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Insuficiência Cardíaca

Aguda

Profª Joice Mayumi Miyazato


Enfª Cardiovascular e docente da Escola
Técnica e pós graduação Albert Einstein
Abril
2018
Epidemiologia

Principal problema cardiovascular de saúde pública mundial;

Estimativa que em 2020, no Brasil, a ICC acometa 6,4 milhões


de pessoas

Nº alto de internações e mortalidade em torno de 10%;

Grande impacto socioeconômico. Internação: 60% do custo


total do tratamento da ICC.
Causa mais frequente: Miocardiopatia Isquêmica e
hipertensivas e valvar
Várias etiologias e alta incidência (70% dos casos na faixa
etária acima dos 60 anos)
Insuficiência Cardíaca Aguda

Síndrome Clínica Complexa


e Progressiva

Distúrbio Funcional ou
Estrutural

Alteração da capacidade de
Enchimento e /ou Ejeção

Intervenção Terapêutica
IMEDIATA.
Definição

Grupo de manifestações clínicas causadas


pela INCAPACIDADE DO CORAÇÃO DE
BOMBEAR SANGUE suficiente para satisfazer
às necessidades de oxigênio e nutrição dos
tecidos. (Brunner & Suddarth, )
Definição

É um estado fisiopatológico em que uma


ANORMALIDADE DA FUNÇÃO CARDÍACA é
responsável pela FALÊNCIA DO CORAÇÃO
em BOMBEAR SANGUE em uma velocidade
e/ou forças adequadas para atender as
exigências dos tecidos, ou em repouso ou em
exercício (Susan Woods, 2005).
Fisiopatologia

Arterial
Venoso
Fisiopatologia
Fisiopatologia
Fisiopatologia

Insuficiência
Cardíaca

Congestão
Pulmonar Ejeção VE

Capacidade
Sangue
Final
Recebimento
Diástole
VE
Fisiopatologia

• O ventrículo esquerdo deixa de ejetar uma


quantidade suficiente de sangue, aumentando
assim a quantidade de sangue no ventrículo
esquerdo no final da diástole.

• Esse aumento de sangue diminui a capacidade do


ventrículo de receber sangue do átrio esquerdo.
Fisiopatologia

• O átrio esquerdo tendo que trabalhar mais


intensamente para ejetar o sangue, se dilata e
hipertrofia;

• O átrio esquerdo não consegue receber sangue


suficiente das veias pulmonares, levando á
congestão e edema pulmonar.
Fisiopatologia

• O ventrículo direito por causa da maior pressão


dentro do sistema vascular pulmonar se dilata para
poder se livrar da grande sobrecarga de sangue,
entrando em falência.
Classificação da IC
descompensada (ICD)
Pacientes sem sinais e sintomas prévios.
IC aguda “nova” Ex: IAM (abertura da artéria coronária),
(sem diagnóstico crise hipertensiva (vasodilatador na crise
prévio) hipertensiva), rotura de cordoalha mitral
(correção da insuficiência mitral)

IC Crônica Exacerbação aguda ou gradual de sinais e


descompensada sintomas em pacientes com Dx prévio.
(exacerbação ** Apresentação clínica mais frequente
aguda de quadro Causas: Baixa aderência ao tratamento
crônico) Congestão pulmonar e hiprvolemia
evidente!
Manejo volêmico com diuréticos é
fundamental!!!
Einstein. 2013;11(3):383-91
IC descompensada (ICD)
Raciocínio clínico do enfermeiro

História clínica e exame físico

Tempo de início dos sintomas, etiologia

Causas de descompensação e prognóstico

Einstein. 2013;11(3):383-91
Etiologia
• Cardiopatia coronariana;
• Miocardiopatia;
• Hipertensão;
• Distúrbios Valvares;
• Chagas;
• Miocardite;
• Agentes cardiotóxicos (álcool, fumo e drogas);
• Insuficiência Renal;
• Doença congênita;
• Anemia.
Doença de Chagas

(Fonte: BIOLO, 2010)


Cardiomegalia
Sinais e sintomas
Respiratórias: dispnéia aos esforços,
ortopnéia;

Renais: oligúria;

Gastrintestinais: digestão alterada (devido


diminuição da perfusão, náusea,
hepatomegalia, ascite);

Cerebrovasculares: vertigem, confusão;


Sinais e sintomas
Cardiovasculares:
taquicardia, pulso fraco ou
filiforme veia jugular túrgida;

Pele pálida, cianótica, fria e


pegajosa

Membros inferiores: edema


gravitacional (com a pressão
venosa aumentada)
Graus da Insuficiência Cardíaca
Congestiva
• Classificação Funcional
(New York Heart Association, 1955)

I :doença cardíaca, sem sintomas


II: limitação física para atividades cotidianas
(andar rápido, subir escadas, carregar compras)
III: acentuada limitação física para atividades simples
(tomar banho, se vestir, higiene pessoal)
IV: sintomas em repouso (ortopnéia)
Diagnóstico
• Anamnese e exame físico - definição do perfil clínico
hemodinâmico
• Radiografia de tórax;
• Ecocardiograma (tipos de dinfunção);
• Eletrocardiograma;
• Exames laboratoriais Cineangiocoronografia (exame de
contraste)
• Biomarcadores**: Peptídeos natriuréticos, BNP –
produzidos pelos ventrículos mediante aumento na
tensão das paredes ventriculares
• Dx diferencial de dsipnéia na sala de emergência.
Exame Físico

Turgência Jugular Hepatomegalia


Exame Físico

Ascite Edema MMII


Radiografia de Tórax
Presença de
congestão em 70% a
80% dos casos de
ICD

Taquipneia, estertores
pulmonares, elevação
da pressão venosa
jugular, edema de
MMII, TEC>2’,
cianose e alteração
do nível de
consciência.
Angiografia

Ecocardiograma
Avaliação clínica na ICD
Categoria A: Compensado

Categoria B: + frequente

Categoria C: pior prognóstico

Categoria L: pouco
frequente

Congestão: “úmido” Perfusão inadequada: “frios”


Sem congestão: “seco” Boa perfusão: “quentes”
Avaliação diagnóstica
Tratamento

Objetivo: melhora hemodinâmica e sintomática;


preservação ou melhora da função renal

Dieta: hipossódica e restrição de líquidos;

Medicações: digitálicos, diuréticos, vasodilatadores,


anti-hipertensivos;

Tratamento cirúrgico: coração artificial e


Transplante Cardíaco.
Cuidados na Sala de Emergência
• MOVE

• Controle hídrico e balanço hídrico rigoroso;

• Posição de Fowler, mantendo as pernas o mais


baixo possível;

• Observar padrão respiratório, comunicar


enfermeira, se alterações;
Cuidados de enfermagem
• Observar padrão respiratório, comunicar
enfermeira, se alterações;

• Observar sinais: sudorese, hipotensão,


taquicardia, palidez cutânea, nível de
consciência, cianose, extremidades frias,
perfusão periférica, fadiga, estase jugular.

• Escala de coma de glasgow


Referências Bibliográficas
• III Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica da Sociedade Brasileira de
Cardiologia. Disponível no site:
http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2009/diretriz_ic_93supl01.pdf

• Woods, Susan L.; Froelicher, Erika S. Sivarajan; Motzer, Sandra Underhill.


Enfermagem em Cardiologia. 4ª ed. Editora Manole, 2005.

• Kalil & Fuster. Medicina cardiovascular: reduzindo o impacto das doenças. 1ªed.
Editora Atheneu, 2016.

• Timerman, A.; Cesar, L.A.M.; Ferreira,J.F.M; Bertolami, M.A. Manual de Cardiologia


Socesp. 1ª ed.Editora Atheneu, 2000.

• Ferreira MCS, Gallani MCBJ. Insuficiência Cardíaca: antiga síndrome, novos


conceitos e a atuação do enfermeiro. Rev Bras Enferm 2005 jan-fev; 58(1):70-3.
Duvidas???

Obrigada!
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas
criar as possibilidades para a sua própria
produção ou a sua construção.”
Paulo Freire

Obrigada!
Email: joice.miyazato@einstein.br

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