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3.3- Aquisição......................................................................................... 15
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1. SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO
Fonte: i.ytimg.com
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A não adesão é hoje conhecida como a principal causa do aumento da
morbilidade e mortalidade, redução da qualidade de vida, aumento dos custos
médicos e excesso da utilização dos serviços de saúde. Aderir ao regime terapêutico
influencia o sucesso do tratamento, diminuindo significativamente os custos, em
termos médicos e sociais.
Assim, o farmacêutico tem no seguimento farmacoterapêutico uma forma de
monitorizar a adesão do doente, conseguindo em última análise, ganhos em saúde.
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industrializados aos pacientes, no Brasil não era diferente, e o farmacêutico hospitalar
tinha como função o fornecimento dos medicamentos e o controle dos psicotrópicos e
entorpecentes.
As funções do farmacêutico hospitalar no Brasil estão definidas pela Resolução
do CFF nº 492 de 26 de Novembro de 2008.
A Portaria do Ministério da Saúde 3916/98 criou a Política Nacional de
Medicamentos, a Política Nacional de Saúde definiu as premissas e diretrizes, e
ambas estabeleceram a reorientação da Assistência Farmacêutica voltando-se,
fundamentalmente, à promoção do uso racional de medicamentos.
A farmácia é um setor do hospital que demanda elevados valores
orçamentários, e o farmacêutico hospitalar deve estar habilitado a assumir atividades
clínico-assistenciais (participação efetiva na equipe da saúde), contribuindo para a
eficiência administrativa com consequente redução dos custos. Tem como principal
função garantir a qualidade da assistência prestada ao paciente, por meio do uso
racional dos medicamentos e produtos para saúde, adequando sua aplicação à saúde
individual e coletiva, nos planos assistencial, preventivo, docente e investigativo.
Atualmente, as exigências para o farmacêutico hospitalar se aplicam também
ao âmbito da Gestão deste setor como um todo. Percebe-se então que a amplitude
de atuação deste profissional não é de forma nenhuma restrita a um único foco, seja
ele técnico ou administrativo.
O perfil ético e a capacitação técnica deste profissional devem ser
diferenciados, de modo que se garanta uma atuação de qualidade nos diversos
setores hospitalares, com uma equipe multidisciplinar.
3. CONCEITO DE ADESÃO
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entanto, o conceito de adesão apenas foi desenvolvido no século XX por Haynes, em
1979.
Sackett e Haynes introduziram o conceito “adesão ao tratamento” na literatura
médica em 1976 e a sua definição foi uma das mais usadas. Estes autores
descreveram adesão ao tratamento como “O ponto em que o comportamento de uma
pessoa que toma medicamentos segue uma dieta recomendada ou muda de estilo de
vida, coincide com conselhos médicos”.
Para estes autores tomar os medicamentos era um fim, e não o meio para
tornar o tratamento eficaz. Este conceito centrava-se no cumprimento escrupuloso das
indicações do médico, valorizando uma relação paternalista entre médico e doente. A
percepção de que os doentes deviam ser educados de forma a conhecer melhor as
suas dificuldades e erros, e que o médico sabia sempre o que era melhor para os seus
doentes era comum na época. A componente de partilha de decisões entre médico e
doente não era valorizada. Esta definição não tinha em consideração a adesão, ou
seja, o doente ou cumpria ou não as indicações do médico.
Mais tarde surgiu o conceito de “aliança terapêutica” que descreve a relação
médico-doente como um processo de interação. A definição de “aliança terapêutica”
totalmente aceite é o ponto em que um indivíduo escolhe comportamentos que
coincidam com uma prescrição clínica, e em que o regime deve ser consensual, ou
seja, alcançado através de negociação entre o profissional de saúde e o doente. Esta
definição parece, também, ignorar quer o resultado da partilha de decisões na saúde
do doente, quer a existência de níveis de adesão. A adesão ao regime terapêutico,
adesão terapêutica ou ainda adesão ao tratamento são diferentes modos de nomear
a mesma entidade.
Em 2003, a OMS definiu adesão como sendo “a extensão em que o
comportamento de um indivíduo-utilização de medicamentos, cuidados de saúde,
alimentação e estilos de vida- está de acordo com as recomendações de um
profissional de saúde com as quais concorda”. Com esta definição passou a estar
implícito um ponto a partir do qual há adesão à terapêutica (existência de níveis de
adesão) e foi introduzido o conceito da concordância (a adesão como um meio para
alcançar o sucesso terapêutico e não um fim em si mesmo).
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Fonte: 4.bp.blogspot.com
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profissionais envolvidos nesta área, com vista à obtenção do máximo benefício
terapêutico – individual e social. O farmacêutico hospitalar desempenha um papel
predominante na monitorização da qualidade e segurança na dispensa e utilização
dos medicamentos biológicos, quer no aconselhamento aos doentes sobre a sua
correta utilização, quer através de uma gestão racional e eficiente.
Os custos associados às hospitalizações aos cuidados de saúde inerentes à
patologia e aos elevados índices de redução de produtividade por sua vez, a despesa
associada à terapêutica biológica não chega a atingir 10% da despesa total associada
a estas doenças e contribui de forma significativa para a produtividade e o regresso à
vida ativa dos doentes, diminuindo de forma expressiva os custos da Segurança
Social originados por baixas e reformas antecipadas. Os efeitos positivos dos
medicamentos biológicos enquanto armas de combate a estas doenças
incapacitantes estão reconhecidamente demonstrados em todo o mundo.
A determinação dos custos financeiros associados ao tratamento com
terapêutica biológica é um instrumento importante na decisão sobre a aplicação dos
recursos adequados, quer a curto quer a longo prazo, sendo o farmacêutico hospitalar
responsável pela monitorização contínua dos custos associados à terapêutica
biológica.
O doente candidato a terapêutica biológica representa o extremo mais grave
do espectro destas doenças. Os doentes com patologia reumática tratados com
agentes biológicos são, obrigatoriamente, registados numa base de dados específica
que contenha os instrumentos validados para a avaliação periódica destes
medicamentos.
Esta avaliação justifica-se pelo risco acrescido de complicações infeciosas,
nomeadamente, respiratórias, cutâneas e urinárias e por isso é muito importante
proceder a uma avaliação detalhada de situações clínicas associadas a um aumento
desse risco e que incluem idade avançada, outras patologias crónicas concomitantes,
infeções de repetição e uso de corticosteroides.
A adesão à terapêutica assume um papel de particular importância nos doentes
portadores de doenças crónicas, sendo a ausência de adesão um problema de saúde
pública. Além disso, o problema de adesão ao tratamento é um indicador central de
avaliação da qualidade em qualquer sistema de saúde que se queira moderno e
eficaz.
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A não adesão à terapia é normalmente definida como falta de concordância
entre os comportamentos dos doentes, como por exemplo, seguir uma dieta ou tomar
medicamentos não prescritos enquanto se segue também a terapia prescrita.
Infelizmente, a não adesão à terapêutica é um fenómeno frequente. Segundo
alguns estudos, uma pequena percentagem de doentes consegue ter uma adesão de
100%, isto é, tomar os medicamentos certos à hora certa e respeitar todos os
conselhos não farmacológicos. Como a terapêutica farmacológica é muitas vezes
coadjuvada por aspetos não farmacológicos que a torna mais eficaz, é por isso
possível demonstrar que a não adesão a terapêutica, seja no âmbito farmacológico
ou não farmacológico, a torna menos eficiente e causa prejuízo para a saúde dos
doentes.
Consequentemente, melhorar a adesão é um dos maiores objetivos das
políticas de saúde. A Organização Mundial de Saúde afirmou, num relatório de 2003
intitulado “Adherence to long term therapies, Evidence for action” que “aumentar a
efetividade da adesão terá um maior impacto do que qualquer avanço de um qualquer
tratamento médico”.
Prevê-se que o impacto económico mundial das doenças crónicas continue a
aumentar até 2020, altura em que corresponderá a 65% das despesas com a saúde
em todo o mundo. Nos países desenvolvidos, estima-se que o grau de adesão às
terapêuticas crónicas seja apenas 50% e nos países subdesenvolvidos ou em vias de
desenvolvimento seja ainda menor.
A melhoria da adesão ao tratamento e consequente impacto na saúde dos
doentes, deverá ser o objetivo primordial do farmacêutico e dos outros profissionais
de saúde, pelo que a identificação do problema e a promoção de normas consistentes,
éticas e baseadas na evidência, se torna fundamental.
A importância da adesão à terapêutica não se reflete apenas em aspetos
clínicos, mas assume um papel relevante no que respeita a encargos económicos
associados ao tratamento. Apesar do elevado custo dos medicamentos biológicos, a
diminuição da morbilidade possibilita uma menor utilização de recursos, sejam eles
médicos, farmacológicos ou hospitalares, assim como a diminuição de baixas
médicas.
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Fonte: portal.vpgroup.com.br
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O MD é um método de seguimento farmacoterapêutico simples, que permite ao
farmacêutico aplicar os seus conhecimentos sobre problemas de saúde e
medicamentos, com o objetivo de atingir resultados concretos que melhorem a
qualidade de vida dos doentes.
O MD foi desenvolvido pelo Grupo de Investigação em Cuidados
Farmacêuticos da Universidade de Granada e é ferramenta de trabalho de muitos
farmacêuticos comunitários e hospitalares, que praticam seguimento
farmacoterapêutico.
Este método, além de proporcionar procedimentos simples para se realizar
seguimento farmacoterapêutico, também é um método de formação contínua,
baseado na técnica de “aprender-fazendo”, que visa melhorar a competência e a
qualidade da Intervenção Farmacêutica na área da farmacoterapia.
Os farmacêuticos podem melhorar as falhas da farmacoterapia procurando,
identificando, prevenindo e resolvendo os resultados negativos associados à
medicação, através do aumento da eficácia terapêutica farmacológica ou da
prevenção dos efeitos adversos, reduzindo assim, a mortalidade e morbilidade
associados dos medicamentos.
A literatura sobre morbilidade evitável dos medicamentos justifica a
imperatividade dos farmacêuticos cumprirem a obrigação formal de ajudar o doente a
obter a melhor terapêutica medicamentosa possível. Aceitar esta premissa
aumentará, em grande medida, o nível de responsabilidade do farmacêutico face aos
doentes.
Nos últimos anos, a atividade profissional do farmacêutico evoluiu de uma
dispensa ativa, centrada no medicamento, para uma filosofia de trabalho, centrada no
doente. Assim, a missão da prática farmacêutica não pode englobar apenas o conceito
de farmácia clínica. A literatura publicada nas últimas décadas sugere que a
informação gerada a partir da revisão do perfil farmacoterapêutico do doente ou da
monitorização das prescrições não é suficiente para valorizar globalmente a indicação,
a efetividade e a segurança dos medicamentos, bem como a adesão à terapêutica,
mesmo que seja efetuada por profissionais com bons conhecimentos e competências
clínicas.
Contudo, a maximização da efetividade dos medicamentos por parte do
farmacêutico, só poderá ser atingida aplicando o conceito de cuidados farmacêuticos
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ao doente definidos por Helper e Strand. Segundo eles, os cuidados farmacêuticos
são a “provisão responsável de tratamento farmacológico com intuito de alcançar
resultados concretos que melhorem a qualidade de vida do doente”.
Porém, os cuidados farmacêuticos são um conceito abrangente que significa a
interação entre o farmacêutico e um doente em concreto, tendo como objetivo atingir
a melhoria da qualidade de vida deste. Inclui-se neste conceito a dispensa ativa de
medicamentos, a indicação farmacêutica, a farmacovigilância, a manipulação
magistral, a educação para a saúde e o seguimento farmacoterapêutico.
O seguimento farmacoterapêutico é assumido como “uma prática profissional
em que o farmacêutico se responsabiliza pelas necessidades das doentes
relacionadas com os medicamentos. Este serviço implica um compromisso que deve
ser feito de forma continuada, sistematizada e documentada, em colaboração com o
doente e os restantes profissionais de saúde, com o objetivo de se alcançar resultados
concretos que melhorem a qualidade de vida do doente.
Segundo este método, o acompanhamento Farmacoterapêutico requer um
método de trabalho rigoroso realizado com o máximo de informação possível. Como
qualquer outra atividade sanitária, o acompanhamento farmacoterapêutico necessita
de procedimentos de trabalho protocolizados e validados para ser realizado com a
máxima eficiência.
Existem diferentes métodos para avaliar a adesão terapêutica, dentro dos quais
existem métodos diretos e métodos indiretos, e métodos quantitativos ou qualitativos,
com diferentes vantagens de desvantagens.
Os métodos indiretos mais utilizados são o auto relato do doente, a contagem
de medicamentos, a monitorização da cedência da terapêutica e o teste de Morisky.
Estes métodos são os mais económicos, acessíveis, apresentam alta especificidade,
são de fácil utilização e requerem a colaboração dos doentes.
O relatório do doente é, sem dúvida, o teste mais utilizado, visto que apresenta
um baixo custo e é de simples aplicação. Um exemplo concreto desta medida de
avaliação é o Teste de Morisky-Green, que sendo um teste de reprodução limitada é
suscetível de nele ocorrerem erros.
O Teste de Morisky-Green foi adaptado para a língua portuguesa, incluindo
quatro questões:
1) Às vezes tem problemas em se lembrar de tomar a medicação?
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2) Às vezes descuida-se e não toma o seu medicamento?
3) Quando se sente melhor, às vezes para de tomar o seu medicamento?
4) Às vezes, se se sentir pior ao tomar a medicação, para de a tomar?
Considera-se que o paciente adere à terapêutica quando responde não a todas as
perguntas.
A opinião do médico constitui um método fácil, económico e de alta
especificidade, porém apresenta baixa sensibilidade e valoriza a adesão total.
O método do diário do doente, quando corretamente preenchido, permite
realizar uma correlação simples com os eventos pertinentes relativos à sua patologia,
que ocorrem no seu quotidiano, e a sua situação clínica. Todavia, nem sempre existe
cooperação do doente ou observação do efeito terapêutico.
A contagem dos comprimidos é aparentemente o método mais adequado para
avaliar a taxa de adesão ao regime terapêutico. No entanto, este é um método de fácil
manipulação pelo doente (pode perder ou deliberadamente retirar os comprimidos),
podendo haver relutância em entregar as caixas da terapêutica vazias. Exige grande
colaboração por parte do doente.
O reabastecimento de terapêutica, como o anterior, fornece a média da taxa de
adesão. É um teste trabalhoso que necessita de programas informáticos para recolha
da informação nas farmácias e de uma centralização de dados.
A resposta clínica é um teste pouco dispendioso e de fácil aplicação. Contudo,
há influência de outros fatores além da terapêutica.
Na monitorização eletrônica da terapêutica ou “System MEMO CAPS” –
Sistema de monitorização da medicação, os frascos para a colocação da terapêutica
estão dotados de uma tampa com um microprocessador, que regista a data e hora a
que o frasco é aberto e fechado. São dispositivos utilizados pelos doentes como uma
caixa de medicamentos normal e a informação recolhida é lida através de um software
específico.
Os métodos diretos procuram confirmar se houve a ingestão do fármaco. São
por isso mais fidedignos, no entanto mais dispendiosos e menos aplicados na prática.
Para além disso, é necessária muitas vezes uma intervenção invasiva junto dos
doentes, o que leva à não aceitação. Dentro destes encontram-se:
(1) a avaliação das concentrações séricas, realizada através da recolha de
várias amostras de fluidos, permitindo assim determinar a concentração do
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medicamento no organismo. Porém, nem sempre a análise quantitativa está
disponível, pois, para além de ser dispendiosa, pode ser influenciada por fatores
biológicos;
(2) a análise sanguínea ao marcador biológico, teste bastante preciso, mas tal
como o método anterior é bastante dispendioso e é necessária a recolha de diversas
amostras de fluidos corporais;
(3) a toma de observação direta que embora precisa, é impraticável no
quotidiano, pois entre outros fatores, os doentes podem esconder a terapêutica e\ou
descartá-la posteriormente.
É importante perceber quais os métodos e fatores que podem influenciar a
adesão à terapêutica. Existem diversos métodos que explicam a adesão e são
também diversas as causas que a determinam. É importante que os profissionais de
saúde tenham em conta, no planeamento e abordagem das suas intervenções, as
atitudes e valores dos indivíduos.
Não existe um “método ideal” que possa ser seguido por todos e para todos,
existem sim estratégias que podem e devem ser adotadas, mediante as
circunstâncias, os indivíduos e suas características individuais e, também, as
caraterísticas do profissional de saúde.
4. FARMÁCIA HOSPITALAR
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Fonte: www.farmaciahospitalar.com
3.1- Logística
3.2- Seleção
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A seleção de medicamentos tem por base o Formulário Hospitalar Nacional de
Medicamentos (FHNM) e as necessidades terapêuticas dos doentes do hospital. A
seleção de medicamentos a incluir no Guia da Instituição feita pela Comissão de
Farmácia e Terapêutica, tem em linha de conta critérios baseados nas necessidades
terapêuticas dos doentes, na melhoria da sua qualidade de vida e em critérios
fármaco- económicos.
De forma a complementar o leque de medicamentos de que o hospital se pode
munir para satisfazer as suas necessidades, é elaborado e deve ser divulgado
internamente ficando disponível para fácil consulta.
3.3- Aquisição
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laboratórios, por consultas diretas ou através de compras urgentes a fornecedores
locais, como farmácias e empresas de distribuição farmacêutica.
O circuito de aquisição se inicia com o pedido de compra que os Serviços
Farmacêuticos efetuam ao Serviço de abastecimento, que emite uma nota de
encomenda.
Esta nota de encomenda é enviada ao Conselho de Administração para
assinar, passando pelo Serviço financeiro para autorização e é enviada ao fornecedor.
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3.5- Armazenamento
Fonte: www1.imip.org.br
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Os estupefacientes e psicotrópicos devem ser armazenados no cofre de
fechadura dupla e as suas entradas e saídas devem ser registadas.
Os medicamentos fotossensíveis devem ser armazenados em sua localização
alfabética revestidos de material opaco, ou se são de alta rotação, as gavetas onde
se encontram, devem ser revestidas de material opaco.
Os inflamáveis devem ser armazenados individualmente do restante em sala
com porta corta-fogo de fecho automático de abertura para o exterior, paredes
resistentes ao fogo, com vão exterior fusível, com chão impermeável, inclinado,
rebaixado e drenado para bacia coletora, não ligado ao esgoto.
A sala de injetáveis de grande volume com espaço adequado e paletes no
sentido de poder existir troca das mesmas e manter-se assim um espaço limpo e
ajustado, às dimensões destes produtos.
Os Gases Medicinais, apesar de a sua gestão ser da responsabilidade dos
Serviços Farmacêuticos, estes devem ser armazenados em espaço físico exterior de
acordo com as normas.
Auditorias diárias devem ser feitas ao estoque físico através do cruzamento de
dados colhidos e dados informáticos. Este tipo de auditoria consiste em contagens
diárias de produtos de acordo com a classificação ABC de forma a despistar erros e
corrigi-los, se eventualmente existirem, permitindo o inventário permanente e uma
contagem contínua pelas diferentes classes.
Deve ser elaborada mensalmente uma lista de produtos cuja validade expira
dentro de 4 meses. Essa lista é enviada ao Farmacêutico responsável do setor que
avalia a possibilidade de escoar esses produtos contatando outros hospitais, ou o
Serviço de abastecimento, que posteriormente, contata os fornecedores. Com a
mesma regularidade, é efetuado o controle das gavetas de estoque, de apoio à sala
de preparação em dose individual diária que inclui a verificação das validades e
correta arrumação dos medicamentos. Após este controle deve ser feito o registo
informático de medicamentos reembalados, com validade limite inferior a 6 meses.
Também uma vez por mês, deve ser feito em colaboração com os Serviços
Farmacêuticos e o Serviço de abastecimento o abate de quantidades não devolvidas
e elaborada a nota de abate com devida justificação, assinada pelo diretor do serviço.
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3.6- Distribuição
Fonte: blog.qualfarmacia.com.br
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dos doentes, diminuir os riscos de interações, racionalizar a terapêutica, atribuir mais
corretamente os custos e reduzir os desperdícios. Todas as prescrições médicas são
validadas pelo farmacêutico antes da elaboração do perfil farmacoterapêutico.
Os medicamentos são dispensados em doses individuais diárias, e distribuídos
de acordo com o perfil farmacoterapêutico, para um período máximo de 24 horas. Esta
metodologia permite aumentar a segurança do medicamento, conhecer melhor o perfil
farmacoterapêutico do doente, reduzir o risco de interações, racionalizar a terapêutica
e reduzir o tempo dos enfermeiros dedicados aos medicamentos, deixando-os mais
disponíveis para o acompanhamento do doente.
Antes da preparação da medicação, a prescrição médica em suporte
informático ou em papel é validada pelo farmacêutico. É da sua responsabilidade
verificar dosagem, frequência, via de administração, interações entre fármacos,
duplicação de terapêuticas, posologias inadequadas, duração do tratamento e tempo
de antibioterapia. No caso dos injetáveis, o farmacêutico analisa a velocidade de
perfusão e a dose, efetua cálculos para determinar o número de ampolas necessárias
e analisa a sua estabilidade após diluição.
As prescrições em papel são transcritas pelo farmacêutico para o sistema
informático após validação. O registo informatizado e individualizado da medicação,
que cada doente recebe enquanto permanece internado no hospital, possibilita a
monitorização da terapêutica no sistema de gestão integrado do circuito do
medicamento (diagnóstico, alergias, dietas). A validação permite analisar e detectar
eventuais não conformidades como por exemplo, duplicação da medicação, erro da
dose, intervalo posológico inadequado e possíveis interações de medicamentos.
Nas situações em que o doente faz medicação do domicílio, está também
consta na prescrição médica, num item específico de medicação do domicílio sendo
que a designação do medicamento vem no campo das observações e esta não é
enviada para o serviço clínico. Esta medicação proveniente do domicílio é
armazenada, devidamente identificada no serviço clínico, com o nome do doente e
sob a vigilância do enfermeiro.
O sistema informático na aplicação onde o farmacêutico valida a prescrição
emite alertas sobre alergias, doses máximas, preenchimento de impresso de
medicamentos estupefacientes e psicotrópicos ou hemoderivados e medicação de
justificação obrigatória que visam uma maior segurança da terapêutica do doente.
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Este ponto inclui-se no programa de gestão do risco dos serviços farmacêuticos.
Associado a este programa também, são colocadas, a preparação da medicação,
etiquetas nas gavetas dos doentes, que permitem alertar para nomes de doentes
semelhantes, chamando a atenção, do farmacêutico que a confere e do enfermeiro
que a administra.
Qualquer questão relacionada com a prescrição médica é resolvida de imediato
com o médico prescritor ou com o enfermeiro via telefone.
Após a validação deve ser impresso o perfil farmacoterapêutico de cada doente
e a informação é enviada para os sistemas de distribuição semiautomáticos para se
proceder à preparação da medicação. A dispensa dos medicamentos deve ser por
princípio ativo.
A prescrição on-line, depois de validada pelo farmacêutico, é enviada
informaticamente para o sistema de reembalagem e a medicação é preparada pelo
responsável pela identificação das gavetas de medicação com o nome do doente,
processo, cama e serviço clínico a que pertence e pela preparação da medicação de
acordo com o perfil farmacoterapêutico do doente para um período de 24h.
A medicação depois de preparada é sujeita a conferência quantitativa e
qualitativa pelo farmacêutico que, posteriormente, procede à imputação. O
farmacêutico efetua ainda o registo de erros relacionados com a preparação da
medicação, preenchendo o relatório de não conformidades. Posteriormente, todas as
alterações de medicação são preparadas pelo farmacêutico.
O transporte da medicação deve ser seguro, feito de forma a garantir a
integridade e qualidade da medicação, os módulos devem ser levados fechados até
ao serviço clínico por um assistente operacional.
Toda a medicação não administrada deve ser devolvida à Farmácia, onde é
contabilizada e revertida. O Farmacêutico também regista erros relacionados com a
medicação enviada para os serviços, através do preenchimento do relatório de não
conformidades.
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5. FARMACÊUTICO HOSPITALAR
Fonte: www.empregoscuiaba.com
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O farmacêutico que deseja atuar em instituições hospitalares deve possuir
formação em farmácia hospitalar, conhecimentos básicos de contabilidade e
administração, habilidade para comandar e liderança, além de conhecer as
ferramentas da qualidade total e possuir capacidade de atuar em Assistência
Farmacêutica e Atenção Farmacêutica.
Estes pré-requisitos podem se estender a outras Instituições de Serviços de
Saúde, como postos de saúde, ambulatórios, centros de diagnóstico, equipes de visita
domiciliar e congêneres.
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Farmácia clínica;
Farmacovigilância/tecnovigilância;
Ensaios clínicos;
Radiofármacos e
Ensino e pesquisa.
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Comissão de Farmácia e Terapêutica: Participar na elaboração da
política de medicamentos da instituição, incluindo seleção e
dispensação; estipular critérios para obtenção de medicamentos que
não constem na padronização; participar na elaboração de protocolos
de tratamento elaborados por diferentes serviços clínicos; Investigar a
utilização de medicamentos na instituição; avaliar Interações de
Medicamentos quando aplicados via sondas enterais (fármacos x
nutrientes); Elaborar um Guia de Aplicação de Medicamentos Via Sonda
de Nutrição Enteral Participar ativamente da educação permanente
dirigida à equipe de saúde e assessorar todas as atividades relacionadas
à promoção do uso racional.
Comissão de licitação e parecer técnico: Elaborar editais de compras e
especificação técnica; participar de licitações e aquisições por meio de
avaliação técnica (serviços públicos) e colaborar de forma decisiva na
qualificação de fornecedores (serviços privados).
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCHI): Participar da
elaboração do guia de utilização de antimicrobianos e do manual de
germicidas; observar os indicadores de controle de infecção e
sensibilidade dos antimicrobianos, consumo e taxa de letalidade;
monitorar as prescrições de antimicrobianos; verificar a ocorrência de
resistência antimicrobiana e estabelecer rotina de dispensação de
antimicrobianos; auxiliar no controle de custos; promover estímulo à
terapia sequencial; Elaborar relatórios de consumo e realizar atividades
de educação permanente da equipe de saúde.
Comissão de Ética e Pesquisa em Seres Humanos: Emitir parecer ético
sobre os projetos de pesquisa e manter-se atualizado quanto às normas
nacionais e internacionais relativas a ética em pesquisa, buscando
conhecimento e aprimoramento contínuo sobre ensaios clínicos e
legislações.
Comissão de Terapia Nutricional: Preparar as nutrições parenterais;
garantir a qualidade das nutrições enterais; auxiliar na avaliação do
estado nutricional do paciente e desenvolver e aplicar plano terapêutico.
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Comissão de Terapia Antineoplásica: Preparar os quimioterápicos e
atuar no suporte e farmacoterapia.
Comissão de avaliação de tecnologias (Tecnovigilância): Monitorar as
notificações de queixas técnicas ligadas aos produtos para saúde e
acompanhar o desenvolvimento tecnológico ligado aos materiais de uso
em saúde.
Comissão de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde: Zelar
pelo adequado gerenciamento dos resíduos resultantes das atividades
técnicas desenvolvidas nos serviços de atendimento pré-hospitalares,
na farmácia hospitalar e em outros serviços da saúde, atendendo as
normas sanitárias e de saúde ocupacional.
Comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA): Prevenir acidentes
e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatíveis
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção
da saúde do trabalhador.
Comissão de educação permanente: Exercer atividades de ensino, por
meio de programas educacionais e de formação, contribuindo para o
desenvolvimento de recursos humanos; promover ações de educação
para o uso racional de medicamentos, produtos para saúde e saneantes,
aos membros da equipe de saúde; oferecer informações educativas aos
profissionais da saúde do hospital; orientar e acompanhar, diretamente,
os auxiliares na realização de atividades nos serviços de farmácia
hospitalar, treinando-os e capacitando-os para tal e articular parcerias
interinstitucionais, acadêmicas e comunitárias
Comissão de riscos hospitalares (Farmacovigilância): Desenvolver
ações de gerenciamento de riscos hospitalares, como detecção de
reações adversas a medicamentos; queixas técnicas; problemas com
produtos para saúde, saneantes, kits diagnósticos e equipamentos.
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6. INDICADORES DE QUALIDADE
Fonte: www.norteandovoce.com.br
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Ser representativo estatisticamente;
Ter estabilidade e rastreabilidade e
Permitir a comparação com referências.
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profissionais da área. Elaborar e encaminhar, aos órgãos competentes,
propostas para normatização da área de Farmácia Hospitalar.
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RDC ANVISA nº 220/04 – Aprova o Regulamento Técnico de funcionamento
dos serviços de terapia antineoplásica.
RDC ANVISA nº 306/04 – Dispõe sobre Regulamento Técnico para o
gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde.
Resolução ANVISA nº 358/05 – Dispõe sobre o tratamento e a disposição final
dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.
Resolução CFF nº 288/96 – Dispõe sobre a competência legal para o exercício
da manipulação de drogas antineoplásicas pelos farmacêuticos.
Resolução CFF nº 292/96 – Ratifica competência legal para o exercício da
atividade de Nutrição Parenteral e Enteral e revoga a Resolução 247/93.
Resolução CFF nº 354/00 – Dispõe sobre a assistência farmacêutica em
atendimento pré-hospitalar e as urgências/emergências.
Resolução CFF nº 486/08 – Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico na
área de radio-farmácia e dá outras providencias.
Resolução CFF nº 492/08 – Regulamenta o exercício profissional, nos serviços
de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde,
de natureza pública ou privada.
Fonte: cdn1.elblogdelasalud.info
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O desequilíbrio no binômio benefício-risco está presente no cotidiano da
farmacoterapia hospitalar, incluindo reações adversas a medicamentos e interações
medicamentosas, que causam significativa morbimortalidade, diminuem a qualidade
de vida, apresentam aumento relevante nos custos da saúde e, portanto, é problema
de grande dimensão em hospitais. Estudos, alguns ambientados em hospitais
brasileiros, têm descrito, por exemplo, que as reações adversas a medicamentos
(RAM) foram responsáveis por, ou contribuíram para, 6,6% das internações
hospitalares e ocorreram quatro vezes mais durante a internação.
As interações medicamento‑medicamento tiveram potencial de ocorrer em
pacientes internados e, em casos, foram consideradas graves (p.ex., que podem
provocar morte). Estas interações estão fortemente associadas à duplicação do tempo
de permanência no hospital e ao aumento do custo da internação.
Os erros de medicação já foram identificados em muitas prescrições de
medicamentos de alto risco (principalmente heparina, fentanila e midazolam) e, em
média, ocorreram 3,3 erros por prescrição.
A Organização Mundial da Saúde reconhece que os Centros de Informação
sobre Medicamentos (CIM) estão entre as atividades efetivas para promover o uso
racional de medicamentos. Um medicamento deve ser acompanhado de informação
apropriada. A qualidade desta é tão importante quanto a qualidade do produto
farmacêutico pois, assim como a promoção dos medicamentos, pode influenciar em
grande medida a forma em que os mesmos são utilizados. O monitoramento e o
controle destas atividades são partes essenciais de uma política nacional de
medicamentos.
A necessidade de serviços de informação sobre medicamentos é mais evidente
quando se considera que a documentação que frequentemente está ao alcance dos
profissionais da saúde é aquela proporcionada pela indústria farmacêutica e, portanto,
com alto componente publicitário e comercial. Além disso, a entrega de amostras
grátis para os médicos, as quais geralmente acompanham a publicidade dos
medicamentos, influi de forma quase compulsiva na prescrição médica, evitando a
análise objetiva e científica que se requer na consideração das alternativas de
tratamento.
Por isso, medidas devem ser adotadas para melhorar a farmacoterapia. A
disponibilidade, acessibilidade e uso de informação independente sobre
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medicamentos, em formato apropriado e relevante para a prática clínica atual, estão
entre essas medidas, o que é fundamental para o uso racional e efetivo de
medicamentos. No contexto brasileiro, a Política Nacional de Medicamentos e a
Política Nacional de Assistência Farmacêutica preveem a revisão permanente da
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais e a publicação do Formulário
Terapêutico Nacional como estratégias para a promoção do uso racional de
medicamentos.
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Informação sobre Medicamentos. Em estudo realizado na Noruega, 100% dos
médicos opinaram que os CIM forneceram informação de alta qualidade sobre
medicamentos utilizados durante a gravidez e, em 92% dos casos, essa informação
teve impacto clínico positivo.
Fatores causadores de problemas na farmacoterapia em hospital
incluem: sistemas deficientes de distribuição e de administração de
medicamentos;
Aplicação inadequada da informação do produto no que se refere à sua
preparação e administração;
Informação inadequada do médico prescritor;
Falta de conhecimento sobre as características farmacocinéticas dos
medicamentos;
Pressão mercadológica da indústria farmacêutica, que leva à seleção
inadequada de medicamentos;
Ausência ou atuação não efetiva da Comissão de Farmácia e
Terapêutica.
Nestes casos, o CIM tem papel fundamental para melhorar a terapêutica e,
consequentemente, o cuidado de saúde do paciente.
Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) é o local que reúne, analisa,
avalia e fornece informação sobre medicamentos, visando o seu uso racional.
Principalmente, o CIM apoia a prática clínica de profissionais da saúde na terapêutica
medicamentosa de um paciente específico. Para isso, deve prover informações claras,
precisas, imparciais, em tempo hábil e aplicáveis sobre medicamentos, de modo a
promover seu uso racional. Para alcançar este objetivo, utiliza informação
técnico‑científica objetiva, atualizada e pertinente, devidamente processada e
avaliada criticamente.
Atividades de um Centro de informação sobre medicamentos:
Responder perguntas relacionadas ao uso de medicamentos
(informação reativa).
Participação efetiva em comissões, tais como de Farmácia &
Terapêutica e de Infecção Hospitalar.
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Publicação de material educativo / informativo, como boletins, alertas,
colunas em jornais, etc.
Educação: estágio, cursos sobre temas específicos da farmacoterapia.
Revisão do uso de medicamentos.
Atividades de pesquisa sobre o uso de medicamentos.
Coordenação de programas de farmacovigilância.
Habilidades do farmacêutico especialista em informação sobre medicamentos:
Habilidade e competência para a seleção, utilização e avaliação crítica
da literatura.
Habilidade e competência para apresentação da máxima informação
relevante com um mínimo de documentação de suporte.
Conhecimento de disponibilidade de literatura, assim como de
bibliotecas, centros de documentação, etc.
Capacidade para comunicar‑se sobre farmacoterapia nas formas verbal
e escrita.
Destreza no processamento eletrônico dos dados.
Habilidade e competência para participar em Comissão de Farmácia e
Terapêutica
Requisitos para a implantação de um Centro de Informação sobre
Medicamentos incluem:
Pessoal: pelo menos um farmacêutico com treinamento específico. É
recomendável que este profissional tenha as habilidades específicas.
Área física: deve estar de acordo com as atividades propostas.
Sugere‑se uma área mínima de cerca de 30 m2.
Equipamento e mobiliário: microcomputador, impressora, telefone, fax,
acesso à Internet, fotocopiadora (ou acesso), mobiliário de escritório
(mesas, cadeiras, armários, estantes, arquivos, etc.)
Bibliografia: fontes de informação de medicamentos indicadas para o
funcionamento de um CIM.
Financiamento: são necessários recursos financeiros para, pelo menos,
o pagamento do salário o farmacêutico, aquisição e renovação das
instalações e das fontes bibliográficas e despesas de custeio.
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Um aspecto imprescindível dentro da concepção filosófica de um CIM é sua
independência. Como existe a possibilidade de suas informações, baseadas em
evidências científicas, contrariarem interesses comerciais, a sua previsão
orçamentária deve levar em conta de que não é aconselhável subsídios, diretos ou
indiretos, de empresas farmacêuticas.
Os termos Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) e Serviço de
Informação sobre Medicamentos (SIM) são, às vezes, usados como se fossem
sinônimos, embora existam diferenças. A literatura sugere que CIM deve denotar o
local físico, e SIM a atividade desenvolvida neste local. Entretanto, é convencionada
uma hierarquia onde os Centros têm uma abrangência maior (por exemplo, um país,
um estado, uma região), e os Serviços são institucionais, por exemplo, atendendo à
demanda de um hospital. Enfatiza‑se, porém, que mais importante que sua
designação, Centro ou Serviço, são as atividades desenvolvidas.
Fonte: souvestibulando.com
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prática. O ensino é essencial para que esse quadro possa ser modificado. De modo
geral, os serviços providos pelos CIM não são ensinados para os estudantes de
profissões da saúde e, infelizmente, nem mesmo para os de farmácia. Finalmente, a
busca de parcerias é necessária para difusão e fortalecimento dos serviços, em
ambiente com pouco desenvolvimento dos serviços clínicos providos pelos
farmacêuticos.
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publicações científicas. Em 2004, foi criado o PubMedCentral (PMC,
www.pubmedcentral. gov), por iniciativa da National Library of Medicine (NLM), EUA.
Desde 2005, o National Institutes of Health – NIH, EUA, tem exigido que as
publicações resultantes de pesquisas parcial ou totalmente financiadas pelo mesmo
sejam disponibilizadas nesse sítio. Seis meses depois, havia mais de 430.000 artigos
integrais disponíveis gratuitamente. O modelo de acesso livre a publicações científicas
é utilizado, na América Latina, pelo Scielo, www.scielo.org, no qual, até 2008, havia
mais de 170 mil artigos gratuitos.
Outras fontes gratuitas relativas à informação sobre medicamentos podem ser
encontradas no sítio do Pharmabridge, projeto da Federação Farmacêutica
Internacional – FIP, em http://www.fip.org/pharmabridge_free. Está em construção
uma lista de fontes recomendadas para CIM, incluindo fontes gratuitas, também no
âmbito da FIP, pelo Grupo de Trabalho Acesso a Informação sobre Medicamentos
(Access to Medicines Information Working Group), da Seção de Informação em
Farmácia (Pharmacy Information Section – PIS), que estará disponibilizado na página
da PIS/FIP, em www.fip.org.
A classificação das fontes em primárias, secundárias e terciárias tem caráter
didático, não sendo estática. Existem algumas fontes que são híbridas, pois
apresentam, ao mesmo tempo, características de mais de um tipo de fonte
bibliográfica. Por exemplo, o Iowa Drug Information System – IDIS apresenta artigos
selecionados na íntegra e possui índices de localização dos mesmos, sendo
considerado uma fonte secundária e primária. O Martindale traz monografias de
medicamentos e cita artigos sobre os mesmos, sendo considerado uma fonte terciária
e secundária.
Uma das bases de dados mais difundida mundialmente, que contém
monografias extensas sobre medicamentos, é o Drugdex® (Micromedex). Ela é
acessível por meio da Internet, mediante assinatura. No Brasil, as universidades
públicas têm acesso gratuito ao mesmo por meio do sítio da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, em
http://www.periodicos.capes.gov.br/.
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9.3- Avaliação crítica da qualidade da informação sobre medicamentos
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A avaliação crítica da literatura é uma matéria complexa, repleta de
considerandos e armadilhas e extensamente abordada na literatura. Os primeiros
passos da avaliação crítica da literatura foram apresentados anteriormente, mas são
insuficientes para a atuação no CIM.
No sítio da Universidade Federal de São Paulo – Unifesp, onde está instalado
o Centro Cochrane do Brasil, é disponibilizado curso gratuito on‑line sobre revisão
sistemática e meta‑análise: www.virtual.epm.br/cursos/metanalise e
www.centrocochranedobrasil.org.br. Nos cursos de epidemiologia clínica, geralmente,
o tema é abordado e, mais recentemente e mais profundamente, nos cursos de
revisão sistemática e meta‑análise, decorrentes do “boom” da medicina ou condutas
baseadas em evidências.
Fonte: sauvet.com.br
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questões respondidas por ano, proporção de questões respondidas em até 24 horas,
satisfação do usuário com as respostas providas, capacidade de editar um boletim e
sua frequência, participação em comissões (p.ex., Comissão de Farmácia e
Terapêutica – CFT), atualização das fontes de informação, atualização do
farmacêutico que atua no CIM e a quantidade de atividades desenvolvidas.
As atividades do CIM devem ser cuidadosamente documentadas. Formulários
padrão ou sistemas eletrônicos podem facilitar o registro de perguntas. Um sistema
eficiente de recuperação é essencial para localizar questões anteriores, monitorar a
quantidade de trabalho e categorizar os tipos de questões recebidas.
Este pode, também, facilitar a execução de programas de garantia de qualidade
pela análise de solicitações selecionadas e por prazos não cumpridos. O sistema de
registro das questões deve garantir segurança, arquivamento de longo prazo e
assegurar a confidencialidade dos solicitantes.
Os CIM têm a responsabilidade de prover o mais alto padrão possível de
serviço. Isto inclui a avaliação dos profissionais, revisão regular das solicitações feitas
e das respostas providas e revisão periódica dos recursos e procedimentos.
Este processo deve, continuamente, identificar melhoras potenciais,
documentar os progressos até a implementação e avaliação das mudanças
instituídas, a posteriori.
Um processo de revisão por pares pode ser aplicado a perguntas selecionadas.
Quando possível, o processo de revisão por pares deve incluir os comentários de um
ou mais especialistas externos, um farmacêutico especialista em informação sobre
medicamentos ou farmacologista clínico.
Usuários podem ser selecionados randomicamente para obtenção da opinião
sobre os serviços providos e/ou da resposta recebida, por meio de roteiro de questões
previamente elaboradas, o que pode ser feito por telefone ou remessa de perguntas
por correio eletrônico.
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10. BIBLIOGRAFIA
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