
§ 5.º - Unidades de conservação de uso direto para a pesca poderão ser criadas e mantidas,
com objetivos definidos participativamente com todos os usuários dos recursos da área de forma
sustentável e equitativa.
§ 6.º - A pesca científica poderá ser efetuada em qualquer zona, observada a necessária
Autorização do IPAAM.

Seção VI
Da Aquicultura
Art. 14 - Compreende-se por aquicultura a atividade destinada a criação ou reprodução, para fins
econômicos, científicos ou ornamentais, de seres animais e vegetais que tenham na água seu ambiente
natural.
§ 1.º - Para o exercício da aquicultura são exigidos o registro do aqüicultor e a licença expedidos pelo
órgão competente.
§ 2.º - Para o transporte, o uso e a exploração sócio-econômica do produto da aquicultura, é exigida
licença do órgão competente.

CAPÍTULO III
Das Licenças e dos Registros
Art. 15 - Para o exercício das atividades de pesca e aqüicultura no estado do Amazonas, é obrigatória a
licença, salvo nas modalidades enumeradas nos incisos III a V do art. 6º desta Lei.
§ 1.º - A licença acoberta a guarda, o porte, o transporte e a utilização de aparelho, apetrecho e
equipamento de pesca.
§ 2.º - A licença é pessoal e intransferível, e sua compreensão fica sujeita ao recolhimento de
emolumentos administrativos e de reposição de pesca e ao cumprimentos do disposto no zoneamento da
pesca.
§ 3.º - A licença para a pesca comercial e esportiva especificará a área hidrográfica de abrangência e
época de validade.
§ 4.º - São dispensados do recolhimento de emolumentos de que trata o § 3.º deste artigo o menor de até
12 (doze) anos de idade, quando acompanhado de um dos pais ou responsável, o aposentado e o maior de
65 (sessenta e cinco) anos, se do sexo masculino, de 60 (sessenta) anos, se do sexo feminino, que utilizem
para o exercício da pesca, sem fins comerciais, linha de mão , caniço simples ou caniço com molinete,
empregados com anzol simples ou múltiplo, e que não sejam filiados a clube ou associação de pesca.
§ 5.º - A licença será expedida por tempo determinado e pode ser suspensa ou cancelada pelo órgão
emissor, na hipótese de infração à lei ou por motivo de interesse ecológico.
§ 6.º - Pode ser concedida licença especial gratuita nos casos estabelecidos no regulamento desta Lei.
§ 7.º - Poder ser concedida licença especial de aprendiz de pesca ao maior de 14 (quatorze) anos,
mediante autorização de autoridade judicial ou do representante legal do menor.

Art. 16 - Obrigam-se ao registro a pessoa jurídica especializada na comercialização de aparelho, petrecho


ou equipamento de pesca.
§ 1.º- Estão isentos de registro os estabelecimentos que comercializem o produto pronto para o consumo
imediato, aí compreendido bares, restaurantes e similares.
§ 2.º - O registro deverá ser deverá ser renovado anualmente.
Art. 17 - Obriga-se à licença a pessoa física ou jurídica que explore, comercialize ou industrialize produto
da pesca ou animal aquático vivo ou abatido, inclusive o ornamental.
Parágrafo Único - A licença deverá ser renovada anualmente.

CAPÍTULO IV
Da Fiscalização
Art. 18 - A fiscalização da pesca, em caráter preventivo e repressivo, incidirá sobre:
I - atividade que acarrete risco e dano à fauna aquática;
II - captura, extração, coleta, beneficiamento, conservação, transformação, transporte, armazenamento e
comercialização de seres aquáticos;
III - transporte, posse, guarda, exposição e utilização de aparelho, petrecho ou equipamento de pesca e
aquicultura.
Parágrafo único - A fiscalização da pesca será exercida por servidor público credenciado para esse fim ou
por terceiros mediante delegação de poderes ou autorização do órgão estadual de meio ambiente.

CAPÍTULO V
Do Dano à fauna Aquática
Art. 19 - Constitui dano à fauna aquática toda ação ou emissão que cause prejuízo ao ecossistema a ela
relacionado, além das demais hipóteses previstas na legislação em vigor e, especialmente:
I - a introdução de espécie exótica sem a autorização do órgão competente;
II - a promoção do esvaziamento ou do secamento artificial de coleções d'água naturais ou represas,
excetuados os reservatórios artificiais destinados à prática da piscicultura e a outras finalidades;
III - a captura de espécime da ictiofauna com tamanho distinto ao permitido, ou de espécie que deva ser
preservada, ou em quantidade superior à permitida, conforme previsto na legislação em vigor;
IV - a captura de espécime da ictiofauna em local e época proibidos ou com o emprego de aparelho,
petrecho, método ou técnica não permitida.
V - a prática de ação que provoque a morte de espécime da ictiofauna, por qualquer meio ou modo,
contrariando norma existente;
VI - outras situações a serem definidas pelo IPAAM ou pelo COMCITEC.
§ 1º - Sem prejuízo das penalidades administrativas cabíveis, os autores do dano ficam obrigados à
reparação ambiental, por meio da reposição de espécies ou recuperação ambiental de acordo com
orientação do órgão estadual de meio ambiente.
§ 2º - O Poder Executivo adotará medidas preventivas com vistas a evitar ou minimizar o risco de danos à
fauna aquática.

CAPÍTULO VI
Das Infrações e das Penalidades
Seção I
Das Infrações
Art. 20 - As infrações administrativas compreendem toda ação ou omissão que contraria os dispositivos
desta Lei e seu regulamento, sem prejuízo do disposto na legislação em vigor, e, em especial:
I - a captura, a guarda, o transporte, a comercialização, a industrialização, a utilização ou a inutilização de
produto da pesca obtido em desacordo com esta Lei e seu regulamento;
II - o transporte, a comercialização, a guarda, a posse ou a utilização de aparelho, petrecho ou
equipamento de uso proibido ou sem o devido licenciamento ou registro;
III - o uso indevido do registro ou da licença;
IV - a prática de ação que provoque a morte de animal ou vegetal aquático nativo, em qualquer de suas
fases de crescimento e desenvolvimento, sem autorização do órgão competente;
V - a criação de obstáculo ou impedimento para a ocorrência do fenômeno reprodutivo, por ação ou
omissão;
VI - a falta de registro ou licença junto ao órgão competente;
VII - a não-apresentação de licença ou de documento de porte obrigatório, quando solicitado;
VIII - a criação de impedimento ou dificuldade para a ação de fiscalização.

Seção II
Das Penalidades
Art. 21 - A ação ou omissão contrária às disposições desta Lei sujeita o infrator às penalidades a seguir
relacionadas, sem prejuízo da reparação do dano ambiental, principalmente o relativo à ictiofauna, e de
outras ações legais cabíveis:
I - advertências;
II - multa simples;
III - multa diária;
IV - apreensão ou perda de aparelho, petrecho, equipamento ou produto de pesca;
V - interdição ou embargo da atividade;
VI - suspensão parcial ou total de atividades;
VII - cancelamento de autorização, licença ou registro;
VIII- impedimento da obtenção de licença ou de incentivo oficial.
§ 1º - O valor da multa será fixado no regulamento desta Lei e corrigido periodicamente, com base nos
índices estabelecidos na legislação tributária, sendo o mínimo de R$100,00 (cem reais) e o máximo de
R$100.000,00 (cem mil reais), calculada de acordo com a natureza da infração, seu grau, extensão, área e
região de ocorrência, a finalidade e as características do ato que originou a infração, a exigência de
reposição ou reparação relativa ao ato, o dolo ou a culpa do infrator, bem como sua proposta ou projeto de
reparação.
§ 2º - As penalidades previstas neste artigo aplicam-se ao autor direto da infração ou àquele que, de
qualquer modo, concorra para sua prática ou dela obtenha vantagem.
§ 3º - Constatada a reincidência genérica a multa será aplicada em dobro.
§ 4º - Será cancelado o registro, a autorização ou a licença da pessoa física ou jurídica que reincidir na
infração que tenha originado pena de suspensão da atividade.

Art. 22 - A infração ao disposto nesta lei e em seu regulamento será objeto de auto de infração, com
indicação do fato, do seu enquadramento legal, da penalidade e do prazo de defesa.
Parágrafo único - São competentes para lavrar auto de infração os servidores do Instituto de Proteção
Ambiental do Amazonas - IPAAM.

Art. 23 - O aparelho, o petrecho ou o instrumento apreendido será encaminhado ao IPAAM, para


destinação legal.

Art. 24 - O material apreendido não procurado no prazo de 180 (cento e oitenta) dias reputar-se-á
abandonado, e o IPAAM promoverá a destinação legal daquele cujo uso seja permitido.
Parágrafo único - O material apreendido considerado de uso proibido não será devolvido, cabendo ao
IPAAM determinar sua destinação.

Art. 25 - O produto da pesca apreendido poderá ser doado para escolas públicas, entidades filantrópicas e
outras de cunho social e sem fins lucrativos.

Seção III
Do Processo Administrativo
Art. 26 - As infrações a esta Lei são apuradas em processo administrativo próprio.

Art. 27 - O processo administrativo para apuração da infração deve observar os seguintes prazos:
I - trinta dias para o infrator apresentar defesa, independentemente de depósito ou caução, dirigida ao
presidente do IPAAM;
II - noventa dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua
lavratura.
Parágrafo único - O julgamento proferido fora do prazo não implica em nulidade do processo.

Seção IV
Do Recurso Administrativo
Art. 28 - Da decisão definitiva do IPAAM caberá recurso, em última instância administrativa, ao
Conselho Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia - COMCITEC, no prazo de 20 (vinte) dias
contados da publicação da decisão no Diário Oficial do Estado.

CAPÍTULO VII
Da Educação Ambiental
Art. 29 - Os órgãos competentes criarão mecanismos que visem ao desenvolvimento integrado de
programas de educação ambiental e de informação técnica, relativos à proteção e ao incremento dos
recursos da fauna e da flora aquáticas no Estado.
Art. 30 - Cabe ao poder público divulgar os princípios e o conteúdo desta Lei nas escolas de nível
fundamental, médio e superior da rede estadual, em colônias e associações de pescadores, em órgãos
ambientais, bibliotecas públicas e Prefeituras Municipais.

CAPÍTULO VIII
Disposições Finais
Art. 31 - Para a consecução dos objetivos desta Lei, fica o IPAAM autorizado a firmar convênio, ajuste
ou instrumento congênere com órgão ou entidade governamental ou não governamental da União, dos
Estados e dos Municípios, observado a legislação pertinente.

Art. 32 - O IPAAM poderá expedir normas complementares à execução desta lei e seus regulamentos.

Art. 34 - O Poder Executivo regulamenta esta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados a partir
da data de sua publicação.

Art. 35 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 36 - Revogam-se as disposições em contrário.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 28 de dezembro de


2.001.

AMAZONINO ARMANDO MENDES


Governador do Estado

JOSÉ ALVES PACÍFICO


Secretário de Estado de Governo

ALFREDO PAES DOS SANTOS


Secretário de Estado da Fazenda

JOSÉ FERNANDO PEREIRA DA SILVA


Secretário de Estado Coordenador do Desenvolvimento Econômico, em exercício
DECRETO n° 22.747, de 26 de junho de 2002.

Regulamenta a pesca esportiva, recreativa e de


subsistência no Estado do Amazonas.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, no exercício da competência que lhe confere o


artigo 54, VIII da Constituição Estadual e

CONSIDERANDO o disposto no artigo 33 da Lei 2.713 de 28 de dezembro de 2001, que dispõe sobre a
política de proteção à fauna aquática e de desenvolvimento da pesca e aquicultura sustentável no Estado
do Amazonas;

CONSIDERANDO a necessidade de se regulamentar, nos limites do território estadual, a pesca


esportiva, recreativa e de subsistência, de que tratam os incisos II, IV e V do artigo 6° da supracitada Lei,

DECRETA

CAPÍTULO I
Dos Princípios e Diretrizes da Pesca Esportiva, Recreativa e de Subsistência
Art. 1° - No exercício e no manejo das atividades de pesca, deverão ser assegurados o equilíbrio
ecológico, a conservação dos recursos pesqueiros e a capacidade de suporte dos ambientes aquáticos,
observados os seguintes princípios basilares:
I - a exploração racional e o uso sustentável dos recursos pesqueiros;
II - a preservação e a conservação da biodiversidade;
III - o cumprimento da função social e econômica da pesca.

Art. 2° - Para os fins desse Regulamento, são diretrizes da política pesqueira do Estado:
I - disciplinar as atividades de pessoas físicas e jurídicas que direta ou indiretamente estejam relacionadas
com a pesca esportiva, recreativa e de subsistência nos rios, lagos e igarapés situados nos limites
geográficos do Estado do Amazonas;
II - promover e difundir a cultura pesqueira praticada por indígenas e demais amazônidas;
III - utilizar métodos e técnicas de pesca não-degradantes para os estoques pesqueiros ou ambientes;
IV - estimular a gestão participativa das atividades de pesca;
V - incentivar e apoiar a pesquisa para o aperfeiçoamento do manejo sustentável da pesca esportiva;
VI - proteger a fauna e a flora aquática e seus mecanismos de interação ecológica;
VII - garantir a perpetuação e a reposição dos estoques pesqueiros;
VIII - evitar danos a organismos e ambientes aquáticos;
IX - incentivar o ecoturismo de pesca;
X - incentivar e apoiar programas de educação em cidades e comunidades rurais, mediante a capacitação
de citadinos e comunitários para promover a defesa ambiental, com ênfase à conservação dos organismos
aquáticos e à capacitação de guias turísticos;
XI - promover o zoneamento ambiental da pesca esportiva.

CAPÍTULO II
Seção I
Dos Conceitos e Definições
Art. 3º - Para os efeitos deste Regulamento, entende-se por:
I - pescador amador esportivo, o que prática a pesca com a finalidade de competição, turismo ou desporto,
sem fins comerciais;
II - pescador amador recreativo, o que pratica a pesca com a finalidade de lazer e turismo, não
dependendo o pescador do produto da pesca para sua subsistência ou para obtenção de renda;
III - clube ou associação de pescadores amadores, a pessoa jurídica que congregue como associado ou
filiado, o pescador amador, ou aquela que organiza para clientes, excursões ou programas relacionados
com a pesca amadora;
IV - embarcação de pesca esportiva, a que, registrada e autorizada pelos órgãos competentes, opera na
atividade de transporte de pescadores amadores;
V - agências e operadores de turismo, as empresas de turismo, agências de viagens, barcos-hotéis, hotel
de beira de rio ou de praia e, ainda hotéis, qualquer que seja a sua localização e pousadas que organizem
excursões ou programas com atividades de pesca esportiva ou recreativa a clientes nacionais ou
estrangeiros;
VI - Reserva de Desenvolvimento Sustentável da Pesca Esportiva, os espaços que contenham elementos
de sistema hídrico caracterizado por expressiva piscosidade, com ecossistemas conservados, capazes de
assegurar a manutenção dos espécimes.

Art. 4º - O pescador amador esportivo, definido no inciso I do artigo anterior, de acordo com a sua
origem, será classificado em duas categorias:
a) residente, o que tiver residência no Estado do Amazonas;
b) não-residente, o que residir em outro Estado ou em outro país.

Seção II
Da pesca Esportiva
Art. 5º - Considera-se pesca esportiva, para os efeitos deste Regulamento, a praticada com finalidade de
competição, turismo e desporto, subdividida nas seguintes modalidades:
I - pesca de arremesso, a em que se utilizam iscas naturais ou artificiais, movimentadas simulando isca
viva, sendo as iscas artificiais mais comuns os "plugs de meia água, de fundo ou de superfície", flags, as
"colheres", e os "spinners";
II - pesca de corrico, a em que a isca artificial ou natural é arrastada a uma distancia de 20 a 50 metros da
embarcação, em baixa velocidade, com utilização de linha de mão ou de varas curtas e fortes com
carretilhas;
III - pesca de barranco, a realizada à beira de rio, lago, represa, utilizando vários apetrechos, com um
simples caniço, linha de mão, vara com molinetes e com carretilhas, ou varas telescópicas de carbono;
IV - pesca com mosca, fly-fishing, a realizada com isca que simula um inseto ou o alimento natural de
alguns peixes, utilizando uma vara comprida e flexível, uma carretilha semelhante a uma bobina comum e
uma linha grossa;
V - pesca de rodada, a realizada com o barco descendo a correnteza do rio, enquanto a isca vai sendo
arrastada pelo fundo, utilizando linha de mão, varas com molinetes ou carretilhas, ou simplesmente
caniço com linha grossa;
VI - pesca-e-solta, aquela em que o pescado é devolvido a água em perfeitas condições de sobrevivência.
§ 1º - Nas modalidades de pesca previstas neste artigo, é permitida a captura de até (dez) quilos de
pescado, por pescador, exclusivamente para consumo próprio, excluindo-se dessa permissão o tucunaré,
qualquer que seja a sua espécie.
§ 2º - Cada pescador esportivo, além da quantidade prevista no parágrafo anterior, poderá transportar
mais uma unidade de qualquer peso, considerado "troféu", ressalvado o tucunaré e as espécies que devam
ser preservadas ou as que se encontrarem em período de defeso.
§ 3º - Na modalidade de pesca esportiva, só será permitido o uso de embarcações enquadradas nas classes
de esporte e lazer, conforme especificação da Capitania dos Portos do Estado do Amazonas.

Art. 6º - Para os efeitos deste Regulamento as competições de pesca esportiva estão divididas nas
seguintes modalidades:
I - provas interclubes, as competições realizadas entre clubes filiados a uma federação de pesca, ou entre
pescadores esportivos a eles associados na forma dos respectivos estatutos;
II - gincana, competição de pesca realizada entre pescadores amadores, filiados ou não a clubes;
III - competições interestaduais, as competições de pesca de que participem federações ou clubes de
vários Estados, ou pescadores amadores associados a essas entidades;
IV - competições com participação internacional, as competições de pesca que permitem a participação de
pescadores amadores de outros países.

Art. 7º - A realização de torneios e campeonatos de pesca esportiva no Estado do Amazonas fica


condicionada à emissão de autorização pelo Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas -
IPAAM.

Art. 8º - Os pedidos de autorização com informação sobre o local, data e horário em que as competições
serão realizadas, devem, ser encaminhados ao IPAAM, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias data
de inicio do evento, e seus promotores só poderão iniciá-la após expedida a autorização.

Art. 9º - O regulamento e todos os impressos alusivos às competições devem ser anexados ao pedido de
autorização, condição indispensável para que seja analisado pelo IPAAM.
Parágrafo único - No regulamento deve constar, obrigatoriamente, a necessidade de os participantes
estarem cadastrados e licenciados junto ao IPAAM.

Seção III
Da Pesca Recreativa
Art. 10 - Para os efeitos deste Regulamento, a pesca recreativa é a realizada com a finalidade de lazer,
independendo o pescador do produto da pesca para sua alimentação e subsistência ou para geração de
renda.

Art. 11 - A pesca recreativa divide-se em duas categorias:


I - pesca desembarcada, a realizada sem o auxílio de embarcação, em que sejam usados, como apetrecho
de pesca, linha de mão, caniço simples, caniço com molinete, linha e anzol simples ou múltiplo, iscas
naturais ou artificiais;
II - pesca embarcada, a realizada com o emprego dos apetrechos indicados no inciso anterior, em
embarcação enquadrada na categoria de recreio, tais como lanchas, botes e canoas simples ou equipadas
com motor de popa.

Seção IV
Pesca de Subsistência
Art. 12 - Para os efeitos deste Regulamento, pesca de subsistência é a realizada por pessoa ou grupos
sociais distintos, incluindo os indígenas, nas proximidades do local de residência, destinando-se o produto
da pesca ao consumo próprio e à alimentação de outros ribeirinhos e à venda do excedente ao regatão ou
ao mercado mais próximo.
Parágrafo único - O limite para captura de pescado na modalidade de pesca prevista neste artigo,
considerando o local e data em que essa se realize, será estabelecido pelo IPAAM.

CAPÍTULO II
Seção I
Dos Aparelhos e dos Métodos
Art. 13 - O IPAAM estabelecerá as normas relativas à permissão, restrição ou proibição de aparelho,
apetrecho, equipamento, método ou técnicas empregados nas modalidades de pesca de que trata este
Decreto.

Seção II
Das Proibições
Art. 14 - Fica proibido a pesca de que trata este Regulamento:
I - de espécime que deva ser preservado;
II - de espécime que tenha tamanho inferior ao permitido;
III - em quantidade superior à permitida;
IV - em rio ou local definido pelo IPAAM;
V - em época determinada pelo IPAAM;
VI - com aparelho, apetrecho ou substância de uso não-autorizado;
VII - com utilização de técnica ou método não-autorizado.

CAPÍTULO III
Seção I
Das Reservas do Desenvolvimento Sustentável de Pesca Esportiva
Art. 15 - Cabe ao IPAAM propor ao Poder Executivo a Criação de Reservas de Desenvolvimento
Sustentável de Pesca Esportiva.
Parágrafo único - A proposta de criação de Reservas de Desenvolvimento Sustentável de Pesca Esportiva
deve ser processo de estudo técnico e previa manifestação do município onde essas unidades serão
criadas.

Art. 16 - O ato que define as Reservas de Desenvolvimento Sustentável de Pesca Esportiva indicará:
I - os limites geográficos;
II - as áreas de entorno para proteção, ser for o caso;
III - as características físicas, biológicas e paisagísticas do local;
IV - as normas especificas de uso e ocupação, com o fim de preservar as características do local.
Art. 17 - Nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável de Pesca Esportiva é permitida a pesca de
subsistência da população ribeirinha, ficando proibido:
I - a pesca comercial ou profissional;
II - a instalação de barracas para acampamento, salvo os caso de barracas demonstrativas em locais que
independem de .

Art. 18 - Nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável de Pesca Esportiva, somente será permitida a
instalação de empreendimentos hoteleiros quando previamente licenciados ambientalmente pelo IPAAM.

Art. 19 - Nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável de Pesca Esportiva, à quantidade de peixe para
captura e transporte será estabelecida no ato de criação da respectiva unidade, respeitando os limites de
produtividade local, sendo proibido o uso de apetrechos considerados predatórios da pesca, em especial
os seguintes:
I - anzóis com farpas;
II - redes de malhas;
III - explosivos e substancias químicas;
IV - aparelhos elétricos.

CAPÍTULO IV
Da Licença e dos Registros
Art. 20 - Para o exercício das atividades de pesca no Estado do Amazonas, deve ser obtido, junto ao
IPAAM, licença, que só será válida para os locais indicados.
§ 1º - A licença é um documento de porte obrigatório e acoberta a guarda, o transporte e a utilização de
aparelhos, apetrechos e equipamentos de pesca.
§ 2º - A licença é individual e intransferível, ficando sua expedição condicionada à observância das
normas pertinentes e ao recolhimento em conta especifica, junto à rede bancaria autorizada, dos
emolumentos administrativos e de reposição do estoque pesqueiro.
§ 3º - A licença será expedida por prazo não superior a 01 (um) ano, podendo ser suspensa ou cancelada
pelo órgão emissor nos casos de infração das disposições deste Regulamento, da legislação federal e das
normas dela decorrentes ou por motivo de interesse ecológico.
§ 4º - São obrigados à obtenção de licença, mas dispensados do recolhimento dos emolumentos previstos
no § 2º, deste artigo, o menor de 12 (doze) anos de idade quando acompanhado de um dos pais ou
responsável, o aposentado e o maior de 65 (sessenta e cinco) anos, quando do sexo masculino, e o maior
de 60 (sessenta) anos, quando do sexo feminino, desde que pratiquem a pesca sem fins comerciais,
utilizando linha de mão, caniço simples ou com molinete equipados com anzol simples ou múltiplo e que
nos sejam filiados a clubes ou associações de pesca.
§ 5º - São dispensados da obtenção de licença, os pescadores que praticam a pesca para fins de
subsistência, prevista no artigo 12 deste Regulamento.
§ 6º - Qualquer alteração ou renovação da licença fica sujeita ao pagamento de emolumentos
administrativos e de reposição do estoque pesqueiro, previsto no § 2º deste artigo.
§ 7º - Ao turista em atividade pesqueira será expedida licença especial temporária em prazo de vigência
não superior a 30 (trinta) dias, sujeitando-se ao limite de captura e transporte de pescado fixado nos §§ 1º
e 2º do artigo 5º deste Regulamento.

Art. 21 - O registro de pesca tem por finalidade proceder ao cadastro de pessoas físicas e jurídicas que
realizem atividades de pesca no Estado do Amazonas.
§ 1º - A efetivação do registro será feita mediante a emissão pelo IPAAM, do respectivo Certificado de
Registro em modelo próprio, o qual só terá validade após efetivado o pagamento da taxa prevista na
legislação em vigor, junto à rede bancária autorizada.
§ 2º - O registro é de caráter obrigatório e dele constará apenas os dados necessários à caracterização
jurídica e a responsabilidade legal do interessado, que responderá, sob as penas da lei, pela veracidade das
informações prestadas.

Art. 22 - O registro abrange as seguintes categorias de pescador e empreendimentos que congreguem


pescadores amadores ou que organizem excursões ou programas com atividades de pesca a clientes
nacionais ou estrangeiros.
I - pescador amador esportivo;
II - pescador amador recreativo;
III - clubes e associações de pescadores amadores;
IV - proprietários de embarcações enquadradas nas categorias de pesca esportiva, recreio e turismo;
V - agências e operadores de turismo em cuja categoria estão incluídas empresas de turismo, agências de
viagens, barcos-hotéis, hotel de beira de rio ou de praia e pousadas;
VI - empreendimento especializado na comercialização de aparelhos, apetrechos ou equipamento de
pesca.

Art. 23 - Os clubes e associações de pescadores amadores, para fins de registro junto ao IPAAM,
devendo apresentar os seguintes documentos:
I - requerimento com relação nominal dos associados, conforme modelo adotado pelo IPAAM;
II - cópia do estatuto ou contrato social devidamente registrado no órgão competente;
III - cópia do comprovante de inscrição no CNPJ do Ministério da Fazenda;
IV - cópia do Alvará de Funcionamento expedido pelo Conselho Regional de Desporto; e
V - formulário de cadastro, preenchido em modelo adotado pelo IPAAM.

Art. 24 - O pescador amador esportivo ou recreativo, para fins de registro deverá apresentar os seguintes
documentos:
I - cópia do documento de identificação pessoal;
II - cópia do CPF;
III - comprovante de residência (cópia de conta de água, luz ou telefone);
IV - formulário de cadastro, preenchido em modelo adotado pelo IPAAM.

Art. 25 - As agências e operadores de turismo, para fins de registro, deverão apresentar os seguintes
documentos:
I - cópia do estatuto ou contrato social devidamente registrado no órgão competente;
II - cópia do comprovante de inscrição no CNPJ do Ministério da Fazenda;
III - cópia do Alvará de Funcionamento expedido pela Prefeitura do Município de localização do
empreendimento;
IV - cópia da licença ambiental, se for o caso, a critério do IPAAM;
V - cópia do comprovante de cadastro do Instituto Brasileiro de Turismo - EMBRATUR;
VI - formulário de cadastro, preenchido em modelo adotado pelo IPAAM.
§ 1º - Os barcos-hoteis, além da documentação listada nos incisos deste artigo, deverão apresentar o
documento de regularização junto à Capitania dos Portos e a outorga para a aplicação dos recursos
hídricos expedida pelo órgão competente.
§ 2º - Toda a documentação exigida para fins de registro, à exceção do formulário de cadastro, deve ser
apresentado ao IPAAM, junto com os originais, para fins de conferência.

Art. 26 - Os proprietários de embarcações enquadradas na modalidade de pesca esportiva, lazer e


turismo, para fins de registro deverão apresentar os seguintes documentos:
I - cópia da Carteira de Identidade;
II - cópia do CPF;
III - comprovante de residência (conta de luz, água ou telefone);
IV - cópia do documento de regularidade da embarcação, expedido pelo órgão competente.

Art. 27 - Toda a documentação exigida para fins de registro, à exceção do formulário de cadastro, deve
ser apresentado ao IPAAM, junto com os originais, para conferência.

Art. 28 - Compete ao IPAAM, o estabelecimento de normas e procedimentos administrativos


complementares relativos ao cadastro e as licenças de que tratam este Regulamento.

CAPÍTULO V
Seção I
Da Fiscalização
Art. 29 - Para fins de fiscalização, cada pescador amador esportivo ou recreativo deverá apresentar o
documento de identidade e a licença de pesca, emitida pelo IPAAM.

Art. 30 - Os clubes, as associações de pescadores amadores e as agências e operadores de turismo, para


efeito de fiscalização, devem apresentar o Certificado de Registro junto ao IPAAM.

Art. 31 - A fiscalização será realizada pelo IPAAM, observadas as seguintes disposições deste
Regulamento, da legislação estadual e federal, e as normas delas decorrentes.
§ 1º - A administração municipal e as comunidades rurais do Estado poderão participar ativamente da
fiscalização e do controle da pesca de que trata este Regulamento, podendo lhes ser delegada
competência, total ou parcialmente, por meio de convênios firmados com o IPAAM.
§ 2º - Empresas privadas e ONG's também poderão contribuir no processo de fiscalização da pesca
esportiva de que trata este Regulamento, mediante ajuste firmado com o IPAAM.

Art. 32 - O IPAAM incentivará a pesquisa e a manutenção de atividades de monitoramento e fiscalização


de pesqueiros em cooperação com órgãos públicos, empresas privadas, ONG's, clubes e associações que
congreguem pescadores amadores.

Art. 33 - O IPAAM alocará recursos específicos para a manutenção das atividades do monitoramento e
fiscalização.

Seção II
Das Infrações e Penalidades
Art. 34 - Constitui infração, para os efeitos, deste Regulamento, qualquer ação ou omissão que importe
inobservância dos seus preceitos, ou desobediência às determinações e disposições de lei federal,
estadual, regulamentos e demais medidas dele decorrentes.
§ 1º - O infrator, pescador esportivo ou recreativo, além da pena de multa, ficará sujeito a apresentação
dos pescados que esteja transportando, dos equipamentos e materiais utilizados na pesca, incluindo a
embarcação, que não esteja enquadrada nas categorias indicadas no inciso IV do artigo 3º deste
Regulamento.
§ 2º - Incorre em penas de multas quem:
I - exercer a pesca esportiva ou recreativa sem portar licença concedida pelo IPAAM:
- multa de R$2.000,00 (dois mil reais), acrescida de R$100,00 (cem reais) reais, por quilo de pescado
capturado e que esteja transportando, e mais R$50.000,00 (cinquenta mil reais) pela posse da utilização
de petrecho de uso proibido:
II - desenvolver ações que provoquem a morte de organismos aquáticos em qualquer de suas fases de
crescimento e desenvolvimento.
a) multa de R$3.000,00 (três mil reais) se a infração for praticada por pescador residente;
b) multa de R$50.000,00 (cinqüenta mil reais) se a infração for cometida por grupo de pescadores
residentes até o máximo de dez pessoas, acrescida de R$3.000,00 (três mil reais) por pessoa que exceder
desse número;
c) multa de R$70.000,00 (setenta mil reais) se a infração for cometida por um grupo de pescadores não-
residentes, até o máximo de dez pessoas, acrescida de R$3.000,00 (três mil reais) por pessoa que exceder
desse número;
d) multa de R$100.000,00 (cem mil reais) se a infração for praticada por clube ou empresa organizadora
de eventos de pesca esportiva.
III - criar obstáculos à ação fiscalizadora do IPAAM decorrente de não apresentação da licença ou outro
documento legal quando for solicitado:
a) multa de R$2.000,00 (dois mil reais) quando se tratar de um pescador isolado;
b) multa de R$10.000,00 (dez mil reais) quando se tratar de grupo de pescadores até o máximo de dez
pessoas, acrescido de R$2.000,00 (dois mil reais) por pescador que exceder desse número;
c) multa de R$50.000,00 (cinqüenta mil reais) quando se tratar de clube que empregue pescadores
esportivos ou empresa que atue na organização ou transporte de pescadores esportivos.

Art. 35 - Ao pescador que pratica a pesca de subsistência será aplicada a pena de multa de R$2.000,00
(dois mil reais), além de apreensão dos pescados que esteja transportando, dos aparelhos, dos petrechos e
dos equipamentos utilizados, quando for flagrado:
I - utilizando técnicas ou métodos de pesca, apetrechos ou substâncias proibidas;
II - comercializando espécimes fora do tamanho permitido;
III - capturando espécie que deva ser preservada ou que se encontre no período de defeso;
IV - pescando em rio ou local proibido.
§ 1º - As penalidades previstas nos artigos 34 e 35 deste Regulamento aplicam-se ao autor direto da
infração ou àquele que, de qualquer modo, concorra para a sua prática ou dela obtenha vantagem.
§ 2º - Constatado a reincidência genérica, a pena de multa será aplicada em dobro e, se for o caso,
cumulada com o cancelamento do registro e licença expedida pelo IPAAM.

Art. 36 - O instrumento formal para aplicação das penalidades previstas neste Regulamento é o auto de
infração, que conterá:
I - nome da entidade ou pessoa física autuada e seu endereço;
II - o ato ou fato caracterizado como infração, local e data de sua ocorrência;
III - a disposição normativa infrigida;
IV - a penalidade imposta e o valor quando se tratar de multa;
V - assinatura do agente ou agentes responsáveis pela sua lavradura.
Parágrafo único - É dos servidores do IPAAM a competência para lavrar auto de infração de que trata este
artigo.

Art. 37 - Os aparelhos, apetrechos e equipamentos de uso não proibido, quando apreendidos e não
procurados no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, reputar-se-ão abandonados e o IPAAM promoverá a
sua destinação legal.
Parágrafo único - Os aparelhos, apetrechos e equipamentos de uso proibido serão destruídos em ato
público.

Art. 38 - Os pescados objeto de apreensão poderão ser doados a escolas públicas, entidades filantrópicas,
hospitais ou outras entidades de ensino social e sem fins lucrativos.

Seção III
Do Processo Administrativo
Art. 39 - As infrações às disposições deste Regulamento serão apuradas em processo administrativo
próprio, instaurado a partir da informação do auto de infração.

Art. 40 - O processo administrativo para apurar infração deve observar os seguintes prazos:
I - trinta dias para recolher o valor da multa imposta ou apresentar defesa dirigida ao presidente do
IPAAM;
II - noventa dias para a autoridade competente proferir a decisão sobre o auto da infração, contados da
data de sua imposição.
Parágrafo único - A decisão proferida após o prazo previsto no inciso II não implicará nulidade do auto de
infração.

Seção IV
Do Recurso Administrativo
Art. 41 - Da decisão da Presidência do IPAAM caberá recurso em última instância administrativa, ao
Conselho Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia - COMCCITEC, no prazo de 20 (vinte) dias,
contados da publicação da decisão no Diário Oficial do Estado.
Parágrafo único - Os recursos de que trata este artigo serão julgados na forma disposta na legislação
ambiental do Estado do Amazonas.

CAPÍTULO IV
Da Educação Ambiental
Art. 42 - Os órgãos competentes criarão mecanismos que visem ao desenvolvimento integrado de
programas de educação ambiental e de informação técnica, relativos à proteção e ao desenvolvimento da
pesca no Estado do Amazonas, em especial da pesca esportiva.

CAPÍTULO V
Disposições Finais
Art. 43 - Para a consecução dos objetivos deste Regulamento, fica delegada competência ao IPAAM,
para expedir normas complementares e firmar convênios, ajuste ou instrumentos congêneres com órgão
ou entidade governamental ou não governamental da União, dos Estados e dos Municípios, observando a
legislação pertinente.

Art. 44 - O IPAAM constituirá internamente um grupo de trabalho com a incumbência de elaborar os


formulários e modelos previstos neste Regulamento, em especial os que se referem à preparação das
tabelas de custo para emissão de registro de cadastro, licença e autorização para a realização de torneios e
campeonatos de pesca esportiva.

Art. 45 - Todo cidadão residente ou não-residente no Estado deve colaborar com o IPAAM na aplicação
deste Regulamento e das normas dele decorrentes.
Art. 46 - Até 90 (noventa) dias da efetivação do licenciamento estadual, ficam valendo as licenças
emitidas pelo órgão federal competente.

Art. 47 - O IPAAM manterá um banco de dados, contendo informações sobre a pesca esportiva, sua
ocorrência sazonal, apetrechos da pesca mais utilizados, espécies, quantidade capturada e número de
pescadores que praticam a modalidade.

Art. 48 - O pescador residente que não desejar levar o pescado capturado, preferindo devolvê-lo em
perfeita condição de sobrevivência à água deverá comunicar esse seu propósito quando da obtenção da
licença de pesca esportiva ou recreativa, circunstância em que será reduzido em 30% (trinta por cento) o
valor dos emolumentos da licença.

Art. 49 - As associações ou clubes que congregarem pescadores esportivos, instalados ou que venham a
instalar no Estado do Amazonas, ficam sujeitos ao licenciamento pelo IPAAM.

Art. 50 - Revogadas as disposições em contrário, este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 26 de junho de 2002.

AMAZONINO ARMANDO MENDES


Governador do Estado

JOSÉ ALVES PACÍFICO


Secretário de Estado do Governo

ALFREDO PAES DOS SANTOS


Secretário do Estado da Fazenda

ROBÉRIO DOS SANTOS PEREIRA BRAGA


Secretário de Estado, Coordenador de Cultura, Turismo e Desporto
DECRETO Nº 23.050, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2002

Altera dispositivos do Decreto n.º 22.747, de 26


de junho de 2002.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, no exercício da competência que lhe confere o


artigo 54, VIII, da Constituição Estadual (Processo n.º 3113/2002-SEGOV),

DECRETA:

Art. 1º - O Decreto n.º 22.747, de 26 de junho de 2002, que regulamenta a pesca esportiva, recreativa e de
subsistência no Estado do Amazonas, passa a vigorar com as seguintes redações:

“Art. 2º - ............................................................................................................................
XI – Incentivar a prática da pesca esportiva;
X – incentivar e apoiar programas de educação em cidades e comunidades rurais, mediante a capacitação
de citadinos e comunitários para promover a defesa ambiental, com ênfase à conservação dos programas
aquáticos e à capacitação de Guias de Turismo com relação à legislação ambiental;
.............................................................................................................................................”
“Art. 5º - ..............................................................................................................................
I – pesca de arremesso, assim definida aquela em que se utilizam iscas naturais ou artificiais, as quais são
movimentadas simulando iscas vivas;
II – pesca de corrico, assim definida aquela em que a isca natural ou artificial é arrastada a uma certa
distancia da embarcação a baixa velocidade, com utilização de linha de mão, varas curtas ou longas, com
carretilhas ou molinetes;
III – pesca de barranco, a realizada à beira de um rio, lago, represa, igarapé, utilizando vários apetrechos,
como um simples caniço, linha de mão, varas com molinetes ou carretilhas, ou varas telescópicas;
IV – pesca com mosca, fly-fishing, assim definida aquela em que é utilizada uma vara curta ou longa,
flexível ou rígida, equipada com uma carretilha semelhante a uma bobina comum, usando linha grossa ou
fina em que a isca é lançada à água simulando inseto ou alimento natural de alguns peixes;
..............................................................................................................................................
§1º - Nas modalidades de pesca esportiva, somente é permitida a captura de até 10 (dez) quilos de
pescado, por pescador, exclusivamente para consumo próprio.
§2º - Cada pescador esportivo, além da quantidade prevista no parágrafo anterior, poderá transportar mais
uma unidade de qualquer peso, considerada “troféu”, ressalvadas as espécies que devam ser preservadas
ou as que se encontrarem em período de defeso.
.............................................................................................................................................”
“Art. 11 - .............................................................................................................................
I – pesca desembarcada, a realizada sem auxilio de embarcação que podem ser usados como apetrechos
de pesca, linha de mão, caniço simples, caniço com molinetes ou carretilhas, linha e anzol simples ou
múltiplo, iscas naturais ou artificiais;
II - ........................................................................................................................................
Parágrafo único – Nas modalidades de pesca esportiva, somente é permitida a captura de até 10 (dez)
quilos de pescado, por pescador, exclusivamente para consumo próprio.”
“Art. 14 - ..................................................................................................................................
I – de espécie que deva ser preservada;
.................................................................................................................................................”
“Art. 20 - ..................................................................................................................................
...................................................................................................................................................
§7º - Ao pescador amador recreativo não-residente, quando requerida, poderá ser expedida licença de
pesca, com prazo de vigência não superior a 30 (trinta) dias, sujeitando-se ao limite de captura prevista
no artigo 5º, §1º .”
“Art. 21 - ..................................................................................................................................
§1º - A efetivação do registro far-se-á após o pagamento da taxa mediante a emissão do respectivo
Certificado de Registro ou Licença do IPAAM.
................................................................................................................................................”
“Art. 22 - ..................................................................................................................................
Parágrafo único – O Certificado do Registro deverá ser afixado em lugar visível pelas pessoas jurídicas.”
“Art. 23 - ..................................................................................................................................
...................................................................................................................................................
VI – cópia do comprovante de registro junto ao órgão oficial de esporte do Estado do Amazonas.”
“Art. 25 - ..................................................................................................................................
...................................................................................................................................................
V – comprovante de registro na regional EMBRATUR do Estado do Amazonas;
................................................................................................................................................”
“Art. 35 - ..................................................................................................................................
...................................................................................................................................................
§2º - Constatada a reincidência genérica, a pena de multa será aplicada em dobro.”

Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus 02 de dezembro de


2002.

AMAZONINO ARMANDO MENDES


Governador do Estado

ELIANE CORREA GENTIL


Secretaria de Estado de Governo, em exercício

ROGERIO DOS SANTOS PEREIRA BRAGA


Secretario de Estado Coordenador de Cultura, Turismo e Desporto

ALFREDO PAES DOS SANTOS


Secretario de Estado da Fazenda
PORTARIA IPAAM Nº 071/2002
RESOLVE:

Art. 1º - Aprovar o resultado do trabalho elaborado pela Comissão instituída pela


PORTARIA/IPAAM/Nº056/2002, de 08.07.2002, constituído de formulários para a implementação dos
serviços de Cadastro, Registro e Licenciamento para a Pesca Esportiva e Recreativa.

Art. 2º - O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM disponibilizará os formulários ao


público, diretamente na sua sede sito à Rua Recife nº 3.280, Bairro Parque Dez, Manaus, Amazonas ou
através se seu site www.ipaam.am.gov.br e órgãos conveniados.

Art. 3º - Para fins de Cadastramento, Registro e Licenciamento serão exigidos das pessoas físicas e
jurídicas interessadas os documentos constantes dos Anexos I a VII.

Art. 4º - A inclusão de pessoas físicas e jurídicas no “Cadastro Estadual de Pesca” não implicará, por
parte do IPAAM e perante terceiros, em certificação de qualidade, nem juízo de valor de qualquer
espécie.

Art. 5º - O IPAAM, após a análise de documentação e aprovação do cadastro, emitirá o Certificado de


Registro ou Licença de Pesca.

Art. 6º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DA PRESIDÊNCIA DO INSTITUTO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO


AMAZONAS – IPAAM, em 08 de agosto de 2002.

ESTEVÃO VICENTE CAVALCANTE MONTEIRO DE PAULA


Presidente IPAAM
ANEXO I
VALORES DE REMUNERAÇÃO DAS LICENÇAS PARA PESCADORES AMADORES
ESPORTIVOS E RECREATIVOS

modalidade Pesca Esportiva Pesca Recreativa


Pesca 44,08 44,08
Pesca e Solte 29,08 29,08

ANEXO II
VALORES DE REMUNERAÇÃO DOS CERTIFICADOS DE REGISTRO PARA
EMPREENDIMENTOS COM A ATIVIDADE DE PESCA ESPORTIVA

PORTE
Modalidade PEQUENO MÉDIO GRANDE EXCEPCIONAL
Barcos-Hotel e Embarcações
500,00 1.000,00 1.500,00 2.500,00
de pesca esportiva
Hotéis 1.000,00 1.500,00 2.000,00 3.000,00
Clubes ou Associações 200,00 500,00 700,00 1.000,00
Agencias de Turismo 500,00
Vendas de equipamentos 200,00

PARA OS EFEITOS DESTE ANEXO SÃO CONSIDERADOS DE ACORDO COM SEU PORTE:
Barco-Hotel e embarcação de pesca esportiva ou recreativa com fins comerciais.
Porte: PEQUENO ATÉ 10 PESCADORES
MÉDIO DE 11 A 20 PESCADORES
GRANDE DE 21 A 30 PESCADORES
EXCEPCIONAL MAIS DE 30 PESCADORES
Hotéis de selva, flutuante ou praia que desenvolvem a pesca esportiva ou recreativa.
Porte: PEQUENO ATE 10 HOSPEDES
MÉDIO DE 11 A 30 HOSPEDES
GRANDE DE 31 A 50 HOSPEDES
EXCEPCIONAL MAIS DE 50 HOSPEDES
Clubes ou Associações de pescadores esportivos ou recreativos
Porte: PEQUENO ATE 50 FILIADOS
MÉDIO DE 51 A 100 FILIADOS
GRANDE DE 101 A 200 FILIADOS
EXCEPCIONAL MAIS DE 200 FILIADOS

ANEXO III
APARELHOS DE PESCA E QUANTIDADES DE PEIXE PERMITIDAS PARA A PESCA
ESPORTIVA, RECREATIVA E SUBSISTÊNCIA.

PARA O PESCADOR ESPORTIVO:


APARELHOS:
Vara com molinete; Vara com carretilha; Vara telescópica de carbono; Vara simples (caniço); Linha de
mão; Arpão (somente para pesca sub aquática).
QUANTIDADE DE PEIXE:
10 kg de peixe mais um troféu de qualquer peso. Todos de espécies permitidas para pesca.

PARA O PESCADOR RECREATIVO:


APARELHOS
Vara com molinete; Vara com carretilha; Vara telescópica de carbono; Vara simples (caniço); Linha de
mão; Arpão (somente para pesca sub-aquática); Zagaia; apenas uma malhadeira de no máximo 50 m de
comprimento e no mínimo malha de 120 mm nós opostos.
QUANTIDADE DE PEIXE
10 kg de peixe mais um troféu de qualquer peso. Todos de espécies permitidas para pesca.
ANEXO IV
Informações necessárias para o preenchimento dos cadastros para atividade de pesca esportiva e
recreativa
Cadastro de pescador esportivo e recreativo
Nome, endereço, bairro, município, CEP, estado, país, fone, e-mail, profissão, CPF, cédula de identidade
ou passaporte, órgão expedidor, data de nascimento, modalidade e categoria da licença, questionário
técnico de pesca e duas regiões para serem escolhidas para a pesca recreativa ou esportiva.
Cadastro de hotéis e similares com atividade de pesca esportiva ou recreativa
Empresa, nome do interessado, endereço, bairro, município, CEP, CNPJ/CPF, inscrição estadual, fone,
fax, representante legal/cargo função, nome do hotel, localização, número de quartos, capacidade total de
hóspedes, área útil, número de empregados, região de pesca.
Cadastro de agências de turismo com atividade de pesca esportiva e recreativa
Empresa, nome do interessado, endereço, bairro, município, CEP, CNPJ/CPF, inscrição estadual, fone,
fax, representante legal/cargo função.
Cadastro de estabelecimentos comerciais especializados na venda de equipamentos de pesca
esportiva ou recreativa
Empresa, nome do interessado, endereço, bairro, município, CEP, CNPJ/CPF, inscrição estadual, fone,
fax, representante legal/cargo função.
Cadastro para autorização para competição de pesca esportiva ou recreativa
Empresa, nome do interessado, endereço, bairro, município, CEP, CNPJ/CPF, inscrição estadual, fone,
fax, nome da competição, local da competição, acesso datas e horários da competição, representante
legal/cargo função, modalidade da competição, espécies alvo, número estimado de participantes, rios ou
igarapés, lagos.
Cadastro de barco-hotel e embarcação de pesca esportiva ou recreativa
Nome/interessado, endereço para correspondência, bairro, município, CEP, CNPJ/CPF, inscrição
estadual, fone, fax, representante legal, cargo/função, nome da embarcação, categoria, comprimento da
embarcação, capacidade de passageiros, capacidade de pescadores, capacidade de armazenamento de
pescado, potência do motor.
Cadastro para clubes e associações de pescadores amadores esportivos ou recreativos
Interessado, endereço para correspondência, bairro, município, CEP, CNPJ/CPF, inscrição estadual, fone,
fax, representante legal, cargo/função, número de filiados, data de fundação representante, cargo/função.

ANEXO V
Zoneamento das regiões de pesca amadora esportiva e recreativa do Estado do Amazonas

REGIÃO 1 – ALTO RIO NEGRO


Municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Parte Norte do Município de
Japurá.
REGIÃO 2 – MÉDIO RIO NEGRO
Município de Barcelos
REGIÃO 3 – BAIXO RIO NEGRO
Municípios de Novo Airão, Manaus, Manaquiri, Careiro, Autazes, Careiro da Várzea, Iranduba, Rio Preto
da Eva, Presidente Figueiredo, Parte do município de Itacoatiara e Manacapuru.
REGIÃO 4 – RIO AMAZONAS
Municípios de Silves, Itapiranga, São Sebastião do Uatumã, Urucará, Nhamundá, Parintins, Urucurituba,
Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Nova Olinda do Norte, Maués, Parte dos municípios de Borba e
Itacoatiara.
REGIÃO 5 – ALTO SOLIMÕES E BACIA DO RIO JURUÁ
Municípios de Santo Antonio do Içá, Tonantins, Fonte Boa, Juruá, Carauari, Jutaí, Amatura, São Paulo de
Olivença, Benjamim Constant, Atalaia do Norte, Tabatinga, Guajará, Ipixuna, Eirunepé, Envira, Parte dos
municípios de Uarini e Itamarati.
REGIÃO 6 – MÉDIO SOLIMÕES E BACIA DO JAPURÁ
Municípios de Maraã, Alvarães, Tefé, Coari, Parte dos municípios de Uarini e Japurá.
REGIÃO 7 – BAIXO SOLIMÕES E BACIA DO RIO PURUS
Municípios de Boca do Acre, Lábrea, Pauini, Tapauá, Canutama, Anori, Codajás, Caapiranga, Anamã,
Partes dos municípios de Itamarati, Beruri, Manacapuru, e Humaitá.
REGIÃO 8 – BACIA DO RIO MADEIRA
Municípios de Manicoré, Apuí, Novo Aripuanã, Nova Olinda do Norte, Parte dos municípios de Borba,
Humaitá, Beruri e Tapauá.
ANEXO VI
PORTARIA / IPAAM / Nº 071/2002
CERTIFICADO DE REGISTRO DE PESCA – C.R. Nº00/02

O INSTITUTO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO AMAZONAS – IPAAM, no uso das


atribuições que lhe conferem a Lei nº 2.713 de 28 de dezembro de 2001, o Decreto nº 22.747, de 26 de
junho de 2002, alterado pelo Decreto 23.050, de 02 de dezembro de 2002 e a Portaria IPAAM nº
071/2002, expede o presente Certificado de Registro de pesca.

Interessado:
Endereço para Correspondência:
Localização/ área de abrangência:
CNPJ/CPF: Inscrição Estadual: -
Processo nº:
Categoria:
Porte:
Representante legal
Endereço:
CPF:
Fone: Fax:

Este Certificado de Registro tem validade por um prazo de 365 dias corridos, observadas as restrições
e/ou condições constantes no verso desta e anexos que, embora não transcritos, são partes integrantes do
mesmo.
Manaus, de de

Diretor Técnico Presidente IPAAM


DECRETO N° 31.151 DE 06 DE ABRIL DE 2011

Disciplina a pesca em área da Bacia do Rio


Negro, compreendendo o trecho situado entre a
divisa do Estado do Amazonas com a Colômbia,
até a foz do Rio Branco.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, no uso da atribuição que lhe é conferida pelo


artigo 54, inciso IV, da Constituição Estadual, e

CONSIDERANDO que os artigos 229 e 230 da Constituição do Estado do Amazonas asseguram-nos o


direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, competindo ao Poder Público o dever de sua defesa
e preservação, dentre outras medidas, mediante o controle da extração, da produção, do transporte, da
comercialização e do consumo dos produtos da flora e da fauna;

CONSIDERANDO a Portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais


Renováveis – IBAMA nº 4, de 19 de março de 2009, que estabelece normais gerais para o exercício da
pesca amadora em todo território nacional;

CONSIDERANDO a Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009, que dispõe sobre a Politica Nacional de
Desenvolvimento da Aquicultura e da Pesca;

CONSIDERANDO a necessidade de proteger muitos pesqueiros tradicionais e a condição de risco das


espécies denominadas tucunaré (Cichla spp) e aruanã (Osteoglossum spp), na Bacia do Rio Negro, pela
crescente preocupação quanto a pesca comercial;

CONSIDERANDO que a bacia do Rio Negro, em comparação com outras regiões do Amazonas, por
suas características físicas, químicas e biológicas, apresenta condições menos favoráveis a reposição dos
estoques pesqueiros, resultando impositiva a necessidade de protege-los, especialmente em face da pesca
praticada de forma predatória e prejudicial à subsistência da população ribeirinha, a qual depende
diretamente desses recursos para a sua sobrevivência;

CONSIDERANDO , por fim, os termos do Relatório Técnico da Secretaria de Estado do Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável, o Parecer nº 010/2010- Casa Civil:

DECRETA
Art. 1º. Ficam proibidas as atividades de pesca comercial do tucunaré (Cichla spp) e do aruanã
(Osteoglossum spp) na área da Bacia do Rio Negro compreendida entre a divisa do Estado do Amazonas
com a Colômbia, até a foz do Rio Branco, excetuando-se as hipóteses e condições a seguir especificadas:
I – prática restrita a habitantes da área especificada no caput deste artigo, com destinação exclusiva ao
abastecimento das comunidades e cidades nela localizadas, vedada a utilização de rede de arrasto, de
substancias tóxicas, explosivas ou outras que em contato com a água produzam efeitos semelhantes;
II – pesca de espécimes ornamentais;
III – pesca cientifica;
IV – pesca amadora;
V - pesca esportiva;
§1º - A pesca comercial das demais espécies, não relacionadas no caput deste artigo, será realizada
exclusivamente por barcos de pesca sediados nos Municípios de Novo Airão, Barcelos, Santa Isabel do
Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, na área de abrangência deste Decreto, observados os seguintes
procedimentos e condições:
I - registro de embarcação na Marinha e no Ministério da Pesca e Aquicultura – MPA;
II – declaração emitida pelas Secretarias Municipais do Meio Ambiente e, quando não houver, do
Instituto de Desenvolvimentos Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas – IDAM, de
que as embarcações são sediadas há pelo menos 02 (dois) anos nos municípios definidos no caput deste
parágrafo;
III – cota de captura limitada a 05 (cinco) toneladas por embarcação, para uma temporada de pesca anual
de 08 (oito) meses, respeitando-se as espécies objeto do defeso;
IV – limitação de 01 (uma) viagem por mês, por embarcação, para fins de transporte do pescado para fora
da área de abrangência deste Decreto;
V – licenciamento perante o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM, quando for o caso.
§2º Fica vedada a utilização de rede de arrasto, de substancias tóxicas, explosivas ou outras que, em
contato com a água produzam efeitos semelhantes.

Art. 2º Para estrita obediência ao disposto neste Decreto ficam estabelecidas os seguintes conceitos:
I - pesca: toda operação, ação ou ato tendente a extrair, colher, apanhar, apreender ou capturar recursos
pesqueiros;
II - pesca comercial: a que tem por finalidade realizar atos de comércio de pescado, na forma da
legislação em vigor;
III – pesca de subsistência: quando praticada com fins de consumo domestico ou escambo, sem fins de
lucro e utilizando apetrechos previstos em legislação especifica;
IV – pesca ornamental: quando praticada para fins de aquáriofilia ou de exposição pública, com fins
comercias ou não;
V – pesca cientifica: quando praticada por pessoa física ou jurídica, com a finalidade de pesquisa
cientifica;
VI – pesca amadora: atividade de natureza não comercial, praticada por brasileiro ou estrangeiro, com
equipamentos ou apetrechos previstos na legislação vigente, que tem por finalidade o lazer, vedada a
comercialização do recurso pesqueiro por ela capturado;
VI – pesca esportiva: atividade de natureza econômica, praticada por brasileiro ou estrangeiro com
equipamentos ou apetrechos previstos na legislação vigente, que tem por finalidade o turismo e/ou o
desporto através da modalidade pesque e solte, vedada a comercialização do recurso pesqueiro por ela
capturado.
§ 1º A pesca amadora pode ser exercida:
I – de terra: a que se exerce de terra firme;
II – de embarcação: a que se exerce a bordo de uma embarcação autorizada para recreio ou atividade
turística.
§ 2º É proibida expor para venda, colocar a venda ou vender espécimes ou suas partes capturadas na
pesca amadora ou esportiva, as quais apenas se podem destinar ao consumo do praticante.
§ 3º O pescador amador ou esportivo deve seguir as especificações de apetrechos, embarcações, bem
como de licenças e registros para pesca esportiva constantes na respectiva legislação.

Art. 3º Os infratores das regras deste decreto serão submetidos à pena de apreensão do produto pescado,
juntamente com todo material utilizado na pesca e no transporte, inclusive as embarcações.
Parágrafo único. Além da apreensão do produto e dos materiais utilizados para pesca, o infrator é passível
de processo administrativo para apuração das infrações sujeitando-se, ainda, as penalidades estabelecidas
na Lei nº 1.532, de 6 de junho de 1982, regulamentada pelo Decreto nº 10.028, de 4 de fevereiro de 1987,
na Lei nº 2.713, de 28 de dezembro 2001 e no Decreto Estadual nº 22.747, de 26 de junho de 2002.

Art. 4º Caberá à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SDS


coordenar o zoneamento de áreas para pesca esportiva e comercial, visando ao estabelecimento de normas
disciplinares para utilização e manutenção do equilíbrio do estoque pesqueiro e sua biodiversidade.

Art. 5º Caberá à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia – SECT e à Fundação de Amparo a


Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM fomentar os estudos técnico-científicos que subsidiem a
regulamentação deste decreto

Art. 6º A capacidade de suporte do ambiente aquático será definida com base em estudos técnico-
científicos.

Art. 7º Compete ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM a fiscalização do


cumprimento do disposto neste decreto.

Art. 8º Para fiel cumprimento das normas ora estabelecidas, fica a presidência do IPAAM autorizada a
celebrar convênios ou outros ajustes competentes, na forma da lei:
I – com as prefeituras dos municípios situados nas áreas de abrangência deste decreto, a fim de delegar-
lhes competência para fiscalização;
II – com as representações de classe da pesca profissional, para monitoração do defeso e fornecimento de
informações referentes ao seu desrespeito.

Art. 9º Revogam-se as disposições em contrário.


Art. 10. Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 06 de abril de 2011.

OMAR JOSÉ ABDEL AIZI


Governador do Estado

RAUL ARMONIA ZAIDAN


Secretario de Estado Chefe da Casa Civil
INSTRUÇÃO NORMATIVA MPA Nº 1, DE 19 DE JANEIRO DE 2011

A MINISTRA DE ESTADO DA PESCA E AQUICULTURA, no uso das suas atribuições legais e


tendo em vista o disposto no art. 27, § 6º, inciso I, da Lei nº. 10.683, de 28 de maio de 2003, no Decreto
de 1° de janeiro de 2011, nas Leis nº. 8.617, de 04 de janeiro de 1993, nº 9.605, de 12 de fevereiro de
1998, nº. 11. 958, de 29 de junho de 2009 e nº. 11.959, de 29 de junho de 2009, no Decreto nº 6.514, de
22 de julho de 2008, e no Processo MPA N° 00350.007738/2010-16, resolve:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art.1º Estabelecer critérios e procedimentos para a concessão de Licença para a venda de exemplares
vivos de raias nativas de água continental, Família Potamotrygonidae, para fins de ornamentação e de
aquariofilia.

Art. 2° Para efeito desta Instrução Normativa considera-se:


I - Ornamentação: utilizar organismos vivos ou não, para fins decorativos, ilustrativos ou de lazer;
II - Aquariofilia: Manter ou comercializar, com fins de lazer e de entretenimento, indivíduos vivos em
aquários, tanques, lagos ou reservatórios de qualquer tipo;
III - Empresa cotista: empresa ou cooperativa de pescadores, detentora de Licença para venda de raias de
água continental;
IV - Venda: transação comercial realizada por empresa cotista;
V - Revenda: transação comercial realizada por empresa cotista ou não, consistindo na compra de raias
oriundas de empresas cotistas e posterior revenda.

CAPÍTULO II
DA DISTRIBUIÇÃO DE COTAS DE VENDA
Art. 3° Estabelecer que a venda de exemplares vivos de raias nativas de água continental, não
reproduzidos em cativeiro, somente poderá ser realizada por empresas e cooperativas de pescadores por
meio de cotas anuais, individuais e intransferíveis, considerando os limites estabelecidos na norma
especifica vigente.
Parágrafo único. As cotas de que trata o caput deste artigo terão validade entre 1º de janeiro à 31 de
dezembro, de cada ano.

Art. 4º Para fins de habilitação às cotas citadas no artigo anterior, os interessados devem encaminhar
solicitação à Secretaria de Monitoramento e Controle da Pesca e Aqüicultura - SEMOC do Ministério da
Pesca e Aqüicultura - MPA, no período de 1° (Primeiro) de novembro a 30 (trinta) de novembro de cada
ano.

Art. 5º A solicitação de que trata o Art. 4° deverá ser protocolada na Superintendência Federal de Pesca e
Aquicultura - SFPA, por meio do Formulário de Requisição de Licença para Venda de Raias, conforme
anexo I desta Instrução Normativa, com apresentação dos documentos complementares abaixo
especificados;
I. Comprovação de inscrição no Registro Geral da Atividade Pesqueira - RGP do MPA, na categoria
adequada à compra e revenda de organismos aquáticos vivos;
II. Certificado de regularidade no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou
Utilizadoras de Recursos Ambientais do IBAMA;
III. Comprovante da inscrição do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ da Receita Federal;
IV. Comprovante de endereço atualizado da empresa ou cooperativa de pescadores;
V. Planta baixa ou croqui das instalações destinadas ao manejo dos organismos aquáticos vivos,
identificando claramente as seguintes características:
a. os recintos para descarga, estocagem, quarentena e carregamento dos animais;
b. a quantidade, o tipo e a dimensão das estruturas de manutenção das raias; e
c. volume total do sistema de estocagem das raias.
VI. Discriminação dos sistemas de aeração, circulação ou filtração de água que serão utilizados;
VII. Uma foto da fachada do estabelecimento e duas fotos com ângulos distintos das instalações descrito
no item V.
§1º Caso se trate de empresa, o requerente deverá apresentar os seguintes documentos complementares:
I. Cópia autenticada do documento de registro ou contrato social da empresa ou filial, contendo endereço
atualizado da empresa, nome e assinatura do proprietário ou sócios, ou seus procuradores;
II. Apresentar cópia autenticada de documento de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e
Emprego, com informações pertinentes aos empregados da empresa.
§2º Caso se trate de cooperativa de pescadores, o requerente deverá apresentar os seguintes documentos
complementares:
I. Cópia autenticada da ata da Assembléia Geral de Constituição, registrada em cartório, contendo, dentre
os objetos sociais da cooperativa, atividades relativas à pesca;
II. Cópia autenticada do Estatuto social, salvo se transcrito na ata da assembléia geral de constituição ou
no instrumento público de constituição, registrado em cartório;
III. Relação de todos os pescadores que serão contemplados, seguido do número de registro junto ao
Ministério da Aqüicultura e Pesca na categoria "Pescador profissional";

Art. 6° O requerente para participar da distribuição de cotas deverá possuir instalações de acordo com as
seguintes especificações mínimas:
I. Os tanques ou aquários para estocagem de raias deverão ter, no mínimo, as dimensões de 50x50 cm por
exemplar armazenado e a coluna d´água deverá ter a altura mínima de 30 cm;
II. Será admitida, para efeitos de quarentena, a manutenção temporária de exemplares em basquetas
plásticas de dimensões inferiores aos do Inciso I deste parágrafo, desde que maiores que o diâmetro do
exemplar, e com coluna d´água de no mínimo 15 cm;
III. As empresas requisitantes não podem se utilizar de tanques escavados ou tanques-rede para
armazenagem, manutenção ou quarentena dos exemplares;
IV. No momento da requisição das cotas, a empresa ou cooperativa deverá apresentar estrutura suficiente
para estocagem de no mínimo 20% da cota requerida; e

Art. 7° A distribuição das cotas individuais será efetuada considerando os seguintes critérios:
I. Número de requerentes por área de captura;
II. Cotas pleiteadas por espécie e por requerente;
III. Capacidade de estocagem de no mínimo 20% da cota requerida;
IV. Inexistência de pendências do requerente, junto ao IBAMA e ao Ministério da Pesca e Aqüicultura -
MPA.

Art. 8° Não serão contempladas as requisições quando:


I. Não for atendido o período estabelecido no art. 4º desta Instrução Normativa, salvo no caso
excepcionalmente previsto no Art. 11;
II. O interessado não cumprir com os requisitos listados no do art. 5º desta Instrução Normativa;
III. O interessado for empresa do tipo Sociedade Anônima;
IV. Existir mais de uma empresa situada no mesmo estabelecimento, sem distinção possível entre as
estruturas físicas, funcionários e administração;
V. Existir mais de uma empresa com um sócio ou proprietário em comum, salvo nos casos de
requerimento de cotas para diferentes espécies;
VI. Existir entre os pescadores contemplados no pedido da cooperativa, proprietários ou sócios de
empresas que efetuam o comércio de animais aquáticos vivos.
§1° Caso as cotas individuais cedidas não sejam utilizadas em sua totalidade, o número de exemplares
concedidos e não utilizados não serão transferidos a uma nova Licença.
§2º Caso as cotas, definidas em norma vigente, não sejam distribuídas ou utilizadas em sua totalidade, a
diferença não será motivo de nova distribuição para o ano seguinte.
§3º Após a distribuição das cotas, os requerentes contemplados deverão retirar, na SFPA onde
protocolaram a requisição, documento de Licença de Venda de Raias de Águas Continentais.

CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 9º. A existência da estrutura mínima definida art. 6º desta instrução normativa poderá ser verificada
a qualquer momento.

Art. 10. Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas as penalidades previstas em
legislação específica.

Art. 11. Excepcionalmente o período para requerer as cotas de venda de raias ornamentais para 2011 é de
30 (trinta) dias a partir da data de publicação.

Art. 12. Ficam revogados os dispositivos conflitantes a essa norma vigente.


Art. 13. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação oficial.

IDELI SALVATTI
INSTRUÇÃO NORMATIVA INTERMINISTERIAL Nº 001 , DE 3 JANEIRO DE 2012
Estabelece normas, critérios e padrões para a
explotação de peixes nativos ou exóticos de
águas continentais com finalidade ornamental ou
de aquariofilia.
O MINISTRO DE ESTADO DA PESCA E AQUICULTURA e o MINISTRO DE ESTADO DO
MEIO AMBIENTE, INTERINO, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto nas Leis nos
10.683, de 28 de maio de 2003, e 11.959, de 29 de junho de 2009, bem como o constante do Processo
IBAMA/Sede no 02001.002681/2004-06, resolvem:
Art.1º Estabelecer normas, critérios e padrões para a explotação de peixes nativos ou exóticos de águas
continentais com finalidade ornamental ou de aquariofilia.
Parágrafo único. Esta Instrução Normativa Interministerial não se aplica às seguintes situações:
I - exposição em restaurantes, para fins de consumo alimentar de peixes vivos; e
II - exposição de peixes vivos em zoológicos, mostras ou similares com finalidade didática, educacional
ou científica.

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 2º Para efeito desta Instrução Normativa Interministerial, considera-se:
I - Ornamentação: utilizar organismos vivos ou não, para fins decorativos, ilustrativos ou de lazer; e
II - Aquariofilia: manter ou comercializar, para fins de lazer ou de entretenimento, indivíduos vivos em
aquários, tanques, lagos ou reservatórios de qualquer tipo.

CAPÍTULO II
DA CAPTURA E EXPLOTAÇÃO
Art. 3º Fica permitida a captura, o transporte e a comercialização de exemplares vivos de peixes nativos
das espécies listadas no Anexo I desta Instrução Normativa Interministerial.
§ 1º Exemplares vivos de espécies nativas não listadas no Anexo I desta Instrução Normativa
Interministerial estão proibidos de qualquer explotação para fins ornamentais e de aquariofilia, salvo
aqueles cujas espécies possuam regulamentação específica que permita a utilização para tais fins.
§ 2º A identificação das espécies não descritas cientificamente e permitidas no Anexo I desta Instrução
Normativa Interministerial, deverá ser realizada com base nos exemplares de referência, conforme
número de registro e Museu, Universidade ou Instituto de Pesquisa onde se encontram depositados, e nas
fichas constantes nos sítios eletrônicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis-IBAMA e do Ministério da Pesca e Aquicultura para fins de orientação a comerciantes e
consumidores.
§ 3º Espécimes vivos de espécies não listadas no Anexo I desta Instrução Normativa Interministerial
poderão ser explotados para fins ornamentais e de aquariofilia, desde que:
I - não ocorram naturalmente no território nacional; e
II - sejam provenientes de cultivo devidamente registrado no órgão competente, acompanhados de
comprovante de origem.
§ 4º A captura e a comercialização de exemplares cuja espécie conste ou passe a constar em listas oficiais
de espécies sobreexplotadas, ameaçadas de sobrexplotação ou de extinção, ou nos Anexos da Convenção
Internacional sobre Comércio das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção-CITES,
devem obedecer também às normas ali estabelecidas, mesmo que permitidas por esta Instrução
Normativa.

Art. 4º Ficam proibidas, durante o processo de captura de peixes nativos de águas continentais para fins
ornamentais e de aquariofilia, as seguintes práticas:
I - uso de substâncias químicas, anestésicas, tóxicas ou que causem irritações;
II - ações que acarretem danos ambientais ou à fauna aquática; e
III - revolvimento de substrato.

CAPITULO III
DO TRANSPORTE
Art. 5º O transporte interestadual de espécies de peixes de águas continentais para fins ornamentais e de
aquariofilia, em todo o seu percurso, deve estar acompanhado da Guia de trânsito de peixes com fins
ornamentais e de aquariofilia - GTPON, constante no Anexo II desta Instrução Normativa
Interministerial.
Parágrafo único. Para expedição da Guia que trata o caput deste artigo, deverá ser observado o seguinte
procedimento:
I - cabe ao solicitante requerer a liberação da Guia de Trânsito junto ao IBAMA, apresentando três vias
do modelo Anexo II, preenchidas no ato do requerimento;
II - compete às Superintendências e Unidades Descentralizadas do IBAMA:
a) para transporte com fins comerciais, verificar a validade do Registro Geral de Pesca do Ministério da
Pesca e Aquicultura, a regularidade do interessado junto ao Cadastro Técnico Federal-CTF do IBAMA, e
os documentos de origem animal quando for o caso; e
b) assinar Guia de Trânsito solicitada.

Art. 6º Para a emissão do GTPON deve ser verificada à observância da legislação estadual e municipal,
acaso existente.
§ 1º Para o transporte interestadual de até 40 espécimes de peixes de águas continentais com fins
ornamentais ou de aquariofilia, por pessoa física, sem objetivo comercial, será dispensada a GTPON.
§ 2º O interessado deve acompanhar a carga em todo o trajeto do transporte.

Art. 7º Para o transporte internacional com fins comerciais não haverá necessidade de GTPON, devendo
a carga estar acompanhada da cópia impressa do Registro de Exportação-RE ou da Licença de
Importação-LI do Banco Central do Brasil, efetivado no Sistema de Informações do Banco Central-
SISBACEN, no Sistema Integrado do Comércio Exterior-SISCOMEX ou outros sistemas que venham a
substituí-los.
§ 1º O RE ou a LI utilizada deve conter o NCM 03011090, relativo a “Outros peixes ornamentais vivos”,
e deve apresentar no campo observação do exportador ou informações complementares, os dados
referentes à data, horário e número do vôo no qual a carga será embarcada.
§ 2º O prazo para efetivação da RE e LI atenderá às normas específicas do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Art. 8º Para o transporte internacional, deve ser solicitada licença de exportação ou importação, por meio
do Sistema de Emissão de Licenças para a importação ou exportação de flora e fauna - CITES, acessível
na seção de Serviços Online no sitio eletrônico do IBAMA, pelo endereço eletrônico
<http://www.ibama.gov.br>.
Parágrafo único. A exportação ou importação internacional de peixes cujas espécies constem ou passem a
constar nos Anexos da CITES tem autorização própria para cada transação, conforme instituída na
Instrução Normativa IBAMA no 140, de 18 de dezembro de 2006, cujas solicitações devem ser feitas
pelo SISCITES.

Art. 9º Fica permitida, para fins de ornamentação e de aquariofilia, a importação das espécies de peixes
de águas continentais constantes do Anexo III desta Instrução Normativa Interministerial.
§ 1º Fica proibida a importação das espécies constantes no Anexo IV desta Instrução Normativa
Interministerial.
§ 2º A unidade responsável pela anuência das LI, conforme exposto no art. 7o, analisará individualmente
qualquer solicitação de importação de espécies de peixes exóticos que não constem nos Anexos III ou IV,
podendo autorizar, ou não, sua entrada no país, e propor a atualização dos respectivos Anexos com as
novas espécies.

Art. 10. As embalagens para transporte de peixes de águas continentais para fins ornamentais e de
aquariofilia devem apresentar em sua área externa, de maneira visível, etiqueta contendo número da
caixa, número da GTPON ou RE, nome científico e quantidade de exemplares de cada espécie.
§ 1º As embalagens contendo espécimes de peixes com finalidade ornamental deverão obrigatoriamente
permitir a visualização dos animais para efeito de fiscalização, exceto no caso de embalagens externas,
tais como caixas de papelão e isopor.
§ 2º Nas autorizações, GTPON, LI ou RE deve constar primeiramente o nome científico das espécies.

Art. 11. As disposições contidas nesta Instrução Normativa Interministerial são aplicáveis sem prejuízo
do atendimento às normas, procedimentos e documentos estabelecidos pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento - MAPA, bem como do cumprimento das normas estaduais ou municipais,
acaso existentes.

CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 12. Mudanças taxonômicas envolvendo espécies constantes nos Anexos I a III dessa Instrução
Normativa Interministerial serão tratadas na forma deste artigo.
§ 1º No caso de simples mudança de nome científico, incluindo a descrição de espécies, a espécie
continuará sendo tratada como constante nos respectivos anexos, e as Guias de Trânsito, Registros de
Exportação ou Licenças de Importação deverão conter o nome mais recente da espécie e a observação
sobre a mudança taxonômica no campo adequado, incluindo referências bibliográficas.
§ 2º No caso de uma espécie permitida ser redescrita e dividida em duas ou mais espécies, todas as novas
espécies serão tratadas como constante nos respectivos anexos até que aconteça nova revisão das listas, e
as Guias de Trânsito, Registro de Exportação ou Licenças de Importação deverão conter o nome
científico mais recente da espécie e a observação sobre mudanças taxonômica no campo adequado,
incluindo referências bibliográficas.
§ 3º No caso de uma ou mais espécies constantes no Anexo I serem redescritas e agrupadas em uma única
espécie, caso a nova espécie não conste em nenhuma lista estadual ou federal de espécies ameaçadas, esta
continuará sendo tratada como permitida, e as Guias de Trânsito, Registro de Exportação ou Licenças de
Importação deverão conter o nome científico mais recente da espécie e observação sobre mudanças
taxonômicas no campo adequado, incluindo referências bibliográficas.

Art. 13. Aos infratores da presente Instrução Normativa Interministerial serão aplicadas as penalidades e
sanções previstas na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e em seu regulamento.

Art. 14. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ SÉRGIO NÓBREGA DE OLIVEIRA


Ministro de Estado da Pesca e Aquicultura

FRANCISCO GAETANI
Ministro de Estado do Meio Ambiente, Interino.

Observação: Não estamos publicando o Anexo I, com a relação das 725 espécies de captura permitida
para fins ornamentais, o Anexo II Modelo de Guia de Trânsito de Peixes Ornamentais, e o Anexo III com
a relação das 501 espécies de peixes permitidas à importação com finalidade comercial ou de aquariofilia.
LEI N.º 2.985, DE 18 DE OUTUBRO DE 2.005

REGULAMENTA o Art. 220, § 1º e § 2º da


Constituição Estadual, institui o Conselho
Estadual de Meio Ambiente do Estado do
Amazonas - CEMAAM e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS FAÇO SABER a todos os habitantes que a


ASSEMBLEIA LEGISLATIVA decretou e eu sanciono a presente

LEI:
Art. lº O Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado do Amazonas – CEMAAM, previsto no Art.
220 da Constituição Estadual de 1989, é o órgão superior de assessoramento ao Governador do Estado do
nas questões atinentes à formulação, ao acompanhamento e à avaliação das políticas de proteção ao meio
ambiente e controle da poluição.

Art. 2º O CEMAAM, é órgão de deliberação coletiva e normatização superior da Política Estadual de


Meio Ambiente e, tem como finalidade imanente elaborar, aprovar e fiscalizar a implementação da
Política Estadual de Meio Ambiente e demais atuações governamentais a si afeitas.

Art. 3º O CEMAAM, instituído no âmbito do Poder Executivo Estadual, é diretamente ligado ao


Governador do Estado.

Art 4º Compete ao CEMAAM:


I - aprovar a Política Estadual de Proteção ao Meio Ambiente, elaborada pela SDS, para homologação do
Governador, bem como fiscalizar sua implementação;
II - propor diretrizes relativas à sistemática de elaboração, acompanhamento, avaliação e execução de
planos, programas, projetos e atividades na área de meio ambiente;
III - estabelecer diretrizes para a conservação e preservação dos recursos e ecossistemas naturais do
Estado;
IV - acompanhar, examinar, avaliar e opinar sobre o desempenho das atividades de meio ambiente do
Estado, dando-lhes sempre o caráter sustentável;
V - apoiar ações para o exercício do poder de
polícia administrativa e para os casos de infração à legislação de proteção, conservação e melhoria do
meio ambiente e de gestão dos recursos ambientais;
VI - aprovar e expedir resoluções, as quais terão efeitos vinculante e erga ommis para a Administração
Estadual;
VII - aprovar o Zoneamento Sócio Econômico e Ecológico - ZEE do Estado do Amazonas;
VIII – assessorar o Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas - IPAAM no
desenvolvimento de meios e tecnologias para execução da Política Estadual de Meio Ambiente;
IX - atuar conscientizando a sociedade acerca da necessidade de participação no processo de proteção,
conservação e melhoria do meio ambiente, com vistas ao uso sustentado dos recursos naturais;
X - colaborar na fixação das diretrizes para a pesquisa científica nas áreas de conservação, preservação e
recuperação do meio ambiente e dos recursos naturais;
XI - compatibilizar planos, programas e projetos potencialmente modificadores do meio ambiente com as
normas e padrões estabelecidos pela legislação ambiental vigente, visando à garantia da qualidade de vida
e dos direitos fundamentais da sociedade e do indivíduo;
XII - definir as áreas em que a ação do governo relativa à qualidade ambiental deve ser prioritária;
XIII - deliberar sobre os recursos ambientais, sobre os conflitos entre valores ambientais diversos e
aqueles resultantes da ação dos órgãos públicos, das instituições privadas e dos indivíduos;
XIV- discutir e propor programas de fomento à pesquisa aplicada à área ambiental, bem como projetos de
desenvolvimento sustentável;
XV - elaborar normas e procedimentos referentes à proteção, conservação do meio ambiente e
desenvolvimento sustentável;
XVI - Estabelecer critérios para orientar as atividades educativas, de documentação de divulgação e de
discussão pública, no campo da conservação, preservação, desenvolvimento sustentável e melhoria do
meio ambiente e dos recursos naturais;
XVII - estabelecer normas para o controle das atividades relacionadas com o meio ambiente nas entidades
vinculadas ou supervisionadas pelo Governo do Estado;
XVIII - estabelecer, com observância da legislação, normas, padrões, parâmetros e critérios de avaliação,
controle, manutenção, recuperação e melhoria da qualidade do meio ambiente natural, em harmonia com
o desenvolvimento sócio econômico;
XIX - estimular a participação da comunidade no processo de preservação, conservação, recuperação e
melhoria da qualidade ambiental;
XX - propagar e divulgar medidas que resultem na facilitação e agilização dos fluxos de informações
sobre meio ambiente em âmbito estadual ou nacional, nos limites de suas prerrogativas de Unidade
Federada;
XXI - propor a criação e a extinção de Câmaras Técnicas, bem como instituir e extinguir comissões para
análise de temas específicos, quando necessário, por meio de deliberação;
XXII - propor a criação, modificação ou alteração de normas jurídicas, objetivando respaldar as ações de
governo na promoção da melhoria na qualidade ambiental, observando as limitações constitucionais e
legais:
XXIII - responder a consultas sobre matéria de sua competência, orientar os interessados e o público em
geral quanto à aplicação de normas e padrões de proteção ambiental e divulgar relatório sobre qualidade
ambiental;
XXIV - sugerir medidas técnicas e administrativas, direcionando-as à racionalização e ao
aperfeiçoamento da execução das tarefas governamentais nos setores de meio ambiente;
XXV - Sugerir modificações ou adições de diretrizes que visem à harmonização da política de
desenvolvimento econômico com o meio ambiente;
XXVI - julgar, em grau de recurso, como última instância administrativa, sobre penalidades aplicadas por
infração à legislação ambiental, em especial aqueles julgados em primeira instância pelo Instituto de
Proteção Ambiental do Estado do Amazonas - IPAAM;
XXVII - pagamentos do CEMEEM descritos no inciso XII não caberão recursos, fazendo coisa julgada
administrativa;
XXVIII - elaborar e aprovar seu Regimento Interno;
XXIX - exercer as atividades correlatas que lhe forem delegadas;
XXX - aprovar o rateio de custos de obras de uso múltiplo, a partir dos estudos da Secretaria de Estado
do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do
Amazonas - IPAAM;
XXXI - deliberar sobre os casos omissos no presente regimento e que se coadunem com os objetivos
enunciados na legislação vigente;
Parágrafo único. Todas Resoluções, decisões, deliberações e julgamentos serão obrigatoriamente
publicados no Diário Oficial do Estado.

Art. 5º O CEMAAM terá a seguinte estrutura:


I - Presidência;
II – Plenário;
III- Secretaria Executiva;
IV - Câmaras Técnicas:
a. Câmara de Atividades Industriais;
b. Câmara de Atividades Minerarias;
c. Câmara de Atividades de Infra-estrutura;
d. Câmara de Atividades Florestais e Agrossilvopastoris;
e. Câmara de Proteção da Biodiversidade.

Art. 6º A Presidência do CEMAAM é exercida pelo Governador do Estado.


§ 1º A presidência do CEMAAM poderá ser delegada, por meio de decreto governamental a um dos
substitutos elecandos no § 2º deste artigo.
§ 2º O presidente natural do CEMAAM durante seus impedimentos e afastamentos, será substituído
pelo:
I - Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;
II - Diretor-Presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas - IPAAM.
§ 3º Nas ausências e impedimentos do presidente nomeado por delegação, será observada a linha de
sucessão descrita no § 2°.

Art. 7º Compete ao Presidente:


I- assinar as deliberações do Plenário,
II- assinar as Resoluções:
III - assinar os sumários dos assuntos tratados nas reuniões, em conjunto com os membros do Plenário;
IV - autorizar a divulgação à imprensa, através de órgão competente, de assuntos apreciados pelo
Plenário;
V - autorizar a execução de serviços fora da sede do Conselho;
VI - constituir, ouvidos os demais membros dos Conselhos Câmaras Técnicas;
VII - convocar e presidir as reuniões ordinárias e extraordinárias do Conselho;
VIII - determinar o arquivamento ou a devolução de documentos;
IX- estabelecer a agenda das reuniões;
X - expedir pedidos de informação e consultas as autoridades municipais, estaduais, federais e de
Governo estrangeiro;
XI- fazer cumprir as decisões do CEMAAM;
XII- homologar o Regimento Interno aprovado pelo Plenário do CEMAAM;
XIII- representar o Conselho ou delegar a sua representação;
XIV - submeter ao Plenário o expediente oriundo da Secretaria Executiva;
XV- Supervisionar os trabalhos da Secretaria Executiva;
XVI - tomar decisões de caráter urgente “AD REFERENDUM ” do Conselho;
XVII - julgar os recursos administrativos interpostos, em conformidade com o Art 4 º ,incisos XXVI e
XXVII;
XVIII - exercer outras atividades correlatas que lhe forem conferidas.

Art. 8º O Plenário do CEMAAM será constituído:


§ 1º Por 01 (um) representante e respectivo suplente das Secretarias abaixo referidas e de cada uma das
seguintes entidades da Administração Publica:
I - Secretário de Estado do Meio Ambiente c Desenvolvimento Sustentável;
II - Secretario de Calado da Fazenda;
III- Secretario de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico;
IV- Secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos;
V- Secretário de Estado de Educação e Qualidade do Ensino;
VI - Secretário de Estado de Saúde;
VII - Secretário de Estado de Cultura;
VIII - Secretário de Estado do Trabalho e Cidadania;
IX- Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia;
X - Secretário de Estado de Política Fundiária;
XI - Secretário de Estado de Infra-estrutura;
XII - Secretário de Estado de Produção Rural;
XIII - Diretor-Presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas;
XIV - Diretor-Presidente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas;
XV - Diretor-Presidente da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do
Amazonas;
XVI - Diretor-Presidente da Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis no Amazonas;
XVII- Reitor da Universidade do Estado do Amazonas;
XVIII - Diretor-Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas;
XIX - Diretor-Presidente da Fundação Estadual dos Povos Indígenas;
XX – Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Amazonas;
XXI- Representante das Secretarias de Meio Ambiente Municipais, indicado pela Associação
Amazonense de Municípios;
XXII – Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amazonas;
XXIII - Gerente Executivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis –
IBAMA, no Amazonas;
XXIV - Superintendente da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais - CPRM;
XXV - Diretor do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia - SIPAM/SIVAM;
XXVI- Procurador Geral do Estado.
§ 2º Para assegurar a representação paritária no plenário do CEMAAM, serão, mediante a indicação de 01
(um) representante e respectivo suplente, os seguintes órgãos e entidades:
I - Associação Comercial do Amazonas ACA;
II- Associação não governamental de pescadores profissionais ou amadores, legalmente constituída no
Estado do Amazonas, há pelo menos um ano;
III- Associações não governamentais especializadas em saneamento de recursos hídricos;
IV- Autoridade de renome internacional em Meio Ambiente, indicada pelo Secretario da SDS;
V- Conselho Regional de Biologia – CRBIO;
VI - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA;
VII – Representação de entidades civis representativas de categorias de profissionais liberais ligadas à
proteção e conservação do meio ambiente;
VIII- Associação de Engenheiros Florestais do Estado do Amazonas;
IX- Federação da Agricultura do Estado da Amazonas - FAEA;
X- Federação das Industrias do Estado do Amazonas - FIEAM;
XI - Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado do Amazonas – FETAGRI;
XII- Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Amazonas - SEBRAE-AM;
XIII- Serviço Nacional da Industria – SENAI;
XIV- Ordem dos Advogados do Brasil - OAB;
XV- 04 (quatro) organizadores não governamentais, para proteção, conservação e melhoria da meio
ambiente, legalmente construídas no Estado do Amazonas;
XVI – 04 (quatro) representantes de Instituições de ensino e pesquisa com atuação no Estado do
Amazonas;
XVII- Representante não governamental dos conselhos municipais de meio ambiente,
XVIII - 02 (dois) representantes de entidades civis de classe do setor produtivo ligadas ao uso sustentável
dos recursos florestais;
XIX- 03 (três) parlamentares representando a Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas;
§ 3º Os representantes aludidos neste artigo não poderão ser ocupantes de cargos em comissão na
Administração Estadual;
§ 4º A indicação dos representantes e seus suplentes pelos titulares dos órgãos e entidades que compõem
o plenário do Conselho, será suficiente para exercício como membros do Plenário, cuja ciência formal se
dará ao Secretário Executivo do CEMAAM.
§ 5º Caracterizando-se o desinteresse de alguma das instituições relacionadas em permanecer integrando
o CEMAAM, a mesma poderá ser substituída por outra instituição correlata.
§ 6º Cabeçalho à SDS coordenar o processo de indicação de representantes de órgãos e instituições para
participarem nas reuniões, como ouvintes, sem direito a voto, desde que aprovados pela plenária.
§ 7º Os membros aludidos no § 2º serão designados pelo Secretário Executivo da CEMAAM, mediante
indicação dos órgãos neles referidos.
§ 8º As funções de membro do Conselho não serão remuneradas sendo, porém, consideradas como de
serviço público relevante.
§ 9º O mandato dos membros representantes das empresas privadas será de quatro anos, renovados por
um ou dois terços, alternadamente, vedada a recondução para o mandato subseqüente.

Art. 9º Compete ao Plenário:


I- aprovar o regimento interno do CEMAAM;
II- aprovar normas, diretrizes e outros atos complementares necessários ao Funcionamento do sistema
estadual de licenciamento ambiental;
III - aprovar os relatórios de qualidade do meio ambiente;
IV- deliberar sobre os recursos interpostos das decisões das Câmaras Técnicas;
V- deliberar sobre políticas e normas de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente;
VI - estabelecer, por Deliberação Normativa, critérios e procedimentos para os acordos a que se refere o
inciso VIII do Art.4 º deste Decreto e respectiva homologação;
VII - propor a criação ou a extinção de Câmaras Técnicas;
VIII- solicitar à Presidência assessoramento de órgãos ou entidades vinculadas à Administração Pública
do Estado;
IX- exercer outras atividades correlatas que lhe forem conferidas.

Art. 10º O Plenário do CEMAAM reunir-se-á , ordinariamente, a cada três meses, ou extraordinariamente
mediante, convocação prévia, em sessão pública, com a presença de pelo menos a metade dos membros.
Deliberará por maioria simples, cabendo ao Presidente da sessão, além do voto pessoal, o de qualidade.
Parágrafo único. A convocação para a reunião ordinária será feita com trinta dias de antecedência e para
reunião extraordinária, com quinze dias de antecedência.

Art. 11º A Secretaria Executiva é órgão de suporte administrativo da Presidência, do Plenário e das
Câmaras Técnicas.

Art. 12º Os documentos enviados ao Conselho serão recebidos, registrados e autuados pela Secretaria
Executiva.
Art. 13º Os documentos de que trata o artigo anterior, serão complementados com informações contendo
todas as matérias relacionadas com o assunto nelas abordados, sendo em seguida encaminhados ao
Presidente do Conselho para exame e constituição de Comissão, Grupo de Estudo ou designação do
Relator.
§ 1º O Presidente poderá mandar arquivar ou devolver ao interessado qualquer documento recebido,
especialmente aqueles que possam receber soluções junto aos demais órgãos da Administrado Estadual.
§ 2º O prazo para a apresentação dos relatórios das Comissões, Grupos de Estudo ou dos Relatores será
fixado pelo Presidente do Conselho.

Art. 14º A Secretaria Executiva, órgão de suporte administrativo do Presidente do Plenário e das Câmaras
Técnicas do CEMAAM, será exercida pelo Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável.

Art. 15º Cabe à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável o provimento
dos serviços de Secretaria do CEMADES, sem prejuízo de suas demais competências legais.

Art. 16º Compete à Secretaria Executiva:


I - adotar as providências administrativas necessárias ao rápido andamento dos processos no Conselho;
II- analisar os requerimentos de restituição de multa e autorizar a sua restituição, quando devidamente
aprovada;
III - articular o relacionamento entre os diversos órgãos integrantes do Conselho e do Sistema Estadual do
Meio Ambiente, de modo a possibilitar seu adequado desenvolvimento;
IV - assessorar, técnica e administrativamente o Presidente do Conselho;
V- assinar Iodos os documentos oriundos da Presidência do Conselho, por delegação do Presidente.
VI - colher dados e informações dos setores da Administração Direta, Indireta e Fundacional, necessários
à complementação das atividades do Conselho;
VII- convocar as reuniões do Conselho, por determinação do Presidente;
VIII- convocar reuniões do Conselho e reuniões conjuntas de duas ou mais Câmaras Técnicas, para
estudo de problemas que por sua natureza, transcendam a competência privativa de cada Câmara;
IX - decidir casos de urgência ou inadiáveis, do interesse ou salvaguarda do Conselho. "ad referendum "
do Plenário;
X- distribuir para os órgãos seccionais de apoio assuntos a serem analisados nas Câmaras Técnicas por
eles assessoradas;
XI- elaborar os sumários dos assuntos nas reuniões e a redação final de todos os documentos que forem
expedidos pelo Conselho;
XII- executar os trabalhos que lhe forem atribuídos pelo Presidente do Conselho;
XIII- expedir, para os fins de incentivo e financiamento, o documento que habilita os postulantes perante
os órgãos do Estado, após a aprovação do Plenário;
XIV- fornecer suporte e apoio administrativo à Presidência, ao Plenário e as Câmaras Técnicas para
consecução de suas finalidades, inclusive expedir convocação e publicar a pauta das reuniões públicas e
as suas respectivas decisões;
XV- indicar os componentes das Câmaras Técnicas;
XVI - organizar e manter arquivo da documentação relativa às atividades do Conselho;
XVII- planejar, organizar, dirigir, coordenar e controlar as atividades da Secretaria Executiva;
XVIII - propor agenda das reuniões a aprovação do Presidente do Conselho;
XIX- receber e encaminhar ao Plenário devidamente instruídos, os recursos de decisões das Câmaras
Especializadas;
XX- receber e encaminhar as proposições dirigidas ao Conselho, elaborar a pauta a as atas das reuniões,
preparar e publicar as resoluções do Conselho bem como incumbir do preparo de despachos e demais
expedientes, conforme Art. 3º, do Dec. 21.275/2003.
XXI - requerer ao dirigente de órgão ou entidade vinculada à administração pública, pedido de
assessoramento técnico formulado pelo Plenário, bem como a elaboração de laudos, perícias e pareceres
técnicos necessários à instrução de processos submetidos á apreciação do CEMAAM;
XXII- secretariar as reuniões;
XXIII- exercer outras atividades correlatas que forem lhe conferidas;

Art. 17º O CEMAAM dividir-se-á em Câmaras Técnicas, para examinar e relatar ao Plenário os assuntos
de sua competência.
§ l º. São as seguintes as Câmaras Técnicas:
I - Atividades Industriais;
II- Atividades de Infra-estrutura;
III - Atividades Florestais e Agrossilvopastoris;
IV- Atividades Minerárias;
V- Proteção à Biodiversidade.
§ 2 º De acordo com a necessidade, o Presidente ou o Secretário Executivo poderão criar Câmaras
Técnicas "ad referendum" do Plenário.

Art. 18º As Câmaras Técnicas são órgãos de assessoria do plenário,encarregada de analisar e


compatibilizar planos, projetos e atividades de proteção e conservação ambiental com as normas que
regem a espécie.

Art. 19º As Câmaras Técnicas, são compostas até sete membros designados pelo Presidente do
CEMAAM, dentre:
I - os membros do plenário, que serão maioria em cada Câmara;
II- representantes de órgãos ou entidades da administração pública, de entidades civis representativas, dos
setores produtivos, de categorias de profissionais liberais e de organizações não governamentais,
relacionadas à competência da Câmara e não integrantes do Plenário;
III- os representantes referidos no inciso II, serão designados pelo Presidente do CEMAAM, mediante
indicação das respectivas entidades.

Art. 20º As Câmaras Técnicas são presididas por um de seus integrantes, eleito dentre os membros do
Plenário.

Art. 21º As Câmaras Técnicas têm as seguintes competências comuns:


I - analisar e emitir pareceres sobre relatórios de qualidade ambiental nas suas respectivas áreas de
competência;
II - propor ações prioritárias e acompanhar a execução do monitoramento da qualidade ambiental pelos
órgãos seccionais de apoio;
III- propor diretrizes e normas para a descentralização e municipalização da política ambiental e da
educação ambiental;
IV- propor diretrizes para a política de conservação dos recursos naturais;
V- propor diretrizes para elaboração do zoneamento ambiental do Estado;
VI- propor diretrizes para o sistema de informações ambientais do Estado, assegurando o intercâmbio,
a difusão, a disponibilidade e a padronização das informações
VII- propor políticas de conservação e preservação para o meio ambiente, para os recursos naturais e o
desenvolvimento sustentável;
VIII - responder a consulta formulada sobre matéria de sua competência;
IX - submeter à apreciação do Plenário assuntos de política ambiental que entenderem necessários ou
convenientes;
X- exercer outras competências previstas que lhe forem delegadas.

Art. 22º A Câmaras de Atividades Industriais, a Câmara de Atividades Minerárias e a Câmara de


Atividades de Infra-estrutura têm as seguintes competências específicas:
I- analisar e emitir pareceres sobre as políticas públicas para o meio ambiente de forma a compatibilizá-
las com a legislação aplicável e com as diretrizes de política ambiental nacional nas áreas de sua
competência;
II- propor normas e padrões que viabilizem a equação de programas e projetos de compatíveis com o
desenvolvimento sustentável nas respectivas áreas de atuação;
III - receber e analisar, recursos interpostos contra penalidades aplicadas pelos órgãos seccionais de apoio
submetendo ao Plenário as suas decisões;
IV- exercer outras competências previstas que lhe forem delegadas.

Art. 23º A Câmara de Atividades Florestais e Agrossilvopastoris tem as seguintes competências


específicas:
I- adequar as políticas de uso sustentável dos recursos madeireiros à realidade sócio econômica do
Estado;
II- propor diretrizes e incentivar a aplicação de técnicas alternativas e práticas adequadas de manejo do
solo;
III- receber e analisar, recursos interpostos contra penalidades aplicadas pelos órgãos seccionais de apoio
submetendo ao Plenário as suas decisões;
IV - exercer outras competências previstas que lhe forem delegadas.

Art. 24º A Câmara de Proteção e uso sustentável da Biodiversidade tem as seguintes competências
específicas:
I - acompanhar a execução dos trabalhos para o monitoramento da cobertura vegetal natural do Estado;
II - discutir propostas de normas e padrões de proteção e uso sustentável da biodiversidade;
III- discutir propostas de normas e padrões de proteção dos recursos pesqueiros, visando à preservação,
conservação e uso sustentável da fauna ictiológica;
IV - opinar sobre o zoneamento de áreas de entorno de unidades de conservação de Proteção Integral; ..
V- opinar sobre criação ou a reclassificação de unidades de conservação;
VI - opinar sobre diretrizes para a consolidação do sistema estadual de unidades de conservação;
VII - opinar sobre os mapas de zoneamento e o calendário da pesca no Estado;
VIII - opinar sobre propostas de zoneamento e planos de gestão de unidades de conservação de uso
sustentável;
IX- propor políticas de proteção à Biodiversidade;

Art. 25º Os órgãos técnicos de apoio são órgãos executivos e de assessoramento técnico do CEMAAM,
ao Plenário e as Câmaras Técnicas.
§ 1º Consideram-se órgãos técnicos de apoio:
I- Secretaria Executiva -SECEX/SDS;
II - Secretaria Executiva Adjunta de Articulação Institucional da Secretaria de Estado do Meio Ambiente
e Desenvolvimento - SEAAI/SDS;
III - Secretaria Executiva Adjunta de Extrativismo - SEAEX/SDS;
IV- Secretaria Executiva Adjunta de Recursos Hídricos - SEARH/SDS;
V- Secretaria Executiva Adjunta de Compensações Ambientais;
VI - Secretaria Executiva Adjunta de Projetos Especiais;
VII - Instituto de Proteção Ambiental do Estado de Amazonas - IPAAM;
VIII - Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis do Amazonas – AFLORAM;
IX - Fundação Estadual dos Povos Indígenas - FEPI.
§ 2º . O apoio e assessoramento às Câmaras Técnicas será prestado pelos órgãos seccionais de acordo
com suas respectivas afinidades;
I- pela Secretaria Executiva Adjunta de Compensações Ambientais, IPAAM, SEARH/SDS e FEPI
à Câmara de Atividades Minerarias;
II- pela Secretaria Executiva Adjunta de Compensações Ambientais e SEAAI às Câmaras de Atividades
Industriais e de Atividades de Infra-estrutura;
III – pela Secretaria Executiva Adjunta de Projetos Especiais, SEAEX e Florestas do Amazonas à
Câmara de Atividades Florestais e Agrossilvopastoris;
IV- pela SECEX/SDS e Secretaria executiva Adjunta de Projetos Especiais à Câmara de Proteção da
Biodiversidade;
V- pela Secretaria Executiva Adjunta de Compensações Ambientais, SEARH/SDS e IPAAM a todas as
Câmaras Técnicas no que se refere a licenciamento, controle e monitoramento, outorga de direitos de
uso, cobrança e uso dos recursos naturais.

Art. 26º Os órgãos técnicos de apoio têm as seguintes competências comuns:


I – atuar de forma integrada no exercício de suas competências;
II- convocar as reuniões das respectivas Câmaras Técnicas;
III- prestar apoio técnico a diferentes Câmaras Técnicas, por livre iniciativa ou por demanda do
CEMAAM, no tratamento de matérias de interesse comum, para a qual disponham da devida capacitação
e de recursos materiais;
IV - prestar, de forma integrada, apoio e assessoramento técnico às Câmaras Técnicas e ao Plenário.

Art. 27º Fica criado o Fundo Estadual do Meio Ambiente - FEMA.

Art. 28º O Fundo Estadual do Meio Ambiente – FEMA, destina-se a carrear recursos para a proteção e a
conservação do meio ambiente.

Art. 29º São fontes de recursos do FEMA:


I- recursos provenientes de acordos/ajustes celebrados com a União e os Municípios;
II - dotações orçamentárias do Estado;
III- parcelas de compensação financeira estipulada no Art.20, § 1°, da Constituição Federal, destinadas
aos Estados;
IV- produto das sanções administrativas e judiciais por infrações às normas ambientais;
V - receitas resultantes de doações, legados, contribuição em dinheiro, valores, bens móveis e imóveis,
que venha a receber de pessoas físicas ou jurídicas;
VI - recursos provenientes de ajuda e cooperação internacional e acordos bilaterais entre governos, exceto
quando destinados para outros fins específicos;
VII - rendimento de qualquer natureza derivado da aplicação de seu patrimônio;
VIII – parcelas de compensações ambientais;
IX – outras receitas eventuais.
Parágrafo único. Os recursos financeiros previstos neste artigo serão depositados em instituição
financeira oficial do Estado, em conta denominada "FUNDO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE".

Art. 30º Os recursos do FEMA destinam-se aos órgãos estaduais executivos incumbidos da realização das
atividades de conservação, recuperação, melhoria, pesquisa, controle e fiscalização ambiental, inclusive
da articulação intersetorial.
§ 1º O FEMA tem como função prover recursos para equipar os órgãos supramencionados para que
possam executar satisfatoriamente suas atribuições no meio ambiente.
§ 2º O FEMA poderá repassar recursos ás ONG’s, consórcios de municípios e comitês de bacias, desde
que existam projetos analisados pelas Câmaras Técnicas, aprovados pelo CEMADES e mediante
convênios aprovados pela Assembléia Legislativa.
§ 3º O Poder Executivo enviará à Assembléia Legislativa, anualmente, junto com a Lei Orçamentária, o
orçamento do FEMA, detalhando a origem dos recursos segundo as especificações do Art. 30 desta Lei.

Art. 31º O FEMA fica vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável – SDS, e administrado por uma junta de administração, e a execução do seu orçamento
deverá ser apresentada ao CEMAAM em cada uma de suas reuniões ordinárias.
§ 1º A Secretaria de Estado mencionada no "caput' deste artigo caberá definir as prioridades e aos
CEMADES controlar e fiscalizar a forma de utilização dos recursos do FEMA.
§ 2º A junta de administração do FEMA será composta pelos membros abaixo descritos, defesa em
qualquer caso sua delegação ou substituição interina:
I- o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;
II- Diretor-Presidente titular do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas - IPAAM.
III- o titular da Secretaria Executiva do CEMAAM;
§ 3º As deliberações da junta de administração do FEMA para aplicação de seus recursos serão
obrigatoriamente, unânimes e firmadas por todos os membros.
§ 4º A conta bancária destinada aos recolhimentos do FEMA só poderá ser movimentada pela junta
de administração, em ordens de pagamentos firmados por todos os seus membros.

Art. 32º O Plenário realizará reuniões ordinárias de acordo com o cronograma previamente estabelecido
e reuniões extraordinárias, por convocação do Presidente do Conselho.

Art. 33º As reuniões do Plenário obedecerão à seguinte ordem:


I - instalação dos trabalhos pelo Presidente do Conselho;
II - leitura do sumário dos assuntos tratados na reunião anterior;
III- discussão, aprovação e assinatura do sumário;
IV - debates gerais;
V - constituição de Comissões, Grupos de Estudo e designação de Relatores;
VI - agenda livre, para, a critério do Presidente do Conselho, serem debatidos ou levados ao
conhecimento do Plenário assuntos de interesse geral;
VII- encerramento da reunião pelo Presidente do Conselho.

Art. 34º O "quorum" para a realização das reuniões e deliberações será de, no mínimo, metade dos
membros do CEMAAM com direito a voto.

Art. 35º As agendas das reuniões serão estabelecidas pelo Presidente do Conselho, ouvida a Secretaria
Executiva.
Art 36º. Os relatórios a serem apresentados durante a reunião deverão ser elaborados por escrito e
entregues à Secretaria Executiva, com 06 (seis) dias de antecedência a data da realização da reunião, para
fins de processamento e inclusão na agenda, salvo nos casos admitidos pela Presidência.

Art. 37º A Secretaria Executiva deverá distribuir, com antecedência, a agenda e os documentos referentes
aos assuntos a serem tratados nas reuniões.

Art. 38º Durante a exposição da matéria pelo Relator não serão permitidos apartes, com exceção os do
Presidente do Conselho.
§ 1 º Os membros do Conselho nos debates terão uso da palavra, que será concedida pelo Presidente, na
ordem em que for solicitada.
§ 2 º O Presidente do Conselho poderá conceder prorrogação do prazo.

Art. 39º Terminada a exposição do relatório, será a matéria posta em discussão, sendo assegurado o
tempo máximo de 10 (dez) minutos para cada membro do Plenário.

Art. 40º Considerando oportuno, ao julgar matéria de alta relevância, o Presidente do Conselho poderá
submeter o assunto à votação.
Parágrafo único. Somente terão direito ao voto os membros previstos no Art. 8º.

Art. 41º Das reuniões do Plenário serão lavrados sumários, que serão lidos e submetidos à aprovação dos
membros do Conselho na reunião subseqüente, para fins de publicação no Diário Oficial do Estado.

Art. 42º Para o fiel cumprimento das atribuições e competências a si outorgadas por esta Lei, o
CEMAAM, por seu Presidente ou Secretário Executivo, poderá requisitar servidores de órgãos e
entidades da Administração Direta, Indireta e Funcional, correndo as despesas correspondentes às
respectivas requisições por conta das repartições de origem, sem prejuízo de vencimentos, direitos e
demais vantagens desses servidores.

Art. 43º. Os órgãos locais são órgãos ou entidades da administração pública municipal cujas atividades
estejam associadas às de proteção, conservação e controle do uso dos recursos ambientais.

Art. 44º O CEMAAM articular-se-á com os órgãos locais e estabelecerá, através de deliberação
normativa, diretrizes para a cooperação técnica e administrativa entre o Estado e os municípios, mediante
convênio, com vistas à harmonização das respectivas competências em matéria de licenciamento e
fiscalização ambiental.

Art. 45º Até que seja aprovado o regimento interno do CEMAAM aplicam-se as disposições do Conselho
Nacional do Meio Ambiente, e demais dispositivos regulamentares, às reuniões do Plenário e das
Câmaras Técnicas, no que couber.

Art. 46º Para fins de recomposição do Plenário, no que se refere aos representantes previstos no Art. 8º ,
a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável solicitará as indicações aos
órgãos e entidades, publicando os editais de convocação no prazo do 20 (vinte) dias contados da data de
publicação desta Lei.

Art. 47º Revogam- se o Art. 64 e o Art. 65, da Lei Estadual nº 2.783/2001: a alínea “c”, inciso I, do Art.
2º, da Leu n º 2.783, de 31 de janeiro de 2003 e as demais disposições em contrário.

Art. 48º Esta Lei entra em vigor na data de publicação.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 18 de outubro de


2.005.

EDUARDO BRAGA
Governador do Estado

JOSÉ ALVES PACIFICO


Secretario de Estado Chefe da Casa Civil
VIRGÍLIO MAURÍCIO VIANA
Secretário de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

ISPER ABRAHIM LIMA


Secretário de Estado da Fazenda
DECRETO N. º 25.396, DE 27 DE OUTUBRO DE 2.005.

CRIA o Conselho Estadual de Pesca e


Aqüicultura (CONEPA) e dá outras
providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, no exercício da competência que lhe confere o


artigo 54, VI a, da Constituição Estadual, e

CONSIDERANDO o disposto no Decreto Federal n.º 5.069, de 05 de maio de 2.004, e o que consta no
Processo n.º 6.007/2.005-CASA CIVIL,

DECRETA:
Art. 1 º Fica criado o Conselho Estadual de Pesca e Aqüicultura - CONEPA, vinculado à Secretaria de
Estado de Produção Rural - SEPROR, tendo como finalidade propor a formulação de políticas, com vistas
a promover a articulação e o debate entre os diferentes níveis de governo e a sociedade civil organizada,
para o desenvolvimento e o fomento das atividades da pesca e da aqüicultura no Estado do Amazonas.

Art. 2 º Compete ao CONEPA:


I - subsidiar a formulação e a implementação de políticas públicas de estruturação, de competência da
Secretaria de Estado de Produção Rural - SEPROR, com base nos objetivos e metas estabelecidos, de
forma a atender, dentre outros
a) o desenvolvimento das cadeias produtivas da pesca e da aqüicultura;
b) as atividades de infra-estrutura de apoio à produção e comercialização do pescado e de fomento à pesca
e aqüicultura;
c) a regulamentação da cessão de águas públicas do Estado para exploração da aqüicultura, bem como
sobre a criação de parques e suas respectivas áreas aqüícolas;
d) normalização, respeitada a legislação ambiental, de medidas que permitam o aproveitamento
sustentável dos recursos pesqueiros migratórios e dos que estejam subexplorados ou inexplorados;
e) a manutenção, em articulação com os Municípios, de programas racionais de exploração da aqüicultura
em águas públicas e privadas; e
f) o acompanhamento da implementação das medidas e ações estabelecidas no plano estratégico aprovado
pela Conferência Estadual de Pesca e Aqüicultura;
II- propor estratégias de acompanhamento, monitoramento e avaliação, bem como de participação no
processo deliberativo de diretrizes e procedimentos das políticas relacionadas com o desenvolvimento e o
fomento das atividades da pesca e da aqüicultura;
III - propor a realização de estudos, debates e pesquisas sobre a aplicação e os resultados estratégicos
alcançados pelos programas desenvolvidos pela cadeia produtiva do pescado;
IV - promover, em parceria com organismos governamentais e não-governamentais, municipais,
nacionais e internacionais, a identificação de indicadores sociais, econômicos e ambientais, no sentido de
estabelecer metas e procedimentos com base nesses índices, para monitorar a aplicação das atividades
relacionadas com o desenvolvimento e o fomento das atividades de pesca e aqüicultura;
V - estimular a ampliação e o aperfeiçoamento dos mecanismos de participação e controle social, por
intermédio de uma rede nacional de órgãos colegiados estaduais, regionais e municipais, visando
fortalecer o desenvolvimento e o fomento das atividades de pesca e aqüicultura;
VI - propor a atualização da legislação relacionada com o desenvolvimento e o fomento das atividades de
aqüicultura e pesca;
VII - definir diretrizes e programas de ação; e
VIII aprovar seu Regimento Interno e decidir sobre as alterações propostas por seus membros.

Art. 3.º O CONEPA será presidido pelo Secretário de Estado de Produção Rural e terá a seguinte
composição:
I - um representante de cada órgão do Poder Executivo;
II - um representante do Poder Legislativo;
III- um representante de cada órgão de Pesquisas e Ensino;
IV – representantes das entidades da sociedade civil organizada;
V – empresários da pesca e aqüicultura;
§ l . º Os representantes de que tratam os incisos I e II, e seus respectivos suplentes, serão indicados pelos
titulares dos órgãos e entidades representados, por solicitação do Presidente do Conselho Estadual da
Aqüicultura e Pesca do Estado do Amazonas, após homologação ou escolha, no âmbito de cada entidade
representativa;
§ 2. º Participarão das reuniões,em caráter permanente, com direito a voz, os titulares das Secretarias
Executivas e das Gerências Regionais da Secretaria de Estado de Produção Rural - SEPROR.
§ 3. º As designações de conselheiros e substitutos, serão feitas pelo Presidente do Conselho;
§ 4.º Poderão participar das reuniões do CONEPA, personalidades representantes de órgãos públicos, e
entidades privadas como convidados, quando forem discutidos temas de alta relevância e constar o
convite na pauta dos trabalhos.

Art. 4. º Os representantes indicados terão mandatos de dois anos, podendo ser reconduzidos uma vez,
por igual período;
Parágrafo Único. O Regimento Interno do CONEPA disciplinará as normas e procedimentos sobre
controle presencial e participação dos conselheiros nos trabalhos de plenário, secretaria, comitês e grupos
temáticos;

Art. 5 º É facultado ao CONEPA, promover a realização de fórum, encontros ou seminários sobre temas
relevantes e constitutivos de sua agenda.

Art. 6 º A estrutura de funcionamento do CONEPA, compõe- se de:


I- Plenário;
II- Secretaria;
III – Comitês Técnicos; e
IV- Grupos Temáticos.
§ 1 º Os Comitês Técnicos terão caráter permanente.
§ 2 º Grupos Temáticos terão caráter temporário, com o fim de promover estudos e elaboração de
propostas sobre temas específicos, a serem submetidos à composição plenária do Conselho, que definirá
no ato de sua criação os objetivos específicos, a composição e o prazo para conclusão do trabalho.

Art. 7. º O Plenário do CONEPA deliberará mediante propostas encaminhadas pelos conselheiros à


Secretaria.
§ 1 º O CONEPA deliberará mediante resoluções por maioria simples dos conselheiros presentes, tendo
seu Presidente o voto de qualidade no caso de empate;
§ 2 º Para todas reuniões do CONEPA, serão elaboradas pautas de trabalhos e atas que serão divulgadas
amplamente nos casos de relevâncias.
§ 3 º - Em casos de extrema urgência o Presidente do CONEPA poderá deliberar ad referendum do
Plenário, que deverá ser referendado na próxima reunião do Conselho.

Art. 8 º - São atribuições do Presidente do CONEPA:


I - convocar e presidir reuniões do colegiado;
II - solicitar a elaboração de estudos, informações e posicionamento sobre temas de relevante interesse
público;
III- constituir e organizar o funcionamento dos Comitês Técnicos, dos Grupos Temáticos e convocar as
respectivas reuniões;
IV- indicar o Secretario do CONEPA;
V - firmar as atas das reuniões e homologar as resoluções;
VI- dar provimento às deliberações do Conselho.

Art. 9 º Caberá a SEPROR, realizar as ações de articulação no âmbito Estadual, Federal e Municipal, para
prover o apoio administrativo e os meios necessários à execução dos trabalhos da Secretaria do
CONEPA, seus Comitês e Grupos Temáticos.

Art. 10. O Regimento Interno do CONEPA, será aprovado pelo Plenário, no prazo de sessenta dias a
contar da data de lua instalação e as propostas de alterações deverão ser formalizadas perante a Secretaria
do Conselho que as submeterá a decisão do colegiado.

Art. 11. A participação nas atividades do CONEPA, dos Comitês Técnicos será considerada função
relevante, não remunerada.

Art. 12. As despesas com os deslocamentos dos membros integrantes do CONEPA, dos Comitês e
Grupos Temáticos poderão correr à conta das empresas ou entidades dos seus membros.
Art. 13. Para o cumprimento de suas funções administrativas, o CONEPA contará com recursos
orçamentários e financeiros da SEPROR.

Art. 14. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 27 de Outubro de


2.005.

EDUARDO BRAGA
Governador do Estado

JOSÉ ALVES PACIFICO


Secretario de Estado Chefe da Casa Civil

JOSÉ MELO DE OLIVEIRA


Secretario de Estado de Governo

JOSÉ MAIA
Secretario de Estado de Produção Rural

MARILENE CORRÊA DA SILVA FREITAS


Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia
INSTRUÇÃO NORMATIVA SDS/Nº. 006/2008, de 28 de fevereiro de 2008

O SECRETÁRIO DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO


SUSTENTÁVEL DO AMAZONAS, no exercício de suas atribuições legais e regimentais e,

CONSIDERANDO o art. 21 parágrafo 4º., inciso IV, o art. 33 parágrafo 2º., inciso II, art. 52 da LEI
COMPLEMENTAR nº. 53, de 05 de junho de 2007;

CONSIDERANDO que a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã possui características


ambientais favoráveis, para o desenvolvimento da atividade de pesca esportiva.

CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar a utilização dos recursos naturais na referida área, no


sentido de garantir a conservação ambiental da ictiofauna, a manutenção da piscosidade, bem como o
desenvolvimento do turismo de pesca esportiva ambientalmente sustentável.

CONSIDERANDO a participação dos moradores e prefeituras municipais do entorno na implementação


do zoneamento da área na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Uatumã.

RESOLVE:
Art. 1º - Estabelecer critérios e procedimentos para a pesca esportiva na Reserva de Desenvolvimento
Sustentável do Uatumã.
Parágrafo Único – Para efeito desta Instrução Normativa, ficam excluídas as áreas de lagos de
preservação e manutenção previstas no plano de Gestão da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do
Uatumã.

Art. 2º - A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, por intermédio do


CEUC, definirá regras de uso no sentido de estabelecer compromissos para manutenção do equilíbrio do
estoque pesqueiro e sua biodiversidade, além de providenciar a execução do ordenamento pesqueiro na
área.

Art. 3º - Será permitido ao pescador esportivo levar o pescado obtido em sua pescaria da seguinte forma:
a quantidade máxima de captura de 5 (cinco) quilos por pescador, por pescaria.

Art. 4º - Será admitida a captura de peixes para consumo imediato dentro da área especial de pesca, com
exceção das espécies sujeitas ao ordenamento pesqueiro no período do defeso e demais normas em vigor.

Art. 5º - O operador de turismo, além de cumprir com o disposto nesta instrução normativa deverá ainda:
I. Possuir licença ambiental de sua atividade emitida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas;
II. Autorização do CEUC para realização da atividade na unidade de conservação;
III. Enviar, no momento da renovação anual da licença ambiental de operação, ao Instituto de Proteção
Ambiental do Amazonas a planilha de controle do fluxo de pescadores que se hospedaram no
empreendimento ou barco-hotel e quantidades/peso de peixes capturados;
IV. Exigir a apresentação da carteira de licença estadual ou federal de pescador esportivo e comprovação
de vacina contra febre amarela;
V. Capacitar e contratar mão-de-obra local para atividades de apoio;
VI. Executar ações de educação ambiental junto aos funcionários do operador e pescadores esportivos;
VII. Manter lixeiras espalhadas nas estruturas flutuantes, guardar o lixo e depositá-lo em local apropriado.

Art. 6º - O IPAAM, para licenciar empreendimentos turísticos em Unidades de Conservação, deve ouvir
antes o CEUC, e incluir na licença de emitida as regra de uso repassada pelo CEUC.

Art. 7º - Os critérios de licenciamento para pessoa física e jurídica deverão obedecer aos estabelecidos na
legislação vigente.

Art. 8º - O CEUC deverá disponibilizar as áreas estabelecidas no zoneamento da Unidade de


Conservação para atividade, e controlar a entrada e saída dos pescadores esportivos, mediante sistema de
controle próprio, indicando as regras.
Art. 9º - A operadora deverá declarar no inicio de cada pescaria o número de pescadores e o roteiro de
pesca, e, ao final da pescaria, a quantidade de pescado capturado por espécie, observando-se a quantidade
máxima de captura determinado no artigo terceiro desta instrução.
Parágrafo Único. A declaração será entregue no posto de controle da Unidade de Conservação, que fará
constar em formulário específico a ser fornecido pelo CEUC, ficando uma via de posse da operadora,
para efetuar o pagamento e a segunda ficará retida no posto da UC.

Art. 10º - Será cobrado o valor provisório de R$ 20,00 (vinte reais) por cada pescador a título de taxa
diária de acesso, até que o Plano de Visitação da RDS Uatumã esteja concluído e aprovado pelo Conselho
Gestor, e R$ 4,00 (quatro reais) por quilo de peixe capturado, reajustado anualmente pelo IGP-M.
Parágrafo Primeiro. Estarão isentos da taxa diária de acesso, além da tripulação, os menores de 12 anos e
os maiores de 65 anos.

Art. 11º - O pagamento deverá ser feito/recolhido mediante depósito em conta específica da SDS em
nome Centro Estadual de Unidades de Conservação.
Parágrafo Primeiro. Os recursos da conta serão exclusivamente aplicados na Reserva de Desenvolvimento
Sustentável de Uatumã, conforme proposta apresentada pela Associação de Moradores e aprovada pelo
Conselho das Reserva do Uatumã, considerando o Plano de Gestão.
Parágrafo Segundo. O pagamento das taxas e demais encargos, previstas nesta Instrução Normativa, deve
incluir a destinação de no mínimo 10% para as atividades de supervisão e apoio à gestão do CEUC e de
até 10% para as atividades de supervisão e acompanhamento da ADS, e até 10% para as atividades de
articulação da Associação de Moradores.

Art. 12º - Compete à Associação Agroextrativista das Comunidades da RDS Uatumã:


I. Atuar, através dos moradores da reserva, no monitoramento das normas instituídas por esta Instrução
Normativa (IN);
II. Definir e indicar o nome de um morador que atuará como agente ambiental, no controle da pesca
amadora nas modalidades pesca-e-solte, e pesca-e-leve, na reserva;
III. Apoiar as ações do agente ambiental;
IV. Denunciar junto aos organismos competentes os infratores que não cumprirem as estabelecidas nesta
IN e no Plano de Gestão da RDS;
V. Discutir e definir em assembléia, e submeter à aprovação do Conselho Deliberativo da RDS, a
destinação dos recursos provenientes da atividade de uso público da RDS.

Art.13º - São consideradas práticas proibidas pelos pescadores esportivos:


I. O desmatamento nas margens do rio;
II. A utilização de redes, espinhel, explosivos, substâncias químicas, arrasto, aparelhos de mergulho com
oxigênio para pesca e outros apetrechos e atos considerados predatórios e irregulares pelo órgão
ambiental;
III. A utilização de anzóis e garatéias com farpas;
IV. O transporte de peixes capturados por pescador esportivo para fora dos limites da área da RDS
Uatumã sem o devido pagamento;
V. O lançamento de lixo que provoque a poluição do rio;
VI. A utilização de iscas vivas trazidas de fora da RDS;
VII. Uso de fogueira em acampamentos;
VIII. A caça e a coleta de fauna aquática e terrestre;
IX. Pescar fora da área destinada à pesca, conforme zoneamento da reserva.

Art. 14º - O não cumprimento das normas disciplinadoras contidas nesta Instrução Normativa e no plano
de gestão da área sujeitará os infratores a penalidades estabelecidas na legislação em vigor.

Art. 15º - Esta Instrução Normativa será complementada por regras adicionais estabelecidas pelo Plano
de Gestão da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, quando este for concluído.
Parágrafo Único. Caberá ao CEUC, realizar o credenciamento dos piloteiros e guias da comunidade.

Art. 16º - Esta Instrução Normativa entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas às
disposições em contrário.

VIRGÍLIO MAURÍCIO VIANA


Secretário de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

NELITON MARQUES DA SILVA


Presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas

DOMINGOS SÁVIO MOREIRA DOS SANTOS MACEDO


Coordenador do Centro Estadual de Unidades de Conservação
INSTRUÇÃO NORMATIVA SDS Nº 004/2008, DE 29 DE FEVEREIRO DE 2008

Normatiza a atividade de pesca esportiva do


pirarucu em caráter experimental em lagos da
Reserva de Desenvolvimento Sustentável de
Mamirauá.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO


SUSTENTÁVEL DO AMAZONAS, no uso das suas atribuições que lhe são conferidas, e:

CONSIDERANDO que as Unidades de Conservação Estaduais do Amazonas possuem recursos


pesqueiros e áreas com características ambientais favoráveis para o desenvolvimento de atividades da
pesca esportiva e do turismo ecológico.

CONSIDERANDO o potencial que as unidades de conservação possuem para diversificar atividades


econômicas sustentáveis com possibilidade para gerar emprego e renda às comunidades locais.

CONSIDERANDO que os resultados das pescarias experimentais realizadas por técnicos da SDS/ADS
em unidades de conservação indicaram, a viabilidade da captura do pirarucu com apetrechos, artes e
métodos da pesca esportiva.

CONSIDERANDO que é atribuição da SDS/CEUC promover o ordenamento socioambiental e


econômico de atividades sustentáveis com capacidade de gerar emprego e renda nas Unidades de
Conservação do Estado do Amazonas.

CONSIDERANDO a participação da Colônia de Pescadores Z-32 do município de Maraã no manejo do


pirarucu desde a implementação do zoneamento para o uso dos recursos pesqueiros na Unidade de
Conservação inserida na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá –RDSM, conforme plano
de gestão.

CONSIDERANDO demandas encaminhadas pela AMAZONASTUR e pela Colônia de Pescadores Z-32


do município de Maraã, para que a SDSADS realizassem estudos de viabilidade para a participação da
pesca esportiva em Unidades de Conservação Estadual, como nova alternativa de negócios para o turismo
sustentável e fontes geradoras de renda para comunidades localizadas em áreas com plano de manejo.

CONSIDERANDO as pesquisas e recomendações propostas no Plano de Gestão elaborado pelo Instituo


de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá – IDSM, com participação de técnicos, pesquisadores e
lideranças comunitárias, no qual indicam o ecoturismo como uma opção estratégica para geração de
recursos na área da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá;

CONSIDERANDO a Instrução Normativa 01 de 01 de junho de 2005 do IBAMA/AM que exclui da


proibição da pesca do pirarucu proveniente de áreas de manejo de unidades de conservação devidamente
autorizadas.

RESOLVE:
Art. 1º - Estabelecer critérios para o desenvolvimento de projetos experimentais visando a pesca
esportiva de pirarucu (Arapaima gigas) na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e em
outras unidade de conservação definidas pela SDS/CEUC, levando em conta todos os importantes
aspectos biológicos, tecnológicos, econômicos, sociais, ambientais e comerciais;
Parágrafo Primeiro - Autorizar a Agencia de Desenvolvimento Sustentável – ADS, em consonância com
o CEUC (Centro Estadual de Unidades de Conservação), conduzir as articulações visando o
estabelecimento de Termos de Cooperação ou outro instrumento legal apropriado, com empresas e
instituições, visando a implantação de Projetos Experimentais de pesca esportiva combinada com a pesca
manejada do pirarucu.
Parágrafo Segundo – Para efeito desta Portaria, ficam excluídas as áreas de lagos de preservação e
manutenção previstas no plano de gestão e/ou manejo pesqueiro.

Art. 2º - A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, por intermédio do


CEUC, deve aprovar previamente os instrumentos legais que vierem a ser firmados.
Art. 3º - Serão permitidas a pesca esportiva amadora nas modalidades de “pesque e solte”, “ pesque e
doe” e pesque e pague”, modalidade em que o pescador paga e leva o(s) exemplar(es) capturado(s) e,
nesse caso, obedecendo a capacidade suporte de cada lago definida pelas cotas estabelecidas anualmente
nas áreas com plano de manejo e negociadas entre as partes conforme critérios a serem estabelecidos nos
termos de cooperação.
Parágrafo primeiro: Na modalidade “pesque e doe” a doação deverá ser feita para a colônia, comunidade
local ou instituição de interesse público, conforme definição do termo de cooperação. Na modalidade
“pesque e pague” a aquisição e o pagamento deverá ser feito ao preço por quilo previamente estipulado
antes da pescaria ou conforme definição no termo de cooperação e deve seguir as normais legais vigentes
para o controle do transporte do pescado.
Parágrafo segundo: Na modalidade “pesque e solte” feita em lagos de pesca comercial, os peixes mortos
devido à captura por causa da pesca esportiva, devem ser subtraídos da cota anual permitida e devem ser
indenizados pelo empresário, ao preço por quilo previamente estipulado antes da pescaria ou conforme
definição do termo de cooperação.
Parágrafo terceiro: Na modalidade “pesque e solte”, em caso de morte de peixes das espécies de pesca
esportiva, deve ser paga uma taxa de reparação ambiental, conforme definido no termo de cooperação.
Parágrafo quarto: Na modalidade “pesque e solte”, caso sejam capturados outras espécies além do
pirarucu, não será permitido o transporte dos peixes para fora da unidade de conservação .

Art. 4º - Será admitida a captura de peixes para o consumo imediato dos pescadores esportivos, dentro da
UC de qualquer espécie e dentro da área de pesca esportiva, com exceção das espécies sujeitas ao
ordenamento pesqueiro, incluindo o defeso e o tamanho mínimo permitido.
Parágrafo primeiro: deve ser paga uma taxa de reparação ambiental para os peies consumidos pelos
pescadores esportivos, conforme definido no termo de cooperação.

Art. 5º - A pescaria esportiva do pirarucu tratada nesta IN é permitida após a contagem de pirarucu nos
lagos, em períodos definidos no termo de cooperação.
Parágrafo primeiro: No caso de “pesque e solte” em lagos destinados exclusivamente para a pesca
esportiva sem pesca comercial, previstos no plano de gestão ou acordo de pesca, esta atividade deve ser
desenvolvida somente após a contagem, independentemente da autorização anual para pesca comercial.
Parágrafo segundo: No caso da participação da pesca esportiva em lagos destinados à pesca comercial,
esta atividade deve ser desenvolvida somente após a contagem anual, definição das respectivas cotas e
autorização da pesca comercial.

Art. 5º - O operador de turismo, além de cumprir com o disposto nesta instrução normativa deverá ainda:
I – Possuir licença ambiental de sua atividade emitida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas;
II - Possuir o Termo de Cooperação assinado com o CEC e ADS;
III – Enviar, no momento da renovação anual da licença ambiental de operação, ao Instituo de Proteção
Ambiental do Amazonas a planilha de controle do fluxo de pescadores que se hospedaram no
empreendimento ou barco-hotel e quantidades/peso de peixes capturados;
IV – Exigir a apresentação da carteira de licença estadual ou federal de pescador esportivo e comprovação
de vacina contra febre amarela.
V – Capacitar e contratar mão-de-obra local para atividade de apoio;
VI – Executar ações de educação ambiental junto aos funcionários do operador e pescadores esportivos;
VII – Manter lixeiras espalhadas nas estruturas flutuantes, guardar o lixo e depositá-lo em local
apropriado;

Art. 6º - A operadora deverá informar aos signatários do Termo de Cooperação o número de pescadores
bem como a quantidade de pescado capturado por espécie, mensalmente, impresso ou via internet, e ao
final da pesca, por meio de relatório técnico.
Parágrafo Único – A declaração será feita com acompanhamento do agente ambiental da área ou chefe da
unidade de conservação, que fará constar em formulário especifico definido no Termo de Cooperação
Técnica.

Art. 7º - São consideradas práticas proibidas pelos pescadores:


I – o desmatamento nas margens do rio;
II – a utilização de redes, espinhel, explosivos substâncias químicas, arrasto, e outros apetrechos e atos
considerados predatórios e irregulares pelo órgão ambiental;
III - o transporte de peixes capturados por pescador esportivo para fora dos limites da unidade de
conservação sem a devida autorização.
IV – o lançamento de esgoto e lixo.

Art. 8º - O não cumprimento das normas disciplinadoras contidas nesta Instrução Normativa e no plano
de gestão da área sujeitará os infratores a penalidades estabelecidas na legislação em vigor.

Art. 9º - Após a avaliação dos projetos experimentais, a SDS/CEUC/ADS podem implementar projetos
de pesca esportiva em outras unidades de conservação.
Parágrafo 1º. Para as unidades de conservação que não têm plano de gestão, os projetos de pesca
esportiva devem ter um programa de monitoramento e podem ser implementados em no máximo 10% dos
lagos.

Art. 10º - O pagamento das taxas e demais encargos, previstos no termo de cooperação, deve incluir a
destinação de no mínimo 10% para as atividades de supervisão e apoio à gestão do CEUC e de no mínimo
10% para as atividades de supervisão e acompanhamento da ADS., conforme previsto no termo de
cooperação.

Art. 11º - Esta Instrução Normativa entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas às
disposições em contrário.

VIRGÍLIO MAURÍCIO VIANA


Secretário de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

DOMINGOS SÁVIO MOREIRA DOS SANTOS MACEDO


Coordenador do Centro Estadual de Unidades de Conservação - CEUC

RAIMUNDO VALDELINO RODRIGUES CAVALCANTE


Presidente da Agência de Desenvolvimento Sustentável – ADS
DOU de 05.02.96
PORTARIA IBAMA Nº 008, DE 02 DE FEVEREIRO DE 1996

O PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS


NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA, no uso das atribuições previstas no art. 24, da Estrutura
Regimental anexa ao Decreto no 78, de 5 de abril de 1991 e no art. 83, inciso XIV, do Regimento Interno,
aprovado pela Portaria GM/MINTER no 445, de 16 de agosto de 1989, e tendo em vista as disposições do
Decreto-lei no 221, de 28 de fevereiro de 1967, e da Lei no 7.679, de 23 de novembro de 1988, e

CONSIDERANDO o que consta do processo IBAMA no 02001.001974/93-62, resolve:

Art. 1º Estabelecer normas gerais para o exercício da pesca na bacia hidrográfica do Rio Amazonas.
Parágrafo único. Para efeito desta Portaria, entende-se por Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas, o Rio
Amazonas, seus formadores, afluentes, lagos, lagoas marginais, reservatórios e demais coleções d'água
sob domínio da União, exetuando-se a sub-Bacia do Rio Araguaia/Tocantins.

Art. 2º Proibir, na pesca profissional, o emprego dos seguintes aparelhos/métodos de pesca:


I - rede de arrasto de qualquer natureza;
II - armadilha do tipo tapagem com função de bloqueio: curral, pari, cacuri, cercada ou quaisquer
aparelhos fixos com esta função;
III - métodos de pesca que utilizem: batição, tóxicos e explosivos;
IV - rede de emalhar cujo comprimento seja superior a 150m (cento e cinqüenta metros) colocadas a
menos de 200m (duzentos metros) das zonas de confluência de rios, lagos, igarapés e corredeiras e, a uma
distância inferior a 100m (cem metros) uma da outra; e
V - rede elétrica ou quaisquer aparelhos que, através de impulsos elétricos, possam impedir a livre
movimentação dos peixes, possibilitando sua captura.

Art. 3º Proibir a utilização de qualquer aparelho de pesca cujo cumprimento seja superior a 1/3 (um
terço) da largura do ambiente aquático.

Art. 4º Proibir a pesca profissional e amadora nos seguintes locais:


I - a menos de 200m (duzentos metros) a montante e a jusante de cachoeiras e corredeiras;
II - a menos de 200m (duzentos metros) da confluência de fios; e
III - a montante e a jusante de barragens, a critério das Superintendências Estaduais do IBAMA.

Art. 5º Proibir a captura, o transporte e a comercialização das espécies abaixo relacionadas, cujos
cumprimentos totais sejam inferiores a:

Nome Comum Nome Cientifico Tamanho Mínimo

1.Pirarucu Arapaima gigas 150 cm


2.Surubim Pseudoplatystoma fasciatum 80 cm
3.Caparari Pseudoplatystoma tigrinum 80 cm
4.Tambaqui Colossoma macropomum 55 cm

§ 1º Para efeito de mensuração, define-se o comprimento total como sendo a distância tomada entre a
ponta do focinho e a extremidade da nadadeira caudal.
§ 2º Permitir a captura de, no máximo, 10% (dez por cento) de indivíduos com tamanhos inferiores ao
estabelecido no artigo anterior, sobre o total capturado por espécie.

Art. 6º Durante o transporte, terrestre ou aéreo, somente será fiscalizado o tamanho mínimo das espécies.

Art. 7º Aos infratores da presente Portaria serão aplicadas as penalidades previstas no Decreto-lei no 221,
de 28 de fevereiro de 1967, e demais legislação complementar, especialmente a na Lei no 7.679, de 23 de
novembro de 1988.

Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 9º Revogam-se as disposições em contrário, especialmente as Portarias no s 332, de 31 de julho de


1973, 14, de 31 de agosto de 1976, N-37, de 2 de dezembro de 1982, N-8, de 17 de março de 1984, N-52,
de 20 de dezembro de 1984, N-67, de 17 de janeiro de 1985, N-3, de 10 de janeiro de 1986, N-21, de 15
de agosto de 1986, N-39, de 2 de dezembro de 1987, N-41, de 4 de dezembro de 1987, N-42, de 4 de
dezembro de 1987, N-43, de 4 de dezembro de 1987 e N-2, de 23 de fevereiro de 1989, todas as extinta
SUDEPE, e as Portarias IBAMA no s 394, de 11 de julho de 1989, 1.412, de 11 de dezembro de 1989,
1.534, de 20 de dezembro de 1989 e 200, de 3 de março de 1990.

Raui Belens Jungmann Pinto


Presidente do IBAMA
DOU de 13.03.01
PORTARIA IBAMA Nº 01/2001 REPRESENTAÇÃO IBAMA/AM

O REPRESENTANTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS


RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA no Estado do Amazonas, no uso da competência
que lhe são conferidas pelos Artigos 68 e 89 do Regimento Interino do IBAMA, e Portarias Nº 618 de 20
de abril de 1994 e 93 de 09 de setembro de 1994, respectivamente, no que se refere ao Decreto-Lei Nº
221 de 28 de fevereiro de 1967, que dispõe sobre proteção e estímulo à pesca e dá outras providencias e
também no que se refere ao Artigo 2º da Lei Nº 7.676 de 23 de novembro de 1988, e o que consta na Ata
da Assembleia Geral Extraordinária da Colônia de Pescadores Z-12 de Manaus/AM do dia 03/01/2001.

RESOLVE
Art. 1º - Proibir no Estado do Amazonas a captura, o transporte e a comercialização das espécies abaixo
relacionadas, cujos comprimentos totais sejam inferiores a:

Nome Comum Nome Cientifico Tamanho Mínimo

Aruanã Osteoglossum bicirrhsum 44 cm


Osteoglossum ferrarai 40 cm
Curimatã Prochilodus nigricans 25 cm
Jaraqui Semaprochilodus insignis 20 cm
Semaprochilodus taeniurus 20 cm
Pacú Mylossoma spp 15 cm
Tucunaré Cicchla spp 25 cm

Parágrafo Único - Para efeito de mensuração, define-se o comprimento total como sendo a distância toma
entre a ponta do focinho e a extremidade da nadadeira caudal.

Art. 2º - A tolerância máxima será de 10% de indivíduos com tamanhos inferiores ao estabelecido no
artigo anterior, sobre o total capturado pôr espécie.

Art. 3º - Durante o transporte será fiscalizado o tamanho mínimo das espécies.

Art. 4º - Aos infratores da presente Portaria serão aplicadas as penalidades previstas na legislação
vigente.

Art. 5º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 6º - Revogam-se as disposições em contrario.

José Leland Juvêncio Barroso


Representante Substituto.
PORTARIA CONJUNTA IBAMA/GEREX/AM-DFA/AM Nº 1, DE 6 DE MAIO DE 2002

O GERENTE EXECUTIVO DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS


RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA, no uso das atribuições, conferidas pelo
Regimento Interno, aprovado pela Portaria GM/MINTER nº 445, de 16 de agosto de 1989, e pelo Decreto
nº 3.059, de 17 de maio de 1999;
O DELEGADO FEDERAL DE AGRICULTURA NO ESTADO DO AMAZONAS, usando da
competência que lhe foi delegada pelo artigo 62, item XI do Regimento Interno das Delegacias, Portaria
nº 576, de 8 de dezembro de 1998 e publicado no D.O.U de 29 de dezembro de 1998, resolvem:

CONSIDERANDO o disposto nos artigos 5º e 26 do Decreto-Lei nº 221, de 28 de fevereiro de 1967;

CONSIDERANDO a recomendação 001/95 do Ministério Público do Amazonas;

CONSIDERANDO que o transporte de peixes em barcos de cargas e passageiros, conhecidos como


“Barcos de Recreio”, vem prejudicando as atividades de pesca profissional no Estado do Amazonas, na
medida em que concorrem com a frota pesqueira devidamente registrada no órgão competente;

CONSIDERANDO que o transporte de pescado em barcos não habilitados, vem dificultando o controle e
monitoramento das movimentações do pescado no Estado do Amazonas, que tais barcos, vem
contribuindo em grande escala para o cometimento de crimes contra a fauna ictiológicas, previstas na Lei
nº 9.605, de fevereiro de 1998, obstaculizando a consolidação do ordenamento pesqueiro em seus
diversos aspectos, estimulando a pesca destrutiva, promovendo o aumento do esforço de pesca e
consequentemente a aceleração do esgotamento de espécies ícticas endêmicas no Estado do Amazonas;

CONSIDERANDO que é dever institucional a adoção de medidas que objetivem o disciplinamento do


uso dos recursos naturais, resolve:

Art 1º Proibir o transporte de peixes, em volume comercial ou de qualquer volume que indique atos
comerciais, em barcos que não pertençam a categoria E-2-M assim classificados pela Capitania dos
Portos e devidamente registrados no órgão competente como embarcação de pesca.

Art 2º Estabelece o limite de transporte de pescados em 100kg (cem quilos) por embarcação que não
esteja registrada na Capitania dos Portos e no órgão competente como embarcação de pesca.
Parágrafo Único O transporte de pescados em embarcação que não esteja registrada na Capitania dos
Portos e no órgão competente como embarcação de pesca deverá estar acompanhada da licença (original)
de pesca amadora, quando oriunda desta modalidade esportiva, respeitando as demais normas vigentes.

Art 3º Os infratores da presente Portaria estarão sujeitos as sanções previstas na Legislação pertinente em
vigor.

Art 4º Esta Portaria entrará em vigor a partir de 30 dias da data de sua publicação.

Art 5º Revogam-se as disposições em contrário.

José Leland J. Barroso


Gerente Executivo I IBAMA/AM

Jamil Tuffi Sarmento Nicolau


Delegado Federal de Agricultura no Amazonas
DOU de 26/7/2004
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 43, DE 23 DE JULHO DE 2004

O PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS


NATURAIS RENOVÁVEIS-IBAMA, no uso das atribuições previstas no art. 24, Anexo I, da Estrutura
Regimental aprovado pelo Decreto nº 4.756, de 20 de junho de 2003, e art. 95, item VI do Regimento
Interno aprovado pela Portaria GM/MMA nº 230, de 14 de maio de 2002;

CONSIDERANDO, as disposições do Decreto-lei nº. 221, de 28 de fevereiro de 1967;

CONSIDERANDO, ainda, o que consta do processo IBAMA n° 02001.001935/2003-80; resolve:

Art. 1º - Proibir, no exercício da pesca em águas continentais, o uso dos seguintes aparelhos e métodos:
I- redes de arrasto e de lance, de qualquer natureza;
II- redes de espera com malhas inferiores a 70 mm, entre ângulos opostos, medidas esticadas e cujo
comprimento ultrapasse a 1/3 da largura do ambiente aquático, colocadas a menos de 200m das zonas de
confluência de rios, lagoas e corredeiras a uma distância inferior a 100 metros uma da outra;
III- tarrafas de qualquer tipo com malhas inferiores a 50 mm, medidas esticadas entre ângulos opostos;
IV- covos com malhas inferiores a 50 mm colocados a distância inferior a 200 metros, das cachoeiras,
corredeiras, confluência de rios e lagoas;
V- fisga e garatéia, pelo processo de lambada;
VI- espinhel, cujo comprimento ultrapasse a 1/3 da largura do ambiente aquático e que seja provido de
anzóis que possibilitem a captura de espécies imaturas;
VII- rede eletrônica ou quaisquer aparelhos que, através de impulsos elétricos, possam impedir a livre
movimentação dos peixes, possibilitando sua captura;
VIII- explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeitos semelhantes;
IX- substâncias tóxicas;
X- aparelho de mergulho com respirador artificial na pesca subaquática, exceto para pesquisa autorizada
pelo Ibama;
XI- sonoro;
XII- luminoso.
§ 1º Para efeito desta Instrução Normativa entende-se por águas continentais os rios, ribeirões, lagos,
lagoas, açudes ou quaisquer depósitos de água doce, naturais ou artificiais e os canais que não tenham
ligação com o mar.
§ 2º Esta Instrução Normativa não substitui as normatizações das bacias que possuem instrumentos
específicos restringindo o uso de aparelhos e métodos de pesca.

Art. 2º Fica proibido qualquer tipo de pesca praticada a menos de 200 metros à jusante e à montante das
barragens, cachoeiras, corredeiras e escadas de peixe.

Art. 3º Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas as sanções previstas na Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999.

Art. 4º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário, especialmente a Portaria nº 466, de 8 de novembro de 1972.

MARCUS LUIZ BARROSO BARROS


DOU 22/06/2004
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 34, DE 18 DE JUNHO DE 2004

O PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS


NATURAIS RENOVÁVEIS-IBAMA, no uso das atribuições previstas no art. 24, Anexo I, da Estrutura
Regimental aprovado pelo Decreto Nº 4.756, de 20 de junho de 2003, e art. 95, item VI do Regimento
Interno aprovado pela Portaria GM/MMA Nº 230, de 14 de maio de 2002;

CONSIDERANDO, as disposições do Decreto-lei Nº 221, de 28 de fevereiro de 1967; e da Lei nº 7.679,


de 23 de novembro de 1988;

CONSIDERANDO, ainda, o que consta do Processo IBAMA n° 02001.001298/2004-22, resolve:

Art. 1° Estabelecer normas gerais para o exercício da pesca do pirarucu (Arapaima gigas) na Bacia
Hidrográfica do Rio Amazonas.
Parágrafo único. Entende-se por bacia hidrográfica, o rio principal, seus formadores, afluentes, lagos,
lagoas marginais, reservatórios e demais coleções de água.

Art. 2º Proibir anualmente, a captura, a comercialização e o transporte do pirarucu (Arapaima gigas),


conforme segue:
I - nos Estados do Amazonas, Pará, Acre e Amapá, no período de 1º de dezembro a 31 de maio;
II - no Estado de Rondônia, no período de 1º de novembro a 30 de abril;
III - no Estado de Roraima, no período de 1º março a 31 de agosto.

Art. 3º As áreas de pesca de pirarucu, cujos estudos indiquem estado de sobrepesca, poderão ser
fechadas a qualquer momento.

Art. 4º É Permitido a captura, a comercialização e o transporte do pirarucu com as seguintes medidas de


tamanho mínimo:
I - 1,50 metros de comprimento total, para o peixe inteiro;
II - 1,20 metros de comprimento total para a manta fresca;
III - 1,10 metros de comprimento total para a manta seca.
§1º Para efeito desta Instrução Normativa, considera-se a manta o produto inteiro resultante do corte
longitudinal medido da região anterior do opérculo, até a última vértebra caudal.
§2º É vedado o seccionamento horizontal da manta úmida, para composição do produto final.

Art. 5º Exclui-se desta proibição:


I - espécimes provenientes de piscicultura devidamente registrada, e acompanhados de comprovante de
origem;
II - a pesca de caráter científico autorizada pelo IBAMA.

Art. 6º Fixar o 2º dia útil após o início do defeso como prazo máximo para declaração, ao
IBAMA, dos estoques "in natura", resfriados, congelados ou em manta seca do pirarucu, conforme Anexo
I desta Instrução Normativa.
Parágrafo único. Durante o transporte, o produto deverá estar acompanhado da Guia de Transito para
Pescado, conforme Anexo II.

Art. 7º Os Gerentes Executivos do IBAMA, nos estados que compõem a bacia Amazônica, no âmbito de
sua jurisdição, poderão estabelecer instrumentos normativos complementares a esta Instrução Normativa,
para restringir a pesca do pirarucu.

Art.8º Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas as penalidades previstas na Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999.

Art.9º Esta Instrução Normativa entrará em vigor na data da sua publicação.

Art.10 Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Portaria nº 480, de 4 de março de 1991


e a Portaria nº 14-N, de 15 de fevereiro de 1993.

MARCUS LUIZ BARROSO BARROS


ANEXO

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA


INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
RENOVÁVEIS – IBAMA

ANEXO I

DECLARAÇÃO DE ESTOQUE Nº

1 Nome da Empresa/Pessoa Física 2 CNPJ/CPF 3 Registro no IBAMA


4 Categoria 5 Endereço
6 Data da Saída 7 Município 8 UF

DESCRIÇÃO DO PRODUTO

9 ESPÉCIE 10 Nome 11 Grau de 12 Quantidade 13 Peso 14 Tipo de Embalagem


Nome Científico Vulgar Industrialização (Unidade) (Kg)

15 Endereço de Armazenamento 16.Municipio


17 UF 18 Data
23 Assinatura do Responsável 24 Para uso da Repartição Fiscal IBAMA
Observação:
Válida para com o carimbo marca dágua e liberação do IBAMA,
Esta guia não deverá possuir rasuras ou ressalvas.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
RENOVÁVEIS – IBAMA

ANEXO II

GUIA DE TRÂNSITO PARA PESCADO Nº

1 Nome da Empresa/Pessoa Física 2 CNPJ/CPF 3 Registro no IBAMA


4 Categoria 5 Endereço
6 Data da Saída 7 Município 8 UF

PRODUTO PESQUEIRO

9 ESPÉCIE 10 Nome 11 Grau de 12 Quantidade 13 Peso 14 Tipo de


Nome Científico Vulgar Industrialização (Unidade) (Kg) Embalagem

DESTINO DO PRODUTO PESQUEIRO

15 Destinatário 16 Endereço
17 País 18 Município 19 UF
BRASIL
20 Meio de Transporte 21 Nº Documento Fiscal
[ ] Aéreo [ ] Rodoviário [ ] Fluvial
Vôo: Placa da Carreta: B/M:
22 Data da Emissão 23 Assinatura do Responsável Para uso da Repartição Fiscal
IBAMA
IMPORTANTE :
1- Esta guia terá validade até o ----- dia após a data de sua emissão.
2- Válida para transporte nacional e internacional com o carimbo marca d´água e liberação do IBAMA,
3- Esta guia não deverá possuir rasuras ou ressalvas.

1ª Via Acompanha o Produto - 2ª Via Contribuinte - 3ª Via IBAMA


DOU 07.06.2005
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
RENOVÁVEIS
GERÊNCIA EXECUTIVA EM MANAUS

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1, DE 1º DE JUNHO DE 2005

O GERENTE EXECUTIVO DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS


RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA no Estado do Amazonas, no uso da competência
que lhe foi delegada pela Portaria 125/2003, de 02 de abril de 2003, publicada no Diário Oficial da União
em 04 de abril de 2003 e, Considerando, o que consta no Art. 7º da Instrução Normativa de Nº 34/2004,
de 18 de junho de 2004;

CONSIDERANDO as disposições do Decreto-lei Nº 221, de 28 de fevereiro de 1967, e da Lei nº 7.679,


de 23 de novembro de 1988; e Considerando, ainda, o que consta dos Processos IBAMA n°
02001.001298/2004-22 e 02005.001159/04-70, resolve:

Art. 1º Proibir anualmente a pesca, o transporte, a armazenagem e a comercialização do pirarucu


(Arapaima gigas) no estado do Amazonas, durante o período de 1º de junho de a 30 de novembro.

Art. 2º Exclui-se desta proibição, os produtos oriundos de piscicultura devidamente registrada, e


acompanhados de comprovante de origem, bem como a pesca de caráter científico e pesca proveniente
dos manejos de lagos autorizados pela GEREX/AM.

Art. 3º A autorização para pesca em áreas de manejo obedecerá aos seguintes princípios:
I- as áreas manejadas deverão estar situadas em unidades de conservação de uso direto ou inseridas em
Acordos de Pesca baseados na Instrução Normativa IBAMA nº 29, de 31 de dezembro 2002;
II- a entidade interessada deverá apresentar um projeto de uso do recurso que inclua uma contagem da
população de pirarucus, da qual será estipulada uma cota de animais adultos pelo IBAMA; e,
III- a comercialização e o transporte deste pescado manejado obedecerá ao controle do IBAMA, por meio
de Guia de Trânsito e de Comercialização de Pescado respectivamente (anexo I), assim como do uso de
lacres numerados que identifiquem a origem dos animais.

Art. 4º Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas as penalidades previstas na Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999.

Art. 5º Esta Instrução Normativa entrará em vigor na data de sua publicação.

HENRIQUE DOS SANTOS PEREIRA


DOU Seção I 30.09.2005
GABINETE DA MINISTRA
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 35, DE 29 DE SETEMBRO DE 2005

A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no uso das suas atribuições e tendo em vista o
disposto no art. 27, §6º, inciso I da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003, no art. 3o do Decreto no 4.810,
de 19 de agosto de 2003, no Decreto-Lei no 221, de 28 de fevereiro de 1967, na Lei no 7.679, 23 de
novembro de 1988e na Instrução Normativa IBAMA no 29, de 31 de dezembro de 2002, e o que
considerando o que consta do Processo IBAMA no 02001.4606/2003-91, resolve:

Art. 1º Fica proibido, anualmente, no período de 1º de outubro a 31 de março, a pesca, o transporte, a


armazenagem, o beneficiamento e a comercialização do tambaqui (Colossoma macropomum) na bacia
hidrográfica do rio Amazonas.
Parágrafo único. Entende-se por bacia hidrográfica, o rio principal, seus formadores, afluentes, lagos,
lagoas marginais, reservatórios e demais coleções de água.

Art. 2º Excluem-se da proibição prevista no artigo 1º:


I - os produtos oriundos de piscicultura devidamente registrados e acompanhados de comprovante de
origem;
II - a pesca científica devida e previamente autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; e
III - a pesca proveniente dos manejos de lagos autorizados pelo IBAMA.

Art. 3º Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas às penalidades e sanções,
respectivamente, previstas na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto no 3.179, de 21 de
setembro de 1999.

Art. 4º Esta Instrução Normativa entrará em vigor na data de sua publicação.

MARINA SILVA
DOU Nº 213, terça-feira, 6 de novembro de 2007
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS
PORTARIA Nº 48, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2007

O PRESIDENTE SUBSTITUTO DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS


RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS IBAMA, no uso das suas atribuições legais previstas no art.
22, inciso V, do Anexo I, da Estrutura regimental, aprovada pelo decreto nº 6.099, de 26 de abril de 2007;

CONSIDERANDO, o Decreto-Lei nº 221, de 28 de fevereiro de 1967, e a Lei 7.679, de 23 de novembro


de 1998;

CONSIDERANDO, o disposto no Decreto nº 5.583, de 16 de novembro de 2005, que autoriza o IBAMA


a estabelecer normas para a gestão do uso sustentável dos recursos pesqueiros de que trata o §6ºdo art. 27
da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003; e,

CONSIDERANDO, ainda, o que consta do Processo nº 02001.004606/2003-91, resolve:

Art. 1º Estabelecer normas de pesca para o período de proteção à reprodução natural dos peixes, na bacia
hidrográfica do rio Amazonas, nos rios da Ilha do Marajó, e na bacia hidrográfica dos rios Araguari,
Flexal, Cassiporé, Calçoene,Cunani e Uaça no Estado do Amapá.
§1º O período de defeso, as proibições e permissões de caráter específico de cada Estado integrante da
bacia constam nos Anexos I e II desta Portaria.
§2º Para efeito desta Portaria entende-se por bacia hidrográfica: o rio principal, seus formadores,
afluentes, lagos, lagoas marginais, reservatórios e demais coleções de água.

Art. 2º Excluir das proibições específicas mencionadas no Anexo II desta Portaria:


I - a pesca de caráter científico autorizada pelo órgão ambiental competente; e
II - a pesca exercida por pescadores profissionais artesanais e amadores que utilizem linha de mão ou
vara, linha e anzol, na forma do disposto no art. 1o, §1o, da Lei no 7.679, de 23 de novembro de 1988,
quando não houver normas estaduais mais restritivas.

Art. 3º Estabelecer, durante os períodos de defeso definidos no Anexo I desta Portaria, o limite de captura
e transporte:
I - de até cinco quilos (5 kg) de peixes mais um exemplar, aos pescadores amadores devidamente
licenciados e àqueles dispensados de licença na forma do art. 29, do Decreto-lei nº 221, de 28 de fevereiro
de 1967, com redação dada pela Leis nº 6.585, de 24 de outubro de 1978 e Lei no 9.059, de 13 de junho
de 1995; e
II - de até dez quilos (10 kg) de peixe, por dia, para subsistência das populações ribeirinhas.
§1º Para efeito desta Portaria, entende-se por pesca de subsistência: aquela praticada artesanalmente por
populações ribeirinhas e/ou tradicionais, para garantir a alimentação familiar, sem fins comerciais.
§2º O disposto neste artigo não se aplica aos pescadores no Estado de Mato Grosso.
§3º Deverão ser respeitados os tamanhos mínimos de captura estabelecida em normatização específica.
§4º Para efeito de mensuração na fiscalização, o pescado deverá estar inteiro.

Art. 4º Proibir, nos períodos de defeso, a realização de campeonatos e gincanas de pesca em águas
continentais.

Art. 5º Durante o transporte, o produto da pesca oriundo de locais com período de defeso diferenciado,
ou de outros países, deverá estar acompanhado de comprovante de origem, sob pena de apreensão do
pescado e dos petrechos, equipamentos e instrumentos utilizados na pesca.

Art. 6º O transporte, a comercialização, o beneficiamento, a industrialização e o armazenamento do


pescado proveniente de pisciculturas ou pesque-pagues/pesqueiros, só serão permitidos se originários de
empreendimentos devidamente registrados no órgão competente e com a comprovação de origem.

Art. 7º Fixar o segundo dia útil após o início do defeso, como prazo máximo para a declaração ao órgão
ambiental competente, dos estoques de peixes in natura, resfriados ou congelados, provenientes de águas
continentais, existentes nos frigoríficos, peixarias, entrepostos, postos de venda, bares, hotéis, restaurantes
e similares.
Art. 9º Aos infratores da presente Portaria serão aplicadas as penalidades e sanções, respectivamente,
previstas na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999.

Art. 10. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 11. Revoga-se a Instrução Normativa nº 149, de 11 de janeiro de 2007.

BAZILEU ALVES MARGARIDO NETO

ANEXO I
Períodos de defeso por trecho da bacia hidrográfica do rio Amazônica, dos rios da Ilha do Marajó e
outras bacias hidrográficas no estado do Amapá.

PERÍODO
DISCRIMINAÇÃO POR TRECHO
INÍCIO FINAL
1. - Bacia Amazônica
a) Estado de Mato Grosso 5/11 29/02
b) Estado do Acre 15/11 15/03
c) Estado do Amazonas 15/11 15/03
d) Estado de Rondônia 15/11 15/03
e) Estado do Amapá 15/11 15/03
f) Estado de Roraima 1º/03 30/06
g) Estado do Pará 15/11 15/03
h) Rios da Ilha de Marajó 1º/01 30/04
2) Outras bacias no Estado do Amapá: Araguari, Flexal, Cassiporé, 15/11 15/03
Calçoene, Cunani, Uaça.

ANEXO II
Descrição das proibições e permissões específicas

ESTADO PROIBIÇÕES E PERMISSÕES ESPECÍFICAS


1. BACIA AMAZÔNICA
a) Rios do estado Ficam proibidas as pescas profissional e amadora, e permitida a pesca de
de Mato Grosso subsistência com cota de captura de três quilos (3kg) de peixes ou um exemplar.
b) Rios do estado Fica proibida a pesca da dourada (Brachyplatystoma rosseauxii), piraíba
do (Brachyplatystoma filamentosum) pirapitinga (Piaractus brachypomus), caparari
Acre (Pseudoplatystoma tigrinum), aruanã (Osteoglossum bicirrhosum), jaraqui
(Semaprochilodus spp), mapará (Hypophthalmus spp.), sardinha (Triportheus spp.),
matrinxã (Brycon spp), pacu (Mylossoma spp.).
c) Rios do estado Fica proibida a captura, o transporte, a comercialização, o armazenamento e
do Amazonas beneficiamento das espécies: pirapitinga (Piaractus brachypomus), mapará
(Hypophthalmus spp.), sardinha (Triportheus spp.), pacu (Mylossoma spp.) e aruanã
(Osteoglossum bicirrhosum), matrinxã (Brycon spp).
A constatação do ato doloso de acobertamento de espécie proibida por
transportador, comerciante, armazenador ou beneficiador, implicará na perda total
do lote, independente da espécie.
Fica proibida a pesca num raio de 1500m (mil e quinhentos metros), nas
confluências dos sistemas dos rios e corpos d’água explicitamente mencionados:
Bacia do rio Purus: todo corpo d’água desses afluentes, bem como suas
confluências - No município de Boca do Acre: Lagos da Santana e Anuri, Igarapé
Natal e rio Inauini. No município de Lábrea: rios Acimã, Tumiã, Ituxi, Sapatini e
Passiá. No município de Pauini: rios Pauini, Teuini e Inauini. No município de
Tapauá: lago do Aiapuá e rio Ipixuna. No município de Canutama: rio Mucuim e
Ipixuna.
Bacia do rio Solimões: todo corpo d’água desses afluentes, bem como suas
confluências No município de Jutaí: rio Jutaí. No município de Santo Antônio do
Içá: rio Içá. No município de Coari: lagos de Coari, Mamiá, Aroan e Urucu. No
município de Manacapuru: rio Manacapuru (do igarapé do Ena para cima), paraná
do Manaquiri, lagos Jacaré, Preto e Marajá. No município de Tabatinga: lago Caial.
No município de Tonantins: boca do lago Grande e foz do rio Tonantins. No
município de Amaturá: rio Acuruí. No município de São Paulo de Olivença: rio
Jacurapá e lago Juarape. No município de Atalaia do Norte: rio Javari e lago
Jatimana. No município de Tefé: de Vila Valente até Barreira das Missões de Baixo,
lago Caiambé, foz do rio caiambé com rio Solimões e foz do rio Catauá com rio
Solimões.
No município de Alvarães: desembocadura do igarapé de Alvarães até o lago de
Tefé. No município de Uarini: da boca do paraná do Padre até Santa Domícia. No
município de Iranduba: lagos Xibuí, Ariauzinho, Grande, Batata, Batatinha,
Laguinho, Manixi, Soares, Janauari, Moura, Castanha Grande, Castanhinha, Jacaré,
Limão, Paraná/Estirão.
Bacia do rio Juruá: todo corpo d’água desses afluentes, bem como suas
confluências – No município de Eirunepé: igarapés Grande, Itucumã,
Simpatia, Matrinchã e Veneza. No município de Itamarati: igarapé do Índio. No
município de Juruá: rios Tucumã, Arapari e Breu, lagos Andirá, Negócio e Boa
Vista. No município de Carauari: Jaraqui, lago de Samaúma e rio Tucumã.
Bacia do rio Madeira: todo corpo d’água desses afluentes, bem como as suas
confluências - No município de Humaitá: rios Puruê e Beém. No município de
Manicoré: lago do Acará (bacia do Matupiri), rios Matauará e Manicoré, e igarapé
do Baetas. No município de Nova Olinda do Norte: lagos das Cobras e Curupira.
Bacia do rio Negro: todo corpo d’água desses afluentes, bem como as suas
confluências No município de Novo Airão: rio Jauaperi (abaixo do Rio Macucuaú).
Bacia do rio Japurá: todo corpo d’água desses afluentes, bem como as suas
confluências. No município de Japurá: paranás do Boá-Boá, Tanauam, Puruê,
Igualdade e Acanauí, lagos do Maparí, Macupirí, Santa Luzia, São Pedro, São João,
Cartilho, Santo Antônio, Piranha, Rasga, Mainã e Carapato, e os igarapés Preto,
Macueru, Mainã e Carapato.
Bacia do rio Amazonas: todo corpo d’água desses afluentes, bem como as suas
confluências. No município de Parintins: lagos do Mocambo do Arari e Comprido,
rio Uaicurapá, complexo do Macuricanã, lago Grande do Paraná de Parintins. No
município de Boa Vista do Ramos: lago Preto. No município de Barreirinha: rio
Andirá, lagos do Machado e do Boto. No município de Nhamundá: lagos Arua,
Jaboti I e II, Mamuriaca, Acari, Buiuçu e Matipucu, e complexo do Macuricanã. No
município de Silves: lago do Canaçari. No município de Itacoatiara: rio Urubu,
confluências dos rios Abacaxi (Maués/Itacoatiara), Preto do Pantaleão, Acará
Grande e lago Arari.
d) Rios do estado Fica proibida, na bacia do rio Madeira: a captura de pescada (Plagioscion
de Rondônia squamosissimus), surubim (Pseudoplatystoma fasciatum), caparari
(Pseudoplatystoma tigrinum) pirapitinga (Piaractus brachypomus), jatuarana
(Brycon spp). As espécies dourada (Brachyplatystoma rousseauxii) e filhote
(Brachyplatystoma filamentosum) só poderão ser capturadas com tamanho superior
a 65cm, medido sem cabeça.
Fica proibida, na bacia dos rios Guaporé/Mamoré, a captura de todas as espécies,
excetuando-se piranha (Pygocentrus nattereri) piau (Leporinus spp), pirarara
(Phractocephalus hemioliopterus), traíra (Hoplias malabaricus), cuiu-cuiu/cubiu
(Oxydoras niger), branquinha (Curimata inornata), bodo (Liposarcus pardalis ),
pacu (Myleus spp), Jaú (Paulicea luetkeni), acará (Astronotus ocellatus) e jaraquí
(Semaprochilodus insignis).
A espécie filhote (Brachyplatystoma filamentosum) só poderá ser capturada com
tamanho superior a 65cm, medido sem cabeça.
Fica proibida a pesca na bacia dos rios Guaporé/Mamoré, da boca do rio Mamoré
até o braço superior do rio Rolim de Moura, com exceção da sua calha, e no rio
Pacaás Novos (entre a localidade “Poção” até 200m a jusante da calha do rio
Mamoré).
Fica proibida a pesca no rio Guaporé, no trecho entre o braço superior do rio Rolim
de Moura, até a divisa dos estados do Mato Grosso com Rondônia, bem como todo
rio que deságua nesse trecho, bem como todas as espécies.
Fica proibida a pesca na bacia do rio Madeira, com exceção de sua calha, no trecho
entre a divisa do estado do Amazonas com Rondônia até a boca do rio Mamoré e o
rio Jamari em toda a sua extensão. O transporte do pescado oriundo de aquicultura e
pesque-pague deverá ser acompanhado, ainda, da Guia de Transporte emitida por
órgão ambiental competente.
e) Rios no estado Bacia do Rio amazonas e seus tributários: Fica proibida a pesca de: aracu
do Amapá (Schizodon spp.) piau (Leporinus spp.) curimatã (Prochilodus nigricans), jeju
(Hoplerythrinus unitaeniatus e Erythrinus erythrinus), pacu (Myleus spp. e
Mylossoma spp.), traíra (Hoplias malabaricus), tamoatá (Hoplosternum spp.),
apaiarí (Astronotus ocellatus), tambaqui (Colossoma macropomum), pirapitinga
(Piaractus brachypomus), piranha (Pygocetrus nattereri), anujá (Parauchenipterus
galeatus), branquinha (Curimata amazonica e C. inorata, Potamorhina latior, P.
altamazonica), e matrinxã (Brycon cephalus), mapará (Hypophtalmus spp), sardinha
(Triporteus sp), aruanã (Osteoglossum bicirrhosum) e pescada branca (Plagioscion
squamosissimus).
Bacias dos rios Araguari, Flexal, Cassiporé, Calçoene, Cunani, Uaçá e seus
tributários: Fica proibida a pesca de: Aracu (Schizodon spp.Piau, Leporinus spp),
Curimatã (Prochilodus nigricans), Tambaqui (Colossoma macropomum),
Pirapitinga (Piaractus brachypomus), Pacu, Pacu ferro(Myleus sp. e Mylossoma
spp), Matrinchã/ Jatuarana (Brycon cephalus), Branquinha (Curimata amazonica, C.
inorata, C.tamaz, C.Cyprnoides), Curupeté (Utiaritichthys senuaebragai), Cumaru
(Myleus sp), Trairão (Hoplias lacerdae), Traíra(Hoplias malabaricus) Jeju
(Hoplerythrinus unitaeniatus), Anujá (Parauchenipterus galeatus), Tamoatá
(Holphosternum litoralle) Apaiari (Astronotus ocellatus), Aruanã (Osteoglossum
bicirrhosum), Pirapema (Megalops atlanticus).
f) Rios do Fica proibida a captura de: pirapitinga (Piaractus brachypomus), curimatá
estado do (Prochilodus nigricans), mapará (Hipophthalmus spp), aracu (Schizodon spp.), pacu
Pará (Myleus spp. e Mylossoma spp.), jatuarana (Brycon spp), fura calça (Pimelodina
flavipinnis), Branquinha (Curimatá amazonica, C.inorata).
g) Rios do estado Fica proibida a pesca em todos os rios do estado. Permitida somente a pesca de
de Roraima subsistência.
h) Rios da Ilha do Fica proibida a pesca de: aracu (Schizodon spp.) piau (Leporinus spp.), curimatã
Marajó (Prochilodus nigricans), jeju (Hoplerythrinus unitaeniatus e Erythrinus erythrinus),
pacu (Myleus spp. e Mylossoma spp.), traíra (Hoplias malabaricus), tamoatá
(Hoplosternum spp.), apaiarí (Astronotus ocellatus), cachorro-de-padre ou anujá
(Parauchenipterus galeatus), piranha (Pygocetrus nattereri).
Of. El. nº 1256
Edição Número 1 de 01/01/2003

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE


INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 29, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2002

O PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS


NATURAIS RENOVÁVEIS-IBAMA, nomeado por Decreto de 13 de maio de 2002, publicado no
Diário Oficial da União do dia subseqüente, no uso das atribuições que lhe conferem o art.24 do Anexo I
ao Decreto nº 3.833, de 5 de junho de 2001, que aprovou a Estrutura Regimental do IBAMA, publicada
no D.O.U. de 06 de junho de 2001, e o item VI do art. 95 do Regimento Interno aprovado pela Portaria
GM/MMA nº 230, de 14 de maio de 2002, republicada no D.O.U. do dia 21 de junho de 2002, tendo em
vista as disposições do Decreto-lei nº 221, de 28 de fevereiro de 1967; e Considerando que a
implementação de processos de administração participativa constitui atividade prioritária para o IBAMA;

CONSIDERANDO, a ineficiência da organização sócio-política dos usuários dos recursos naturais e a


insuficiência de fóruns formais de discussão e negociação sobre as questões relativas à pesca continental;

CONSIDERANDO, que neste contexto os "Acordos de Pesca" mostram-se importantes como estratégias
de administração pesqueira, os quais reúnem um número significativo de comunidades de pescadores e
definem normas específicas, regulando assim a pesca de acordo com os interesses da população local e
com a preservação dos estoques pesqueiros;

CONSIDERANDO, que esses Acordos, geralmente, limitam o acesso a certos corpos d'água, para certos
petrechos, para certas épocas do ano, para certos métodos de pesca e para certas espécies, contribuindo
assim para a diminuição da pressão sobre o uso dos recursos pesqueiros em nível local;

CONSIDERANDO, que o processo de Acordo de Pesca tem se instituído em importante instrumento de


redução de conflitos sociais no curso das pescarias.

CONSIDERANDO, a existência de várias Portarias que regulamentam Acordos de Pesca na região


amazônica;

CONSIDERANDO, a necessidade de manter a credibilidade do processo de gestão participativa, ora em


desenvolvimento, é de fundamental importância a definição de critérios claros que permitam
regulamentar esses Acordos de Pesca como um instrumento complementar de ordenamento pesqueiro e
como forma de prevenir danos ambientais e sociais; e ,

CONSIDERANDO, o que consta do Processo nº02001004183/01-85, RESOLVE:

Art. 1º - Estabelecer os seguintes critérios para a regulamentação, pelo IBAMA, de Acordos de Pesca
definidos no âmbito de uma determinada comunidade pesqueira:
I. Que sejam representativos dos interesses coletivos atuantes sobre os recursos pesqueiros (pescadores
comerciais, de subsistência, ribeirinhos, etc.), na área acerca da qual se refere o Acordo, desde que não
comprometam o meio ambiente enquanto patrimônio público a ser assegurado e protegido;
II. Que mantenham a exploração sustentável dos recursos pesqueiros, com vistas à valorização da pesca e
do pescador;
III. Que não estabeleçam privilégios de um grupo sobre outros, ou seja, as restrições de apetrechos,
tamanho de embarcação, áreas protegidas, etc, deverão ser aplicáveis a todos os interessados no uso dos
recursos;
IV. Que tenham viabilidade operacional, principalmente em termos de fiscalização;
V. Que não incluam elementos cuja regulamentação seja atribuição exclusiva do poder público prevista
em lei (penalidades, multas, taxas, etc).
VI. Que sejam regulamentados através de Portarias Normativas Complementares às Portarias de normas
gerais que disciplinam o exercício da atividade pesqueira em cada bacia hidrográfica.
Parágrafo único - Entende-se por Acordo de Pesca, um conjunto de medidas específicas decorrentes de
tratados consensuais entre os diversos usuários e o órgão gestor dos recursos pesqueiros em uma
determinada área, definida geograficamente.
Art. 2º - Estabelecer procedimentos para a regulamentação de Acordos de Pesca, de acordo ao Anexo I
desta Instrução Normativa;
Parágrafo único - Entende-se por regulamentação de Acordo de Pesca, a edição de Ato Normativo do
IBAMA com adoção de regras ou medidas acordadas.

Art. 3º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

RÔMULO JOSÉ FERNANDES BARRETO MELLO

Edição Número 1 de 01/01/2003

Ministério do Meio Ambiente


Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Anexo I
Procedimentos para o estabelecimento de um Acordo de Pesca.
1- Mobilização
· Planejar as reuniões comunitárias;
· Encaminhar convite oficial a todos os segmentos, relacionados com a atividade pesqueira, com pauta,
dia, local e horário, com ciência (folha com assinatura);
· Realizar reunião com lideranças comunitárias, representantes de Colônia de Pescadores, Órgão Estadual
de Meio Ambiente, IBAMA, ONGs.

2- Reuniões comunitárias
· Apresentar o problema;
· Discutir as diferentes ideias e propostas considerando a legislação vigente, na busca da construção do
consenso;
· Eleger representantes das comunidades para encaminhar, discutir e defender suas propostas na
Assembleia Intercomunitária;
· Convidar, para acompanhamento técnico, representantes do IBAMA e outras instituições parceiras.

3- Assembleia Intercomunitária
· Convidar os representantes de todas as comunidades envolvidas no Acordo, assim como os demais
usuários e/ou grupos de interesse nos recursos naturais da área a ser manejada, tais como: Colônia de
Pescadores local e de outros municípios que porventura utilizem o ambiente/área, associações,
organizações ambientalistas, sindicatos, fazendeiros;
· Apresentar as diferentes propostas existentes;
· Sistematizar as propostas;
· Aperfeiçoar as propostas;
· Convidar, para acompanhamento técnico, representantes do IBAMA e outras instituições parceiras.

4- Retorno das propostas discutidas e aperfeiçoadas, para as comunidades


· Cada representante volta à sua comunidade e apresenta e esclarece as propostas pré-aprovadas durante a
Assembleia Intercomunitária;
· Se pertinente, as comunidades podem encaminhar novas sugestões.

5- Assembleias Intercomunitárias
· Devem ser realizadas quantas Assembleias se fizerem necessárias até se obter um consenso das
propostas entre os diferentes usuários da área a ser manejada.

6- Encaminhamento ao IBAMA
· A proposta de Acordo de Pesca acompanhado da Ata da Assembleia que o aprovou, contendo as
assinaturas de todos os representantes das comunidades e demais participantes, deve ser encaminhada à
Gerência Executiva do IBAMA no Estado, através de Ofício, solicitando sua regulamentação através de
Portaria Normativa Complementar.
· A GEREX/IBAMA de posse da documentação elaborará minuta de Portaria regulamentando o referido
Acordo e encaminhará ao IBAMA/Sede para apreciação técnica e jurídica, e demais providências
cabíveis.

7- Divulgação da portaria
· Uma vez a Portaria publicada no Diário Oficial da União, recomenda-se distribuir cópias a todas as
comunidades e instituições que participaram das discussões referidas.
· Ainda, se possível, divulgar a Portaria pelos meios de comunicação disponíveis.

8- Monitoramento
· O monitoramento do Acordo de Pesca deve ser estabelecido com base em métodos e indicadores
possíveis de serem cumpridos.
· Recomenda-se que o plano de monitoramento estabelecido seja acompanhado de técnico de órgão
ambiental, preferencialmente IBAMA, OEMAs, ONGs.

9- Avaliação
·Com base nas informações disponibilizadas pelo monitoramento, deverão ser realizadas avaliações
anuais do Acordo de Pesca para análise dos resultados e alterações que se fizerem necessárias.
INSTRUÇÃO NORMATIVA SDS Nº 003, DE 2 DE MAIO DE 2011

A SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO


SUSTENTÁVEL DO AMAZONAS, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº2.783, de
31 de janeiro de 2003, que instituiu a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, com reestruturação organizacional estabelecida pela Lei Delegada nº 66, de 06 de maio de
2007;

CONSIDERANDO que os artigos 229 e 230 da Constituição Estadual asseguram-nos o direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, competindo ao Poder Publico o dever de sua defesa e preservação,
dentre outras medidas, mediante o controle da extração, da produção, do transporte, da comercialização e
do consumo dos produtos da flora e da fauna;

CONSIDERANDO o que estabelece a Lei 11.959, de 29 de junho de 2009, art. 3º, § 2º, a qual atribui aos
Estados e ao Distrito Federal competência para o ordenamento da pesca nas águas continentais de suas
respectivas jurisdições;

CONSIDERANDO o que dispõe a Lei nº 2.713, de 28 de dezembro de 2001, art. 10, a qual estabelece
que entre as diretrizes da politica pesqueira do Estado estão, inciso I, incentivar o desenvolvimento de
atividades que promovam o uso do potencial biótico de produção dos recursos pesqueiros com
produtividade econômica e equitatividade;

CONSIDERANDO que o processo de Acordo de Pesca tem se constituído em importante instrumento de


redução de conflitos sociais no curso das pescarias;

CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer procedimentos para a construção de regras e


normatização de acordos de pesca adequados às especificidades do Estado do Amazonas, resolve:

Art. 1º Estabelecer critérios e procedimentos para regulamentação de Acordos de Pesca pelo Estado do
Amazonas, através da SDS, como instrumento estratégico de gestão pesqueira.

Art. 2º Para fins desta Instrução Normativa considera-se:


I – recurso pesqueiro – os animais e os vegetais hidróbios passiveis de exploração, estudo ou pesquisa
pela pesca amadora, de subsistência, cientifica, comercial e pela aquicultura;
II – ordenamento pesqueiro – o conjunto de normas e ações que permitem administrar a atividade
pesqueira, com base no conhecimento atualizado dos seus componentes biológico-pesqueiros,
ecossistêmico, econômico e sociais;
III – acordo de pesca – o estabelecimento de um conjunto de regras especificas de uso dos recursos
pesqueiros decorrentes de tratados consensuais entre diversos usurários e os órgãos gestores dos recursos
pesqueiros em uma determinada área definida geograficamente;
IV – comitê condutor do acordo – grupo de agentes sociais que conduzirá as discussões na construção
participativa das regras do acordo;

Art. 3º Para a abertura de processo de construção de acordo de pesca deverá ser considerado pelo menos
um dos seguintes critérios:
I – a partir de demandas formais em áreas de conflitos, existente ou potencial, entre usuários dos recursos
pesqueiros e/ou que apresentem declínio na produtividade pesqueira factual;
II – a partir de identificação de situação de sobrepesca de determinado recurso pesqueiro baseados em
critérios técnicos;
III – a partir de identificação de demandas de caráter sócio-ambiental para o uso de recursos pesqueiros
em ambientes aquáticos com potencial para manejo.
IV – pela necessidade de realização de zoneamento de áreas de pesca que atendam aos diversos
segmentos usuários dos recursos pesqueiros.

Art. 4º Na regulamentação de Acordo de Pesca deverá ser levado em conta:


I – que seja representativo dos interesses coletivos atuantes sobre os recursos pesqueiros, na área
geográfica do acordo;
II – que mantenha a exploração sustentável dos recursos pesqueiros e promova à valorização das
diferentes modalidades de pesca e de pescadores;
III – que estabeleça regras objetivas e de fácil operacionalidade, aplicáveis a todos os usuários dos
recursos pesqueiros, sem privilégios a quaisquer grupos de agentes sociais envolvidos no acordo;
IV – que tenha viabilidade operacional, principalmente em termos de vigilância e monitoramento pelos
usuários dos recursos e fiscalização pelos órgãos do Poder Público;
V – que não inclua elementos cuja regulamentação seja atribuição exclusiva do poder publico, como
penalidades, multas, taxas, ou outros; e
VI – que as regras acordadas devam ser complementares ou mais especificas que as normas gerais que
disciplinam o exercício da atividade pesqueira no Estado do Amazonas.

Art. 5º Na elaboração da proposta do Acordo de Pesca o Comitê Condutor do Acordo e os usuários


envolvidos devem proceder da seguinte forma:
I – realizar a identificação da real situação da atividade pesqueira da área que está demandando a
elaboração de Acordo de Pesca através:
a) da aplicação de questionários a pelo menos uma das lideranças representativas dos usuários efetivos
dos recursos pesqueiros locais;
b) confecção de relatório apresentando os fatores motivadores para a construção de acordo de pesca.
II – Antes de iniciar a construção participativa das regras da proposta de acordo de pesca, deverá ser
instituído o Comitê Condutor do Acordo, composto por presidente e vice e primeiro e segundo
secretários, representantes das seguintes instancias:
a) organizações sociais dos usuários efetivos, em âmbito comunitário municipal e/ou estadual
b) órgãos do Poder Público;
c) Organizações Não Governamentais que estão relacionados de alguma forma com o setor da pesca
III – durante a etapa de mobilização, o comitê condutor do acordo deve planejar e realizar reuniões nas
comunidades, com lideranças comunitárias, usuários e grupos de interesse nos recursos naturais da área
do acordo, representantes de órgãos do Poder Público, entidades de classe e movimentos sociais:
IV- a construção das regras comunitárias deverá ser realizada durante reuniões nas diferentes
comunidades participantes do acordo;
V – durante a fase de construção das regras entre as comunidades o comitê condutor do acordo deve:
a) planejar e realizar as Assembleias Intercomunitárias nas quais devem ser apresentados os elementos
motivadores da acordo e as propostas de cada comunidades
b) construir as regras consensuais com base nas propostas pré-aprovadas nas comunidades
c) realizar quantas Assembleias for necessário até se obter a proposta final.
§1º A proposta final do acordo deve conter regras para métodos, petrechos de pesca, ambientes de pesca,
espécies, período de captura e proibição, forma de transporte e armazenamento, zoneamento de áreas para
a prática de cada modalidade de pesca, entre outros.
§2º Durante as Assembleias Intercomunitárias é fundamental a participação de representantes de órgãos
do Poder Público que estão diretamente envolvidos com a atividade de pesca.
§3º Durante as reuniões comunitárias cada comunidade deverá eleger representante para apresentar as
suas propostas;
§4º Após a realização das Assembleias que ocorrem antes da Assembleia que aprovará as regras do
acordo, as propostas acordadas devem ser levadas às comunidades para conhecimento e apreciação.

Art. 6º As propostas de Acordo de Pesca devem ser encaminhadas formalmente à Secretaria de


Desenvolvimentos Sustentável do Estado do Amazonas –SDS, solicitando sua regulamentação com a
seguinte documentação:
I – atas das Reuniões Comunitárias e das Assembleias Intercomunitárias, com as assinaturas de todos os
participantes;
II – ata da Assembléia Comunitária que aprovou o acordo, contendo as assinaturas de todos os
representantes das comunidades e demais participantes;
III – documentos informando a intenção das comunidades e de suas entidades sociais, de firmar
compromisso com a SDS/IPAAM para realização do monitor;
IV – documento sintetizando os procedimentos de como será realizado o monitoramento participativo do
Acordo de Pesca pela comunidades e entidades sociais envolvidas;
V- localização, preferencialmente por coordenadas geográficas de todos os ambientes aquáticos da área
do acordo.

Art. 7º A Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas – SDS, ao receber a documentação


para a regulamentação proposta de acordo de pesca, encaminhará a mesma ao setor responsável, para a
formalização de processo, análise da documentação, emissão de Parecer Técnico e elaboração da minuta
de ato normativo.
Art. 8º Após a publicação do ato normativo regulamentando o Acordo de Pesca, a SDS realizará a
divulgação da Instrução Normativa contendo as regras do acordo, através da distribuição de cópias do
instrumento legal a todas as comunidades e instituições que participaram da elaboração do Acordo de
Pesca.

Art. 9º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. Gabinete da SDS, em
Manaus, 02 de maio de 2011.

Nádia Cristina d´Ávila Ferreira


Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável –SDS
INSTRUÇÃO NORMATIVA SDS Nº 02, DE 18 DE ABRIL DE 2011

O Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, no uso das


atribuições que lhe são conferidas pela Lei n° 2.783, de 31 de janeiro de 2003, que instituiu a Secretaria
de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, com reestruturação organizacional
estabelecida pela Lei Delegada n° 66, de 06 de maio de 2007;

CONSIDERANDO que os artigos 229 e 230 da Constituição Estadual asseguram-nos o direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, competindo ao Poder Público o dever de sua defesa e preservação,
dentre outras medidas, mediante o controle da extração, da produção, do transporte, da comercialização e
do consumo dos produtos da flora e da fauna;

CONSIDERANDO o que estabelece a Lei 11.959, de 29 de junho de 2009, art. 3°, § 2°, a qual atribui
aos Estados e ao Distrito Federal competência para o ordenamento da pesca nas águas continentais de
suas respectivas jurisdições;

CONSIDERANDO o que consta na Instrução Normativa IBAMA nº 29, de 31 de dezembro de 2002, que
estabelece critérios e procedimentos para regulamentação de Acordos de Pesca;

CONSIDERANDO o que dispõe a Lei n° 2.713, de 28 de dezembro de 2001, art. 10, a qual estabelece
que entre as diretrizes da política pesqueira do Estado, incentivar o desenvolvimento de atividades que
promovam o uso do potencial biótico de produção dos recursos pesqueiros com produtividade econômica
e eqüitatividade;

CONSIDERANDO as deliberações dos comunitários, ribeirinhos e representantes das comunidades


Nossa Senhora da Conceição, Associação de Moradores da Ilha da Paciência - Bebe Amaro, Colônia de
Pescadores de Iranduba, Associação dos Pescadores de Iranduba, Instituto de Proteção Ambiental do
Amazonas - IPAAM, Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do
Amazonas – IDAM, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SDS,
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, Secretaria
Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Iranduba – SEMADS, que
estabeleceram o Acordo de Pesca para a Conservação e Preservação;

CONSIDERANDO a necessidade de conservar os recursos pesqueiros locais e responder às


reivindicações da sociedade organizada local; e,

CONSIDERANDO, por fim, os termos do processo n° 1738/2010 – SDS, que trata da regulamentação
dos Acordos de Pesca da Ilha da Paciência, resolve:

Art. 1º Estabelece as seguintes categorias de manejo para os ambientes aquáticos do complexo lacustre
da Ilha da Paciência, no município de Iranduba-AM (anexo I):
I – Áreas de Preservação (santuário) – destinado unicamente a reprodução das espécies, onde a pesca fica
proibida por tempo indeterminado;
II - Áreas de Manutenção - também denominada área de subsistência, destinada à pesca apenas para o
consumo dos moradores das comunidades, nos limites necessários para a alimentação familiar;
III – Áreas de Manejo – destinada ás despescas temporárias autorizadas pelos órgãos competentes,
respeitando a legislação vigente;
IV - Áreas de Uso Comercial - destinada à atividade de pesca comercial, respeitando a legislação vigente.
§ 1º Os outros lagos existente na Ilha da Paciência, não citados nesta normativa, serão considerados áreas
de manutenção, sendo a pesca permitida apenas para subsistência.
§ 2º Usuários dos recursos, para terem acesso aos lagos onde a atividade de pesca é permitida, devem
passar obrigatoriamente pelos postos de fiscalização e monitoramento deste acordo, localizados entre:
I - o lago Buiuçu e Catoré - latitude 03°17’40.5’’S; longitude 60°15’54.3’’W;
II – a entrada dos Lagos Buiuçu e Pari - latitude 03°18’01.2’’S; longitude 60°15’08.2’’W;
III - os lagos Preto e Sacambu - latitude 03°18’39.4’’S; longitude 60°13’08.8’’W.
§ 3º Fica limitada a captura de pescado para subsistência em quantidade que comporte um isopor de 70
litros, uma vez por semana.
§ 4º Nas áreas de Manejo, após análise do potencial de estoque, poderá ser requerido ao órgão competente
o manejo do pirarucu.
Art. 2º Só é permitido o uso de Malhadeira com comprimento máximo de 75 metros e malha igual ou
maior ou igual a 70 mm, entre nós opostos.

Art. 3º É proibido o uso dos seguintes petrechos e métodos de pesca:


I - redes de arrasto e/ou arrastão;
II - timbó;
III - tapagem;
IV - batição;
V - explosivos.

Art. 4º No paraná localizado em frente à sede da Associação de moradores da Ilha da Paciência, será
realizada somente a pesca de subsistência, no período em que o mesmo fechar.

Art. 5º Nos lagos destinados à pesca comercial fica limitado à captura de pescado em quantidade
equivalente a uma caixa isotérmica com capacidade máxima de 170 litros, por pescaria, por semana.

Art. 6º Na área de abrangência deste acordo poderá ser implantado a atividade de turismo de pesca
esportiva com bases comunitárias, após estudos de viabilidade.

Art. 7º Serão observadas as demais normas vigentes que estabelecem o período de defeso, as áreas
interditadas, as espécies proibidas e os tamanhos mínimos de captura;

Art. 8º A fiscalização, vigilância e monitoramento dos ambientes aquáticos previstos neste Acordo far-se-
ão mediante parceria entre os órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, de âmbito
estadual e municipal, e a sociedade civil organizada, por meio de Mutirões Ambientais.
§ 1º A associação de moradores da Ilha da Paciência poderá apoiar os órgãos ambientais na fiscalização e
monitoramento da área que faz parte do acordo de pesca.
§ 2º Trimestralmente, será realizado planejamento das ações de fiscalização, vigilância e monitoramento
pela associação dos moradores da Ilha da Paciência, sob a coordenação dos órgãos ambientais
competentes.
§ 3º Toda embarcação/canoa que irá pescar na área de uso comercial do acordo deverá se cadastrar nos
postos de fiscalização e monitoramento.
§ 4º Os órgãos ambientais competentes capacitarão Agentes Ambientais Voluntários para atuarem como
agentes de constatação na fiscalização e no monitoramento do presente acordo de pesca.
§ 5º O monitoramento do acordo, quanto à captura e esforço de pesca, deverá ser realizado com o uso de
planilha de controle contendo local de pesca, tipo de apetrecho utilizado, tempo gasto na pescaria por dia,
número de dias de pesca por semana, quantidade e espécies de peixes capturados, com a seguinte
observação:
I - na pesca de subsistência, o monitoramento será realizado pelas comunidades, uma semana por mês, as
quais serão definidas através de sorteio no planejamento trimestral;
II – na pesca comercial, o responsável pela embarcação deverá pegar a planilha de controle nos postos de
monitoramento e, ao final da pescaria, entregá-la nos mesmos locais, devidamente preenchidas.

Art. 9° A pesca em caráter científico é permitida, desde que devidamente autorizada pelos órgãos
competentes.

Art. 10. Este Acordo de Pesca deverá passar por uma avaliação a cada período de dois (2) anos após sua
implantação.

Art. 11. Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas as penalidades previstas na Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998, no Decreto 6.514, de 22 de julho de 2008, no Decreto n° 6.686, de 10
de dezembro de 2008, na Lei n° 1.532, de 06 de julho de 1982, regulamentada pelo Decreto n° 10.028, de
04 de fevereiro de 1987, na Lei n° 2.713, de 28 de dezembro 2001 e demais normas complementares.

Art. 12. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Gabinete da Secretaria de Estado de Meio ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, em


Manaus, 18 de abril de 2011.
Nádia Cristina D’ávila Ferreira
Secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SDS
INSTRUÇÃO NORMATIVA SDS Nº 004, DE 18 DE AGOSTO DE 2011

Reconhece o Acordo de Pesca para o manejo dos


ambientes aquáticos da bacia do rio Mamori,
compreendida no território do MUNICÍPIO DO
CAREIRO, estado do Amazonas. Áreas de
manutenção, uso comercial, pesca amadora e
esportiva.

O Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, no uso das


atribuições que lhe são conferidas pela Lei n° 2.783, de 31 de janeiro de 2003, que instituiu a Secretaria
de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, com reestruturação organizacional
estabelecida pela Lei Delegada n° 66, de 06 de maio de 2007;

CONSIDERANDO que os artigos 229 e 230 da Constituição Estadual asseguram-nos o direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, competindo ao Poder Público o dever de sua defesa e preservação,
dentre outras medidas, mediante o controle da extração, da produção, do transporte, da comercialização e
do consumo dos produtos da flora e da fauna;

CONSIDERANDO o que estabelece a Lei 11.959, de 29 de junho de 2009, art. 3°, § 2°, a qual atribui
aos Estados e ao Distrito Federal competência para o ordenamento da pesca nas águas continentais de
suas respectivas jurisdições;

CONSIDERANDO o que consta na Instrução Normativa IBAMA nº 29, de 31 de dezembro de 2002, que
estabelece critérios e procedimentos para regulamentação de Acordos de Pesca;

CONSIDERANDO o que dispõe a Lei n° 2.713, de 28 de dezembro de 2001, art. 10, a qual estabelece
que entre as diretrizes da política pesqueira do Estado estão, inciso I, incentivar o desenvolvimento de
atividades que promovam o uso do potencial biótico de produção dos recursos pesqueiros com
produtividade econômica e eqüitatividade;

CONSIDERANDO as deliberações dos comunitários, ribeirinhos e representantes das comunidades São


Pedro do Mamori, São José, São Francisco do Jurará, Santo Antônio, Sagrado Coração de Jesus, Panelão,
Castanho, dos ambientes aquáticos Batata, Maçarico, Mira, Arara, Tracajá, Marinheiro, Piranha, Canaã,
Nova Esperança, Monte Sião, Colônias de Pescadores Z - 49, Associação dos Operadores de Barcos de
Turismo da Amazônia - AOBT, Associação dos Pescadores Esportivos - AMAPE, Associação dos
Agentes Ambientais Voluntários do Careiro – AVOCA, Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Careiro –
STTRC, Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Careiro, Secretaria Municipal de Aquicultura e Pesca
do Careiro, Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas - IPAAM, que estabeleceram o Acordo de
Pesca para a Conservação e Preservação;

CONSIDERANDO a necessidade de conservar os recursos pesqueiros locais e responder às


reivindicações da sociedade organizada local quanto aos conflitos gerados pelos usuários desses recursos;
e,

CONSIDERANDO, por fim, os termos do processo n° 3500/2007 – SDS, que trata da regulamentação
dos Acordos de Pesca do Careiro, resolve:

Art. 1º Reconhecer o Acordo de Pesca para o manejo dos ambientes aquáticos da bacia do rio Mamori,
compreendida no território do município de Careiro-AM, e estabelece regras.

Art. 2º Para os fins desta normativa considera-se:


I - áreas de manutenção - também denominada área de subsistência, destinada à pesca apenas para o
consumo, nos limites necessários para a alimentação familiar;
II - áreas de uso comercial - destinada à pesca comercial ou área livre para a pesca, respeitando a
legislação vigente;
III - pesca amadora - aquela praticada por brasileiros ou estrangeiros com a finalidade de lazer, turismo e
desporto, sem finalidade comercial;
IV - pesca esportiva - modalidade da pesca amadora em que é obrigatória a prática do pesque e solte,
sendo vedado o direito à cota de transporte de pescados, prevista na legislação.
Art. 3º Fica proibida a atividade de pesca comercial por quaisquer tipos de barcos de pesca, denominados
geleiras, nos lagos Piranha, Araçá, Maçarico, Tucunaré, Tucunarezinho, Mira, Arara, Tracajá e Jurará, e
nos ambientes aquáticos adjacentes às comunidades São José, São Raimundo do Jurará, Santo Antônio,
do Ramal do Mamori e Sagrado Coração de Jesus e no trecho do lago Mamori entre a comunidade Divino
Espírito Santo e a boca do lago do Jurará.
§ 1° A proibição do caput estende-se também à região denominada Três Bocas, no Paraná do Mamori.

Art. 4º São Áreas de Uso Comercial os ambientes aquáticos adjacentes às comunidades PA Panelão e
PAE Castanho e nos trechos do lago Mamori compreendidos entre a boca do Mira até a comunidade
Espírito Santo e da boca do Jurará até o início do igarapé do Castanho.
§ 1° O exercício da pesca comercial fica limitado ao quantitativo de pescado compreendido em duas (2)
caixas de 170 litros cada, uma vez por semana, por pescador.
§ 2° Na bacia do Rio Mamori, fica proibido a pesca comercial do tucunaré (Cichla spp.) no período de 1º
de setembro a 15 de março.
§ 3º Só é permitido o uso de Malhadeira com malha maior ou igual a 70 mm, entre nós opostos e com
comprimento máximo de 75 metros.

Art. 5º Fica considerada Área de Manutenção os ambientes aquáticos de todas as comunidades deste
acordo.
§ 1° Na pesca de subsistência realizada nos lagos Piranha, Maçarico, Tucunaré, Arara e Tracajá, fica
permitido o uso de malhadeira, por pescador, por dia, no período assim especificado:
I - março a julho – 3(três) malhadeiras;
II - agosto a fevereiro – 1 (uma) malhadeira.

Art. 6º A pesca amadora pode ser realizada nos ambientes aquáticos de todas as comunidades da área
geográfica deste acordo, observando-se o seguinte:
I - cada embarcação, tipo canoa, poderá conter até 3 (três) pescadores, mais o piloteiro;
II - cada pescador poderá levar 1 (um) exemplar de até 3 (três) quilos;
III – o piloteiro não tem direito a cota de pescado;
IV - os piloteiros das embarcações têm que ser moradores das comunidades participantes do acordo;
V - só é permitido, na prática de pesca de que trata este artigo, o uso de embarcações movidas a motor
elétrico ou remo;
VI - esta modalidade de pesca só poderá ser realizada a uma distância mínima de 50 (cinqüenta) metros
dos portos dos comunitários.
VII - nos ambientes aquáticos com largura inferior a distância estabelecida no inciso anterior, à prática da
curricagem não deve ser realizada na direção dos portos dos comunitários;
VIII – todas as embarcações e piloteiros devem ter identificação visível;
IX - as embarcações, ao adentrarem a área das comunidades, devem ter suas velocidades reduzidas.
X - É obrigatório ao pescador amador portar a licença para a prática desta modalidade de pesca.

Art. 7º Nos ambientes aquáticos denominados Tracajá e Maçarico fica permitida apenas a modalidade
pesca esportiva, com as seguintes observações:
I - apenas 10 (dez) embarcações, tipo canoa, podem pescar na área de cada comunidade, por dia, sendo 5
(cinco) pela manhã e cinco à tarde;
II - o controle do número de embarcações de que trata o inciso anterior, assim como nos outros ambientes
aquáticos compreendidos neste acordo de pesca, será realizado pelos Agentes Ambientais Voluntários
e/ou moradores das comunidades;
III - as embarcações, ao adentrarem na área das comunidades, devem ter suas velocidades reduzidas.

Art. 8º É proibido o uso dos seguintes petrechos e métodos de pesca:


I - redes de arrasto e/ou arrastão;
II - timbó;
III - tapagem;
IV - batição.

Art. 9° Serão observadas as demais normas vigentes que estabelecem o período de defeso, as áreas
interditadas, as espécies proibidas e os tamanhos mínimos de captura.
Art. 10. A fiscalização, vigilância e monitoramento dos ambientes aquáticos previstos neste Acordo far-
se-ão mediante parceria entre os órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA e a
sociedade civil organizada, por meio de Mutirões Ambientais;

Art. 11. A pesca de caráter científico poderá ser permitida, desde que devidamente autorizada pelos
órgãos competentes;

Art. 12. Este Acordo de Pesca deverá passar por uma avaliação a cada período de dois (2) anos após sua
implantação.

Art. 13. É proibido expor para venda, colocar a venda ou vender espécimes ou suas partes capturados na
pesca amadora, as quais apenas se podem destinar ao consumo do praticante ou a doação para Instituições
científicas ou museológicas.
Parágrafo único. O pescador amador deve seguir as especificações de apetrechos, embarcações, bem
como de licenças e registros para pesca esportiva constantes na Portaria n° 4, de 19 de março de 2009, e
no Decreto Estadual n° 22.747, de 26 de junho de 2002.

Art. 14. Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas as penalidades previstas na Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998, no Decreto 6.514, de 22 de julho de 2008, no Decreto n° 6.686, de 10
de dezembro de 2008, na Lei n° 1.532, de 06 de julho de 1982, regulamentada pelo Decreto n° 10.028, de
04 de fevereiro de 1987, na Lei n° 2.713, de 28 de dezembro 2001 e demais normas complementares.

Art. 15. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Gabinete da Secretaria de Estado de Meio ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas,


em Manaus, 18 de agosto de 2011.

Nádia Cristina d´Ávila Ferreira


Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SDS
1 - PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 4-N, DE 20 DE MAIO DE 1996
Disciplina o uso de aparelho de pesca na Bacia do Lago Pupunha, MUNICÍPIO DE HUMAITÁ, estado
do Amazonas.

2 - PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 5-N, DE 7 DE AGOSTO DE 1996


Disciplina o uso de aparelho de pesca na Bacia do Baixo rio Manacapuru, da localidade do Caiana até a
localidade do Ena durante o ciclo da vazante, MUNICÍPIO DE MANACAPURU, estado do Amazonas.

3 - PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 6, DE 14 DE ABRIL DE 1997


Estabelece normas para o exercício da pesca em toda a Bacia do Lago denominado Catuá, próximo da
Comunidade de Santa Luzia do Bóia, localizada na divisa dos MUNICÍPIOS DE TEFÉ E COARI,
estado do Amazonas.

4 - PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 7, DE 14 DE ABRIL DE 1997


Estabelece normas para o exercício da pesca em toda a Bacia do Lago denominado Cobonha, próximo da
Comunidade de Betel, MUNICÍPIO DE MARAÃ, estado do Amazonas.

5 - PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 8, DE 14 DE ABRIL DE 1997


Estabelece normas para o exercício da pesca em toda a Bacia dos Lagos denominado Furado e Urubu,
próximo da Comunidade de Santa Helena e Laranjal, MUNICÍPIO DE ALVARÃES, estado do
Amazonas.

6 - PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 9, DE 14 DE ABRIL DE 1997


Estabelece normas para o exercício da pesca em toda a Bacia dos Lagos denominado Atravessado e Poço,
próximo da Comunidade de Manacabi, MUNICÍPIO DE MARAÃ, estado do Amazonas.

7 - PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 10, DE 14 DE ABRIL DE 1997


Estabelece normas para o exercício da pesca em toda a Bacia dos Lagos denominado Sabá, Pirarara e
Jauazinho e das ressacas denominadas Carvalho e Sérgio, próximo da Comunidade de Novo Pirapucu,
MUNICÍPIO DE MARAÃ, estado do Amazonas.

8 - PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 11, DE 14 DE ABRIL DE 1997


Estabelece normas para o exercício da pesca em toda a Bacia dos Lagos denominado Manacapuru,
próximo da Comunidade Nova Esperança, MUNICÍPIO DE SANTO ANTONIO DO IÇA, estado do
Amazonas.

9 - PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 12, DE 14 DE ABRIL DE 1997


Estabelece normas para o exercício da pesca em toda a Bacia dos Lagos denominado Marajá, próximo da
Comunidade Betel, MUNICÍPIO DE MARAÃ, estado do Amazonas.

10 - PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 13, DE 14 DE ABRIL DE 1997


Estabelece normas para o exercício da pesca em toda a Bacia do Lago denominado Baixo, próximo da
Comunidade Santa Rosa do Repartimento, MUNICÍPIO DE MARAÃ, estado do Amazonas.

11 - PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 14, DE 14 DE ABRIL DE 1997


Estabelece normas para o exercício da pesca em toda a Bacia do ecossistema aquático denominado
Ressaca da Mata, próximo da Comunidade Novo Pirarucu, MUNICÍPIO DE MARAÃ, estado do
Amazonas.

12 - PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 15, DE 14 DE ABRIL DE 1997


Estabelece normas para o exercício da pesca em toda a Bacia dos Lagos denominados Içê e Cacau,
próximo das Comunidades Porto de Nazaré e São Joaquim, MUNICÍPIO DE ALVARÃES, estado do
Amazonas.

13 - PORTARIA IBAMA/SUPES/AM Nº 16, DE 14 DE ABRIL DE 1997


Estabelece normas para o exercício da pesca em toda a Bacia dos Lagos denominados Vai-Quem-Quer,
Sardinha e Sacambu, próximo das Comunidades Nova Esperança, Santa Mana, Nossa Senhora de Nazaré
e São Vicente, MUNICÍPIO DE SANTO ANTONIO DO IÇÁ, estado do Amazonas.

14 - PORTARIA IBAMA/GEREX/AM Nº 52, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2000


Classifica lagos de manutenção e procriação, na área de influencia das Comunidades Forte das Graças,
Botafogo e Antonina, MUNICÍPIO DE JURUÁ, estado do Amazonas.

15 - PORTARIA IBAMA/GEREX/AM Nº 53, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2000


Classifica como de manutenção o lago denominado “Tracajá”, na área, na área de influencia das
Comunidades Dom Bosco e São Pedro do Tauari, MUNICÍPIO DE COARI e na bacia de drenagem do
Paraná do Codajás Mirim, estado do Amazonas.

16 - PORTARIA IBAMA-GEREX/AM Nº 54, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2000


Classifica como de manutenção o lago denominado Atanazio, na área de influencia da Comunidade Barro
Alto, MUNICÍPIO DE COARI e na bacia de drenagem do rio Solimões, estado do Amazonas.

17 - PORTARIA IBAMA/GEREX/AM Nº 28, DE 11 DE SETEMBRO DE 2000


Proibir a pesca nos lagos do Caniço, Matamatá, Grande, Ressaca, Serrado, Mutum, Surara, Preto,
Tambaqui, Grande da Concórdia, Onça, Samauma, Cararabá, Hati, Giburi e Jaibá, como bacias de
drenagem, para embarcações pesqueiras que não sejam da CIDADE DE CARAUARI, e que mesmo
pertencendo não excedam a 1 (uma) tonelada de carga (TAB).

18 - PORTARIA IBAMA-SUPES/AM Nº 49, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2000


Classifica lagos de manutenção e procriação, na área de influencia da Comunidade Cacau, MUNICÍPIO
DE LÁBREA, estado do Amazonas.

19 - PORTARIA IBAMA/GEREX/AM Nº 6, DE 27 DE JUNHO DE 2001


Estabelece normais para o exercício da pesca em toda a Bacia Hidrográfica do Lago do Canaçari e seus
corpos d´água contribuintes, localizados nos MUNICÍPIOS DE SILVES E ITACOATIARA, estado do
Amazonas.

20 - PORTARIA IBAMA/GEREX/AM Nº 8, DE 3 DE OUTUBRO DE 2001


Estabelece normas para o exercício da pesca em toda a Bacia Hidrográfica dos seguintes lagos: Sampaio,
Josefa, Miguel, Carauaçú, Gaivota, Grande, Capitari e Campinarana, localizados no MUNICÍPIO DE
AUTAZES, estado do Amazonas. Proibir a pesca profissional/comercial em toda a área da Bacia
Hidrográfica dos lagos mencionados no artigo 1º no período de 1º de outubro de 2001 a 31 de março de
2002.

21 - INSTRUÇÃO NORMATIVA GEREX/AM S/Nº, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2001


Estabelece normais gerais para o exercício da pesca nos lagos do Icuí, do Icuizinho, das Cobras, do Zé
Inácio, do Pequeno, do Bicho, do Brabo e do Dionizio, Redondo e Redondinho, MUNICÍPIO DO
CAREIRO DA VÁRZEA, estado do Amazonas.

22 - PORTARIA IBAMA/GEREX/AM Nº 2, DE 29 DE JULHO DE 2002


Classifica como de manutenção os lagos denominados Lago Grande, Lago Delfino e Lago da Cigana
localizados no Seringal Bahia, margem direita do Rio Juruá, MUNICÍPIO DE IPIXUNA, na área de
influencia da localidade denominada Praia do Feijão, estado do Amazonas.

23 - PORTARIA IBAMA GEREX-AM Nº 03, DE 11 DE SETEMBRO DE 2002


Classifica como de manutenção o lago denominado Canaçari e seus corpos d´água contribuintes,
localizados nos MUNICÍPIOS DE SILVES E ITACOATIARA, estado do Amazonas. Proibi os atos de
pesca comercial em toda a extensão da Bacia Hidrográfica do Lago do Canaçari e de seus corpos d´água
contribuintes, anualmente, no período de 1 de setembro de 28 de fevereiro.

24 - PORTARIA IBAMA GEREX-AM Nº 05, DE 12 DE SETEMBRO DE 2002


Classifica como de manutenção o lago denominado Curupira e seus corpos d´água contribuintes,
localizados no MUNICÍPIO DE NOVA OLINDA DO NORTE, estado do Amazonas. Proibi os atos de
pesca comercial em toda a extensão da Bacia Hidrográfica do Lago do Curupira e de seus corpos d´água
contribuintes, anualmente, no período de 1 de setembro de 28 de fevereiro.

25 - PORTARIA IBAMA/GEREX-AM Nº 14, DE 13 DE SETEMBRO DE 2002


Classifica como de manutenção os lagos denominados: Capiã, Taunazinho, São José, Sacado, Manissapé,
Limoeiro, Grande, Fulurindo, e seus corpos d´água contribuintes, localizados na bacia de drenagem do
Rio Purus, MUNICÍPIO DE LÁBREA, estado do Amazonas.
26 - PORTARIA IBAMA GEREX-AM Nº 08, DE 16 DE OUTUBRO DE 2002
Classifica como de manutenção o lago denominado Meireles e seus corpos d´água contribuintes,
localizados no MUNICÍPIO DE IPIXUNA, estado do Amazonas.

27 - PORTARIA IBAMA/GEREX-AM Nº 11, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002


Classifica como lago de manutenção o Lago denominado Jacaré e seus corpos d´água contribuintes,
localizados no MUNICÍPIO DE MANACAPURU, paraná do Mundurucus, estado do Amazonas.
Primeira Portaria com par de coordenadas geográficas de cada lago.

28 - PORTARIA IBAMA/GEREX-AM Nº 12, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002


Classifica como lago de manutenção o lago denominado Cururu e seus corpos d´água contribuintes,
localizados no MUNICÍPIO DE MANACAPURU, paraná do Cururu, estado do Amazonas. Primeira
Portaria com par de coordenadas geográficas de cada lago.

29 - PORTARIA IBAMA/GEREX-AM Nº 13, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002


Classifica como lago de procriação o lago denominado Lago das Cobras e seus corpos d´água
contribuintes, localizados no MUNICÍPIO DE NOVA OLINDA DO NORTE, estado do Amazonas.

30 - PORTARIA IBAMA Nº 10, DE 20 DE MARÇO DE 2003


Estabelece limites para pesca na Região dos Lagos no MUNICÍPIO DE BOA VISTA DO RAMOS,
estado do Amazonas, desde a boca do Furo do Cavalo ao Paraná do Miuá, passando pela Boca do Cana
Verde, até Bom Pastor do Guajará e São José do Quati. Acordo Comunitário de Pesca; Limita apetrechos
de pesca, captura e/ou armazenamento de pescado; Fiscalização por Agentes Ambientais Voluntários.

31 - PORTARIA IBAMA Nº 11, DE 20 DE MARÇO DE 2003


Estabelece limites para pesca na Região do Rio Urubu, MUNICÍPIO DE BOA VISTA DO RAMOS,
estado do Amazonas, que compreende desde a boca do Rio Urubu com Paraná do Urariá de Cima, até a
boca do Furo da Baixa; e, da boca do Castanhal a boca do Furo do Amandio. Acordo Comunitário de
Pesca; Limita apetrechos de pesca, captura e/ou armazenamento de pescado; Fiscalização por Agentes
Ambientais Voluntários.

32 - INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA IBAMA/IPAAM Nº 2, DE 27 DE SETEMBRO DE


2004
Estabelece zoneamento para a pesca no Rio Unini, localizado no MUNICÍPIO DE BARCELOS, estado
do Amazonas. Acordo Comunitário de Pesca IN IBAMA Nº 29; Coordenadas Geográficas; Pesca de
subsistência, comercial, pesca esportiva pesque e solte; Envolve Poder Publico Federal, Estadual,
municipal; Organizações de Pesca e Comunidades Ribeirinhas.

33 - PORTARIA IPAAM Nº 031, DE 21 DE MARÇO DE 2005


Proibir a pesca para comercialização fora da comunidade do Distrito do Canumã no lago do Tucunaré, e
no lago do Jacaré, incluindo a ressaca do Jacaré, no MUNICÍPIO DE BORBA E NOVA OLINDA DO
NORTE, durante todo o ano, por período indeterminado.

34 - INSTRUÇÃO NORMATIVA MMA Nº 12, DE 9 DE JUNHO DE 2005


Proibi o exercício da pesca no reservatório da Usina Hidrelétrica de Balbina, no Estado do Amazonas,
zonas de amortecimento da RESERVA BIOLÓGICA DO UATUMÃ. Descreve área referente à
proibição com nome do local e coordenadas geográficas ate fechar a poligonal.

35 - INSTRUÇÃO NORMATIVA MMA Nº 31, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005


Proibi nas bacias dos rios Aruã, Urucu, Coari Grande e Mamiá, e seus respectivos lagos, situados a
margem direita do rio Solimões, nas coordenadas geográficas 63º40´a 63º5´e 4º5´a 4º10 (latitude e
longitude): a captura das espécies mapará (Hypophytalmus edentatus), tambaqui (Colossoma
macropomum), aruanã (Osteoglossum bicrrhsum) e pirarucu (Arapaima gigas); barcos pescador
arqueação bruta superior a cinco toneladas; uso de petrechos de emalhar. Possui mapa em Anexo.

36 - INSTRUÇÃO NORMATIVA MMA Nº 29, DE 13 DE SETEMBRO DE 2005


Fica proibida a pesca no lago Caial, localizado no MUNICÍPIO DE TABATINGA, no Estado do
Amazonas: com malhadeira por tempo indeterminado; a pesca do tambaqui por um período de dois anos.
37 - INSTRUÇÃO NORMATIVA MMA Nº 55, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2005
Estabelece critérios para a pesca nos lagos Xibuí, Ariauzinho, Grande, Batata, Batatinha, Laguinho,
Manixi, Soares, Praná, Janauari, Moura, Castanhinha, Castanha Grande, Jacaré e Limão, MUNICÍPIO
DE IRANDUBA, no estado do Amazonas.

38 - INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 113, DE 23 DE AGOSTO DE 2006


Estabelece as seguintes categorias de manejo para os lagos, poços, igarapés e baixas no complexo lacustre
de Macuricanã, MUNICÍPIO DE PARINTINS, estado do Amazonas: Áreas de procriação, manutenção
e uso comercial. Tabela com relação dos lagos, região e classificação dos lagos.

39 - PORTARIA IBAMA Nº 2, DE 28 DE JANEIRO DE 2008


Estabelece as seguintes categorias de manejo para os lagos, poços e igarapés nas regiões do rio Urubu e
complexo lacustre do Canaçari, nos MUNICÍPIOS DE ITACOATIARA, SILVES E ITAPIRANGA,
no estado do Amazonas. Tabela com relação dos lagos, região e classificação dos lagos.

40 - INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 181, DE 10 DE JULHO DE 2008


Estabelece as seguintes categorias de manejo para os lagos, poços e igarapés nas regiões do complexo
lacustre do rio Arari, no MUNICÍPIO DE ITACOATIARA, estado do Amazonas. Áreas de uso
comercial, manutenção, manejo e preservação (santuário). Tabela com relação dos lagos, região e
classificação dos lagos. Revogou a PORTARIA IBAMA GEREX-AM Nº 04, DE 11 DE SETEMBRO
DE 2002
CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE DO AMAZONAS - CEMAAM
RESOLUÇÃO / CEMAAM / Nº01/08

Estabelece normas e procedimentos para


regularização ambiental de TANQUES,
VIVEIROS, BARRAGENS, PEQUENOS
RESERVATÓRIOS, CANAIS DE IGARAPÉS E
TANQUES REDE DESTINADOS PARA A
AQÜICULTURA no estado do Amazonas.

CONSIDERANDO a importância da atividade da piscicultura no Estado do Amazonas e na composição


da renda da agricultura familiar; a necessidade da diversificação das atividades da propriedade rural,
visando a sustentabilidade econômica, social e ambiental, devidamente adequada à legislação vigente; a
necessidade de controle da atividade com base numa produção ambientalmente correta com todos os
cuidados na proteção dos recursos florestais e da qualidade das águas; a função sócio-ambiental da
propriedade, prevista nos artigos 5°, inciso XXIII, 170, inciso VI, 182 § 2°, 186, inciso II e 225 da
Constituição Federal; os Artigos 3º das Resoluções CONAMA nº 302, 303 e 369; o artigo 2º, da Lei
Federal 4.771 de 15 de setembro de 1965 (Código Florestal Brasileiro); a resolução CONAMA 237 de 19
de dezembro de 1997; 357 de março de 2005; a Lei 1.532/82 que “Disciplina a Política Estadual da
Prevenção e Controle da Poluição, Melhoria e Recuperação do Meio Ambiente e da Proteção aos
Recursos Naturais, e da outras providências”; a Lei 2.713/01 que “Dispõe sobre a de proteção à fauna
aquática e de desenvolvimento da pesca e aqüicultura sustentável no Estado do Amazonas”; a Lei
2.985/05 que “Regulamenta o Art. 220, § 1°e § 2° da Constituição Estadual de Meio Ambiente do Estado
do Amazonas – CEMAAM e dá outras providências”; o Decreto n° 10.028, de 04 de fevereiro de 1.987,
que regulamenta a Lei 1.532/82 “Dispõe sobre o Sistema Estadual de Licenciamento de Atividades com
Potencial de Impacto no Meio Ambiente e aplicação de penalidades e dá outras providências”; a Lei
Ordinária n° 3219/2007 de 31 de dezembro de 2007, Ementa que “Dispõe sobre o licenciamento
ambiental no Estado do Amazonas e dá outras providências”; a necessidade de ordenar o cultivo de
peixes no estado do Amazonas; a necessidade de serem editadas normas específicas e eficazes para o
licenciamento ambiental de empreendimentos de cultivo de peixes.

RESOLVE
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1° - Determinar que a atividade de aquicultura desenvolvida em viveiros, tanques, pequenos
reservatórios, canais de igarapés, tanques rede, dentre outras estruturas localizadas em áreas urbanas ou
rurais, deverá ser regulamentada pela presente resolução e, obrigatoriamente, licenciada junto ao Órgão
Ambiental Estadual competente.

Art. 2° - Para efeito desta Resolução ficam definidos os seguintes termos a seguir utilizados:
I - Viveiro - unidade de produção de organismos aquáticos composta por uma lâmina d’água represada e
que possui controle de entrada e saída de água.
II - Barragem – estrutura construída que intercepta um curso d’água destinada ao acúmulo de água, com
dreno e/ou vertedouro.
III - Derivação do curso d’água – desvio de parte da vazão de um corpo d´água através de um canal
(valeta ou tubulação) que leva a água para o empreendimento.
IV - Pequenos reservatórios - área de acúmulo de água que pode ser alimentada por captação, derivação
ou água de chuva e que podem ser utilizadas para cultivo de organismos aquáticos.
V - Tanques - São viveiros cuja parte interna é revestida com materiais impermeabilizantes.
VII - Sistema de cultivo extensivo – sistema de produção sem oferta de alimentos, sendo que os
organismos utilizam alimento natural disponível.
VIII - Sistema de cultivo intensivo – sistema de produção com oferta de alimento artificial aos espécimes
cultivados, tendo como característica a alta densidade de estocagem.
IX - Sistema de cultivo super intensivo – sistema de produção com oferta de alimento artificial aos
espécimes cultivados em gaiolas ou tanques rede, tendo como característica a alta densidade de
estocagem.
X - Criação em canais de igarapés – produção de organismos aquáticos em pequenos cursos d´água, sem
comprometimento ambiental.
XI - Tanques rede – estruturas flutuantes de área conhecida com alta densidade de espécimes, instaladas
em lagos, rios e reservatórios.
Art. 3° – As formas de cultivo de produção de peixes deverão ser licenciados de acordo com as seguintes
modalidades:
I - Licença Prévia (LP), será concedida na fase preliminar do planejamento da atividade contendo
requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos
municipais, estaduais ou federais de uso do solo e terá validade de até 1 ano;
II - Licença de Instalação (LI), será concedida para autorizar o início da implantação do empreendimento,
de acordo com as especificações constantes do Projeto Executivo aprovado e terá prazo máximo de 2
anos;
III - Licença de Operação (LO), autorizará após as verificações pelo Órgão Ambiental Estadual, o
cumprimento dos condicionamentos da LI - o início da atividade licenciada, bem como o funcionamento
dos equipamentos de contrato requeridos e terá validade de até 2 anos.
Parágrafo Único – Os empreendimentos de aqüicultura, deverão ser cadastrados e registrados junto a
Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca – SEAP/PR, e ao IBAMA ou a quem delegar, devidamente
licenciado pelo Órgão Ambiental Estadual.

CAPÍTULO II
CULTIVO DE ORGANISMOS AQUÁTICOS EM TANQUES, VIVEIROS, PEQUENOS
RESERVATÓRIOS.
Art. 4° - O enquadramento dos empreendimentos terá as seguintes características:
I - Porte Micro: Até 2 (dois) ha de lâmina d’água por propriedade;
II - Porte Pequeno: Área superior a 2 (dois) ha até 10 (dez) ha de lâmina d’água por propriedade;
III - Porte Médio: Área superior a 10 (dez) ha até 50 (cinquenta) há;
IV - Porte Grande: Área superior a 50 (cinquenta) ha por propriedade.
§ 1º– Todo efluente oriundo dos empreendimentos aqüícolas deverá estar de acordo com a legislação
vigente.
§ 2º – Os empreendimentos de porte pequeno ou superior, deverão, obrigatoriamente, apresentar sistema
de tratamento de efluentes desde o início de implantação do projeto de aqüicultura.

Art. 5º - A área de produção de organismos aquáticos em viveiro já instalado e consolidado que seja
considerado de baixo impacto ambiental nos termos dos artigos 10 e11 da Resolução do CONAMA 369,
será regulamentado pelo Órgão Ambiental Estadual, desde que protocole pedido com a respectiva
documentação, e ainda atenda aos seguintes requisitos técnicos conforme o enquadramento da área de
produção abaixo relacionado.
I – Para o caso de viveiros de terra:
a) Efetuar a restauração no entorno com espécies vegetais nativas numa faixa de 30 metros de cada lado,
deixando uma faixa marginal de até 10 metros entre a linha d’água e a faixa reflorestada, para circulação
e manejo do viveiro de produção, ou;
b) Quando não for possível a formação de faixa com espécies vegetais nativas em uma das margens, a
extensão total das duas faixas, com largura mínima de 60 metros, deverá ser colocada em uma das
margens, ou;
c) Em casos excepcionais, onde não for possível implantar a faixa de proteção em nenhuma das margens,
devido à existência de construções, a área deverá ser compensada a montante dos viveiros e distribuída
igualmente entre as duas margens, ou;
d) Caso já exista vegetação à montante, esta deverá ser considerada para efeito de área de Preservação
Permanente ou serem utilizados excedentes em outras áreas. Se não se enquadrar nestes casos, a
compensação será realizada em outro local da propriedade a critério do Órgão Ambiental Estadual e em
consenso com o produtor.
II – Para o caso de viveiro construído por derivação de curso d’água em Área de Preservação Permanente
ou em áreas sistematizadas:
a) Prioritariamente a compensação deverá ser feita na margem oposta a do viveiro, em faixa de no
mínimo 50 metros a partir da margem do corpo d’água, ou;
b) A compensação poderá ser feita acima do canal de abastecimento do viveiro, ou;
c) No caso de existência de edificações, a faixa de compensação deverá ser feita a montante das áreas
edificadas, ou;
d) No caso onde a montante do viveiro existir impedimentos (estrada, rodovia, final de propriedade) a
compensação deverá ser feita a jusante, ampliando-se a área de Preservação Permanente do curso
d’água,ou;
e) Em todos os casos do Item II deverá ser mantida e/ou recuperada a continuidade da faixa da Área de
Preservação Permanente.
III – Para o caso de viveiro construído sobre nascente não perene:
a) Efetuar a restauração no entorno da linha d’água do viveiro em faixa mínima de 50 metros;
b) Neste caso o reservatório deverá servir apenas para o abastecimento dos demais viveiros situados a
jusante e ser explorado de forma extensiva;
c) Para os viveiros localizados a jusante da nascente, seguir a orientação do item “I” do Artigo 4º.
IV – Para o caso de viveiro utilizando área resultante da exploração de recursos minerais:
a) Efetuar a recuperação no entorno com espécies nativas numa faixa de 30 metros no entorno, deixando
uma faixa marginal de 10 metros entre a linha d’água e a faixa restaurada, para circulação e manejo do
viveiro de produção, ou;
b) Manter a continuidade desta faixa de Preservação Permanente com a faixa do corpo receptor das águas
do viveiro, ou;
c) Seguir a orientação do item “I” letra “d” do Artigo 4º.
V – Para o caso de viveiro construído com aproveitamento de águas de encosta:
a) Efetuar a restauração no entorno com espécies vegetais nativas numa faixa de 30 metros a partir da
linha máxima de água, no entorno de captação e armazenamento.
VI – Para o caso de viveiro construído em áreas elevadas e abastecido por água recalcada através de
bombas e canais de derivação, será observado o disposto no item I do presente artigo.
VII – Corpos d´água decorrentes do barramento causado pela construção de vias poderão ser utilizados
para a aqüicultura, contanto que respeitem a faixa de domínio da via.
VIII - Para o caso de viveiro em áreas de empréstimo para construção de estrada, será observado o
disposto no item I do presente artigo.

Art. 6° - A aqüicultura que dispõe de parte de suas obras em área de preservação permanente deverá ser
mantida conforme o projeto original.
Parágrafo Único - O manejo dos viveiros, incluindo a retirada de sedimentos, não será objeto de
autorização ambiental, devendo, no entanto, ser adotadas medidas preventivas que assegure a boa
qualidade da água do manancial receptor e a sua proteção contra espécies introduzidas e patógenos.

Art. 7° - Os aqüicultores terão um prazo de 12 meses para requerer a regularização de seus viveiros de
produção de organismos aquáticos junto ao órgão ambiental.

Art. 8° - As Instituições do Estado voltadas ao fomento e extensão rural em conjunto com as


organizações de aqüicultores, poderão desenvolver ações educativas que auxiliem a indicação de
alternativas para agilização da regularização destes viveiros visando a redução dos custos.

Art. 9° – O IPAAM poderá autorizar micro empreendimento de aqüicultura familiar, comunitária, de


baixa renda, e subsistência, de caráter social e baixo impacto, em canais de igarapés, desde que
assegurado o que segue:
I – a estabilidade das margens do curso do igarapé;
II – a regeneração e a manutenção da vegetação nativa;
III – Os empreendimentos poderão ser licenciados em canais de igarapé com vazão mínima de 15 l/seg e
biomassa final de 1.000 kg em 100m3. Fora destes parâmetros serão necessários estudos de impacto
ambiental designados pelo Órgão Ambiental Estadual;
IV – A construção de módulos de criação em canal de igarapé fica restrita a no máximo 20% do
comprimento do igarapé contido na propriedade, mantendo uma distancia mínima de 50m da extremidade
entre propriedades contíguas e deve atender os seguintes requisitos:
a) A distância mínima entre os módulos será três vezes o tamanho dos módulos à montante;
b) A intervenção em área restrita a 5% (cinco por cento), no máximo, da área de proteção permanente
existente na propriedade;
c) As instalações dos módulos deverão garantir a migração natural dos organismos aquáticos.
Parágrafo Único - Os empreendimentos já instalados terão o prazo máximo de até 30 meses para se
adequarem à legislação vigente.

CAPÍTULO IV
CULTIVO DE ORGANISMOS AQUÁTICOS EM TANQUES REDE
Art. 10 – Os tanques rede para produção de organismos aquáticos devem ser licenciados de acordo com
as seguintes características:
I – O licenciamento ambiental e a instalação de tanques-rede nos corpos hídricos sob o domínio do Estado
do Amazonas seguirão o disposto na legislação federal vigente, de uso das águas públicas para fins de
aqüicultura, e só poderá ser realizada mediante estudo prévio contemplando pelo menos um ano de
análises trimestrais das variáveis físicas e químicas da água, visando a viabilidade ambiental no momento
de solicitação da licença de instalação.
II – A área destinada ao empreendimento em lagos não deverá exceder 1% da área total do corpo d´água
na cota mínima.
III - A área destinada ao empreendimento em rios deverá obedecer a legislação vigente.
a) Os microemprendimentos até 160m3 terão licenciamento único e simplificado. Acima deste volume,
o licenciamento atenderá aos trâmites normais exigidos pelo IPAAM.
Parágrafo Único - Os projetos submetidos ao licenciamento e aprovados pelo órgão ambiental deverão ser
implantados num prazo de até 24 meses, após a aprovação, sob pena de serem cancelados e arquivados.

CAPÍTULO V
CULTIVO DE ORGANISMOS AQUÁTICOS PARA FINS DE PESQUISA CIENTÍFICA
Art. 11 – as instalações para pesquisa com organismos aquáticos, serão licenciadas e/ou autorizadas
mediante procedimento simplificado visando o progresso do conhecimento cientifico.
§ 1º– Será concedida a isenção de tributos com licenciamento único para instituição publica de ensino e
pesquisa;
§ 2º – Deverá ser apresentado projeto simplificado identificando a instituição responsável e o corpo
técnico envolvido na pesquisa.

CAPÍTULO VI
AS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 12 - Os empreendimentos instalados sem a competente licença ambiental até a data de publicação
desta resolução, que não tenham sido implantados em área de preservação permanente, poderão ter sua
licença de operação expedida pelo IPAAM, atendidos simultaneamente os seguintes requisitos:
I – apresentação do requerimento da Licença Ambiental Única do empreendimento do imóvel onde se
localiza o parque ou área aqüícola;
II – recolhimento das taxas correspondentes aos requerimentos da LP, LI e LO, na forma determinada
pelo IPAAM;
III – adequação às normas constantes deste Decreto e às exigências definidas em parecer técnico do
IPAAM.
§ 1º– Tratando-se de empreendimentos instalados em áreas de preservação permanente, incluindo lagos
formados a partir de barramentos e uso de canais de igarapés, que se encontram em atividade até a data de
publicação desta resolução, os mesmos poderão ter sua licença de operação expedida pelo IIPAAM
atendidos, adicionalmente, os seguintes requisitos:
I – instalação em curso d’água com vazão máxima de 3m³/s – a definir (três metros cúbicos por segundo);
II - localização em um raio superior a 100m (cem metros) ou com desnível de 50,0cm das nascentes e
olhos d’água ou com desnível mínimo de 50,0cm;
III – piscicultura em canais de igarapés com vazão de 15/l/s, biomassa final máxima 1000kg e modulo de
100m2;
IV – tanques redes instalado em águas publicas ate 160m3;
V - comprovação de inexistência de alternativa técnica e locacional na propriedade para o projeto
executado;
VI – indicação de medidas compensatórias.
§ 2º – Havendo necessidade, o IPAAM determinará as adequações dos empreendimentos em
funcionamento definindo, em Termo de Ajustamento de Conduta, cronograma com prazo máximo de 12
meses, a partir de sua assinatura, prorrogáveis se justificável.

Art. 13 - As atividades de piscicultura que foram instaladas e estão desativadas deverão apresentar ao
órgão ambiental um Plano de Desativação e Recuperação, com cronograma de execução, no prazo de até
12 meses.
Parágrafo Único. O abandono da atividade de piscicultura sem a aprovação de Plano de Desativação
junto ao órgão ambiental configura ilícito administrativo que estará sujeito à aplicação das penalidades
cabíveis.

Art. 14 – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

NOTIFICA-SE, CUMPRA-SE E PUBLIQUE-SE


Presidente do Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado do Amazonas, em 03 de julho de 2008.

NÁDIA CRISTINA D’AVILA FERREIRA


Presidente do CEMAAM
DECRETO ESTADUAL Nº 29.421, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2009

DISCIPLINA a captura de alevinos de pirarucu


(Arapaima gigas) destinados à piscicultura, e dá
outras providências.

O GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo
artigo 54, IV, da Constituição do Estado do Amazonas, e

CONSIDERANDO a necessidade de assegurar a conservação do pirarucu (Arapaima gigas), espécie


importante da biodiversidade amazônica, em virtude da sobrepesca e a da degradação ambiental, que o
fizeram constar na lista de espécies em ameaças de extinção;

CONSIDERANDO a existência de ambientes aquáticos manejados com possibilidade de exploração


sustentável da espécie e a indisponibilidade de alevinos de pirarucu produzidos por métodos artificiais de
reprodução, que possam garantir o incremento da criação desta espécie em cativeiro;

CONSIDERANDO que a criação de pirarucu em ambiente confinado tem demostrado viabilidade


zootécnica;

CONSIDERANDO que é dever dos entes públicos, em todas as suas instâncias, promover o
ordenamento socioambiental e econômico de atividades com capacidade de gerar emprego e renda e
melhoria da qualidade de vida das populações de vida das populações, e o que mais consta do Processo nº
787/2008 – CASA CIVIL.

DECRETA
Art. 1º A captura de alevinos de pirarucu (Arapaima gigas) destinados à piscicultura em Unidades de
Conservação Estadual de Uso Sustentável e/ou em áreas de Acordo de Pesca, devidamente formalizados
nos termos da legislação vigente, obedecerão ao disposto neste Decreto e as demais normas e vigor
aplicável a espécies.

Art. 2º A captura referida no artigo 1º deste Decreto só será autorizado em áreas com planos de manejo
sustentável do pirarucu legalmente reconhecido e que realizem contagem de indivíduos por métodos
tecnicamente validados.
Paragrafo único. O Poder Executivo Estadual fomentará estudos locais para definir procedimentos do uso
e manejo sustentável do pirarucu em ambientes artificias e naturais.

Art. 3º As autorizações para a captura de alevinos de pirarucu serão fornecidas exclusivamente as


associações comunitárias inseridas em Unidades de Conservação e áreas de Acordo de Pesca.

Art. 4º As autorizações para a captura e comercialização de alevinos de pirarucu serão expedidas


mediante a apresentação de prévios acordos de venda, cujo modelo será definido pela Secretaria de
Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SDS em ato normativo, efetuados entre as
comunidades e/ou associações que apresentam cotas de pesca e piscicultores compradores licenciados
pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM, cadastrados na Secretaria Especial de
Aquicultura e Pesca da Presidência da Republica – SEAP/PR e detentores de Cadastro Técnico Federal –
CFT do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.
Paragrafo único. As comunidades detentoras de cotas de pesca deverão ter áreas propicias para a
reprodução do pirarucu, que deverá ser constatado após análise técnica.

Art. 5º As quantidades de alevinos constantes dos acordos prévios de venda deverão constar de relatório
técnico aprovado pelo IPAAM, em função da capacidade de suporte do sistema de produção.

Art. 6º Os alevinos de pirarucu capturados serão deduzidos na cota de captura na proporção de 250
(duzentos e cinquenta) alevinos para 1 (um) pirarucu da cota autorizada por área |(unidade de manejo).

Art. 7º O IPAAM deverá manter o controle, o monitoramento e a avaliação dos espécimes recebidos
pelos produtores, mediante relatório técnico apresentado pelos produtores e/ou instituição de assistência
técnica governamental ou não governamental.
Art. 8º Em caso de insucesso do empreendimento, desistência do criador ou a existência de outros
fatores que venham colocar em risco os animais recebidos, esses serão transferidos para outro criadouro
legalmente habilitados e sob supervisão do IPAAM.

Art. 9º Este Decreto será regulamentado, no que couber, por meio de Instrução Normativa editada pela
SDS.

Art. 10º Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação, revogando-se as disposições em
contrário.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 30 de novembro de


2009.

EDUARDO BRAGA
Governador do Estado

JOSÉ MELO DE OLIVEIRA


Secretario de Estado de Governo

RAUL ARMONIA ZAIDAN


Secretario de Estado Chefe da Casa Civil
Publicado no Diário Oficial do Estado do Amazonas nº 31.784, pg 78, dia 05/03/2010

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDS Nº 002, DE 04 DE MARÇO DE 2010

Estabelece normas e procedimentos para


CADASTRO DE AQÜICULTURAS com
lâmina d´água inferior a 4,0 ha de área inundada,
tanque rede inferior a 500 m3 e canal de igarapé
com até 100 m3 e que não sejam potencialmente
causadores de significativa degradação do meio
ambiente.

A SECRETÁRIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO


SUSTENTÁVEL no exercício de suas atribuições legais,

CONSIDERANDO a importância da atividade econômica da aquicultura no Estado do Amazonas e sua


função na composição da renda da agricultura familiar;

CONSIDERANDO a necessidade da diversificação das atividades da propriedade rural, visando a


sustentabilidade econômica, social e ambiental;

CONSIDERANDO a função sócio-ambiental da propriedade rural, prevista em legislação federal e


estadual;
CONSIDERANDO os instrumentos destinados à formulação das políticas públicas direcionadas à
Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais, estabelecidos em leis e resoluções;

CONSIDERANDO a necessidade de serem editadas normas específicas para os pequenos aqüicultores;

CONSIDERANDO a necessidade de possibilitar e estimular, entre outras, a criação de um mercado


formal da aqüicultura e assegurar a segurança jurídica necessária a atividade;

CONSIDERANDO a necessidade de se definir critérios mínimos para o adequado desenvolvimento


desta atividade, buscando-se a sustentabilidade ambiental;

CONSIDERANDO a complexidade do processo de regularização fundiária, e, a exigência do espaço de


tempo que demanda o processo de regularização fundiária na zona rural do Estado do Amazonas;

CONSIDERANDO o Artigo 7º da Resolução CONAMA Nº 413/2009, que os empreendimentos de


pequeno porte e que não sejam potencialmente causadores de significativa degradação do meio ambiente
poderão, a critério do órgão ambiental licenciador, ser dispensado do licenciamento ambiental;

CONSIDERANDO a Resolução CEMAAM Nº 01/2008 que a criação de peixe em canal de igarapé de


até 100 m3 é considerada familiar e de baixo impacto;

RESOLVE:
Art. 1º - Que as aqüiculturas instaladas no Estado do Amazonas, com lâmina d`água inferior a 4,0
hectares, tanque rede com somatória de volume inferior a 500 m3 e módulos instalados em canal de
igarapé cujas somatórias das medidas não ultrapassem a 100 m3, nos termos da Resolução CONAMA nº
413, de 26.06.2009, em seu Artigo 7º; serão dispensadas de licenciamento ambiental.
Parágrafo Único: As aqüiculturas referidas no Caput do Art. 1º terão o prazo de dois anos, prorrogável
por mais dois, para obter a outorga de uso dos recursos hídricos, nos termos da Lei Estadual Nº 3.167, de
27.08.2007, regulamentada pelo Decreto Nº 28.678, de 16.06.2009;

Art. 2º - As aqüiculturas referidas no Caput do Art. 1º serão obrigadas a se cadastrarem no Instituto de


Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM ou nos Escritórios locais do Instituto de Desenvolvimento
Sustentável Agropecuário e Florestal do Amazonas – IDAM.
Parágrafo Único: Quando o cadastro for feito no IDAM, este deverá repassar o referido cadastro ao
IPAAM.
Art. 3º - Os aquicultores que tenham intervindo em Área de Preservação Permanente - APP, passível de
recuperação, deverão adotar as providências recomendadas na legislação federal pertinente à matéria, nos
termos da IN Nº 05, de 08.09.2009, emitida pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA;

Art. 4º - As aqüiculturas tratadas nesta IN estão dispensadas de apresentação do Laudo de Avaliação do


Potencial Malarígeno e o Atestado de Condição Sanitária.

Art. 5º - Os documentos necessários para requerer o cadastro são:


1. Cópia do RG e CPF do representante legal;
2. Documentação existente do imóvel que demonstre a posse mansa e pacífica;
3. Projeto Técnico elaborado pelo IDAM ou por profissionais habilitados nos termos da legislação
pertinente vigente, contendo: Croqui de situação/localização informando, no mínimo, quatro pares de
coordenadas geográficas dos vértices da poligonal da área do projeto, incluindo área inundada com suas
respectivas dimensões, além, das informações técnicas;
4. Croqui de localização de acesso à piscicultura, contendo as vias de acesso à propriedade;
5. Cadastro da atividade – Aqüicultura (modelo IPAAM/IDAM);
6. Atestado de origem dos alevinos a serem cultivados no projeto.

Art. 6º - O pescado destinado à comercialização, resultante dos empreendimentos regulamentados por


esta IN, deverá ser acompanhado de Atestado de Origem expedida pelos Escritórios locais do IDAM.

Art. 7º - Não será permitido o uso das áreas próximas às estradas, por serem consideradas de utilidade
pública, conforme Decreto Estadual nº 9.885/86 e Faixas de Domínio da 1ª UNIT / DNIT – Amazonas.

Art. 8º - O cadastro de aqüicultura será isento de taxas.

Art. 9º - Os aquicultores enquadrados nas condições estabelecidas pela presente IN, não se eximem do
cumprimento das normas e dispositivos da legislação sobre ilícitos ambientais vigentes.

Art. 10º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Nádia Cristina d`Avila Ferreira


Secretária de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE DO AMAZONAS - CEMAAM

RESOLUÇÃO CEMAAM Nº008, DE 27 JUNHO DE 2011

Estabelece Procedimentos Técnicos para o


Manejo de Jacaré, oriundos de Unidades de
Conservação de Uso Sustentável do Estado do
Amazonas.

O CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE DO AMAZONAS – CEMAAM, no uso de


suas atribuições legais, previsto no art. 220 da Constituição Estadual de 1989, e instituído pela Lei nº
2.985 de 18 de outubro de 2005, e tendo em vista o disposto no seu regimento interno.

CONSIDERANDO a atribuição da SDS em dar apoio ao desenvolvimento de negócios sustentável de


modo a possibilitar o uso dos recursos naturais de forma sustentável, socialmente justa, economicamente
viável e ecologicamente apropriada conforme a Lei Delegada n0066 de 09 de maio de 2007, reeditada no
dia 18 de maio de 2007;

CONSIDERANDO os objetivos e atribuições do Grupo de Trabalho – GT, criado pela portaria SDS/007
de 2011 e a necessidade de regulamentação do manejo de jacarés em Unidades de Conservação de Uso
Sustentável do Estado do Amazonas;

CONSIDERANDO os objetivos da Politica Nacional do Meio Ambiente instituída pela Lei nº 6.938 de
31 de agosto de 1981 e modificada pela Lei nº 10.165, de 27 de dezembro de 2000;

CONSIDERANDO os princípios e as diretrizes estabelecidas na Politica Nacional da Biodiversidade,


instituída pelo Decreto nº 4.339, de 22 de agosto de 2002;

CONSIDERANDO o disposto no art. 4º, incisos IV, V, XI e XII e art. 5º inciso IX, combinado com o
art. 18 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que regulamenta o art. 225, § 1º, inciso I, II, III e VI da
Constituição Federal e institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação e o art. 25 do Decreto nº
4.340, de 22 de agosto de 2002;

CONSIDERANDO a Lei 5197 de 3 de janeiro de 1967 que dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras
providencias;

CONSIDERANDO a Lei 9605 de 12 de fevereiro de 1998 que dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providencias e o
decreto 6514 de 22 de julho de 2008 que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio
ambiente, e estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras
providencias;

CONSIDERANDO a Instrução Normativa do IBAMA nº 26, de 21 de novembro de 2002, que estabelece


normas para uso sustentável da fauna silvestre brasileira autóctone não ameaçada de extinção,
tradicionalmente utilizada pelas populações tradicionais em Reservas Extrativistas;

CONSIDERANDO a Instrução Normativa do IBAMA Nº 169 de 20 de fevereiro de 2008 que institui e


normatiza as categorias de uso e manejo da fauna silvestre em cativeiro em território brasileiro, visando
atender as finalidades socioculturais, de pesquisa cientifica, de conservação, de exposição, de
manutenção, de criação, de reprodução, de comercialização, de abate e de beneficiamento de produtos e
subprodutos, constantes do Cadastro Técnico Federal (CTF) de Atividades Potencialmente Poluidoras ou
Utilizadoras de Recursos Naturais;

CONSIDERANDO a Instrução Normativa nº 172 de 27 de maio de 2008 que trata da exportação de


crocodilianos;

CONSIDERANDO a Lei Complementar nº 53 de 5 de junho de 2007, que Institui o Sistema Estadual de


Unidades de Conservação da Natureza –SEUC;
CONSIDERANDO a necessidade de ordenamento do manejo e padronização de métodos e técnicas para
uso sustentável das populações naturais de crocodilianos por povos tradicionais em Unidade de
Conservação de uso Sustentável do Estado do Amazonas;

CONSIDERANDO a necessidade de se garantir a sustentabilidade econômica dos povos tradicionais e


que essas Unidades de Conservação de Uso Sustentável cumpram o papel fundamental na conservação
dos recursos naturais;

CONSIDERANDO as pesquisas desenvolvidas por Instituições Públicas e Privadas de alta reputação


técnica que geraram novos conhecimentos sobre a biologia dos crocodilianos brasileiros que garantem
suporte técnico mínimo necessário à implantação de técnicas inovadoras de manejo sustentável;

CONSIDERANDO a necessidade de inovações tecnológicas de manejo sustentável dos crocodilianos


brasileiros, como subsídio para formulação de propostas, visando o aperfeiçoamento da legislação
referente à conservação e manejo da fauna brasileira.

RESOLVE:
Art. 1º - Estabelecer procedimentos técnicos para o manejo com fins comerciais das populações naturais
de jacarés, não ameaçados de extinção, observando os critérios sanitários para o seu abate e
processamento, em Unidades de Conservação de Uso Sustentável no Estado do Amazonas.
Paragrafo Único: o abate e processamento devem seguir os procedimentos apropriados para crocodilianos
em termos sanitários e humanitários.

Art. 2º - Para fins desta Resolução entende-se como:


Autorização de Manejo: documento expedido por órgão competente para fins de autorização do manejo
extrativista para uso comercial;
Cota Anual: número de animais autorizados anualmente pelo órgão competente para realização do manejo
comercial;
Crocodilianos: constituem uma ordem de répteis que inclui os jacarés;
Espécie Alvo: espécie de jacaré a ser manejada;
Plano de Manejo de jacaré documento técnico contendo informações e levantamentos de campo,
conforme roteiro especifico para obtenção de autorização de cota
Espécies não Ameaçadas: aquelas não incluídas na Lista Oficial da Fauna Brasileira Ameaçada de
Extinção, na Lista Oficial de Fauna Ameaçada de Extinção no Estado do Amazonas e no anexo I da
Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de
Extinção – CITES;
Manejadores: Pessoas autorizadas para realizar o manejo de jacarés em Unidades de Conservação de Uso
Sustentável no Estado do Amazonas;
Manejo de jacaré: atividade, que visa à obtenção de benefícios econômicos, ambientais e sociais a partir
da utilização de jacarés, em bases sustentáveis para desenvolvimento local;
Manejo Extrativista: Sistema de manejo que ocorre nos ambientes naturais.
Nidificação: ato de construir ninho em determinado local.

Art. 3º - O manejo de jacarés será permitido a entidades legalmente constituídas de moradores e usuários
de Unidades de Conservação de Uso Sustentável do Estado do Amazonas mediante autorização de
manejo pela SDS/CEUC.
§ 1º A utilização de que trata a presente Resolução deverá ser precedida de estudos biológicos que
apontem a viabilidade do manejo extrativista incluídos no Plano de Manejo Roteiro Técnico.
§ 2º O Plano de manejo de jacarés deverá ser previamente submetido e aprovado pelo Conselho
Deliberativo da respectiva Unidade de Conservação.
§ 3º A responsabilidade técnica pelos planos de manejo de jacarés deverá ser assimida por profissional
habilitado e com respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
DO PLANO DE MANEJO

Art. 4º - O Plano de manejo a ser apresentado a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e


Desenvolvimento Sustentável - SDS, em meio digital e impresso, para feito de autorização de cota de
extração de jacarés em Unidades de Conservação de Uso Sustentável deverá conter os documentos
básicos e informações técnicas obtidas por meio de levantamento de campo conforme Roteiro Técnico.
Art. 5º - Após aprovação do plano de manejo pela SDS/CEUC a expedição da autorização para as
atividades de manejo será feita pelo órgão estadual competente.
§ 1º O requerimento da cota deverá ser entregue anualmente de acordo com o cronograma definido pela
SDS/CEUC.
§ 2º A viabilidade Técnica do manejo de jacarés e a definição de cota de extração deverão ser avaliadas
considerando todos os planos de manejo de jacarés requeridos para uma mesma Unidade de Conservação.

Art. 6º - São considerados critérios técnicos mínimos para o estabelecimento de cota anuais:
a) A cota anual não poderá exceder 15% da população contada nos levantamentos, excluindo-se os
animais com menos de 45 cm, e será limitada ao máximo de 30% do numero de indivíduos contados
dentro do intervalo de tamanhos solicitados na proposta de manejo.
b) A extração de animais não poderá ser realizada nos locais identificados como áreas principais de
nidificação de Melanosuchur niger.
c) Somente será autorizada a captura de animais com comprimento total superior 120 cm.

Art. 7º - As cotas de extração aprovadas e licenças concedidas terão validade de no máximo um ano,
serão intransferíveis, não cumulativas
§ único. A cota no seu quantitativo, a seletividade e o período de extração de animais serão avaliadas
anualmente.

Art. 8º - A realização das atividades descritas no Plano de Manejo de jacarés deverá ser acompanhada e
aprovada pelo SDS/CEUC.

Art. 9º - O manejador deverá encaminhar anualmente os relatórios das atividades no ano anterior,
conforme o modelo da SDS, para sua avaliação.
Paragrafo único – Para expedição da autorização na nova cota, obrigatoriamente deverá ser apresentado o
relatório de atividades da captura anterior.

Art. 10º - O Acompanhamento, controle e fiscalização do manejo, bem como do transporte até a unidade
de processamento será de responsabilidade do respectivo órgão competente.

Art. 11º - A SDS/CEUC expedirá as Guias de Transito, onde deverão constar os dados do comprador e
do transportador, devidamente fornecidas pelo manejador.

Art. 12º - O Plano de Manejo de jacarés aprovado será cadastrado no CEUC/SDS.


§ 1º A SDS/CEUC manterá banco de dados dos Planos de Manejo de Jacarés.
§ 2º O banco de dados a que se refere o paragrafo anterior estará disponível publicamente no sitio
eletrônico (www.sds.am.gov.br) do CEUC.

Art. 13º - São de responsabilidade da entidade proponente / manejador o arquivamento dos dados e a
documentação original, e a formas de disponibilização para eventuais verificações.
Parágrafo Único – cópias digitalizadas de todos os documentos originais devem ser entregues a
SDS/CEUC para disponibilizar no site (www.sds.am.gov.br) .

Art. 14º - O manejador que abater ou comercializar animais em desacordo com o plano de manejo de
jacarés aprovado e licenças emitidas, terá a sua licença cassada e estará sujeito às sanções previstas em
lei.

Art. 15º - O Responsável Técnico e/ou manejador responderão civil, penal e administrativamente em
caso de comprovação de realização da atividade em desacordo com o plano de manejo aprovado e
licenças emitidas; de comprovação de fraude nas informações fornecidas aos órgãos competentes em
quaisquer fases do desenvolvimento da atividade de manejo ou de inobservância dos demais preceitos da
legislação vigente.

Art. 16º - Esta Resolução não exime o cumprimento das demais legislações pertinentes.

Art. 17º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Gabinete da SDS, em Manaus, 27 de junho de 2011.


Nádia Cristina d`Avila Ferreira
Presidente do Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado do Amazonas – CEMAAM

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