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ORIENTAÇÃO RITUALÍSTICA
MANUAL DE
DINÂMICA RITUALÍSTICA
DO 1º GRAU
APRENDIZ
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
(R∴E∴A∴A∴)
∴
Álvaro Gomes dos Santos
Ex- Gr∴ Secr∴ Ger∴ de Orientação Ritualística
G∴ O∴ B∴
Fuad Haddad
Ex- Gr∴ Secr∴ Ger∴ Adj∴ de Orient∴ Ritualística para o R∴E∴ A∴ A∴
G∴ O∴ B∴
ÍNDICE
I - APRESENTAÇÃO
II – PREFÁCIO
III - TEMPLO MAÇÔNICO NO R∴E∴A∴A∴
III.1 - Arquitetura do Templo no Grau de Aprendiz
III.2 - Utensílios e Decoração
IV - DINÂMICA E PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS
IV.1 - Indumentária Maçônica
IV.2 - Circulação em Loja e Saudação
IV.3 – Sinais Maçônicos e Uso da palavra
IV.4 - Ordem dos Trabalhos
a – Sessão Ordinária
- Preparação
- Entrada
- Abertura Ritualística
- Transmissão da Palavra Sagrada
- Ata
- Expediente
- Saco de Propostas e Informações
- Escrutínio Secreto
- Ordem do dia
- Entrada de Visitantes
- Tempo de Estudos
- Tronco de Beneficência
- Palavra a Bem da Ordem e do Quadro
- Encerramento
- Cadeia de União
b – Sessão Magna de Iniciação
- Introdução
- Orientações Gerais para uma Sessão de Iniciação
- Atividades exercidas pelo Mestre de Cerimônias
- Atividades exercidas pelo Experto
- Culto ao Pavilhão Nacional
- Entrada e Saída do Pavilhão Nacional
- Normas Gerais de Comportamento Ritualístico e Litúrgico
c – Orientações Gerais
- Protocolo de Recepção e Tratamento
- Lembretes Administrativos
- Corrigendas
- Figuras
- Instruções
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I - APRESENTAÇÃO
Este "Manual de Dinâmica Ritualística", foi concebido e idealizado com o objetivo prin-
cipal de uniformizar a prática da ritualística em todas as reuniões do Grau de Aprendiz nas Lojas
jurisdicionadas ao Grande Oriente do Brasil, que praticam o Rito Escocês Antigo e Aceito.
A partir da publicação do Dec 0097 de 03.03.98 do G∴O∴B∴, aprovando e determinan-
do a aplicação do novo Ritual do Grau de Aprendiz, verificou-se a necessidade da elaboração de
um guia, que possibilitasse de forma fácil e objetiva, a prática correta e com todas as formalida-
des, do Rito em questão, por todos aqueles que têm a responsabilidade da condução dos traba-
lhos em Loja, principalmente o Mestre de Cerimônias nas sessões Ordinárias e os Expertos nas
de Iniciação, sempre com a preocupação de se manter e preservar suas principais características
de origem.
É fundamental que se busque sempre a padronização dos comportamentos ritualísticos no
desenvolvimento dos trabalhos maçônicos em Loja constituída, a fim de que haja sempre homo-
geneidade nos procedimentos e se eliminem de vez as formas diversificadas e o invencionismo
que tanto tem deturpado e deformado a prática do R∴E∴A∴A∴
Desta forma, durante este período e através de uma pesquisa séria e comprometida com a
verdade, buscou-se de forma criteriosa a elaboração deste Manual de Dinâmica Ritualística,
que esperamos, atinja na sua totalidade, os objetivos para os quais foi elaborado.
Faz-se necessário ressaltar que este trabalho não se encerra com este Manual, pois a pes-
quisa é dinâmica e a busca da verdade permanente. Assim, ele se acha aberto a sugestões e as
criticas construtivas e enriquecedoras, para que possamos aperfeiçoá-lo sempre. Isto ocorrendo,
veremos ser praticado na grande maioria das Lojas, com todas formalidades, rigor e em toda sua
plenitude, um dos mais belos ritos maçônicos conhecido, ou seja, o Rito Escocês Antigo e Acei-
to.
II - PREFÁCIO
O Templo Maçônico, assim como as Igrejas, são construídos, de maneira geral, com base
na arquitetura e na decoração do Templo de Jerusalém. São orientados da mesma maneira, repre-
sentam o Universo com suas três divisões (terra, mar e céu) e possuem uma separação entre a
parte correspondente ao Santo e ao Santo dos Santos do Templo Hebraico e o restante do recinto.
BASTÃO:
Consiste em um pedaço de madeira longo, de forma aproximadamente cilíndrica, usado
como arma ou insígnia de comando. É o instrumento de trabalho do Mestre de Cerimônias. Pos-
sui um comprimento aproximado entre 1,80 a 2,00 metros, encimado por uma régua, que repre-
senta a jóia do cargo.
O Bastão é empunhado com a mão direita, punho para a frente, antebraço na horizontal e o
braço colado ao corpo, formando uma esquadria, e sempre portado e conduzido na posição verti-
cal.
O Bastão é utilizado pelo Mestre de Cerimônia na abertura e encerramento dos trabalhos,
na condução de pessoas ou quando o ritual determinar.
ESTRELAS:
São bastões de madeira com aproximadamente 1,50 metros de comprimento, com um foco
luminoso no topo. As estrelas são utilizadas sempre em número impares pelas comissões, para a
recepção de autoridades ou quando o cerimonial assim o exigir, e variam em número conforme o
protocolo de recepção previsto no RGF.
A forma de empunhar as estrelas obedece a mesma orientação empregada para o bastão.
ESPADAS:
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a) COMUM - formada por uma lâmina metálica com dois gumes, sem corte, comprida,
reta e pontiaguda com punho e guardas, ou copos. É sempre empunhada com a mão direita. Não
se faz sinal com a espada em uso ou mesmo portando qualquer instrumentos.
A Ordem com a espada, faz se portando a espada coma mão direita, punho junto a lateral
do corpo, à altura da cintura, lâmina com a ponta voltada para cima, verticalmente, colada na la-
teral direita do corpo rente ao ombro. Isso ocorre, por exemplo, na recepção à Bandeira Nacio-
nal; mas, em sessão, o sinal de ordem é sempre feito com a mão.
A Continência com a espada, faz-se apontando a espada para baixo em diagonal, do lado
direito, em prolongamento com o braço direito, formando um ângulo aproximado de 45º com a
lateral direita do corpo.
Quando não estiver em uso, a espada deve estar sempre embainhada pelo Obreiro.
b) FLAMEJANTE – caracterizada por ter a lâmina sinuosa em forma de língua de fogo,
tem o punho cruciforme e não possui gume. Deve estar sempre acondicionada em um estojo
apropriado e não exposta sobre a mesa do Venerável. Usada para as sagrações de candidatos, só
pode ser empunhada por um Venerável Mestre em exercício ou por um Mestre Instalado.
COLUNAS VESTIBULARES:
Como o nome indica, as Colunas B (Norte) e J (Sul), estão do lado de fora, no Vestíbulo
ou Átrio, lateralmente junto a porta de entrada do Templo. São ocas, na cor bronze, despropor-
cionais e de ordem Egípcia, com influencia babilônica, representando, artisticamente, folhas de
papiro e folhas de lótus, que são as duas plantas sagradas do Egito. No capitel são colocadas as
fileiras de romãs e sobre cada uma das Colunas, há um globo, um terrestre, representando a Ter-
ra, e o outro a esfera celeste, representando o Universo.
COLUNAS ZODIACAIS:
Em número de 12 (doze), colocadas verticalmente, seis ao Norte e seis ao Sul, somente nas
paredes laterais do Ocidente, são meias Colunas caneladas da ordem Jônica, ou Pilastras - pilar
retangular ou quadrado, com as mesmas proporções e ornatos que as Colunas. Possuem em seu
capitel os Pentaclos, representando os signos existentes. Em lugar das Colunas Zodiacais, é per-
mitida a representação dos símbolos dos signos no teto. A seqüência correta dos signos é: Áries
(primeiro ao Norte), Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capri-
córnio, Aquário e Peixes (ultimo ao Sul).
PAVIMENTO MOSAICO:
É um elemento decorativo encontrado nos Templos escoceses. É constituído por quadra-
dos brancos e pretos alternados, assentados em diagonal, recobrindo, pelo menos, todo o solo
do Ocidente do Templo, inclusive o do Átrio. Sua origem esta na Mesopotâmia e não existia no
Templo de Jerusalém. A Orla Denteada contorna todo o Pavimento Mosaico, sendo colocada
junto as paredes, no rodapé, como guarnição do pavimento.
IV - DINÂMICA E PROCEDIMENTOS
RITUALÍSTICOS
IV . 1 – INDUMENTÁRIA MAÇÔNICA
O Traje Maçônico, bem como os Paramentos dos Graus Filosóficos, a ser usado nas ses-
sões maçônicas nos Graus Simbólicos, serão aqueles conforme o previsto no RGF e na Legisla-
ção Maçônica vigente. Admite-se o uso do Balandrau (veste talar, de mangas compridas, na cor
preta, sem insígnia ou símbolo estampados), desde que usado com calças pretas ou azul marinho,
sapato e meias pretas. Deve-se ressaltar que, originalmente, o verdadeiro traje maçônico é o
Avental, símbolo do trabalho, sem o qual o maçom é considerado desnudo.
Independente do Grau em que a Loja está trabalhando, o Ir∴ em atraso, deverá dar somen-
te três batidas na porta. Se não for possível seu ingresso no momento solicitado, o Cob∴ Int∴
responderá pelo lado interno da porta com a mesma bateria. Caso a Loja esteja trabalhando no
grau de Comp∴ ou Mest∴, o Cob∴ Int∴ deverá se dirigir a sala dos PP∴ PP∴ e verificar se o
Ir∴ possui qualidade para participar da sessão, através do telhamento relativo ao grau. Não exis-
te repique, nem aumento do número de batidas para atingir o grau acima subseqüente. Con-
cedida autorização para adentrar ao Templo, o Ir∴ procederá com toda formalidade, realizando a
marcha do Grau , saudando as Luzes hierarquicamente
A) - SESSÃO ORDINÁRIA
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PREPARAÇÃO
Cabe ao Arq∴, verificar antes da abertura dos trabalhos, se o recinto do Templo está devi-
damente composto, para o Ritual que será realizado.
O M∴ de Harm∴ deve selecionar, as músicas adequadas para serem executadas
durante a sessão.
Todos aguardam na sala de P∴P∴, até a chamada do M∴ CCer∴ para se dirigirem
ao Átrio, onde os IIr∴ devem se paramentar para adentrar o Templo.
No Átrio deve existir um quadro, com as jóias dos respectivos cargos, para que o M.∴ de
CCer∴ proceda a composição da Loja. Antes da formação do cortejo para se adentrar ao
Templo, todos os IIr∴ deverão estar devidamente paramentados, e as Dignidades e Oficiais, re-
vestidos com suas insígnias.
No Átrio deve ser observado silêncio absoluto.
ENTRADA RITUALÍSTICA
Orientados pelo M∴ de CCer∴, portando o Bastão na mão direita, os IIr∴ organizarão
uma fila dupla, obedecendo a seguinte ordem:
Fileira do Norte (lado esquerdo de quem entra)
Aprendizes
MM∴ MM∴ - sem cargos
OOfic∴ - com assento ao Norte
Orador
Primeiro Vigilante
Fileira do Sul – lado direito de quem entra;
Companheiros
MM∴ MM∴ sem cargos.
Obreiros com assento na Coluna do Sul.
Secretário.
Segundo Vigilante.
Entre as duas fileiras e um pouco atrás dos VVig∴, colocam-se os MM∴ II∴ e por último
o Venerável Mestre.
Autoridades maçônicas, pertencentes ao Quadro, em Sessão Ordinária, entrarão junto com
os MM∴ II∴ Nas demais sessões, sua entrada dar-se-á segundo o Protocolo previsto no RGF.
Nessa oportunidade, se a autoridade houver por bem dispensar as formalidades a que tem
direito, comunicará ao M∴ de CCer∴ e entrará junto com o cortejo, antes do Ven∴ Mestre.
Os IIr∴ visitantes, regulares, poderão entrar em família quando apresentado por Ir∴ do
Quadro ou a critério do Ven∴ Mestre, desde que não esteja previsto assunto de economia do-
méstica, caso em que entrarão após a Ordem do dia.
Não existe oração, preleção, minuto de silêncio e outros procedimentos similares, no
R∴E∴A∴A∴ antes do início dos trabalhos (dentro ou fora do Templo).
Formadas as fileiras para o cortejo de entrada, o M∴ de CCer∴ dá as pancadas do Grau
na porta do Templo. O Cobr∴ Int∴, que já estará no interior do mesmo, juntamente com o M∴
de Harm∴, abre a porta e coloca-se ao lado dela, no Sul.
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As duas fileiras de IIr∴ adentram no templo, uma pelo Norte e outra pelo Sul, indo
todos ocupar seus respectivos lugares, tanto no Ocidente como no Oriente, permanecendo em
pé, em silêncio e sem o Sinal de Ordem, enquanto o Ven∴ Mestre acompanhando o M∴ de
CCer∴ dirige-se ao Trono, pelo lado Norte do Altar.
O M∴ de CCer∴, após conduzir o Ven∴ Mestre, ocupa seu lugar em Loja.
Durante o cortejo de entrada dos IIr∴, o M∴ de Harm∴, executará música apropri-
ada e adequada para o tipo de Sessão que será realizada.
ABERTURA RITUALÍSTICA
O Ven∴ Mestre manda verificar se o Templo está coberto. O Cobr∴ Int∴ bate, com o
cabo da espada ou com a mão fechada, a bateria do Grau, pelo lado interno da porta do
Templo.
O Cobr∴ Ext∴, ou Guarda do Templo, ou Telhador, ao ouvir a bateria, verificará se
existem IIr∴ do Quadro no Átrio, que serão convidados a entrar informalmente, sem saudar as
LLuz∴, já que a Loja ainda não foi aberta. Verifica em seguida, se o Templo está coberto e res-
ponde pela face externa da porta, de igual forma.
O Cobr∴ Int∴ informará então o 1º Vig∴ que o Templo está coberto.
Na ausência de Cobr∴ Ext∴, o Cobr∴ Int∴ após receber ordem, se dirige até o Átrio e
verifica a existência de IIr∴ do Quadro. Se o templo está coberto, fecha a porta que dá acesso ao
Átrio, entra a seguir no Templo, executando a bateria do grau na face interna da porta, e dá
conta ao 1º Vig∴ de sua missão.
Em seu trabalho, quando cumprem as suas funções relativas à segurança do Templo,
os CCobr∴ portam Espadas na mão direita, verticalmente, com o punho à altura da cintura. Nas
demais situações, a Espada permanece na bainha.
No diálogo inicial de abertura dos trabalhos, além das falas dos VVig∴e DDiác∴, ocorre
a participação do Chanc∴ e do M∴ de CCer∴, nos seus respectivos lugares (pag. 24 – Ritual).
O 1º Diac∴ (sem portar espada ou bastão) sobe os degraus do Trono pelo lado Norte,
com passos normais, colocando-se à frente do Ven∴ Mestre, se aproxima, recebendo no ouvido
direito a Pal∴ Sagr∴ do Grau, letra por letra, sem nada responder
O 1o Diac∴ ao sair do Oriente, dirigindo-se à mesa do 1o Vig∴, fazendo o giro pelo lado
Sul, ao qual transmite a Pal∴ do mesmo modo que a recebeu, voltado a seguir ao seu lugar.
O 2º Diac∴ dirige-se ao 1º Vig∴ com a mesma formalidade do 1º Diac∴ (sem portar es-
pada ou bastão), e da mesma forma recebe a Pal∴ Em seguida leva a Pal∴ ao 2º Vig∴, depois
de executar o giro em torno do Painel. Após comunicar a Pal∴ da mesma forma que a recebeu,
retorna ao seu lugar
O M∴ de CCer∴ por determinação do Ven∴ Mestre, toma o seu bastão com a mão direi-
ta, adentra o Oriente, parando na frente do Orador, que o acompanha até o Altar dos JJur∴ O
M∴ de CCer∴ se coloca atrás do Orador, segurando o Bastão na posição vertical. No
R∴E∴A∴A∴ não existe a formação do Pálio.
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O Or∴ toma o L∴ da L∴ com ambas às mãos, abre-o no texto bíblico apropriado e faz
sua leitura, sem estar com o sinal de Ordem. A seguir recoloca o L∴ da L∴ no altar dos JJur∴,
aberto, sobrepondo o Esq∴ e o Comp∴ na posição do Grau.
Nesse momento, ao comando do Ven∴ Mestre, todos ficam à Ordem.
O Orador saúda o Ven∴ Mestre (que responde a saudação) e retorna ao seu lugar acompa-
nhando o M∴ de CCer∴, que a seguir expõe o Painel do Grau, voltando ao seu lugar. O Ven∴
Mestre e os VVig∴ acendem suas luzes, na ordem hierárquica. Se as luzes forem de velas, o a-
cendimento será feito pelo M∴ de CCer∴.
Na aclamação (H∴H∴H∴) os IIrm∴ estarão à Ordem.
ATA
A Ata, ou Balaústre, da ultima Sessão, será lida, discutida e aprovada por todos os pre-
sentes. Após sua aprovação, o M∴ de CCer∴ colhe as assinaturas do Ven∴ Mestre e Orador,
retornando a mesma ao Secretário.
Caso ocorram emendas, estas serão submetidas à votação, dela participando somente os
IIr∴ que estavam, naquela oportunidade, presentes à Sessão. Os IIr∴ que não estavam presen-
tes ficarão em Pé e à Ordem, a fim de não serem confundidos com votos contrários à emenda
apresentada. O M∴ de CCer∴, ficando em pé à Ordem, confere os votantes e conta o nume-
ro de votos nas CCol∴ e no Or∴, dando conta ao Ven∴ Mestre se a proposta foi, ou não,
aprovada. Não se utiliza as expressões: “por maioria“, “pela totalidade“, “por unanimida-
de“, entre outras. Para aprovação ou reprovação em qualquer votação, basta a manifestação
da metade mais um dos votos válidos presentes. Os IIr∴ manifestam seu voto através do sinal
de costume: braço direito para a frente, com a palma da mão voltada para baixo. Existido
emendas de caráter legal, haverá necessidade do parecer da Oratória, somente sobre a legali-
dade das mesmas. As emendas aprovadas serão consignadas na ata do dia.
EXPEDIENTE
ESCRUTÍNIO SECRETO
Sua ritualística é idêntica ao do Saco de PProp∴ e IInf∴ quanto ao giro em Loja. A distri-
buição das esferas é feita pelo M∴ de CCer∴, que apresenta aos IIr∴ um recipiente contendo
esferas brancas e pretas, do qual o Ir∴ votante retira uma de cada.
O Ir∴ Exp∴ faz o mesmo giro coletando o escrutínio, ocasião em que o Ir∴ coloca a esfe-
ra da cor que expressará o seu voto (esferas que aprovam ou rejeitam).
IIr∴ que não desejarem fazer uso de seu legítimo direito de voto, poderão solicitar cober-
tura temporária do Templo, assim que o Ven∴ Mestre anunciar que vai ler as sindicâncias para a
seguir, efetuar o escrutínio secreto. Porém, em permanecendo, não poderá abster-se de votar.
Após proclamado o resultado do escrutínio, o nome dos apresentantes e dos sindicantes do
candidato, o M∴ CCer∴ recolherá, ritualisticamente, as outras esferas.
ORDEM DO DIA
ENTRADA DE VISITANTES
TEMPO DE ESTUDOS
TRONCO DE BENEFICÊNCIA
O Hosp∴ após se posicionar entre CCol∴ e portando o Tronco de Beneficência ou Solida-
riedade com ambas as mãos, à altura da cintura, do lado esquerdo do corpo, inicia sua circulação
de modo idêntico ao do Saco de PProp∴ e IInf ∴, com todas as formalidades ritualísticas.
Após o giro o Hosp∴ aguarda ordens entre CCol∴ se dirigindo a seguir, até a mesa do
Tesoureiro, e com ele confere o produto da coleta. O Tes∴ comunica em voz alta ao Ven∴
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Mestre o resultado da coleta em moeda corrente no país na mesma sessão, que ficará
entregue ao Tes∴ à disposição da Hospitalaria, que deverá ser destinado exclusivamente às
obras de beneficência da Loja, sendo vedado seu destino para atender pedidos de construção e
reformas de Templos.
Não existe o procedimento de deixar o conteúdo do Tronco sob malhete para ser
conferido na próxima sessão, em respeito aos visitantes, autoridades, etc. Em toda e qualquer
reunião, ele corre somente entre os Maçons e é conferido na mesma sessão, sendo de imediato
anunciado o valor arrecadado, para que todos presentes e que contribuíram para o mesmo, dele
tomem conhecimento.
Os VVig∴ concedem a palavra diretamente ao Ir∴ que dela queira fazer uso, em su-
as CCol∴. No Oriente a palavra é solicitada diretamente ao Ven∴ Mestre.
Para fazer uso da palavra o Ir∴ deverá levantar o braço, aguardando autorização do Vig∴.
Uma vez concedida, se colocará em pé e à ordem, iniciando a saudação às Luzes, Autoridades do
Simbolismo presentes, respeitando a hierarquia dos cargos e empregando corretamente o trata-
mento previsto no RGF. Poderá o Ven∴ Mestre, por sua liberalidade e após o término das sau-
dações, dispensar o Ir∴ do Sinal. Neste caso, deverá o Ir∴ manter uma postura correta, como
cruzar as mãos para trás ou sobre o avental. Ao final da exposição, faz o Sin∴ Gut∴ e senta-se.
O Ir∴ deve procurar, ao fazer uso da palavra, ser breve e objetivo, evitando ser re-
petitivo e prolixo. Deve-se utilizar da palavra, quando se tem algo novo à acrescentar ao que já
foi dito. Ao final da exposição, faz o Sin∴ Gut∴ e senta-se. Saudar e agradecer a presença
dos visitantes é de competência do Orador.
Nenhum Ir∴ poderá fazer uso da palavra sem autorização. No caso da necessidade de
se manifestar após a circulação da palavra, para acrescentar algo importante e relevante ao assun-
to em pauta, o Ir∴ solicitará a palavra ao Vig∴ de sua Col∴. Este comunicará ao Ven∴ Mestre,
que poderá ou não autorizar o retorno da palavra a Col∴. Se autorizada, a palavra retornará
ritualisticamente e com todas as formalidades necessárias à sua circulação. Não existe autoriza-
ção para o Ir∴ mudar de Col∴ ou se deslocar até o Or∴, a fim de fazer novamente uso da pa-
lavra.
O Ven∴ Mestre pode cassar a palavra do Ir∴, se entender que o assunto está sendo
abordado em momento inoportuno ou de forma inadequada. Se persistir em falar, tumultu-
ando assim o transcorrer da Sessão, o Ven∴ Mestre, se não for possível manter a ordem, poderá
suspender os trabalhos sem as formalidades do ritual, não podendo os trabalhos assim suspensos
prosseguirem na mesma data, conforme determina o RGF.
Reinando silêncio no Oriente, o Ven∴ Mestre fará os avisos e recomendações necessárias,
passando em seguida a palavra ao Orador para saudar e agradecer a presença dos visitantes e a-
presentar suas conclusões finais. É uma prática já consagrada e justificável, pois estão sem-
pre manuseando livros e papéis, permanecerem sentados em seus lugares o Orador e Secre-
tário ao fazerem uso da palavra durante a sessão.
Obs – Esse período não é para apresentação de propostas e muito menos para discus-
são e votação delas, já que isso é feito na Ordem do Dia. É apenas um espaço para a apresenta-
ção de assuntos maçônicos, ou gerais, que possam ser de interesse da Loja e/ou da Ordem.
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ENCERRAMENTO
O Orador faz as conclusões da Sessão sob o ponto de vista legal, reportando de forma su-
cinta o que ocorreu, evitando fazer comentários pessoais, saúda os visitantes, dando ao final de
sua fala, a Sessão como “Justa e Perfeita”, voltando assim a palavra ao Ven∴ Mestre para o
encerramento ritualístico.
Estando presente o Grão-Mestre ou Grão-Mestre Geral, este é o momento em que
fará uso da palavra; passando-se, imediatamente após, ao encerramento ritualístico.
O Ven∴ Mestre autoriza o M∴ de CCer∴ a conduzir o Orador para fechamento do L∴
da L∴. O Orador acompanha o M∴ de CCer∴, saúda o Ven∴ Mestre e após o fechamento da
Loja pelo 1º Vig∴ fecha o L∴ da L∴. Todos desfazem o Sinal. O Orador volta ao seu lugar
acompanhando o M∴ de CCer∴, que em seguida cobre o Painel e volta ao seu lugar. O Ven∴
Mestre e os VVig∴ apagam suas luzes em ordem inversa.
No encerramento, a aclamação, H∴ H∴ H∴, é executada sem os IIr∴ estarem à or-
dem, uma vez que ao fechar o L∴ da L∴ todos desfazem o sinal.
Não havendo formação da Cadeia de União, o Ven∴ Mestre determinará que o M∴ de
CCer∴ dirija a saída dos IIr∴, que ocorrerá em ordem inversa a da entrada. Por último sai o
Cobr∴ Int∴, após apagar as luzes e fechar o Templo.
CADEIA DE UNIÃO
A Cadeia de União deve ser realizada depois de concluídos os trabalhos da Loja, exclusi-
vamente para a comunicação da Pal∴ Sem∴. Não é permitida sua prática para qualquer
outra finalidade. Somente os IIr.∴ regulares do Quadro da Loja poderão tomar parte nela.
Para a formação da Cadeia de União, todos os IIr∴ ficam em pé no Ocid∴, formando um
círculo ou uma oval. Cada Ir∴ cruza o antebraço direito sobre o esquerdo, dando as mãos aos
IIr∴ que estão a seu lado. O Ven∴ Mestre ocupa o lado mais oriental da Cadeia, sendo ladeado
pelo Orador à sua direita e pelo Secr∴ à esquerda. O M∴ de CCer∴ ocupará o lado mais oci-
dental, de frente para o Ven∴ Mestre, tendo à sua esquerda o 1º Vig∴ e à sua direita o 2º Vig∴.
Os demais Mestres comporão a Cadeia indistintamente; os CComp∴ ficarão ao Sul e os AApr∴
ao Norte.
O Ven∴ Mestre diz ao ouv∴ esq∴ do Orador a Pal∴ Sem∴, e no ouv∴ dir∴ do Secr∴.
A palavra seguirá de ambos os lados até o M∴ de CCer∴, que após recebe-la, sai da Cadeia pelo
lado de dentro, tendo o cuidado de fechá-la com os IIr∴ que o ladeavam, dirige-se até o Ven∴
Mestre e lhe diz ao ouv∴ esq∴ a palavra que recebeu do lado esq∴ e ao ouv∴ dir∴ a que rece-
beu do lado direito.
Se ambas as palavras forem iguais, o Ven∴ Mestre diz: “A palavra está certa”.
Se houver divergência na transmissão da Pal∴ Sem∴, repete-se novamente todo o proce-
dimento.
Considerando que a Sessão Magna de Iniciação é a prática Ritualística que mais requer
esmero e dedicação de todos participantes, solicitamos aos Irmãos sua atenção para as Orienta-
ções abaixo relacionadas, a fim de se evitar desencontros e situações constrangedoras durante os
trabalhos Ritualísticos.
È importante ressaltar que todos os Irmãos presentes na sessão são meramente coadjuvan-
tes, onde o ator principal é sempre o Candidato. Ele é o centro das atenções, e tudo deve ser feito
para que os ensinamentos transmitidos durante os trabalhos sejam pôr ele assimilados. Sua visão
temporariamente impedida, possibilita uma audição aguçada e sensível. A presença de alguém
sempre ao seu lado, deve sempre inspirar confiança e gerar tranqüilidade.
Todo cuidado no desenvolvimento do trabalho ritualístico e total atenção no desenrolar do
mesmo se faz necessário para que se atinja na sua plenitude o objetivo principal ou seja, o de
possibilitar o inicio do processo de transformação do Homem Comum em um Homem Maçom.
Todo tipo de brincadeira, chacota, conversa paralela, insinuações entre outras atitudes não
condizentes com os princípios maçônicos e que possam provocar qualquer tipo de constrangi-
mento ou pondo às vezes em risco a integridade física da pessoa são inadmissíveis e inaceitá-
veis, quer durante a preparação do Candidato antes dos inicio dos trabalhos, quer durante o
transcorrer dos trabalhos. Iniciação não é "trote". A Maçonaria é uma instituição séria compos-
ta de homens sérios, e como tal devemos agir e portar.
O Candidato após ser preparado, deve estar tranqüilo e confiante. Deve ser orientado
quanto à importância da cerimônia simbólica pela qual vai passar, onde sua atenção deve ser to-
tal em tudo que vai ser falado e perguntado, para que suas respostas sejam sinceras, espontâneas
e naturais. Durante o desenvolvimento dos trabalhos, deverá ser conduzido com moderação,
sendo proibido usar de violência e excessos, principalmente nas provas da Taça Sagrada e duran-
te as viagens. É necessário que o candidato esteja emocionalmente tranqüilo e equilibrado, to-
talmente confiante e seguro em relação ao seu guia e convicto de que está no meio de amigos,
futuros irmãos.
01 - Leitura prévia e cuidadosa do Ritual por todos aqueles que terão participação direta
nas sessão. É indispensável pelo menos um ensaio com todos para se evitar falhas imperdoáveis,
que descaracterizam e quebram a ritualística dos trabalhos de Iniciação.
O cuidado com a preparação de qualquer trabalho ritualístico, principalmente em
uma Sessão Magna de Iniciação, deve ser ponto de honra para qualquer administração.
Durante o decorrer dos trabalhos, as leituras devem ser feitas com desenvoltura, em tom
firme, voz empostada, segura e de forma audível por todos presentes, sem titubeio e erros, que
fazem com que até de olhos vendados o Candidato perceba que os protagonistas estão inseguros
e não dominam o que estão fazendo. Existindo mais de um Candidato, porem nunca mais de três,
as perguntas podem ser feitas de forma alternadas entre eles.
O Templo deve ser adequadamente preparado. O sistema de ar condicionado ou de venti-
lação, devem ser revisados para funcionarem a contento, principalmente nos períodos de calor
intenso. No R∴E∴A∴A∴ não existe a queima de incenso ou similar antes, durante ou de-
pois da sessão.
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Todos devem estar rigorosamente vestidos e paramentados, conforme determina a
legislação maçônica pertinente.
02 - O Secretário deve preparar a documentação do Candidato com antecedência, onde
deverá incluir o Testamento a ser preenchido, o Ritual do Grau 01, as Constituições do Grande
Oriente do Brasil e do Grande Oriente Estadual, o RGF e o Regimento Interno da Loja, o Certifi-
cado ou Carteira provisória bem como um avental de Aprendiz e dois pares de Luvas Brancas.
03 - O Mestre de Harmonia deve ter o cuidado de montar a trilha sonora adequada para a
solenidade, sempre preferencialmente com clássicos orquestrados. Sua total atenção para o de-
senrolar da Ritualística é imprescindível para não cometer fiascos, deixando de colocar música
nas horas apropriadas ou utilizando de trilhas sonoras que não condizem com o desenvolvimento
dos trabalhos. Deixar preparada a trilha sonora do Hino a Bandeira com a primeira e ultima es-
trofe (RGF Art.221-III d) mais o estribilho, que deve conter a palavra "juvenil". Durante toda a
sessão a música deve se fazer presente de forma harmônica, cabendo ao Mestre de Harmonia
manter a tonalidade e o volume do som o mais adequado possível para cada momento.
04 - O Arquiteto da Loja, deve deixar preparado e nos seus devidos lugares, o Pavilhão
Nacional (fora do Templo), as Estrelas e Espadas, o Mar de Bronze, o Banco (e não cadeira) das
Reflexões, a Chama da Purificação (utilizar velas, lamparina ou pedaço de estopa), as Taças Sa-
gradas e as Bebidas Amarga (de preferência de raízes naturais) e Doce (utilizar água e adoçante
diet).
05 - A Ritualística de Culto ao Pavilhão Nacional (entrada e saída da Bandeira) está nor-
matizada pelo Decreto Maçônico nº 0084 de 19.11.97 do GOB e pela legislação profana através
das Leis 5.700 de 01.09.71 e 5.812 de 13.10.73, que devem ser observadas na integra. De acordo
com o artigo 134 da Constituição do G∴O∴B∴, o Hino Nacional e o Hino à Bandeira devem
ser CANTADOS por todos os Irmãos presentes.
06 * - O Orador fará a leitura somente do Artigo 1º da Declaração de Princípios da Ma-
çonaria Universal contidos na Constituição do G∴O∴B∴. Na circulação do Tronco de Benefi-
cência, é função do Orador, de forma objetiva, explicar o significado desta prática ao iniciado,
bem como conferir o valor arrecadado e anunciá-lo em moeda corrente no país na mesma sessão.
Não se deixa o resultado da coleta sob malhete, pois isto é um desrespeito aos presentes. O O-
rador deve preparar sua fala de modo que em poucas palavras sintetize a filosofia do Grau de
Aprendiz, e na mesma oportunidade saudar o Iniciado em nome de todos IIr∴ da Loja, permi-
tindo com isto que na "palavra relativa ao ato" ela fique integralmente disponível aos con-
vidados.
07 - Os efeitos da Ritualística e da Liturgia em qualquer dos trabalhos maçônicos somente
podem ser sentidos se o ritual for seguido integralmente. Não se pode suprimir parte do Ritu-
al. Não existe trabalho ritualístico “sem formalidades”.
08 - O emprego do Malhete por parte do Ven.∴ e VVig∴, deve ser sincronizado, nítidos e
com firmeza, caracterizando atenção e segurança quanto aos trabalhos. Os VVig∴ devem estar
atentos para os momentos de repique com o Malhete que deverão ser BATIDOS COM FORÇA
E FIRMEZA, porem sem exageros.
09 - O Mestre de Cerimônias e o Experto, são peças fundamentais para o desenvolvi-
mento correto dos trabalhos, com toda formalidade e rigor que exige o Ritual. Devem conhecer
*
Quem confere o tronco é o tesoureiro e não o orador
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todos os procedimentos ritualísticos previstos para a sessão e dominar com segurança os
textos maçônicos envolvidos na cerimônia.
10 - O traje dos Maçons no R∴E∴A∴A∴ é o Terno Escuro (preto ou azul marinho), a
camisa branca, meias pretas, sapatos pretos e gravata preta. Nas Sessões Magnas não se admite o
uso de Balandrau. O Avental juntamente com as luvas brancas fazem parte do vestuário maçôni-
co.
O EXPERTO, como o nome já diz, é o perito da Loja e suas funções são múltiplas. Hie-
rarquicamente, é o sexto oficial da Loja, o primeiro depois das “Cinco Dignidade”. Este cargo,
por tradição, é confiado a um Maçom experimentado que conhece a fundo os Rituais e a dinâmi-
ca do trabalho ritualístico em uma sessão, principalmente Magna de Iniciação, pois o seu papel é
essencial em todas as Cerimônias maçônicas, sendo executor de todas as decisões tomadas.
Nas Sessões Magnas de Iniciação cabe ao Irmão Experto (corretamente paramentado
utilizando um capuz para não ser reconhecido e um balandrau preto talar) a tarefa e o cui-
dado de receber e preparar o candidato para que passe pelo cerimonial simbólico da Iniciação,
conduzindo-o e instruindo-o com segurança. Cabe também ao Experto, coibir e proibir exage-
ros e brincadeiras de mau gosto com o candidato, pois ele merece todo o nosso respeito.
01 - Recepção do Candidato - o candidato, deve ser introduzido ao prédio da Loja de
modo que não veja, nem identifique a ninguém, senão o seu introdutor, isto pelo menos uma hora
antes do início da sessão. Em seguida vendar-lhe os olhos e conduzi-lo a sala do átrio.
02 - Câmara de Reflexão - trinta minutos antes do início da sessão, introduzir o candidato
a Câmara de Reflexão previamente preparada pelo Arquiteto. Retirar a venda dos olhos e entre-
gar-lhe o testamento a ser preenchido e assinado. Orientá-lo para observar atentamente e re-
fletir sobre os símbolos e dizeres presentes na câmara.
03 - Cerimonial da Iniciação - após o diálogo inicial, o questionário é entregue ao Exper-
to pelo irmão Secretário, espetando-o na sua espada. Sua devolução, após respondido pelo can-
didato, é feita ao Irmão Orador da mesma forma. Ao subir o Oriente o Irmão deverá saudar o
Ven:. Mestre (com uma parada rápida e formal) e ter o mesmo procedimento ao sair do Orien-
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te, antes de descer os degraus. Faz-se necessário ressaltar que a espada é sempre
conduzida "à ordem", ou seja, junto ao lado direito do corpo, na vertical, e com o punho na altura
da cintura.
04 - Paramentação do Candidato - os olhos devem ser vendados, descobrem-lhe o lado
esquerdo do peito; arregaça a perna direita da calça acima do joelho direito, ficando também o pé
direito descalço (se necessário, utilizar um chinelo). Todos os metais são retirados, depositados
em uma bolsa e entregues ao Irmão Tesoureiro.
Após a paramentação do candidato, o Exp∴ o acompanha até a porta do Templo. Fazer a
leitura do Nome, Nacionalidade, Profissão e Endereço em voz alta e pausada. Todo diálogo ini-
cial é travado entre o Ven∴ e o Experto diretamente, ou através do 1º Vig∴.
05 - Entrada ao Templo - assim que autorizado, o candidato é conduzido ao interior do
Templo pelo Ir∴ Exp∴ ficando entre Colunas. Depois da segunda interpelação feita pelo Ven∴,
coloca-se a ponta da espada em contato com o peito, de modo que o candidato a sinta espe-
tando.
06 - Oração - antes do início, o Experto deve conduzir o candidato à mesa do 1º Vigilante
e faze-lo ajoelhar-se, isto significa que deverá faze-lo com os 2 (dois) joelhos simultaneamente.
Após este procedimento, o candidato é colocado novamente entre colunas.
ATENÇÃO: durante os questionamentos e perguntas, ficar atento para orientar o candida-
to, repetindo a questão ou pergunta se necessário for, porem tomando o máximo de cuidado para
“não responder por ele”, ou, "colocar palavras e respostas na sua boca". As respostas do
candidato deverão ser próprias dele, sem constrangimento, com a maior liberdade e franqueza
possível.
07 - Prova da Taça Sagrada - o candidato é encaminhado ao Oriente pelo M∴ CCer∴
junto ao Altar do Ven∴, que fará a entrega do mesmo ao Experto que desempenhará a função de
Irmão Sacrificador. Utilizar no preparo da bebida doce, água com adoçante diet e raízes naturais
para a bebida amarga. Não permitir ao candidato ingerir toda bebida doce, pois se o fizer, não
poderá "esgotar o amargo dos seus restos", como previsto no Ritual. Ao adicionar a bebida
amarga, faze-lo com todo cuidado para o candidato não perceber o que esta ocorrendo.
A retirada do candidato deverá ocorrer com moderação, sendo proibido qualquer tipo de
exagero, violência ou brutalidades .
08 - Banco das Reflexões - empregar um banco comum, sem encosto e com as pernas de
tamanho iguais, e não uma cadeira. É proibido o uso da tábua com pregos ou similares, bem
como cruzar espadas sobre o assento. O Experto faz o Candidato dar um giro em torno de si
mesmo, para em seguida sentar-se, onde deve permanecer por alguns minutos em reflexão no
mais profundo e absoluto silêncio.
09 - Viagens - são em número de três representando os três elementos: o Ar, a Água, e o
Fogo. O Experto conduz o Candidato pelo braço durante todo tempo, transmitindo com este ges-
to segurança e tranqüilidade. Ao final de cada viagem, ao chegar ao seu destino, o Experto bate
por três vezes, com sua própria mão aberta, sobre as mesas dos VVig∴ e altar do Venerável. Fi-
car atento para a pergunta a ser-lhe dirigida, bem como para a resposta a ser dada, que deverá já
estar memorizada.
ATENÇÃO:
1ª Viagem - com ruídos, trovões e cheio de obstáculos simulados ou que não comprometam a
integridade física do Candidato (usar a criatividade). Final da 1ª viagem - dirigir até à mesa do
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2º Vig∴. Executar a bateria do grau sobre a mesa. Após a interpelação, o candidato é
colocado entre colunas, SENTADO.
2ª Viagem - com ruído que imitam o tinir de espadas (empregar ruídos previamente gravados ou
mesmo o bater real de espadas) e percorrendo um terreno mais plano, com obstáculos imaginá-
rios. Final da 2ª viagem - dirigir até à mesa do 1º Vigilante. Executar a bateria do grau sobre a
mesa. Após a interpelação, levar o candidato para ser purificado pela Água junto ao Mar de
Bronze, que deverá estar situado a sudoeste do Templo, próximo a Harmonia. Após a purifica-
ção pela Água, o candidato fica em PÉ entre colunas, sentando somente após o comando do
Venerável.
3º Viagem - sem ruídos e sem nenhum tipo de obstáculos. Final da 3ª viagem - dirigir ao Orien-
te até ao Altar. Executar a bateria do grau sobre o mesmo. Após a interpelação, descer do Orien-
te, e levar o candidato a ser purificado com o fogo, através de uma chama auxiliar colocada junto
ao M∴CCer∴ e por ele auxiliado. Passar as mãos espalmadas por 3 vezes sobre a chama. Não é
mais permitido o emprego do "cachimbo de breu e enxofre", bem como de qualquer tipo de
chamas através de substâncias inflamáveis contidas em "aerossóis" ou "spray", pois comprome-
tem a integridade física do Candidato além do risco de explosões e queimaduras irreversíveis.
Após a purificação pelo Fogo, o candidato é colocado entre colunas SENTADO.
A partir deste momento o Mestre de Cerimônia assume a condução do Candidato, encer-
rando a participação direta do Experto nos trabalhos ritualístico na Sessão Magna de Iniciação.
10 - ATENÇÃO: O Irmão EXPERTO deverá estar rigorosamente paramentado, ou seja,
de balandrau negro com capuz cobrindo todo o rosto. O Capuz é utilizado somente nos momen-
tos de contato com o candidato para não ser reconhecido. Após a participação do Irmão na ritua-
lística, o balandrau é retirado, permanecendo o Irmão de terno, paramentado e com sua insígnia.
OBSERVAÇÕES:
1) - É recomendável que o M∴ CCer∴ escolha com antecedência, os IIr∴ que farão parte
da Comissão, certificando-se que os mesmos estejam cientes de como praticar este ato ritualísti-
co(se necessário, orientá-los), e de que compareçam à Sessão, em traje apropriado ou seja: terno
preto ou azul marinho, camisa e luvas brancas, gravata preta, sapato e meias pretos (RGF. Art.
84).
Assim procedendo, o M∴ de CCer∴ ao receber ordens para compor a Comissão solicitará
a presença dos MM∴ MM∴ previamente designados para esta função.
ATENÇÃO: Nunca é demais lembrar que este cerimonial deve ser ensaiado com antece-
dência, sempre que deva ser executado, ou em períodos regulares, para que seja desenvolvido
com todo o rigor e brilho requeridos.
2) - A Bandeira, as Espadas e as Estrelas deverão estar no Átrio, para facilitar o trabalho
da Comissão e do Porta-Bandeira. O Arquiteto acenderá as Estrelas previamente para não tumul-
tuar a entrada da Comissão. O M∴ de Ccer∴ que é o responsável pelo cerimonial, deverá usar
de todo o rigor, para que o mesmo seja cumprido fielmente.
3) - O M∴ CCer∴ fazendo ou não parte da Guarda de Honra, será sempre o responsável
pela organização de todo o cerimonial relativo ao Culto ao Pavilhão Nacional.
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4) - O Hino Nacional poderá ser de simples execução instrumental, tocando-se a
música integralmente, mas sem repetição, ou de execução vocal, onde sempre serão cantadas as
duas partes do poema fazendo-se canto em uníssono (Lei dos Símbolos Nacionais nº 5.700 de
01/ 09/ 1971 - Art. 24).
5) - Postura correta durante o Culto ao Pavilhão Nacional:
a)Sessões Maçônicas - de Pé e a Ordem.
b)Sessões Maçônicas Públicas – de Pé e Perfilado
6) - Sempre que for executado o Hino Nacional, todo Maçom deve ficar descoberto.
Quando o Hino Nacional e o da Bandeira for entoado(cantado), mesmo nas sessões Maçôni-
cas, o Maçom deve ficar de Pé e Perfilado(Art. 5º do DEC. 0084-G∴O∴B∴) e não com o Si-
nal de Ordem. Também é considerada como postura incorreta a colocação da mão sobre o
peito.
7) - Importante lembrar que Aprendizes e Companheiros não tomam parte na Comissão
de Recepção e nem na Guarda de Honra ao Pavilhão Nacional, uma vez que não podem portar
espadas, pois são de uso exclusivo dos MM∴ MM∴. Não existindo a presença de 13(treze)
MM∴ MM∴, a Comissão poderá ser formada por um número menor, porem sempre com
um total impar (11, 9, 7, 5 e 3 - Irmãos Mestres).
8) - O seis IIr∴ componentes da Comissão de recepção ao Pavilhão Nacional (coluna sul)
deverão, ao dar entrada ao Templo, circular ritualisticamente (sentido horário - Norte/Sul). O
mesmo procedimento deve ter os Sete IIr∴ da Comissão (coluna norte) ao se retirarem do Tem-
plo.
9) - É vedada a execução de quaisquer arranjos vocais do Hino Nacional, a não ser o de
Alberto Nepomuceno, bem como não é permitida a execução de arranjos artísticos-
instrumentais (Lei 5.700, Art. 34).
10) - Conforme a Lei 5.700, quando a Bandeira se apresentar em marcha ou cortejo, todos
devem tomar atitude de respeito e em silêncio, sendo vedada qualquer outra forma de sauda-
ção. Logo não existe bateria incessante de palmas ou aplausos.
ATENÇÃO: O Culto ao Pavilhão Nacional é uma prática normatizada por legislação pro-
fana específica - Lei dos Símbolos Nacionais nº 5.700 de 01.09.71, modificada pela 5.812 de
13.10.72, que devem ser acatadas e respeitadas por todos. É um procedimento cívico, que foi in-
corporado aos trabalhos maçônicos e regulamentado pelo Dec. nº 0084 de 19.11.97 do
G∴O∴B∴.
ENTRADA:
1) Comissão de 13 Mestres Maçons (7 na coluna Norte e 6 na coluna Sul).
2) Guarda de Honra com 03 M∴ M∴ - (portando espadas).
3) Depois de cantado o Hino Nacional a Comissão de Recepção(13 IIr∴) abate as espadas em
continência a Bandeira. Após passar por toda comissão, todos voltam a ordem com as es-
padas.
Obs: Ao iniciarem o canto do Hino Nacional, os Irmãos ficam de pé, perfilados e descober-
tos.
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Ao seu término restabelecem o Sinal de Ordem.
4) A Guarda de Honra e o Mestre de Cerimônias não sobem o Oriente, somente o Ir∴ Port∴
Band∴ com a bandeira e a coloca no seu lugar(do lado direito do venerável próxima a parede
de fundo).
SAÍDA:
C – ORIENTAÇÕES GERAIS
PROTOCOLO DE RECEPÇÃO E TRATAMENTO
Faixa 1
Tratamento: Ilustre Irmão.
São recebidos pelo M∴ CCer∴ com uma Comissão de três membros armados de espadas e mu-
nidos de estrelas, abóbada de aço, uma salva de bateria nos três altares:
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- Veneráveis;
- Mestres Instalados;
- Beneméritos;
- DDep∴ Honorários das Assembléias EEst∴ e do D∴ Federal;
- DDep∴ Honorários da Assembléia Federal;
- Juízes dos Tribunais de Justiça Estaduais e do D∴ Federal;
- Conselheiros do Conselho de Contas.
Faixa 2
Tratamento: Venerável Irmão.
São recebidos pelo M∴ Cder∴ com uma Comissão de cinco membros armados de espadas e
munidos de estrelas, abóbada de aço, três salvas de baterias nos três altares.
- Delegados dos Grãos-Mestres Estaduais;
- Deputados Estaduais e do D∴ Federal;
- Membros dos Conselhos Estaduais e do D∴ Federal;
- Subprocuradores Estaduais;
- Presidentes dos Tribunais Eleitorais EEst∴ e do D∴ Federal;
- Presidentes dos Conselhos de Contas EEst∴ e do D∴ Federal;
- Presidentes dos Tribunais de Justiça EEst∴ e do D∴ Federal;
- Grandes Beneméritos da Ordem;
- Juízes do Tribunal de Justiça do Poder Central.
Faixa 3
Tratamento: Poderoso Irmão.
São recebidos pelo M∴ CCer∴ com uma Comissão de sete membros armados de espadas, mu-
nidos de estrelas, abóbada de aço, três salvas de baterias nos três altares; o Ven∴ vem à grade
do Oriente e convida o mais graduado a sentar-se à sua direita. O Grão-Mestre Adjunto Estadual
ou do Distrito Federal, representando o respectivo Grão-Mestre, será recebido com as honras e
da mesma maneira que o representado:
- Grãos-Mestres Adjuntos Estaduais e do D∴ Federal;
- Delegados do Grão-Mestre Geral;
- Grandes Secretários Estaduais e do D∴ Federal;
- Deputados Federais;
- Subprocuradores Gerais;
- Procuradores Estaduais e do D∴ Federal;
- Portadores da Condecoração “Estrela de Distinção Maçônica”;
- Membros do Conselho Federal;
- Presidente do Tribunal de Justiça do Poder Central;
- Ministro do Superior Tribunal Eleitoral;
- Ministros do Tribunal de Contas;
- Grandes Dignidades Estaduais e do D∴ Federal Honorários;
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Faixa 4
Tratamento: Eminente Irmão.
São recebidos pelo M∴ CCer∴ com uma Comissão de nove membros armados de espadas, mu-
nidos de estrelas , abóbada de aço, bateria incessante, tendo o Grão-Mestre Estadual e/ou do
Distrito Federal precedência sobre os demais, em suas respectivas jurisdições; O Ven∴ vem ao
centro do Templo e aí oferece o malhete ao Grão-Mestre Estadual ou do Distrito Federal, quando
em sua jurisdição, que ocupa a Cadeira de Salomão e coloca à sua direita o Venerável. Quando o
Grão-Mestre Estadual ou do Distrito Federal não estiver na sua jurisdição, o Venerável oferece o
lugar no altar, à sua direita, ao mais graduado.
- Grãos-Mestres Estaduais e do Distrito Federal;
- Grandes Secretários Gerais;
- Chefe do Gabinete do Grão-Mestre Geral;
- Primeiro Grande Vigilante do Conselho Federal;
- Grande Procurador Geral;
- Portadores da Cruz de Perfeição Maçônica;
- Presidente do Superior Tribunal Eleitoral;
- Ministros do Supremo Tribunal de Justiça;
- Dignidades Federais Honorárias;
- Presidentes das AAs∴ EEst∴ Legislativas e do D∴ Federal;
- Presidente do Tribunal de Contas;
- Garantes de Amizade.
Faixa 5
Tratamento: Sapientíssimo Irmão.
São recebidos pelo M∴ CCer∴ com uma Comissão de dez membros portando espadas e muni-
dos de estrelas, abóbada de aço, bateria incessante, tendo o Presidente da Assembléia Federal
Legislativa e Presidente do Supremo Tribunal de Justiça precedência sobre os demais; o Venerá-
vel vem acompanhado do Orador e do Secretário, entre colunas e o mais graduado ocupa a cadei-
ra à direita do Venerável. O Grão-Mestre Geral Adjunto representando o Grão-Mestre Geral, se-
rá recebido com as honras e da mesma maneira que o representado.
- Grão-Mestre Geral Adjunto;
- Presidente da Assembléia Federal Legislativa;
- Presidente do Supremo Tribunal de Justiça;
- Detentores da Condecoração da Ordem do Mérito D. Pedro I.
Faixa 6
Tratamento: Soberano Irmão ou Soberano Grão-Mestre.
O M∴ CCer∴ o recebe com uma Comissão de doze membros armados de espadas e munidos de
estrelas, abóbada de aço, bateria incessante; o Venerável vem entre colunas com o Orador, o
Secretário, o Porta-Estandarte o Porta-Bandeira. O Grão-Mestre Geral recebe o malhete e assume
a Cadeira de Salomão e põe, à sua direita, o Venerável. Se estiver presente o Grão-Mestre Geral
Adjunto, este fica à sua direita e o Venerável à sua esquerda.
- Grão-Mestre-Geral.
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Os demais Mestres-Maçons têm o tratamento de Respeitável Irmão.
LEMBRETES ADMINISTRATIVOS
1. “É nulo qualquer ato maçônico praticado por maçom em Loja, cujos direitos estejam
suspensos”. (Art. 139 da Constituição do G∴O∴B∴).
2 - São irregulares os maçons que estiverem com seus direitos suspensos, que não possu-
am documentos de regularidade ou que esteja vencido e os que pertencem a organização maçôni-
ca não reconhecida pelo G∴O∴B∴. (Art. - 34, § 2º, da Constituição).
3 - Não admitir maçons irregulares em seus trabalhos (Art. 68, Inciso VII do RGF). - O
Obreiro irregular por falta de pagamento ou freqüência poderá ter seus direitos maçônicos reabi-
litados, desde que não seja reincidente (Art. 51 do RGF).
O maçom excluído de uma Loja, por falta de pagamento, só poderá pleitear filiação em ou-
tra Loja ou retornar à atividade, depois de saldar seu débito com a Loja que o excluiu (Art. 39 do
RGF).
A Loja, ao filiar maçom que não estiver quite com a Loja a que pertencer ou a que tenha
pertencido, será responsabilizada pelo débito do filiado. (Art. 40 do RGF).
4 - O Mestre Maçom ativo pode pertencer, como efetivo, a mais de uma Loja da Federação
e será declarado irregular, em qualquer delas, se faltar com os compromissos de freqüência e
contribuição pecuniárias. (Art. 33 do RGF).
5 - O maçom irregular por falta de pagamento ou por falta de freqüência, será privado de
seus direitos maçônicos, em todo o Grande Oriente do Brasil. (Art. 50 do RGF).
6 - Não regularizar maçom, nem iniciar profano, sem prévia e expressa autorização do
Grão-Mestrado, Publicada no Boletim Oficial. (Artigo 68, Inciso III do RGF).
7 - São direitos do Maçom: Freqüentar os trabalhos de outra Loja e dela receber Atestado
de Freqüência. Ter seu nome registrado em livro próprio de sua Loja as presenças nos trabalhos
de outras do Grande Oriente do Brasil, mediante a apresentação dos Atestados de Freqüência,
que valerão para todos os efeitos legais. (Art. 33, incisos VIII e IX da Constituição do GOB).
8 - O Maçom estando em pleno gozo de seus direitos, poderá solicitar licença da Loja por
um prazo de até 6 meses, podendo a mesma ser prorrogada uma vez por igual período. (Art. 43
do RGF).
9 - O pedido de Quite-Placet feito pelo interessado verbalmente em Sessão ou através de
Pr∴ dirigida ao Ven∴ Mestr∴, desde que posto em caráter irrevogável será atendido pela ad-
ministração da Loja, na mesma Sessão em que for apresentado (Art. 44 § 3º do RGF).
10 - A Proposta de Admissão de candidatos poderá ser discutida, bem como correr o es-
crutínio, desde que transcorrido quarenta e cinco (45) dias da publicação no Boletim Oficial do
GOB (Art. 9º e 10º do RGF).
INTRODUÇÃO:
VEN∴ - ( o ) - Meus IIr∴, de acordo com os preceitos que nos regem, vamos proceder à
primeira instrução, destinada, especialmente, aos nossos IIr∴ AApr∴.
Do mesmo modo que os antigos sábios egípcios, para subtrair seus segredos e mistérios
aos olhos dos profanos, ministravam seu ensino por meio de símbolos, a Maçonaria, continuando
a tradição egípcia, encerra seus ensinamentos e filosofia em símbolos, pelos quais oculta suas
verdades ao mundo profano, só as revelando àqueles que ingressam em seus Templos.
Sendo o 1º grau o alicerce da filosofia simbólica, resumindo ele toda a Moral maçônica de
aperfeiçoamento humano, compete ao Ap∴ Maç∴ o trabalho de desbastar a P∴ B∴, isto é, des-
vencilhar-se dos defeitos e paixões, para poder concorrer à construção moral da Humanidade, o
que é a verdadeira obra da Maçonaria.
VEN∴- ( o ) - IIr∴ 1º Vig∴ e Orad∴, ajudai-me a dar a primeira instrução aos nossos
IIr∴ AAp∴
ORAD∴ - ( o ) - Meus IIr∴, o Painel da Loja que vedes representa o caminho que deveis
trilhar, para atingirdes, pelo trabalho e pela observação, o domínio de vós mesmos. Vosso único
desejo deve resumir-se em progredir na GRANDE OBRA que empreendestes ao entrardes neste
Templo.
Quando, no término do trabalho de aperfeiçoamento moral, simbolizado pelo desbastar das
asperezas dessa massa informe a que chamamos P∴ B∴, houverdes conseguido pela fé e pelo
esforço, transformá-la em PEDRA POLIDA, apta à construção do edifício, podeis descansar o
maço e o cinzel, para empunhardes outros utensílios, subindo a escala hierárquica maçônica.
Para isso recebereis cinco instruções a lembrarem os cinco anos de aprendizado dos anti-
gos maçons operativos.
PRIMEIRA INSTRUÇÃO
VEN∴ - (o) - Simples, mas muito simbólica, é esta 1ª instrução. No Painel da Loja se
condensam todos os símbolos que deveis conhecer e, se bem os interpretardes, fáceis e muito
claras ser-vos-ão as instruções subseqüentes.
A forma da Loja é a de um quadrilongo; seu comprimento é do Oriente ao Ocidente; sua
largura, do Norte ao Sul; sua profundidade, da superfície ao centro da Terra, e sua altura, da Ter-
ra ao Céu. Essa tão vasta extensão da Loja simboliza a universalidade da nossa Instituição e mos-
tra que a caridade do Maçom não tem limites, a não ser os ditados pela prudência.
Orienta-se a Loja do Oriente ao Ocidente, porque, como todos os lugares do Culto Divino
e Templos antigos, as Lojas Maçônicas assim deve estar e porque:
1º - o Sol, que é a maior Glória do Senhor, nasce no Oriente e se oculta no Ocidente;
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2º - a civilização e a ciência vieram do Oriente, espalhando suas benéficas influências
para o Ocidente;
3º - a doutrina do Amor e da Fraternidade e o exemplo do cumprimento da Lei vieram,
também, do Oriente para o Ocidente, trazidos pelo Divino Mestre.
A primeira notícia que temos de um local destinado exclusivamente ao Culto Divino é a do
Tabernáculo, erguido, no deserto, por Moisés, para receber a Arca da Aliança e as Tábuas da Lei.
Esse Tabernáculo, cuja orientação era Leste para Oeste, serviu de modelo para a planta e posição
do Templo de Salomão, cuja construção, por seu esplendor, riqueza e majestade, foi considerada
a maior maravilha da época.
Eis porque as Lojas Maçônicas, representando simbolicamente o Templo de Salomão, são
orientadas do Oriente para o Ocidente.
1º VIG∴- ( o ) - Sustentam nossa Loja três Colunas, denominadas SABEDORIA, FORÇA
E BELEZA.
A SABEDORIA deve nos orientar no caminho da vida; a FORÇA, nos animar e sustentar
em todas as dificuldades e a BELEZA, adornar todas as nossas ações, nosso caráter e nosso espí-
rito.
O Universo é o Templo da Divindade, a quem servimos; a Sabedoria, a Força e a Beleza
estão em volta de seu Trono, como pilares de suas Obras. E sua Sabedoria é infinita; sua Força
onipotente e a sua Beleza manifestam-se em toda a Natureza.
Essas três colunas representam também: SALOMÃO, pela Sabedoria em construir, com-
pletar e dedicar o Templo de Jerusalém ao serviço de Deus; HIRAM, rei de Tiro, pela Força que
deu aos trabalhos do Templo, fornecendo homens e materiais, e HIRAM-ABIF, por seu primoro-
so trabalho em adorná-lo, dando-lhe Beleza sem par, até hoje nunca atingida.
A essas Colunas foram dadas três ordens de Arquitetura: a Jônica, para representar a Sa-
bedoria; a Dórica, significando a Força e a Coríntia, simbolizando a Beleza.
Todo esse simbolismo nos indica que, na Obra Fundamental de nossa construção moral,
devemos trazer para a superfície, para a Luz, todas as possibilidades das potências individuais,
despojando-nos das ilusões da personalidade. E, nesse trabalho, só podemos ser SÁBIOS se pos-
suirmos FORÇA, porque a Sabedoria exige sacrifícios que só podem ser realizados pela Força;
mas ser Sábio com Força, sem ter BELEZA, é triste, porque é a Beleza que abre o mundo inteiro
à nossa sensibilidade.
O teto das Lojas Maçônicas representa a Abóbada Celeste de variadas cores. O caminho
para atingir essa Abóbada, isto é, o Céu, o Infinito, é representado pela escada, conhecida como
Escada de Jacó, nome que, como fiel guardiã das antigas tradições, a Maçonaria conserva. Com-
posto de muitos degraus, cada um deles representa uma das Virtudes exigidas ao Maçom para
caminhar em busca da perfeição moral.
SABEDORIA, FORÇA E BELEZA, nada mais são que a velha Trilogia que ornava os an-
tigos Templos iniciáticos: FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE, virtudes morais que devem ornar o
espírito e o coração de qualquer ser humano, principalmente do Maçom, que não se esquecerá,
jamais, de depositar Fé no G∴ A∴ D∴ U∴, Esperança, no aperfeiçoamento moral e Caridade
para com os seus semelhantes. A Fé é a Sabedoria do espírito, sem a qual o homem nada levará a
termo; a Esperança é a Força do espírito, amparando-o e animando-o nas dificuldades encontra-
das no caminho da Vida, e a Caridade é a beleza que adorna o espírito e o coração bem formado,
fazendo com que neles se abriguem os mais puros sentimentos humanos.
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ORAD∴ - ( o ) - O interior de uma Loja Maçônica contém: Ornamentos, Paramentos e
Jóias. Os Ornamentos são: o PAVIMENTO MOSAICO, A ESTRELA FLAMEJANTE e a
ORLA DENTEADA.
O PAVIMENTO MOSAICO, com seus quadrados brancos e pretos, nos mostra que, ape-
sar de diversidade, do antagonismo de todas as cousas da Natureza, em tudo reside a mais perfei-
ta harmonia. Isso nos serve de lição para que não olhemos as diversidades de cores e de raças, o
antagonismo das religiões e dos princípios, que regem os diferentes povos, senão e apenas como
uma exterioridade de manifestação, pois toda a Humanidade foi criada para viver na mais perfei-
ta harmonia, na mais perfeita e íntima Fraternidade.
A Estrela Flamejante, neste 1º grau, representa o Homem dotado de espírito e iluminado
pelo Sol da Sabedoria. O símbolo é de luz intermediária entre o brilho do Sol e o da Lua. Em ou-
tro grau aprendereis outros segredos do símbolo.
Espalhando luz e calor (ensino e conforto) por toda parte onde atingem seus raios vivifi-
cantes, o Sol nos ensina a praticar o Bem, não em um circulo restrito de amigos ou de afeiçoa-
dos, mas a todos aqueles que necessitam e até onde nossa Caridade possa alcançar.
A Orla Denteada, enfim, mostra-nos o princípio da atração universal, simbolizado no A-
mor. Representa, com seus múltiplos dentes, os planetas que gravitam em torno do Sol; os povos
reunidos em torno de um chefe; os filhos reunidos em volta dos pais, enfim, os Maçons unidos e
reunidos no seio da Loja, cujos ensinamentos e cuja Moral aprendem, para espalhá-los aos qua-
tro ventos do Orbe.
O Paramento da Loja é constituído pelo LIVRO da LEI, Compasso e Esquadro.
O Livro da Lei representa o Código de Moral, que cada um de nós respeita e segue; a filo-
sofia que cada qual adota e, enfim, a Fé, que nos governa e anima.
O Compasso e o Esquadro, que só se mostram unidos em Loja, representam a medida justa
que deve presidir a todas as nossas ações, que não podem afastar-se da Justiça nem da Retidão
que regem todos os atos do Maçom.
As pontas do Compasso, ocultas sob a Esquadro, significam que o Apr∴, trabalhando so-
mente na P∴ B∴, não pode fazer uso daquele, enquanto sua obra não estiver perfeitamente aca-
bada, polida e esquadrejada.
SEGUNDA INSTRUÇÃO
TERCEIRA INSTRUÇÃO
VEN∴ - ( o ) - Meus IIr∴, de acordo com os preceitos que regem os nossos estatutos, vamos
proceder à 3ª Instrução, destinada aos IIr∴ AApr∴ e a recordar nossos conhecimentos. Ir∴ 1º
Vig∴, entre mim e vós existe alguma cousa?
1º VIG∴ - Sim, Ven∴ Mestre, um culto.
VEN∴ - Que culto é esse?
1º Vig∴ - Um segredo.
VEN∴ - Que segredo é esse?
1º VIG∴ - A Maçonaria.
VEN∴ - Que é a Maçonaria.
1º VIG∴- Uma associação íntima de homens escolhidos, cuja doutrina tem pôr base o G∴ A∴
D∴ U∴, que é Deus; como regra, a Lei Natural; pôr causa, a Verdade, a Liberdade e a Lei Mo-
ral; pôr princípio, a Igualdade, a Fraternidade e a Caridade; pôr frutos, a Virtude, a Sociabilidade
e o Progresso; pôr fim, a Felicidade dos Povos, que, incessantemente, ela procura reunir sob sua
bandeira de paz. Assim, a Maçonaria nunca deixará de existir, enquanto houver o gênero huma-
no.
VEN∴ - ( o ) - Sois Maçom, Ir∴ 2º Vig∴?
2º VIG∴ - MM∴ IIr∴ C∴ T∴ M∴ R∴.
VEN∴ - Quais são os deveres do Maçom?
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2º VIG∴ - Honrar e venerar o G∴A∴D∴U∴, a quem agradece, sempre, as boas ações que
pratica para com o próximo e os bens que lhe couberem em partilha; tratar todos os homens,
sem distinção de classe e de raça, como seus iguais e irmãos; combater a ambição, o orgulho, o
erro e os preconceitos; lutar contra a ignorância, a mentira, o fanatismo e a superstição, que são
os grandes flagelos da humanidade, que entravam o progresso; praticar a Justiça, como verdadei-
ra salvaguarda dos direitos e dos interesses de todos, e a Tolerância, que deixa a cada um o direi-
to de escolher e seguir sua religião e suas opiniões; deplorar os que erram, esforçando-se, porém,
para reconduzi-los ao verdadeiro caminho; enfim, ir em socorro dos infortunados e dos aflitos. O
Maçom cumprirá todos estes deveres, porque tem a Fé que lhe dá coragem; a Perseverança, que
vence os obstáculos e o Devotamento, em que o leva a fazer o Bem mesmo com risco da própria
vida e sem esperar outra recompensa que a tranqüilidade de consciência e a satisfação do dever
cumprido.
VEN∴ - Como podereis vos fazer reconhecer Maçom?
2º VIG∴ - Por SS∴ TT∴ e PP∴.
VEN∴ - ( o ) - Como fazeis o S∴, Ir∴ M∴ de CCer∴.
M∴ DE CCER∴ - (levanta-se e à ordem) - Pelo Esq∴, Niv∴ e Perpendic∴.
VEN∴ - Que significa este S∴?
M∴ DE CCER∴ - A honra de saber guardar o segredo, preferindo ter a G∴ C∴ a revelar nos-
sos Mistérios. Significa, também, que o braço direito, é o símbolo da força, da Ordem, suas Dou-
trinas e Princípios. Os pés em esquadria ou a Ord∴ representam o cruzamento de duas perpendi-
culares, único caso em que forma quatro ângulos retos e iguais, significando a Retidão do Cami-
nho a seguir e a Igualdade, um dos princípios fundamentais da nossa Ordem (saúda e senta-se).
VEN∴- ( o ) - Ir∴ Diácono, dai o T∴ ao Ir∴ 1º Vig∴.
1º VIG∴ - (Depois de recebido o T∴) - Está certo, Ven∴ Mestre.
VEN∴ - ( o ) - Dai-me a P∴ S∴, Ir∴ 1º Diácono.
1º DIAC∴ - N∴ V∴ P∴ D∴ S∴ S∴, D∴ a P∴ L∴ Q∴ V∴ D∴ a S∴.
VEN∴ - Que significa esta P∴
1º DIAC∴ - Força e Apoio. (saúda e senta-se).
VEN∴ - ( o ) - Por que o Ap∴ Maç∴ não tem P∴ de P∴ , Ir∴ Cobridor?
COBR∴ INT∴ - Porque ainda não está em condições de passar
para o estudo do Cosmos e da Obra da Vida.
VEN∴ - Por que quisestes ser Maçom?
COBR∴INT∴- Porque, sendo livre e de bons costumes e estando nas trevas, ambicionava a
Luz.
VEN∴ - ( o ) - Como estáveis preparado, Ir∴ Secr∴?
SECR∴ - (levanta-se) - Nem nu nem vestido; despojaram-me de todos os metais, emblemas do
vício, para recordar-me do estado primitivo da Humanidade, antes da época da civilização.
VEN∴ - Onde fostes recebido Maçom?
SECR∴ - Em uma Loja Justa, Perfeita e Regular.
VEN∴ - Que é preciso para que uma Loja seja justa e perfeita?
SECR∴ - Que três a governam, cinco a componham e sete a completem.
VEN∴ - Que é uma Loja regular?
SECR∴ - É a que, sendo justa e perfeita, obedece a uma Potência Maçônica regular e pratica
rigorosamente todos os princípios da maçonaria (saúda e senta-se).
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VEN∴ - ( o ) - Como conseguistes entrar no Templo, Ir∴ Orador?
ORAD∴ - (levanta-se) - Por três pancadas, cuja significação é: “Batei e sereis atendido”, “Pedi e
recebereis”, “Procurai e encontrareis”.
VEN∴ - Que vos fizeram praticar?
ORAD∴ - Depois de colocado entre CCol∴, fizeram-me praticar três viagens, para que me
lembrasse das dificuldades e atribulações da vida; purificaram-me pelos elementos e, depois, fui
conduzido ao Altar dos Juramentos, onde fizeram-me ajoelhar; coloquei a M∴ D∴ sobre o L∴
da L∴ tendo na M∴ E∴, um Comp∴ aberto, com uma das pontas na região cordial de meu pei-
to, que estava nu. Nessa posição prestei meu juramento de guardar os segredos da Ordem (saúda
e senta-se).
VEN∴ - ( o ) - Que vistes, ao entrar em Loja, Ir∴ Tes∴ ?
TES∴ - (Levanta-se à Ord∴) - Nada Ven∴ Mestre, pois uma espessa venda cobria meus olhos.
VEN∴ - Que vistes, quando vos concederam a Luz?
TES∴ - Estando entre CCol∴, vi o Pavimento Mosaico e o Livro da Lei no Altar (saúda e senta-
se).
VEN∴ - ( o ) - Podeis explicar-me, Ir∴ 1º Vig∴, a interpretação de tudo que ouvistes falar em
Loja?
1º VIG∴ - A venda sobre os olhos significa as trevas e os preconceitos do mundo profano e a
necessidade que têm os homens de procurar a Luz entre os iniciados. O P∴ E∴ D∴ era para
manifestar respeito por este lugar sagrado. O B∴ E∴ e o Peit∴ E∴ desnudos exprimiam que eu
dava meu braço à Instituição e meu coração a meus IIr∴. A ponta do Comp∴ sobre o peito lem-
brava-me a vida profana, na qual nem meus sentimentos nem meus desejos foram regulados pôr
esse símbolo da exatidão, que, desde então, regula meus pensamentos e ações. O Comp∴ simbo-
liza as relações do Maçom com seus IIr∴ e com os demais entes; fixada uma de suas pontas,
descreve, pelo maior ou menor afastamento das pernas, círculos sem conta, imagens de nossa
Loja e da Maçonaria, cujo domínio é o infinito. Os Tr∴ PP∴ formando cada um e a cada junção
dos pés um ângulo reto, significam que a retidão é necessária a quem deseja vencer na ciência e
na virtude. As três viagens simbolizam a conquista de novos conhecimentos. O número três indi-
ca os centros da Pérsia, Fenícia e Egito, onde foram, primitivamente, cultivadas as ciências. A
purificações, feitas no decurso das viagens, lembraram-me que o homem não é bastante puro pa-
ra chegar ao Templo da Verdade. A idade do Ap∴ é de T∴ AA∴ porque, na Antigüidade, esse
era o tempo necessário a seu preparo; a idade significa também o grau maçônico. A P∴ B∴ é o
emblema do Ap∴, de tudo que se encontra no estado imperfeito de sua natureza. As duas CCol∴
são tidas como de 18 côvados de altura, l2 de circunferência, l2 de base e 5 nos capitéis, num
total de 47. Suas dimensões estão contra todas as regras de arquitetura, para mostrar que a Sabe-
doria e o Poder do Divino Arquiteto estão além das dimensões e dos julgamentos dos homens;
são de bronze para resistirem ao dilúvio, isto é, à barbárie, pois o bronze é o emblema da eterna
estabilidade das leis da natureza, base da doutrina maçônica. São ocas, para guardar os utensílios
apropriados aos conhecimentos humanos; enfim, as romãs são símbolo equivalente ao feixe de
Esopo: milhares de sementes contidas no mesmo fruto num mesmo germe, numa mesma subs-
tância, um mesmo invólucro, imagem do povo maçônico, que pôr mais multiplicado que seja,
constitui uma e mesma Família. Assim, a romã é o símbolo da harmonia social, porque só com as
sementes, apoiadas umas às outras, é que o fruto toma sua verdadeira forma.
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O Pavimento Mosaico, emblema da variedade do solo, formado de pedras brancas e
pretas, unidas pelo mesmo cimento, simboliza a união de todos os MMaç∴ do Globo, apesar da
diferença de cores, de climas e de opiniões políticas e religiosas; é a imagem dos contrastes da
natureza e da vida.
VEN∴ - ( o ) - Que outras explicações ouvistes, Ir∴ Orador?
ORAD∴ - A espada Flamejante, arma simbólica, significa que a insubordinação, o vício e o cri-
me devem ser repelidos de nossos Tempos e que a Justiça de Salomão, Justiça Maç∴ é pronta e
rápida como os raios que despede a espada, emblema também dos mais justos e nobres sentimen-
tos. O Esq∴ suspenso do Colar do Ven∴ significa que um chefe deve ter, unicamente, um sen-
timento, o dos Estatutos da Ordem e que deve agir de uma única forma: com Retidão. O Nív∴
que decora o 1º Vig∴ simboliza a igualdade Social, base do Direito Natural. O Pr∴ do 2º Vig∴
significa que o Maç∴ deve ser reto no julgamento, sem se deixar dominar pelo interesse nem
pela afeição. O Pr∴ não pende como as oblíquas.
O Nível sem o Prumo, nada vale, do mesmo modo que este sem aquele, em qualquer cons-
trução. Por isso, os dois se completam para mostrar que o Maçom tem o culto da Igualdade. Ni-
velando todos os homens e cultuando a Retidão, não se deixará pender pela amizade ou pelo in-
teresse para qualquer dos lados.
VEN∴ - ( o ) - Por que os AAp∴, trabalham do meio-dia à meia-noite, Ir∴ 2º Vig∴?
2º VIG∴ - É uma homenagem a um dos primeiros instituidores dos Mistérios, Zoroastro, que
reunia, secretamente, seus discípulos ao meio-dia e terminava seus trabalhos à meia-noite, por
um ágape fraternal.
VEN∴ - ( o ) - Terminada a terceira instrução, voltemos a outros trabalhos, da nossa Loja, tam-
bém necessários.
QUARTA INSTRUÇÃO
QUINTA INSTRUÇÃO
VEN∴- ( o ) - Meus IIr∴, vamos dar a última instrução do grau de Apr∴ Maç∴. Depois de co-
nhecido o Painel da Loja, isto é, a forma pôr que deve proceder para galgar os degraus da escada
que há de, futuramente, transportá-lo do plano físico ao plano espiritual, O Apr∴ recebeu três
outras instruções, que o puseram ao corrente dos SSimb∴ e EEmbl∴ concernentes ao Grau.
Nesta quinta instrução completará os conhecimentos de que necessita para avançar na tri-
lha que encetou, ficando de posse do conhecimento da simbologia dos quatro primeiros números:
1 - 2 – 3 e 4, pela qual verá como estes números, além do valor intrínseco, representam verdades
misteriosas e profundas, ligadas, intimamente, à própria simbologia das alegorias e emblemas
que, em nossos Templos, se patenteiam à sua vista. Ir∴ Orad∴, tende a bondade de encetar esta
instrução.
ORAD∴- Com certeza já notastes, IIr∴ AApr∴, a coincidência que apresentam a Bat∴, a Mar-
cha e a Id∴ do Apr∴ Maç∴. Todas encerram o número “três”. TRÊS pancadas, TRÊS passos e
TRÊS anos. Como vedes o número 3 é primordial no grau de Apr∴.
É de toda conveniência que o Maçom “especulativo” não se desinteresse desta parte do
Ensino Iniciático, maxime se tiver o legítimo desejo de compreender qualquer coisa da Arquite-
tura da Idade Média e da Antigüidade e, em geral, das grandes obras concebidas e executadas
pelas Ordens de Companheiros-Construtores.
O emprego dos números, sobretudo de alguns números, em todos os monumentos conhe-
cidos, é muito freqüente, para que se creia que só o acaso os tenha produzido. E, neste ponto, a
História vem em nosso auxilio.
Todos os povos da antigüidade fizeram uso emblemático e simbólico dos números e das
fórmulas e em geral do número e da medida. Todos os povos da antigüidade tiveram um sistema
numérico ligado intimamente à religião e ao culto. E este fato é o resultado da idéia que, então,
se fazia do mundo, idéia segundo a qual a matéria é inseparável do espírito, do qual exprime a
imagem e a revelação.
Enquanto a matéria for necessária à forma e à dimensão; enquanto o mundo for uma soma
de dimensões, existirá o número e cada coisa terá seu número, do mesmo modo que forma e di-
mensões.
Há entretanto números que parecem predominar na estrutura do mundo, no tempo e no
espaço, e que formam, mais ou menos, a base fundamental de todos os fenômenos da natureza.
Esses números foram tidos sempre como sagrados, pelos antigos, como representando a expres-
são da Ordem e da Inteligência das coisas, como exprimindo mesmo a própria divindade.
Se, com efeito, supusermos que as coisas materiais são apenas um invólucro que cobre o
invisível, o imaterial; se as considerarmos somente como símbolos dessa imaterialidade, com
mais forte razão os números, concepção puramente abstrata, poderão ser considerados sagrados,
pois que eles representam, até certo ponto, a expressão mais imediata das Leis Divinas (e das
Leis da Natureza), compreendidas e estudadas neste mundo.
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A China, a Índia, a Grécia, mesmo antes de Pitágoras, conheceram e empregaram a
“Ciência dos Números”, e seu simbolismo é, em grande parte, baseado nesta ciência. Vemos,
pois, que os números se prestam facilmente a tornarem-se símbolos, figuras das idéias e de suas
relações. E toda a doutrina das relações morais e de ligação indestrutível com o mundo material,
isto é, a filosofia, foi sempre exposta por um sistema numérico e representada por números.
VEN∴- ( o ) - Explicai-nos, Ir∴ 1º Vig∴, o símbolo do número 1.
1º VIG∴- O número um, a unidade, é o princípio dos números, mas a unidade só existe pelos
outros números. Todos os sistemas orientais começaram pôr um SER PRIMITIVO. Conquanto
esta abstração não tenha positivamente uma existência real, tem, contudo um lado positivo que o
torna suscetível de uma existência definida: “é o que os antigos denominavam Pothos, isto é, o
desejo ou a ação de sair do absoluto, a fim de entrar no real, considerado por nós, concreto”.
Nos sistemas panteístas, nos quais a divindade é confundida, como unidade, com o Todo,
ela tem o nome de Unidade. A unidade só é compreendida por efeito do número dois; sem este,
ela torna-se idêntica ao todo, isto é, identifica-se com o próprio número.
A natureza do número dois, em sua relação com a unidade, representa a divisão, a diferen-
ça.
VEN∴- ( o ) - Ir∴ 2º Vig∴, explicai-nos algo sobre o número dois.
2º VIG∴- O número dois é o símbolo dos contrários e, portanto, da dúvida, do desequilibro e da
contradição. Como prova disso, temos o exemplo concreto de uma das sete ciências maçônicas a
aritmética, em que 2 + 2 = 2 x 2.
Até na matemática o número dois produz confusão, pois ao vermos o número 4, ficamos
na dúvida se é o resultado da combinação de dois números dois, pela soma, ou pela multiplica-
ção, o que não se dá em absoluto, com outro qualquer número. Ele representa: o Bem e o Mal; a
Verdade e a Falsidade: a Luz e as Trevas; a Inércia e o Movimento, enfim, todos os princípios
antagônicos, adversos. Por isso, representava, na antigüidade, o “Inimigo”, símbolo da Dúvida
quando nos assalta o espírito.
O Apr∴ Maç∴ não deve se aprofundar no estudo deste número, porque, fraco ainda do
cabedal cientifico de nossas tradições, pode enveredar pelo caminho oposto ao que deveria se-
guir.
Esta é, ainda, uma das razões pela qual o Apr∴ Maç∴ é guiado em seus trabalhos iniciáti-
cos; sua passagem pelo número 2, duvidoso, pode arrastá-lo ao Abismo da Dúvida.
VEN∴- ( o ) - Ir∴ 1º Vig∴, como poderá ser vencida a dúvida aniquiladora do número dois?
1º VIG∴- A diferença, o desequilíbrio, o antagonismo que existem no número dois, cessam, re-
pentinamente, quando se lhes ajunta uma terceira unidade. A instabilidade da divisão ou da dife-
rença, aniquilada pelo acréscimo de uma terceira unidade, faz com que, simbolicamente, o núme-
ro Três se converta, também, em unidade.
A nova unidade, porém, não é uma unidade vaga, indeterminada, na qual não houve inter-
venção alguma; não é uma unidade idêntica com o próprio número, como se dá com a unidade
primitiva; é uma unidade que absorveu e eliminou a unidade primitiva, verdadeira, definida e
que se tornou unidade de vida, do que existe por si próprio, do que é perfeito.
Eis porque o neófito vê no Or∴ o Delta Sagrado, luminoso emblema do “SER” ou da
“VIDA”, no centro do qual brilha a letra IOD, inicial do tetragrama IEVE.
O triângulo, conquanto composto de 3 ângulos e 3 linhas, forma um todo completo. Todos
os outros polígonos subdividem-se em triângulos, e estes são, assim, o tipo primitivo, que serve
de base à construção de todas as outras superfícies. É, ainda, pôr esta razão que a figura do triân-
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gulo é o símbolo da existência da divindade, bem como de sua “Potência produtora” ou da
Evolução.
VEN∴- ( o ) - Por que, Ir∴ 2º Vig∴, quando o iniciado penetra no Templo, nada encontra que
se relacione, simbolicamente, ao número um?
2º VIG∴- Porque, para facilitar o estudo dos números, a Maç∴ faz uso de emblemas, para atrair
a atenção sobre suas propriedades essenciais. E assim deve ser, porque nada do que é sensível
pode ser admitido a representar a Unidade, mesmo porque só percebemos, fora e em volta de
nós, diversidade e multiplicidade. Nada é simples na natureza; tudo é complexo. No entanto, se a
Unidade não nos aparece naquilo que nos é exterior, parece residir em nosso íntimo, pois todo
ser pensante tem a convicção, o sentimento inato de que é um.
VEN∴- E como se manifesta esta unidade, que está em nós?
2º VIG∴- Por nossa maneira de pensar, agir e sentir. Nossas idéias, levadas ao pensamento de
um “todo harmônico”, fazem nascer em nós a noção do “Verdadeiro”. Este é o mais precioso
talismã que pode possuir o iniciado, quando condensa seu ideal no JUSTO, no BELO e no
VERDADEIRO.
VEN∴- E qual o símbolo que oculta esta verdade?
2º VIG∴- O candelabro de 3 braços, que se vê sobre o Altar do Ven∴. Mestre e dos Vigilantes,
ideal que é o único pólo para o qual tendem todas as aspirações humanas.
VEN∴- Por que o neófito não deve estacionar no número dois?
2º VIG∴- Porque sendo o binário símbolo dos contrários, da divisão, seria condenar-se à luta
estéril, à oposição cega, à contradição sistemática; ficaria, em suma, escravo desse princípio de
divisão, que a antigüidade simbolizou e estigmatizou sob o nome de “inimigo” (Agramaniu, Sa-
tan, etc.).
VEN∴- E como se conseguiu evitar a influência desse INIMIGO”?
2º VIG∴- Procedendo à conciliação dos antagônicos, condensando, no Ternário, o Binário e a
Unidade.
VEN∴- ( o ) - Assim concebido, qual a significação do número 3, Ir∴ 1º Vig∴?
1º VIG∴- TRÊS é o número da Luz (Fogo, Chama e Calor). Três são os pontos que o Maçom
deve se orgulhar de apor a seu nome, pois, esses 3 pontos, como o Delta Luminoso e Sagrado,
são emblemas dos mais respeitáveis; representam todos os ternários conhecidos e, especialmente,
as três qualidades indispensáveis ao Maçom.
BIBLIOGRAFIA:
FONTES CONSULTADAS:
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