Professores: Adolescentes e jovens e suas potencialidades

A grande maioria dos jovens hoje tem essa questão da liderança muito aflorada, muito
presente na personalidade deles.

É tentar aproveitar isso ao máximo, porque, quando eles se sentem confiantes e quando
querem fazer algo, eles fazem – e muito bem feito. Muito bem feito.

Melhor do que se nós estivéssemos fazendo.

Então, acho que a maior potencialidade que o jovem traz, hoje, dentro da escola é essa
questão do protagonismo, sim, e da liderança, que eles trazem, já, de casa.

Eu gosto muito de trabalhar com projetos, para conseguir descobrir as potencialidades e

trabalhar.

O trabalho escolar através dos projetos faz com que os alunos tenham mais voz, direcionem o
trabalho, muitas vezes, mais do que a gente, porque eles, como a Paula falou, podem assumir
um lugar, ali, de liderança.

E eles conseguem atuar melhor naquilo - que se identificam mais. - Identificam, essa é a
palavra.

Projeto de vida, acho que vai ser muito interessante para esses jovens na escola regular, até
para eles saberem que tem pessoas, ali, que estão sendo capacitadas para orientá-los em
relação ao que eles procuram, ao que eles almejam em relação aos estudos, à vida, em relação
ao trabalho também, se esse for o caso.

Nós temos alunos que querem ser cabeleireiros, querem ser tatuadores.

E a gente precisa incentivar isso, porque é algo que eles gostam, que eles fazem bem.

Nós temos artistas fantásticos dentro da escola, que desenham, assim, brilhantemente. E por
que não?

"Eu quero ser tatuador". "Bacana! Vai lá"!

"Vamos fazer. Como que você vai chegar lá"?

É orientá-lo. Acho que é onde entra essa questão do projeto de vida, não é?

"Como você vai fazer para chegar lá onde você quer"?

Então, vamos lá, vamos conversar, vamos tentar ajudar, e eles tentarem se desenvolver nesse
sentido.

Eles são fantásticos, eles são muito além.

Às vezes, eles trazem sugestões que a gente fica assim:

"Nossa, eles estão ficando doidos"!

"Isso não vai acontecer". "Não, vai"!

E se você deixar, eles ainda vão fazer com aquele pouco recurso que têm.

É que a gente é um pouco mais receoso de enfrentar, de fazer.

Eles não têm muito medo, não, eles vão e embarcam mesmo.

Mas as ideias são mirabolantes.