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Professora Esp. Flávia Lugokinski Garcia de Morais
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
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Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Revisão Textual
Kauê Berto
UNIDADE I....................................................................................................... 3
Introdução e História da Massoterapia
UNIDADE II.................................................................................................... 19
Requisitos Importantes para a Realização da Massoterapia
UNIDADE III................................................................................................... 41
Diferentes Tipos de Massagem
UNIDADE IV................................................................................................... 64
Recursos Manuais Complementares
UNIDADE I
Introdução e História da Massoterapia
Professora Esp. Flávia Lugokinski Garcia de Morais
Plano de Estudo:
1. Conceito e história da massagem;
2. Fisiologia do toque;
3. Efeitos fisiológicos e benefícios no organismo.
Objetivos da Aprendizagem:
● Definição do histórico e dos fundamentos da massagem;
● Compreensão dos efeitos fisiológicos gerados no organismo;
● Estabelecimento e percepção dos seus benefícios.
3
INTRODUÇÃO
Na maioria das civilizações primitivas, a medicina era aplicada por meio de rituais
misteriosos e práticas permanentes de massagens que abrangiam gerações, pois acredita-
va-se que muitas doenças eram ocasionadas devido à presença de pecados e a presença
de espíritos impuros ou energias espirituais do mal.
Além disso, geralmente as massagens eram associadas à terapia de purificação
com água, em fontes termais, saunas e banhos. Ainda hoje, essa cultura está em prática.
Os primeiros e mais antigos relatos encontrados na história têm ascendência chine-
sa, a técnica de massagem era denominada como Anma ou Tui-na. De acordo com alguns
escritos o método Anmo consiste no diagnóstico e tratamento, composto de manobras com
o intuito de relaxar, sendo realizados com as mãos no corpo inteiro, aplicando uma leve
pressão e tração (FRITZ, 2002).
Utilizamos a todo momento nosso sentido do tato, ao pegar objetos, sentir o peso e
a textura de um material, sentir a temperatura da água, etc. Entretanto é comum que passe
despercebido o quão importante ele é e quantos benefícios pode nos transmitir. Por isso, va-
mos conhecer agora um pouco sobre a fisiologia da pele, para assim podermos compreender
a ação do toque em nosso organismo e as diversas reações ocasionadas por ele.
A pele faz parte do Sistema Tegumentar, esse sistema pode ser definido como um
conjunto de estruturas que formam o revestimento dos seres vivos, juntamente com seus
anexos: unhas, cabelos, pelos, glândulas e receptores sensoriais (GRAAFF, K. M. V; 2003)
Ela é a estrutura responsável pela ligação tato-expressão, servindo de proteção e
comunicação dos meios externo e interno. É considerada o maior órgão do corpo humano,
equivalente a aproximadamente 15% do seu peso total. Constitui-se de duas principais
camadas, a epiderme e a derme, fundamentais para nossa saúde e bem-estar (GRAAFF,
K.M.V; 2003). A pele exerce inúmeras funções, vamos conhecer as principais logo abaixo.
A função protetora é primordial, tem o objetivo de proteger o organismo do ser
humano contra agressões mecânicas/traumatismos, por conta da sua textura e compo-
sição, sendo bastante resistente, densa e elástica, capaz de permitir que a água penetre
lentamente por meio da epiderme evitando a desidratação. Protege também contra a pe-
netração de substâncias indesejadas, como as substâncias químicas por exemplo, agentes
invasores bacterianos e fungos, tudo isso por conta da camada mais externa da epiderme,
que se chama extrato córneo, ela forma um manto protetor, servindo como barreira. (AZU-
LAY, 2017)
SAIBA MAIS
(O autor).
REFLITA
A pele de um idoso e de uma criança têm maior capacidade de absorção. Fique aten-
to(a) na hora de aplicar um cosmético de massagem! Se for necessária a utilização, ele
deve ser específico para cada caso
(O autor).
Sustentação do toque de
massagem ativa a resposta
Metabólico Combinação de efeitos mecânicos do sistema nervoso pa-
e respostas reflexas, em que o rassimpático, que reduz a
corpo todo é afetado. frequência cardíaca e esti-
mula a digestão.
“Nos últimos anos, vem crescendo a taxa de prematuridade no Brasil, assim como pes-
quisas com o intuito de traçar melhores condutas, aumentar a sobrevida, diminuir co-
morbidades, favorecer o desenvolvimento mais adequado desses bebês e, sobretudo,
proporcionar melhor qualidade de vida para essa população. A estimulação tátil-cinesté-
sica parece favorecer o ganho de peso de bebês prematuros estáveis, sem causar pre-
juízos, e, sobretudo, pode ser um instrumento de humanização nos centros de terapia
intensiva neonatal e de fortalecimento de vínculo dos pais com o bebê.”
REFLITA
A importância do toque nunca foi tão relevante como nesses tempos de pandemia. O
toque corporal é fundamental para a saúde, bem-estar e o conforto do ser humano em
todas as fases da existência, desde o seu nascimento até a velhice
(O autor).
ARTIGO:
Fonte: Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 6, n.13, jul-dez de 2015.
pg 209 à 224.
LIVRO
Título: A linguagem do toque – Massoterapia Oriental e Ocidental
Autor: Sidney Donatelli.
Editora: Roca, 2015.
Sinopse: “Este livro é o resultado do estudo e da prática do autor
desde 1980, é um compêndio (compilação de informações) da mas-
soterapia que resgata e valoriza o toque como elemento essencial
aos cuidados terapêuticos e linguagem inerente à interpessoalida-
de. Aborda desde o histórico e os fundamentos da massoterapia
até o perfil do profissional, com conteúdo focado na prática das
primícias da massagem: a sensibilidade, o toque e a linguagem
tátil. Também descreve as técnicas de massagem nas camadas do
corpo, com detalhes e fotos dos movimentos, da mecânica corporal
e das sequências de manobras, além de apresentar as estruturas
do sistema musculoesquelético e sua funcionalidade. Apresenta,
inclusive, os conceitos da visão energética do Oriente, por meio da
Medicina Tradicional Chinesa e dos chakras.”
FILME/VÍDEO
Título: Sistema Tegumentar
Ano: 2019.
Sinopse: Playlist composta por 4 vídeo aulas sobre Sistema Tegu-
mentar. Canal do You Tube: Anatomia e etc. com Natalia Reinecke.
Na primeira aula, Natalia Reinecke aborda as funções do sistema e
organização nas camadas Epiderme e Derme. A segunda aula da
playlist trata sobre a camada mais superficial da Pele: a Epiderme,
suas células e suas camadas. Na terceira aula o assunto é a Der-
me, suas camadas, fibras, células e receptores de sensibilidade.
Por fim, na quarta aula da playlist é possível conhecer as estruturas
anexas da pele: os pêlos, as glândulas e as unhas.
“Natália Reinecke é Fisioterapeuta, especialista em Fisiologia do
Exercício (UNIFESP), mestre em Ciências da Saúde (UNIFESP)
e atualmente cursa Doutorado em Ciências da Saúde (UNIFESP).
Atua como Docente em Anatomia e Fisiologia do corpo humano.”
Link da Playlist: https://youtube.com/playlist?list=PLEA6hux-
1DeW0BKgsB-NaBA-B669FH4zcd
Plano de Estudo:
1. Anamnese;
2. Indicações e contraindicações;
3. Técnicas e manobras empregadas na massoterapia;
4. Componentes da massagem.
Objetivos da Aprendizagem:
● Apropriar-se do conhecimento sobre a avaliação prévia
antes da realização prática das técnicas;
● Reconhecer as indicações e contraindicações da massoterapia;
● Compreender as diferentes técnicas, manobras e componentes
da massagem
19
INTRODUÇÃO
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1. ANAMNESE
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Clay e Pounds (2008) orientam que a coleta dos dados deve ser feita de maneira
sucinta e proveitosa, sem parecer tediosa e irrelevante, deve haver todas as informações
necessárias ao profissional. Acrescentam ainda que é por esse motivo que a abordagem
com o paciente deve ocorrer de forma confortável e acolhedora, e não de forma mecânica
ou com descaso. Manter um diálogo que transmita conforto e segurança é de suma impor-
tância para ter um ambiente descontraído e relaxado, fazendo com que o cliente sinta-se
bem e à vontade.
É fundamental que o profissional escolha um local que seja adequado para
o procedimento. Necessita-se que ele seja privado — naturalmente, na sala
onde ocorrem os atendimentos convencionais que exigem mais privacidade
—, além de pedir a outros colaboradores da clínica que não interrompam a
conversa.
UNIDADE II
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O que o motivou a procurar os recursos da massoterapia?
Em que região, especificamente, sente desconforto?
Há quanto tempo começaram os sintomas?
Realizou automedicação?
Esses eventos já ocorreram anteriormente?
Como é sua saúde em geral?
Sofreu alguma lesão ou passou por alguma cirurgia recentemente?
Tem histórico de problemas cardíacos ou neurológicos?
Está em tratamento médico para alguma doença e usa medicação?
Qual doença?
Pratica atividade física?
Tem alguma atividade recreativa?
Como está sua alimentação atualmente?
Qual é a quantidade média de água ingerida diariamente?
Quais são suas principais fontes de estresse?
Qual profissão exerce?
Quanto tempo do dia permanece sentado ou em pé?
Exerce movimentos repetitivos?
Já sofreu alguma doença ocupacional?
Além dessas sugestões podem ser incluídas inúmeras outras, inclusive, no mo-
mento da conversa com o cliente podem estar surgindo novos questionamentos por parte
do profissional ou do cliente, e também relatos do mesmo, diferentes daqueles que você
programou em sua ficha para perguntar, sendo assim, não hesite em incluir todas as in-
formações fornecidas, a ficha de avaliação serve justamente para isso, anotar todas as
informações necessárias e relevantes do seu paciente.
Braun e Simonson (2007) esclarecem que antes de efetuar qualquer tipo de massagem
ou iniciar um tratamento, o profissional precisa observar na hora da avaliação se há a neces-
sidade de requerer um diagnóstico médico ou um exame mais detalhado de outro profissional.
Para cada tipo de massagem, que iremos conhecer na próxima unidade, se faz
necessária uma avaliação por palpação. Dessa forma o profissional será capaz de perceber
a temperatura do local, o estado geral da pele, sua coloração, presença de alterações
circulatórias, entre outros sinais e sintomas. (FRITZ, 2002). Iremos tratar especificamente
dos métodos palpatórios aplicados à cada massagem, na unidade lll.
Finalizado todo o processo da anamnese deverá ser tomada uma decisão acerca
de qual tipo de massagem será realizada conforme a queixa e a necessidade, ou qual o
plano de tratamento que será elaborado para o cliente. Esse plano servirá como um guia,
caso haja necessidade poderá ser modificado ao longo das sessões. Para traçá-lo deve
ser levado em consideração alguns aspectos, como por exemplo: duração do tratamento;
frequência das sessões; técnicas que serão empregadas; recomendações e orientações.
Kavanagh (2010) frisa a importância de sempre realizar reavaliações no decorrer
dos atendimentos, com o intuito de atualizar as queixas e observar possíveis alterações que
podem ocorrer naquele organismo com o tempo, para assim poder proporcionar melhores
resultados.
UNIDADE II
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Sugere-se que o questionário da entrevista de anamnese seja anexado a
uma ficha de avaliação física e a um Termo de Consentimento Livre e Es-
clarecido (TCLE), com espaçamento para assinatura do paciente e a data
de avaliação, assim ficará claro que o paciente é responsável pelos dados
pessoais que forneceu e que conhece e está de acordo com o tratamento
proposto. (SIMÃO et al., 2018, p. 176).
SAIBA MAIS
“Ainda é possível incluir no questionário perguntas sobre seus hábitos diários, como,
por exemplo, qual é a modelagem das roupas que ela/ele usa regularmente, se utiliza
cosméticos drenantes ou lipolíticos diariamente, como funciona o trânsito intestinal e, se
já realizou algum procedimento estético anteriormente, que resultados obteve”
REFLITA
É interessante questionar como o cliente ficou sabendo da sua clínica ou dos seus
serviços e quais motivos ou queixas o levaram a procurar os seus serviços, a fim de
direcionar melhor seu marketing e poder cumprir as expectativas desejadas pelo cliente
(O autor).
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2. INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
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Fritz (2002, p. 631) cita algumas contraindicações sistêmicas e locais:
De acordo com Cassar (2001), algumas medidas de precaução devem ser conside-
radas para que o profissional consiga adequar a massagem ao tratamento e as finalidades
desejadas. Sendo elas:
UNIDADE II
I Requisitos
Introdução Importantes
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É importante salientar que deve-se manter sempre o diálogo e a transparência não só
com o cliente, mas com seu médico responsável também, pois em caso de dúvidas é acon-
selhável uma conversa prévia com o mesmo, evitando assim qualquer tipo de intercorrência.
SAIBA MAIS
“No momento do atendimento ao público, deve ser considerada, além dos requisitos de
saúde e segurança, a idade legal. Pessoas com idade abaixo de 18 anos poderão reali-
zar o tratamento apenas com a autorização dos pais ou responsáveis.”
UNIDADE II
I Requisitos
Introdução Importantes
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3. TÉCNICAS E MANOBRAS EMPREGADAS NA MASSOTERAPIA
técnicas têm ação terapêutica no tecido, facilitando permeação de ativos e agindo de forma a
em seguida da outra, com as mãos e os dedos em contato com grandes superfícies da pele.
manobra de primeiro contato do profissional com o cliente. Esse movimento gera aumento da
temperatura da pele e favorece o retorno venoso. Observe a Figura 4 (SIMÃO et al., 2019).
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FIGURA 4 – DESLIZAMENTO
FIGURA 5 – AMASSAMENTO
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Fricção: Realizada com as mãos ou com os polegares, com movimentos de
deslizamento e também movimentos circulares, com pressão suficiente para mobilizar
apenas o tecido superficial ou pressão mais profunda para estimular a liberação de tensões
musculares por exemplo, além de outras estruturas profundas, como os tendões. O atrito
ocasionado pelo movimento provoca hiperemia (vermelhidão) e aquecimento tecidual na
área massageada. Observe a Figura 6 (SIMÃO et al., 2019).
FIGURA 6 - FRICÇÃO
FIGURA 7 – VIBRAÇÃO
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Percussão: Normalmente esse movimento é empregado no final de uma massa-
gem, deve ser aplicado de maneira leve e com os punhos relaxados, o tecido é submetido
a pequenos golpes chamados de tapotagem, realizado com as mãos fechadas em formato
de concha, ou abertas com suas laterais. Também pode ser executada com as pontas dos
dedos realizando pinçamentos rápidos. Essa técnica ocasiona um maior fluxo nos capila-
res sanguíneos, melhorando a oxigenação do tecido e relaxando a musculatura. Também
provoca um efeito sonoro devido aos movimentos, mas não deve causar dor ou desconforto
ao paciente. A frequência deve ser rítmica e constante. Observar Figuras 8 e 9 (BORGES;
SCORZA, 2016).
UNIDADE II
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Rolamento ou pinçamento: Nessa manobra segura-se o músculo realizando o
rolamento com a ponta dos dedos. Se aplicado em um ritmo rápido produz um efeito revigo-
rante, já em ritmo lento há um efeito relaxante. Pode ser associada também a manobra do
pinçamento, segurando firme o músculo por alguns segundos, mas sem pressão excessiva
para não provocar dor ou lesionar o tecido. Essa técnica é eficaz para realizar a mobilização
de fibroses e melhorar a circulação. Observar Figura 10 (BORGES; SCORZA, 2016).
FIGURA 10 – ROLAMENTO
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4. COMPONENTES DA MASSAGEM
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A DURAÇÃO da massagem é outro fator muito importante, ela pode se referir ao
tempo de duração da sessão, 30 ou 60 minutos por exemplo, ou ao tempo completo do
tratamento, 1 mês, 2 meses, etc (BRAUN; SIMONSON, 2007).
A FREQUÊNCIA é um fator que também deve ser levado em consideração, ela se
reporta ao número de vezes que o método se repete em um determinado período de tempo,
podendo ser duas vezes por semana por exemplo, isso irá depender do tipo de massagem,
dos efeitos e resultados desejados (FRITZ, 2002).
Podemos citar também o MEIO, que indica os produtos cosméticos que podem ser
utilizados para facilitar o deslizamento das mãos do profissional na pele do cliente, mas
nem sempre devem ser utilizados. Há manobras que necessitam do contato direto. Os
meios mais utilizados são os óleos e os cremes.
De acordo com Fritz (2002, p. 292), “os óleos e cremes podem ser vegetais, mi-
nerais ou à base de petróleo (…) dê preferência aos produtos que sejam mais naturais e
evite usar substâncias petroquímicas e talco, porque muitas pessoas são alérgicas a essas
substâncias”.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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LEITURA COMPLEMENTAR
Introdução
A autoimagem corporal diz respeito à percepção da imagem que uma pessoa
tem do seu próprio corpo e dos sentimentos gerados por esta percepção 1. Trata-se de
um constructo que envolve crenças, representações, sentimentos, sensações, atitudes e
comportamentos relativos ao corpo. É fortemente condicionada por padrões sociais e esta
influência se prolonga por toda a vida, interferindo no comportamento, particularmente nas
relações interpessoais 1,2,3.
Nas últimas décadas, o expressivo aumento dos valores do índice de massa cor-
poral (IMC) parece ter contribuído para a insatisfação com a percepção do peso ou forma
corporal 1,3. Os resultados de um estudo realizado entre mulheres brasileiras sugerem
que a percepção do peso corporal influencia fortemente o comportamento alimentar, sobre-
pondo-se ao efeito do IMC medido 4. A imagem corporal também está relacionada com a
adoção de práticas de autocuidado, controle de peso, atividade física e com os transtornos
alimentares 1,3,4.
A escala de figuras de silhuetas 1,2,5 é uma das técnicas de avaliação da imagem
corporal, e é considerada bastante eficaz para avaliar o grau de satisfação com o próprio
corpo, definido a partir da diferença entre a percepção da forma e peso corporal atual, e
daquele que a pessoa gostaria de ter idealmente 2. Tem como vantagens adicionais o baixo
custo, a facilidade, rapidez no manuseio e a boa aceitação 1,5.
Trabalhos que avaliem adequadamente as qualidades psicométricas da escala de
silhuetas têm sido defendidos 6. A confiabilidade é etapa importante dessa avaliação, reflete
a qualidade da mensuração e a variabilidade do evento investigado, e deve ser medida de
acordo com a dinâmica ocorrida no processo de coleta dos dados de cada estudo 7. Quan-
do um mesmo instrumento utilizado em diferentes situações apresenta consistentemente
boa confiabilidade, tem sua “imanente qualidade” atestada 7.
A confiabilidade da escala de silhuetas foi medida em amostra de voluntários de
18 a 59 anos, da região de Ribeirão Preto e Mococa, interior do Estado de São Paulo, e
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apresentou resultados apenas de acordo com o sexo e estado nutricional em suas análises
1,5. A avaliação psicométrica, considerando pessoas com mais de 60 anos de idade e de
acordo com estratos de idade e níveis de escolaridade, um dos indicadores mais importantes
de posição socioeconômica, não foi avaliada anteriormente. Assim, o objetivo deste artigo é
apresentar as estimativas de confiabilidade teste-reteste da escala de silhuetas de avaliação
da autoimagem corporal segundo sexo, idade e escolaridade em uma subamostra dos parti-
cipantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) em seis capitais do país.
Métodos
O ELSA-Brasil 8 (aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa; CONEP
nº 13065) é um estudo multicêntrico envolvendo seis instituições de pesquisa, e tem como
objetivos principais determinar a incidência de doenças cardiovasculares e seus determinantes
biológicos e sociais. Fizeram parte da linha de base (2008-2010) 15.105 funcionários públicos
de 35 a 74 anos, que deverão ter o estado de saúde acompanhado por cerca de 15 anos.
O estudo de confiabilidade teste-reteste foi realizado em subamostra de participan-
tes do ELSA-Brasil que eram convidados a responder novamente ao questionário, aplicado
pelo mesmo entrevistador, no período de 7 a 14 dias após ter respondido pela primeira vez.
Foram estimados tamanhos amostrais que variaram entre 224 e 287 participantes (para o
conjunto dos Centros de Investigação), considerando-se cotas previamente estabelecidas
segundo sexo, idade e categoria profissional, definidas no ELSA-Brasil. A amostra final do
trabalho foi constituída por 281 participantes dos seis centros ELSA-Brasil.
A escala de silhuetas incluída no ELSA-Brasil, desenvolvida e validada por Kakeshi-
ta 1,5, é composta por duas perguntas: (1) Qual a figura que melhor representa o seu corpo
hoje?, e (2) Qual a figura que melhor representa o corpo que gostaria de ter? As respostas
eram fornecidas pela escolha de uma entre 15 silhuetas apresentadas em cartões indivi-
duais, dispostas em série ascendente, com variação progressiva na escala de medida da
figura mais delgada à mais larga, às quais correspondiam o IMC médio variando entre 17,5
e 47,5kg/m 1,5.
Consideraram-se valores médios de IMC correspondentes a cada figura proposta
1,5, cujas diferenças no teste e reteste foram testadas por meio de análise de variância
(ANOVA). Para as análises da confiabilidade dos escores das perguntas foi utilizado o
coeficiente de correlação intraclasse (CCI) estratificado por sexo, idade e escolaridade, e
respectivos intervalos de 95% de confiança. Os critérios de Landis & Koch 9 foram consi-
derados na avaliação dos níveis de estabilidade temporal: pobre < 0; fraca, de 0 a 0,20;
provável, de 0,21 a 0,40; moderada, de 0,41 a 0,60; substancial, de 0,61 a 0,80; e quase
perfeita, de 0,81 a 1,00).
UNIDADE II
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Os dados foram digitados de forma dupla e independente no programa Epi Info
(Centers for Disease Control and Prevention, Atlanta, Estados Unidos) e após a correção
de inconsistências as análises foram realizadas no programa SPSS, versão 18 (SPSS Inc.,
Chicago, Brasil).
Resultados
A amostra abrangeu proporção semelhante de homens e mulheres: 15,3% tinham
entre 35 e 44 anos; 37,4% entre 45 e 54; 35,2% entre 55 e 64; e 12,1% entre 65 e 74 anos.
Mais da metade deles tinham nível superior completo ou mais (54,4%); 31,3% tinham nível
médio completo e 13,5% dos participantes tinham nível fundamental.
As médias de IMC correspondentes às figuras em cada pergunta foram semelhan-
tes no teste e no reteste, tanto no cômputo geral quanto nos estratos de sexo, idade e
escolaridade (Tabela 1). No entanto, em cada estrato, as médias foram mais baixas na
pergunta relativa à representação do corpo que gostariam de ter quando comparadas às
médias de IMC do corpo atual, tanto no teste quanto no reteste (p < 0,001).
Todos os CCI ficaram acima de 0,80 (corpo atual e corpo que gostariam de ter). De
maneira geral, os valores foram mais baixos para a escala das figuras da representação
do corpo que gostariam de ter do que para o corpo atual. Não foram observadas variações
consistentes da confiabilidade segundo os estratos de escolaridade. Por outro lado, a con-
fiabilidade da informação fornecida pelas mulheres foi maior do que a dos homens. No item
“corpo atual”, a confiabilidade diminuiu na medida em que a idade aumentou. Além disso,
no item “corpo que gostaria de ter” identificou-se confiabilidade mais baixa entre os mais
velhos (65 a 74 anos de idade) e entre aqueles com idades entre 45 e 54 anos.
Discussão
Neste estudo, as informações a respeito da representação da autoimagem corporal
apresentaram níveis de confiabilidade quase perfeitos. Resultados semelhantes, utilizando
o mesmo instrumento, foram estimados em população do interior do Estado de São Pau-
lo 5, assim como, de forma semelhante aos nossos resultados, os autores identificaram
confiabilidade mais elevada entre as mulheres, refletindo entre elas maior regularidade na
preocupação com o próprio corpo, conforme já relatado em trabalhos anteriores 6.
Para ambos os sexos foram identificadas médias de IMC mais baixas no item que
se refere à representação do corpo desejado, comparado ao corpo atual. Esse resultado
confirma a extensa literatura da área 6 sobre o componente atitudinal da imagem corporal
que reflete a insatisfação corporal generalizada.
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I Requisitos
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Entre os idosos a confiabilidade foi mais baixa, no entanto, o instrumento não foi
delineado especificamente para esta faixa etária, cuja morfologia corporal pode ser diferen-
te. Assim, estudos adicionais sobre a confiabilidade da escala nesse grupo são desejáveis.
Análises que considerem diferentes estratos de gênero e cada centro de pesquisa
poderiam enriquecer os resultados. No entanto, não puderam ser realizadas em função
de limitações do tamanho amostral. Estudos em andamento complementarão a avaliação
psicométrica no que se refere aos aspectos da validade das informações sobre a imagem
corporal dos participantes.
Considerando-se a magnitude e amplitude do ELSA-Brasil e a importância dos coe-
ficientes de confiabilidade dos instrumentos utilizados, este trabalho contribui para a avalia-
ção da qualidade dos dados coletados. Além disso, apresenta pela primeira vez resultados
da confiabilidade da imagem corporal de acordo com estrato de idade e de escolaridade,
inclui população entre 60 e 74 anos de idade de seis cidades diferentes do país. Portanto,
amplia a avaliação da qualidade do instrumento, tanto geograficamente quanto em relação
à faixa etária e posição socioeconômica, tendo a escolaridade como seu indicador. Nesse
sentido, os resultados deste trabalho preenchem lacunas importantes na validação inicial
de um instrumento novo, dando mais garantia a outros pesquisadores brasileiros para que
possam utilizá-lo.
As mudanças ambientais e socioculturais das últimas décadas influenciaram o
quadro atual de prevalência da obesidade. Investigar o universo simbólico e os aspectos
subjetivos que ajudam a condicionar hábitos de vida, com destaque para os comportamen-
tos alimentares, é essencial para entender o complexo fenômeno da obesidade 1. Do ponto
de vista da confiabilidade, os altos coeficientes identificados no presente estudo sugerem
que a escala de figuras de silhuetas é um bom instrumento para essas investigações.
Assim, a incorporação desse instrumento em um estudo longitudinal como o ELSA-Brasil
representa um grande potencial de produção de conhecimentos em âmbito nacional para o
controle da obesidade, o que é particularmente relevante em um contexto de aumento da
sua prevalência.
UNIDADE II
I Requisitos
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: O corpo fala, a linguagem silenciosa da comunicação não
verbal
Autor: Pierre Weil e Roland Tompakow.
Editora: Editora Vozes; 74ª edição, 2015.
Sinopse: O livro tenta desvendar a comunicação não-verbal do
corpo humano, primeiramente analisando os princípios subterrâ-
neos que regem e conduzem o corpo. A partir desses princípios
aparecem as expressões, gestos e atos corporais que, de modos
característicos estilizados ou inovadores, expressam sentimentos,
concepções, ou posicionamentos internos. Acompanham 314
ilustrações.
FILME/VÍDEO
Título: Tutoriais em Estética
Ano: 2020.
Sinopse: Playlist composta por 3 videoaulas sobre FOTODOCU-
MENTAÇÃO. Canal do Youtube: Instituto Ricco Porto. Na primeira
aula Ricco Porto explica o que é fotodocumentação, quais são as
finalidades e os requisitos para a realização. A segunda aula da
playlist trás orientações e sugestões de como montar e organizar
o ambiente para a realização da documentação fotográfica, além
de dicas práticas sobre: Iluminação, posicionamento do cliente e
da câmera, enquadramento da foto, ângulo, elementos de distra-
ção, montagem, termo de uso da imagem e armazenamento. Na
terceira aula o professor sugere um programa para a montagem
da fotodocumentação e ensina como utilizá-lo. “Ricco Porto é
Esteticista e Cosmetólogo. Pós Graduado em Estética Facial e
Corporal, Gestão e Docência em estética, Educador, Pós gradua-
do em Docência do Ensino Superior. Mestrando em Educação.
Membro representante da Federação Mundial de Massoterapia
(World Massage Federation) desde 2014. Sendo a primeira es-
cola Brasileira com esse título. Docente em cursos de Estética e
Massoterapia, atuando como profissional dessas áreas há mais
de 17 anos. Palestrante Internacional em Workshops, Simpósios e
cursos. Diretor do Instituto Ricco Porto desde 2007.”
Link da Playlist: https://youtube.com/playlist?list=PLpxxx7R1N-
zpZ6h164IlVOAJkmY-sjVwhr
https://youtube.com/playlist?list=PLpxxx7R1NzpZ6h164IlVOA-
JkmY-sjVwhr
UNIDADE II
I Requisitos
Introdução Importantes
e História dapara
Massoterapia
a Realização da Massoterapia 40
UNIDADE III
Diferentes Tipos de Massagem
Professora Esp. Flávia Lugokinski Garcia de Morais
Plano de Estudo:
1. Massagem Relaxante;
2. Massagem Modeladora;
3. Drenagem Linfática Manual;
4. Ambientação;
5. Ergonomia.
Objetivos da Aprendizagem:
● Identificar tipos de massagem que podem ser realizadas com a
associação das técnicas, manobras e componentes;
● Compreender a organização do ambiente adequado para
realização de cada massagem;
● Reconhecer as posições ergonômicas
específicas do terapeuta.
41
INTRODUÇÃO
Agora que sabemos o que é anamnese, e como realizar uma boa avaliação, vamos
estudar especificamente sobre os tipos mais comuns de massagens utilizadas na área da
massoterapia.
Depois, iremos aprender o que é necessário para um atendimento de qualidade,
como preparar o ambiente para receber o cliente e conseguir pôr em prática as técnicas
aprendidas. Além de entendermos sobre as posições ergonômicas adequadas ao profissional.
REFLITA
Há casos de pessoas que têm muita sensibilidade e cócegas na planta dos pés, tenha
sutileza e firmeza ao mesmo tempo para realizar os movimentos, eles podem ser reduzi-
dos até o cliente ir se acostumando no decorrer das sessões, pois deve-se priorizar um
toque agradável e relaxante
(O autor).
SAIBA MAIS
(O autor).
Ou seja, a massagem modeladora é de fato uma ótima opção para ser utilizada
como coadjuvante nos tratamentos de FEG e gordura localizada, produzindo efeitos em di-
versos sistemas do organismo. Devendo ser empregada de forma correta para se alcançar
os inúmeros benefícios.
Para realizar a técnica deve-se utilizar um meio de contato, geralmente um creme
com princípios ativos, de acordo com a finalidade do tratamento (cânfora, mentol, nicotinato
de metila, cafeína, hera, etc). Pode ser utilizado apenas um creme neutro, mas a associação
de ativos e óleos essenciais intensificam os efeitos da massagem (RIBEIRO, 2010).
Lembrando sempre de ficar atento as contraindicações, por exemplo, se a pessoa
relatar queixa de edema (inchaço) e apresentar varizes em membros inferiores significa
que a circulação sanguínea está comprometida, nesses casos as manobras devem ser
suaves e superficiais, e de preferência optar pela técnica de drenagem linfática, e ainda,
antes de realizar consultar o médico responsável ou encaminhar a cliente para um médico
e verificar se a mesma pode ser submetida às massagens.
Dica importante: Sempre manter contato com o cliente durante a realização da massa-
gem. Por exemplo: se você está finalizando as manobras com deslizamento em uma
perna, já estabeleça contato com a outra sem perder a suavidade do toque e poder dar
início a sequência de manobras escolhidas
(O autor).
A drenagem linfática manual é uma técnica diferente das outras massagens que
abordamos até aqui. É um procedimento que requer um aprimorado conhecimento do sis-
tema linfático, tendo em vista que seu objetivo é imitar a fisiologia deste sistema.
As manobras devem ser realizadas de maneira leve (suficiente apenas para deslo-
car a linfa), superficial (pois a grande maioria dos nossos capilares linfáticos encontram-se
superficialmente) e sempre na mesma direção (para acompanhar o fluxo linfático). Ou seja,
observando os seguintes componentes principais: a pressão, o ritmo e a direção.
A drenagem linfática pode ajudar em muitos casos, além do combate ao edema
(inchaço), como por exemplo a acne e a rosácea, alterações estéticas comuns no cotidiano
do profissional da estética. Além de poder ser empregada também em casos de hematoma,
queimaduras, pós-cirúrgico, eritema solar, linfedema, sinusite, entre outros (SANCHES;
ELWING; 2014).
Entretanto, apesar de haverem inúmeras indicações, o profissional deve sempre
ficar atento na hora de avaliar previamente para compreender a real indicação da drena-
gem linfática, pois há casos que se faz necessário pedir autorização médica para poder
realizar a técnica.
Vasconcelos (2015, p. 91) destaca que: “para a aplicação da drenagem linfática
manual não se recomenda a utilização de cremes ou óleos. O ideal é que a técnica seja
realizada sobre a pele totalmente limpa. As mãos do terapeuta devem estar muito limpas e
secas a fim de realizar as manobras com precisão”.
Círculos fixos: Os movimentos são realizados de forma circular, com as mãos in-
teiramente estendidas sobre a pele do cliente, ou então, em áreas que isso não é possível,
posiciona-se apenas os dedos estendidos. A pele deve ser movimentada, deslocada, ou
seja, os dedos não deslizam sobre a pele. A pressão deve ser leve e intermitente. Pode ser
feita no rosto, cabeça, pescoço, mãos, pés, etc. E nas regiões de maiores concentrações
de linfonodos, para estimulação (LEDUC, A.; LEDUC, O., 2008).
Bombeamento: Para executar essa manobra deve-se tocar suavemente a pele do
cliente com toda a mão, nunca apenas com a ponta dos dedos, não deve ser exercida
pressão. O movimento deve empurrar delicadamente a pele para baixo e em seguida retirar
a pressão, bombeando assim, a linfa dentro dos linfonodos. O movimento deve ser repetido
de maneira gradual e lenta, várias vezes (FONSECA, 2010).
A qualidade do serviço será determinada pelo cliente não somente através da técni-
ca de massagem recebida, mas também pelo ambiente no qual será destinado à prática das
massagens. Ele deve transmitir uma sensação aconchegante, agradável e de bem-estar,
independente de qual técnica de massagem for utilizar.
Antes de chamar seu cliente e iniciar o atendimento certifique-se que está tudo
em ordem e não falta nenhum item em sua sala, travesseiro, almofada, lençóis, produtos
cosméticos, música, altura da maca, entre outros detalhes importantes, que serão utiliza-
dos e essenciais durante a sessão. A organização é crucial para a criação de conforto e
relaxamento do cliente (KAVANAGH, 2010).
Segundo Lidell e Thomas (2002), quanto mais acolhedor e confortável for o am-
biente da massagem, mais eficaz ela será. Veja abaixo alguns exemplos de ambientes:
FIGURA 9 – AMBIENTE 02
FIGURA 10 – AMBIENTE 03
REFLITA
(O autor).
Ilka Cavalcante França; Eliane Worona Akatsuka; Carolina Palma Leal; Marta Regina Figueiredo;
Fonte: Atas de Ciências da Saúde, São Paulo, Vol.4, N°.2, pág. 23-30, ABR-JUN 2016.
LIVRO
Título: Princípios da drenagem linfática
Autor: Michael Földi Roman H. K. Strößenreuther.
Editora: Editora Manole; 4ª edição, 2012.
Sinopse: Com inúmeros benefícios comprovados tanto no
campo estético quanto no terapêutico, a drenagem linfática
constitui uma técnica de massagem indicada para a pre-
venção e o tratamento de uma série de condições clínicas.
Este livro descreve como e por que as manobras de drenagem
linfática manual funcionam. Explicações claras, diversas ilustra-
ções e um projeto gráfico didático ajudam o leitor a compreender a
técnica e os fundamentos anatômicos e fisiológicos envolvidos em
todo o sistema linfático.
FILME/VÍDEO
Título: Massagem Relaxante nas costas
Ano: 2018
Sinopse: Vídeo aula demonstrando o passo a passo de uma
massagem relaxante nas costas. Canal do You Tube: Tratando de
Estética com Gabi Tuller.
“Com mais de 15 anos de carreira não somente como Profissional
da Estética mas como Professora Universitária, de Cursos Livres
e também de Pós-Graduação, sendo esta última atuando também
como Coordenadora, Gabriela Tuller, ou Gabi Tuller como é co-
nhecida, já lecionou para mais de 7 mil alunos”
Link do vídeo: https://youtu.be/nayXKqtYCpA
Plano de Estudo:
1. Gomagem e Esfoliação corporal;
2. Shantala;
3. Quick Massage;
4. Massagem Epicrânia.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conhecer técnicas e recursos manuais complementares, seus benefícios e de que
maneira podem ser aplicados, em associação ou isoladamente;
64
INTRODUÇÃO
O médico Fréderick Leboyer em uma de suas viagens à Índia, viu uma mulher
massageando no chão da rua o seu bebê, ela se chamava Shantala, por isso o nome da
técnica. Fréderick descobriu que era uma prática cultural, fazia parte do dia a dia e da rotina
das mães, assim como a amamentação (GONÇALVES, 2006).
Hoje a shantala é ensinada para as mamães e os papais em cursos preparatórios
durante a gestação. Ela tem o intuito de promover a aproximação e o fortalecimento do
vínculo dos pais com o recém nascido. A técnica também proporciona alívio de cólicas,
tensões, auxilia na melhora do sono, respiração, e proporciona equilíbrio físico e emocional
para o bebê e a mãe (BERNSMULLER, 2012).
A hora mais indicada para aplicar a técnica é antes do bebê dormir. O banho de
imersão também pode ser feito logo após, isso proporciona ainda mais o seu relaxamento
(BERNSMULLER, 2012).
Gonçalves (2006) também destaca os benefícios da shantala e salienta em relação
aos cuidados que devem ser tomados, devido a anatomia ser menor e estar em constante
desenvolvimento. O toque deve ser delicado, a pressão suave, e as manobras lentas. O
ambiente escolhido para a massagem deve ser bem aquecido, pois os bebês sentem mais
frio que um adulto.
REFLITA
(O autor).
Conhecida também como massagem craniana, tem como objetivo promover o alívio
de tensões e o relaxamento da musculatura. Pode ser realizada sozinha ou em associação
com outras técnicas de massagem. É muito recomendado para alívio de dores de cabeça,
enxaqueca, tensão e estresse.
Nessi (2015) relata que por meio do desbloqueio da tensão nas áreas da cabeça,
pescoço, ombro e braços há redução da ansiedade, melhora da insônia, alívio do estresse,
melhora da circulação sanguínea e promoção do relaxamento.
De maneira geral, podemos dizer que a massagem auxilia na oxigenação e nutrição
dos tecidos e das células, através do estímulo da circulação sanguínea.
A massagem epicrânia tem movimentos simples, derivados da massagem rela-
xante clássica, envolvendo principalmente as manobras de deslizamento, alongamento e
fricção no pescoço e nos músculos da região. Com enfoque também nas áreas auriculares
e temporais (PEREIRA, 2013).
A pressão comprime os tecidos moles e estimula as redes de receptores ner-
vosos. O estiramento aplica tensão sobre os tecidos moles e também estimu-
la as terminações nervosas receptoras. O uso dessas duas forças pode, por
meio da mudança dos vasos linfáticos e sanguíneos, afetar as circulações
capilar, venosa, arterial e linfática. Seus efeitos sobre a dor melhoram o siste-
ma nervoso, ocasionando efeito sedativo e relaxante, aumentando a circula-
ção sanguínea, estimulando a circulação linfática, melhorando a nutrição dos
tecidos musculares, aumentando a hemoglobina e os glóbulos vermelhos do
sangue e aumentando até 3 °C na temperatura, o que proporciona a melhora
da textura e da aparência da pele. (SIMÃO, 2018, p. 157 e 158)
Aline Vianna de Souza Lima; Bárbara Rondon Cherutte; Sara Oliveira Moura; Tatiane de
Freitas Pinheiro; André Leonardo da Silva Nessi
LIVRO
Título: Como e por que Massagear o Bebê: do Carinho às Técni-
cas e Fundamentos
Autor: Cláudia Marchetti Vieira da Cruz e Fátima Aparecida Caro-
mano.
Editora: Editora Manole, 2011.
Sinopse: Como e por que Massagear o Bebê apresenta os fun-
damentos e as técnicas dos diferentes métodos de massagem,
permitindo ao terapeuta aplicá-las e ensinar aqueles que lidam
diretamente com bebês e crianças. Mostra também o contexto
histórico e social em que as massagens foram criadas e são utili-
zadas e discute os efeitos fisiológicos e comportamentais produ-
zidos pela massagem.As autoras compartilham suas experiências
sobre a utilização deste recurso terapêutico de baixo custo, mas
de benefícios significativos para a saúde. Além disso, estimulam
os profissionais a desenvolver pesquisas voltadas ao ensino da
massagem. Nesse sentido, elaboraram um capítulo descrevendo
uma rotina de metodologia que utilizam.Com texto repleto de curio-
sidades científicas e descrições técnicas detalhadas e ilustradas,
este livro torna-se referência aos interessados pelo tema.
FILME/VÍDEO
Título: Massagem Epicrânia
Ano: 2013.
Sinopse: Vídeo aula demonstrando uma sugestão de aplicação
da massagem craniana.
Link do vídeo: https://youtu.be/d-Cj0k-Fzcc
Blog Gestão de Estética. Disponível em: gestaodeestetica.com. Acesso em: 10 Jun 2021.
77
DONATELLI, S. A Linguagem do Toque – Massoterapia Oriental e Ocidental. Rio de Janei-
ro: Grupo GEN, 2015. 9788527728119. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.
com.br/#/books/9788527728119/. Acesso em: 20 Jun 2021.
KAMIZATO, K. K.; BRITO, S. G. Técnicas estética faciais. São Paulo: Érica, 2014.
78
LEDUC, A.; LEDUC, O. Drenagem Linfática – Teoria e Prática. 4. ed. São Paulo: Manole,
2008.
MASSAGEM. In: Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Versão digital, 5ª edição, 2010.
NESSI, A. Massagem epicrânia: técnica da massagem aplicada para clínicas e SPAs para
o bem-estar. Revista Estética com Ciência, v. 1, n. 2, p. 43-45, 2015.
OLIVEIRA, F. R. Drenagem linfática. Porto Alegre : SAGAH, 2018. Disponível em: https://
integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788595025196. Acesso em: 10 ago 2021.
PEREIRA, Maria de Fátima Lima. Recursos técnicos em estética. 1. ed. São Caetano do
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SALGADO, A. S. I. Saúde integral: Fisioterapia corpo e mente. Escola de Terapia Manual
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SANCHES, O.; ELWING, A. Drenagem linfática manual: teoria e prática. São Paulo:
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SIMÃO, D. et al. Massoterapia. Porto Alegre, RS: Grupo S, 2018. 9788595026032. Dispo-
nível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595026032/. Acesso em:
19 Jun 2021.
WOOD, E. C.; BECKER, P. D. Massagem de Beard. 3.ed. São Paulo: Manole, 1984.
80
CONCLUSÃO GERAL
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81
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