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6670 – Promoção da Saúde

MANUAL
Curso: Técnico/a de Cozinha/Pastelaria
Nível 4

Formadora: Enfermeira Lúcia Meireles


ÍNDICE

PROMOÇÃO DA SAÚDE ............................................................................................................. 4


Evolução do conceito de saúde ................................................................................................... 4
Definição de saúde ...................................................................................................................... 4
Medidas de promoção da saúde .................................................................................................. 5
Tipos de saúde ............................................................................................................................. 5
Promoção da saúde - conceito ..................................................................................................... 6
Promoção da saúde - organismos ................................................................................................ 6
ALIMENTAÇÃO RACIONAL E .................................................................................................. 8
DISTÚRBIOS ALIMENTARES .................................................................................................... 8
Anorexia ...................................................................................................................................... 8
Sinais de alerta da anorexia ......................................................................................................... 8
Consequências da anorexia ......................................................................................................... 9
Tratamento da anorexia ............................................................................................................... 9
O que é a bulimia? ...................................................................................................................... 9
Consequências da bulimia ......................................................................................................... 10
Tratamento da bulimia .............................................................................................................. 10
Transtorno de compulsão alimentar .......................................................................................... 10
Obesidade .................................................................................................................................. 12
Medidas para prevenir e combater a obesidade ........................................................................ 12
A CONTRACEPÇÃO................................................................................................................... 14
O que é a contracepção?........................................................................................................... 14
Métodos contraceptivos ............................................................................................................ 14
AS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS........................................................... 18
Ist: o que são? ........................................................................................................................... 18

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INTRODUÇÃO

Este Manual, foi realizado no intuito da formação do curso de técnico de restauração/


Pastelaria, com a designação de Promoção da Saúde, com duração de 25 horas.
O presente manual tem como finalidade fomentar os conteúdos programático
abordados ao longo do módulo, para posterior utilização em caso de dúvidas e em
situações da vida real.
Também deverá ser analisado pelo formando como suporte teórico de apoio às aulas e
posterior avaliação sumária do módulo em questão.

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Promoção da Saúde

Evolução do conceito de Saúde

Analisando os últimos séculos da nossa história, especialmente o período de cem


anos, verificamos como tem variado o conceito de saúde.

Até ao século XIX, quando se desconheciam as causas de muitas patologias, quando


os médicos dispunham de meios bastante limitados para curar as doenças ou, mesmo,
para combater o sofrimento, quando o desespero se instalava perante a impotência
para impedir o agravamento das situações, não admira que a saúde e a doença fossem
aceites em função de boa ou má sorte, numa atitude fatalista.

Os serviços de saúde, públicos e privados, estavam estruturados para atender os


doentes e responder às necessidades da população em termos de doença.

Primeiramente, a “saúde” era entendida como “ausência de doença”, tendo o médico,


como agente.

O centro das atenções era a patologia em si, o controle da sua evolução e o retorno ao
estado de não doença eram os objectivos de todas as actividades (Goldim, 2002). A
doença era inversamente, conceituada como “falta ou perturbação da saúde”, embora
sendo conceitos simplistas, eles são muito usados.

Definição de Saúde

 A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “um estado de


completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções
e enfermidades”.

Principais fatores que influenciam a saúde

 Fatores individuais ( idade, sexo, genética e comportamentos);


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 Comportamentos/estilos de vida;
 Consumo de tabaco, alcóol e drogas, hábitos
alimentares, higiene, exercício físico, horas de
sono, stress.

Medidas de promoção da saúde

 Hábitos individuais e saúde (alimentação equilibrada, higiene corporal, prática de


exercício físico)
 Melhorias das condições de higiene e salubridade (ambiente propício à saúde)
 (recolha e o tratamento dos resíduos sólidos, habitações que assegurem as
condições de salubridade, eliminação dos focos de contágios, medidas anti-
sépticas, tratamento e distribuição de água potável…)
 Ordenamento do território
 Campanhas de vacinação
 Rastreios

Tipos de Saúde

Física – A atividade física e o desporto é essencial para a nossa saúde e bem-estar.


Atividade física adequada e desporto para todos constituem um dos pilares para um
estilo de vida saudável, a par de alimentação saudável, vida sem tabaco e o evitar de
outras substâncias prejudiciais à saúde.
Emocional – A maneira como lidamos com nossas emoções tem um impacto muito
grande na nossa saúde física e mental.
Social – A comissão homónima da Organização Mundial da Saúde (OMS) adopta uma
definição mais curta, segundo a qual os Determinantes Sociais de Saúde (DSS) são as
condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham.
Espiritual – Exemplo: de acordo com um estudo do Instituto Nacional de Saúde dos
Estados Unidos, as pessoas que preservam algum tipo de religiosidade vivem, em
média, 29% mais. Os médicos observaram melhoras em casos de depressão, stress,
doenças do coração, pressão alta, infertilidade e até de diversos tipos de câncer.

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Promoção da saúde - conceito
A definição da promoção de saúde conduz-nos antes de mais a um conceito muito
importante que é o conceito de saúde. Para melhor percebermos o seu conceito,
olhemos para a definição dada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta define
saúde, como “o bem-estar físico, mental e social, mais do que a mera ausência de
doença…”. Esta definição vai, por isso, contra os conceitos de saúde, muitas vezes,
enraizados nos indivíduos, que assumem que estar saudável é apenas não apresentar
qualquer doença.
Neste sentido, a promoção de saúde deve ser encarada de uma forma ampla. Ou seja,
promover a saúde é muito mais que efetuar a mera prevenção de doenças.
Promover a saúde é não só melhorar a nossa condição de saúde, mas também
melhorar a nossa qualidade de vida e o nosso bem-estar. Contudo, como veremos
adiante, a prevenção de doenças é indubitavelmente um dos pilares essenciais da
promoção da saúde.
A palavra “prevenção” surge no contexto da promoção da saúde, como um conjunto
de atitudes que devemos tomar por antecipação, de modo a evitar determinados
acontecimentos. Ou seja, surge no sentido de “precaução” ou de evitar determinados
riscos.
Neste sentido, a prevenção e promoção de saúde surgem também associadas à
mudança de atitudes de modo a efetuar uma eficaz prevenção de doenças.
 Exemplo:
Um determinado indivíduo efetua uma alimentação rica e equilibrada, efetua exercício físico de
forma regular e procura tomar atitudes assertivas, procurando levar uma vida saudável. Este
individuo tem uma atitude correta que lhe permite efetuar prevenção de doenças.
A probabilidade deste indivíduo vir a sofrer de hipertensão arterial ou diabetes, por exemplo, é
reduzida. Outro indivíduo, pelo contrário, tem uma alimentação desregrada e leva uma vida
sedentária. A probabilidade deste indivíduo vir a padecer de hipertensão arterial ou diabetes é
consideravelmente superior. Na presença da doença, este individuo vai ver aumentado o seu
risco de morte prematura, vai ter custos acrescidos com a medicação e outros tratamentos
médicos, vai ver reduzida a sua qualidade de vida, etc. A aposta na prevenção do primeiro
indivíduo tem claramente múltiplos benefícios.

Promoção da saúde - organismos


 O estado, através dos seus organismos nacionais ou regionais podem e devem
criar planos que comtemplem ações concretas que visem melhorar a condição
de saúde das populações.

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 Estes planos devem ser elaborados tendo por base o conhecimento das
principais doenças que afetam uma determinada população.
 Por exemplo, se numa dada região as pessoas morrem mais por enfarte, então
devem ser tomadas medidas no sentido da sua prevenção. Podemos criar, por
exemplo, um plano para fazer chegar informação à população alertando para os
perigos da tensão arterial elevada (um dos fatores com forte influência na
doença), entre outras medidas que se julguem adequadas.

Ações de promoção da saúde no local de trabalho são também de capital


importância.
 A produtividade dos trabalhadores nas empresas e organizações está
diretamente relacionada com a sua qualidade de vida e com a sua saúde mental
e física.
 O stress no trabalho, por exemplo, é hoje em dia um fator preocupante nas
empresas e organizações. Levar a cabo programas de promoção de saúde que
permitam combater este flagelo é de capital importância.
 flexibilização dos horários de trabalho e do local (como o teletrabalho por
exemplo);
 formação contínua;
 alargamento de tarefas e rotatividade (nos casos de trabalhos repetitivos),
 incentivos ao bom ambiente de trabalho,
 melhorias na ergonomia, melhorias nas condições das instalações,
 incentivo à alimentação saudável nas cantinas das empresas,
 incentivos à prática de exercício físico,
 formação e ajuda no combate ao stress,
 incentivo ao abandono do tabaco,.

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ALIMENTAÇÃO RACIONAL E
DISTÚRBIOS ALIMENTARES

A anorexia e a bulimia são as formas mais comuns de distúrbios alimentares e podem


ter consequências graves. É essencial saber identificar os primeiros sintomas e agir.

Anorexia

Um doente anorético submete-se voluntariamente a um jejum prolongado para perder


peso. Cria uma imagem completamente distorcida de si próprio, que o faz querer
sempre perder mais peso, mesmo que pese menos que o peso recomendado para a
sua altura. Um doente anorético tem uma grande preocupação com a imagem e cultiva
um ideal de beleza que se centra na magreza.

As causas da anorexia são desconhecidas, embora se pense que possa existir uma
combinação de fatores biológicos, psicológicos e ambientais. Crê-se que a mutação de
determinados genes pode tornar algumas pessoas mais suscetíveis à anorexia e que a
serotonina, um dos químicos cerebrais envolvidos na depressão, pode ter um papel no
desenvolvimento da doença. Outros fatores que aumentam o risco de desenvolver
anorexia são: pertencer ao sexo feminino (a anorexia é mais frequente nas mulheres),
a idade (adolescentes/jovens adultos), ter familiares em primeiro grau que tenham tido
anorexia, estar numa fase de transição (mudança de escola, de casa),
estudar/trabalhar num meio competitivo e/ou que os ideais de beleza, associados à
magreza e boa forma física, estejam muito presentes.

Sinais de alerta da anorexia

Perda dramática de peso.


Recusa em comer.
Não admitir que se tem fome.
Preocupação constante com temas relacionados com o peso, comida e calorias.
Prática excessiva de exercício físico.
Sintomas de depressão.
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Evitar o convívio com amigos habituais e atividades em grupo.

Consequências da anorexia

A anorexia provoca carências nutricionais que provocam secura da pele e


enfraquecimento capilar. Outros sintomas incluem tonturas, anemia e alterações
hormonais como o cessamento da menstruação, nas mulheres e a impotência sexual,
nos homens. Alguns doentes desenvolvem osteoporose, problemas de estômago, do
fígado e dos rins. No limite, a anorexia pode conduzir à morte por infeções
generalizadas.

Tratamento da anorexia

Envolve um plano multidisciplinar e abrangente que envolve acompanhamento médico,


terapia psicossocial, aconselhamento nutricional e, em certos casos, a toma de
medicação. A terapêutica tem como objetivo que o doente retome, de forma gradual e
progressiva, comportamentos alimentares normais, recupere peso e que a sua
autoestima aumente.

O que é a bulimia?

A bulimia caracteriza-se por episódios recorrentes de compulsão alimentar, seguidos


de comportamentos compensatórios para impedir o aumento da massa corporal, tais
como o vómito, uso de laxantes, diuréticos e outros medicamentos, jejuns prolongados
e prática excessiva de exercício físico.

A causa exata da bulimia é desconhecida. No entanto pensa-se que ter familiares em


primeiro grau que tenham tido distúrbios alimentares, problemas
psicológicos/emocionais, entre outros fatores, aumente o risco de se desenvolver esta
doença. Tal como acontece em relação à anorexia, julga-se poder existir uma causa
genética para a bulimia, assim como um possível envolvimento do químico cerebral
serotonina. Ser do sexo feminino (onde a bulimia é mais frequente), estar na
adolescência ou ser adulto jovem constituem outros fatores de risco, em que se
incluem também a pressão social e entre atletas.

Sinais de alerta da bulimia


Oscilações de peso.
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Cáries dentárias.
Agressividade e/ou isolamento social.
Alteração do horário das refeições.
Idas frequentes à casa de banho durante ou após a refeição (para vomitar).
Cicatrizes e calos nas mãos (causados por se provocar o vómito).
Obsessão pelo exercício físico.

Consequências da bulimia

A bulimia pode causar anemia e distúrbios hormonais. É comum a distensão do


estômago, lesões no esófago, irritação crónica na garganta e inchaço nas mãos e nos
pés.

Tratamento da bulimia

Pode implicar a combinação de várias terapêuticas como, por exemplo, a psicoterapia


associada à toma de fármacos antidepressivos. Geralmente envolve uma abordagem
multidisciplinar que abrange o doente e a família deste, o médico que o acompanha,
assim como aconselhamento nutricional e psicológico.

Os distúrbios alimentares são doenças do âmbito do psicológico que alteram a


perceção que a pessoa tem do seu corpo e imagem. A anorexia e a bulimia são as
patologias mais comuns e têm consequências bastante graves. Estes doentes
dificilmente admitem que têm um problema, por isso é importante que amigos e
familiares estejam atentos a possíveis sintomas.

Transtorno de Compulsão Alimentar

A compulsão é dos distúrbios alimentares mais comuns. Pode ser visto em pessoas
que perdem o controle sobre o consumo de alimentos. Ao contrário da bulimia e
anorexia nervosa, as pessoas com transtorno compulsivo, após os períodos de
compulsão alimentar, não seguem comportamentos compensatórios (como exercício
físico excessivo ou jejum).

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É comum os pacientes geralmente terem sobrepeso ou obesidade. O fator preocupante
é que eles são as pessoas com maiores riscos de desencadear doenças
cardiovasculares e pressão arterial elevada.

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Obesidade

A obesidade ocorre quando o número de calorias


ingerido é superior ao gasto: quando tal sucede, as
calorias são armazenadas no organismo sob a
forma de massa gorda, podendo vir a afetar toda a
saúde.
A regra essencial é manter o gasto calórico do
corpo igual ou superior à quantidade de calorias ingeridas.

Medidas para prevenir e combater a obesidade

1. Siga as proporções recomendadas pela Roda dos Alimentos


Pratique uma dieta equilibrada e variada, rica em legumes, cereais integrais, fruta e
peixe. Reduza os alimentos com açúcar e as gorduras saturadas, presentes sobretudo
nas gorduras processadas industrialmente (hidrogenadas), carnes vermelhas,
manteiga, e lacticínios gordos.

2. Aprenda a conhecer os alimentos e os nutrimentos


Quando ingere um alimento, procure saber que tipo de nutrientes está a fornecer ao
seu organismo. Não precisa de transformar-se num “conta-calorias”, mas é importante
ter a noção de que certos alimentos são mais calóricos do que outros.
Aprenda sobretudo a detectar as calorias escondidas nos alimentos pré-cozinhados ou
processados industrialmente(muitas vezes sob a forma de gorduras invisíveis).

3. Coma cada 3 a 4 horas


Comendo várias vezes ao dia não tem demasiada fome quando chega à refeição
seguinte. Coma porções suficientes para se sentir saciado. Use o seguinte truque:
comece as refeições principais com uma sopa de legumes, sem batata. Para além de
conter água, muitas vitaminas e sais minerais, ajuda a saciar a sensação de fome. Isto
evita a ansiedade que certas dietas de emagrecimento podem causar.

4. Mantenha uma actividade física regular

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Escolha uma actividade que lhe dê prazer e inclua-a na sua rotina, de preferência
diária. A regularidade é importante. Sempre que possível, ande a pé nas suas
deslocações e privilegie o contacto com a natureza com pequenos passeios ou
caminhadas ao ar livre.

5. Emagrecer e manter um peso saudável


Muitas pessoas conseguem perder peso em tempo recorde. No entanto, o mais comum
é que estas “dietas relâmpago” resultem, pouco tempo depois, no inverso: a
recuperação do peso, acompanhada, frequentemente, de um aumento superior ao
peso original.
Se tem excesso de peso, procure ser acompanhado por um médico ou nutricionista e
estabeleça metas razoáveis para a sua dieta .Tão importante como emagrecer é
manter um peso saudável ao longo do tempo.

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A CONTRACEPÇÃO

Conteúdos:

1. O que é a contracepção?
A contracepção é o método que previne ou reduz deliberadamente a probabilidade de
uma mulher engravidar.

2. Métodos contraceptivos
Métodos Naturais:
 Método da temperatura - Mede-se a temperatura basal do corpo
(temperatura em estado de repouso) todas as manhãs antes de se levantar.
Esta temperatura baixa antes de o óvulo ser libertado e aumenta ligeiramente
(menos de 1ºC) depois da ovulação. Portanto, o casal abstém-se do coito
desde o início da menstruação até pelo menos 48 a 72 horas depois do
aumento da temperatura basal.
 Método do calendário - Anotando o dia em que surge a menstruação,
durante uns meses, é possível calcular a altura da ovulação.
 Método do muco cervical - A mulher pode ter relações sexuais com um
baixo risco de conceber desde o fim do seu período menstrual até observar o
aparecimento de uma maior quantidade de mucosidade cervical. A partir desse
momento deve evitar o coito até 4 dias depois de ter verificado a quantidade
máxima (pico) de mucosidade.
 Coito interrompido - este método contraceptivo o homem retira o pénis da
vagina antes da ejaculação, que é o momento em que o esperma é libertado
durante o orgasmo. Este método não é fiável devido ao facto de poder sair
esperma antes do orgasmo.

Métodos de barreira:
 Preservativo - Se forem utilizados correctamente, os preservativos
proporcionam uma protecção considerável contra as doenças de transmissão
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sexual, como a SIDA, e evitam certas alterações pré-cancerosas nas células do
colo uterino.
 Diafragma - Deverá ser sempre utilizado um creme ou gelatina
anticoncepcional juntamente com o diafragma, como prevenção no caso de
este sair do lugar durante a relação sexual. O diafragma é colocado antes do
coito e deverá deixar-se durante pelo menos 8 horas, mas nunca mais de 24.
Se se repetir o coito enquanto o diafragma está colocado, acrescenta-se mais
espermicida dentro da vagina para aumentar a eficácia.
 Espermicidas - As espumas, os cremes, os geles e os supositórios
vaginais são aplicados na vagina antes do coito. Contêm um espermicida e
constituem também uma barreira física para o esperma. Nenhum tipo de
espuma ou de supositório é mais eficaz do que outro.
 DIU - Actualmente existem dois tipos de dispositivo. Um deles liberta
progesterona e deve ser substituído todos os anos. O outro, que liberta cobre,
é eficaz durante pelo menos 10 anos. Apesar de, geralmente, o dispositivo se
colocar dentro do útero durante a menstruação, na realidade pode ser colocado
em qualquer momento do ciclo menstrual, sempre que a mulher não esteja
grávida.
 Pílula - Contêm hormonas (uma associação de progestagénio e de
estrogénio ou apenas um progestagénio), que impedem que os ovários
libertem óvulos (ovulação) e mantêm o muco cervical espesso para que o
esperma não o possa atravessar com facilidade. Estas pílulas são
administradas uma vez por dia durante três semanas, suspendem-se durante
uma semana para permitir que apareça o período menstrual e, depois, começa-
se outra vez.
Quando não se deve tomar a pílula?
Contra-indicações Absolutas:
 Gravidez
 Hemorragia genital anormal sem diagnóstico conclusivo
 AVC, doença arterial cerebral ou coronária, tromboflebite e doença
 Predispondo a acidentes tromboembólicos
 Neoplasia hormonodependente
 Doença hepática crónica ou em fase activa, tumor hepático
 Tabagismo em idade >35 anos
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Contra-indicações Relativas:
 Aumento do nível de açucar nos sangue
 Tensão alta
 Depressão grave
 Cefaleia grave, tipo enxaqueca
 Epilepsia e outras doenças cuja terapêutica possa interferir com a pílula

Esterilização. Tipos de esterilização.


Esterilização Masculina - Vasectomia – A vasectomia é o corte ou o bloqueio
dos canais deferentes no homem, impedindo assim a saída dos espermatozóides na
ejaculação.
Esterilização Feminina - Laqueação de trompas – É o corte ou o bloqueio das
trompas de Falópio na mulher, que impede que o óvulo seja “encontrado” pelos
espermatozóides.

Preservativo Feminino
Indicado em mulheres que:
 Necessitam de anticonceptivo imediato
 Necessitam de um método temporário, enquanto aguardam iniciar outro
método
 Não podem usar métodos hormonais
 Estão a amamentar e necessitam de anticonceptivo
 Desejam protecção contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis e
cujos parceiros não aceitam usar o preservativo masculino.
Implantes contraceptivos:
São cápsulas plásticas que contêm progesterona
Evita que os ovários libertem óvulos e que o esperma penetre na espessa
mucosidade cervical
Inserem-se sob a pele da parte interna do braço, acima do cotovelo
Depois de anestesiar a zona, é feita uma pequena incisão e, mediante uma
agulha, implanta-se
È um contraceptivo reversível de longa duração
Contracepção de Emergência:
Como obter:
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Com receita médica nas farmácias, passadas pelo médico (de família, ginecologista ou
outro);
Venda livre nas farmácias
Nas consultas de planeamento familiar;
Nos centros de saúde;
Através dos CAJ (centro de apoio ao jovem);
Serviços de urgência
Como tomar:
Fazer a toma de dois comprimidos logo que possível, no espaço máximo de 72h.

3. Onde se pode recorrer para pedir ajuda?


o Centro de saúde:
o Consulta de enfermagem de Planeamento familiar para tomada de
decisão
o Consulta de PF Médica para prescrição/encaminhamento para
Ginecologista
o Consulta de Ginecologia

4. Planeamento familiar: o que é?


O planeamento familiar é a tentativa de controlar o número de filhos e o tempo que
deve decorrer entre o nascimento de cada um.
5. Consulta ginecológica
A consulta ginecológica faz parte da rotina de cuidados de saúde de qualquer jovem /
mulher. É um espaço em que se pode tirar dúvidas, aprender a cuidar de si e realizar o
exame ginecológico. Regularmente, mesmo que nunca tenha tido relações sexuais,
para prevenção das doenças especificas da mulher. Quando decidir iniciar as relações
sexuais, a jovem / mulher deve ir anualmente a uma consulta onde poderá discutir a
contracepção e iniciar o exame de rastreio de possíveis infecções do colo do útero;
Sintomas para procurar um ginecologista:
 Quando existem alterações nos ciclos menstruais, na palpação da mama
ou nas características das secreções vaginais (corrimento);
 Quando aparecem caroços. Vermelhidão, prurido ou ardores na área
genital ou nódulos nas mamas;

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 Quando notar alterações físicas que indiquem estar a aproximar-se da
menopausa.
Exercícios:
Manipulação dos diferentes métodos contraceptivos
Referências Bibliográficas:
Aldrighi, J. M.; Petta C. A. Anticoncepção - Aspectos Contemporâneos. Belo
Horizonte: Editora Atheneu, 2005. p. 121-128.
Andrade, Rosires Pereira et al. Contracepção Promoção da Saúde Sexual e
Reprodutiva. Revinter: Rio de janeiro, 2000, 287 p.
Andrade, Rosires Pereira et al. Laquedura Tubária e Ruschel, S. B. ; Ceresér, K.
M. M.Anticoncepcionais Orais. in RBM-GO, vol. IX, n.º 4, outubro de 1998, p. 164-175

AS INFECÇÕES SEXUALMENTE
TRANSMISSIVEIS

Conteúdos:
1. IST: o que são?
São causadas por vírus, bactérias e parasitas e transmitidas por relações sexuais.
2. Quem pode ser infectado pelas IST?
Qualquer pessoa sexualmente activa pode estar em risco de contrair doenças
sexualmente transmissíveis.
3. Quais são os sinais e sintomas das IST?
 corrimento genital
 dor ao urinar
 inchaço genital
 inflamação
5. Tipos de IST
 Condilomas - A infecção pelo Papilomavirus Humano (HPV) é a origem
dos condilomas.
 Herpes genital - lesões vesiculares nos órgãos genitais externos, aumenta
o risco de cancro do colo do útero e o contagio dá-se por contacto sexual,
e pode contagiar o feto.

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 Sífilis - Inicialmente são úlceras genitais que não curam. Posteriormente
lesões na pele e mucosas, contagio por contacto sexual e via placentária.
Provoca lesões no sistema circulatório e nervoso. Malformação ou morte
do recém-nascido
 Cancro mole - Úlceras dolorosas que se não forem tratadas as lesões
podem crescer e tornar-se muito difíceis de tratar.
 Gonorreia - Inflamação do colo do útero, transtornos menstruais, uretrite
no homem, secreção amarelada .Provoca : H - esterilidade. M -inflamação
da pélvis, esterilidade e possível cegueira do recém -nascido.
 Clamídia - Corrimento acinzentado, espumoso, com cheiro a peixe. Nos
homens, dor ao urinar. Artrites. Infecções nos olhos, pele e boca.
 Tricomoníase - provoca ardor, comichão, fluxo vaginal amarelo. Infecção
urinária na mulher e no homem.
 SIDA - Este vírus ataca as células responsáveis pela protecção do corpo
a infecções destruindo o sistema imunológico. É esta falta de protecção
que leva à morte devido a doenças oportunistas. O VIH pode ser
transmitido pelo sangue, sémen e outros fluidos humanos. Também é
possível o contágio durante o sexo oral.
6. Como prevenir as IST?
 uso de preservativo
 não partilhar utensílios que possam estar contaminados com sangue ou
sémen
 fale sobre as IST com o seu parceiro
7. Tratamento para quem foi infectado pelas IST?
Neste momento o tratamento consiste numa combinação de três elementos retrovíricos
de forma a atacar o HIV em diferentes fases da sua replicação.
8. O que significa resultado negativo e positivo no teste Anti-HIV?
O VIH é diagnosticado através de testes que detectam a presença de anticorpos no
sangue. A detecção de anticorpos no sangue pode não ser possível mesmo após 6
meses da infecção

9. Algumas ideias erradas sobre as IST


 A pílula protege contra doenças sexualmente transmissíveis - FALSO

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 a SIDA é uma doença contagiosa é uma VERDADE, mas que seja
transmitida através de picada de insecto é puro MITO.
 Que todas as pessoas estão expostas ao vírus da SIDA é VERDADE,
mas casais heterossexuais não, é puro MITO.
Exercícios:
Discussão sobre SIDA: transmissão e prevenção. Esclarecimentos de dúvidas.
Referências Bibliográficas:
PORTO, C.C. - Semiologia médica. Rio de Janeiro, Edit. Guanabara-Koogan,
2000.

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