Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CONSIDERANDO:
- A necessidade de adequação dos documentos elaborados pela Corporação ao conjunto
de regras e procedimentos técnicos previstos no Decreto nº. 44.970 que aprovou o
Manual de Redação Oficial do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro;
RESOLVE:
Art. 1º - Aprovar as Normas Gerais de Policiamento e Operações com vistas à
padronização dos procedimentos operacionais da PMERJ.
Capítulo I
Conceitos de Interesse no Planejamento Policial
Folha 2 de 20
IV. Polícia de Proximidade – Filosofia de polícia na qual policiais e cidadãos dos
mais diversos segmentos societais trabalham em parceria, desenvolvendo ações
em regiões territoriais específicas, promovendo o controle das questões
relacionadas ao fenômeno criminal. Está alicerçada sob seguintes princípios:
Prevenção, Descentralização, Proatividade e Resolução Pacífica de Conflitos.
Sua operacionalização ocorre por meio de ações de polícia baseadas na
aproximação, presença, permanência, envolvimento e comprometimento do
policial no seu ambiente de trabalho.
V. Polícia Comunitária - Filosofia de polícia que busca estabelecer parcerias
entre polícia e comunidade. Baseia-se na premissa de que tanto a polícia quanto
comunidade devam trabalhar juntas para identificar, priorizar e resolver
problemas, tais como crimes graves, medo do crime e, em geral, a decadência do
bairro, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida na área. Observe-se que
tanto a polícia comunitária quanto a polícia de proximidade, em essência, estão
sob um mesmo feixe de significados, sendo necessário caracterizar a maior
adequação da polícia de proximidade, em razão do nosso contexto social e nossa
herança cultural, na qual o Estado exerce papel central nas ações no campo da
segurança pública.
VI. Policiamento - É uma conceituação genérica e objetiva da ação de polícia,
visando ao cumprimento da lei, à manutenção da ordem pública e ao exercício
dos poderes constituídos, executada pela polícia de preservação da ordem
pública.
VII. Patrulhamento - É a ação de policiamento de maneira dinâmica, adotando
técnicas especiais e caracterizada pela mobilidade dos policiais, motorizados ou
não.
VIII. Logradouro – Conforme o IBGE, é um espaço público reconhecido
oficialmente pela administração de cada município. São os espaços livres como
as ruas, avenidas, praças, jardins, etc., destinados ao uso comum dos cidadãos e
à circulação de veículos.
IX. Zona Urbana - São áreas de construções contínuas e compactas, com
arruamento e serviço básico de saneamento, devidamente ocupadas, nas quais
não há descontinuidade de ocupação.
X. Zona Urbanizada - São áreas afastadas das zonas urbanas, não contínuas, com
características das zonas urbanas.
Folha 3 de 20
XI. Zona não Urbanizada - São áreas não construídas ou com construção
imprópria (quanto à distribuição, higiene, segurança e obediência à legislação
vigente), afastadas das zonas urbanas ou urbanizadas, ou ainda dentro delas
como elemento autônomo.
XII. Zona Rural - São áreas interioranas, com construções baixas e esparsas, cujas
atividades econômicas são baseadas na lavoura e na pecuária. A condição das
vias internas é precária e o arruamento é irregular.
XIII. Comunidade – Conjunto de pessoas que fazem parte de uma população de uma
região, ou nação.
XIV. Pontos Sensíveis - São pontos determinados da área de policiamento que, por
sua vulnerabilidade, necessitem de atenção especial do gestor policial. São
exemplos:
a) estações e torres de transmissão de rádio, televisão e telefone;
b) hospitais;
c) Instituições de ensino;
d) repartições governamentais de importância;
e) embaixadas e legações estrangeiras;
f) túneis, pontes, viadutos, passarelas, passagens subterrâneas;
g) passagem de nível;
h) instalações industriais de vulto;
i) instalações industriais de interesse estratégico;
j) instalações bancárias;
k) instalações comerciais de grande porte;
l) postos de gasolina;
m) instalações telegráficas e postais;
n) terminais de transporte de massa;
o) instalações ferroviárias, portuárias e aeroviárias;
p) serviços públicos de qualquer natureza (federais, estaduais, municipais);
q) usinas elétricas, termelétricas, nucleares; e
r) instalações penais.
Folha 6 de 20
XL. Multidões - É um grupo espontâneo, temporário e desorganizado, formado por
indivíduos que dividem um sentimento comum. Seus componentes estão
próximos fisicamente, mas possuem fracos laços sociais.
XLI. Distúrbios Sociais - Inquietação ou tensão civil que inicialmente toma a forma
de manifestação, mas que evolui para atos de violência ou desordem,
prejudiciais à manutenção ou à preservação da lei e da ordem.
XLII. Catástrofes - evento fatídico que altera a ordem regular das coisas. A catástrofe,
em geral, é uma ocorrência natural, como um tsunami, a seca ou uma inundação.
Seção I
Missão
Seção II
Tipos de Policiamento
Seção III
Formas de Policiamento
Folha 8 de 20
VI. Por embarcações - É o policiamento realizado utilizando-se embarcações,
incrementado com ferramentas de inteligência policial, com o objetivo de apoiar
ações terrestres e/ou coibir a atividade criminosa em localidades em que tal
forma se mostrar mais adequada.
VII. Em patrulha – Policiamento caracterizado pela formação de grupos de
policiais, viaturas, aeronaves ou embarcações.
Seção IV
Modalidades de Policiamento
Folha 9 de 20
V. Patrulhamento Montado (Ptr Mont) - Realizado através do conjunto policial
militar e cavalo, aplicado em diversas ocasiões, tais como controle de distúrbio
civil, praças desportivas e ostensivo geral. A patrulha formada por seis homens
com montaria fica denominada como esquadra e sendo com 12 homens com
montaria denominam-se Conjunto. O patrulhamento montado pode ser aplicado
se estabelecendo um Cinturão de Intervenção Hipomóvel (CINTUR), que
consiste na atuação do Policiamento Montado com vistas a redução dos índices
criminais em determinado logradouro ou A Pol de uma UOp.
VI. Patrulhamento Transportado em Ônibus Urbano (PTOU) - Objetiva
aumentar a segurança da população que trafega pelas vias expressas e coibir a
incidência de roubos de rua, sobretudo dos delitos de roubos no interior de
coletivos e roubos a transeuntes.
VII. Com Cães - Executado por efetivo especialmente treinado, com unidade de
atuação básica formado pelo conjunto policial militar e cão, possui múltiplas
aplicações, tais como controle de distúrbio civil, localização de armas e drogas,
tomada de reféns, entre outros.
VIII. Pacificador (Pol Pacificador) – Policiamento realizado nas áreas inseridas no
Programa de Polícia Pacificadora.
IX. De Proximidade (P PROX) - É um policiamento especial, onde o grupamento
policial atuará em localidades em processo de pacificação e/ou já pacificadas. É
realizado por pessoal especializado, em frações variáveis conforme a missão;
tem como objetivo principal a interação com a comunidade local, notadamente
com a aproximação do público infanto-juvenil, através de diversas atividades,
tais como: projetos sociais e desportivos, cursos de capacitação voltados para as
atividades eqüestres, passeios a cavalo, equoterapia e outros de natureza
semelhante.
X. Em Áreas Turísticas - Policiamento em local de importância turística no Estado
do Rio de Janeiro.
XI. Em Praças Desportivas - Policiamento empregado na segurança de torcedores,
atletas, comissões técnicas e demais pessoas que utilizam ou circulam nas
proximidades de praças esportivas (estádios, ginásios, arenas, velódromos,
parques aquáticos e autódromos, dentre outros).
XII. Rodoviário - Policiamento ostensivo visando a disciplinar o público no
cumprimento e respeito às regras e normas de tráfego rodoviário estabelecidas
Folha 10 de 20
pelos Órgãos Nacional e Estadual de Estradas de Rodagem e de acordo com o
Código de Trânsito Brasileiro. É exercida nas rodovias estaduais e,
eventualmente, mediante convênio com o DNER, nas federais.
XIII. Ferroviário - Policiamento ostensivo na malha ferroviária estadual e seu
entorno.
XIV. Portuário - Policiamento ostensivo no interior das instalações portuárias
estaduais. Não deve ser confundido com o policiamento marítimo, missão da
Polícia Federal prevista na Constituição.
XV. Fluvial e Lacustre - Policiamento ostensivo utilizando embarcações
motorizadas, realizadas nos lagos, lagoas, baías, enseadas e rios, mediante
entendimento prévio com as autoridades do Ministério da Marinha.
XVI. Florestal e de Mananciais - Policiamento ostensivo visando a preservar os
recursos florestais e os mananciais, contra a caça e a pesca ilegais, a derrubada
indevida ou a poluição. Deve obedecer ou atender sempre às solicitações das
autoridades competentes estaduais ou federais. Sua ação é também exercida nos
parques naturais, estaduais ou federais, nestes mediante convênio.
XVII. De Guarda - Policiamento ostensivo visando à guarda e a segurança de
estabelecimentos penais, de estabelecimentos públicos e das sedes dos poderes
estaduais.
XVIII. Em Unidade Hospitalar - Policiamento responsável pela segurança à
integridade física dos pacientes, custodiados ou não, bem como das equipes
médica e de apoio no desempenho de suas funções.
Capítulo II
Da Execução do POO
Folha 11 de 20
III. Os pontos sensíveis ou críticos existentes no St Ptr serão levantados e
relacionados por Rot Ptr, dos quais farão parte integrante, para observação mais
apurada.
IV. Para melhor caracterização, os St Ptr serão identificados por letras maiúsculas do
alfabeto, a partir de A; os Rot Ptr, por um código formado pela correspondente
ao St Ptr, acrescido de um algarismo, na ordem crescente, a partir de 1, sendo o
Rot 1 que estiver localizado mais próximo da UOp PM e assim sucessivamente.
Folha 12 de 20
II. Policiamento Ostensivo Geral em Bicicletas (POG Ciclo) - Executado por
policiais militares com a habilitação adequada para a condução e policiamento
em bicicletas.
III. Radiopatrulha (RP) – Executado por policiais militares com a habilitação
adequada para a condução de viaturas policiais militares (Motocicletas ou
Automóveis) e possuidores do Curso de Capacitação para o Serviço de RP.
Quando realizado com motocicletas, além da CNH específica, também se faz
necessária a Capacitação do policial militar no Curso de Condução de
Motocicletas.
IV. Patrulhamento Motorizado Específico (PAMESP) - Executado por policiais
militares com a habilitação adequada para a condução de viaturas policiais
militares (Automóveis), possuidores do Curso de Capacitação para o Serviço de
RP e com perfil adequado para execução das atividades designadas, conforme
necessária avaliação prévia do Comando imediato.
V. Patrulhamento Tático Motorizado (PATAMO) - Executado por uma
guarnição de policiais militares, composta por, no mínimo 04 (quatro) policiais
militares, sendo que ao menos o motorista deve possuir a habilitação adequada
para a condução de viaturas policiais militares do porte designado e que todos
sejam possuidores do Curso de Ações Táticas.
VI. Patrulhamento Montado (Ptr Mont) – Executado pelo policial militar
possuidor do Curso de Cavalaria, tendo o perfil adequado para execução das
atividades designadas, conforme necessária avaliação prévia do Comando
imediato.
VII. Patrulhamento Rodoviário – Executado por, no mínimo, uma dupla de
policiais militares com a habilitação adequada para a condução de viaturas
policiais militares (Automóveis) e possuidores do Curso de Patrulhamento
Rodoviário.
Capítulo III
Da Execução do POE
Folha 13 de 20
Art. 10 - Os critérios e configurações para execução do Policiamento Ostensivo
Extraordinário (POE) serão definidos por meio de instruções normativas distintas,
devido suas especificidades.
Capítulo IV
Da Execução do POC
Folha 14 de 20
d) A Rep 4 – Cerco – Ações simultâneas de operações repressivas de
REVISTA, mediante planejamento prévio, com efetivos e meios
flexíveis, visando a coibir a fuga de criminosos por vias de entrada e
saída da área considerada e, de acordo com a referida área, se classificam
em:
i. Operações de Cerco Amplo - Desenvolvida em área que exceda
a capacidade operacional de uma UOp;
ii. Operação de Cerco Restrito - Desenvolvida em área de uma
UOp, dentro da capacidade operacional da própria UOp, que
poderá ter mais de uma subárea de cerco restrito;
iii. Cerco Tático Preventivo - Serão desenvolvidas Operações
Cerco Tático Preventivo,englobando os modelos de A Rep 3 –
Revista e /A Rep 4 –Cerco, conforme regula a Instrução
Normativa nº 12 do CG.
III. Operações de Fiscalização de Condutores e Veículos (OpFisc) -
Desenvolvida contra quaisquer tipos de veículos, de caráter geral ou seletivo, ou
contra determinadas classes de condutores com a finalidade de fazer cumprir as
normas de trânsito, no que tange ao veículo e ao condutor. Possui caráter
repressivo, também visa coibir práticas perigosas e delituosas, tais como excesso
de velocidade, embriaguez, corridas não autorizadas, direção perigosa, dentre
outras.
IV. Critério de Classificação das Operações Policiais Militares
i. Operações de Pequeno Porte (OPP) – são classificadas como
Operações de Pequeno Porte as operações que envolvam recursos de apenas uma
UOp em sua execução, com ou sem auxílio de unidade especial ou
especializada;
Folha 15 de 20
Comando de Policiamento de Área em sua execução, com ou sem auxílio de
unidades especiais ou especializadas.
Capítulo V
Dos Planos Operacionais
Capítulo VI
Das Supervisões
Folha 17 de 20
Art. 14 - A execução do policiamento, considerando seus tipos, formas e modalidades,
deverá ser supervisionada. A supervisão do policiamento é classificada da seguinte
forma:
I. Supervisão de Alto Escalão - Abrange toda a área do Estado e tem por finalidade
fiscalizar o cumprimento do PGP, o cumprimento das Normas para o
Policiamento e o cumprimento das diretrizes, ordens e instruções do Comando-
Geral. Sua execução está regulada na IN 21, tornada pública em 10 de fevereiro
de 2015. Subdivide-se em :
a) Do Cmt Geral - É a supervisão realizada pelo Cmt Geral ou por oficial
que o mesmo determinar. Tal supervisão poderá ser executada ostensiva
ou reservadamente.
b) Do Estado Maior - É a supervisão determinada pelo chefe do Estado-
Maior. É executada pelos oficiais do EM ou por quaisquer oficiais
designados. Tem caráter regular e é executada por quartos de serviço. É
uma supervisão tipicamente técnica. Pode ser realizada ostensiva ou
reservadamente, e abrange toda a área do Estado.
Capítulo VI
Do Emprego do Pessoal
Art. 15 – O efetivo da PMERJ deverá ser empregado de forma que sejam alocados e
escalados os policiais militares devidamente capacitados para execução das atividades
específicas a serem desempenhadas em conformidade com o planejamento estabelecido,
sendo observado o seguinte:
I. Todo planejamento deve ser flexível, deve ajustar-se às contingências do
momento. Não se pode admitir a ideia simplista de se dividir os dias, as
semanas, os meses, os anos, em partes matematicamente iguais, por quartos de
serviço, como se em todos os momentos a necessidade fosse a mesma. É
necessário que se faça um acompanhamento diuturno dessas necessidades.
Deve-se admitir a hipótese do remanejamento de efetivo no mesmo quarto de
serviço para atender aos problemas diversos, até mesmo em locais diferentes.
II. O planejamento deverá partir do PGP e dos indicadores estatísticos da P/3, que
apontarão os locais, dias, horários e épocas de maior incidência criminal e
contravencional.
III. As áreas de atuação das UOp apresentam características peculiares, o que
desaconselha a adoção de uma escala única para todo o Estado. Por esse motivo
são aqui apresentados parâmetros genéricos para que os comandos
intermediários possam orientar as UOp subordinadas quanto aos limites
possíveis de flexibilidade das suas escalas.
IV. As UOp que executam policiamento ostensivo cumprirão escalas próprias,
julgadas convenientes pelos respectivos comandantes, aprovadas pelos
Comandos Intermediários, e publicadas em boletim interno, guardados os limites
dos parâmetros prevalentes para toda a Corporação.
V. Deve-se ter em mente que o policial militar será empregado segundo uma escala
em que possa render o máximo, tendo, em contrapartida, tempo suficiente para
recompor as energias durante a folga.
Capítulo IV
Folha 19 de 20
Da Vigência e Revogações
Art. 16º - Esta norma entra em vigor a partir da data de sua publicação e revoga as
Diretrizes Gerais de Operações (DGO) publica em 27 de outubro de 1982 e as Normas
Gerais de Policiamento (NGP), publica em 31 de janeiro de 1983.
Folha 20 de 20