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MANAUS
2016
EDUARDO ASSIS SALINO
MANAUS
2016
EDUARDO ASSIS SALINO
BANCA EXAMINADORA:
_________________________________________________
Prof. Msc. JOSÉ RIBAMAR SILVA DE OLIVEIRA, Presidente.
Instituto Federal do Amazonas – IFAM
________________________________________________
Prof. Msc. AUDEMIR LIMA DE SOUZA, Membro.
Instituto Federal do Amazonas – IFAM
________________________________________________
Prof. Msc. ANTÔNIO JUNIOR EVANGELISTA, Membro.
Instituto Federal do Amazonas – IFAM
AGRADECIMENTOS
Primeiramente quero agradecer ao Senhor Jesus Cristo, que é meu amigo nas horas mais
incertas e que sob sua inspiração comecei a elaborar este trabalho, sem o qual a realização deste
trabalho não seria possível.
Agradeço também a minha esposa Normélia de Oliveira Salino por ter consentido que eu
fizesse o curso de licenciatura em matemática e ter me ajudado na questão financeira bem como
na espiritual.
Agradeço ao meu orientador, professor Msc. José Ribamar Silva de Oliveira pela sua
paciência que teve comigo e tranquilidade em me conduzir no desenvolvimento deste trabalho,
pois foi em uma de suas matérias álgebra linear I que veio a ideia de se fazer um trabalho deste
porte.
Às professoras Msc. Isis França Gonçalves Siebra e Msc. Andreia Pinto de Oliveira,
uma por ter colaborado na metodologia deste trabalho e a outra por ter contribuído bastante na
minha formação acadêmica, não podendo mencionar cada uma em nome destas agradeço também
as outras professoras, em especial a Dra. Soraya Farias Aquino.
Aos professores Dr. Antônio da Fonseca de Lira pela sua calma e gentileza, Dr. Antônio
Ferreira Santana Filho pela sua extraordinária explicação da álgebra pura, no qual foi à porta para
entender a matemática pura, Msc. Benedito dos Santos Xavier pela sua competência tanto na
didática como no conhecimento do conteúdo de saber formar um professor de matemática. Não
podendo mencionar cada um em nome destes agradeço os demais.
Aos meus colegas, Santiago Lopes Montes, Felipe Bruce de Lima pela companhia de ter
passado vários momentos juntos seja na alegria ou de tristeza, bem como outros colegas não
podendo mencionar cada um deles meus sinceros votos e o desejo de felicidades a todos.
Aos alunos da turma: IEDF31 do 3° ano do ensino médio de 2016, pela valiosa
colaboração, porque sem os quais também esse trabalho não teria sido realizado. Também quero
agradecer ao projeto sala de criação do IFAM-CMC, pela sua ajuda na formatação deste trabalho.
Aos professores Msc. Audemir Lima de Souza e Msc. Antônio Junior Evangelista por
ter cedido a sua turma para que este trabalho pudesse acontecer.
A presente pesquisa surgiu das minhas reflexões como monitor de Álgebra Linear I, foi
quando me veio à ideia de se fazer uma investigação a respeito do estudo da reta no R2, sob a
perspectiva vetorial, visando uma aprendizagem eficaz e significativa. Por esta razão, este
trabalho de graduação teve como objetivo sondar como alunos de 3° série do ensino médio
realiza a construção do conhecimento sobre o estudo da reta por meio dos vetores. A
metodologia utilizada seguiu as etapas da Engenharia Didática (E. D), seguida da
Transposição Didática (T. D). Os sujeitos participantes foram alunos do 3° ano do ensino
médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas Campos Manaus
Centro-IFAM-CMC. A pesquisa foi realizada durante o ano de 2016, num período de 05 dias
com uma turma, e as atividades foram realizadas em sala de aula, oportunizando o horário do
professor. Posso concluir que o estudo da reta por meio dos vetores foi um passo a mais na
construção do conhecimento desses estudantes e que logo num futuro bem presente teremos
frutos da aprendizagem significativa desse estudo nos alunos.
The present research arose from my reflections as a monitor of Linear Algebra I; it was when
I came to the idea of doing an investigation about the study of the line in R2, under the vector
perspective, aiming at an effective and meaningful learning. For this reason, this
undergraduate work had as objective to probe as students of 3rd grade of high school realizes
the construction of the knowledge about the study of the line through the vectors. The
methodology used followed the stages of Didactic Engineering (E. D), followed by Didactic
Transposition (T. D). The subjects were students of the 3rd year of high school at the Federal
Institute of Education, Science and Technology of Amazonas Campos Manaus Centro-IFAM-
CMC. The research was conducted during the year 2016, in a period of 05 days with a class,
and the activities were carried out in the classroom, giving the teacher's schedule. I can
conclude that the study of the line through the vectors was an additional step in the
construction of the knowledge of these students and that soon in the future well present we
will have fruits of the significant learning of that study in the students.
Gráfico 1 – Números de alunos que acertaram ou erraram ou não responderam a questão 1....... 33
Gráfico 2 – Número de alunos que acertaram ou erraram a resposta do item a da questão 2. ...... 34
Gráfico 3 – Número de alunos que acertaram ou erraram as respostas do item b da questão 2.... 35
Gráfico 4 – Número de alunos que acertaram ou erraram as respostas do item c da questão 2 .... 35
Gráfico 5 – Número de alunos que acertaram ou erraram a resposta do item d da questão 2....... 36
Gráfico 6 – Número de alunos que acertaram ou erraram a resposta do item e da questão 2 ....... 36
Gráfico 7 – Número de alunos que acertaram ou erraram a resposta do item f da questão 2 ....... 37
Gráfico 8 – Número de alunos que acertaram ou erraram a resposta do item g da questão 2....... 37
Gráfico 9 – Número de alunos que acertaram ou erraram a resposta do item a da questão 3. ...... 38
Gráfico 10 – Número de alunos que acertaram ou erraram a resposta do item b da questão 3..... 39
Gráfico 11 – Número de alunos que acertaram ou erraram a resposta da questão 5. .................... 40
Gráfico 12 – Resultados obtidos na análise da questão 1.............................................................. 59
Gráfico 13 – Resultados obtidos na análise da questão 8. ............................................................. 77
LISTA DE QUADROS
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 12
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 84
APÊNDICE A – ANÁLISE DOS LIVROS DIDÁTICOS ................................................ 87
1 INTRODUÇÃO
retratado nos livros didáticos, que está detalhado no APÊNDICE A, que foi averiguado da
seguinte maneira.
No livro do Manoel Paiva do ensino médio observei que o estudo da reta está mais
detalhado que nos outros livros analisados mais abaixo, para tanto o autor teve a necessidade
de dividir o conteúdo em quatro capítulos, no primeiro capítulo ele usa pontos na reta para
introduzir a noção de distância entre dois pontos, no segundo capítulo o mesmo usa a noção
de pontos na reta para introduzir a equação da reta, continuando o escritor trabalha a
inclinação da reta com a intenção de encontrar o coeficiente angular da reta, em seguida ele
trabalha a condição de alinhamento para justificar a reta, e mostrar que todos os infinitos
pontos da reta são colineares, prosseguindo adiante o mesmo expõe a equação fundamental da
reta, do ponto coeficiente angular, salienta também que por um ponto passa infinitas ratas.
No capitulo três revela que a reta tem outras formas de se escrever, avançando um
pouco mais o instrutor mostra o paralelismo, o perpendicularismo, a concorrência entre duas
retas, e em que condição elas acontecem, ainda dentro desse capítulo o formador manifesta a
equação paramétrica da reta, sem a preocupação de demonstrá-la, fato este que seria muito
interessante, para se entender o estudo da reta por meio de vetores, o que não foi feito, porque
todos os livros que foram analisados estão sob a perspectiva da geometria analítica e não sob
a perspectiva da álgebra linear, prosseguindo no capítulo quatro o mentor demonstra a
distância de uma reta e um ponto fora dela, e por último ele usa a ideia de determinante para
calcular áreas de figuras geométricas, e prova com isso que é possível também calcular a
equação da reta por esse método.
O livro dos autores Edwaldo Bianchini e Herval Paccola é um pouco mais resumido,
pois, foi diagnosticado que neste livro, os mentores usaram apenas um capítulo para falar do
estudo da reta, com os seus respectivos tópicos detalhado no APÊNDICE A, no primeiro
tópico os produtores estudaram os pontos no plano cartesiano, e usaram esse mesmo
argumento para determinar um segmento, bem como o ponto médio nele, mostra que pontos
não colineares determinam áreas de figuras geométricas, para tanto usa a estratégia do
determinante para calculá-las.
No segundo tópico eles determinam as formas das equações da reta, e evidência que
a equação reduzida é uma das formas mais práticas para se resolver um determinado
problema, também os mesmos apresentam a equação paramétrica sem demonstrar o real
sentido dela, para resolver alguns exercícios importantíssimos, em seguida explicam que por
um ponto passa infinitas retas, expõe as posições relativas de duas retas no plano, que só
14
podem ser paralelas, concorrentes e perpendiculares, que neste último é um caso particular de
concorrência e demostra a diferença entre elas pelo coeficiente linear, também os escritores
aproveitam para falar do ângulo que essas retas concorrentes fazem, e por último falam da
distância de um ponto a uma reta.
No livro dos autores Gelson Iezzi; Osvaldo Dolce; David Degenszajn; Roberto
Périgo e Nilze de Almeida foi observado que, os mentores usaram apenas dois capítulos do
livro para falar do estudo da reta como um todo, no capítulo dois os protagonistas
introduziram a noção de distância entre dois pontos, e o ponto médio entre eles, bem como a
condição de alinhamento, entre três pontos pelo determinante, para que o aluno venha ter a
ideia de como surge a equação da reta.
A partir dessa análise dos livros didáticos, elaborei uma avaliação diagnóstica
APÊNDICE B para identificar o nível de conhecimento que os alunos tinham sobre o estudo
da reta.
Entende-se que o aluno deva construir seu aprendizado na escola e que se torne
cidadão ativo na sociedade. Para que isso aconteça, acreditamos no que Ponte e Canavarro
afirmam (1997, p. 24 apud) “[...] a escola corre o sério risco de ser cada vez mais rejeitada
pelos jovens, surgindo-lhes como representante de uma cultura de outra época, como uma
instituição defasada do seu tempo [...]”. É sempre oportuno adentrarmos a docência com uma
prática inovadora, fazendo despertar nos alunos o interesse pelo aprendizado.
Não é surpresa quando é dito que “[...] os próprios professores estão presos a uma
concepção do saber estático, cristalizado, que vê o currículo como uma simples sequência de
tópicos e subtópicos [...]”, logo precisamos proporcionar aos alunos uma aula que lhes
15
Dentro deste estudo específico, que é o estudo da reta, trabalhamos os vetores para
compreender este assunto tão eficaz, visto que o estudo dos vetores é a chave para
compreendermos de muitas coisas e de grande utilidade em aplicação nas outras áreas da
ciência, pois é através dos vetores que podemos compreender todas as coisas, o que,
concatena com a ideia de Paulo Winterle (2000, para início de conversa...).
Segue-se daí que, se nos vetores existe toda estas importâncias então deveriam dar
uma especial atenção, na preparação deste as séries iniciais, para entender melhor não só a
matemática, como também as outras áreas da ciência.
A noção de vetor é apresentada de forma intuitiva, e seu estudo é realizado por meio
dos tratamentos Geométricos e Algébricos, o que deixa o aluno fascinado a querer aprender e
a ter motivação para desenvolver seus conhecimentos, porque esta parte da matemática que
envolve vetor permite a visualização dos conceitos bem definidos da matemática. De acordo
com Libâneo no (campo teórico-investigativo e profissional da didática e a formação de
professores, p.46-47), diz que:
“... o ensino acontece em meio a práticas correntes no interno social e nas próprias
situações de aprendizagem na escola e na sala de aula, dando a configuração dos
ambientes sociais de aprendizagem [...] com isso, as atividades de uma disciplina na
sala de aula orientadas para a formação de processos mentais por meio dos
conteúdos científicos precisam estar articuladas com as formas de conhecimento
cotidiano vivenciadas pelos alunos”.
A elaboração de uma pesquisa deste poste, com a explícita função didática voltada ao
desenvolvimento de um trabalho acadêmico, tanto dentro, quanto fora da sala da aula, requer
sua evolução nos aspectos que norteiam esse assunto, por conseguinte depende de sua
aceitação, como principio fundamental na educação básica.
16
Nesse trabalho, foi introduzido o estudo dos vetores, pois, busca integrar a parte
algébrica e geométrica auxiliando no processo de pensar, refletir e criar soluções durante a
execução das atividades. Os vetores tornam as aulas mais dinâmicas e mais interessantes,
porque este suporte estratégico permite o desenho, a manipulação, a verificação de
conjecturas e a investigação das etapas realizadas nas atividades. O vetor permitiu que os
alunos explorassem o estudo da reta, pois tem o objetivo de estudar a reta por meio deles.
A presente pesquisa surgiu das minhas reflexões como monitor de Álgebra Linear I,
foi quando veio à ideia de se fazer uma investigação a respeito do estudo da reta no R 2, sob a
perspectiva vetorial, visando uma aprendizagem eficaz e significativa, tornando desta maneira
as aulas dinâmicas e envolvendo os alunos no seu próprio conhecimento.
Com base no acima exposto, na motivação para desenvolver uma pesquisa que venha
a contribuir para a melhoria do Ensino e da Aprendizagem em Matemática na escola básica,
partimos do seguinte problema: como alunos de 3° série do ensino médio realiza a construção
do conhecimento sobre o estudo da reta no plano cartesiano por meio dos vetores, sob o olhar
da Engenharia Didática?
17
b) Elaborar uma sequência didática a ser realizada com os vetores, para o estudo da
reta no plano cartesiano.
c) Verificar o uso dos vetores como uma estratégia de ensino que possibilite a
interatividade entre os alunos, no sentido de promover o ensino e a aprendizagem dos
conceitos relacionados dentro do estudo da reta sob a perspectiva Algébrica e Geométrica.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Deste modo o autor quer nos trazer, que assuntos estudados como esses na escola
básica está relacionado com a álgebra linear, fato este que silva no mesmo trabalho comenta a
importância de estudar esta disciplina na licenciatura, para fazer uma ponte no ensino básico.
Para o aluno é muito importante à visualização no ensino da Álgebra Linear, pois lhe
proporciona conhecer melhor o objeto de estudo. A visualização possui diferentes tipos
19
No entanto embora a Álgebra Linear seja necessária no ensino básico, não se tem
dado a devida importância aos assuntos relacionados desta componente curricular, pois no que
se refere aos conteúdos ministrados em sala de aula algumas instituições deixam a desejar,
pois segundo santos (2013, p. 39):
Este trabalho esta de acordo com o que os PCNs pregam a respeito do estudo da
Álgebra que diz o seguinte “O estudo da Álgebra constitui um espaço bastante significativo
para que o aluno desenvolva e exercite sua capacidade de abstração e generalização, além de
lhe possibilitar a aquisição de uma poderosa ferramenta para resolver problemas” (BRASIL,
20
O professor precisa despertar no aluno o senso da pesquisa, para que ele possa ser
envolvido no seu próprio conhecimento, porque somente com aulas motivadoras podemos
levar os alunos a refletirem, para que eles desenvolvam o raciocínio logico na aprendizagem.
Em primeiro lugar não temos especificamente uma definição do que seria realmente
um vetor, mas podemos dizer que um vetor é representado por um segmento orientado que
precisa necessariamente de um módulo, direção e sentido, em consideração um segmento está
orientado quando nele se escolhe um sentido de percurso, considerado positivo. Dois ou mais
segmentos orientados de mesmo comprimento, mesma direção considerando-se paralelos ou
colineares e mesmo sentido são representantes de um mesmo vetor. Ou seja, todos os
segmentos orientados paralelos, de mesmo sentido e mesmo comprimento, representam o
mesmo vetor.
No que se refere sobre a noção intuitiva do que seria um vetor vejamos o que nos diz
Winterle (2000, p.1):
Essa interpretação pode ser introduzida na Matemática escolar por meio dos
conceitos dos vetores e suas operações, proposta esta apresentada neste trabalho de conclusão
de curso de licenciatura em matemática, no que segue é interessante saber que sua origem está
no século XVII e, que, nessa época, o mundo foi surpreendido no que se refere à integração
dos aspectos: algébrico e geométrico. Importantes ideias conduziram à construção da análise
vetorial, dentre elas, destacamos a apresentada por Leibniz (1646-1716), em uma carta a
Huygens (1629- 1695) p.104, conforme registrado em Crowe (1967):
Equação vetorial da reta: Consideremos um ponto A(x1, y1) e um vetor não nulo
u = (a, b). Só existe uma reta r que passa por A e tem a direção de u . Um ponto P(x, y)
AP = t u (1)
Para algum real t .
De (1), vem que:
P–A= tu
Ou
P=A+ tu (2)
Ou, em coordenadas.
r : (x, y) = (x1, y1) + t (a, b) (3)
Qualquer uma das equações (1), (2) ou (3) é denominada equação vetorial de r , mas
como mente a equação (3) é a mais utilizada. O vetor u é chamado vetor diretor da reta r e t
é denominado parâmetro.
A reta r que passa por A(-2 , 3) e tem a direção de v = (3 , 1), tem equação vetorial,
de acordo com (3):
que seja múltiplo de v . Desta maneira os vetores busca integrar a Geometria Analítica e a
Álgebra linear auxiliando no processo de pensar, refletir e criar soluções durante a execução
das atividades, porque essa estratégia de ensino permite o desenho, a manipulação, a
verificação de conjecturas e a investigação dos processos realizados nas atividades.
(a) (b)
escola básica o estudo da reta é tratado com procedimentos algorítmicos de forma quase que
mecânica a equação da reta.
26
4 PROCEDIMENTOS ENSINO/PESQUISA
sessões de ensino, em que a metodologia consiste em diferentes fases, tais como: as análises
prévias, que se caracterizam dentro das seguintes vertentes: estudo da organização
matemática, análise da organização didática do objeto matemático, definição das questões das
pesquisas, portanto se o professor fizer todo esse procedimento, então desenvolverá no aluno
certas habilidades, como por exemplo, saber ler, interpretar e utilizar as representações
matemáticas.
Nessa fase, os objetivos para a pesquisa devem estar bem claros e definidos, podendo
ser retomados durante o trabalho. É necessário ainda descrever as escolhas feitas na
elaboração das sequências didáticas, as características e os motivos dessas escolhas.
• contato do pesquisador/professor/aluno;
Nessa fase, é feita aplicação das sequências didáticas e dessas deverão ser observadas
as atitudes e as produções dos alunos. Ela inicia no momento em que há o contato do
pesquisador/graduando com os alunos participantes da investigação. Os dados serão coletados
por meio de relatórios, anotações do pesquisador, atividades desenvolvidas, entre outros.
Após essas etapas, será feita a formalização do conteúdo proposto.
Estes procedimentos não são exclusivos da matemática, pois, para qualquer saber a
ser ensinado, há uma transformação que procura adequá-lo à compreensão daqueles aos quais
vai ser ensinado. Este procedimento tem sido denominado transposição didática.
Para modificar esse sistema é que introduzimos o conceito de “noosfera” predito por
Chevallard (1985) que nada mais é que o saber transformado em varias etapas, a saber:
Dentro desse contexto as modificações tem que acontecer para facilitar o ensino-
aprendizagem, onde o principal meio para que haja essa transformação é o professor, que se
utiliza da transposição didática como um conteúdo do conhecimento designado como saber a
ensinar e que para tal sofre desde então um conjunto de transformação adaptáveis no processo
ensino-aprendizagem.
Esta pesquisa foi desenvolvida com alunos do 3ª ano do Ensino Médio (E. M.) na
cidade de Manaus-AM, que buscou por meio do uso dos vetores, uma estratégia de ensino,
para o estudo da reta no plano cartesiano.
30
Questão 1- Determine a equação da reta que passa pelo ponto P(2, 3) e pelo ponto Q,
simétrico de P em relação à origem.
deles respondeu certo. O Gráfico 1 ilustra o número de alunos que acertaram ou erraram
ou não responderam à questão.
Nessa pergunta os alunos deveriam ter respondido P(4 , -2), a maioria respondeu
corretamente. O gráfico 2 ilustra o número de alunos que acertam ou erraram o item.
Nessa pergunta os alunos deveriam ter respondido P(10 , 0), a maioria deles
respondeu certo. O gráfico 3 ilustra apenas a quantidade de respostas corretas ou incorretas
indicado pelas barras verticais em cada situação.
35
Nessa pergunta os alunos deveriam ter respondido P(16 , 2), a maioria deles
respondeu certo. O número de respondentes à questão está ilustrado no Gráfico 5.
Nessa pergunta eles deveriam ter respondido 9 10 m/s, quase há um empate entre o
número dos que acertaram e erraram como está ilustrado no Gráfico 7.
Nessa pergunta eles deveriam ter respondido , o número de acertos foi igual
ao número de erros, e mais a maioria não respondeu como se pode observar no Gráfico 8.
a)
1 7
Nessa pergunta os alunos deveriam ter respondido Ca = , CL = - , a maioria
6 12
deles respondeu certo. O gráfico 9 ilustra o número de alunos que acertaram ou erraram o
item.
b)
1
Nessa questão os alunos deveriam ter respondido Ca = CL = - , a maioria deles
10
respondeu certo. O gráfico 10 ilustra apenas a quantidade de respostas corretas ou incorretas
indicadas pelas barras verticais em cada situação.
39
Questão 4- Encontre a equação reduzida da reta r que tem o mesmo coeficiente angular da
reta de equação 2x – y + 3 = 0 e o mesmo coeficiente linear da reta de equação 4x + 2y – 8 = 0
Nessa questão eles deveriam perceber que duas retas paralelas tem o mesmo
coeficiente angular, o que eles deveriam fazer era o que eles tinham feito com a questão 4, daí
então igualar os coeficiente de cada reta, que pela manipulação algébrica encontraria o valor
de a = 1, mas, a grande maioria errou a questão, talvez por causa de alguns não terem
estudado retas paralelas, o gráfico 11 ilustra a situação.
40
Os alunos para resolverem essa questão, teriam que fazer da seguinte maneira:
1
primeiro se r s , então mr ms 1 , logo 3 ms 1 ms . Feito isto como o
3
ponto P pertence à reta r, então pela manipulação algébrica encontrariam o valor de a do
ponto P, logo como P também pertence a s , sendo o mesmo o ponto de interseção,
obteríamos aplicando na fórmula ponto coeficiente angular da equação da reta, que por sua
x 1
vez teríamos (s): x – 3y + 1 = 0 ou y= . Contudo a grande maioria acertou a questão.
3
Figura 4 – Aluna L
Figura 5 – Aluna E
Figura 6 – Aluna J
Figura 7 – Aluno J
Figura 8 – Aluno W
Figura 9 – Aluno L
x 1 2t
Questão 7- Determine o ponto de intersecção das retas r: e s: x + 2y + 3 = 0
y 2 3t
Observou-se que nessa questão, embora parecesse simples, a grande maioria dos
alunos não conseguiu resolver a questão. Foi verificado que os alunos não resolveram essa
questão pelo fato das retas estarem em representações diferentes, eles não estavam
acostumados com este tipo de questão. Façamos agora a resolução desta questão: para
resolvermos podemos fazer o seguinte, ou transformamos uma para a forma geral ou
transformamos a outra para forma paramétrica, usando este último argumento teremos
x h
s: 3 h ,e igualando as suas respectivas coordenadas chegaremos a um sistema cuja
y
2 2
solução é t 1 e h 1 que substituindo nas equações paramétricas teremos o ponto
P(-1 , -1).
Figura 10 – Aluno G
Figura 11 – Aluno L
Figura 12 – Aluno A
Figura 13 – Aluna E
Figura 14 – Aluna J
Questão 8 - Encontre os pontos que equidistam de A(-1 , 3) e B(4 , -2) e qual é o mais
próximo de P(-4, 2).
Nesta questão os alunos tiveram muita dificuldade na interpretação, pois era um tipo
de questão que os alunos não estavam familiarizados a fazer, para resolvê-la requer um
conjunto de conhecimentos sobre retas perpendiculares e concomitantemente com retas
bissetrizes, bem como retas paralelas, ou seja, uma junção desses conhecimentos aplicados em
uma só questão.
Agora qual desses pontos seria o mais próximo de P(-4 , 2), se considerarmos uma
reta passando por P que chamaremos de reta r , sendo paralela a reta que passa por A e B, ou
seja, sendo paralelo a ( y x 2 ), então essa reta r intercepta também a reta bissetriz, como
a reta que passa por P é paralela à reta que passa por A e B podemos encontrar sua equação,
que pelo teorema de retas paralelas temos o coeficiente angular da outra, e como temos o
ponto P teremos a equação de r :( y x 2 ), logo o ponto de intercessão dessa reta com a
bissetriz será o ponto mais próximo de P, que resolvendo será o ponto de interseção
1 3
PI(- , - ).
2 2
Figura 15 – Aluna L
Figura 16 – Aluna J
Figura 17 – Aluna A
Figura 18 – Aluna I
Apresenta-se aqui, a maneira como foi organizada e aplicada à sequência didática das
atividades realizadas em sala de aula. As atividades foram realizadas durante as aulas de
Matemática no término do conteúdo do estudo da reta. Quanto à nossa proposta de ensino
tendo em vista as dificuldades de aprendizagem registradas sobre o domínio do conceito de
vetor e o nosso propósito de aproximar os aspectos geométricos e algébricos, desenvolvemos
uma sequência de atividades que foi dividida em três etapas, a saber:
Nesta primeira etapa procuramos desenvolver nos alunos a noção intuitiva dos
vetores, porque os estudantes apesar de terem estudado vetores na física não tinham o
entendimento necessário para compreender o estudo dos vetores pela matemática, partindo
desse pressuposto desenvolvemos uma sequência de atividade com uma parte inicial tratando
do conceito geométrico e algébrico de vetor, da operação de soma de vetores e da operação de
multiplicação de vetor por escalar e etc. A sequência de atividades proposta aos alunos está na
íntegra como ANEXO D (sequência didática do estudo da reta parte I), tirada do livro: vetores
e geometria analítica (álgebra linear I) (Winterle, Paulo 2000), e uma pequena parte do livro:
álgebra linear II (Steinbruch, Alfredo e Winterle, Paulo 1987). As aulas ocorreram em dois
períodos de 2h cada, totalizando desta forma dois encontros, detalhado no quadro 1. Estas
aulas foram de fundamental importância para entender o estudo da reta por meio dos vetores.
Quanto à dinâmica de trabalho em sala de aula para esta etapa, assim procedemos: no
primeiro momento, por meio de uma discussão em grupo, coordenado pelo professor, foram
introduzidos os novos conceitos; nessa parte da noção intuitiva (o tratamento geométrico)
começamos falando que existem dois tipos de grandezas, as escalares e as vetoriais, para tanto
proporcionamos exemplos tais como as coordenadas de um avião por vetores para que os
alunos entendessem a diferença de uma para outra, feito isto se introduziu o conceito de vetor,
já que para termos um vetor precisamos de um modulo direção e sentido, demos a ideia então
que um vetor pode ser representado por um segmento orientado, donde se tem origem e
extremidade, logo qualquer segmento orientado que tem a mesma intensidade a mesma
direção e sentido pode representar qualquer vetor que tem as mesmas características.
u = .v
Na parte de ângulo de dois vetores tivemos que explicar que este ângulo é formado
por duas semirretas de mesma origem, calcula-se, portanto o ângulo entre os dois vetores, está
ideia foi muito importante para o ângulo entre as retas que foi introduzido na segunda etapa.
flechas. E assim, explicamos que esta base, determina o conhecido sistema cartesiano
ortogonal XOY. E que os vetores ortogonais e unitários (vetores unitários tem módulo igual a
1), neste caso, são simbolizados por i e j , ambos com origem em O e extremidades em (1,0)
i = (1,0) e j = (0,1).
No paralelismo de dois vetores ratificamos que se dois vetores são paralelos então
suas coordenadas são proporcionais, ou seja, um é múltiplo do outro, o que levo o
entendimento da turma de que, se duas retas são paralelas, então o vetor de uma reta pode ser
o vetor da outra reta que esta em paralelo com esta. Dando continuidade ensinamos o módulo
de um vetor, que pelo teorema de Pitágoras foi feita a demonstração, explicamos que o
módulo de um vetor seria seu comprimento, conforme Figura 20.
53
Essa primeira etapa foi um pré-requisito para que os alunos viessem entender de
forma prática e conceitual o estudo da reta por meio dos vetores. Sendo assim concluímos
essa primeira etapa, com intuito de fazer com que os alunos tenham um pré-requisito para a
segunda etapa.
5.2 O estudo propriamente dito da pesquisa que é o estudo da reta por meio dos vetores
Esta é a etapa aonde queríamos chegar, todas as aulas ditas anteriormente serviu de
preparação para a análise desse estudo, para fazermos essa segunda etapa, tivemos que fazer
uma transposição didática, que se deu da seguinte maneira, como o estudo da reta por meio
dos vetores, só se estuda no ensino superior, tivemos que fazer uma transposição para
compreensão daqueles aos quais ia ser ensinado, a transposição aconteceu do fato de que no
ensino superior as coordenadas estão em três dimensões, como estávamos estudando a reta
por meio de vetores no plano, então tivemos que transformar as coordenadas que estavam em
três dimensões para duas dimensões, a transposição didática também ocorreu no conceito da
reta por meio dos vetores conforme pode ser visto no tópico 3.2 (os vetores como uma
estratégia de ensino e aprendizagem no estudo da reta).
54
Quadro 2 – Cronograma das atividades do estudo da reta por meio dos vetores
Aula 1 Demonstração da equação vetorial da reta, equações paramétricas da reta, reta definida
por dois pontos, equações simétricas da reta, equação reduzida da reta.
Aula 2 Retas paralelas aos eixos coordenados, ângulo de duas retas, interseção de duas retas.
Utilizando dois pontos no plano cartesiano definimos uma reta, até porque pelo
conceito da geometria dois pontos determinam uma única reta, ora pelas aulas iniciais, se
temos dois pontos, então consideremos um como origem o menor e outro como extremidade o
maior, logo pelo conceito de vetor a extremidade menos a origem forma um vetor, portanto
podemos encontrar a equação vetorial que passa pelos pontos e tem a direção do vetor,
utilizando qualquer um dos pontos bem como o vetor podemos montar a equação vetorial da
reta.
produto do meio pelos extremos, desta forma fica evidenciado que o estudo da reta através
dos vetores é uma aprendizagem que desperta no aluno o interesse pelo estudo.
Nas equações reduzidas da reta por meio dos vetores, mostramos que através das
paramétricas, podemos encontrar a referida equação, bastando para isso isolar o parâmetro em
uma das equações paramétricas, no caso escolhe-se em qual variável vai estar, de onde
substituindo o parâmetro na segunda equação e fazendo os devidos cálculos, utilizando-se da
manipulação algébrica chegamos à seguinte equação y mx n (equação reduzida na
variável x) ou x my n (equação reduzida na variável y), foi então que os alunos
entenderam que esta equação se refere à equação vista no ensino médio.
Estudamos também ângulo de duas retas, explicamos que se duas retas são
concorrentes, elas tem um ângulo entre si que é calculado pelos seus respectivos vetores
diretores, que também formam ângulo entre si, pois ambos partem da origem do sistema,
neste caso chama-se ângulo de duas retas o menor ângulo que esses vetores diretores formam,
que esta compreendido entre (0° a 90° ou 0 à ), sendo θ este ângulo, então teremos
2
conforme figura 22 a fórmula para calcular o ângulo entre duas retas. Agora no caso delas
serem perpendiculares entre se, então o produto interno dos seus respectivos vetores diretores
57
v1 v 2
Cos θ , com 0 ≤ θ ≤
v1 v2 2
Não nos demoramos na demonstração desta fórmula, por motivo de força maior por
causa do tempo que estava contra nós, exemplificamos este estudo com exemplos feito em
sala de aula conforme pode ser visto no APENDICE E (parte II), os alunos ao calcularem o
ângulo entre as retas afirmaram que seria mais fácil calcular por meio dos vetores usando o
cosseno do que pelo estudo tradicional usando a tangente. O que mostra que o estudo da reta
por meio dos vetores torna as aulas mais compreensíveis para aqueles as quais vai ser
ensinado.
5.3 Aplicação de uma avaliação envolvendo o estudo da reta por meio dos vetores
Nesta última etapa desta sequência didática procuramos fazer uma análise dos
conteúdos abordados em sala de aula através de uma avaliação para saber se os alunos tiveram
uma aprendizagem significativa, no sentido de verificar os conceitos aprendidos em sala de
aula, contudo vale ressaltar que esta avaliação não significa o veredito final dos alunos e nem
inválida a sequencia didática, tendo em vista toda uma construção em cima do tema visto
anteriormente, pois sabemos que através de uma avaliação não podemos medir a capacidade
dos alunos dentro de um contexto como este, em que as aulas eram muita corrida, sem muito
tempo para reflexões mais aprofundadas, mas foi proposto para colher frutos daqueles aos
quais foi ensinado, o que será mostrado mais abaixo.
Em cada questão da avaliação foi feita uma análise a priori a qual teve itens com
enunciados claros, possibilitando aos alunos as desenvolver de maneira satisfatória,
permitindo assim a validação dos resultados. As análises a posteriori foram feitas a partir da
análise dos resultados obtidos, encontrados pelos alunos nas resoluções das questões
realizadas em sala de aula, a avaliação do estudo da reta por meio dos vetores pode ser visto
no APÊNDICE F. Os registros feitos pelos alunos permitiram o confronto entre as análises a
priori e a posteriori, segundo o que se prevê na E.D.
Questão 1 - Determinar uma equação vetorial da reta r definida pelos pontos A(2, -3) e
B(1, -1) e verificar se os pontos C(5/2, -4) e D(-1, 4) pertencem a r.
Análise a priori da questão 1
Nessa questão era esperado que os alunos determinassem um vetor definido pelos
dois pontos dados, e usasse qualquer um dos dois pontos para determinar a equação da reta
vetorial, depois passasse para paramétrica para verificar os outros respectivos pontos. Ficando
desta forma r: (x, y) = (2, -3) + t(-1, 2), passando para paramétrica e substituindo os
respectivos pontos na abcissa e ordenada, teremos o valor do parâmetro, que se verifica para o
ponto C, mas não para o ponto D. logo c r e d r
Resultados obtidos
Dos vinte e quatro alunos, onze não fizeram a questão, dez erraram e três acertaram,
visto no gráfico 12, vale ressaltar que dos que erraram a grande maioria conseguiu fazer a
equação da reta pelo estudo tradicional, mas não a equação vetorial da reta, o que mostra que
o estudo tradicional da reta já está de certo modo encerrado na mente dos alunos.
60
Pude observar que a maioria dos alunos não fez esta questão por motivos óbvios ou
não se lembravam da equação vetorial da reta, ou não souberam aplicar o conceito
fundamental da reta via vetorial, considero esta questão muito importante, pois era o básico
que eles poderiam fazer, tendo em vista as aulas ministradas em sala de aula, parece que nessa
questão faltou comprometimento dos alunos, portanto os objetivos nesta questão não foram
alcançados.
Resultados obtidos
Os estudantes entenderam a questão perfeitamente, e foram mais os que acertaram do
que os que erraram, conforme mostra o quadro 3.
Passo a mostrar alguns dos resultados obtidos dos alunos, somente dos que acertaram
a atividade, o que mostro respectivamente abaixo.
61
Resultados obtidos
Nessa questão, houve alguns que chegaram a mesma resposta, usando o método
tradicional como pode ser visto na figura 31, isso mostra a veracidade do estudo dos vetores
como uma estratégia de ensino bem mais eficiente. Considerando que, dos 24 alunos, fazendo
uma análise houve um empate no item (a). Houve também um empate dos que acertaram e
erraram, sendo que doze não fizeram a questão. Já no item (b) sete acertaram e cinco erraram
a questão, sendo que doze não fizeram a questão, e no item (c) onze alunos acertaram a
questão e apenas um errou a resposta, sendo que doze não responderam, logo podemos
concluir que o objetivo dessa questão pode ser considerado bastante satisfatório.
Nessa atividade, pude perceber que as aulas ministradas em sala de aula sobre as
equações vetoriais da reta foi bastante proveitosa, para que os alunos pudessem resolver a
questão, definições como dois pontos determinam um vetor, foi primordial no
desenvolvimento da questão, principalmente no item (b). Concluo que o objetivo da questão 3
foi alcançado uma vez que, de acordo com a tabela 4, os que acertaram a questão, foi muito
mais dos que erraram, o que corrobora ao preconizado na análise a priori.
x 4 3t
y = -2 que seria paralela ao eixo x, já no item b ficaria r: , que isolando o
y 1 2t
5 2
parâmetro na abcissa e substituindo no parâmetro da ordenada ficará: y = - x ,desta forma
3 3
era só representar graficamente.
Resultados obtidos
Pelo quadro 5 podemos perceber que o número de alunos que acertaram o item (a)
foi bem maior dos que erraram, no entanto, 19 alunos deixaram de fazer a questão, já no item
(b) houve um empate entre os alunos que acertaram e erraram, a meu ver essa era uma
questão fácil, mas alguns não atentaram para os conceitos ministrados em sala de aula. Sobre
retas paralelas aos eixos coordenados.
x 1 2t x 3
b) r1 : e r2 :
y t y 2 t
Resultados obtidos
Os resultados obtidos nessa questão não foram satisfatório conforme pode ser visto
no quadro 6.
70
Dentre os alunos respondentes apenas 2 acertaram a questão tanto no item (a) como
no item (b), o que mostra que os alunos não estavam preparados para resolverem essa questão.
Pela análise dos dados coletados percebemos, que apesar do número dos que erraram
ser maior dos que acertaram, verificamos que aqueles dois alunos que fizeram a questão, a
aluna V e o aluno H entenderam bem a questão, pois os mesmos fizeram de acordo com que
foi ensinado em sala de aula, vale ressaltar que o aluno C procurou resolver a questão pelo
coeficiente angular o que não foi bem sucedido.
72
x 2mt 3
b) r1: e r2: x = 2y - 1
y 1 3t
Era esperado nessa questão que, os alunos entendessem que se duas retas são
perpendiculares, então o produto interno de seus vetores diretores é igual à zero, sabendo
disto o aluno facilmente conseguiria resolver essa questão, ou seja, r1 r2 < v1 * v 2 > = 0,
pensando nesta fórmula os alunos poderiam resolver a questão, fato este que foi explicado na
segunda etapa da sequência didática, desta forma o item (a) ficaria m = ± 3 / 2 , e o item (b)
3
ficaria m = - .
4
Resultados obtidos
Nessa questão a maior parte dos alunos não entendeu como deveriam resolver essa
atividade, como mostra o quadro 7.
Como mostra o quadro, apenas 3 alunos certaram os itens (a) e (b), e apenas 4 alunos
erraram o item (a) e 3 no item (b).
O objetivo dessa questão não foi alcançado, porque os alunos respondentes do item
(a) e (b) ao fazerem a questão não fizeram de acordo com a análise a priori, apesar de
considerarmos a questão certa, pois alguns chegaram ao resultado correto, porém da forma
como foi feito, ou seja, pelo método tradicional, fez com que não alcançássemos o objetivo.
x 1 t
b) r1: e r 2:
4 t
75
c) r1: y = -3x + 2 e r2 :
Era esperado, nessa questão, que os alunos, aplicassem os conceitos, das retas
paralelas e retas concorrentes, observando só pelos vetores, a qual foi estudada na sequência
didática, com este proposito em mente eles deveriam resolver a questão facilmente, e
diagnosticasse, por exemplo, no item (c), que as retas não são concorrentes e sim paralelas,
observando só pelos vetores. Essa questão é semelhante à questão 7 da avaliação diagnóstica.
Resultados obtidos
Vemos que nesta questão, apesar de termos uma quantidade significativa que não
fizeram a questão, entretanto como não estamos analisando os alunos que não responderam,
tivemos uma quantidade de acerto maior do que os que erraram em cada item, com isto
verificamos que no item (a), 2 alunos acertaram a questão, e nenhum errou, no item (b), 2
alunos acetaram a questão e apenas 1 errou, já no item (c), tivemos 4 alunos que acertaram a
questão e nenhum errou, portanto tivemos um resultado significativo, tendo em vista que a
quantidade de alunos que acertaram a questão em cada item foi maior do que os que erraram.
Era esperado que os alunos, desenvolvessem a teoria da distância entre dois pontos,
logo nesta questão determinaríamos um ponto da rata que chamaremos de P equidistante dos
dois pontos dados, para tanto o aluno teria que calcular a distância, entre vetores, de acordo
Resultados obtidos
O gráfico 13, mostra os resultados que obtivemos nessa questão.
Vemos através deste gráfico que, 3 alunos acertaram a questão, contra 2 que erraram
a questão, mas no entanto 19 alunos não fizeram a questão, demonstrando assim que não
aprenderam o módulo da distância entre dois pontos, contudo pela análise dos resultados o
número dos que acertaram é superior dos que erraram.
Observou-se que o aluno Y ao desenvolver sua questão tomou como valores apenas
os primeiros números da coordenada que forma a abcissa e ordenada, mas não conseguiu
resolver a questão desta maneira, já o aluno L ao desenvolver a questão fez por um método
diferente, que foi pelo estudo tradicional, ele resolveu a questão achando a equação da reta
que passa por P e A e a equação que passa por P e B, com isto montou um sistema,
encontrando desta forma o ponto de interseção, no qual era o ponto encontrado, os alunos H e
V fizeram analogamente ao aluno L.
81
Nestas questões, os alunos tiveram muitas atividades para perceberem a relação que
o estudo da reta tem com os vetores, ou seja, tudo aquilo que eles aprenderam na sequência
didática era para colocarem em prática na avaliação, em particular, a equação vetorial e os
conceitos do estudo dos vetores no plano. Ao desenvolverem as questões eles deveriam
observar que tudo estava girando por meio dos vetores. Muito embora não percebessem essa
conexão esperada, podemos perceber que os vetores favoreceram em muitos aspectos, não
verbalizados pelos alunos em relação ao estudo da reta convencional, como por exemplo, a
interpretação dos alunos em equações vetoriais da reta dado nos problemas, para resolverem
pelo método convencional e chegando ao mesmo resultado esperado. E isso pode ser
observado no desenvolvimento das percepções adquiridas pelos alunos ao utilizarem os
vetores.
6 RESULTADOS E CONCLUSÕES
Apesar de não termos alcançado os resultados esperados que era que a maioria dos
alunos entendessem o estudo da reta por meio dos vetores e com isso obtermos uma
aprendizagem eficaz e significativa. Contudo esperamos que com a introdução desses novos
conhecimentos, possa abrir novos horizontes para a mudança de alguns conceitos
relativamente ao estudo da reta no ensino médio, tendendo para mais próximo do estudo da
reta por meio dos vetores.
Acreditamos que este estudo é de suma importância para alunos do ensino médio, e
que uma maior dedicação por parte dos alunos, juntamente com os professores de querer
ensinar o estudo da reta pela visão desta pesquisa, pode mudar o ensino no Brasil para melhor,
pois quando colocado de forma prática para os alunos, tende a tornar as aulas interativas.
84
REFERÊNCIAS
ARCAVI, A. The role of visual representation in the learning of mathematics. In: NORTH
AMERICAN CHAPTER OF THE PME, 1999. Proceedings… Disponível em:
<http://www.clab.edc.uoc.gr/aestit/4th/PDF/26.pdf>. Acesso em: 01 set. 2016.
PONTE, João Pedro & CANAVARRO, Ana Paula. Matemática e Novas Tecnologias.
Lisboa: Universidade Aberta, 1997.
Winterle, Paulo vetores e geometria analítica São Paulo: Pearson Makron BooKs, 2000.
86
APÊNDICES
87
1- Determine a equação da reta que passa pelo ponto P(2, 3) e pelo ponto Q,
simétrico de P em relação à origem.
b)
x 1 2t
8) Determine o ponto de intersecção das retas r: e s: x + 2y + 3 = 0
y 2 3t
Boa sorte
Assim como toda felicidade é passageira, nenhum sofrimento será eterno.
93
1- Determine a equação da reta que passa pelo ponto P(2, 3) e pelo ponto Q,
simétrico de P em relação à origem.
b)
x 1 2t
7) Determine o ponto de intersecção das retas r: e s: x + 2y + 3 = 0
y 2 3t
Boa sorte
Assim como toda felicidade é passageira, nenhum sofrimento será eterno.
95
Vetores
Vetores paralelos
Vetores no R2
sendo o plano cartesiano XOY. Qualquer vetor AB considerado neste plano tem sempre um
representante (segmento orientado OP ) cuja origem é a origem do sistema (figura 1.3 a).
Em nosso estudo consideraremos geralmente vetores representados por segmentos
orientados com origem na origem do sistema. Nestas condições, cada vetor do plano é
determinado pelo ponto extremo do segmento. Assim, o ponto P(x, y) individualiza o vetor V
componentes de V .
Figura 1.3ª – vetor AB sendo representado por OP Figura 1.3b o vetor V representando P
Fonte: Winterle, Paulo (álgebra linear I) Fonte: Winterle, Paulo (álgebra linear I)
99
Os vetores ortogonais e unitários, neste caso, são simbolizados por i e j , ambos com origem
j }chamada canônica. Portanto i = (1,0) e j = (0,1). Daqui por diante trataremos somente da
base canônica.
Logo um par (x, y) pode ser encarado como um ponto (figura 2.1 a) e, nesse caso x e
y são coordenadas, ou pode ser encarado como um vetor (figura 2.1 b) e, nesse caso x e y são
componentes (ou coordenadas).
100
Figura 2.1a um par (x, y) pode ser um ponto figura 2.1b um par (x, y) como um vetor
Fonte: Winterle, Paulo (álgebra linear I) Fonte: Winterle, Paulo (álgebra linear I)
3) α u = (αx1, αy1)
Portanto, para somar dois vetores, somam-se as correspondentes coordenadas, e para
multiplicar um número real por um vetor, multiplica-se cada componente do vetor por este
número.
Exemplos
Esta é a condição de paralelismo de dois vetores, dois vetores são paralelos quando
suas componentes forem proporcionais.
103
Módulo de um vetor
Exemplo:
Determinar, no eixo OX, um ponto P que seja equidistante dos pontos A(-1, -2) e B(5, -4)
104
Consideremos um ponto A(x1, y1) e um vetor não nulo V = (a, b). Só existe uma reta
r que passa por A e tem a direção de V . Um ponto P(x, y) pertence a r se, e somente se, o
AP = t v (1)
P – A = tv
Ou
P = A + tv (2)
Ou, em coordenadas.
105
Qualquer uma das equações (1), (2) ou (3) é denominada equação vetorial de r, mas
como mente a equação (3) é a mais utilizada. O vetor v é chamado vetor diretor da reta r e t é
denominado parâmetro.
Exemplo.
A reta r que passa por A(1 , -1) e tem a direção de v = (2 , 3), tem equação vetorial,
de acordo com (3):
se desejarmos obter pontos de r, basta atribuirmos valores para t. por exemplo, para
t = 1, obtém-se (x , y) = (1 , -1) + 1(2 , 3) = (1 , -1) + (2 , 3) = (3 , 2)
e, portanto, P1(3 , 2) r.
de forma análoga ,
e, portanto, P2(5 , 5) r
para t = -1, obtém-se o ponto P4(-1 , -4) e assim por diante. Se t assumir todos os
valores reais, teremos todos os infinitos pontos da reta.
x x1 at
r: (4)
y y1 bt
Exemplo.
x 2 t
r:
y 3 2t
x 2 (1) 3
Para t = 1 vem r: B(3,1) r
y 3 2(1) 1
x 2 (4) 6
Para t = 4 vem r: C (6,5) r
y 3 2(4) 5
4 2 t
Para D(4, -1) as equações r: se verificam para t = 2 e, D r
1 3 2t
5 2 t
Para E(5, -4) as equações r: não são satisfeitas para o mesmo valor de t (t = 3
4 3 2t
satisfaz a primeira equação, mas não a outra). E r
m 2 t
Solução: Como f r , as equações r: se verificam para algum real t.
5 3 2t
A reta definida pelos pontos A e B é a reta que passa por A (ou B) e tem a direção de vetor
V = AB .
Exemplo: Escrever equações paramétricas da reta r que passa por A(3 , -1) e B(1 , 2)
x 3 2t
Solução: Escolhendo o ponto A e o vetor v = AB = B – A = (-2, 3), tem-se r:
y 1 3t
x x1 y y1
Supondo a, b ≠ 0 , vem t= e t=
a b
Como para cada ponto da reta corresponde um só valor para t, obtemos as igualdades.
108
x x1 y y1
= (5)
a b
As equações (5) são denominadas equações simétricas da reta que passa pelo ponto A(x1, y1)
Exemplo: a reta que passa pelo ponto A(3 , 0) e tem a direção do vetor v = (2 , 2), tem
equações simétricas.
x3 y
Solução: = se desejarmos obter outros pontos da reta, basta atribuir um valor
2 2
53 y
qualquer a uma das variáveis. Por exemplo, para x = 5 , tem-se =1= onde y = 2 e,
2 2
portanto, o ponto (5, 2) pertence à reta.
Exemplo: seja a reta r definida pelo ponto A(2 , -4) e pelo vetor diretor v = (1 , 2). Encontrar
equação reduzida na variável x.
109
x 2 t
Solução: r: , isolando t na 1° equação temos t = x – 2
y 4 2t
Substituindo t na 2° equação obteremos:
y = -4 + 2(x – 2)
y = -4 +2x – 4
y = 2x – 8
i = (1, 0) ou j = (0, 1). Neste caso, uma das componentes do vetor é nula.
Exemplo: seja a reta r que passa por A(2 , 3) e tem a direção do vetor v = (0 , 3). Determine
sua equação paramétrica.
Analogamente a figura 1.3 representa a reta que passa por A(x1, y1) e é paralela ao eixo OX.
Logo sua equação já na forma simplificada é:
figura 1.3 reta paralela ao eixo OX
v1 v 2
Cos θ , com 0 ≤ θ ≤ (6)
v1 v2 2
111
solução: os vetores que definem as direções das retas r 1 e r2 são, respectivamente, v1 = (1, 1) e
v1 v 2
Cos θ
v1 v2 12 12 (2) 2 12 1 1 4 1 2 5
1 10 10
Cos θ .
10 10 10
10
Logo, θ = arc. cos ( ) 71°, 56’
10
perpendiculares. Então r1 r2 v1 . v 2 = 0
Fonte: Winterle, Paulo (álgebra linear I) Fonte: Winterle, Paulo (álgebra linear I)
x 3 h x 5 3t
1) r1: e r 2:
y 1 2h y 3 2t
112
Solução: se existe um ponto I(x, y) comum às duas retas, suas coordenadas verificam todas as
equações de r1 e r2, isto é, o ponto I é solução única do sistema formado pelas equações das
duas retas.
1) Igualando as expressões em x, y nas equações de r 1 e r2, tem-se:
3 h 5 3t h 3t 2
1 2h 3 2t 2h 2t 4
Sistema cuja solução é: h t 1 . Substituindo h 1 nas equações de r1, obtém-se
x 3 (1) 2
r1 : I (2,1)
y 1 2(1) 1
O mesmo ponto seria obtido substituindo-se t 1 nas equações de r2.
x2 y 1
2) r1: y 3x 2 e r 2: =
2 6
Solução: observando que v1 = (1, -3) e v 2 = (2, -6) são vetores diretores de r1 e r2,
1) Determinar uma equação vetorial da reta r definida pelos pontos A(2, -3) e B(1, -1) e
verificar se os pontos C(5/2, -4) e D(-1, 4) pertencem a r.
2) Dada a reta r
x 2 t
r:
y 3 t , determine o ponto de r tal que
c) a ordenada seja 6;
d) a abscissa seja igual à ordenada.
x 1 2t x 3
d) r1 : e r2 :
y t y 2 t
6) Sabendo que as retas r1 e r2 são perpendiculares, determinar o valor de m para o caso:
c) y = mx + 3 e reta por A(1, 0) e B(-2, 2 m )
x 2mt 3
d) e x = 2y - 1
y 1 3t
x 1 t
e) r1: e r2 :
4 t
8) Determinar na reta
x 2 t
r:
y 1 2t
Um ponto equidistante dos pontos A(2, -1) e B(1, 0)