CONTEMPLADO NO EDITAL Nº05/2020 DA LEI ALDIR BLANC RIO

GRANDE DO NORTE, FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO, GOVERNO DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, MINISTÉRIO DO TURISMO E
GOVERNO FEDERAL. PROJETO REFERENTE AO PROGRAMA DE
APOIO A MICROPROJETOS CULTURAIS.

EBOOK

Teatro

Musical
em
FOCO

Expresse sua arte!

O mundo ficará mais
rico com ela.
Apoio:
Sumário


O QUE É TEATRO MUSICAL?

Você se senta em sua poltrona, o terceiro sinal toca e as
luzes se apagam. A orquestra ataca a abertura, enquanto
as cortinas se abrem. Nesse momento vem um único
pensamento em sua cabeça: Onde surgiu isso tudo?

O teatro musical é uma forma de teatro tão querida e que

emprega três tipos de arte: a música, a dança e o teatro. Esses
tipos são utilizados para contar a história da peça, podendo
intercalar com falas ou inteiramente cantadas.
Ninguém sabe ao certo quando o teatro musical começou. A
primeira obra que se aproxima do conceito do teatro musical
moderno é datada de 1728 e se chama A Ópera do Mendigo,
composta por John Gay.

TEATRO DANCA MÚSICA

É uma forma de arte na qual
um ou vários atores apresentam
uma determinada história que
desperta na plateia sentimentos
variados.
O significado da dança vai além
da expressão artistica, através da
dança, uma pessoa pode
expressar o seu estado de
espírito.
É a combinação de ritmo,
harmonia e melodia, de
maneira agradável ao ouvido. É
a arte de coordenar e transmitir
efeitos sonoros harmoniosos e
esteticamente válidos.


A primeira adaptação de uma peça

da Broadway foi Minha Querida
Lady (My Fair Lady), com Bibi
Ferreira e Paulo Autran e, no fim
dos anos 60.

imagem do: O patativa-blogger

No começo dos anos 2000 o gênero

começou a dominar os palcos brasileiros
novamente, com produções como A Bela
e a Fera, Les Miserables, Miss Saigon e
Wicked.

imagem do: Aprendiz de viajante

O modelo americano passa a receber versões

brasileiras com o trabalho de Cláudio
Botelho que, em parceria com Charles
Möeller, encena espetáculos como Company,
2001, de George Furth, e Lado a Lado com
Sondheim, 2005, com atores que
demonstram o apuro técnico do modelo da
Broadway.

O diretor Miguel Falabella confere a esse

formato ambientação e dramaturgia brasileiras
em Império, 2006, que no ano seguinte prorroga
a temporada devido ao êxito de bilheteria.
Sassaricando, e o Rio Inventou a Marchinha, de
Sérgio Cabral e Rosa Maria Araújo, tem casa
cheia em todas as apresentações. Cauby, Cauby!,
de Flávio Marinho, sai de cartaz tendo alcançado
56 mil espectadores em 96 apresentações,
enquanto Sweet Charity, de Neil Simon, com
versão brasileira de Claudio Botelho, é assistido
por 85 mil pessoas em São Paulo.


Importante ressaltar que o teatro de revista

visava a agradar a diferentes segmentos da
sociedade, mas seu foco era a pequena
burguesia. Os elementos que a caracterizam
são demonstrativos disso. A forma popular
de representação abrangia a ópera-cômica,
a opereta, o vandeville (interpretação de
canções curtas, ligeiras e satíricas) e a
revista.
imagem do: O patativa-blogger

Destacavam-se como elementos

composicionais de uma revista o texto em
verso, a presença da opereta (da comédia
musicada), o fandango, o samba, e em
tempos modernos a bossa nova.

imagem do: Aprendiz de viajante

Teatro Recreio (1924), de

Manoel Pinto, que iniciou um
período de grandes
espetáculos, abrigando autores
e atores próprios.

Mas não são apenas musicais internacionais

que o Brasil remonta, existem também
musicais brasileiros, como o que conta a vida
de um dos grandes nomes da MPB, Tim Maia,
no musical “Tim Maia, Vale Tudo, O Musical”
que com músicas escritas pelo cantor, conta a
trajetória de sua vida, desde seus primeiros
anos de vida com a família ate sua morte.
Outro musical brasileiro é um que entrou em
cartaz na primeira semana de novembro, “Elis
Regina, o Musical” que conta a vida da
cantora.
TÉCNICAS PARA
MEMORIZAR
TEXTOS

Grave o texto e escute Leia e faça um resumo

Procure interagir com o Estimule seu cérebro

texto!

 Hoje em dia, todas as pessoas

donas de um telefone celular
possuem um gravador de áudio
digital. Assim, se torna muito fácil
gravar a própria voz e escutá-la,
como se fosse outra pessoa.
Desta maneira, você pode
aproveitar momentos em que
seria impossível ler o texto. Por
exemplo, dentro do transporte
público no caminho para o
trabalho e decorar aquilo que é
importante.

Fazer um resumo com os

conceitos mais importantes
pode ajudar na
memorização,
principalmente quando se
está estudando para uma
prova. Após algumas
leituras, procure escrever a
ideia principal com as suas
próprias palavras.
 Conforme avançar na leitura,
procure formular perguntas a
respeito do assunto.
Questione qual é a ideia
central da parte que você
acabou de ler. Ou faça o
exercício de tentar reescrever
mentalmente o que leu com
as próprias palavras.

Uma das maneiras de

estimular o cérebro
para recordar
informação é separar
as letras iniciais do
texto e tentar lembrar
o que foi lido a partir
desta lista.
 ENTREVISTA
COM:
D A N I L O G U A N A I S

Danilo Guanais,

(Danilo Cesar Guanais de Oliveira), nascido em São Paulo-SP (1965), cedo veio para Natal, onde iniciou
seus estudos de Música, na Escola de Música da UFRN. Atuando a princípio como instrumentista, em
grupos como a Orquestra Sinfônica do RN (como timpanista), o Madrigal da UFRN e o Coral Canto do
Povo (como tenor e chefe de naipe), o Quinteto de Violões da UFRN e o Duo de Violões Alvaro/Danilo,
logo descobre a vocação para o trabalho com as artes cênicas, compondo a trilha sonora da peça A Mente
Capta, de Mauro Rasi, a convite do grupo Argamassa de Teatro. Ganhador do Prêmio Hangar de Melhor
Compositor Erudito no Nordeste, em 2004, e de Trajetória Musical, em 2016, atualmente é professor da
Escola de Música da UFRN, onde leciona nas cadeiras de Composição, Harmonia, Apreciação Musical,
Metodologia da Pesquisa em Música, Arranjos, Instrumentação e Análise Musical. É doutor em
composição pelo Doutorado Interinstitucional Unirio – UFRN desde março de 2013.
P E R G U N T A S :

1- COMO COMEÇOU SUA CARREIRA COM TEATRO MUSICAL, COMENTE UM POUCO SOBRE OS
DESAFIOS ENFRENTADOS POR VOCÊ DURANTE SUA CARREIRA E AS DIFICULDADES DE POR
EM PRÁTICA SEUS PROJETOS NO RIO GRANDE DO NORTE.

"A primeira oportunidade que eu tive de fazer um trabalho Musical, foi quando eu trabalhava em teatro
mesmo, a grande caixa de teatro, e um grande amigo Carlos Ereldo Diretor, que já nos deixou, estava
dirigindo e montando "A Mente Capta", texto de Mauro Rasi Dramaturgo Carioca que tinha uma cena e
ele queria fazer uma cena musical e me chamou para fazer a música, me deu o texto e eu fiz a música
para este texto e isso virou uma canção chamada " O Dom de Iludir" e foi a minha primeira
oportunidade de fazer um trabalho ligado a essa noção de letra conjugada com música, dança. E essa
intenção passou para outras peças que vieram depois, dentro do grande teatro, chamando atenção para
algumas, por exemplo "O Processo de Lucullus" com o grupo Argamassa de Teatro, "O Moço que Casou
com Mulher Braba", "O senhor dos labirintos" com o grupo Emboaça de Aracaju, um dos grupos mais
interessantes de Teatro de Rua do Brasil. Nesses trabalhos todos eu tentei criar cenas em que os atores
cantassem e fizessem uma aproximação maior com o Teatro Musical. O Teatro Musical mesmo
aconteceu comigo através da experiência que eu tive com Racine Santos, um grande Dramaturgo Norte
Riograndense, que foi o "Bye Bye Natal" montado em 2004 para os 100 anos do Teatro Alberto
Maranhão, este espetáculo já tinha tido outra experiência com Teatro Revista, mas nessa versão nova
decidimos transforma-la em Musical mesmo, parecido com os Musicais Clássicos. Depois vieram o
"Beco da Alma" com um texto impressionante de Cláudia Magalhães, "TeAtor" que é uma junção de
vários textos de peças que eu produzi, que falam sobre o papel do Teatro, depois teve o "Sapiens" um
Musical em comemoração aos 60 anos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Sobre a
questão de desafios de fazer Musicais no Rio Grande do Norte, o que eu sinto como compositor, é a
dificuldade em diversos elementos, o elemento Humano me chama atenção logo de cara porque de
certa maneira aqui começou a crescer como artista mas sempre pensando num determinado aspecto da
arte, então nós temos grandes bailarinos, grandes cantores, grandes atores, e um Musical precisa que
essas três habilidades se combinem na formação do artista, ou seja, nós precisamos de bons cantores que
sejam bons atores e grandes dançarinos, o que não é fácil, mas isso está mudando, porém é um dos
grandes desafios do Teatro Musical Norte Riograndense, estimular esse tipo de procura nos jovens que
estão em formação, para que exista essa compreensão e noção de que o artista tem que ser completo, e
isso vai abrir portas e dar um diferencial para nós dando um destaque especial e ganhar muito,
principalmente o Teatro Musical."

2 - C O M E N T A S O B R E S E U T R A B A L H O C O M O D I R E T O R
M U S I C A L , D A N D O A L G U N S D E T A L H E S A R E S P E I T O D O S
S E U S P R O J E T O S E M 2 0 2 0 E 2 0 2 1 , R E L A T A N D O U M P O U C O
S O B R E E S T A M O S V I V E N D O U M A P A N D E M I A .

" Bom meu trabalho como diretor Musical, ele está mais ligado a grandes montagens feitas através de
iniciativas públicas, que montam os espetáculos a respeito das histórias de suas cidades, dos padroeiros
da cidade, então são grandes espetáculos que envolve grande número de pessoas, que são preparadas
através de oficinas, palestras e muitos ensaios. E esses espetáculos tem criado uma espécie de identidade
dentro do Rio Grande do Norte, eu chamaria atenção para "Um Presente de Natal" que acontece todos
os finais de ano. Como também o "Auto do Natal", "Chuva de Bala no País de Mossoró" a respeito da
entrada do Bando de Lampião na cidade, resultando num momento de heroísmo da população, " O
Auto da Liberdade" que fala sobre a primazia de Mossoró em quatro aspectos da luta pela liberdade na
história, " O Auto de São Jõao Batista" com texto de Paulo Varela, " Terra de Santana", "Nas Asas da
História" que conta um pouco da história de Parnamirim/RN, com texto de Tarcísio Gurgel. Nesses
trabalhos meu trabalho como Diretor Musical é regimentar as pessoas que vão cantar, tocar, fazer os
solos, criar músicas, gravar base, depois ensaiar texto, ensaiar a pronuncia, resolver problemas de
afinação, de expressão de como vai fazer a interpretação, depois gravamos tudo, editamos e damos o
acabamento no estúdio.
É um trabalho difícil, árduo que envolve muita gente , mas é muito bom de fazer, um trabalho muito
legal que sempre a população se identifica e gosta muito. A pandemia praticamente cancelou esses
trabalhos, nós tivemos durante a pandemia em Dezembro de 2020, a oportunidade de fazer um vídeo
com "Um Presente de Natal", que é um dos mais antigos desde 97, fizemos uma experiência, onde foi
muito bem sucedida, virando um vídeo maravilhoso que está disponível no YouTube. O que eu queria
destacar de todas essa montagens foi a generosidade com que esses dramaturgos de diversos textos, me
deram abertura para mexer nos textos, adaptando as prosódias, os acentos das palavras , o tamanho dos
textos, fazer cortes, inserir novas estrofes. Sobre 2021, eu torço para que der certo o retorno das
atividades presenciais, pois a alma do Teatro Musical está nessa interação."

3- QUAIS SÃO SEUS PROJETOS FUTUROS, TEM ALGUMA COISA QUE ESTÁ NO PAPEL E TENS
MUITA VONTADE DE REALIZAR?

" A pandemia atrapalhou bastante as realizações verdadeiras, não verdadeiras no sentido de existir,
porque se você consegue fazer um Teatro Musical Virtual ele continua sendo um Teatro Musical. Eu
tenho visto diversas soluções muito criativas e muito interessantes na telinha do celular ou no
computador, mas atrapalhou no sentido da coisa física, do olho no olho, de você sentir como a
expressão vocal feita na sua frente ele é como ele existe, então eu sinto um pouco falta disso. Eu tenho
vontade de montar um Musical "Assim Me Contaram", fazer uma realização dele como vídeo, eu acho
que é possível contar as histórias que Câmara Cascudo recolheu que eu misturei e transformei em uma
outra história acrescentando diversos outros itens do Folclore Norte Riograndense, num vídeo criativo
em que a linguagem do desenho animado, a linguagem do vídeo em si, linguagem da fotografia do
Cordel, elas ganhem vida e juntas elas consigam expressar a riqueza que é o nosso Folclore dentro dessa
montagem, tem uma música que eu gosto muito, ela é relativamente simples mas que toca
principalmente as crianças, o tema é infanto juvenil que cabe para todas as faixas etárias. Sonhos eu
tenho alguns pela frente, estou terminando o texto e a música está quase pronta de um Musical muito
mais introspectivo, denso, sério, chamado "Jogo de Cartas", diz respeito sobre amizades e mentiras,
como as relações são construídas, com base em coisas que a gente pensa ou constrói, que a gente
gostaria que fosse verdade ou o que a gente precise esconder as vezes , e é um jogo muito difícil de se
fazer em sociedade e amizade, mas que a gente faz o tempo todo! Eu gostaria de colocar isso num
Musical , eu pensei em um jogo de quatro amigos em que isso acontece. Isso está quase pronto em
aspecto musical e texto que são meus, mas preciso conversar e interagir com mais pessoas para pegar
mais elementos e concluir de fato. Outro seria a versão do Romel e Julieta, no início do século XX em
Natal/RN, articulando duas famílias, uma na Cidade Alta e outra nas Rocas, com título provisório
"Xarias e Canguleiros" reportando mais uma vez a um dos capítulos da história da Cidade do Natal de
Câmara Cascudo, em que nós teríamos não Romel e Julieta, mas dois outros personagens que
cumpririam todo o drama, naturalmente adaptado a realidade da nossa cidade. Eu tenho a esperança
que estamos vivendo se transforme em força, que saiamos fortalecidos. Nossa tentativa é de criar um
polo de Teatro Musical mas depende muito dessa força e que a gente sobreviva a essa pandemia, para
que essa essência do que é fazer Teatro Musical na sua verdade, que é a interação real entre
cantores/atores e público, não morra! Eu tenho a esperança de que isso vai voltar e torço para que seja o
mais cedo possível!"
 ENTREVISTA
COM:
H E L I M E D E I R O S

Heli Medeiros,

é cantora, atriz e fonoaudióloga. É natural de Currais Novos/RN, mas iniciou sua vida artística
profissional em Porto Alegre/RS, onde morou dos 15 aos 28 anos. No Teatro iniciou os estudos no teatro
em 2009 na Escola de Teatro do Grupo NEELIC (Núcleo de Estudos e Experimentação em Linguagem
Cênica), na cidade de Porto Alegre/RS. Em 2011, passou a integrar o Grupo Neelic, dirigido pela diretora
e pesquisadora Desirée Pessoa, e também o Grupo Goela (teatro musical), dirigido pela atriz e produtora
gaúcha Cíntia Ferrer (Pin- Up Produtora, fundadora e diretora da ACTEMUS – Academia de Teatro
Musical de Porto Alegre), fazendo musicais e pocket shows em eventos. Em 2017, passou a fazer parte da
antiga Companhia Livre de Teatro Musical da UFRN, coordenado pela professora Dra. Amélia Dias, que
hoje é conhecido como Projeto POLI de Teatro Musical. Integra o grupo PRO do projeto, dirigido pelo
renomado compositor e escritor Danilo Guanais, que também é professor titular da instituição. Foi
artista selecionada do Broadway Brasil 2018, na cidade de Recife/PE, com espetáculo final intitulado
“Showcase”, apresentado no Teatro da Caixa Cultural. No mesmo ano, fez parte do elenco de SAPIENS
– e a Cirando do infinito (texto e músicas de Danilo Guanais, direção de Diana Fontes). Em 2019 atuou
na temporada 2019 de Bye bye, Natal (texto de Racine Santos, músicas de Danilo Guanais, direção de
Diana Fontes), espetáculo vencedor do Prêmio Brasil Musical - Melhor Musical do Nordeste 2018. Em
2020, Heli foi Top 100 do Programa Talentos 2020 (TV Cultura), um reality show de teatro musical que
revela os novos talentos deste segmento no Brasil. Foi aluna do Em Cena Escola de atores para TV e
Cinema em 2020, dirigido por Daniel Rizzi. Em 2020, fez parte do elenco do musical infantil "Tico
para Tiquinhos" (texto e direção de Doc Câmara, músicas de Tico da Costa in memorian), gravado em
dezembro. Em março de 2021 gravou o espetáculo musical "Komboio do Sol" (texto de Henrique Fontes
com adaptação de Doc Câmara, Direção de Doc Câmara, músicas de Tico da Costa in memorian) e,
atualmente, está no elenco do musical infantil "É Natal na Terra do Sol", que será gravado em maio.
P E R G U N T A S :

1- COMO COMEÇOU SUA CARREIRA COM TEATRO MUSICAL, COMENTE UM POUCO SOBRE OS
DESAFIOS ENFRENTADOS POR VOCÊ DURANTE SUA CARREIRA E AS DIFICULDADES DE POR EM
PRÁTICA SEUS PROJETOS NO RIO GRANDE DO NORTE.

" Bem como cantora, iniciou a 27 anos atrás, a 18 anos sou cantora profissional, e como atriz eu comecei os
estudos ainda em outro estado, iniciei os estudos em outro estado apesar de ser daqui, onde comecei os
estudos em 2009. A carreira de atriz em Teatro Musical começou recentemente, a partir de 2018 foi
quando eu fiz meu primeiro espetáculo Musical profissional. Os desafios de fazer Musical no Rio Grande
do Norte, eles estão exatamente no fato de não haver ainda a disseminação desse segmento aqui no
estado, é claro que existe e sempre existiram Autos, um espetáculo muito grande em Mossoró por
exemplo que é o Chuva de Balas no País de Mossoró, existem Autos de Natal que são bem comuns aqui,
alguns Autos de São João. Mas o Teatro Musical como ele é, como ele foi concebido originalmente, ainda
é muito difícil, especialmente pela questão de estrutura, além da questão de estrutura de por exemplo
você ter especialmente um equipamento de som adequado que possa funcionar perfeitamente para 15
atores e mais uma banda, esse tipo de estrutura é muito importante, além de formação em específico em
Teatro Musical. Eu sou uma cantora dentro do Teatro Musical, dentro das três artes, eu sou uma cantora
que aprendeu a atuar a pouco tempo, como cantora sou muito mais experiente, e como dançarina eu sou
péssima não tenho essa formação, então eu sinto muita falta daqui ter algum centro de estudos onde eu
possa atuar, estudar fazendo as três coisas onde eu possa aprimorar dentro do Teatro Musical."

2 - C O M E N T A S O B R E S E U T R A B A L H O C O M O A T R I Z D E
M U S I C A L , D A N D O A L G U N S D E T A L H E S A R E S P E I T O D O S
S E U S P R O J E T O S E M 2 0 2 0 E 2 0 2 1 , R E L A T A N D O U M P O U C O
S O B R E E S T A M O S V I V E N D O U M A P A N D E M I A .

"A partir de 2018 fim de 2017, voltei a ter contato com o Teatro Musical, no caso agora não
era mais o Teatro tradicional como eu estava acostumada a estudar nos anos anteriores. E
daí eu me encantei e em 2018 eu tive a oportunidade de participar do Broadway Brasil e a
partir do feedback dos profissionais que estavam a frente desse projeto, que são
profissionais atuantes no mercado Brasileiro especialmente o eixo Rio e São Paulo onde
esse mercado é muito forte. Daí eu pensei, não eu acho que eu tenho condições de seguir,
apesar das minhas limitações, da minha idade, falta de de estudo em algumas partes, e aí
em 2018 mesmo eu participei do meu primeiro espetáculo profissional, que foi o Sapiens,
2019 segui em uma temporada do Bye Bye Natal, que é outro espetáculo daqui de
Natal/RN, e em 2020 em Novembro, ainda na Pandemia, me convidaram para fazer um
espetacúlo infantil, que seria gravado, então nós tivemos só um mês para montagem e
gravação. Esse espetáculo foi um processo bem intenso, mas que foi muito significativo
para mim que passei o ano de 2020 inteiro parada, estagnada como artista, sem muitas
perspectivas, e a partir desse já aconteceu um outro espetáculo que já foi ensaiado em
Janeiro e Fevereiro, gravamos no início de Março, um Musical adulto e neste momento
estou ensaiando um outro espetáculo infantil no mesmo estilo do que a gente fez no fim do
ano, só que com uma abordagem um pouco diferente de texto, objetivo, e é muito louco
porque hoje um dos integrantes teve contato com a mãe que teve Covid-19, a gente teve que
ensaiar online, a gente está fazendo os ensaios presencialmente desde o começo de
Novembro até agora a gente mal parou, tivemos dias de descanso entre um espetáculo e
outro e a gente está literalmente se virando, ensaiando em locais com espaços abertos,
sempre com máscara, apesar do calor, do cansaço, de ter que dançar, cantar, é muito
desafiador sim, mas é muito bom poderfazer arte nesse momento tão ruimda humanidade."
3 - Q U A I S S Ã O S E U S P R O J E T O S F U T U R O S , T E M A L G U M A
C O I S A Q U E E S T Á N O P A P E L E T E N S M U I T A V O N T A D E D E
R E A L I Z A R ?

"Então os projetos para o futuro, além de seguir participando de espetáculos profissionais, eu

quero muito quando tudo isso passar poder me dedicar a dança para me sentir um pouco mais
segura como atriz de Teatro Musical, que eu acho muito importante essa questão da corporeidade,
além dessa dedicação também tem um projeto que eu tenho em mente que não tem nada escrito,
mas eu gostaria muito de fazer um monólogo Musical, claro que vai exigir muito da minha
condição como atriz da minha experiência e é algo que eu não tenho pressa mas eu tenho muito
em mente isso."

FOTOS DE ALGUNS TRABALHOS:

 ENTREVISTA
COM:
MATEUS NORONHA

Mateus Noronha,

é ator e cantor, formado em Teatro Musical pelo TennBroadway, tem 30 anos e é natural de Natal/RN.
Iniciou sua experiência no Teatro Musical em 2016, na Companhia Livre de Teatro Musical, projeto de
extensão da EMUFRN (Escola de Música da UFRN). Dentro dela, participou de montagens acadêmicas,
como: Marvin: Vale a Pena Acreditar? (2016), Caro Evan Hansen (2017) e Aparentemente (2018). Nesse
período participou das Team Week (semana de Teatro Musical da UFRN) de 2017 e 2018, onde
participou de oficinas e foi voluntário. Em 2018, fez o curso de férias do TeenBroadway, onde foram
apresentados números Musicais High School Musical, In The Heights e Les Misérables. Já em 2019, se
mudou para Sãp Paulo e ingressou no Curso Técnico Profissionalizante do TeenBroadway, onde
integrou a montagem da Ópera do Malandro (2019), tendo concluído no final de 2020. Além disso, já
participou de grupos vocais e coral - tendo já gravado um CD, e workshops/oficinas no Em Cena, Casa
da Ribeira e Clowns de Shakespeare.
P E R G U N T A S :

1- COMO COMEÇOU SUA CARREIRA COM TEATRO MUSICAL, COMENTE

UM POUCO SOBRE OS DESAFIOS ENFRENTADOS POR VOCÊ DURANTE SUA
CARREIRA E AS DIFICULDADES DE POR EM PRÁTICA SEUS PROJETOS NO
RIO GRANDE DO NORTE.

" Antes de começar a investir em Teatro Musical, eu tive uma experiência de fazer figuração
no Projac para uma mini serie da Globo chamada Liberdade Liberdade, sendo uma
experiência pontual porque eu filmei duas cenas, tava de passagem pelo Rio e tive essa
oportunidade, foi uma oportunidade rápida mas legal para eu saber como funciona lá dentro,
toda preparação, foi bem legal, uma experiência que eu não vou esquecer. Fora isso, já gravei
um curta amador, que foi um trabalho de faculdade, um pequeno trabalho que eu tive na parte
de audio visual. Além disso, os meus trabalhos profissionais se resumem nos três Musicais que
eu fiz em 2018 no Rio Grande do Norte. Bom, meus projetos ano passado estava finalizando
meu curso de Teatro Musical que eu ingressei no começo de 2019, que é o Técnico
profissionalizante em Teatro Musical, que eu fiz lá no TeamBroadway conclui no final do ano.
Após isso comecei a investir mesmo em cursos de curta duração, fiz curso na Casa da Ribeira
de prática de montagem Teatral, a gente fez uma dramaturgia áudio visual foi bem
interessante que a gente fez tudo online, foi um experiência muito boa, foi algo novo pra mim.
Também fiz uma oficina de voz com um pessoal do Clowns de Shakespeare, onde a gente pode
vivenciar alguns conhecimentos de técnica vocal a também ter um feedback da apresentação e
atualmente to fazendo um curso teórico prático com dois diretores de São Paulo com Léo
Romano e Jorge Godói, ta sendo muito bom porque eles estão imersos no mercado, eles
participam de montagens continuamente, o Jorge é um maestro e um condutor bem atuante
na área, já dirigiu vários Musicais grandes, Léo já atuou e dirigiu também em Musicais, e
durante a Pandemia tem sido isso mesmo, não ficar parado continuar estudando fazendo
network mesmo que online, estudando repertório, conhecendo Musicais novos, essa tem sido
a minha experiência!"
2- COMENTA SOBRE SEU TRABALHO COMO ATRIZ DE
MUSICAL, DANDO ALGUNS DETALHES A RESPEITO DOS
SEUS PROJETOS EM 2020 E 2021, RELATANDO UM POUCO
SOBRE ESTAMOS VIVENDO UMA PANDEMIA.

"Meus projetos para daqui em diante são de continuar estudando, não parar, fazer aulas de
canto, fazer cursos (mesmo que sejam pequenos, para está praticando, sempre me atualizando)
, não perder o pique e a prática do exercício teatral, além disso eu pretendo produzir musicais
aqui na minha cidade também, fazendo NetWork com amigos, começando devagarzinho
mesmo, para que a gente possa fomentar a produção local mesmo em tempo de isolament, nos
adaptarmos a essa situação e poder mostrar que o teatro sobrevivi mesmo em uma situação
dessa a gente pode levar algo de qualidade e levar uma boa produção, por que não?! Aqui da
nossa cidade, a gente tem tantas pessoas talentosas e o que falta realmente é se juntar mesmo e
planejar mesmo que online poder movimentar a cena local. E outra coisa também que eu
pretendo é voltar para São Paulo, em breve, quem sabe ano que vem, para continuar
estudando em São Paulo, porque lá querendo ou não é o centro dos melhores cursos,
produções, produtores de Teatro Musical do Brasil estão lá, Rio de janeiro também que é do
lado, então eu penso em voltar para fazer testes de audição e continuar estudando."

3- QUAIS SÃO SEUS PROJETOS FUTUROS, TEM ALGUMA COISA QUE ESTÁ
NO PAPEL E TENS MUITA VONTADE DE REALIZAR?

"Em São Paulo sempre está acontecendo, as coisas acontecem rápido, os maiores Musicais ,
maiores produções do Brasil estão concentradas em São Paulo e Rio de Janeiro, só que SP tem
um maior número de pessoas voltadas para esse nicho de Teatro Musical. As grande
produtoras costumam iniciar suas produções logo no início do ano e eles já estão começando
a estrear. Então é comum do final do ano para o começo do ano abrirem audições e testes
para os novos musicais durante o ano vão aparecendo outras novidades também de musicais
menores e produtoras menores, as coisas acontecem bem rápido, então em São Paulo você tem
que está bem atento as oportunidades, seguir os perfis certos, se comunicar com as pessoas,
fazer NetWork no seu curso onde você está estudando teatro ou aula de canto, perguntar (qual
a produção que está acontecendo agora?) porque se não você pode passsar batido e perder uma
grande oportunidade, e lá você tem que ir fazendo mesmo. Nessa minha curta experiência
antes de voltar para Natal/RN, eu fiz vários e vários testes, alguns eu não fui nem chamado
mas outros eu cheguei a ser chamado para fazer o teste e isso trás uma experiência muito boa
de você ser chamado porque você passa pelo o emocional daquela coisa ao vivo, aprende a se
portar, fica bem mais perto de passar em um espetáculo, mas isso vai te dando bagagem. O
que eu posso dizer para quem quer tentar essa vida, é que exige muita forca de vontade não é
para qualquer um, porque Teatro Musical é caro, é uma linguagem que engloba outras
linguagens canto, dança e atuação, você tem que investir nessas linguagens performáticas,
exigindo planejamento, emocional, dentre outras situações... Estando sempre preparado!"


FOTOS DE ALGUNS TRABALHOS:

 ENTREVISTA
COM:
J A Q U E M O R A E S

Jaque Moraes,

é graduada em Música, Técnica em Canto Popular pela Universidade Federal do Rio

Grande do Norte e atualmente pós-graduanda em Musicoterapia. Durante toda sua
graduação integrou a Companhia Livre de Teatro Musical, extensão do atual grupo
POLI Teatro Musical da UFRN. Já atuou com o grupo Profissionalizante do Poli
Teatro Musical e foi professora de canto do Curso Livre de Teatro Musical Infantil
e Infanto Juvenil, do mesmo projeto. Participou de workshops com grandes
profissionais do teatro musical como Tony Lucchesi, Rener Tenente, Beatriz Lucci,
Paula Santoro, Agnes Moço e tem atuado em espetáculos da cidade como Um
Presente de Natal e Bye Bye Natal.
P E R G U N T A S :

1- COMO COMEÇOU SUA CARREIRA COM TEATRO MUSICAL, COMENTE UM POUCO SOBRE OS
DESAFIOS ENFRENTADOS POR VOCÊ DURANTE SUA CARREIRA E AS DIFICULDADES DE POR EM
PRÁTICA SEUS PROJETOS NO RIO GRANDE DO NORTE.

" Eu iniciei minha carreira em Teatro Musical enquanto integrante da Companhia Livre de Teatro
Musical, lozalizado na Escola de Música da UFRN, lá desde do final do ano de 2012 eu tive experiências
área, fui tomando gosto, me apaixonando, tive oportunidades de interpretar alguns personagens, fui
ganhando confiança, até que em determinado período da Companhia um Professor/Compositor, super
importante para a Escola de Música a nível Natal/RN, Nordeste, Nacional e Internacional, Danilo Guanais,
decidiu fazer a experiência do Espetáculo Bye Bye Natal conosco e daí esse mesmo espetáculo em outro
momento retornou como possibilidade de trabalhar profissionalmente com o Teatro Musical, fizemos
também o Sapiens que também é autoria de Danilo, Um Presente de Natal, um Musical com parceria de
Danilo Diana Fontes que também foi outra grande oportunidade e dentro do contexto da Companhia de
Teatro Musical (CLTM) também tivemos uma experiência com beatriz Lucci que foi de grande
aprendizado uma Escola, apesar do pouco tempo, com ela fizemos o APARENTEMENTE que foi um
Musical apresentado em um evento de Teatro Musical da Escola de Música, chamado Team Week."

2 - C O M E N T A S O B R E S E U T R A B A L H O C O M O A T R I Z D E
M U S I C A L , D A N D O A L G U N S D E T A L H E S A R E S P E I T O D O S
S E U S P R O J E T O S E M 2 0 2 0 E 2 0 2 1 , R E L A T A N D O U M P O U C O
S O B R E E S T A M O S V I V E N D O U M A P A N D E M I A .

"Um Presente de Natal, por dois anos, Bye Bye Natal, alguns espetáculos promovido pela
CLTM, como APARENTEMENTE, Toda Forma de Amor e o Marvin. Em 2020 eu tive a
oportunidade de trabalhar no presente de Natal no Final do ano, enquanto atriz foi
basicamente esse trabalho profissional que eu fiz. A pandemia mexeu muito com o meu
trabalho mas tem retomado aos poucos. Minha primeira educação é voltado para o lado
Musical, sou formada em Licenciatura em Música, foi a partir dessa formação dentro do
projeto de extensão de Escola de Música que eu tive contato com o Teatro Musical. Agora
estou na minha segunda formação após a graduação que é a Musicoterapia, então minh
rotina tem se encaminhado atualmente para isso, tenho planos e projetos de permacener
atuando trabalhando com o Teatro de alguma forma, é algo que eu faço questão de não me
desvincular, não abandonar, independente do meu trabalho dentro da Musicoterapia ou da
educação, meu trabalho artistico é muito importante, seja dentro da atuação em musicais,
seja cantando, meus planos para o futuro são esses, encarar as mudanças e o que essa
Pandemia nos trouxe de reflexão e de aprendizagempara o futuro."

3 - Q U A I S S Ã O S E U S P R O J E T O S F U T U R O S , T E M A L G U M A
C O I S A Q U E E S T Á N O P A P E L E T E N S M U I T A V O N T A D E D E
R E A L I Z A R ?

"Atualmente, estou cursando uma Pós em Musicoterapia, então estou me dedicando a tentar me
formar, trabalhar mais nessa área. Com relação a área artística a Pandemia meio que bugou minha
cabeça com relação a isso, então eu não tenho nada no papel mas surgiu uma oportunidade de um
trabalho novo na área, uma função nova que eu nunca realizei e eu acho que pode ser fruto de
uma parceria mais longa de outras oportunidades também fazendo isso e de alguma forma me
reaproximando desse lugar artístico mais voltado para o Teatro. Tenho muita vontade de realizar
um projeto Musical, de repente gravar um EP com algumas canções minha de minha autoriaou
desenvolver algum trabalho com a Música em termos como intérprete."
FOTOS DE ALGUNS TRABALHOS:
 Agradecimento
Em primeiro lugar, agradeço a Deus por ter realizado um grande
sonho em minha vida de ter tido a oportunidade e grandes experiências
na área de Teatro Musical, possibilitando assim a criação deste lindo
trabalho. Grata a Lei Aldir Blanc por dar oportunidade a vários
agentes que possuem pouca visibilidade, sendo uma grande iniciativa
para nós pequenos produtores, artistas e afins! Também gostaria de
agradecer a Danilo Guanais, Heli Medeiros, Mateus Noronha e
Jaque Moraes, por terem se disponibilizado e acreditado na realização
desse projeto.
Por fim, gostaria de deixar marcado aqui um pequeno passo dado
para o desenvolvimento do Teatro Musical local (Natal/RN).
Acreditamos na arte como uma prática educacional atingindo crianças,
adultos até a melhor idade, acreditamos nos nossos artistas, diretores e
produtores. Precisamos de mais incentivos governamentais para que haja
um crescimento em nossa área, sabemos que dentro do Teatro Musical
temos portas que se abrem para trabalho gerando renda a vários
segmentos, possibilitando também o aumento do turismo local .
Me despeço com esta pequena frase que me marca profundamente
como artista, de um autor desconhecido:
"Expresse sua arte! O mundo ficará mais rico com ela."
Grata,
Nathally Mousinho.