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PÚBLICA
UNIDADE 1
1. ORIGENS E ESTRUTURA DO ESTADO
1.1 O ESTADO
A sociedade humana, após tentar inúmeras formas de regular seu relacionamento, desenvolveu
a figura do Estado, um ser abstrato, porém com maiores poderes do que qualquer indivíduo.
Delimitado em um território, formado por um povo, e politicamente organizado como um
governo, o Estado é figura instituída na história recente da humanidade, que promete manter-se no tempo,
haja vista ser a forma mais eficiente que a civilização encontrou para possibilitar a convivência em sociedade.
A despeito da existência do germe do Estado nas cidades-estados dos sumérios, egípcios e gregos,
o termo “Estado” apenas aparece como unidade de soberania na obra clássica de Niccolo Machiavelli, em
1513, denominada de “O Príncipe”.
A ele, o Estado, incumbiu a tarefa de manter a ordem social e empenhar esforços para a melhoria
do bem comum. Para tanto, foi-lhe outorgado o poder de exigir o cumprimento das regras formuladas por
seus representantes, mesmo que para isto seja necessário o uso da força.
Nessa vertente, Arthur Machado Paupério (1992, p.32) reforça em seu livro intitulado,
Introdução ao Estudo do Direito que: “O Estado é a maior e a mais importante das sociedades de ordem
temporal, abarcando todos os outros grupos naturais, cujos interesses, subordinados ao bem comum,
procura defender e promover”.
Por sua vez, José Roberto Dromi, citado na obra de José Carlos de Oliveira (1997, p.41),
Concessões e Permissões de Serviços Públicos, assevera: “[...] a noção de serviço público está intimamente
ligada com a razão de ser do Estado: a persecução do bem comum”.
Aliás, a promoção do bem comum tem previsão legal na própria Constituição da República
Federativa do Brasil (1988), no inciso IV, do artigo 3º, estando entre os princípios fundamentais, com o
seguinte texto legal:
Constituição da República Federativa do Brasil (1988), inciso IV, do artigo 3º
Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
[...]
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação; [...]
Entretanto, Jean Jaques Rousseau (2002, p.99) em seu manuscrito, Do Contrato Social, no
decorrer do século XVIII (1757), já declarava:
Enquanto muitos homens reunidos se consideram como um só corpo, sua
vontade é uma, a conservação comum e o bem de todos; as molas do Estado são
vigorosa e simples, seus ditames, claros e luminosos, não há interesses
intrincados e contraditórios, evidente se mostra em toda parte o bem comum.
Por sua vez, o filósofo clássico Aristóteles (2002, p.191) em sua obra clássica, “A Política”,
abordou sobre os governantes, ponderando que desses não exigiam:
[...] uma virtude superior às humanas, nem a uma educação que requeira
aptidões e recursos especiais, nem a uma constituição política formada a gosto,
por assim dizer, porém a uma maneira de viver que possa ser a da maioria.
Como visto, cabe ao Estado, por meio de seus administradores, nos três poderes (Executivo,
Legislativo e Judiciário), o poder-dever de atuar em defesa dos direitos d
e seu povo, de forma individual e coletivamente, visando o cumprimento efetivo de seu papel.
1.2 OS TRÊS PODERES
A Constituição Federal da República Federativa do Brasil (1988) declara, no artigo 2º, que são
poderes da União: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Entretanto, Montesquieu, citado na obra de Petrônio Braz (1999, p.49), assevera que: “[...] o
poder do Estado é exercido através das funções legislativa, administrativa (executiva) e jurisdicional”.
Essa divisão de poderes possui como objetivo maior a manutenção da ordem social, e o
desenvolvimento do Estado em busca do bem de seu povo.
Todavia, embora em funções diferenciadas e independentes, esses três poderes (Executivo,
Legislativo e Judiciário) precisam estar harmônicos, completando-se mutuamente nas responsabilidades
sociais.
Nesse sentido, cada um possui também atribuições administrativas, prestando serviços públicos.
Assim, os três poderes se relacionam com os cidadãos por meio de seus órgãos, de contato direto ou indireto,
para a consecução de seus objetivos.
E, segundo a visão de Lafayette Pondé (1995, p.214): “[...] toda discussão relativa ao poder se
associa a um debate sobre seu controle”.
Serviços essenciais
Muito se tem discutido, especialmente no Judiciário, acerca de serviços públicos essenciais,
estando pacificado que esses tipos de serviços não podem ser interrompidos.
Contudo, há de se discordar do conceito de essencialidade aplicado pela maioria, pois do ponto
de vista do indivíduo, não se pode medir a importância de determinado serviço apenas por sua relevância
coletiva. Ou seja, mesmo não fazendo parte do rol de serviços essenciais definidos pelas fontes do direito,
todos os demais serviços operados pelos órgãos públicos podem ser essenciais ao cidadão em determinado
momento.
A não obtenção de uma certidão, de uma autorização, ou qualquer outra chancela do poder
público, por exemplo, pode resultar em prejuízo à pessoa. Prejuízo não só de ordem material, mas, acima de
tudo, transtornos emocionais e psíquicos, de valores inestimáveis.
O controle da atuação do Estado, pelos cidadãos, possui vários alicerces na Constituição Federal
de 1988, em especial, no art. 37, §3º.
Na versão original, este dispositivo previa que:
“As reclamações relativas à prestação de serviços públicos serão disciplinadas em lei.”
Por ser previsão tão vaga e subjetiva a Emenda Constitucional nº 19, de 05 de junho de 1998,
felizmente modificou o parágrafo 3º do artigo 37 da Constituição Federal (1988), lançando uma fagulha de
esperança sobre a proteção dos direitos dos usuários dos serviços públicos, remetendo a questão a ser
disciplinada por meio de lei complementar.
Na nova versão, assim foi firmado:
“Art. 37...
...
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração
pública direta e indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral,
asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação
periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos
de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de
cargo, emprego ou função na administração pública.”
E vale comemorar que, da Emenda 19 (1998) pra cá, houveram grandes avanços.
Três leis trataram, em momentos diferentes, desses três assuntos. Não exatamente na ordem do
parágrafo.
Vejamos:
Direito de Acesso à Informação (inciso II)
Primeiro, foi o inciso II, que assegura o acesso dos usuários a registros administrativos e a
informações sobre atos de governo.
A Lei Federal 12.527/2011, denominada popularmente de LAI – Lei de Acesso à Informação,
garantiu detalhadamente este direito, definindo formas e critérios.
Qualquer ato administrativo que não atender ao interesse público estará sujeito, à anulação por
desvio de finalidade. Observe que o desvio de finalidade por parte dos agentes públicos constitui modalidade
de abuso de poder.
É em decorrência deste princípio que temos o concurso e a licitação.
É um princípio ligado ao da isonomia (igualdade de direitos para todos).
III - Moralidade
É atuar com ética, com honestidade, com integridade de caráter e boa conduta.
O ato administrativo não terá que obedecer somente à lei jurídica, mas também à lei ética da
própria instituição, porque nem tudo que é legal é honesto, como já diziam os romanos: non omne quod licet
honestum est (DI PIETRO, 2001).
IV - Publicidade
É a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos externos. Um ato,
mesmo regular, precisa da publicação para produzir efeitos no mundo jurídico.
É um princípio que visa não somente a divulgação oficial dos seus atos, mas, também, propicia o
conhecimento da conduta interna de seus agentes. Além de dar efeito aos atos administrativos, assegura
efeitos externos, pois leva ao conhecimento e controle pelos interessados diretos e pelo povo em geral,
através de meios constitucionais, como ação popular, mandado de segurança, direitodepetição, habeasdata.
V - Eficiência
Surgiu na Constituição Federal Brasileira (1988) pela Emenda de 19 de junho de 1998, e foi
inserida no art. 5º do texto legal.
Por esse princípio, a Administração Pública deverá investir na qualidade dos serviços públicos,
escolhendo bem e capacitando seus servidores, para exigir deles a realização com competência de suas
atribuições, para melhor aplicação do dinheiro público e melhores atendimentos à população
(contribuintes).
Planejamento
A Administração Pública deve realizar o planejamento, e indicar diretrizes e metas que deverão
orientar a ação governamental.
Para os demais entes da Federação (Estados, Distrito Federal e Municípios), mesmo não se
submetendo a esse Decreto-Lei, deverá se submeter às normas gerais de Planejamento, que são a Lei
Orçamentária Anual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, e o Plano Plurianual de Investimento.
O Planejamento básico da Administração está previsto na Constituição Federal (1988) em seus
artigos 165 a 169, na Lei Complementar 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), e na Lei nº 4.320/64 (Lei
da Contabilidade Pública).
Coordenação
O princípio da coordenação visa entrosar as atividades da Administração Pública. O objetivo é
harmonizar todas as atividades da Administração Pública, submetendo-as ao que foi planejado.
De aplicação permanente, a coordenação impõe-se a todos os níveis da Administração Pública,
por meio das chefias individuais, de reuniões de que participem as chefias subor- dinadas e de comissões de
coordenação em cada nível administrativo.
Delegação de Competência
Nesse princípio, as autoridades da Administração Pública transferem atribuições decisórias a seus
subordinados.
Controle
O controle das atividades administrativas da Administração Pública é um dos meios pelos quais
se exercita o poder hierárquico.
Desta forma, temos um órgão superior controlando um órgão inferior.
Descentralização
No sentido jurídico-administrativo, descentralizar significa repassar para a outrem poderes da
Administração.
É a existência de uma pessoa distinta do Estado, a qual, investida nos necessários poderes de
administração, exercita atividade pública ou de utilidade pública.
O ente ou entidade descentralizada age por outorga ou por delegação. Exemplos: convênios,
concessões, permissões e autorizações.
O administrador deverá medir sempre a proporção entre seus atos, e respectivas razões e
consequências. O uso da força pelo Estado é denominado de COERÇÃO.
Não confundir com COAÇÃO, que é o constrangimento físico ou moral para alguém praticar
algum ato.
No entanto, a COERÇÃO deverá ser proporcional a cada caso.
A desproporção nos atos do administrador poderá gerar, entre outras irregularidades, a do abuso
de poder.
Princípio da Motivação
É o dever que a Administração tem de justificar seus atos.
O administrador só poderá acionar a máquina pública, desde que exista motivo legal para tanto.
Presunção de Legitimidade
Os atos da Administração Pública presumem-se legítimos até que se prove o contrário.
Especialidade
Está associado à descentralização administrativa e à criação de entidades da administração
indireta: autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas.
Tutela
É o controle feito pela Administração Pública Direta sobre as entidades da Administração Pública
Indireta.
Autotutela
É o poder da Administração Pública de revogar ou anular seus próprios atos.
Enquanto que o art. 30 aponta quais as competências dos Municípios, destacando que eles
poderão “suplementar a legislação federal e a estadual no que couber” (inciso II).
Vale convir que em outros dispositivos avulsos da Constituição Federal, pode-se identificar
competências que sejam exclusivas de apenas um dos entes, de forma direta ou por interpretações
jurisprudenciais.
Ressalte-se porém, que a Constituição Federal alertou a todos os entes, do que lhes é proibido:
“Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter relações de dependência ou aliança com eles ou seus
representantes, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.”
Estas, são as chamadas cláusulas pétreas.
Estrutura funcional
Como dito antes, a Administração Pública Direta possui em sua estrutura organizacional, os órgãos
responsáveis pela sua atuação.
Tais órgãos, instituídos com nomenclaturas diversas mas seguindo a técnica recomendada, realizam
tanto atividades-meio quanto as atividades-fins daquele ente, em conformidade com as demandasde cada época.
São os Ministérios, Secretarias, Departamentos, Coordenações, Gerencias, Diretorias, Divisões, Serviços, Setores,
etc.
Os próprios órgãos também poderão ser definidos como de meios, quando oferecem condições à
Administração Pública para ela agir em operações, planejamento, instrumentalização e definição das ações a
serem realizadas.
Ou como órgão de fins, se atuar na realização das ações.
Para realizar suas ações, a Administração Pública utiliza trabalhadores denominados Servidores
(efetivos, comissionados e temporários), ou terceiros, investidos em funções de agentes públicos designados
(como os Conselheiros) ou contratados (como motistas, vigilantes, zeladores, etc.).
Utilizando também, a estrura dos bens públicos e suas rendas. Destas, as rendas, trataremos mais
adiante.
Concernentemente aos bens, conceituando-se-lhes de forma simples e inteligível, pode-se afirmar
que são eles que servem de instrumento para a concecussão do fim buscado: interesse público.
Tais bens são materiais ou imateriais, utilizados na promoção das atividades, como por exemplo, o
veículo automóvel que serve como ambulância, ou o edifício onde se localiza o posto de saúde.
Na primeira divisão, eles são os bens públicos móveis e os imóveis.
Os bens públicos móveis são em grande número de itens, tipos e formas. Vão desde a caneta até o
avião. Enquanto que os bens públicos imóveis, estão assim divididos:
DE USO ESPECIAL: um dos próprios da Administração, como uma escola
DE USO COMUM DO POVO: tais como estradas municipais, ruas, parques
DOMINIAIS: propriedade pública sem uso, sem destinação, disponível
UNIDADE 2
1. ESTRUTURA DO SISTEMA POLÍTICOBRASILEIRO
II II - facultativos para:
a) os analfabetos;
Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital,
efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua
vigência.
E deste capítulo sobre os direitos políticos na CF, podemos extrair as seguintes conclusões:
INSTRUMENTOS POLÍTICOS
1º VOTO:
- Direito (o povo escolhe sem intermediário...).
- Secreto (é sigiloso, ninguém sabe em quem).
- Universal (para ricos, pobres, mulheres...)
- Periódico (de tempo em tempo...vitalício não).
Obs: Cláusula pétrea – Art. 60, §4º, II, da CF (não pode ser retirado da Constituição Federal):
2º PLEBISCITO:
- Iniciativa do Congresso Nacional.
- Forma e Sistema de Governo.
- Pergunta para o povo e, se houver concordância, faz a LEI.
3º REFERENDO:
- Iniciativa do Congresso Nacional.
- Exemplo: Desarmamento.
- Faz a lei, depois pergunta para o povo se concorda com sua aplicação.
4º INICIATIVA POPULAR:
- O povo poderá propor a criação de leis.
Previsto no art. 14 da Constituição Federal (inciso III), a Iniciativa Popular é estendida aos
Municípios, pelo inciso XIII, do art. 29:
Ressaltando que a Lei Complementar 64/90 (Lei das Inelegibilidades) atendeu essa
determinação constitucional, fixando outros casos que levam à inelegibilidade, que é a condição impeditiva
de ser votado.
Direito à Reeleição
Conforme dispõe o art. 14...
[...]
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.
Origem
Na Grécia e Roma antigas, dava-se o nome de partido a um grupo de seguidores de uma ideia,
doutrina ou pessoa. Mas foi só na Inglaterra, no século XVIII, que se criaram pela primeira vez, instituições
de direito privado, com o objetivo de congregar partidários de uma ideia política: o partido Whig e o
partido Tory.
De fato, a ideia de organizar e dividir os políticos em partidos se alastrou muito, no mundo
todo, a partir da segunda metade do século XVIII, e, sobretudo, depois da revolução francesa e da
independência dos Estados Unidos.
Até porque, a partir daí, a própria percepção da natureza da comunidade política se transforma
dramaticamente.
Partidos no império
O historiador José Murilo de Carvalho foi enfático em dizer que “até 1837 não se podia falar em
partidos políticos no Brasil”.
O primeiro programa partidário foi redigido em 1864 (pelo Partido Progressista).
Partidos ideológicos
Depois da Primeira Guerra Mundial, ficou a influencia do comunismo (sociedade igualitária, sem
divisão de classes, propriedades e produção são comuns a todos) e o fascismo (comando por grupos
autoritários).
Em 1922, foi fundado o Partido Comunista Brasileiro (PCB), liderado por Luís Carlos Prestes. Dez
anos depois, em 1932, foi à vez da fundação da Ação Integralista Brasileira (AIB), inspirada no Movimento
Fascista italiano e no Movimento da Falange espanhola, comandada pelo chefe Plínio Salgado.
Ambos os partidos, em momentos diferentes, tentaram depor o regime de Getúlio Vargas por
meio de um golpe. O PCB foi o principal articulador da frente denominada ANL (Aliança Nacional
Libertadora).
A ANL foi responsável pela fracassada Intentona Comunista, de 27 de novembro de 1935. A ABI
assaltou o Palácio da Guanabara, em 12 de maio de 1938, para derrubar o governo do Estado Novo que os
excluíra do poder. Colocados na ilegalidade pelo decreto de 02 de dezembro de 1937, somente retornaram
à vida política ao final da Segunda Guerra Mundial. O PCB ainda teve uma pálida atuação no Governo
Goulart (1961-64), e os ex-integralistas, acobertados pela sigla do PRP (Partido da Representação Popular),
fizeram sua última aparição na ditadura do Presidente Médici (1969-1973).
Governabilidade:
• Estabilidade política;
• Bom governo das coisas;
• Desígnios de governo;
• Administração pública.
Muitos governantes abriram (e abrem) mão da representatividade, para manter a
governabilidade. Essa estratégia de sobrevivência adotada por muitos políticos de vulto, de evitar crises
políticas graves que pudessem enfraquecer de modo irreparável o poder das elites. Por isto, os partidos
políticos passaram a ter pouca confiança por parte da população brasileira em geral. Daí, haver uma
preferência dos eleitores por indivíduos, por homens confiáveis, por “salvadores”, mas não por programas
partidários ou ideológicos.
Regras partidárias
A Constituição Federal de 1988 rege sobre os partidos, anunciando a liberdade de criação e
funcionamento, porém, impondo regras e critérios em consonância com a legislação pátria,
para que eles existam dentro de parâmetros que não firam demais direitos eliberdades:
“Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo,
os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes
preceitos:
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo
estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura
interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos
permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para
adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições
majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária.
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da
lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao
rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que
alternativamente:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três
por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos
válidos em cada uma delas; ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo
menos um terço das unidades da Federação.
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º
deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do
mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação
considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de
acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.”
E para as minúcias regulamentares, o Legislativo Federal aprovou a Lei nº 9.096 (Lei dos
Partidos Políticos), em 1995, definindo, entre outros, os seguintes rumos:
Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a
assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema
representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição
Federal.
Parágrafo único. O partido político não se equipara às entidades para estatais.
(incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
[...]
Art. 3º É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua estrutura
interna, organização e funcionamento.
§ 1º. É assegurada aos candidatos, partidos políticos e coligações autonomia
para definir o cronograma das atividades eleitorais de campanha e executá-lo
em qualquer dia e horário, observados os limites estabelecidos em lei.
(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.831, de 2019)
§ 2º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir o prazo de
duração dos mandatos dos membros dos seus órgãos partidários permanentes
ou provisórios.
(Incluído pela Lei nº 13.831, de 2019)
§ 3º O prazo de vigência dos órgãos provisórios dos partidos políticos poderá
ser de até 8 (oito) anos.
(Incluído pela Lei nº 13.831, de 2019)
§ 4º Exaurido o prazo de vigência de um órgão partidário, ficam vedados a
extinção automática do órgão e o cancelamento de sua inscrição no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).
(Incluído pela Lei nº 13.831, de 2019)
Art. 4º Os filiados de um partido político têm iguais direitos e deveres.
[...]
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei
civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
[...]
Art. 13º. Tem direito a funcionamento parlamentar, em todas as Casas
Legislativas para as quais tenha elegido representante, o partido que, em cada
eleição para a Câmara dos Deputados obtenha o apoio de, no mínimo, cinco por
cento dos votos apurados, não computados os brancos e os nulos, distribuídos
em, pelo menos, um terço dos Estados, com um mínimo de dois por cento do
total de cada um deles. (Vide Adins nºs 1.351-3 e 1.354-8)
[...]
Art. 18º. Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deverá estar filiado ao
respectivo partido pelo menos um ano antes da data fixada para as eleições,
majoritárias ou proporcionais.
[...]
Art. 24º. Na Casa Legislativa, o integrante da bancada de partido deve
subordinar sua ação parlamentar aos princípios doutrinários e programáticos e
às diretrizes estabelecidas pelos órgãos de direção partidários, na forma do
estatuto.
[...]
Art. 26º. Perde automaticamente a função ou cargo que exerça, na respectiva
Casa Legislativa, em virtude da proporção partidária, o parlamentar que deixar
o partido sob cuja legenda tenha sido eleito.
[...]
Art. 38º. O Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos
(Fundo Partidário) é constituído por:
I - multas e penalidades pecuniárias aplicadas nos termos do Código Eleitoral
e leis conexas;
II - recursos financeiros que lhe forem destinados por lei, em caráter
permanente ou eventual;
III - doações de pessoa física ou jurídica, efetuadas por intermédio de depósitos
proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos
Deputados. (Incluído pela Lei nº 12.875, de 2013) (Vide ADI-5105)
Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II, serão desconsideradas as
mudanças de filiação partidária em quaisquer hipóteses.
2. ARRECADAÇÃO PÚBLICA
Por sua vez, a Lei 4.320/64, que regula a Contabilidade Pública, divide a receita em dois tipos
distintos:
Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas:
Receitas Correntes e Receitas de Capital.
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas - tributária, de contribuições,
patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as
provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de
direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas
classificáveis em Despesas Correntes.
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie,
de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado, destinado a atender despesas classificáveis em
Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.
Pode ser classificada também como receita orçamentária e extra orçamentária (cauções,
fianças, depósitos para garantia, consignações em folha de pagamento, retenções na fonte, salários não
reclamados, operações de crédito por antecipação de receita-ARO e outras operações assemelhadas).
Ou seja:
Além de gastar bem, o setor público deve observar se aquele gasto é o mais adequado dentre
todos os imaginados, para o fim específico. E analisar, também, se aquele fim específico é relevante e
prioritário.
Pensando assim, o legislador foi evoluindo nas regras obrigatórias aos gestores públicos, para
exigir-lhes o planejamento das receitas e despesas, vinculadas a um orçamento prévio. Por isto, como dito
anteriormente, a Administração Pública está vinculada ao “Princípio do Planejamento”. E esse
planejamento deverá ser prévio, de um ano para o outro. De cada gasto, centavo por centavo.
E para planejar os gastos, por óbvio que deverá iniciar com o planejamento das entradas
financeiras (arrecadação-receita), mensurando como e quanto irá arrecadar no exercício seguinte.
Com isso, a espinha dorsal do orçamento público, ou seja, a sustentação principal do
planejamento orçamentário é formada pelo binômio, denominado receita-despesa.
Atualmente no Brasil, os 4 (quatro) entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios) estão submetidos orçamentariamente ao trio de leis específicas, que vinculam de onde virão e
para onde vão as entradas financeiras, e a aplicação dos recursos financeiros públicos.
E seguindo as regras contábeis, cada ente da federação elabora um desmembramento no
orçamento próprio, para a manutenção dos 03 (três) poderes naquela esfera: Executivo, Legislativo e
Judiciário.
Definindo igualmente, o volume da arrecadação e dos gastos, tanto na forma geral quanto na
forma específica (individual) a cada tipo.
São eles:
O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual
(LOA). Cada uma delas possui forma própria, mas todos estão entrelaçados, de maneira a completar-se.
O PPA é o planejamento de 04 (quatro) anos; a LDO e a LOA apontam os rumos sempre para o
próximo exercício (por ano).
A fundamentação jurídica (base legal) para a legislação orçamentária está na Lei 4.320/64 (arts.
2º a 8º e 22 a 33), na Constituição Federal de 1988 (art. 57 e do 165 a 169), na LRF - Lei de
Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000, art. 4º e 48), no Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001, art. 44),
na NBCT 16 - Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, e na Legislação de cada ente
federativo.
Acesse : https://www.youtube.com/watch?v=z0PoLMrvcjQ
4. GESTÃO DE RECURSOS FINANCEIROS
Para fechar o ciclo geral da gestão financeira no setor público, ela está submetida à prestação
de contas aos órgãos competentes do controle externo.
Seguindo a evolução social humana, sobretudo após a identificação da figura do estado
moderno (povo, território, governo e soberania), a exigência de os governantes ou particulares dar
satisfação aos contribuintes sobre o uso e aplicação dos recursos públicos (financeiros e de bens) tem
crescido mais e mais.
Já na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, elaborada e aceita por muitos povos na
era da Revolução Francesa (1789), consta essa exigência: “Art. 15 – A Sociedade tem o Direito de pedir
conta a todo agente público de sua administração.”
E a Constituição Federal do Brasil de 1988 determina que:
Art. 70...
[...]
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,
pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou
que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
4
As atividades e projetos devem estar associados a um produto – que é um bem ou um serviço
ofertado pelo setor público. Esse produto deve ser quantificado fisicamente por intermédio da “meta da
ação” que por sua vez obrigatoriamente define meta física e financeira.
Segundo Medeiros (2001), baseado na metodologia de elaboração do PPA, a consistência da
construção de um programa será garantida se atender os seguintes requisitos:
Conter objetivo claro e preciso, que esteja alinhado estrategicamente aos objetivos do Governo
e aos objetivos setoriais. Referir-se expressamente ao problema ou demanda que se quer solucionar ou
atender. Ser passível de mensuração por um ou mais indicadores. Ser compatível com os recursos
disponíveis. Atender a uma relação consistente entre causa e o efeito, entre o problema a resolver e o
objetivo do programa e entre as metas das ações e a evolução esperada dos indicadores. Possuir escala e
complexidade passíveis de gerenciamento eficaz.
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2. ESTRUTURA PROGRAMÁTICA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
2.1 PROGRAMA
Para atender à necessidade de organizar todas as ações do Governo e diante da
impossibilidade, de se alocar determinadas despesas aos programas finalísticos, quatro tipos de programa:
Programas Finalísticos
São programas que resultam em bens e serviços ofertados diretamente à sociedade. Seus
atributos básicos são: denominação, objetivo, público-alvo, indicador (es), fórmulas de cálculo do índice,
órgão (s), unidades orçamentárias e unidade responsável pelo programa. O indicador quantifica a situação
que o programa tenha por fim modificar, de modo a explicitar o impacto das ações sobre o público alvo.
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2.2 ATIVIDADES E PROJETOS
Os projetos e as atividades são os instrumentos orçamentários de viabilização dos programas,
aos quais está associada ideia de produto (bens ou serviços). O Orçamento por programas pressupõe um
ciclo produtivo bem definido que está sendo objeto de orçamentação. Assim, tanto a atividade quanto o
projeto, conceitualmente, envolvem um conjunto de operações que têm como resultado um produto:
Projeto
Instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um
conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão
ou aperfeiçoamento da ação do Governo.
Atividade
Instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um
conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto
necessário à manutenção da ação de Governo. A distinção entre projetos e atividades pressupõe a
mensuração da capacidade de atendimento em bens e serviços. Sem essa mensuração, a distinção entre
projetos e atividades perde o sentido. É preciso conhecer o nível de atendimento quantitativo atual
(atividade) para diferenciar o que é agregado (projeto).
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3. CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
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Você sabia que as classificações orçamentárias podem indicar o estágio de avanço da técnica
orçamentária adotada?
Veja-se, a respeito, a ideia seguinte sobre essa questão:
Ainda com base nas classificações utilizadas em um determinado processo
orçamentário, é possível identificar o estágio da técnica adotada. Assim, um
orçamento que se estrutura apenas com a informação de elemento de despesa
ou objeto de gasto (o que será gasto ou adquirido), além, naturalmente, do
aspecto institucional, caracteriza um orçamento tradicional ou clássico. Por
apresentar somente uma dimensão, isto é, o objeto de gasto, também é
conhecido como um orçamento unidimensional; já o orçamento em que, além
do objeto de gasto, encontra-se presente a explicitação do programa de
trabalho, representado pelas ações desenvolvidas (em que serão gastos os
recursos),corresponderia a um orçamento bidimensional, também conhecido
como orçamento de desempenho ou funcional; e o orçamento tridimensional
seria aquele que agregaria ao tipo anterior uma outra dimensão, que seria o
objetivo da ação governamental (para que serão gastos os recursos), o que
tipifica um orçamento-programa.
As despesas e receitas públicas podem ser classificadas de acordo com vários aspectos. O
propósito destas classificações, como indicado até aqui, é facilitar sua avaliação, antes, durante e depois da
sua execução/realização. Ao mesmo tempo em que permitem certa padronização, as classificações da
despesa propiciam a obtenção de informações que são fundamentais à análise do gasto público. De forma
semelhante, as classificações da receita contribuem para sua compreensão, tornando mais clara sua
procedência e sua destinação, facilitando também a sua previsão. A seguir, vamos apresentar algumas das
classificações mais úteis na elaboração dos orçamentos públicos, especialmente para o da União.
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Estrutura Programática
Algumas modificações foram estabelecidas na classificação da despesa até então vigente. A
chamada Reforma Gerencial do Orçamento trouxe algumas práticas simplificadoras e descentralizadoras
que foram adotadas com a finalidade de privilegiar o aspecto gerencial dos orçamentos.
A reforma em questão prevê que cada nível de governo passará a ter a sua estrutura
programática própria, adequada à solução dos seus problemas, e originária do seu plano plurianual. Assim,
não há mais sentido falar-se em classificação programática, mas sim em estruturas programáticas
diferenciadas de acordo com as peculiaridades locais. Como já foi visto, os programas servem de ligação
entre o planejamento e o orçamento, evidenciando, por intermédio das ações que o constituem, os bens e
serviços que dele resultam.
Classificação Institucional
Esta classificação permite identificar o programa de trabalho do Governo segundo os Poderes,
Órgãos e Unidades Orçamentárias - UO. A ideia principal do classificador é identificar a responsabilidade
institucional pelo gasto. A classificação institucional está presente nos documentos orçamentários e nos
atos relativos à execução da despesa. O Plano de Contas é a peça fundamental para identificar todos os
códigos atualizados.
Classificação Funcional
O modelo atual de classificação funcional foi também introduzido pela reforma gerencial do
orçamento, no ano de 2000. Seu escopo principal é a identificação das áreas sem que as despesas ocorrem.
Em sua lógica, há uma matricialidade, ou seja, as subfunções poderão ser combinadas com funções
diferentes daquelas a que estejam vinculadas. A classificação funcional (por funções e subfunções) serve
como um agregador dos gastos do Governo, evidenciando a programação a partir de grandes áreas de
atuação governamental.
Por ser de uso comum e obrigatório para todas as esferas de governo, este classificador
permite a consolidação nacional dos gastos do setor público. Neste mesmo sentido, podem-se formular
estatísticas que evidenciem as linhas gerais na destinação dos recursos públicos. A partir destas
informações, pode-se ficar sabendo qual o nível de gastos com a função cultura ou segurança por exemplo,
ou o nível de gastos com a subfunção meteorologia ou habitação rural.
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Também é possível levantar estas informações associadas a um determinado espaço
administrativo (região, estado ou município), de modo obter-se conclusões relevantes, como o nível de
gastos com a subfunção Educação de Jovens e Adultos na Região Norte. A classificação funcional está
representada em 5 dígitos.
Os dois primeiros dizem respeito à função, que pode ser traduzida como o maior nível de
agregação dos diversos espaços de atuação do setor público. A função guarda relação com a missão
institucional do órgão. Já os três dígitos seguintes, referem-se à subfunção. Esta pode ser entendida como
uma partição da função, não se restringindo à área de atuação do órgão, ficando associada à própria
característica da ação, isto é, ao seu espaço de contribuição.
Esta independência de conceitos entre a função e subfunção produz uma dinâmica interessante
na classificação funcional. Embora sejam possíveis estas combinações, de um modo geral as subfunções
combinam-se com as funções típicas de sua área ou setor. Veja-se a tabela de funções e subfunções:
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Os esquemas seguintes ilustram a questão das classificações quanto à natureza da despesa.
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Figura 3. Ilustrações sobre a classificação orçamentária (continua)
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4. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Como se viu, por intermédio da elaboração orçamentária estima-se a receita e fixa-se a despesa
para um determinado exercício. Depois de elaborada, consolidada, aprovada, sancionada e publicada, a
LOA permite que os recursos nela previstos sejam aplicados com vistas ao alcance dos objetivos e metas
definidos na fase de programação. A partir daí, começa a fase de execução dos orçamentos.
A execução dos orçamentos requer uma série de providências de natureza orçamentária e
financeira. Pode-se dizer que essas providências são atos de maior ou menor formalidade que ocorrem
durante a Execução Orçamentária e Financeira. Neste tópico, serão apresentados os principais aspectos da
Execução Orçamentária da Execução Financeira, além de seus termos de integração.
Créditos adicionais
Durante a execução do orçamento, os créditos inicialmente aprovados pela LOA podem revelar-
se insuficientes para realização dos programas de trabalho, ou pode ocorrer a necessidade da realização de
despesa não autorizada inicialmente. Assim, a LOA poderá ser alterada no decorrer de sua execução por
meio de créditos adicionais. Os créditos adicionais são autorizações de despesa não computadas ou
insuficientemente dotadas na lei do Orçamento, e apresentam-se em três espécies: especiais,
extraordinários e suplementares.
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Créditos especiais
São os destinados a despesas, para as quais não haja dotação orçamentária específica, devendo
ser autorizados por lei, sendo que sua abertura depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer
à despesa precedida de exposição justificada.
Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício em que forem autorizados,
salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reaberto nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente. O
ato que abrir crédito especial indicará a importância e a classificação da despesa, até onde for possível.
Créditos extraordinários
São os destinados a despesas urgentes e imprevistas, como em caso de guerra ou calamidade
pública, conforme art. 16763 CF/88.Serão abertos por Medida Provisória, no caso federal, e por decreto do
Poder Executivo para os demais entes, dando imediato conhecimento deles ao Poder Legislativo. Os
créditos extraordinários não poderão ter vigência além do exercício em que forem autorizados, salvo se o
ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos
nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente.
Créditos suplementares
São os destinados a reforço de dotação orçamentária. A LOA poderá conter autorização ao
Poder Executivo para abertura de créditos suplementares, até determinada importância ou percentual,
sem a necessidade de submissão do crédito ao Poder Legislativo. Os créditos suplementares terão vigência
adstrita ao exercício em que forem abertos. O ato que abrir crédito suplementar indicará a importância e a
classificação da despesa, até onde for possível.
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O SIAFI dispõe, ainda, da figura do pré-empenho, que permite reservar parte do crédito
orçamentário a ser utilizado após a conclusão do processo licitatório, quando for o caso.
A liquidação é o estágio que consiste na verificação do direito adquirido pelo credor com base
nos títulos e documentos devidamente atestados, que comprovem a entrega do material ou a prestação do
serviço. A formalização da liquidação dá-se com a emissão da Nota de Lançamento - NL.
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O inciso II do art. 59 da Lei Complementar nº. 101, de 04 de maio de 2000, dispõe que é
responsabilidade do Controle Interno a fiscalização dos limites e condições a inscrição em Restos a Pagar.
Em análise simples ao dispositivo da lei, podemos contatar o seguinte:
condições para inscrever em restos a pagar = despesa empenhada;
limites para inscrição em restos a pagar = existência de disponibilidade financeira por fonte
de recursos
Desta forma a Controladoria Geral, deverá regulamentar por meio de Instrução Normativa as
regras para inscrição de restos a pagar por fonte de recurso como segue o anexo abaixo:
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Anulação e Cancelamento de Restos a Pagar
A princípio podemos afirmar que a anulação se aplica mais ao rompimento do compromisso
assumido (rescisão contratual), quando ao cancelamento se dá por ato da administração, como, por
exemplo, a insuficiência de recursos.
Assim, o cancelamento dos empenhos ou sua anulação envolve o cancelamento do negócio, aí
sendo necessária a análise dos fundamentos jurídicos e da formalização do ato rescisório, nas hipóteses em
que coubesse.
Caso não estivessem empenhados, não há cogitar-se qualquer hipótese de anulação ou
cancelamento. Também é regra que empenhos processados (liquidados) não caberiam o cancelamento,
somente a anulação caso o produto não atender os padrões contratados (isso verificado depois da
liquidação) e for devolvido.
O cancelamento ou baixas de restos a pagar ocorrem pelas seguintes razões: pagamento,
prescrição, conversão em dívida fundada ou outras razões apuradas em processo formal.
Por Decreto do Chefe do Executivo deverá ser determinado à instauração de processo
administrativo para anulação do montante dos saldos de empenhos de exercícios anteriores, inscritos em
restos a pagar, que ainda não foram liquidados ou reclamados. Deverão ser cancelados os empenhos
emitidos a partir de 01 de maio do exercício anterior, não liquidados, caso não houver disponibilidade
financeira na fonte específica, com exceção dos empenhos destinados ao atendimento de obrigações de
natureza constitucional.
Dentre as medidas a serem adotadas deverá ser asuspensão de todos pedidos e recebimento
de materiais, medições de obras e de prestação de serviços sem a manifestação formal da Secretaria da
Fazenda certificando a disponibilidade financeira para liquidação e quitação da despesa, a partir do início
dos 180 dias que encerrará o mandato. Excluindo dessa regra somente as despesas de caráter
imprescindível e necessárias à continuidade das ações governamentais.
Como já mencionado as inscrições de restos a pagar estão limitadas a disponibilidades
financeiras e deverão ser evidenciadas por fonte de recursos e os empenhos processados e não
processados. Entende-se como restos a pagar processados aqueles em que a despesa orçamentária
percorreu os estágios de empenho e liquidação, restando pendente apenas o estágio do pagamento.
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Já os restos a pagar não processados são as despesas não liquidadas quando o serviço ou
material contratado não tenha sido prestado ou entregue e que se encontre, em 31 de dezembro do
exercício financeiro, em fase de verificação do direito adquirido pelo credor ou quando o prazo para
cumprimento da obrigação assumida pelo credor estiver vigente.
Os empenhos processados não deverão ser cancelados, quando provado que o fornecedor de
bens/serviços cumpriu com a obrigação, sendo computada culpa ao Secretário Municipal da Fazenda por
ter autorizado ato de despesa sem a comprovada disponibilidade financeira. Todas as despesas inscritas
em restos a pagar serão segregadas entre as processadas e não pagas e as não processadas.
Os restos a pagar inscritos na condição de não processados e não liquidados terão validade
definidas no ato de regulamento de gastos em final de mandato.
Devendo permanecer válidos, após a data estabelecida, os restos a pagar não processados que:
às despesas executadas mediante transferência de convênios, contrato de repasses ou
programas de descentralização;
sejam relativos às despesas do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, do Ministério
da Saúde e do Ministério da Educação.
O pagamento que vier a ser reclamado em decorrência dos cancelamentos efetuados poderá
ser atendido à conta de dotação denominada “despesas de exercício anterior”, no exercício que ocorrer o
reconhecimento da dívida, mediante processo administrativo interno ou determinação judicial.
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Existem três tipos de despesas orçamentárias podem ser enquadradas como Despesas de
Exercícios Anteriores.
A primeira seria a despesa que possuía dotação orçamentária em exercício já encerrado, mas
que, por algum motivo, não foi empenhada na época própria.
a segunda diz respeito aos Restos a Pagar que foram cancelados, mas que permanece o
direito do credor em razão de o fornecedor já ter entregado o bem ou serviço, entre outros.
a terceira faz referência aos compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício
financeiro correspondente.
A contabilização das despesas de exercícios anteriores deve ser reconhecida pelo ordenador de
despesa, identificando o nome do favorecido, a importância a ser paga, a data de vencimento do
compromisso, a justificativa do fato de a mesma não ter cumprido o ritual de execução orçamentária
(empenho e liquidação) na época própria e o objeto da despesa (bem ou serviço).
ização para pagamento das despesas de exercícios anteriores deve ser dada no próprio
processo de reconhecimento da dívida, registrando que apenas as despesas processadas (entrega do bem
ou serviço confirmada) podem ser reconhecidas como DEA. As dívidas que dependem de requerimento do
favorecido para reconhecimento do direito do credor prescreverão em cinco anos, contados da data do ato
ou fato que tiver dado origem ao respectivo direito.
Comprovada a existência da dotação orçamentária específica e o respectivo reconhecimento do
ordenador de despesa, as despesas de exercícios anteriores, devem cumprir o ritual da execução
orçamentária de qualquer despesa do exercício com a identificação apenas do elemento próprio: 92 –
Despesas de Exercícios Anteriores. O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com
exercício anterior cabe à autoridade competente para empenhar a despesa, mediante processo
administrativo interno, conduzido pela Controladoria Geral ou Unidade no órgão.
Diferentemente dos Restos a Pagar, cuja execução orçamentária já aconteceu, as despesas de
exercícios anteriores sequer foram empenhadas, ou, se foram, tiveram seus empenhados anulados ou
cancelados.Uma condição fundamental para que uma despesa seja reconhecida como Despesas de
Exercícios Anteriores é a existência de crédito específico na Lei Orçamentária Anual ou em crédito
adicional. A autorização para pagamento das Despesas de Exercícios Anteriores deve ser dada no próprio
processo de reconhecimento da dívida, registrando que apenas as despesas processadas (entrega do bem
ou serviço confirmada) podem ser reconhecidas como Despesas de Exercícios Anteriores.
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5. REFERENCIAL TEÓRICO
Ainda que a contabilidade pública no Brasil atribua maior enfoque para o orçamento, se faz
necessário que esta busque mecanismo para melhor evidenciar o patrimônio, como busca a convergência
às normas internacionais. Assim, as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público vêm
orientar as práticas contábeis para as entidades públicas.
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6. LRF - LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
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6.2. CONSIDERAÇÕES SOBRE A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
Essa lei complementar, de número 101, foi oficializada em quatro de maio de 2000, propondo
diferentes focos. Além de cuidar das finanças publicas a partir do trabalho do Poder Executivo, a lei
também envolve a prestação de contas dos poderes Legislativo e Judiciário, referindo todos os três à
mesma norma. Cuidando da contabilidade pública e da execução do orçamento público, a lei introduz
limites de gastos tanto para despesas de exercício quanto para graus de endividamento.
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Nos casos de Riscos Orçamentários podemos citar:
Arrecadação de Tributos menor do que a prevista no Orçamento – Frustração na
arrecadação, devido a fatos ocorridos posteriormente à elaboração da peça orçamentária e/ou
restituição de determinado tributo não previsto constituem exemplos de riscos orçamentários
relevantes.
Restituição de tributos a maior que a prevista noOrçamento.
Nível de Atividade Econômica, Taxa de Inflação e Taxa de Câmbio – São variáveis que
também podem vir a influenciar no montante de recursos arrecadados sempre que houver desvios entre
as projeções destas variáveis quando da elaboração do orçamento e os valores observados durante a
execução orçamentária, assim como os coeficientes que relacionam os parâmetros aos valores
estimados.
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6.6 PLANO DE CONTAS CONTÁBIL
Com o objetivo de uniformizar as práticas contábeis, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN),
em conjunto com o Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis (GTCON), elaborou o Plano de Contas
Aplicado ao Setor Público (PCASP), adequado aos dispositivos legais vigentes, às Normas Brasileiras de
Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBC T SP), aos padrões internacionais de Contabilidade do
Setor Público e às regras e procedimentos de Estatísticas de Finanças Públicas reconhecidas por
organismos internacionais.
Formado por uma relação padronizada de contas apresentada em conjunto com atributos
conceituais, o PCASP permite a consolidação das Contas Públicas Nacionais, conforme determinação da
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O PCASP é atualizado anualmente e publicado exclusivamente na Internet para uso
obrigatório no exercício seguinte. Adicionalmente, a STN disponibiliza o "PCASP Estendido" (constante do
Anexo III da IPC 00), de adoção facultativa, para os entes que precisem de uma referência para
desenvolvimento de suas rotinas e sistemas.
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Fonte Primária ou Não Financeira: É qualquer receita que o governo obtenha e não amplie sua
dívida ou não diminua seus ativos.
Fonte Não Primária ou Financeira: É a receita que o governo obtém por meio do
endividamento público ou da diminuição do Ativo Imobilizado.
Despesa Primária / Não Financeira: É o conjunto de gastos que possibilita a oferta de serviços
públicos à sociedade, deduzidas às despesas financeiras.
Despesa Não Primária / Financeira: É o conjunto com operações financeiro tais como:
concessão de empréstimos, amortizações e juros passivos.
Portanto, a regra geral é no sentido de que a licitação é OBRIGATÓRIA. Contudo, ela deverá ser
viável, ou seja: sua realização deverá trazer benefícios e, não, prejuízos à Administração Pública.
1.3 MODALIDADES DE LICITAÇÕES
Estão previstas no artigo 22 da Lei 8.666/93 e da Lei 10.520/02, as modalidades criam maior
amplitude de competição, na medida em que os valores são maiores, ou que o objetivo seja diferenciado.
Modalidade Convite
Escolhidos livremente e convidados em número mínimo de 3 (três), dentre interessados do
ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não. O órgão deverá afixar, em local apropriado, cópia do
instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que
manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das
propostas.
Modalidade Concorrência
Quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os
requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
Modalidade Concurso
Quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a
instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado
na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
Modalidade Leilão
Quaisquer interessados, para a venda de bens móveis inservíveis para a administração, ou de
produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, previsto no art. 19,
a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
Contratação Direta
Como mencionado anteriormente, a regra para aquisições, contratações e concessões na
Administração Pública é a LICITAÇÃO.
Entretanto, no mesmo texto que impõe essa regra, a nossa Carta Maior permite a chamada
CONTRATAÇÃO DIRETA (art. 37, XXI).
Art. 37, inciso XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,
serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de
licitação pública que assegure a igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à
garantia do cumprimento das obrigações. (grifos nossos)
esfera de governo;
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso,
legislação específica;
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe [grifos
nossos]
Contratação Direta – Inexigibilidade
• Exclusivamente em razão da natureza do objeto (art. 25, caput e incisos).
• Quando a competição for inviável.
A inexigibilidade se caracteriza pela inviabilidade de competição, o que torna impossível a
licitação.
Os três casos hipotéticos e ilustrativos de inexigibilidade trazidos pela lei são:
Fornecedor exclusivo – quando só há um único fornecedor de materiais, equipamentos ou
gêneros, sendo vedadas quaisquer preferências por marcas (I);
Serviços técnicos especializados – quando há notória especialização de profissionais ou
empresas, sendo vedadas as contratações de serviços de divulgação ou publicidade por esta via (inciso II);
Atividades artísticas – quando o artista, de qualquer ramo, é amplamente conhecido e
aclamado pela crítica especializada ou pela opinião pública (III);
OBS. Os documentos deverão estar juntos, em processo com capa e indicações (autuação, etc.)
2. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil.33. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui normas gerais de direito financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm>.Acesso em: 25 out.
2016.
BRASIL. Lei 5.172, de 25 de outubro de 1996. Dispõe sobre o Sistema Tributário nacional
e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172.htm>. Acesso em: 25 out.2016.
BRAZ, Petrônio. Manual de direito administrativo. 5.ed. Rio de Janeiro: Lumen, 1999.
CARVALHO NETO, José Rodrigues de. Ao encontro da lei. São Paulo: Editado pela Imprensa
Oficial da Academia Paulista de Magistrados, 2003.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. São Paulo: Atlas, 2005.
DROMI, José Roberto. Concessões e permissões de serviços públicos. São Paulo: Edipro,1997.
GROTTI, Dinorá Adelaide e Musetti. O serviço público e a constituição brasileira de 1988. São
Paulo: Malheiros, 2003.
GUIMARÃES, Torrieri. Aristóteles - A política. São Paulo: Martin Claret, 2002. JUSTEN FILHO,
Marçal. Curso de direito administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 31. ed.São Paulo: Malheiros, 2015.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 5.ed.São Paulo: Malheiros,
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OLIVEIRA, José Carlos de. Concessões e permissões de serviços públicos. São Paulo: Edipro,
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PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. Reforma do estado para a cidadania. São Paulo: Editora 34,1998
(Reimpressão – 2002).
PEIXINHO, Manoel Messias. Os princípios da Constituição de 1988. Rio de Janeiro: Lúmen Júris,
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