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APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO I
NORMAS GERAIS DA POLÍTICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
DA AQUICULTURA E DA PESCA
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da
Pesca, formulada, coordenada e executada com o objetivo de promover:
I - o desenvolvimento sustentável da pesca e da aqüicultura como fonte de alimentação, emprego, renda e
lazer, garantindo-se o uso sustentável dos recursos pesqueiros, bem como a otimização dos benefícios
econômicos decorrentes, em harmonia com a preservação e a conservação do meio ambiente e da
biodiversidade;
II - o ordenamento, o fomento e a fiscalização da atividade pesqueira;
III - a preservação, a conservação e a recuperação dos recursos pesqueiros e dos ecossistemas aquáticos;
IV - o desenvolvimento socioeconômico, cultural e profissional dos que exercem aatividade pesqueira,
bem como de suas comunidades.
CAPÍTULO II
DEFINIÇÕES
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se:
I - recursos pesqueiros: os animais e os vegetais hidróbios passíveis de exploração, estudo ou pesquisa
pela pesca amadora, de subsistência, científica, comercial e pela aquicultura;
II - aquicultura: a atividade de cultivo de organismos cujo ciclo de vida em condições naturais se dá total
ou parcialmente em meio aquático, implicando a propriedade do estoque sob cultivo, equiparada à
atividade agropecuária e classificada nos termos do art. 20 desta Lei;
III - pesca: toda operação, ação ou ato tendente a extrair, colher, apanhar, apreender ou capturar recursos
pesqueiros;
IV - aquicultor: a pessoa física ou jurídica que, registrada e licenciada pelas autoridades competentes,
exerce a aquicultura com fins comerciais;
V - armador de pesca: a pessoa física ou jurídica que, registrada e licenciada pelas autoridades
competentes, apresta, em seu nome ou sob sua responsabilidade, embarcação para ser utilizada na
atividade pesqueira pondo-a ou não a operar por sua conta;
VI - empresa pesqueira: a pessoa jurídica que, constituída de acordo com a legislação e devidamente
registrada e licenciada pelas autoridades competentes, dedica-se, com fins comerciais, ao exercício da
atividade pesqueira prevista nesta Lei;
VII - embarcação brasileira de pesca: a pertencente a pessoa natural residente e domiciliada no Brasil ou a
pessoa jurídica constituída segundo as leis brasileiras, com sede e administração no País, bem como
aquela sob contrato de arrendamento por empresa pesqueira brasileira;
VIII - embarcação estrangeira de pesca: a pertencente a pessoa natural residente e domiciliada no exterior
ou a pessoa jurídica constituída segundo as leis de outro país, em que tenha sede e administração, ou,
ainda, as embarcações brasileiras arrendadas a pessoa física ou jurídica estrangeira;
IX - transbordo do produto da pesca: fase da atividade pesqueira destinada à transferência do pescado e
dos seus derivados de embarcação de pesca para outra embarcação;
X - áreas de exercício da atividade pesqueira: as águas continentais, interiores, o mar territorial, a
plataforma continental, a zona econômica exclusiva brasileira, o alto-mar e outras áreas de pesca,
conforme acordos e tratados internacionais firmados pelo Brasil, excetuando-se as áreas demarcadas
como unidades de conservação da natureza de proteção integral ou como patrimônio histórico e aquelas
definidas como áreas de exclusão para a segurança nacional e para o tráfego aquaviário;
XI - processamento: fase da atividade pesqueira destinada ao aproveitamento do pescado e de seus
derivados, provenientes da pesca e da aquicultura;
XII - ordenamento pesqueiro: o conjunto de normas e ações que permitem administrar a atividade
pesqueira, com base no conhecimento atualizado dos seus componentes biológico-pesqueiros,
ecossistêmico, econômicos e sociais;
XIII - águas interiores: as baías, lagunas, braços de mar, canais, estuários, portos, angras, enseadas,
ecossistemas de manguezais, ainda que a comunicação com o mar seja sazonal, e as águas compreendidas
entre a costa e a linha de base reta, ressalvado o disposto em acordos e tratados de que o Brasil seja parte;
XIV - águas continentais: os rios, bacias, ribeirões, lagos, lagoas, açudes ou quaisquer depósitos de água
não marinha, naturais ou artificiais, e os canais que não tenham ligação com o mar;
XV - alto-mar: a porção de água do mar não incluída na zona econômica exclusiva, no mar territorial ou
nas águas interiores e continentais de outro Estado, nem nas águas arquipelágicas de Estado arquipélago;
XVI - mar territorial: faixa de 12 (doze) milhas marítimas de largura, medida a partir da linha de baixa-
mar do litoral continental e insular brasileiro, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala,
reconhecidas oficialmente pelo Brasil;
XVII - zona econômica exclusiva: faixa que se estende das 12 (doze) às 200 (duzentas) milhas marítimas,
contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial;
XVIII - plataforma continental: o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do mar
territorial, em toda a extensão do prolongamento natural do território terrestre, até o bordo exterior da
margem continental, ou até uma distância de 200 (duzentas) milhas marítimas das linhas de base, a partir
das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental
não atinja essa distância;
XIX - defeso: a paralisação temporária da pesca para a preservação da espécie, tendo como motivação a
reprodução e/ou recrutamento, bem como paralisações causadas por fenômenos naturais ou acidentes;
XX - (VETADO);
XXI - pescador amador: a pessoa física, brasileira ou estrangeira, que, licenciada pela autoridade
competente, pratica a pesca sem fins econômicos;
XXII - pescador profissional: a pessoa física, brasileira ou estrangeira residente no País que, licenciada
pelo órgão público competente, exerce a pesca com fins comerciais, atendidos os critérios estabelecidos
em legislação específica.
CAPÍTULO III
DA SUSTENTABILIDADE DO USO DOS RECURSOS PESQUEIROS E DA ATIVIDADE DE
PESCA
Seção I
Da Sustentabilidade do Uso dos Recursos Pesqueiros
Art. 3º Compete ao poder público a regulamentação da Política Nacional de Desenvolvimento
Sustentável da Atividade Pesqueira, conciliando o equilíbrio entre o princípio da sustentabilidade dos
recursos pesqueiros e a obtenção de melhores resultados econômicos e sociais, calculando, autorizando ou
estabelecendo, em cada caso:
I - os regimes de acesso;
II - a captura total permissível;
III - o esforço de pesca sustentável;
IV - os períodos de defeso;
V - as temporadas de pesca;
VI - os tamanhos de captura;
VII - as áreas interditadas ou de reservas;
VIII - as artes, os aparelhos, os métodos e os sistemas de pesca e cultivo;
IX - a capacidade de suporte dos ambientes;
X - as necessárias ações de monitoramento, controle e fiscalização da atividade;
XI - a proteção de indivíduos em processo de reprodução ou recomposição de estoques.
§ 1º O ordenamento pesqueiro deve considerar as peculiaridades e as necessidades dos pescadores
artesanais, de subsistência e da aquicultura familiar, visando a garantir sua permanência e sua
continuidade.
§ 2º Compete aos Estados e ao Distrito Federal o ordenamento da pesca nas águas continentais de suas
respectivas jurisdições, observada a legislação aplicável, podendo o exercício da atividade ser restrita a
uma determinada bacia hidrográfica.
Seção II
Da Atividade Pesqueira
Art. 4º A atividade pesqueira compreende todos os processos de pesca, explotação e exploração, cultivo,
conservação, processamento, transporte, comercialização e pesquisa dos recursos pesqueiros.
Parágrafo único. Consideram-se atividade pesqueira artesanal, para os efeitos desta Lei, os trabalhos de
confecção e de reparos de artes e petrechos de pesca, os reparos realizados em embarcações de pequeno
porte e o processamento do produto da pesca artesanal.
Art. 5º O exercício da atividade pesqueira somente poderá ser realizado mediante prévio ato autorizativo
emitido pela autoridade competente, asseguradas:
I - a proteção dos ecossistemas e a manutenção do equilíbrio ecológico, observados os princípios de
preservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais;
II - a busca de mecanismos para a garantia da proteção e da seguridade do trabalhador e das populações
com saberes tradicionais;
III - a busca da segurança alimentar e a sanidade dos alimentos produzidos.
Art. 6° O exercício da atividade pesqueira poderá ser proibido transitória, periódica ou permanentemente,
nos termos das normas específicas, para proteção:
I - de espécies, áreas ou ecossistemas ameaçados;
II - do processo reprodutivo das espécies e de outros processos vitais para a manutenção e a recuperação
dos estoques pesqueiros;
III - da saúde pública;
IV - do trabalhador.
§ 1° Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, o exercício da atividade pesqueira é proibido:
I - em épocas e nos locais definidos pelo órgão competente;
II - em relação às espé
cies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos não permitidos pelo órgão competente;
III - sem licença, permissão, concessão, autorização ou registro expedido pelo órgão competente;
IV - em quantidade superior à permitida pelo órgão competente;
V - em locais próximos às áreas de lançamento de esgoto nas águas, com distância estabelecida em norma
específica;
VI - em locais que causem embaraço à navegação;
VII - mediante a utilização de:
a) explosivos;
b) processos, técnicas ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante ao de
explosivos;
c) substâncias tóxicas ou químicas que alterem as condições naturais da água;
d) petrechos, técnicas e métodos não permitidos ou predatórios.
§ 2o São vedados o transporte, a comercialização, o processamento e a industrialização de espécimes
provenientes da atividade pesqueira proibida.
CAPÍTULO IV
DA PESCA
Seção I
Da Natureza da Pesca
Art. 8º Pesca, para os efeitos desta Lei, classifica-se como:
I - comercial:
a) artesanal: quando praticada diretamente por pescador profissional, de forma autônoma ou em regime de
economia familiar, com meios de produção próprios ou mediante contrato de parceria, desembarcado,
podendo utilizar embarcações de pequeno porte;
b) industrial: quando praticada por pessoa física ou jurídica e envolver pescadores profissionais,
empregados ou em regime de parceria por cotas-partes, utilizando embarcações de pequeno, médio ou
grande porte, com finalidade comercial;
II - não comercial:
a) científica: quando praticada por pessoa física ou jurídica, com a finalidade de pesquisa científica;
b) amadora: quando praticada por brasileiro ou estrangeiro, com equipamentos ou petrechos previstos em
legislação específica, tendo por finalidade o lazer ou o desporto;
c) de subsistência: quando praticada com fins de consumo doméstico ou escambo sem fins de lucro e
utilizando petrechos previstos em legislação específica.
Seção II
Das Embarcações de Pesca
Art. 9º Podem exercer a atividade pesqueira em áreas sob jurisdição brasileira:
I - as embarcações brasileiras de pesca;
II - as embarcações estrangeiras de pesca cobertas por acordos ou tratados internacionais firmados pelo
Brasil, nas condições neles estabelecidas e na legislação específica;
III - as embarcações estrangeiras de pesca arrendadas por empresas, armadores e cooperativas brasileiras
de produção de pesca, nos termos e condições estabelecidos em legislação específica.
§ 1° Para os efeitos desta Lei, consideram-se equiparadas às embarcações brasileiras de pesca as
embarcações estrangeiras de pesca arrendadas por pessoa física ou jurídica brasileira.
§ 2º A pesca amadora ou esportiva somente poderá utilizar embarcações classificadas pela autoridade
marítima na categoria de esporte e recreio.
Art. 10. Embarcação de pesca, para os fins desta Lei, é aquela que, permissionada e registrada perante as
autoridades competentes, na forma da legislação específica, opera, com exclusividade, em uma ou mais
das seguintes atividades:
I - na pesca;
II - na aquicultura;
III - na conservação do pescado;
IV - no processamento do pescado;
V - no transporte do pescado;
VI - na pesquisa de recursos pesqueiros.
§ 1º As embarcações que operam na pesca comercial se classificam em:
I - de pequeno porte: quando possui arqueação bruta – AB igual ou menor que 20 (vinte);
II - de médio porte: quando possui arqueação bruta – AB maior que 20 (vinte) e menor que 100 (cem);
III - de grande porte: quando possui arqueação bruta – AB igual ou maior que 100 (cem).
§ 2º Para fins creditícios, são considerados bens de produção as embarcações, as redes e os demais
petrechos utilizados na pesca ou na aquicultura comercial.
§ 3º Para fins creditícios, são considerados instrumentos de trabalho as embarcações, as redes e os demais
petrechos e equipamentos utilizados na pesca artesanal.
§ 4º A embarcação utilizada na pesca artesanal, quando não estiver envolvida na atividade pesqueira,
poderá transportar as famílias dos pescadores, os produtos da pequena lavoura e da indústria doméstica,
observadas as normas da autoridade marítima aplicáveis ao tipo de embarcação.
§ 5º É permitida a admissão, em embarcações pesqueiras, de menores a partir de 14 (catorze) anos de
idade, na condição de aprendizes de pesca, observadas as legislações trabalhista, previdenciária e de
proteção à criança e ao adolescente, bem como as normas da autoridade marítima.
Art. 11. As embarcações brasileiras de pesca terão, no curso normal de suas atividades, prioridades no
acesso aos portos e aos terminais pesqueiros nacionais, sem prejuízo da exigência de prévia autorização,
podendo a descarga de pescado ser feita pela tripulação da embarcação de pesca.
Parágrafo único. Não se aplicam à embarcação brasileira de pesca ou estrangeira de pesca arrendada por
empresa brasileira as normas reguladoras do tráfego de cabotagem e as referentes à praticagem.
Art. 12. O transbordo do produto da pesca, desde que previamente autorizado, poderá ser feito nos termos
da regulamentação específica.
§ 1°O transbordo será permitido, independentemente de autorização, em caso de acidente ou defeito
mecânico que implique o risco de perda do produto da pesca ou seu derivado.
§ 2° O transbordo de pescado em área portuária, para embarcação de transporte, poderá ser realizado
mediante autorização da autoridade competente, nas condições nela estabelecidas.
§ 3° As embarcações pesqueiras brasileiras poderão desembarcar o produto da pesca em portos de países
que mantenham acordo com o Brasil e que permitam tais operações na forma do regulamento desta Lei.
§ 4º O produto pesqueiro ou seu derivado oriundo de embarcação brasileira ou de embarcação estrangeira
de pesca arrendada à pessoa jurídica brasileira é considerado produto brasileiro.
Art. 13. A construção e a transformação de embarcação brasileira de pesca, assim como a importação ou
arrendamento de embarcação estrangeira de pesca, dependem de autorização prévia das autoridades
competentes, observados os critérios definidos na regulamentação pertinente.
§ 1º A autoridade competente poderá dispensar, nos termos da legislação específica, a exigência de que
trata o caput deste artigo para a construção e transformação de embarcação utilizada nas pescas artesanal
e de subsistência, atendidas as diretrizes relativas à gestão dos recursos pesqueiros.
§ 2º A licença de construção, de alteração ou de reclassificação da embarcação de pesca expedida pela
autoridade marítima está condicionada à apresentação da Permissão Prévia de Pesca expedida pelo órgão
federal competente, conforme parâmetros mínimos definidos em regulamento conjunto desses órgãos.
Seção III
Dos Pescadores
Art. 14. (VETADO)
Art. 15. (VETADO)
Art. 16. (VETADO)
Art. 17. (VETADO)
CAPÍTULO V
DA AQUICULTURA
Art. 18. O aquicultor poderá coletar, capturar e transportar organismos aquáticos silvestres, com
finalidade técnico-científica ou comercial, desde que previamente autorizado pelo órgão competente, nos
seguintes casos:
I - reposição de plantel de reprodutores;
II - cultivo de moluscos aquáticos e de macroalgas disciplinado em legislação específica.
Art. 20. O regulamento desta Lei disporá sobre a classificação das modalidades de aquicultura a que se
refere o art. 19, consideradas:
I - a forma do cultivo;
II - a dimensão da área explorada;
III - a prática de manejo;
IV - a finalidade do empreendimento.
Parágrafo único. As empresas de aquicultura são consideradas empresas pesqueiras.
Art. 21. O Estado concederá o direito de uso de águas e terrenos públicos para o exercício da aquicultura.
Art. 22. Na criação de espécies exóticas, é responsabilidade do aquicultor assegurar a contenção dos
espécimes no âmbito do cativeiro, impedindo seu acesso às águas de drenagem de bacia hidrográfica
brasileira.
Parágrafo único. Fica proibida a soltura, no ambiente natural, de organismos geneticamente modificados,
cuja caracterização esteja em conformidade com os termos da legislação específica.
Art. 23. São instrumentos de ordenamento da aquicultura os planos de desenvolvimento da aquicultura,
os parques e áreas aquícolas e o Sistema Nacional de Autorização de Uso de Águas da União para fins de
aquicultura, conforme definidos em regulamentação específica.
Parágrafo único. A implantação de empreendimentos aquícolas em áreas de salinas, salgados, apicuns,
restingas, bem como em todas e quaisquer áreas adjacentes a rios, lagoas, lagos, açudes, deverá observar
o contido na Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965 -Código Florestal, na Medida Provisória no 2.166-
67, de 24 de agosto de 2001, e nas demais legislações pertinentes que dispõem sobre as Áreas de
Preservação Permanente -APP.
CAPÍTULO VI
DO ACESSO AOS RECURSOS PESQUEIROS
Art. 24. Toda pessoa, física ou jurídica, que exerça atividade pesqueira bem como a embarcação de pesca
devem ser previamente inscritas no Registro Geral da Atividade Pesqueira -RGP, bem como no Cadastro
Técnico Federal -CTF na forma da legislação específica.
Parágrafo único. Os critérios para a efetivação do Registro Geral da Atividade Pesqueira serão
estabelecidos no regulamento desta Lei.
Art. 25. A autoridade competente adotará, para o exercício da atividade pesqueira, os seguintes atos
administrativos:
I - concessão: para exploração por particular de infraestrutura e de terrenos públicos destinados à
exploração de recursos pesqueiros;
II - permissão: para transferência de permissão; para importação de espécies aquáticas para fins
ornamentais e de aquicultura, em qualquer fase do ciclo vital; para construção, transformação e
importação de embarcações de pesca; para arrendamento de embarcação estrangeira de pesca; para
pesquisa; para o exercício de aqüicultura em águas públicas; para instalação de armadilhas fixas em águas
de domínio da União;
III - autorização: para operação de embarcação de pesca e para operação de embarcação de esporte e
recreio, quando utilizada na pesca esportiva; e para a realização de torneios ou gincanas de pesca
amadora;
IV - licença: para o pescador profissional e amador ou esportivo; para o aquicultor; para o armador de
pesca; para a instalação e operação de empresa pesqueira;
V - cessão: para uso de espaços físicos em corpos d'água sob jurisdição da União, dos Estados e do
Distrito Federal, para fins de aquicultura.
§ 1º Os critérios para a efetivação do Registro Geral da Atividade Pesqueira serão estabelecidos no
regulamento desta Lei.
§ 2° A inscrição no RGP é condição prévia para a ob tenção de concessão, permissão, autorização e
licença em matéria relacionada ao exercício da atividade pesqueira.
Art. 26. Toda embarcação nacional ou estrangeira que se dedique à pesca comercial, além do
cumprimento das exigências da autoridade marítima, deverá estar inscrita e autorizada pelo órgão público
federal competente.
Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput deste artigo implicará a interdição do barco até a
satisfação das exigências impostas pelas autoridades competentes.
CAPÍTULO VII
DO ESTÍMULO À ATIVIDADE PESQUEIRA
Art. 27. São considerados produtores rurais e beneficiários da política agrícola de que trata o art. 187 da
Constituição Federal as pessoas físicas e jurídicas que desenvolvam atividade pesqueira de captura e
criação de pescado nos termos desta Lei.
§ 1º Podem ser beneficiários do crédito rural de comercialização os agentes que desenvolvem atividades
de transformação, processamento e industrialização de pescado, desde que atendido o disposto no § 1o do
art. 49 da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991.
§ 2º Fica o Poder Executivo autorizado a criar sistema nacional de informações sobre a pesca e a
aquicultura, com o objetivo de coletar, agregar, intercambiar e disseminar informações sobre o setor
pesqueiro e aquícola nacional.
Art. 28. As colônias de pescadores poderão organizar a comercialização dos produtos pesqueiros de seus
associados, diretamente ou por intermédio de cooperativas ou outras entidades constituídas
especificamente para esse fim.
Art. 29. A capacitação da mão de obra será orientada para o desenvolvimento sustentável da atividade
pesqueira.
Parágrafo único. Cabe ao poder público e à iniciativa privada a promoção e o incentivo da pesquisa e
capacitação da mão de obra pesqueira.
Art. 30. A pesquisa pesqueira será destinada a obter e proporcionar, de forma permanente, informações e
bases científicas que permitam o desenvolvimento sustentável da atividade pesqueira.
§ 1º Não se aplicam à pesquisa científica as proibições estabelecidas para a atividade pesqueira comercial.
§ 2º A coleta e o cultivo de recursos pesqueiros com finalidade científica deverão ser autorizados pelo
órgão ambiental competente.
§ 3º O resultado das pesquisas deve ser difundido para todo o setor pesqueiro.
CAPÍTULO VIII
DA FISCALIZAÇÃO E DAS SANÇÕES
Art. 31. A fiscalização da atividade pesqueira abrangerá as fases de pesca, cultivo, desembarque,
conservação, transporte, processamento, armazenamento e comercialização dos recursos pesqueiros, bem
como o monitoramento ambiental dos ecossistemas aquáticos.
Parágrafo único. A fiscalização prevista no caput deste artigo é de competência do poder público federal,
observadas as competências estadual, distrital e municipal pertinentes.
Art. 32. A autoridade competente poderá determinar a utilização de mapa de bordo e dispositivo de
rastreamento por satélite, bem como de qualquer outro dispositivo ou procedimento que possibilite o
monitoramento a distância e permita o acompanhamento, de forma automática e em tempo real, da
posição geográfica e da profundidade do local de pesca da embarcação, nos termos de regulamento
específico.
Art. 33. As condutas e atividades lesivas aos recursos pesqueiros e ao meio ambiente serão punidas na
forma da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e de seu regulamento.
CAPITULO IX
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 34. O órgão responsável pela gestão do uso dos recursos pesqueiros poderá solicitar amostra de
material biológico oriundo da atividade pesqueira, sem ônus para o solicitante, com a finalidade de
geração de dados e informações científicas, podendo ceder o material a instituições de pesquisa.
Art. 35. A autoridade competente, nos termos da legislação específica e sem comprometer os aspectos
relacionados à segurança da navegação, à salvaguarda da vida humana e às condições de habitabilidade
da embarcação, poderá determinar que os proprietários, armadores ou arrendatários das embarcações
pesqueiras mantenham a bordo da embarcação, sem ônus para a referida autoridade, acomodações e
alimentação para servir a:
I - observador de bordo, que procederá à coleta de dados, material para pesquisa e informações de
interesse do setor pesqueiro, assim como ao monitoramento ambiental;
II - cientista brasileiro que esteja realizando pesquisa de interesse do Sistema Nacional de Informações da
Pesca e Aquicultura.
Art. 36. A atividade de processamento do produto resultante da pesca e da aquicultura será exercida de
acordo com as normas de sanidade, higiene e segurança, qualidade e preservação do meio ambiente e
estará sujeita à observância da legislação específica e à fiscalização dos órgãos competentes.
Parágrafo único. (VETADO)
Art. 37. Esta Lei entra em vigor após decorridos 60 (sessenta) dias de sua publicação oficial.
Art. 38. Ficam revogados a Lei nº 7.679, de 23 de novembro de 1988, e os arts. 1º a 5º, 7º a 18, 20 a 28,
30 a 50, 53 a 92 e 94 a 99 do Decreto-Lei nº 221, de 28 de fevereiro de 1967.
Tarso Genro
Guido Mantega
Reinhold Stephanes
Carlos Lupi
Izabela Mônica Vieira Teixeira
RETIFICAÇÃO
LEI Nº 11.959, DE 29 DE JUNHO DE 2009
(Publicada no DOU 30 de junho de 2009 – Seção 1)
Na página 3, nas assinaturas, leia:se: Luiz Inácio Lula da Silva, Tarso Genro, Guido Mantega, Reinhold
Stephanes, Carlos Lupi, Izabella Mônica Vieira Teixeira e Altemir Gregolin.
LEI N.º 2.713, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2.001
LEI
CAPÍTULO I
Das disposições preliminares
Art. 1.º - A fauna aquática existente em cursos d'água, lagos reservatórios e demais ambientes naturais ou
artificiais é bem de interesse comum a todos os habitantes do Estado do Amazonas, assegurado o direito à
sua exploração, nos termos estabelecidos pela legislação em geral e , em especial, por esta Lei e seus
regulamentos.
Parágrafo Único. São considerados recursos pesqueiros aqueles elementos da fauna e flora
que tem na água o seu meio de vida mais frequente e que são utilizados direta ou indiretamente pelo
homem.
Art. 2.º - O Conselho Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia -COMCITEC é o órgão
formulador da política de proteção à fauna aquática e de desenvolvimento da pesca e aqüicultura
sustentável do Estado do Amazonas.
Parágrafo Único. O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas - IPAAM é a entidade responsável pela
execução da política de proteção à fauna aquática e de desenvolvimento da pesca e aquicultura
sustentável do Estado, nela compreendida, dentre outros, o licenciamento, regulamentação, orientação,
monitoramento e fiscalização das atividades de captura, extração, coleta, transporte, conservação,
transformação, beneficiamento, cultivo, industrialização, comercialização e outros serviços relacionados à
pesca, visando a conservação e o uso sustentável dos recursos pesqueiros.
CAPÍTULO II
Da Pesca e da Aqüicultura Sustentável
Seção I
Da Pesca
Art. 5º - Compreende-se como pesca todo o ato tendente a capturar ou extrair organismos animais que
tenham na água seu normal ou mais frequente meio de vida.
Parágrafo único - A atividade pesqueira compreende todo o processo de exploração dos recursos
aquáticos, nas fases de pesca, conservação, processamento, transporte, comercialização e pesquisa.
Art. 7.º - Fica vedada a exploração comercial do produto da pesca, excetuado o proveniente da pesca
comercial e o da despesca.
Seção II
Dos Princípios e das Diretrizes da Atividade Pesqueira
Art. 9º - No exercício e no manejo das atividades de pesca, deverão ser assegurados o equilíbrio
ecológico, a conservação dos recursos pesqueiros e a capacidade de suporte dos ambientes aquáticos,
através dos seguintes princípios:
I - a exploração racional e o uso sustentável dos recursos pesqueiros;
II - a preservação e conservação da biodiversidade;
III - o cumprimento da função social e econômica da pesca.
Seção III
Dos Aparelhos e dos Métodos
Art. 11 - O Poder Executivo estabelecerá as normas relativas à permissão, à restrição ou à proibição de
aparelho, petrecho, equipamento, método ou técnica empregados na atividade pesqueira.
Parágrafo Único - O Poder Executivo estabelecerá a forma de identificação de aparelho, petrecho e
equipamento de pesca licenciado.
Seção IV
Das Proibições
Art. 12 - Fica proibida a pesca:
I. de espécime que deva se preservada;
II. de espécime que tenha tamanho inferior ao permitido;
III. em quantidade superior `a permitida;
IV. em rio ou local definido pelo órgão competente;
V. em época determinada pelo órgão competente;
VI. em desacordo com o que dispuser o zoneamento da pesca;
VII. com aparelho, petrecho ou substância de uso não autorizado;
VIII. com utilização de técnica ou método não permitido.
Parágrafo único - Excetuam-se das proibições previstas neste artigo os atos de pesca para fins científicos,
de controle ou manejo de espécies, autorizados e supervisionados pelo órgão competente.
Seção V
Do Zoneamento da Pesca
Art. 13 - O Poder Executivo estabelecerá o zoneamento da pesca no Estado, com vistas ao
desenvolvimento sustentável da fauna aquática.
§ 1.º - O zoneamento de que trata o caput deste artigo será definido mediante estudo técnico, com base na
sustentabilidade da pesca nos rios, trechos de rios, represas, lagos e demais coleções d'água.
§ 2.º - A definição da época e da modalidade de pesca permitida ou proibida constará em calendários e
mapas de fácil interpretação pelo cidadão comum.
§ 3.º - A proposta de zoneamento da pesca será precedida de audiências públicas.
§ 4.º - Compete ao Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia - COMCITEC, aprovar
os relatórios técnicos, os calendários da pesca e os mapas do zoneamento, que serão revisto
periodicamente, em intervalos de, no máximo 5 (cinco) anos.
§ 5.º - Unidades de conservação de uso direto para a pesca poderão ser criadas e mantidas,
com objetivos definidos participativamente com todos os usuários dos recursos da área de forma
sustentável e equitativa.
§ 6.º - A pesca científica poderá ser efetuada em qualquer zona, observada a necessária
Autorização do IPAAM.
Seção VI
Da Aquicultura
Art. 14 - Compreende-se por aquicultura a atividade destinada a criação ou reprodução, para fins
econômicos, científicos ou ornamentais, de seres animais e vegetais que tenham na água seu ambiente
natural.
§ 1.º - Para o exercício da aquicultura são exigidos o registro do aqüicultor e a licença expedidos pelo
órgão competente.
§ 2.º - Para o transporte, o uso e a exploração sócio-econômica do produto da aquicultura, é exigida
licença do órgão competente.
CAPÍTULO III
Das Licenças e dos Registros
Art. 15 - Para o exercício das atividades de pesca e aqüicultura no estado do Amazonas, é obrigatória a
licença, salvo nas modalidades enumeradas nos incisos III a V do art. 6º desta Lei.
§ 1.º - A licença acoberta a guarda, o porte, o transporte e a utilização de aparelho, apetrecho e
equipamento de pesca.
§ 2.º - A licença é pessoal e intransferível, e sua compreensão fica sujeita ao recolhimento de
emolumentos administrativos e de reposição de pesca e ao cumprimentos do disposto no zoneamento da
pesca.
§ 3.º - A licença para a pesca comercial e esportiva especificará a área hidrográfica de abrangência e
época de validade.
§ 4.º - São dispensados do recolhimento de emolumentos de que trata o § 3.º deste artigo o menor de até
12 (doze) anos de idade, quando acompanhado de um dos pais ou responsável, o aposentado e o maior de
65 (sessenta e cinco) anos, se do sexo masculino, de 60 (sessenta) anos, se do sexo feminino, que utilizem
para o exercício da pesca, sem fins comerciais, linha de mão , caniço simples ou caniço com molinete,
empregados com anzol simples ou múltiplo, e que não sejam filiados a clube ou associação de pesca.
§ 5.º - A licença será expedida por tempo determinado e pode ser suspensa ou cancelada pelo órgão
emissor, na hipótese de infração à lei ou por motivo de interesse ecológico.
§ 6.º - Pode ser concedida licença especial gratuita nos casos estabelecidos no regulamento desta Lei.
§ 7.º - Poder ser concedida licença especial de aprendiz de pesca ao maior de 14 (quatorze) anos,
mediante autorização de autoridade judicial ou do representante legal do menor.
CAPÍTULO IV
Da Fiscalização
Art. 18 - A fiscalização da pesca, em caráter preventivo e repressivo, incidirá sobre:
I - atividade que acarrete risco e dano à fauna aquática;
II - captura, extração, coleta, beneficiamento, conservação, transformação, transporte, armazenamento e
comercialização de seres aquáticos;
III - transporte, posse, guarda, exposição e utilização de aparelho, petrecho ou equipamento de pesca e
aquicultura.
Parágrafo único - A fiscalização da pesca será exercida por servidor público credenciado para esse fim ou
por terceiros mediante delegação de poderes ou autorização do órgão estadual de meio ambiente.
CAPÍTULO V
Do Dano à fauna Aquática
Art. 19 - Constitui dano à fauna aquática toda ação ou emissão que cause prejuízo ao ecossistema a ela
relacionado, além das demais hipóteses previstas na legislação em vigor e, especialmente:
I - a introdução de espécie exótica sem a autorização do órgão competente;
II - a promoção do esvaziamento ou do secamento artificial de coleções d'água naturais ou represas,
excetuados os reservatórios artificiais destinados à prática da piscicultura e a outras finalidades;
III - a captura de espécime da ictiofauna com tamanho distinto ao permitido, ou de espécie que deva ser
preservada, ou em quantidade superior à permitida, conforme previsto na legislação em vigor;
IV - a captura de espécime da ictiofauna em local e época proibidos ou com o emprego de aparelho,
petrecho, método ou técnica não permitida.
V - a prática de ação que provoque a morte de espécime da ictiofauna, por qualquer meio ou modo,
contrariando norma existente;
VI - outras situações a serem definidas pelo IPAAM ou pelo COMCITEC.
§ 1º - Sem prejuízo das penalidades administrativas cabíveis, os autores do dano ficam obrigados à
reparação ambiental, por meio da reposição de espécies ou recuperação ambiental de acordo com
orientação do órgão estadual de meio ambiente.
§ 2º - O Poder Executivo adotará medidas preventivas com vistas a evitar ou minimizar o risco de danos à
fauna aquática.
CAPÍTULO VI
Das Infrações e das Penalidades
Seção I
Das Infrações
Art. 20 - As infrações administrativas compreendem toda ação ou omissão que contraria os dispositivos
desta Lei e seu regulamento, sem prejuízo do disposto na legislação em vigor, e, em especial:
I - a captura, a guarda, o transporte, a comercialização, a industrialização, a utilização ou a inutilização de
produto da pesca obtido em desacordo com esta Lei e seu regulamento;
II - o transporte, a comercialização, a guarda, a posse ou a utilização de aparelho, petrecho ou
equipamento de uso proibido ou sem o devido licenciamento ou registro;
III - o uso indevido do registro ou da licença;
IV - a prática de ação que provoque a morte de animal ou vegetal aquático nativo, em qualquer de suas
fases de crescimento e desenvolvimento, sem autorização do órgão competente;
V - a criação de obstáculo ou impedimento para a ocorrência do fenômeno reprodutivo, por ação ou
omissão;
VI - a falta de registro ou licença junto ao órgão competente;
VII - a não-apresentação de licença ou de documento de porte obrigatório, quando solicitado;
VIII - a criação de impedimento ou dificuldade para a ação de fiscalização.
Seção II
Das Penalidades
Art. 21 - A ação ou omissão contrária às disposições desta Lei sujeita o infrator às penalidades a seguir
relacionadas, sem prejuízo da reparação do dano ambiental, principalmente o relativo à ictiofauna, e de
outras ações legais cabíveis:
I - advertências;
II - multa simples;
III - multa diária;
IV - apreensão ou perda de aparelho, petrecho, equipamento ou produto de pesca;
V - interdição ou embargo da atividade;
VI - suspensão parcial ou total de atividades;
VII - cancelamento de autorização, licença ou registro;
VIII- impedimento da obtenção de licença ou de incentivo oficial.
§ 1º - O valor da multa será fixado no regulamento desta Lei e corrigido periodicamente, com base nos
índices estabelecidos na legislação tributária, sendo o mínimo de R$100,00 (cem reais) e o máximo de
R$100.000,00 (cem mil reais), calculada de acordo com a natureza da infração, seu grau, extensão, área e
região de ocorrência, a finalidade e as características do ato que originou a infração, a exigência de
reposição ou reparação relativa ao ato, o dolo ou a culpa do infrator, bem como sua proposta ou projeto de
reparação.
§ 2º - As penalidades previstas neste artigo aplicam-se ao autor direto da infração ou àquele que, de
qualquer modo, concorra para sua prática ou dela obtenha vantagem.
§ 3º - Constatada a reincidência genérica a multa será aplicada em dobro.
§ 4º - Será cancelado o registro, a autorização ou a licença da pessoa física ou jurídica que reincidir na
infração que tenha originado pena de suspensão da atividade.
Art. 22 - A infração ao disposto nesta lei e em seu regulamento será objeto de auto de infração, com
indicação do fato, do seu enquadramento legal, da penalidade e do prazo de defesa.
Parágrafo único - São competentes para lavrar auto de infração os servidores do Instituto de Proteção
Ambiental do Amazonas - IPAAM.
Art. 24 - O material apreendido não procurado no prazo de 180 (cento e oitenta) dias reputar-se-á
abandonado, e o IPAAM promoverá a destinação legal daquele cujo uso seja permitido.
Parágrafo único - O material apreendido considerado de uso proibido não será devolvido, cabendo ao
IPAAM determinar sua destinação.
Art. 25 - O produto da pesca apreendido poderá ser doado para escolas públicas, entidades filantrópicas e
outras de cunho social e sem fins lucrativos.
Seção III
Do Processo Administrativo
Art. 26 - As infrações a esta Lei são apuradas em processo administrativo próprio.
Art. 27 - O processo administrativo para apuração da infração deve observar os seguintes prazos:
I - trinta dias para o infrator apresentar defesa, independentemente de depósito ou caução, dirigida ao
presidente do IPAAM;
II - noventa dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua
lavratura.
Parágrafo único - O julgamento proferido fora do prazo não implica em nulidade do processo.
Seção IV
Do Recurso Administrativo
Art. 28 - Da decisão definitiva do IPAAM caberá recurso, em última instância administrativa, ao
Conselho Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia - COMCITEC, no prazo de 20 (vinte) dias
contados da publicação da decisão no Diário Oficial do Estado.
CAPÍTULO VII
Da Educação Ambiental
Art. 29 - Os órgãos competentes criarão mecanismos que visem ao desenvolvimento integrado de
programas de educação ambiental e de informação técnica, relativos à proteção e ao incremento dos
recursos da fauna e da flora aquáticas no Estado.
Art. 30 - Cabe ao poder público divulgar os princípios e o conteúdo desta Lei nas escolas de nível
fundamental, médio e superior da rede estadual, em colônias e associações de pescadores, em órgãos
ambientais, bibliotecas públicas e Prefeituras Municipais.
CAPÍTULO VIII
Disposições Finais
Art. 31 - Para a consecução dos objetivos desta Lei, fica o IPAAM autorizado a firmar convênio, ajuste
ou instrumento congênere com órgão ou entidade governamental ou não governamental da União, dos
Estados e dos Municípios, observado a legislação pertinente.
Art. 32 - O IPAAM poderá expedir normas complementares à execução desta lei e seus regulamentos.
Art. 34 - O Poder Executivo regulamenta esta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados a partir
da data de sua publicação.
CONSIDERANDO o disposto no artigo 33 da Lei 2.713 de 28 de dezembro de 2001, que dispõe sobre a
política de proteção à fauna aquática e de desenvolvimento da pesca e aquicultura sustentável no Estado
do Amazonas;
DECRETA
CAPÍTULO I
Dos Princípios e Diretrizes da Pesca Esportiva, Recreativa e de Subsistência
Art. 1° - No exercício e no manejo das atividades de pesca, deverão ser assegurados o equilíbrio
ecológico, a conservação dos recursos pesqueiros e a capacidade de suporte dos ambientes aquáticos,
observados os seguintes princípios basilares:
I - a exploração racional e o uso sustentável dos recursos pesqueiros;
II - a preservação e a conservação da biodiversidade;
III - o cumprimento da função social e econômica da pesca.
Art. 2° - Para os fins desse Regulamento, são diretrizes da política pesqueira do Estado:
I - disciplinar as atividades de pessoas físicas e jurídicas que direta ou indiretamente estejam relacionadas
com a pesca esportiva, recreativa e de subsistência nos rios, lagos e igarapés situados nos limites
geográficos do Estado do Amazonas;
II - promover e difundir a cultura pesqueira praticada por indígenas e demais amazônidas;
III - utilizar métodos e técnicas de pesca não-degradantes para os estoques pesqueiros ou ambientes;
IV - estimular a gestão participativa das atividades de pesca;
V - incentivar e apoiar a pesquisa para o aperfeiçoamento do manejo sustentável da pesca esportiva;
VI - proteger a fauna e a flora aquática e seus mecanismos de interação ecológica;
VII - garantir a perpetuação e a reposição dos estoques pesqueiros;
VIII - evitar danos a organismos e ambientes aquáticos;
IX - incentivar o ecoturismo de pesca;
X - incentivar e apoiar programas de educação em cidades e comunidades rurais, mediante a capacitação
de citadinos e comunitários para promover a defesa ambiental, com ênfase à conservação dos organismos
aquáticos e à capacitação de guias turísticos;
XI - promover o zoneamento ambiental da pesca esportiva.
CAPÍTULO II
Seção I
Dos Conceitos e Definições
Art. 3º - Para os efeitos deste Regulamento, entende-se por:
I - pescador amador esportivo, o que prática a pesca com a finalidade de competição, turismo ou desporto,
sem fins comerciais;
II - pescador amador recreativo, o que pratica a pesca com a finalidade de lazer e turismo, não
dependendo o pescador do produto da pesca para sua subsistência ou para obtenção de renda;
III - clube ou associação de pescadores amadores, a pessoa jurídica que congregue como associado ou
filiado, o pescador amador, ou aquela que organiza para clientes, excursões ou programas relacionados
com a pesca amadora;
IV - embarcação de pesca esportiva, a que, registrada e autorizada pelos órgãos competentes, opera na
atividade de transporte de pescadores amadores;
V - agências e operadores de turismo, as empresas de turismo, agências de viagens, barcos-hotéis, hotel
de beira de rio ou de praia e, ainda hotéis, qualquer que seja a sua localização e pousadas que organizem
excursões ou programas com atividades de pesca esportiva ou recreativa a clientes nacionais ou
estrangeiros;
VI - Reserva de Desenvolvimento Sustentável da Pesca Esportiva, os espaços que contenham elementos
de sistema hídrico caracterizado por expressiva piscosidade, com ecossistemas conservados, capazes de
assegurar a manutenção dos espécimes.
Art. 4º - O pescador amador esportivo, definido no inciso I do artigo anterior, de acordo com a sua
origem, será classificado em duas categorias:
a) residente, o que tiver residência no Estado do Amazonas;
b) não-residente, o que residir em outro Estado ou em outro país.
Seção II
Da pesca Esportiva
Art. 5º - Considera-se pesca esportiva, para os efeitos deste Regulamento, a praticada com finalidade de
competição, turismo e desporto, subdividida nas seguintes modalidades:
I - pesca de arremesso, a em que se utilizam iscas naturais ou artificiais, movimentadas simulando isca
viva, sendo as iscas artificiais mais comuns os "plugs de meia água, de fundo ou de superfície", flags, as
"colheres", e os "spinners";
II - pesca de corrico, a em que a isca artificial ou natural é arrastada a uma distancia de 20 a 50 metros da
embarcação, em baixa velocidade, com utilização de linha de mão ou de varas curtas e fortes com
carretilhas;
III - pesca de barranco, a realizada à beira de rio, lago, represa, utilizando vários apetrechos, com um
simples caniço, linha de mão, vara com molinetes e com carretilhas, ou varas telescópicas de carbono;
IV - pesca com mosca, fly-fishing, a realizada com isca que simula um inseto ou o alimento natural de
alguns peixes, utilizando uma vara comprida e flexível, uma carretilha semelhante a uma bobina comum e
uma linha grossa;
V - pesca de rodada, a realizada com o barco descendo a correnteza do rio, enquanto a isca vai sendo
arrastada pelo fundo, utilizando linha de mão, varas com molinetes ou carretilhas, ou simplesmente
caniço com linha grossa;
VI - pesca-e-solta, aquela em que o pescado é devolvido a água em perfeitas condições de sobrevivência.
§ 1º - Nas modalidades de pesca previstas neste artigo, é permitida a captura de até (dez) quilos de
pescado, por pescador, exclusivamente para consumo próprio, excluindo-se dessa permissão o tucunaré,
qualquer que seja a sua espécie.
§ 2º - Cada pescador esportivo, além da quantidade prevista no parágrafo anterior, poderá transportar
mais uma unidade de qualquer peso, considerado "troféu", ressalvado o tucunaré e as espécies que devam
ser preservadas ou as que se encontrarem em período de defeso.
§ 3º - Na modalidade de pesca esportiva, só será permitido o uso de embarcações enquadradas nas classes
de esporte e lazer, conforme especificação da Capitania dos Portos do Estado do Amazonas.
Art. 6º - Para os efeitos deste Regulamento as competições de pesca esportiva estão divididas nas
seguintes modalidades:
I - provas interclubes, as competições realizadas entre clubes filiados a uma federação de pesca, ou entre
pescadores esportivos a eles associados na forma dos respectivos estatutos;
II - gincana, competição de pesca realizada entre pescadores amadores, filiados ou não a clubes;
III - competições interestaduais, as competições de pesca de que participem federações ou clubes de
vários Estados, ou pescadores amadores associados a essas entidades;
IV - competições com participação internacional, as competições de pesca que permitem a participação de
pescadores amadores de outros países.
Art. 8º - Os pedidos de autorização com informação sobre o local, data e horário em que as competições
serão realizadas, devem, ser encaminhados ao IPAAM, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias data
de inicio do evento, e seus promotores só poderão iniciá-la após expedida a autorização.
Art. 9º - O regulamento e todos os impressos alusivos às competições devem ser anexados ao pedido de
autorização, condição indispensável para que seja analisado pelo IPAAM.
Parágrafo único - No regulamento deve constar, obrigatoriamente, a necessidade de os participantes
estarem cadastrados e licenciados junto ao IPAAM.
Seção III
Da Pesca Recreativa
Art. 10 - Para os efeitos deste Regulamento, a pesca recreativa é a realizada com a finalidade de lazer,
independendo o pescador do produto da pesca para sua alimentação e subsistência ou para geração de
renda.
Seção IV
Pesca de Subsistência
Art. 12 - Para os efeitos deste Regulamento, pesca de subsistência é a realizada por pessoa ou grupos
sociais distintos, incluindo os indígenas, nas proximidades do local de residência, destinando-se o produto
da pesca ao consumo próprio e à alimentação de outros ribeirinhos e à venda do excedente ao regatão ou
ao mercado mais próximo.
Parágrafo único - O limite para captura de pescado na modalidade de pesca prevista neste artigo,
considerando o local e data em que essa se realize, será estabelecido pelo IPAAM.
CAPÍTULO II
Seção I
Dos Aparelhos e dos Métodos
Art. 13 - O IPAAM estabelecerá as normas relativas à permissão, restrição ou proibição de aparelho,
apetrecho, equipamento, método ou técnicas empregados nas modalidades de pesca de que trata este
Decreto.
Seção II
Das Proibições
Art. 14 - Fica proibido a pesca de que trata este Regulamento:
I - de espécime que deva ser preservado;
II - de espécime que tenha tamanho inferior ao permitido;
III - em quantidade superior à permitida;
IV - em rio ou local definido pelo IPAAM;
V - em época determinada pelo IPAAM;
VI - com aparelho, apetrecho ou substância de uso não-autorizado;
VII - com utilização de técnica ou método não-autorizado.
CAPÍTULO III
Seção I
Das Reservas do Desenvolvimento Sustentável de Pesca Esportiva
Art. 15 - Cabe ao IPAAM propor ao Poder Executivo a Criação de Reservas de Desenvolvimento
Sustentável de Pesca Esportiva.
Parágrafo único - A proposta de criação de Reservas de Desenvolvimento Sustentável de Pesca Esportiva
deve ser processo de estudo técnico e previa manifestação do município onde essas unidades serão
criadas.
Art. 16 - O ato que define as Reservas de Desenvolvimento Sustentável de Pesca Esportiva indicará:
I - os limites geográficos;
II - as áreas de entorno para proteção, ser for o caso;
III - as características físicas, biológicas e paisagísticas do local;
IV - as normas especificas de uso e ocupação, com o fim de preservar as características do local.
Art. 17 - Nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável de Pesca Esportiva é permitida a pesca de
subsistência da população ribeirinha, ficando proibido:
I - a pesca comercial ou profissional;
II - a instalação de barracas para acampamento, salvo os caso de barracas demonstrativas em locais que
independem de .
Art. 18 - Nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável de Pesca Esportiva, somente será permitida a
instalação de empreendimentos hoteleiros quando previamente licenciados ambientalmente pelo IPAAM.
Art. 19 - Nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável de Pesca Esportiva, à quantidade de peixe para
captura e transporte será estabelecida no ato de criação da respectiva unidade, respeitando os limites de
produtividade local, sendo proibido o uso de apetrechos considerados predatórios da pesca, em especial
os seguintes:
I - anzóis com farpas;
II - redes de malhas;
III - explosivos e substancias químicas;
IV - aparelhos elétricos.
CAPÍTULO IV
Da Licença e dos Registros
Art. 20 - Para o exercício das atividades de pesca no Estado do Amazonas, deve ser obtido, junto ao
IPAAM, licença, que só será válida para os locais indicados.
§ 1º - A licença é um documento de porte obrigatório e acoberta a guarda, o transporte e a utilização de
aparelhos, apetrechos e equipamentos de pesca.
§ 2º - A licença é individual e intransferível, ficando sua expedição condicionada à observância das
normas pertinentes e ao recolhimento em conta especifica, junto à rede bancaria autorizada, dos
emolumentos administrativos e de reposição do estoque pesqueiro.
§ 3º - A licença será expedida por prazo não superior a 01 (um) ano, podendo ser suspensa ou cancelada
pelo órgão emissor nos casos de infração das disposições deste Regulamento, da legislação federal e das
normas dela decorrentes ou por motivo de interesse ecológico.
§ 4º - São obrigados à obtenção de licença, mas dispensados do recolhimento dos emolumentos previstos
no § 2º, deste artigo, o menor de 12 (doze) anos de idade quando acompanhado de um dos pais ou
responsável, o aposentado e o maior de 65 (sessenta e cinco) anos, quando do sexo masculino, e o maior
de 60 (sessenta) anos, quando do sexo feminino, desde que pratiquem a pesca sem fins comerciais,
utilizando linha de mão, caniço simples ou com molinete equipados com anzol simples ou múltiplo e que
nos sejam filiados a clubes ou associações de pesca.
§ 5º - São dispensados da obtenção de licença, os pescadores que praticam a pesca para fins de
subsistência, prevista no artigo 12 deste Regulamento.
§ 6º - Qualquer alteração ou renovação da licença fica sujeita ao pagamento de emolumentos
administrativos e de reposição do estoque pesqueiro, previsto no § 2º deste artigo.
§ 7º - Ao turista em atividade pesqueira será expedida licença especial temporária em prazo de vigência
não superior a 30 (trinta) dias, sujeitando-se ao limite de captura e transporte de pescado fixado nos §§ 1º
e 2º do artigo 5º deste Regulamento.
Art. 21 - O registro de pesca tem por finalidade proceder ao cadastro de pessoas físicas e jurídicas que
realizem atividades de pesca no Estado do Amazonas.
§ 1º - A efetivação do registro será feita mediante a emissão pelo IPAAM, do respectivo Certificado de
Registro em modelo próprio, o qual só terá validade após efetivado o pagamento da taxa prevista na
legislação em vigor, junto à rede bancária autorizada.
§ 2º - O registro é de caráter obrigatório e dele constará apenas os dados necessários à caracterização
jurídica e a responsabilidade legal do interessado, que responderá, sob as penas da lei, pela veracidade das
informações prestadas.
Art. 23 - Os clubes e associações de pescadores amadores, para fins de registro junto ao IPAAM,
devendo apresentar os seguintes documentos:
I - requerimento com relação nominal dos associados, conforme modelo adotado pelo IPAAM;
II - cópia do estatuto ou contrato social devidamente registrado no órgão competente;
III - cópia do comprovante de inscrição no CNPJ do Ministério da Fazenda;
IV - cópia do Alvará de Funcionamento expedido pelo Conselho Regional de Desporto; e
V - formulário de cadastro, preenchido em modelo adotado pelo IPAAM.
Art. 24 - O pescador amador esportivo ou recreativo, para fins de registro deverá apresentar os seguintes
documentos:
I - cópia do documento de identificação pessoal;
II - cópia do CPF;
III - comprovante de residência (cópia de conta de água, luz ou telefone);
IV - formulário de cadastro, preenchido em modelo adotado pelo IPAAM.
Art. 25 - As agências e operadores de turismo, para fins de registro, deverão apresentar os seguintes
documentos:
I - cópia do estatuto ou contrato social devidamente registrado no órgão competente;
II - cópia do comprovante de inscrição no CNPJ do Ministério da Fazenda;
III - cópia do Alvará de Funcionamento expedido pela Prefeitura do Município de localização do
empreendimento;
IV - cópia da licença ambiental, se for o caso, a critério do IPAAM;
V - cópia do comprovante de cadastro do Instituto Brasileiro de Turismo - EMBRATUR;
VI - formulário de cadastro, preenchido em modelo adotado pelo IPAAM.
§ 1º - Os barcos-hoteis, além da documentação listada nos incisos deste artigo, deverão apresentar o
documento de regularização junto à Capitania dos Portos e a outorga para a aplicação dos recursos
hídricos expedida pelo órgão competente.
§ 2º - Toda a documentação exigida para fins de registro, à exceção do formulário de cadastro, deve ser
apresentado ao IPAAM, junto com os originais, para fins de conferência.
Art. 27 - Toda a documentação exigida para fins de registro, à exceção do formulário de cadastro, deve
ser apresentado ao IPAAM, junto com os originais, para conferência.
CAPÍTULO V
Seção I
Da Fiscalização
Art. 29 - Para fins de fiscalização, cada pescador amador esportivo ou recreativo deverá apresentar o
documento de identidade e a licença de pesca, emitida pelo IPAAM.
Art. 31 - A fiscalização será realizada pelo IPAAM, observadas as seguintes disposições deste
Regulamento, da legislação estadual e federal, e as normas delas decorrentes.
§ 1º - A administração municipal e as comunidades rurais do Estado poderão participar ativamente da
fiscalização e do controle da pesca de que trata este Regulamento, podendo lhes ser delegada
competência, total ou parcialmente, por meio de convênios firmados com o IPAAM.
§ 2º - Empresas privadas e ONG's também poderão contribuir no processo de fiscalização da pesca
esportiva de que trata este Regulamento, mediante ajuste firmado com o IPAAM.
Art. 33 - O IPAAM alocará recursos específicos para a manutenção das atividades do monitoramento e
fiscalização.
Seção II
Das Infrações e Penalidades
Art. 34 - Constitui infração, para os efeitos, deste Regulamento, qualquer ação ou omissão que importe
inobservância dos seus preceitos, ou desobediência às determinações e disposições de lei federal,
estadual, regulamentos e demais medidas dele decorrentes.
§ 1º - O infrator, pescador esportivo ou recreativo, além da pena de multa, ficará sujeito a apresentação
dos pescados que esteja transportando, dos equipamentos e materiais utilizados na pesca, incluindo a
embarcação, que não esteja enquadrada nas categorias indicadas no inciso IV do artigo 3º deste
Regulamento.
§ 2º - Incorre em penas de multas quem:
I - exercer a pesca esportiva ou recreativa sem portar licença concedida pelo IPAAM:
- multa de R$2.000,00 (dois mil reais), acrescida de R$100,00 (cem reais) reais, por quilo de pescado
capturado e que esteja transportando, e mais R$50.000,00 (cinquenta mil reais) pela posse da utilização
de petrecho de uso proibido:
II - desenvolver ações que provoquem a morte de organismos aquáticos em qualquer de suas fases de
crescimento e desenvolvimento.
a) multa de R$3.000,00 (três mil reais) se a infração for praticada por pescador residente;
b) multa de R$50.000,00 (cinqüenta mil reais) se a infração for cometida por grupo de pescadores
residentes até o máximo de dez pessoas, acrescida de R$3.000,00 (três mil reais) por pessoa que exceder
desse número;
c) multa de R$70.000,00 (setenta mil reais) se a infração for cometida por um grupo de pescadores não-
residentes, até o máximo de dez pessoas, acrescida de R$3.000,00 (três mil reais) por pessoa que exceder
desse número;
d) multa de R$100.000,00 (cem mil reais) se a infração for praticada por clube ou empresa organizadora
de eventos de pesca esportiva.
III - criar obstáculos à ação fiscalizadora do IPAAM decorrente de não apresentação da licença ou outro
documento legal quando for solicitado:
a) multa de R$2.000,00 (dois mil reais) quando se tratar de um pescador isolado;
b) multa de R$10.000,00 (dez mil reais) quando se tratar de grupo de pescadores até o máximo de dez
pessoas, acrescido de R$2.000,00 (dois mil reais) por pescador que exceder desse número;
c) multa de R$50.000,00 (cinqüenta mil reais) quando se tratar de clube que empregue pescadores
esportivos ou empresa que atue na organização ou transporte de pescadores esportivos.
Art. 35 - Ao pescador que pratica a pesca de subsistência será aplicada a pena de multa de R$2.000,00
(dois mil reais), além de apreensão dos pescados que esteja transportando, dos aparelhos, dos petrechos e
dos equipamentos utilizados, quando for flagrado:
I - utilizando técnicas ou métodos de pesca, apetrechos ou substâncias proibidas;
II - comercializando espécimes fora do tamanho permitido;
III - capturando espécie que deva ser preservada ou que se encontre no período de defeso;
IV - pescando em rio ou local proibido.
§ 1º - As penalidades previstas nos artigos 34 e 35 deste Regulamento aplicam-se ao autor direto da
infração ou àquele que, de qualquer modo, concorra para a sua prática ou dela obtenha vantagem.
§ 2º - Constatado a reincidência genérica, a pena de multa será aplicada em dobro e, se for o caso,
cumulada com o cancelamento do registro e licença expedida pelo IPAAM.
Art. 36 - O instrumento formal para aplicação das penalidades previstas neste Regulamento é o auto de
infração, que conterá:
I - nome da entidade ou pessoa física autuada e seu endereço;
II - o ato ou fato caracterizado como infração, local e data de sua ocorrência;
III - a disposição normativa infrigida;
IV - a penalidade imposta e o valor quando se tratar de multa;
V - assinatura do agente ou agentes responsáveis pela sua lavradura.
Parágrafo único - É dos servidores do IPAAM a competência para lavrar auto de infração de que trata este
artigo.
Art. 37 - Os aparelhos, apetrechos e equipamentos de uso não proibido, quando apreendidos e não
procurados no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, reputar-se-ão abandonados e o IPAAM promoverá a
sua destinação legal.
Parágrafo único - Os aparelhos, apetrechos e equipamentos de uso proibido serão destruídos em ato
público.
Art. 38 - Os pescados objeto de apreensão poderão ser doados a escolas públicas, entidades filantrópicas,
hospitais ou outras entidades de ensino social e sem fins lucrativos.
Seção III
Do Processo Administrativo
Art. 39 - As infrações às disposições deste Regulamento serão apuradas em processo administrativo
próprio, instaurado a partir da informação do auto de infração.
Art. 40 - O processo administrativo para apurar infração deve observar os seguintes prazos:
I - trinta dias para recolher o valor da multa imposta ou apresentar defesa dirigida ao presidente do
IPAAM;
II - noventa dias para a autoridade competente proferir a decisão sobre o auto da infração, contados da
data de sua imposição.
Parágrafo único - A decisão proferida após o prazo previsto no inciso II não implicará nulidade do auto de
infração.
Seção IV
Do Recurso Administrativo
Art. 41 - Da decisão da Presidência do IPAAM caberá recurso em última instância administrativa, ao
Conselho Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia - COMCCITEC, no prazo de 20 (vinte) dias,
contados da publicação da decisão no Diário Oficial do Estado.
Parágrafo único - Os recursos de que trata este artigo serão julgados na forma disposta na legislação
ambiental do Estado do Amazonas.
CAPÍTULO IV
Da Educação Ambiental
Art. 42 - Os órgãos competentes criarão mecanismos que visem ao desenvolvimento integrado de
programas de educação ambiental e de informação técnica, relativos à proteção e ao desenvolvimento da
pesca no Estado do Amazonas, em especial da pesca esportiva.
CAPÍTULO V
Disposições Finais
Art. 43 - Para a consecução dos objetivos deste Regulamento, fica delegada competência ao IPAAM,
para expedir normas complementares e firmar convênios, ajuste ou instrumentos congêneres com órgão
ou entidade governamental ou não governamental da União, dos Estados e dos Municípios, observando a
legislação pertinente.
Art. 45 - Todo cidadão residente ou não-residente no Estado deve colaborar com o IPAAM na aplicação
deste Regulamento e das normas dele decorrentes.
Art. 46 - Até 90 (noventa) dias da efetivação do licenciamento estadual, ficam valendo as licenças
emitidas pelo órgão federal competente.
Art. 47 - O IPAAM manterá um banco de dados, contendo informações sobre a pesca esportiva, sua
ocorrência sazonal, apetrechos da pesca mais utilizados, espécies, quantidade capturada e número de
pescadores que praticam a modalidade.
Art. 48 - O pescador residente que não desejar levar o pescado capturado, preferindo devolvê-lo em
perfeita condição de sobrevivência à água deverá comunicar esse seu propósito quando da obtenção da
licença de pesca esportiva ou recreativa, circunstância em que será reduzido em 30% (trinta por cento) o
valor dos emolumentos da licença.
Art. 49 - As associações ou clubes que congregarem pescadores esportivos, instalados ou que venham a
instalar no Estado do Amazonas, ficam sujeitos ao licenciamento pelo IPAAM.
Art. 50 - Revogadas as disposições em contrário, este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
DECRETA:
Art. 1º - O Decreto n.º 22.747, de 26 de junho de 2002, que regulamenta a pesca esportiva, recreativa e de
subsistência no Estado do Amazonas, passa a vigorar com as seguintes redações:
“Art. 2º - ............................................................................................................................
XI – Incentivar a prática da pesca esportiva;
X – incentivar e apoiar programas de educação em cidades e comunidades rurais, mediante a capacitação
de citadinos e comunitários para promover a defesa ambiental, com ênfase à conservação dos programas
aquáticos e à capacitação de Guias de Turismo com relação à legislação ambiental;
.............................................................................................................................................”
“Art. 5º - ..............................................................................................................................
I – pesca de arremesso, assim definida aquela em que se utilizam iscas naturais ou artificiais, as quais são
movimentadas simulando iscas vivas;
II – pesca de corrico, assim definida aquela em que a isca natural ou artificial é arrastada a uma certa
distancia da embarcação a baixa velocidade, com utilização de linha de mão, varas curtas ou longas, com
carretilhas ou molinetes;
III – pesca de barranco, a realizada à beira de um rio, lago, represa, igarapé, utilizando vários apetrechos,
como um simples caniço, linha de mão, varas com molinetes ou carretilhas, ou varas telescópicas;
IV – pesca com mosca, fly-fishing, assim definida aquela em que é utilizada uma vara curta ou longa,
flexível ou rígida, equipada com uma carretilha semelhante a uma bobina comum, usando linha grossa ou
fina em que a isca é lançada à água simulando inseto ou alimento natural de alguns peixes;
..............................................................................................................................................
§1º - Nas modalidades de pesca esportiva, somente é permitida a captura de até 10 (dez) quilos de
pescado, por pescador, exclusivamente para consumo próprio.
§2º - Cada pescador esportivo, além da quantidade prevista no parágrafo anterior, poderá transportar mais
uma unidade de qualquer peso, considerada “troféu”, ressalvadas as espécies que devam ser preservadas
ou as que se encontrarem em período de defeso.
.............................................................................................................................................”
“Art. 11 - .............................................................................................................................
I – pesca desembarcada, a realizada sem auxilio de embarcação que podem ser usados como apetrechos
de pesca, linha de mão, caniço simples, caniço com molinetes ou carretilhas, linha e anzol simples ou
múltiplo, iscas naturais ou artificiais;
II - ........................................................................................................................................
Parágrafo único – Nas modalidades de pesca esportiva, somente é permitida a captura de até 10 (dez)
quilos de pescado, por pescador, exclusivamente para consumo próprio.”
“Art. 14 - ..................................................................................................................................
I – de espécie que deva ser preservada;
.................................................................................................................................................”
“Art. 20 - ..................................................................................................................................
...................................................................................................................................................
§7º - Ao pescador amador recreativo não-residente, quando requerida, poderá ser expedida licença de
pesca, com prazo de vigência não superior a 30 (trinta) dias, sujeitando-se ao limite de captura prevista
no artigo 5º, §1º .”
“Art. 21 - ..................................................................................................................................
§1º - A efetivação do registro far-se-á após o pagamento da taxa mediante a emissão do respectivo
Certificado de Registro ou Licença do IPAAM.
................................................................................................................................................”
“Art. 22 - ..................................................................................................................................
Parágrafo único – O Certificado do Registro deverá ser afixado em lugar visível pelas pessoas jurídicas.”
“Art. 23 - ..................................................................................................................................
...................................................................................................................................................
VI – cópia do comprovante de registro junto ao órgão oficial de esporte do Estado do Amazonas.”
“Art. 25 - ..................................................................................................................................
...................................................................................................................................................
V – comprovante de registro na regional EMBRATUR do Estado do Amazonas;
................................................................................................................................................”
“Art. 35 - ..................................................................................................................................
...................................................................................................................................................
§2º - Constatada a reincidência genérica, a pena de multa será aplicada em dobro.”
Art. 3º - Para fins de Cadastramento, Registro e Licenciamento serão exigidos das pessoas físicas e
jurídicas interessadas os documentos constantes dos Anexos I a VII.
Art. 4º - A inclusão de pessoas físicas e jurídicas no “Cadastro Estadual de Pesca” não implicará, por
parte do IPAAM e perante terceiros, em certificação de qualidade, nem juízo de valor de qualquer
espécie.
ANEXO II
VALORES DE REMUNERAÇÃO DOS CERTIFICADOS DE REGISTRO PARA
EMPREENDIMENTOS COM A ATIVIDADE DE PESCA ESPORTIVA
PORTE
Modalidade PEQUENO MÉDIO GRANDE EXCEPCIONAL
Barcos-Hotel e Embarcações
500,00 1.000,00 1.500,00 2.500,00
de pesca esportiva
Hotéis 1.000,00 1.500,00 2.000,00 3.000,00
Clubes ou Associações 200,00 500,00 700,00 1.000,00
Agencias de Turismo 500,00
Vendas de equipamentos 200,00
PARA OS EFEITOS DESTE ANEXO SÃO CONSIDERADOS DE ACORDO COM SEU PORTE:
Barco-Hotel e embarcação de pesca esportiva ou recreativa com fins comerciais.
Porte: PEQUENO ATÉ 10 PESCADORES
MÉDIO DE 11 A 20 PESCADORES
GRANDE DE 21 A 30 PESCADORES
EXCEPCIONAL MAIS DE 30 PESCADORES
Hotéis de selva, flutuante ou praia que desenvolvem a pesca esportiva ou recreativa.
Porte: PEQUENO ATE 10 HOSPEDES
MÉDIO DE 11 A 30 HOSPEDES
GRANDE DE 31 A 50 HOSPEDES
EXCEPCIONAL MAIS DE 50 HOSPEDES
Clubes ou Associações de pescadores esportivos ou recreativos
Porte: PEQUENO ATE 50 FILIADOS
MÉDIO DE 51 A 100 FILIADOS
GRANDE DE 101 A 200 FILIADOS
EXCEPCIONAL MAIS DE 200 FILIADOS
ANEXO III
APARELHOS DE PESCA E QUANTIDADES DE PEIXE PERMITIDAS PARA A PESCA
ESPORTIVA, RECREATIVA E SUBSISTÊNCIA.
ANEXO V
Zoneamento das regiões de pesca amadora esportiva e recreativa do Estado do Amazonas
Interessado:
Endereço para Correspondência:
Localização/ área de abrangência:
CNPJ/CPF: Inscrição Estadual: -
Processo nº:
Categoria:
Porte:
Representante legal
Endereço:
CPF:
Fone: Fax:
Este Certificado de Registro tem validade por um prazo de 365 dias corridos, observadas as restrições
e/ou condições constantes no verso desta e anexos que, embora não transcritos, são partes integrantes do
mesmo.
Manaus, de de
CONSIDERANDO a Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009, que dispõe sobre a Politica Nacional de
Desenvolvimento da Aquicultura e da Pesca;
CONSIDERANDO que a bacia do Rio Negro, em comparação com outras regiões do Amazonas, por
suas características físicas, químicas e biológicas, apresenta condições menos favoráveis a reposição dos
estoques pesqueiros, resultando impositiva a necessidade de protege-los, especialmente em face da pesca
praticada de forma predatória e prejudicial à subsistência da população ribeirinha, a qual depende
diretamente desses recursos para a sua sobrevivência;
CONSIDERANDO , por fim, os termos do Relatório Técnico da Secretaria de Estado do Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável, o Parecer nº 010/2010- Casa Civil:
DECRETA
Art. 1º. Ficam proibidas as atividades de pesca comercial do tucunaré (Cichla spp) e do aruanã
(Osteoglossum spp) na área da Bacia do Rio Negro compreendida entre a divisa do Estado do Amazonas
com a Colômbia, até a foz do Rio Branco, excetuando-se as hipóteses e condições a seguir especificadas:
I – prática restrita a habitantes da área especificada no caput deste artigo, com destinação exclusiva ao
abastecimento das comunidades e cidades nela localizadas, vedada a utilização de rede de arrasto, de
substancias tóxicas, explosivas ou outras que em contato com a água produzam efeitos semelhantes;
II – pesca de espécimes ornamentais;
III – pesca cientifica;
IV – pesca amadora;
V - pesca esportiva;
§1º - A pesca comercial das demais espécies, não relacionadas no caput deste artigo, será realizada
exclusivamente por barcos de pesca sediados nos Municípios de Novo Airão, Barcelos, Santa Isabel do
Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, na área de abrangência deste Decreto, observados os seguintes
procedimentos e condições:
I - registro de embarcação na Marinha e no Ministério da Pesca e Aquicultura – MPA;
II – declaração emitida pelas Secretarias Municipais do Meio Ambiente e, quando não houver, do
Instituto de Desenvolvimentos Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas – IDAM, de
que as embarcações são sediadas há pelo menos 02 (dois) anos nos municípios definidos no caput deste
parágrafo;
III – cota de captura limitada a 05 (cinco) toneladas por embarcação, para uma temporada de pesca anual
de 08 (oito) meses, respeitando-se as espécies objeto do defeso;
IV – limitação de 01 (uma) viagem por mês, por embarcação, para fins de transporte do pescado para fora
da área de abrangência deste Decreto;
V – licenciamento perante o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM, quando for o caso.
§2º Fica vedada a utilização de rede de arrasto, de substancias tóxicas, explosivas ou outras que, em
contato com a água produzam efeitos semelhantes.
Art. 2º Para estrita obediência ao disposto neste Decreto ficam estabelecidas os seguintes conceitos:
I - pesca: toda operação, ação ou ato tendente a extrair, colher, apanhar, apreender ou capturar recursos
pesqueiros;
II - pesca comercial: a que tem por finalidade realizar atos de comércio de pescado, na forma da
legislação em vigor;
III – pesca de subsistência: quando praticada com fins de consumo domestico ou escambo, sem fins de
lucro e utilizando apetrechos previstos em legislação especifica;
IV – pesca ornamental: quando praticada para fins de aquáriofilia ou de exposição pública, com fins
comercias ou não;
V – pesca cientifica: quando praticada por pessoa física ou jurídica, com a finalidade de pesquisa
cientifica;
VI – pesca amadora: atividade de natureza não comercial, praticada por brasileiro ou estrangeiro, com
equipamentos ou apetrechos previstos na legislação vigente, que tem por finalidade o lazer, vedada a
comercialização do recurso pesqueiro por ela capturado;
VI – pesca esportiva: atividade de natureza econômica, praticada por brasileiro ou estrangeiro com
equipamentos ou apetrechos previstos na legislação vigente, que tem por finalidade o turismo e/ou o
desporto através da modalidade pesque e solte, vedada a comercialização do recurso pesqueiro por ela
capturado.
§ 1º A pesca amadora pode ser exercida:
I – de terra: a que se exerce de terra firme;
II – de embarcação: a que se exerce a bordo de uma embarcação autorizada para recreio ou atividade
turística.
§ 2º É proibida expor para venda, colocar a venda ou vender espécimes ou suas partes capturadas na
pesca amadora ou esportiva, as quais apenas se podem destinar ao consumo do praticante.
§ 3º O pescador amador ou esportivo deve seguir as especificações de apetrechos, embarcações, bem
como de licenças e registros para pesca esportiva constantes na respectiva legislação.
Art. 3º Os infratores das regras deste decreto serão submetidos à pena de apreensão do produto pescado,
juntamente com todo material utilizado na pesca e no transporte, inclusive as embarcações.
Parágrafo único. Além da apreensão do produto e dos materiais utilizados para pesca, o infrator é passível
de processo administrativo para apuração das infrações sujeitando-se, ainda, as penalidades estabelecidas
na Lei nº 1.532, de 6 de junho de 1982, regulamentada pelo Decreto nº 10.028, de 4 de fevereiro de 1987,
na Lei nº 2.713, de 28 de dezembro 2001 e no Decreto Estadual nº 22.747, de 26 de junho de 2002.
Art. 6º A capacidade de suporte do ambiente aquático será definida com base em estudos técnico-
científicos.
Art. 8º Para fiel cumprimento das normas ora estabelecidas, fica a presidência do IPAAM autorizada a
celebrar convênios ou outros ajustes competentes, na forma da lei:
I – com as prefeituras dos municípios situados nas áreas de abrangência deste decreto, a fim de delegar-
lhes competência para fiscalização;
II – com as representações de classe da pesca profissional, para monitoração do defeso e fornecimento de
informações referentes ao seu desrespeito.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art.1º Estabelecer critérios e procedimentos para a concessão de Licença para a venda de exemplares
vivos de raias nativas de água continental, Família Potamotrygonidae, para fins de ornamentação e de
aquariofilia.
CAPÍTULO II
DA DISTRIBUIÇÃO DE COTAS DE VENDA
Art. 3° Estabelecer que a venda de exemplares vivos de raias nativas de água continental, não
reproduzidos em cativeiro, somente poderá ser realizada por empresas e cooperativas de pescadores por
meio de cotas anuais, individuais e intransferíveis, considerando os limites estabelecidos na norma
especifica vigente.
Parágrafo único. As cotas de que trata o caput deste artigo terão validade entre 1º de janeiro à 31 de
dezembro, de cada ano.
Art. 4º Para fins de habilitação às cotas citadas no artigo anterior, os interessados devem encaminhar
solicitação à Secretaria de Monitoramento e Controle da Pesca e Aqüicultura - SEMOC do Ministério da
Pesca e Aqüicultura - MPA, no período de 1° (Primeiro) de novembro a 30 (trinta) de novembro de cada
ano.
Art. 5º A solicitação de que trata o Art. 4° deverá ser protocolada na Superintendência Federal de Pesca e
Aquicultura - SFPA, por meio do Formulário de Requisição de Licença para Venda de Raias, conforme
anexo I desta Instrução Normativa, com apresentação dos documentos complementares abaixo
especificados;
I. Comprovação de inscrição no Registro Geral da Atividade Pesqueira - RGP do MPA, na categoria
adequada à compra e revenda de organismos aquáticos vivos;
II. Certificado de regularidade no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou
Utilizadoras de Recursos Ambientais do IBAMA;
III. Comprovante da inscrição do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ da Receita Federal;
IV. Comprovante de endereço atualizado da empresa ou cooperativa de pescadores;
V. Planta baixa ou croqui das instalações destinadas ao manejo dos organismos aquáticos vivos,
identificando claramente as seguintes características:
a. os recintos para descarga, estocagem, quarentena e carregamento dos animais;
b. a quantidade, o tipo e a dimensão das estruturas de manutenção das raias; e
c. volume total do sistema de estocagem das raias.
VI. Discriminação dos sistemas de aeração, circulação ou filtração de água que serão utilizados;
VII. Uma foto da fachada do estabelecimento e duas fotos com ângulos distintos das instalações descrito
no item V.
§1º Caso se trate de empresa, o requerente deverá apresentar os seguintes documentos complementares:
I. Cópia autenticada do documento de registro ou contrato social da empresa ou filial, contendo endereço
atualizado da empresa, nome e assinatura do proprietário ou sócios, ou seus procuradores;
II. Apresentar cópia autenticada de documento de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e
Emprego, com informações pertinentes aos empregados da empresa.
§2º Caso se trate de cooperativa de pescadores, o requerente deverá apresentar os seguintes documentos
complementares:
I. Cópia autenticada da ata da Assembléia Geral de Constituição, registrada em cartório, contendo, dentre
os objetos sociais da cooperativa, atividades relativas à pesca;
II. Cópia autenticada do Estatuto social, salvo se transcrito na ata da assembléia geral de constituição ou
no instrumento público de constituição, registrado em cartório;
III. Relação de todos os pescadores que serão contemplados, seguido do número de registro junto ao
Ministério da Aqüicultura e Pesca na categoria "Pescador profissional";
Art. 6° O requerente para participar da distribuição de cotas deverá possuir instalações de acordo com as
seguintes especificações mínimas:
I. Os tanques ou aquários para estocagem de raias deverão ter, no mínimo, as dimensões de 50x50 cm por
exemplar armazenado e a coluna d´água deverá ter a altura mínima de 30 cm;
II. Será admitida, para efeitos de quarentena, a manutenção temporária de exemplares em basquetas
plásticas de dimensões inferiores aos do Inciso I deste parágrafo, desde que maiores que o diâmetro do
exemplar, e com coluna d´água de no mínimo 15 cm;
III. As empresas requisitantes não podem se utilizar de tanques escavados ou tanques-rede para
armazenagem, manutenção ou quarentena dos exemplares;
IV. No momento da requisição das cotas, a empresa ou cooperativa deverá apresentar estrutura suficiente
para estocagem de no mínimo 20% da cota requerida; e
Art. 7° A distribuição das cotas individuais será efetuada considerando os seguintes critérios:
I. Número de requerentes por área de captura;
II. Cotas pleiteadas por espécie e por requerente;
III. Capacidade de estocagem de no mínimo 20% da cota requerida;
IV. Inexistência de pendências do requerente, junto ao IBAMA e ao Ministério da Pesca e Aqüicultura -
MPA.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 9º. A existência da estrutura mínima definida art. 6º desta instrução normativa poderá ser verificada
a qualquer momento.
Art. 10. Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas as penalidades previstas em
legislação específica.
Art. 11. Excepcionalmente o período para requerer as cotas de venda de raias ornamentais para 2011 é de
30 (trinta) dias a partir da data de publicação.
IDELI SALVATTI
INSTRUÇÃO NORMATIVA INTERMINISTERIAL Nº 001 , DE 3 JANEIRO DE 2012
Estabelece normas, critérios e padrões para a
explotação de peixes nativos ou exóticos de
águas continentais com finalidade ornamental ou
de aquariofilia.
O MINISTRO DE ESTADO DA PESCA E AQUICULTURA e o MINISTRO DE ESTADO DO
MEIO AMBIENTE, INTERINO, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto nas Leis nos
10.683, de 28 de maio de 2003, e 11.959, de 29 de junho de 2009, bem como o constante do Processo
IBAMA/Sede no 02001.002681/2004-06, resolvem:
Art.1º Estabelecer normas, critérios e padrões para a explotação de peixes nativos ou exóticos de águas
continentais com finalidade ornamental ou de aquariofilia.
Parágrafo único. Esta Instrução Normativa Interministerial não se aplica às seguintes situações:
I - exposição em restaurantes, para fins de consumo alimentar de peixes vivos; e
II - exposição de peixes vivos em zoológicos, mostras ou similares com finalidade didática, educacional
ou científica.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 2º Para efeito desta Instrução Normativa Interministerial, considera-se:
I - Ornamentação: utilizar organismos vivos ou não, para fins decorativos, ilustrativos ou de lazer; e
II - Aquariofilia: manter ou comercializar, para fins de lazer ou de entretenimento, indivíduos vivos em
aquários, tanques, lagos ou reservatórios de qualquer tipo.
CAPÍTULO II
DA CAPTURA E EXPLOTAÇÃO
Art. 3º Fica permitida a captura, o transporte e a comercialização de exemplares vivos de peixes nativos
das espécies listadas no Anexo I desta Instrução Normativa Interministerial.
§ 1º Exemplares vivos de espécies nativas não listadas no Anexo I desta Instrução Normativa
Interministerial estão proibidos de qualquer explotação para fins ornamentais e de aquariofilia, salvo
aqueles cujas espécies possuam regulamentação específica que permita a utilização para tais fins.
§ 2º A identificação das espécies não descritas cientificamente e permitidas no Anexo I desta Instrução
Normativa Interministerial, deverá ser realizada com base nos exemplares de referência, conforme
número de registro e Museu, Universidade ou Instituto de Pesquisa onde se encontram depositados, e nas
fichas constantes nos sítios eletrônicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis-IBAMA e do Ministério da Pesca e Aquicultura para fins de orientação a comerciantes e
consumidores.
§ 3º Espécimes vivos de espécies não listadas no Anexo I desta Instrução Normativa Interministerial
poderão ser explotados para fins ornamentais e de aquariofilia, desde que:
I - não ocorram naturalmente no território nacional; e
II - sejam provenientes de cultivo devidamente registrado no órgão competente, acompanhados de
comprovante de origem.
§ 4º A captura e a comercialização de exemplares cuja espécie conste ou passe a constar em listas oficiais
de espécies sobreexplotadas, ameaçadas de sobrexplotação ou de extinção, ou nos Anexos da Convenção
Internacional sobre Comércio das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção-CITES,
devem obedecer também às normas ali estabelecidas, mesmo que permitidas por esta Instrução
Normativa.
Art. 4º Ficam proibidas, durante o processo de captura de peixes nativos de águas continentais para fins
ornamentais e de aquariofilia, as seguintes práticas:
I - uso de substâncias químicas, anestésicas, tóxicas ou que causem irritações;
II - ações que acarretem danos ambientais ou à fauna aquática; e
III - revolvimento de substrato.
CAPITULO III
DO TRANSPORTE
Art. 5º O transporte interestadual de espécies de peixes de águas continentais para fins ornamentais e de
aquariofilia, em todo o seu percurso, deve estar acompanhado da Guia de trânsito de peixes com fins
ornamentais e de aquariofilia - GTPON, constante no Anexo II desta Instrução Normativa
Interministerial.
Parágrafo único. Para expedição da Guia que trata o caput deste artigo, deverá ser observado o seguinte
procedimento:
I - cabe ao solicitante requerer a liberação da Guia de Trânsito junto ao IBAMA, apresentando três vias
do modelo Anexo II, preenchidas no ato do requerimento;
II - compete às Superintendências e Unidades Descentralizadas do IBAMA:
a) para transporte com fins comerciais, verificar a validade do Registro Geral de Pesca do Ministério da
Pesca e Aquicultura, a regularidade do interessado junto ao Cadastro Técnico Federal-CTF do IBAMA, e
os documentos de origem animal quando for o caso; e
b) assinar Guia de Trânsito solicitada.
Art. 6º Para a emissão do GTPON deve ser verificada à observância da legislação estadual e municipal,
acaso existente.
§ 1º Para o transporte interestadual de até 40 espécimes de peixes de águas continentais com fins
ornamentais ou de aquariofilia, por pessoa física, sem objetivo comercial, será dispensada a GTPON.
§ 2º O interessado deve acompanhar a carga em todo o trajeto do transporte.
Art. 7º Para o transporte internacional com fins comerciais não haverá necessidade de GTPON, devendo
a carga estar acompanhada da cópia impressa do Registro de Exportação-RE ou da Licença de
Importação-LI do Banco Central do Brasil, efetivado no Sistema de Informações do Banco Central-
SISBACEN, no Sistema Integrado do Comércio Exterior-SISCOMEX ou outros sistemas que venham a
substituí-los.
§ 1º O RE ou a LI utilizada deve conter o NCM 03011090, relativo a “Outros peixes ornamentais vivos”,
e deve apresentar no campo observação do exportador ou informações complementares, os dados
referentes à data, horário e número do vôo no qual a carga será embarcada.
§ 2º O prazo para efetivação da RE e LI atenderá às normas específicas do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Art. 8º Para o transporte internacional, deve ser solicitada licença de exportação ou importação, por meio
do Sistema de Emissão de Licenças para a importação ou exportação de flora e fauna - CITES, acessível
na seção de Serviços Online no sitio eletrônico do IBAMA, pelo endereço eletrônico
<http://www.ibama.gov.br>.
Parágrafo único. A exportação ou importação internacional de peixes cujas espécies constem ou passem a
constar nos Anexos da CITES tem autorização própria para cada transação, conforme instituída na
Instrução Normativa IBAMA no 140, de 18 de dezembro de 2006, cujas solicitações devem ser feitas
pelo SISCITES.
Art. 9º Fica permitida, para fins de ornamentação e de aquariofilia, a importação das espécies de peixes
de águas continentais constantes do Anexo III desta Instrução Normativa Interministerial.
§ 1º Fica proibida a importação das espécies constantes no Anexo IV desta Instrução Normativa
Interministerial.
§ 2º A unidade responsável pela anuência das LI, conforme exposto no art. 7o, analisará individualmente
qualquer solicitação de importação de espécies de peixes exóticos que não constem nos Anexos III ou IV,
podendo autorizar, ou não, sua entrada no país, e propor a atualização dos respectivos Anexos com as
novas espécies.
Art. 10. As embalagens para transporte de peixes de águas continentais para fins ornamentais e de
aquariofilia devem apresentar em sua área externa, de maneira visível, etiqueta contendo número da
caixa, número da GTPON ou RE, nome científico e quantidade de exemplares de cada espécie.
§ 1º As embalagens contendo espécimes de peixes com finalidade ornamental deverão obrigatoriamente
permitir a visualização dos animais para efeito de fiscalização, exceto no caso de embalagens externas,
tais como caixas de papelão e isopor.
§ 2º Nas autorizações, GTPON, LI ou RE deve constar primeiramente o nome científico das espécies.
Art. 11. As disposições contidas nesta Instrução Normativa Interministerial são aplicáveis sem prejuízo
do atendimento às normas, procedimentos e documentos estabelecidos pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento - MAPA, bem como do cumprimento das normas estaduais ou municipais,
acaso existentes.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 12. Mudanças taxonômicas envolvendo espécies constantes nos Anexos I a III dessa Instrução
Normativa Interministerial serão tratadas na forma deste artigo.
§ 1º No caso de simples mudança de nome científico, incluindo a descrição de espécies, a espécie
continuará sendo tratada como constante nos respectivos anexos, e as Guias de Trânsito, Registros de
Exportação ou Licenças de Importação deverão conter o nome mais recente da espécie e a observação
sobre a mudança taxonômica no campo adequado, incluindo referências bibliográficas.
§ 2º No caso de uma espécie permitida ser redescrita e dividida em duas ou mais espécies, todas as novas
espécies serão tratadas como constante nos respectivos anexos até que aconteça nova revisão das listas, e
as Guias de Trânsito, Registro de Exportação ou Licenças de Importação deverão conter o nome
científico mais recente da espécie e a observação sobre mudanças taxonômica no campo adequado,
incluindo referências bibliográficas.
§ 3º No caso de uma ou mais espécies constantes no Anexo I serem redescritas e agrupadas em uma única
espécie, caso a nova espécie não conste em nenhuma lista estadual ou federal de espécies ameaçadas, esta
continuará sendo tratada como permitida, e as Guias de Trânsito, Registro de Exportação ou Licenças de
Importação deverão conter o nome científico mais recente da espécie e observação sobre mudanças
taxonômicas no campo adequado, incluindo referências bibliográficas.
Art. 13. Aos infratores da presente Instrução Normativa Interministerial serão aplicadas as penalidades e
sanções previstas na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e em seu regulamento.
Art. 14. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
FRANCISCO GAETANI
Ministro de Estado do Meio Ambiente, Interino.
Observação: Não estamos publicando o Anexo I, com a relação das 725 espécies de captura permitida
para fins ornamentais, o Anexo II Modelo de Guia de Trânsito de Peixes Ornamentais, e o Anexo III com
a relação das 501 espécies de peixes permitidas à importação com finalidade comercial ou de aquariofilia.
LEI N.º 2.985, DE 18 DE OUTUBRO DE 2.005
LEI:
Art. lº O Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado do Amazonas – CEMAAM, previsto no Art.
220 da Constituição Estadual de 1989, é o órgão superior de assessoramento ao Governador do Estado do
nas questões atinentes à formulação, ao acompanhamento e à avaliação das políticas de proteção ao meio
ambiente e controle da poluição.
Art. 10º O Plenário do CEMAAM reunir-se-á , ordinariamente, a cada três meses, ou extraordinariamente
mediante, convocação prévia, em sessão pública, com a presença de pelo menos a metade dos membros.
Deliberará por maioria simples, cabendo ao Presidente da sessão, além do voto pessoal, o de qualidade.
Parágrafo único. A convocação para a reunião ordinária será feita com trinta dias de antecedência e para
reunião extraordinária, com quinze dias de antecedência.
Art. 11º A Secretaria Executiva é órgão de suporte administrativo da Presidência, do Plenário e das
Câmaras Técnicas.
Art. 12º Os documentos enviados ao Conselho serão recebidos, registrados e autuados pela Secretaria
Executiva.
Art. 13º Os documentos de que trata o artigo anterior, serão complementados com informações contendo
todas as matérias relacionadas com o assunto nelas abordados, sendo em seguida encaminhados ao
Presidente do Conselho para exame e constituição de Comissão, Grupo de Estudo ou designação do
Relator.
§ 1º O Presidente poderá mandar arquivar ou devolver ao interessado qualquer documento recebido,
especialmente aqueles que possam receber soluções junto aos demais órgãos da Administrado Estadual.
§ 2º O prazo para a apresentação dos relatórios das Comissões, Grupos de Estudo ou dos Relatores será
fixado pelo Presidente do Conselho.
Art. 14º A Secretaria Executiva, órgão de suporte administrativo do Presidente do Plenário e das Câmaras
Técnicas do CEMAAM, será exercida pelo Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável.
Art. 15º Cabe à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável o provimento
dos serviços de Secretaria do CEMADES, sem prejuízo de suas demais competências legais.
Art. 17º O CEMAAM dividir-se-á em Câmaras Técnicas, para examinar e relatar ao Plenário os assuntos
de sua competência.
§ l º. São as seguintes as Câmaras Técnicas:
I - Atividades Industriais;
II- Atividades de Infra-estrutura;
III - Atividades Florestais e Agrossilvopastoris;
IV- Atividades Minerárias;
V- Proteção à Biodiversidade.
§ 2 º De acordo com a necessidade, o Presidente ou o Secretário Executivo poderão criar Câmaras
Técnicas "ad referendum" do Plenário.
Art. 19º As Câmaras Técnicas, são compostas até sete membros designados pelo Presidente do
CEMAAM, dentre:
I - os membros do plenário, que serão maioria em cada Câmara;
II- representantes de órgãos ou entidades da administração pública, de entidades civis representativas, dos
setores produtivos, de categorias de profissionais liberais e de organizações não governamentais,
relacionadas à competência da Câmara e não integrantes do Plenário;
III- os representantes referidos no inciso II, serão designados pelo Presidente do CEMAAM, mediante
indicação das respectivas entidades.
Art. 20º As Câmaras Técnicas são presididas por um de seus integrantes, eleito dentre os membros do
Plenário.
Art. 24º A Câmara de Proteção e uso sustentável da Biodiversidade tem as seguintes competências
específicas:
I - acompanhar a execução dos trabalhos para o monitoramento da cobertura vegetal natural do Estado;
II - discutir propostas de normas e padrões de proteção e uso sustentável da biodiversidade;
III- discutir propostas de normas e padrões de proteção dos recursos pesqueiros, visando à preservação,
conservação e uso sustentável da fauna ictiológica;
IV - opinar sobre o zoneamento de áreas de entorno de unidades de conservação de Proteção Integral; ..
V- opinar sobre criação ou a reclassificação de unidades de conservação;
VI - opinar sobre diretrizes para a consolidação do sistema estadual de unidades de conservação;
VII - opinar sobre os mapas de zoneamento e o calendário da pesca no Estado;
VIII - opinar sobre propostas de zoneamento e planos de gestão de unidades de conservação de uso
sustentável;
IX- propor políticas de proteção à Biodiversidade;
Art. 25º Os órgãos técnicos de apoio são órgãos executivos e de assessoramento técnico do CEMAAM,
ao Plenário e as Câmaras Técnicas.
§ 1º Consideram-se órgãos técnicos de apoio:
I- Secretaria Executiva -SECEX/SDS;
II - Secretaria Executiva Adjunta de Articulação Institucional da Secretaria de Estado do Meio Ambiente
e Desenvolvimento - SEAAI/SDS;
III - Secretaria Executiva Adjunta de Extrativismo - SEAEX/SDS;
IV- Secretaria Executiva Adjunta de Recursos Hídricos - SEARH/SDS;
V- Secretaria Executiva Adjunta de Compensações Ambientais;
VI - Secretaria Executiva Adjunta de Projetos Especiais;
VII - Instituto de Proteção Ambiental do Estado de Amazonas - IPAAM;
VIII - Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis do Amazonas – AFLORAM;
IX - Fundação Estadual dos Povos Indígenas - FEPI.
§ 2º . O apoio e assessoramento às Câmaras Técnicas será prestado pelos órgãos seccionais de acordo
com suas respectivas afinidades;
I- pela Secretaria Executiva Adjunta de Compensações Ambientais, IPAAM, SEARH/SDS e FEPI
à Câmara de Atividades Minerarias;
II- pela Secretaria Executiva Adjunta de Compensações Ambientais e SEAAI às Câmaras de Atividades
Industriais e de Atividades de Infra-estrutura;
III – pela Secretaria Executiva Adjunta de Projetos Especiais, SEAEX e Florestas do Amazonas à
Câmara de Atividades Florestais e Agrossilvopastoris;
IV- pela SECEX/SDS e Secretaria executiva Adjunta de Projetos Especiais à Câmara de Proteção da
Biodiversidade;
V- pela Secretaria Executiva Adjunta de Compensações Ambientais, SEARH/SDS e IPAAM a todas as
Câmaras Técnicas no que se refere a licenciamento, controle e monitoramento, outorga de direitos de
uso, cobrança e uso dos recursos naturais.
Art. 28º O Fundo Estadual do Meio Ambiente – FEMA, destina-se a carrear recursos para a proteção e a
conservação do meio ambiente.
Art. 30º Os recursos do FEMA destinam-se aos órgãos estaduais executivos incumbidos da realização das
atividades de conservação, recuperação, melhoria, pesquisa, controle e fiscalização ambiental, inclusive
da articulação intersetorial.
§ 1º O FEMA tem como função prover recursos para equipar os órgãos supramencionados para que
possam executar satisfatoriamente suas atribuições no meio ambiente.
§ 2º O FEMA poderá repassar recursos ás ONG’s, consórcios de municípios e comitês de bacias, desde
que existam projetos analisados pelas Câmaras Técnicas, aprovados pelo CEMADES e mediante
convênios aprovados pela Assembléia Legislativa.
§ 3º O Poder Executivo enviará à Assembléia Legislativa, anualmente, junto com a Lei Orçamentária, o
orçamento do FEMA, detalhando a origem dos recursos segundo as especificações do Art. 30 desta Lei.
Art. 31º O FEMA fica vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável – SDS, e administrado por uma junta de administração, e a execução do seu orçamento
deverá ser apresentada ao CEMAAM em cada uma de suas reuniões ordinárias.
§ 1º A Secretaria de Estado mencionada no "caput' deste artigo caberá definir as prioridades e aos
CEMADES controlar e fiscalizar a forma de utilização dos recursos do FEMA.
§ 2º A junta de administração do FEMA será composta pelos membros abaixo descritos, defesa em
qualquer caso sua delegação ou substituição interina:
I- o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;
II- Diretor-Presidente titular do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas - IPAAM.
III- o titular da Secretaria Executiva do CEMAAM;
§ 3º As deliberações da junta de administração do FEMA para aplicação de seus recursos serão
obrigatoriamente, unânimes e firmadas por todos os membros.
§ 4º A conta bancária destinada aos recolhimentos do FEMA só poderá ser movimentada pela junta
de administração, em ordens de pagamentos firmados por todos os seus membros.
Art. 32º O Plenário realizará reuniões ordinárias de acordo com o cronograma previamente estabelecido
e reuniões extraordinárias, por convocação do Presidente do Conselho.
Art. 34º O "quorum" para a realização das reuniões e deliberações será de, no mínimo, metade dos
membros do CEMAAM com direito a voto.
Art. 35º As agendas das reuniões serão estabelecidas pelo Presidente do Conselho, ouvida a Secretaria
Executiva.
Art 36º. Os relatórios a serem apresentados durante a reunião deverão ser elaborados por escrito e
entregues à Secretaria Executiva, com 06 (seis) dias de antecedência a data da realização da reunião, para
fins de processamento e inclusão na agenda, salvo nos casos admitidos pela Presidência.
Art. 37º A Secretaria Executiva deverá distribuir, com antecedência, a agenda e os documentos referentes
aos assuntos a serem tratados nas reuniões.
Art. 38º Durante a exposição da matéria pelo Relator não serão permitidos apartes, com exceção os do
Presidente do Conselho.
§ 1 º Os membros do Conselho nos debates terão uso da palavra, que será concedida pelo Presidente, na
ordem em que for solicitada.
§ 2 º O Presidente do Conselho poderá conceder prorrogação do prazo.
Art. 39º Terminada a exposição do relatório, será a matéria posta em discussão, sendo assegurado o
tempo máximo de 10 (dez) minutos para cada membro do Plenário.
Art. 40º Considerando oportuno, ao julgar matéria de alta relevância, o Presidente do Conselho poderá
submeter o assunto à votação.
Parágrafo único. Somente terão direito ao voto os membros previstos no Art. 8º.
Art. 41º Das reuniões do Plenário serão lavrados sumários, que serão lidos e submetidos à aprovação dos
membros do Conselho na reunião subseqüente, para fins de publicação no Diário Oficial do Estado.
Art. 42º Para o fiel cumprimento das atribuições e competências a si outorgadas por esta Lei, o
CEMAAM, por seu Presidente ou Secretário Executivo, poderá requisitar servidores de órgãos e
entidades da Administração Direta, Indireta e Funcional, correndo as despesas correspondentes às
respectivas requisições por conta das repartições de origem, sem prejuízo de vencimentos, direitos e
demais vantagens desses servidores.
Art. 43º. Os órgãos locais são órgãos ou entidades da administração pública municipal cujas atividades
estejam associadas às de proteção, conservação e controle do uso dos recursos ambientais.
Art. 44º O CEMAAM articular-se-á com os órgãos locais e estabelecerá, através de deliberação
normativa, diretrizes para a cooperação técnica e administrativa entre o Estado e os municípios, mediante
convênio, com vistas à harmonização das respectivas competências em matéria de licenciamento e
fiscalização ambiental.
Art. 45º Até que seja aprovado o regimento interno do CEMAAM aplicam-se as disposições do Conselho
Nacional do Meio Ambiente, e demais dispositivos regulamentares, às reuniões do Plenário e das
Câmaras Técnicas, no que couber.
Art. 46º Para fins de recomposição do Plenário, no que se refere aos representantes previstos no Art. 8º ,
a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável solicitará as indicações aos
órgãos e entidades, publicando os editais de convocação no prazo do 20 (vinte) dias contados da data de
publicação desta Lei.
Art. 47º Revogam- se o Art. 64 e o Art. 65, da Lei Estadual nº 2.783/2001: a alínea “c”, inciso I, do Art.
2º, da Leu n º 2.783, de 31 de janeiro de 2003 e as demais disposições em contrário.
EDUARDO BRAGA
Governador do Estado
CONSIDERANDO o disposto no Decreto Federal n.º 5.069, de 05 de maio de 2.004, e o que consta no
Processo n.º 6.007/2.005-CASA CIVIL,
DECRETA:
Art. 1 º Fica criado o Conselho Estadual de Pesca e Aqüicultura - CONEPA, vinculado à Secretaria de
Estado de Produção Rural - SEPROR, tendo como finalidade propor a formulação de políticas, com vistas
a promover a articulação e o debate entre os diferentes níveis de governo e a sociedade civil organizada,
para o desenvolvimento e o fomento das atividades da pesca e da aqüicultura no Estado do Amazonas.
Art. 3.º O CONEPA será presidido pelo Secretário de Estado de Produção Rural e terá a seguinte
composição:
I - um representante de cada órgão do Poder Executivo;
II - um representante do Poder Legislativo;
III- um representante de cada órgão de Pesquisas e Ensino;
IV – representantes das entidades da sociedade civil organizada;
V – empresários da pesca e aqüicultura;
§ l . º Os representantes de que tratam os incisos I e II, e seus respectivos suplentes, serão indicados pelos
titulares dos órgãos e entidades representados, por solicitação do Presidente do Conselho Estadual da
Aqüicultura e Pesca do Estado do Amazonas, após homologação ou escolha, no âmbito de cada entidade
representativa;
§ 2. º Participarão das reuniões,em caráter permanente, com direito a voz, os titulares das Secretarias
Executivas e das Gerências Regionais da Secretaria de Estado de Produção Rural - SEPROR.
§ 3. º As designações de conselheiros e substitutos, serão feitas pelo Presidente do Conselho;
§ 4.º Poderão participar das reuniões do CONEPA, personalidades representantes de órgãos públicos, e
entidades privadas como convidados, quando forem discutidos temas de alta relevância e constar o
convite na pauta dos trabalhos.
Art. 4. º Os representantes indicados terão mandatos de dois anos, podendo ser reconduzidos uma vez,
por igual período;
Parágrafo Único. O Regimento Interno do CONEPA disciplinará as normas e procedimentos sobre
controle presencial e participação dos conselheiros nos trabalhos de plenário, secretaria, comitês e grupos
temáticos;
Art. 5 º É facultado ao CONEPA, promover a realização de fórum, encontros ou seminários sobre temas
relevantes e constitutivos de sua agenda.
Art. 9 º Caberá a SEPROR, realizar as ações de articulação no âmbito Estadual, Federal e Municipal, para
prover o apoio administrativo e os meios necessários à execução dos trabalhos da Secretaria do
CONEPA, seus Comitês e Grupos Temáticos.
Art. 10. O Regimento Interno do CONEPA, será aprovado pelo Plenário, no prazo de sessenta dias a
contar da data de lua instalação e as propostas de alterações deverão ser formalizadas perante a Secretaria
do Conselho que as submeterá a decisão do colegiado.
Art. 11. A participação nas atividades do CONEPA, dos Comitês Técnicos será considerada função
relevante, não remunerada.
Art. 12. As despesas com os deslocamentos dos membros integrantes do CONEPA, dos Comitês e
Grupos Temáticos poderão correr à conta das empresas ou entidades dos seus membros.
Art. 13. Para o cumprimento de suas funções administrativas, o CONEPA contará com recursos
orçamentários e financeiros da SEPROR.
Art. 14. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
EDUARDO BRAGA
Governador do Estado
JOSÉ MAIA
Secretario de Estado de Produção Rural
CONSIDERANDO o art. 21 parágrafo 4º., inciso IV, o art. 33 parágrafo 2º., inciso II, art. 52 da LEI
COMPLEMENTAR nº. 53, de 05 de junho de 2007;
RESOLVE:
Art. 1º - Estabelecer critérios e procedimentos para a pesca esportiva na Reserva de Desenvolvimento
Sustentável do Uatumã.
Parágrafo Único – Para efeito desta Instrução Normativa, ficam excluídas as áreas de lagos de
preservação e manutenção previstas no plano de Gestão da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do
Uatumã.
Art. 3º - Será permitido ao pescador esportivo levar o pescado obtido em sua pescaria da seguinte forma:
a quantidade máxima de captura de 5 (cinco) quilos por pescador, por pescaria.
Art. 4º - Será admitida a captura de peixes para consumo imediato dentro da área especial de pesca, com
exceção das espécies sujeitas ao ordenamento pesqueiro no período do defeso e demais normas em vigor.
Art. 5º - O operador de turismo, além de cumprir com o disposto nesta instrução normativa deverá ainda:
I. Possuir licença ambiental de sua atividade emitida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas;
II. Autorização do CEUC para realização da atividade na unidade de conservação;
III. Enviar, no momento da renovação anual da licença ambiental de operação, ao Instituto de Proteção
Ambiental do Amazonas a planilha de controle do fluxo de pescadores que se hospedaram no
empreendimento ou barco-hotel e quantidades/peso de peixes capturados;
IV. Exigir a apresentação da carteira de licença estadual ou federal de pescador esportivo e comprovação
de vacina contra febre amarela;
V. Capacitar e contratar mão-de-obra local para atividades de apoio;
VI. Executar ações de educação ambiental junto aos funcionários do operador e pescadores esportivos;
VII. Manter lixeiras espalhadas nas estruturas flutuantes, guardar o lixo e depositá-lo em local apropriado.
Art. 6º - O IPAAM, para licenciar empreendimentos turísticos em Unidades de Conservação, deve ouvir
antes o CEUC, e incluir na licença de emitida as regra de uso repassada pelo CEUC.
Art. 7º - Os critérios de licenciamento para pessoa física e jurídica deverão obedecer aos estabelecidos na
legislação vigente.
Art. 10º - Será cobrado o valor provisório de R$ 20,00 (vinte reais) por cada pescador a título de taxa
diária de acesso, até que o Plano de Visitação da RDS Uatumã esteja concluído e aprovado pelo Conselho
Gestor, e R$ 4,00 (quatro reais) por quilo de peixe capturado, reajustado anualmente pelo IGP-M.
Parágrafo Primeiro. Estarão isentos da taxa diária de acesso, além da tripulação, os menores de 12 anos e
os maiores de 65 anos.
Art. 11º - O pagamento deverá ser feito/recolhido mediante depósito em conta específica da SDS em
nome Centro Estadual de Unidades de Conservação.
Parágrafo Primeiro. Os recursos da conta serão exclusivamente aplicados na Reserva de Desenvolvimento
Sustentável de Uatumã, conforme proposta apresentada pela Associação de Moradores e aprovada pelo
Conselho das Reserva do Uatumã, considerando o Plano de Gestão.
Parágrafo Segundo. O pagamento das taxas e demais encargos, previstas nesta Instrução Normativa, deve
incluir a destinação de no mínimo 10% para as atividades de supervisão e apoio à gestão do CEUC e de
até 10% para as atividades de supervisão e acompanhamento da ADS, e até 10% para as atividades de
articulação da Associação de Moradores.
Art. 14º - O não cumprimento das normas disciplinadoras contidas nesta Instrução Normativa e no plano
de gestão da área sujeitará os infratores a penalidades estabelecidas na legislação em vigor.
Art. 15º - Esta Instrução Normativa será complementada por regras adicionais estabelecidas pelo Plano
de Gestão da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, quando este for concluído.
Parágrafo Único. Caberá ao CEUC, realizar o credenciamento dos piloteiros e guias da comunidade.
Art. 16º - Esta Instrução Normativa entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas às
disposições em contrário.
CONSIDERANDO que os resultados das pescarias experimentais realizadas por técnicos da SDS/ADS
em unidades de conservação indicaram, a viabilidade da captura do pirarucu com apetrechos, artes e
métodos da pesca esportiva.
RESOLVE:
Art. 1º - Estabelecer critérios para o desenvolvimento de projetos experimentais visando a pesca
esportiva de pirarucu (Arapaima gigas) na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e em
outras unidade de conservação definidas pela SDS/CEUC, levando em conta todos os importantes
aspectos biológicos, tecnológicos, econômicos, sociais, ambientais e comerciais;
Parágrafo Primeiro - Autorizar a Agencia de Desenvolvimento Sustentável – ADS, em consonância com
o CEUC (Centro Estadual de Unidades de Conservação), conduzir as articulações visando o
estabelecimento de Termos de Cooperação ou outro instrumento legal apropriado, com empresas e
instituições, visando a implantação de Projetos Experimentais de pesca esportiva combinada com a pesca
manejada do pirarucu.
Parágrafo Segundo – Para efeito desta Portaria, ficam excluídas as áreas de lagos de preservação e
manutenção previstas no plano de gestão e/ou manejo pesqueiro.
Art. 4º - Será admitida a captura de peixes para o consumo imediato dos pescadores esportivos, dentro da
UC de qualquer espécie e dentro da área de pesca esportiva, com exceção das espécies sujeitas ao
ordenamento pesqueiro, incluindo o defeso e o tamanho mínimo permitido.
Parágrafo primeiro: deve ser paga uma taxa de reparação ambiental para os peies consumidos pelos
pescadores esportivos, conforme definido no termo de cooperação.
Art. 5º - A pescaria esportiva do pirarucu tratada nesta IN é permitida após a contagem de pirarucu nos
lagos, em períodos definidos no termo de cooperação.
Parágrafo primeiro: No caso de “pesque e solte” em lagos destinados exclusivamente para a pesca
esportiva sem pesca comercial, previstos no plano de gestão ou acordo de pesca, esta atividade deve ser
desenvolvida somente após a contagem, independentemente da autorização anual para pesca comercial.
Parágrafo segundo: No caso da participação da pesca esportiva em lagos destinados à pesca comercial,
esta atividade deve ser desenvolvida somente após a contagem anual, definição das respectivas cotas e
autorização da pesca comercial.
Art. 5º - O operador de turismo, além de cumprir com o disposto nesta instrução normativa deverá ainda:
I – Possuir licença ambiental de sua atividade emitida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas;
II - Possuir o Termo de Cooperação assinado com o CEC e ADS;
III – Enviar, no momento da renovação anual da licença ambiental de operação, ao Instituo de Proteção
Ambiental do Amazonas a planilha de controle do fluxo de pescadores que se hospedaram no
empreendimento ou barco-hotel e quantidades/peso de peixes capturados;
IV – Exigir a apresentação da carteira de licença estadual ou federal de pescador esportivo e comprovação
de vacina contra febre amarela.
V – Capacitar e contratar mão-de-obra local para atividade de apoio;
VI – Executar ações de educação ambiental junto aos funcionários do operador e pescadores esportivos;
VII – Manter lixeiras espalhadas nas estruturas flutuantes, guardar o lixo e depositá-lo em local
apropriado;
Art. 6º - A operadora deverá informar aos signatários do Termo de Cooperação o número de pescadores
bem como a quantidade de pescado capturado por espécie, mensalmente, impresso ou via internet, e ao
final da pesca, por meio de relatório técnico.
Parágrafo Único – A declaração será feita com acompanhamento do agente ambiental da área ou chefe da
unidade de conservação, que fará constar em formulário especifico definido no Termo de Cooperação
Técnica.
Art. 8º - O não cumprimento das normas disciplinadoras contidas nesta Instrução Normativa e no plano
de gestão da área sujeitará os infratores a penalidades estabelecidas na legislação em vigor.
Art. 9º - Após a avaliação dos projetos experimentais, a SDS/CEUC/ADS podem implementar projetos
de pesca esportiva em outras unidades de conservação.
Parágrafo 1º. Para as unidades de conservação que não têm plano de gestão, os projetos de pesca
esportiva devem ter um programa de monitoramento e podem ser implementados em no máximo 10% dos
lagos.
Art. 10º - O pagamento das taxas e demais encargos, previstos no termo de cooperação, deve incluir a
destinação de no mínimo 10% para as atividades de supervisão e apoio à gestão do CEUC e de no mínimo
10% para as atividades de supervisão e acompanhamento da ADS., conforme previsto no termo de
cooperação.
Art. 11º - Esta Instrução Normativa entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas às
disposições em contrário.
Art. 1º Estabelecer normas gerais para o exercício da pesca na bacia hidrográfica do Rio Amazonas.
Parágrafo único. Para efeito desta Portaria, entende-se por Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas, o Rio
Amazonas, seus formadores, afluentes, lagos, lagoas marginais, reservatórios e demais coleções d'água
sob domínio da União, exetuando-se a sub-Bacia do Rio Araguaia/Tocantins.
Art. 3º Proibir a utilização de qualquer aparelho de pesca cujo cumprimento seja superior a 1/3 (um
terço) da largura do ambiente aquático.
Art. 5º Proibir a captura, o transporte e a comercialização das espécies abaixo relacionadas, cujos
cumprimentos totais sejam inferiores a:
§ 1º Para efeito de mensuração, define-se o comprimento total como sendo a distância tomada entre a
ponta do focinho e a extremidade da nadadeira caudal.
§ 2º Permitir a captura de, no máximo, 10% (dez por cento) de indivíduos com tamanhos inferiores ao
estabelecido no artigo anterior, sobre o total capturado por espécie.
Art. 6º Durante o transporte, terrestre ou aéreo, somente será fiscalizado o tamanho mínimo das espécies.
Art. 7º Aos infratores da presente Portaria serão aplicadas as penalidades previstas no Decreto-lei no 221,
de 28 de fevereiro de 1967, e demais legislação complementar, especialmente a na Lei no 7.679, de 23 de
novembro de 1988.
RESOLVE
Art. 1º - Proibir no Estado do Amazonas a captura, o transporte e a comercialização das espécies abaixo
relacionadas, cujos comprimentos totais sejam inferiores a:
Parágrafo Único - Para efeito de mensuração, define-se o comprimento total como sendo a distância toma
entre a ponta do focinho e a extremidade da nadadeira caudal.
Art. 2º - A tolerância máxima será de 10% de indivíduos com tamanhos inferiores ao estabelecido no
artigo anterior, sobre o total capturado pôr espécie.
Art. 4º - Aos infratores da presente Portaria serão aplicadas as penalidades previstas na legislação
vigente.
CONSIDERANDO que o transporte de pescado em barcos não habilitados, vem dificultando o controle e
monitoramento das movimentações do pescado no Estado do Amazonas, que tais barcos, vem
contribuindo em grande escala para o cometimento de crimes contra a fauna ictiológicas, previstas na Lei
nº 9.605, de fevereiro de 1998, obstaculizando a consolidação do ordenamento pesqueiro em seus
diversos aspectos, estimulando a pesca destrutiva, promovendo o aumento do esforço de pesca e
consequentemente a aceleração do esgotamento de espécies ícticas endêmicas no Estado do Amazonas;
Art 1º Proibir o transporte de peixes, em volume comercial ou de qualquer volume que indique atos
comerciais, em barcos que não pertençam a categoria E-2-M assim classificados pela Capitania dos
Portos e devidamente registrados no órgão competente como embarcação de pesca.
Art 2º Estabelece o limite de transporte de pescados em 100kg (cem quilos) por embarcação que não
esteja registrada na Capitania dos Portos e no órgão competente como embarcação de pesca.
Parágrafo Único O transporte de pescados em embarcação que não esteja registrada na Capitania dos
Portos e no órgão competente como embarcação de pesca deverá estar acompanhada da licença (original)
de pesca amadora, quando oriunda desta modalidade esportiva, respeitando as demais normas vigentes.
Art 3º Os infratores da presente Portaria estarão sujeitos as sanções previstas na Legislação pertinente em
vigor.
Art 4º Esta Portaria entrará em vigor a partir de 30 dias da data de sua publicação.
Art. 1º - Proibir, no exercício da pesca em águas continentais, o uso dos seguintes aparelhos e métodos:
I- redes de arrasto e de lance, de qualquer natureza;
II- redes de espera com malhas inferiores a 70 mm, entre ângulos opostos, medidas esticadas e cujo
comprimento ultrapasse a 1/3 da largura do ambiente aquático, colocadas a menos de 200m das zonas de
confluência de rios, lagoas e corredeiras a uma distância inferior a 100 metros uma da outra;
III- tarrafas de qualquer tipo com malhas inferiores a 50 mm, medidas esticadas entre ângulos opostos;
IV- covos com malhas inferiores a 50 mm colocados a distância inferior a 200 metros, das cachoeiras,
corredeiras, confluência de rios e lagoas;
V- fisga e garatéia, pelo processo de lambada;
VI- espinhel, cujo comprimento ultrapasse a 1/3 da largura do ambiente aquático e que seja provido de
anzóis que possibilitem a captura de espécies imaturas;
VII- rede eletrônica ou quaisquer aparelhos que, através de impulsos elétricos, possam impedir a livre
movimentação dos peixes, possibilitando sua captura;
VIII- explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeitos semelhantes;
IX- substâncias tóxicas;
X- aparelho de mergulho com respirador artificial na pesca subaquática, exceto para pesquisa autorizada
pelo Ibama;
XI- sonoro;
XII- luminoso.
§ 1º Para efeito desta Instrução Normativa entende-se por águas continentais os rios, ribeirões, lagos,
lagoas, açudes ou quaisquer depósitos de água doce, naturais ou artificiais e os canais que não tenham
ligação com o mar.
§ 2º Esta Instrução Normativa não substitui as normatizações das bacias que possuem instrumentos
específicos restringindo o uso de aparelhos e métodos de pesca.
Art. 2º Fica proibido qualquer tipo de pesca praticada a menos de 200 metros à jusante e à montante das
barragens, cachoeiras, corredeiras e escadas de peixe.
Art. 3º Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas as sanções previstas na Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999.
Art. 4º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário, especialmente a Portaria nº 466, de 8 de novembro de 1972.
Art. 1° Estabelecer normas gerais para o exercício da pesca do pirarucu (Arapaima gigas) na Bacia
Hidrográfica do Rio Amazonas.
Parágrafo único. Entende-se por bacia hidrográfica, o rio principal, seus formadores, afluentes, lagos,
lagoas marginais, reservatórios e demais coleções de água.
Art. 3º As áreas de pesca de pirarucu, cujos estudos indiquem estado de sobrepesca, poderão ser
fechadas a qualquer momento.
Art. 6º Fixar o 2º dia útil após o início do defeso como prazo máximo para declaração, ao
IBAMA, dos estoques "in natura", resfriados, congelados ou em manta seca do pirarucu, conforme Anexo
I desta Instrução Normativa.
Parágrafo único. Durante o transporte, o produto deverá estar acompanhado da Guia de Transito para
Pescado, conforme Anexo II.
Art. 7º Os Gerentes Executivos do IBAMA, nos estados que compõem a bacia Amazônica, no âmbito de
sua jurisdição, poderão estabelecer instrumentos normativos complementares a esta Instrução Normativa,
para restringir a pesca do pirarucu.
Art.8º Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas as penalidades previstas na Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999.
ANEXO I
DECLARAÇÃO DE ESTOQUE Nº
DESCRIÇÃO DO PRODUTO
ANEXO II
PRODUTO PESQUEIRO
15 Destinatário 16 Endereço
17 País 18 Município 19 UF
BRASIL
20 Meio de Transporte 21 Nº Documento Fiscal
[ ] Aéreo [ ] Rodoviário [ ] Fluvial
Vôo: Placa da Carreta: B/M:
22 Data da Emissão 23 Assinatura do Responsável Para uso da Repartição Fiscal
IBAMA
IMPORTANTE :
1- Esta guia terá validade até o ----- dia após a data de sua emissão.
2- Válida para transporte nacional e internacional com o carimbo marca d´água e liberação do IBAMA,
3- Esta guia não deverá possuir rasuras ou ressalvas.
Art. 3º A autorização para pesca em áreas de manejo obedecerá aos seguintes princípios:
I- as áreas manejadas deverão estar situadas em unidades de conservação de uso direto ou inseridas em
Acordos de Pesca baseados na Instrução Normativa IBAMA nº 29, de 31 de dezembro 2002;
II- a entidade interessada deverá apresentar um projeto de uso do recurso que inclua uma contagem da
população de pirarucus, da qual será estipulada uma cota de animais adultos pelo IBAMA; e,
III- a comercialização e o transporte deste pescado manejado obedecerá ao controle do IBAMA, por meio
de Guia de Trânsito e de Comercialização de Pescado respectivamente (anexo I), assim como do uso de
lacres numerados que identifiquem a origem dos animais.
Art. 4º Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas as penalidades previstas na Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999.
A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no uso das suas atribuições e tendo em vista o
disposto no art. 27, §6º, inciso I da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003, no art. 3o do Decreto no 4.810,
de 19 de agosto de 2003, no Decreto-Lei no 221, de 28 de fevereiro de 1967, na Lei no 7.679, 23 de
novembro de 1988e na Instrução Normativa IBAMA no 29, de 31 de dezembro de 2002, e o que
considerando o que consta do Processo IBAMA no 02001.4606/2003-91, resolve:
Art. 3º Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas às penalidades e sanções,
respectivamente, previstas na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto no 3.179, de 21 de
setembro de 1999.
MARINA SILVA
DOU Nº 213, terça-feira, 6 de novembro de 2007
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS
PORTARIA Nº 48, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2007
Art. 1º Estabelecer normas de pesca para o período de proteção à reprodução natural dos peixes, na bacia
hidrográfica do rio Amazonas, nos rios da Ilha do Marajó, e na bacia hidrográfica dos rios Araguari,
Flexal, Cassiporé, Calçoene,Cunani e Uaça no Estado do Amapá.
§1º O período de defeso, as proibições e permissões de caráter específico de cada Estado integrante da
bacia constam nos Anexos I e II desta Portaria.
§2º Para efeito desta Portaria entende-se por bacia hidrográfica: o rio principal, seus formadores,
afluentes, lagos, lagoas marginais, reservatórios e demais coleções de água.
Art. 3º Estabelecer, durante os períodos de defeso definidos no Anexo I desta Portaria, o limite de captura
e transporte:
I - de até cinco quilos (5 kg) de peixes mais um exemplar, aos pescadores amadores devidamente
licenciados e àqueles dispensados de licença na forma do art. 29, do Decreto-lei nº 221, de 28 de fevereiro
de 1967, com redação dada pela Leis nº 6.585, de 24 de outubro de 1978 e Lei no 9.059, de 13 de junho
de 1995; e
II - de até dez quilos (10 kg) de peixe, por dia, para subsistência das populações ribeirinhas.
§1º Para efeito desta Portaria, entende-se por pesca de subsistência: aquela praticada artesanalmente por
populações ribeirinhas e/ou tradicionais, para garantir a alimentação familiar, sem fins comerciais.
§2º O disposto neste artigo não se aplica aos pescadores no Estado de Mato Grosso.
§3º Deverão ser respeitados os tamanhos mínimos de captura estabelecida em normatização específica.
§4º Para efeito de mensuração na fiscalização, o pescado deverá estar inteiro.
Art. 4º Proibir, nos períodos de defeso, a realização de campeonatos e gincanas de pesca em águas
continentais.
Art. 5º Durante o transporte, o produto da pesca oriundo de locais com período de defeso diferenciado,
ou de outros países, deverá estar acompanhado de comprovante de origem, sob pena de apreensão do
pescado e dos petrechos, equipamentos e instrumentos utilizados na pesca.
Art. 7º Fixar o segundo dia útil após o início do defeso, como prazo máximo para a declaração ao órgão
ambiental competente, dos estoques de peixes in natura, resfriados ou congelados, provenientes de águas
continentais, existentes nos frigoríficos, peixarias, entrepostos, postos de venda, bares, hotéis, restaurantes
e similares.
Art. 9º Aos infratores da presente Portaria serão aplicadas as penalidades e sanções, respectivamente,
previstas na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999.
ANEXO I
Períodos de defeso por trecho da bacia hidrográfica do rio Amazônica, dos rios da Ilha do Marajó e
outras bacias hidrográficas no estado do Amapá.
PERÍODO
DISCRIMINAÇÃO POR TRECHO
INÍCIO FINAL
1. - Bacia Amazônica
a) Estado de Mato Grosso 5/11 29/02
b) Estado do Acre 15/11 15/03
c) Estado do Amazonas 15/11 15/03
d) Estado de Rondônia 15/11 15/03
e) Estado do Amapá 15/11 15/03
f) Estado de Roraima 1º/03 30/06
g) Estado do Pará 15/11 15/03
h) Rios da Ilha de Marajó 1º/01 30/04
2) Outras bacias no Estado do Amapá: Araguari, Flexal, Cassiporé, 15/11 15/03
Calçoene, Cunani, Uaça.
ANEXO II
Descrição das proibições e permissões específicas
CONSIDERANDO, que neste contexto os "Acordos de Pesca" mostram-se importantes como estratégias
de administração pesqueira, os quais reúnem um número significativo de comunidades de pescadores e
definem normas específicas, regulando assim a pesca de acordo com os interesses da população local e
com a preservação dos estoques pesqueiros;
CONSIDERANDO, que esses Acordos, geralmente, limitam o acesso a certos corpos d'água, para certos
petrechos, para certas épocas do ano, para certos métodos de pesca e para certas espécies, contribuindo
assim para a diminuição da pressão sobre o uso dos recursos pesqueiros em nível local;
Art. 1º - Estabelecer os seguintes critérios para a regulamentação, pelo IBAMA, de Acordos de Pesca
definidos no âmbito de uma determinada comunidade pesqueira:
I. Que sejam representativos dos interesses coletivos atuantes sobre os recursos pesqueiros (pescadores
comerciais, de subsistência, ribeirinhos, etc.), na área acerca da qual se refere o Acordo, desde que não
comprometam o meio ambiente enquanto patrimônio público a ser assegurado e protegido;
II. Que mantenham a exploração sustentável dos recursos pesqueiros, com vistas à valorização da pesca e
do pescador;
III. Que não estabeleçam privilégios de um grupo sobre outros, ou seja, as restrições de apetrechos,
tamanho de embarcação, áreas protegidas, etc, deverão ser aplicáveis a todos os interessados no uso dos
recursos;
IV. Que tenham viabilidade operacional, principalmente em termos de fiscalização;
V. Que não incluam elementos cuja regulamentação seja atribuição exclusiva do poder público prevista
em lei (penalidades, multas, taxas, etc).
VI. Que sejam regulamentados através de Portarias Normativas Complementares às Portarias de normas
gerais que disciplinam o exercício da atividade pesqueira em cada bacia hidrográfica.
Parágrafo único - Entende-se por Acordo de Pesca, um conjunto de medidas específicas decorrentes de
tratados consensuais entre os diversos usuários e o órgão gestor dos recursos pesqueiros em uma
determinada área, definida geograficamente.
Art. 2º - Estabelecer procedimentos para a regulamentação de Acordos de Pesca, de acordo ao Anexo I
desta Instrução Normativa;
Parágrafo único - Entende-se por regulamentação de Acordo de Pesca, a edição de Ato Normativo do
IBAMA com adoção de regras ou medidas acordadas.
2- Reuniões comunitárias
· Apresentar o problema;
· Discutir as diferentes ideias e propostas considerando a legislação vigente, na busca da construção do
consenso;
· Eleger representantes das comunidades para encaminhar, discutir e defender suas propostas na
Assembleia Intercomunitária;
· Convidar, para acompanhamento técnico, representantes do IBAMA e outras instituições parceiras.
3- Assembleia Intercomunitária
· Convidar os representantes de todas as comunidades envolvidas no Acordo, assim como os demais
usuários e/ou grupos de interesse nos recursos naturais da área a ser manejada, tais como: Colônia de
Pescadores local e de outros municípios que porventura utilizem o ambiente/área, associações,
organizações ambientalistas, sindicatos, fazendeiros;
· Apresentar as diferentes propostas existentes;
· Sistematizar as propostas;
· Aperfeiçoar as propostas;
· Convidar, para acompanhamento técnico, representantes do IBAMA e outras instituições parceiras.
5- Assembleias Intercomunitárias
· Devem ser realizadas quantas Assembleias se fizerem necessárias até se obter um consenso das
propostas entre os diferentes usuários da área a ser manejada.
6- Encaminhamento ao IBAMA
· A proposta de Acordo de Pesca acompanhado da Ata da Assembleia que o aprovou, contendo as
assinaturas de todos os representantes das comunidades e demais participantes, deve ser encaminhada à
Gerência Executiva do IBAMA no Estado, através de Ofício, solicitando sua regulamentação através de
Portaria Normativa Complementar.
· A GEREX/IBAMA de posse da documentação elaborará minuta de Portaria regulamentando o referido
Acordo e encaminhará ao IBAMA/Sede para apreciação técnica e jurídica, e demais providências
cabíveis.
7- Divulgação da portaria
· Uma vez a Portaria publicada no Diário Oficial da União, recomenda-se distribuir cópias a todas as
comunidades e instituições que participaram das discussões referidas.
· Ainda, se possível, divulgar a Portaria pelos meios de comunicação disponíveis.
8- Monitoramento
· O monitoramento do Acordo de Pesca deve ser estabelecido com base em métodos e indicadores
possíveis de serem cumpridos.
· Recomenda-se que o plano de monitoramento estabelecido seja acompanhado de técnico de órgão
ambiental, preferencialmente IBAMA, OEMAs, ONGs.
9- Avaliação
·Com base nas informações disponibilizadas pelo monitoramento, deverão ser realizadas avaliações
anuais do Acordo de Pesca para análise dos resultados e alterações que se fizerem necessárias.
INSTRUÇÃO NORMATIVA SDS Nº 003, DE 2 DE MAIO DE 2011
CONSIDERANDO que os artigos 229 e 230 da Constituição Estadual asseguram-nos o direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, competindo ao Poder Publico o dever de sua defesa e preservação,
dentre outras medidas, mediante o controle da extração, da produção, do transporte, da comercialização e
do consumo dos produtos da flora e da fauna;
CONSIDERANDO o que estabelece a Lei 11.959, de 29 de junho de 2009, art. 3º, § 2º, a qual atribui aos
Estados e ao Distrito Federal competência para o ordenamento da pesca nas águas continentais de suas
respectivas jurisdições;
CONSIDERANDO o que dispõe a Lei nº 2.713, de 28 de dezembro de 2001, art. 10, a qual estabelece
que entre as diretrizes da politica pesqueira do Estado estão, inciso I, incentivar o desenvolvimento de
atividades que promovam o uso do potencial biótico de produção dos recursos pesqueiros com
produtividade econômica e equitatividade;
Art. 1º Estabelecer critérios e procedimentos para regulamentação de Acordos de Pesca pelo Estado do
Amazonas, através da SDS, como instrumento estratégico de gestão pesqueira.
Art. 3º Para a abertura de processo de construção de acordo de pesca deverá ser considerado pelo menos
um dos seguintes critérios:
I – a partir de demandas formais em áreas de conflitos, existente ou potencial, entre usuários dos recursos
pesqueiros e/ou que apresentem declínio na produtividade pesqueira factual;
II – a partir de identificação de situação de sobrepesca de determinado recurso pesqueiro baseados em
critérios técnicos;
III – a partir de identificação de demandas de caráter sócio-ambiental para o uso de recursos pesqueiros
em ambientes aquáticos com potencial para manejo.
IV – pela necessidade de realização de zoneamento de áreas de pesca que atendam aos diversos
segmentos usuários dos recursos pesqueiros.
Art. 9º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. Gabinete da SDS, em
Manaus, 02 de maio de 2011.
CONSIDERANDO que os artigos 229 e 230 da Constituição Estadual asseguram-nos o direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, competindo ao Poder Público o dever de sua defesa e preservação,
dentre outras medidas, mediante o controle da extração, da produção, do transporte, da comercialização e
do consumo dos produtos da flora e da fauna;
CONSIDERANDO o que estabelece a Lei 11.959, de 29 de junho de 2009, art. 3°, § 2°, a qual atribui
aos Estados e ao Distrito Federal competência para o ordenamento da pesca nas águas continentais de
suas respectivas jurisdições;
CONSIDERANDO o que consta na Instrução Normativa IBAMA nº 29, de 31 de dezembro de 2002, que
estabelece critérios e procedimentos para regulamentação de Acordos de Pesca;
CONSIDERANDO o que dispõe a Lei n° 2.713, de 28 de dezembro de 2001, art. 10, a qual estabelece
que entre as diretrizes da política pesqueira do Estado, incentivar o desenvolvimento de atividades que
promovam o uso do potencial biótico de produção dos recursos pesqueiros com produtividade econômica
e eqüitatividade;
CONSIDERANDO, por fim, os termos do processo n° 1738/2010 – SDS, que trata da regulamentação
dos Acordos de Pesca da Ilha da Paciência, resolve:
Art. 1º Estabelece as seguintes categorias de manejo para os ambientes aquáticos do complexo lacustre
da Ilha da Paciência, no município de Iranduba-AM (anexo I):
I – Áreas de Preservação (santuário) – destinado unicamente a reprodução das espécies, onde a pesca fica
proibida por tempo indeterminado;
II - Áreas de Manutenção - também denominada área de subsistência, destinada à pesca apenas para o
consumo dos moradores das comunidades, nos limites necessários para a alimentação familiar;
III – Áreas de Manejo – destinada ás despescas temporárias autorizadas pelos órgãos competentes,
respeitando a legislação vigente;
IV - Áreas de Uso Comercial - destinada à atividade de pesca comercial, respeitando a legislação vigente.
§ 1º Os outros lagos existente na Ilha da Paciência, não citados nesta normativa, serão considerados áreas
de manutenção, sendo a pesca permitida apenas para subsistência.
§ 2º Usuários dos recursos, para terem acesso aos lagos onde a atividade de pesca é permitida, devem
passar obrigatoriamente pelos postos de fiscalização e monitoramento deste acordo, localizados entre:
I - o lago Buiuçu e Catoré - latitude 03°17’40.5’’S; longitude 60°15’54.3’’W;
II – a entrada dos Lagos Buiuçu e Pari - latitude 03°18’01.2’’S; longitude 60°15’08.2’’W;
III - os lagos Preto e Sacambu - latitude 03°18’39.4’’S; longitude 60°13’08.8’’W.
§ 3º Fica limitada a captura de pescado para subsistência em quantidade que comporte um isopor de 70
litros, uma vez por semana.
§ 4º Nas áreas de Manejo, após análise do potencial de estoque, poderá ser requerido ao órgão competente
o manejo do pirarucu.
Art. 2º Só é permitido o uso de Malhadeira com comprimento máximo de 75 metros e malha igual ou
maior ou igual a 70 mm, entre nós opostos.
Art. 4º No paraná localizado em frente à sede da Associação de moradores da Ilha da Paciência, será
realizada somente a pesca de subsistência, no período em que o mesmo fechar.
Art. 5º Nos lagos destinados à pesca comercial fica limitado à captura de pescado em quantidade
equivalente a uma caixa isotérmica com capacidade máxima de 170 litros, por pescaria, por semana.
Art. 6º Na área de abrangência deste acordo poderá ser implantado a atividade de turismo de pesca
esportiva com bases comunitárias, após estudos de viabilidade.
Art. 7º Serão observadas as demais normas vigentes que estabelecem o período de defeso, as áreas
interditadas, as espécies proibidas e os tamanhos mínimos de captura;
Art. 8º A fiscalização, vigilância e monitoramento dos ambientes aquáticos previstos neste Acordo far-se-
ão mediante parceria entre os órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, de âmbito
estadual e municipal, e a sociedade civil organizada, por meio de Mutirões Ambientais.
§ 1º A associação de moradores da Ilha da Paciência poderá apoiar os órgãos ambientais na fiscalização e
monitoramento da área que faz parte do acordo de pesca.
§ 2º Trimestralmente, será realizado planejamento das ações de fiscalização, vigilância e monitoramento
pela associação dos moradores da Ilha da Paciência, sob a coordenação dos órgãos ambientais
competentes.
§ 3º Toda embarcação/canoa que irá pescar na área de uso comercial do acordo deverá se cadastrar nos
postos de fiscalização e monitoramento.
§ 4º Os órgãos ambientais competentes capacitarão Agentes Ambientais Voluntários para atuarem como
agentes de constatação na fiscalização e no monitoramento do presente acordo de pesca.
§ 5º O monitoramento do acordo, quanto à captura e esforço de pesca, deverá ser realizado com o uso de
planilha de controle contendo local de pesca, tipo de apetrecho utilizado, tempo gasto na pescaria por dia,
número de dias de pesca por semana, quantidade e espécies de peixes capturados, com a seguinte
observação:
I - na pesca de subsistência, o monitoramento será realizado pelas comunidades, uma semana por mês, as
quais serão definidas através de sorteio no planejamento trimestral;
II – na pesca comercial, o responsável pela embarcação deverá pegar a planilha de controle nos postos de
monitoramento e, ao final da pescaria, entregá-la nos mesmos locais, devidamente preenchidas.
Art. 9° A pesca em caráter científico é permitida, desde que devidamente autorizada pelos órgãos
competentes.
Art. 10. Este Acordo de Pesca deverá passar por uma avaliação a cada período de dois (2) anos após sua
implantação.
Art. 11. Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas as penalidades previstas na Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998, no Decreto 6.514, de 22 de julho de 2008, no Decreto n° 6.686, de 10
de dezembro de 2008, na Lei n° 1.532, de 06 de julho de 1982, regulamentada pelo Decreto n° 10.028, de
04 de fevereiro de 1987, na Lei n° 2.713, de 28 de dezembro 2001 e demais normas complementares.
Art. 12. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
CONSIDERANDO que os artigos 229 e 230 da Constituição Estadual asseguram-nos o direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, competindo ao Poder Público o dever de sua defesa e preservação,
dentre outras medidas, mediante o controle da extração, da produção, do transporte, da comercialização e
do consumo dos produtos da flora e da fauna;
CONSIDERANDO o que estabelece a Lei 11.959, de 29 de junho de 2009, art. 3°, § 2°, a qual atribui
aos Estados e ao Distrito Federal competência para o ordenamento da pesca nas águas continentais de
suas respectivas jurisdições;
CONSIDERANDO o que consta na Instrução Normativa IBAMA nº 29, de 31 de dezembro de 2002, que
estabelece critérios e procedimentos para regulamentação de Acordos de Pesca;
CONSIDERANDO o que dispõe a Lei n° 2.713, de 28 de dezembro de 2001, art. 10, a qual estabelece
que entre as diretrizes da política pesqueira do Estado estão, inciso I, incentivar o desenvolvimento de
atividades que promovam o uso do potencial biótico de produção dos recursos pesqueiros com
produtividade econômica e eqüitatividade;
CONSIDERANDO, por fim, os termos do processo n° 3500/2007 – SDS, que trata da regulamentação
dos Acordos de Pesca do Careiro, resolve:
Art. 1º Reconhecer o Acordo de Pesca para o manejo dos ambientes aquáticos da bacia do rio Mamori,
compreendida no território do município de Careiro-AM, e estabelece regras.
Art. 4º São Áreas de Uso Comercial os ambientes aquáticos adjacentes às comunidades PA Panelão e
PAE Castanho e nos trechos do lago Mamori compreendidos entre a boca do Mira até a comunidade
Espírito Santo e da boca do Jurará até o início do igarapé do Castanho.
§ 1° O exercício da pesca comercial fica limitado ao quantitativo de pescado compreendido em duas (2)
caixas de 170 litros cada, uma vez por semana, por pescador.
§ 2° Na bacia do Rio Mamori, fica proibido a pesca comercial do tucunaré (Cichla spp.) no período de 1º
de setembro a 15 de março.
§ 3º Só é permitido o uso de Malhadeira com malha maior ou igual a 70 mm, entre nós opostos e com
comprimento máximo de 75 metros.
Art. 5º Fica considerada Área de Manutenção os ambientes aquáticos de todas as comunidades deste
acordo.
§ 1° Na pesca de subsistência realizada nos lagos Piranha, Maçarico, Tucunaré, Arara e Tracajá, fica
permitido o uso de malhadeira, por pescador, por dia, no período assim especificado:
I - março a julho – 3(três) malhadeiras;
II - agosto a fevereiro – 1 (uma) malhadeira.
Art. 6º A pesca amadora pode ser realizada nos ambientes aquáticos de todas as comunidades da área
geográfica deste acordo, observando-se o seguinte:
I - cada embarcação, tipo canoa, poderá conter até 3 (três) pescadores, mais o piloteiro;
II - cada pescador poderá levar 1 (um) exemplar de até 3 (três) quilos;
III – o piloteiro não tem direito a cota de pescado;
IV - os piloteiros das embarcações têm que ser moradores das comunidades participantes do acordo;
V - só é permitido, na prática de pesca de que trata este artigo, o uso de embarcações movidas a motor
elétrico ou remo;
VI - esta modalidade de pesca só poderá ser realizada a uma distância mínima de 50 (cinqüenta) metros
dos portos dos comunitários.
VII - nos ambientes aquáticos com largura inferior a distância estabelecida no inciso anterior, à prática da
curricagem não deve ser realizada na direção dos portos dos comunitários;
VIII – todas as embarcações e piloteiros devem ter identificação visível;
IX - as embarcações, ao adentrarem a área das comunidades, devem ter suas velocidades reduzidas.
X - É obrigatório ao pescador amador portar a licença para a prática desta modalidade de pesca.
Art. 7º Nos ambientes aquáticos denominados Tracajá e Maçarico fica permitida apenas a modalidade
pesca esportiva, com as seguintes observações:
I - apenas 10 (dez) embarcações, tipo canoa, podem pescar na área de cada comunidade, por dia, sendo 5
(cinco) pela manhã e cinco à tarde;
II - o controle do número de embarcações de que trata o inciso anterior, assim como nos outros ambientes
aquáticos compreendidos neste acordo de pesca, será realizado pelos Agentes Ambientais Voluntários
e/ou moradores das comunidades;
III - as embarcações, ao adentrarem na área das comunidades, devem ter suas velocidades reduzidas.
Art. 9° Serão observadas as demais normas vigentes que estabelecem o período de defeso, as áreas
interditadas, as espécies proibidas e os tamanhos mínimos de captura.
Art. 10. A fiscalização, vigilância e monitoramento dos ambientes aquáticos previstos neste Acordo far-
se-ão mediante parceria entre os órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA e a
sociedade civil organizada, por meio de Mutirões Ambientais;
Art. 11. A pesca de caráter científico poderá ser permitida, desde que devidamente autorizada pelos
órgãos competentes;
Art. 12. Este Acordo de Pesca deverá passar por uma avaliação a cada período de dois (2) anos após sua
implantação.
Art. 13. É proibido expor para venda, colocar a venda ou vender espécimes ou suas partes capturados na
pesca amadora, as quais apenas se podem destinar ao consumo do praticante ou a doação para Instituições
científicas ou museológicas.
Parágrafo único. O pescador amador deve seguir as especificações de apetrechos, embarcações, bem
como de licenças e registros para pesca esportiva constantes na Portaria n° 4, de 19 de março de 2009, e
no Decreto Estadual n° 22.747, de 26 de junho de 2002.
Art. 14. Aos infratores da presente Instrução Normativa serão aplicadas as penalidades previstas na Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998, no Decreto 6.514, de 22 de julho de 2008, no Decreto n° 6.686, de 10
de dezembro de 2008, na Lei n° 1.532, de 06 de julho de 1982, regulamentada pelo Decreto n° 10.028, de
04 de fevereiro de 1987, na Lei n° 2.713, de 28 de dezembro 2001 e demais normas complementares.
Art. 15. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
RESOLVE
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1° - Determinar que a atividade de aquicultura desenvolvida em viveiros, tanques, pequenos
reservatórios, canais de igarapés, tanques rede, dentre outras estruturas localizadas em áreas urbanas ou
rurais, deverá ser regulamentada pela presente resolução e, obrigatoriamente, licenciada junto ao Órgão
Ambiental Estadual competente.
Art. 2° - Para efeito desta Resolução ficam definidos os seguintes termos a seguir utilizados:
I - Viveiro - unidade de produção de organismos aquáticos composta por uma lâmina d’água represada e
que possui controle de entrada e saída de água.
II - Barragem – estrutura construída que intercepta um curso d’água destinada ao acúmulo de água, com
dreno e/ou vertedouro.
III - Derivação do curso d’água – desvio de parte da vazão de um corpo d´água através de um canal
(valeta ou tubulação) que leva a água para o empreendimento.
IV - Pequenos reservatórios - área de acúmulo de água que pode ser alimentada por captação, derivação
ou água de chuva e que podem ser utilizadas para cultivo de organismos aquáticos.
V - Tanques - São viveiros cuja parte interna é revestida com materiais impermeabilizantes.
VII - Sistema de cultivo extensivo – sistema de produção sem oferta de alimentos, sendo que os
organismos utilizam alimento natural disponível.
VIII - Sistema de cultivo intensivo – sistema de produção com oferta de alimento artificial aos espécimes
cultivados, tendo como característica a alta densidade de estocagem.
IX - Sistema de cultivo super intensivo – sistema de produção com oferta de alimento artificial aos
espécimes cultivados em gaiolas ou tanques rede, tendo como característica a alta densidade de
estocagem.
X - Criação em canais de igarapés – produção de organismos aquáticos em pequenos cursos d´água, sem
comprometimento ambiental.
XI - Tanques rede – estruturas flutuantes de área conhecida com alta densidade de espécimes, instaladas
em lagos, rios e reservatórios.
Art. 3° – As formas de cultivo de produção de peixes deverão ser licenciados de acordo com as seguintes
modalidades:
I - Licença Prévia (LP), será concedida na fase preliminar do planejamento da atividade contendo
requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos
municipais, estaduais ou federais de uso do solo e terá validade de até 1 ano;
II - Licença de Instalação (LI), será concedida para autorizar o início da implantação do empreendimento,
de acordo com as especificações constantes do Projeto Executivo aprovado e terá prazo máximo de 2
anos;
III - Licença de Operação (LO), autorizará após as verificações pelo Órgão Ambiental Estadual, o
cumprimento dos condicionamentos da LI - o início da atividade licenciada, bem como o funcionamento
dos equipamentos de contrato requeridos e terá validade de até 2 anos.
Parágrafo Único – Os empreendimentos de aqüicultura, deverão ser cadastrados e registrados junto a
Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca – SEAP/PR, e ao IBAMA ou a quem delegar, devidamente
licenciado pelo Órgão Ambiental Estadual.
CAPÍTULO II
CULTIVO DE ORGANISMOS AQUÁTICOS EM TANQUES, VIVEIROS, PEQUENOS
RESERVATÓRIOS.
Art. 4° - O enquadramento dos empreendimentos terá as seguintes características:
I - Porte Micro: Até 2 (dois) ha de lâmina d’água por propriedade;
II - Porte Pequeno: Área superior a 2 (dois) ha até 10 (dez) ha de lâmina d’água por propriedade;
III - Porte Médio: Área superior a 10 (dez) ha até 50 (cinquenta) há;
IV - Porte Grande: Área superior a 50 (cinquenta) ha por propriedade.
§ 1º– Todo efluente oriundo dos empreendimentos aqüícolas deverá estar de acordo com a legislação
vigente.
§ 2º – Os empreendimentos de porte pequeno ou superior, deverão, obrigatoriamente, apresentar sistema
de tratamento de efluentes desde o início de implantação do projeto de aqüicultura.
Art. 5º - A área de produção de organismos aquáticos em viveiro já instalado e consolidado que seja
considerado de baixo impacto ambiental nos termos dos artigos 10 e11 da Resolução do CONAMA 369,
será regulamentado pelo Órgão Ambiental Estadual, desde que protocole pedido com a respectiva
documentação, e ainda atenda aos seguintes requisitos técnicos conforme o enquadramento da área de
produção abaixo relacionado.
I – Para o caso de viveiros de terra:
a) Efetuar a restauração no entorno com espécies vegetais nativas numa faixa de 30 metros de cada lado,
deixando uma faixa marginal de até 10 metros entre a linha d’água e a faixa reflorestada, para circulação
e manejo do viveiro de produção, ou;
b) Quando não for possível a formação de faixa com espécies vegetais nativas em uma das margens, a
extensão total das duas faixas, com largura mínima de 60 metros, deverá ser colocada em uma das
margens, ou;
c) Em casos excepcionais, onde não for possível implantar a faixa de proteção em nenhuma das margens,
devido à existência de construções, a área deverá ser compensada a montante dos viveiros e distribuída
igualmente entre as duas margens, ou;
d) Caso já exista vegetação à montante, esta deverá ser considerada para efeito de área de Preservação
Permanente ou serem utilizados excedentes em outras áreas. Se não se enquadrar nestes casos, a
compensação será realizada em outro local da propriedade a critério do Órgão Ambiental Estadual e em
consenso com o produtor.
II – Para o caso de viveiro construído por derivação de curso d’água em Área de Preservação Permanente
ou em áreas sistematizadas:
a) Prioritariamente a compensação deverá ser feita na margem oposta a do viveiro, em faixa de no
mínimo 50 metros a partir da margem do corpo d’água, ou;
b) A compensação poderá ser feita acima do canal de abastecimento do viveiro, ou;
c) No caso de existência de edificações, a faixa de compensação deverá ser feita a montante das áreas
edificadas, ou;
d) No caso onde a montante do viveiro existir impedimentos (estrada, rodovia, final de propriedade) a
compensação deverá ser feita a jusante, ampliando-se a área de Preservação Permanente do curso
d’água,ou;
e) Em todos os casos do Item II deverá ser mantida e/ou recuperada a continuidade da faixa da Área de
Preservação Permanente.
III – Para o caso de viveiro construído sobre nascente não perene:
a) Efetuar a restauração no entorno da linha d’água do viveiro em faixa mínima de 50 metros;
b) Neste caso o reservatório deverá servir apenas para o abastecimento dos demais viveiros situados a
jusante e ser explorado de forma extensiva;
c) Para os viveiros localizados a jusante da nascente, seguir a orientação do item “I” do Artigo 4º.
IV – Para o caso de viveiro utilizando área resultante da exploração de recursos minerais:
a) Efetuar a recuperação no entorno com espécies nativas numa faixa de 30 metros no entorno, deixando
uma faixa marginal de 10 metros entre a linha d’água e a faixa restaurada, para circulação e manejo do
viveiro de produção, ou;
b) Manter a continuidade desta faixa de Preservação Permanente com a faixa do corpo receptor das águas
do viveiro, ou;
c) Seguir a orientação do item “I” letra “d” do Artigo 4º.
V – Para o caso de viveiro construído com aproveitamento de águas de encosta:
a) Efetuar a restauração no entorno com espécies vegetais nativas numa faixa de 30 metros a partir da
linha máxima de água, no entorno de captação e armazenamento.
VI – Para o caso de viveiro construído em áreas elevadas e abastecido por água recalcada através de
bombas e canais de derivação, será observado o disposto no item I do presente artigo.
VII – Corpos d´água decorrentes do barramento causado pela construção de vias poderão ser utilizados
para a aqüicultura, contanto que respeitem a faixa de domínio da via.
VIII - Para o caso de viveiro em áreas de empréstimo para construção de estrada, será observado o
disposto no item I do presente artigo.
Art. 6° - A aqüicultura que dispõe de parte de suas obras em área de preservação permanente deverá ser
mantida conforme o projeto original.
Parágrafo Único - O manejo dos viveiros, incluindo a retirada de sedimentos, não será objeto de
autorização ambiental, devendo, no entanto, ser adotadas medidas preventivas que assegure a boa
qualidade da água do manancial receptor e a sua proteção contra espécies introduzidas e patógenos.
Art. 7° - Os aqüicultores terão um prazo de 12 meses para requerer a regularização de seus viveiros de
produção de organismos aquáticos junto ao órgão ambiental.
CAPÍTULO IV
CULTIVO DE ORGANISMOS AQUÁTICOS EM TANQUES REDE
Art. 10 – Os tanques rede para produção de organismos aquáticos devem ser licenciados de acordo com
as seguintes características:
I – O licenciamento ambiental e a instalação de tanques-rede nos corpos hídricos sob o domínio do Estado
do Amazonas seguirão o disposto na legislação federal vigente, de uso das águas públicas para fins de
aqüicultura, e só poderá ser realizada mediante estudo prévio contemplando pelo menos um ano de
análises trimestrais das variáveis físicas e químicas da água, visando a viabilidade ambiental no momento
de solicitação da licença de instalação.
II – A área destinada ao empreendimento em lagos não deverá exceder 1% da área total do corpo d´água
na cota mínima.
III - A área destinada ao empreendimento em rios deverá obedecer a legislação vigente.
a) Os microemprendimentos até 160m3 terão licenciamento único e simplificado. Acima deste volume,
o licenciamento atenderá aos trâmites normais exigidos pelo IPAAM.
Parágrafo Único - Os projetos submetidos ao licenciamento e aprovados pelo órgão ambiental deverão ser
implantados num prazo de até 24 meses, após a aprovação, sob pena de serem cancelados e arquivados.
CAPÍTULO V
CULTIVO DE ORGANISMOS AQUÁTICOS PARA FINS DE PESQUISA CIENTÍFICA
Art. 11 – as instalações para pesquisa com organismos aquáticos, serão licenciadas e/ou autorizadas
mediante procedimento simplificado visando o progresso do conhecimento cientifico.
§ 1º– Será concedida a isenção de tributos com licenciamento único para instituição publica de ensino e
pesquisa;
§ 2º – Deverá ser apresentado projeto simplificado identificando a instituição responsável e o corpo
técnico envolvido na pesquisa.
CAPÍTULO VI
AS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 12 - Os empreendimentos instalados sem a competente licença ambiental até a data de publicação
desta resolução, que não tenham sido implantados em área de preservação permanente, poderão ter sua
licença de operação expedida pelo IPAAM, atendidos simultaneamente os seguintes requisitos:
I – apresentação do requerimento da Licença Ambiental Única do empreendimento do imóvel onde se
localiza o parque ou área aqüícola;
II – recolhimento das taxas correspondentes aos requerimentos da LP, LI e LO, na forma determinada
pelo IPAAM;
III – adequação às normas constantes deste Decreto e às exigências definidas em parecer técnico do
IPAAM.
§ 1º– Tratando-se de empreendimentos instalados em áreas de preservação permanente, incluindo lagos
formados a partir de barramentos e uso de canais de igarapés, que se encontram em atividade até a data de
publicação desta resolução, os mesmos poderão ter sua licença de operação expedida pelo IIPAAM
atendidos, adicionalmente, os seguintes requisitos:
I – instalação em curso d’água com vazão máxima de 3m³/s – a definir (três metros cúbicos por segundo);
II - localização em um raio superior a 100m (cem metros) ou com desnível de 50,0cm das nascentes e
olhos d’água ou com desnível mínimo de 50,0cm;
III – piscicultura em canais de igarapés com vazão de 15/l/s, biomassa final máxima 1000kg e modulo de
100m2;
IV – tanques redes instalado em águas publicas ate 160m3;
V - comprovação de inexistência de alternativa técnica e locacional na propriedade para o projeto
executado;
VI – indicação de medidas compensatórias.
§ 2º – Havendo necessidade, o IPAAM determinará as adequações dos empreendimentos em
funcionamento definindo, em Termo de Ajustamento de Conduta, cronograma com prazo máximo de 12
meses, a partir de sua assinatura, prorrogáveis se justificável.
Art. 13 - As atividades de piscicultura que foram instaladas e estão desativadas deverão apresentar ao
órgão ambiental um Plano de Desativação e Recuperação, com cronograma de execução, no prazo de até
12 meses.
Parágrafo Único. O abandono da atividade de piscicultura sem a aprovação de Plano de Desativação
junto ao órgão ambiental configura ilícito administrativo que estará sujeito à aplicação das penalidades
cabíveis.
O GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo
artigo 54, IV, da Constituição do Estado do Amazonas, e
CONSIDERANDO que é dever dos entes públicos, em todas as suas instâncias, promover o
ordenamento socioambiental e econômico de atividades com capacidade de gerar emprego e renda e
melhoria da qualidade de vida das populações de vida das populações, e o que mais consta do Processo nº
787/2008 – CASA CIVIL.
DECRETA
Art. 1º A captura de alevinos de pirarucu (Arapaima gigas) destinados à piscicultura em Unidades de
Conservação Estadual de Uso Sustentável e/ou em áreas de Acordo de Pesca, devidamente formalizados
nos termos da legislação vigente, obedecerão ao disposto neste Decreto e as demais normas e vigor
aplicável a espécies.
Art. 2º A captura referida no artigo 1º deste Decreto só será autorizado em áreas com planos de manejo
sustentável do pirarucu legalmente reconhecido e que realizem contagem de indivíduos por métodos
tecnicamente validados.
Paragrafo único. O Poder Executivo Estadual fomentará estudos locais para definir procedimentos do uso
e manejo sustentável do pirarucu em ambientes artificias e naturais.
Art. 5º As quantidades de alevinos constantes dos acordos prévios de venda deverão constar de relatório
técnico aprovado pelo IPAAM, em função da capacidade de suporte do sistema de produção.
Art. 6º Os alevinos de pirarucu capturados serão deduzidos na cota de captura na proporção de 250
(duzentos e cinquenta) alevinos para 1 (um) pirarucu da cota autorizada por área |(unidade de manejo).
Art. 7º O IPAAM deverá manter o controle, o monitoramento e a avaliação dos espécimes recebidos
pelos produtores, mediante relatório técnico apresentado pelos produtores e/ou instituição de assistência
técnica governamental ou não governamental.
Art. 8º Em caso de insucesso do empreendimento, desistência do criador ou a existência de outros
fatores que venham colocar em risco os animais recebidos, esses serão transferidos para outro criadouro
legalmente habilitados e sob supervisão do IPAAM.
Art. 9º Este Decreto será regulamentado, no que couber, por meio de Instrução Normativa editada pela
SDS.
Art. 10º Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação, revogando-se as disposições em
contrário.
EDUARDO BRAGA
Governador do Estado
RESOLVE:
Art. 1º - Que as aqüiculturas instaladas no Estado do Amazonas, com lâmina d`água inferior a 4,0
hectares, tanque rede com somatória de volume inferior a 500 m3 e módulos instalados em canal de
igarapé cujas somatórias das medidas não ultrapassem a 100 m3, nos termos da Resolução CONAMA nº
413, de 26.06.2009, em seu Artigo 7º; serão dispensadas de licenciamento ambiental.
Parágrafo Único: As aqüiculturas referidas no Caput do Art. 1º terão o prazo de dois anos, prorrogável
por mais dois, para obter a outorga de uso dos recursos hídricos, nos termos da Lei Estadual Nº 3.167, de
27.08.2007, regulamentada pelo Decreto Nº 28.678, de 16.06.2009;
Art. 7º - Não será permitido o uso das áreas próximas às estradas, por serem consideradas de utilidade
pública, conforme Decreto Estadual nº 9.885/86 e Faixas de Domínio da 1ª UNIT / DNIT – Amazonas.
Art. 9º - Os aquicultores enquadrados nas condições estabelecidas pela presente IN, não se eximem do
cumprimento das normas e dispositivos da legislação sobre ilícitos ambientais vigentes.
Art. 10º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
CONSIDERANDO os objetivos e atribuições do Grupo de Trabalho – GT, criado pela portaria SDS/007
de 2011 e a necessidade de regulamentação do manejo de jacarés em Unidades de Conservação de Uso
Sustentável do Estado do Amazonas;
CONSIDERANDO os objetivos da Politica Nacional do Meio Ambiente instituída pela Lei nº 6.938 de
31 de agosto de 1981 e modificada pela Lei nº 10.165, de 27 de dezembro de 2000;
CONSIDERANDO o disposto no art. 4º, incisos IV, V, XI e XII e art. 5º inciso IX, combinado com o
art. 18 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que regulamenta o art. 225, § 1º, inciso I, II, III e VI da
Constituição Federal e institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação e o art. 25 do Decreto nº
4.340, de 22 de agosto de 2002;
CONSIDERANDO a Lei 5197 de 3 de janeiro de 1967 que dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras
providencias;
CONSIDERANDO a Lei 9605 de 12 de fevereiro de 1998 que dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providencias e o
decreto 6514 de 22 de julho de 2008 que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio
ambiente, e estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras
providencias;
RESOLVE:
Art. 1º - Estabelecer procedimentos técnicos para o manejo com fins comerciais das populações naturais
de jacarés, não ameaçados de extinção, observando os critérios sanitários para o seu abate e
processamento, em Unidades de Conservação de Uso Sustentável no Estado do Amazonas.
Paragrafo Único: o abate e processamento devem seguir os procedimentos apropriados para crocodilianos
em termos sanitários e humanitários.
Art. 3º - O manejo de jacarés será permitido a entidades legalmente constituídas de moradores e usuários
de Unidades de Conservação de Uso Sustentável do Estado do Amazonas mediante autorização de
manejo pela SDS/CEUC.
§ 1º A utilização de que trata a presente Resolução deverá ser precedida de estudos biológicos que
apontem a viabilidade do manejo extrativista incluídos no Plano de Manejo Roteiro Técnico.
§ 2º O Plano de manejo de jacarés deverá ser previamente submetido e aprovado pelo Conselho
Deliberativo da respectiva Unidade de Conservação.
§ 3º A responsabilidade técnica pelos planos de manejo de jacarés deverá ser assimida por profissional
habilitado e com respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
DO PLANO DE MANEJO
Art. 6º - São considerados critérios técnicos mínimos para o estabelecimento de cota anuais:
a) A cota anual não poderá exceder 15% da população contada nos levantamentos, excluindo-se os
animais com menos de 45 cm, e será limitada ao máximo de 30% do numero de indivíduos contados
dentro do intervalo de tamanhos solicitados na proposta de manejo.
b) A extração de animais não poderá ser realizada nos locais identificados como áreas principais de
nidificação de Melanosuchur niger.
c) Somente será autorizada a captura de animais com comprimento total superior 120 cm.
Art. 7º - As cotas de extração aprovadas e licenças concedidas terão validade de no máximo um ano,
serão intransferíveis, não cumulativas
§ único. A cota no seu quantitativo, a seletividade e o período de extração de animais serão avaliadas
anualmente.
Art. 8º - A realização das atividades descritas no Plano de Manejo de jacarés deverá ser acompanhada e
aprovada pelo SDS/CEUC.
Art. 9º - O manejador deverá encaminhar anualmente os relatórios das atividades no ano anterior,
conforme o modelo da SDS, para sua avaliação.
Paragrafo único – Para expedição da autorização na nova cota, obrigatoriamente deverá ser apresentado o
relatório de atividades da captura anterior.
Art. 10º - O Acompanhamento, controle e fiscalização do manejo, bem como do transporte até a unidade
de processamento será de responsabilidade do respectivo órgão competente.
Art. 11º - A SDS/CEUC expedirá as Guias de Transito, onde deverão constar os dados do comprador e
do transportador, devidamente fornecidas pelo manejador.
Art. 13º - São de responsabilidade da entidade proponente / manejador o arquivamento dos dados e a
documentação original, e a formas de disponibilização para eventuais verificações.
Parágrafo Único – cópias digitalizadas de todos os documentos originais devem ser entregues a
SDS/CEUC para disponibilizar no site (www.sds.am.gov.br) .
Art. 14º - O manejador que abater ou comercializar animais em desacordo com o plano de manejo de
jacarés aprovado e licenças emitidas, terá a sua licença cassada e estará sujeito às sanções previstas em
lei.
Art. 15º - O Responsável Técnico e/ou manejador responderão civil, penal e administrativamente em
caso de comprovação de realização da atividade em desacordo com o plano de manejo aprovado e
licenças emitidas; de comprovação de fraude nas informações fornecidas aos órgãos competentes em
quaisquer fases do desenvolvimento da atividade de manejo ou de inobservância dos demais preceitos da
legislação vigente.
Art. 16º - Esta Resolução não exime o cumprimento das demais legislações pertinentes.