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TEORIA DA ARQUITETURA III – O DESENHO

Universidade de Coimbra
Departamento de Arquitetura
2020/2021

André Bem-Haja
Diogo Pinheiro
Gonçalo Saraiva
Ricardo Dias
Ruben Santos
Tânia Santos

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Índice

1. Desenho - História .................................................................. 2


2. Desenho - Conceito ................................................................. 2
3. Filippo Brunelleschi ................................................................. 3
4. Desenho na Arquitetura e no Cinema ............................................... 4
4.1. Star Wars e o Retorno do Desenho ............................................... 4
4.2. 007, Os Desenhos são Eternos .................................................... 5
5. Steven Holl, porquê aguarelas? ..................................................... 6
6. Pesquisa ............................................................................. 7

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1. Desenho - História

O desenho é uma das técnicas bases de representação cultural e artística,


praticada pelo homem quase desde o seu nascimento. Seja para demonstrar emoções,
atos, vivências ou pensamentos.

O desenho, assim como o Homem, ao longo da história tem vindo a evoluir,


desempenhando sempre um importante papel na sua vida, quer a nível cultural e
ideológico, quer a nível prático do dia a dia, enquanto meio de comunicação ordenação
e estruturação da sociedade. Atualmente é possível observar o impacto que o
desenvolvimento do desenho teve na vida do homem como a formação da linguagem
escrita, da fotografia e do cinema.

Desde o período Neandertal e passando pelo Neolítico, Egípcio, Antiguidade


Clássica (Grega e Romana), Idade média (Românico e Gótico), Idade moderna
(Renascimento) chegando por fim à idade contemporânea (Cubismo), percebe-se a
progressão das técnicas relativas à cor, ao motivo, à forma, à perspetiva e ao significado.

2. Desenho - Conceito

De um ponto de vista conceptual e cru, o desenho pode ser decomposto num


conjunto de pontos e linhas que sobre um suporte, realizam uma ideia, um conceito ou
um pensamento. De outra forma o desenho é a representação física das linhas do papel
assim como a ideia e conceito que este quer retratar, no fundo é a alusão à arte de
desenhar.
Atualmente a generalização do conceito de desenho leva-nos a dividi-lo em duas
categorias. O Artístico e o Técnico. Relativamente ao desenho artístico associa-se a
criatividade, a liberdade e a possibilidade, ou seja, com este tipo de desenho é-nos
permitido explorar infinitos resultados bem destintas maneiras de os alcançar. Este
género de desenho possibilita a manipulação da realidade tanto do artista como a
perceção do observador da mesma. Um bom exemplo usado hoje em dia é o desenho
caricaturista/cartoonista. Já o desenho técnico está mais relacionado com a exatidão e a
precisão, que por vezes limitado pelas suas regras, pode requerer estudo ou formação
técnica prévia, para a sua execução. A forma mais frequente de encontrar este desenho,
é sobre a forma de modelagem 3D.

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3. Filippo Brunelleschi

O desenho, é possivelmente um dos aspetos mais importantes da arquitetura,


está envolvido na conceção da ideia, no processo e no resultado final também. No
desenvolvimento dos projetos o desenho assume vários papeis, desde tentar exteriorizar
um pensamento, a explorar e experimentar diversas maneiras de apresentar algo assim
como simplesmente mostrar o resultado final.
A arquitetura foi de certa forma um importante marco na história do desenho
pelo seu contributo ao mesmo. Desde o aperfeiçoamento do desenho mais realista e
técnico, à revolução da perceção espacial através da criação da perspetiva pelo notável
arquiteto renascentista Filippo Brunelleschi.
Para a construção da cúpula da catedral De Florença Filippo Brunelleschi.
Inventou a partir de desenhos como ela iria ser construída, inventando uma nova técnica
chamada espinha de peixe, em que, haviam vários tipos de tijolos que se sobrepunham
de maneira a auto suportar e a suportar a enorme cúpula.

Fig 1 Corte da cúpula fig 2 Desenhos da cúpula

Fig 3 Catedral De Florença

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4. Desenho na Arquitetura e no Cinema

O cinema de certa maneira está ligado à arquitetura sendo esta real ou apenas
ficcional, compondo assim os elaborados cenários e adereços.
Muitos produtores de Cinema inicialmente contratavam Designers e artistas para
fazer cenários de filmes, principalmente de ficção cientifica onde os cenários eram
maioritariamente inventados para uma melhor representação do espaço e do tempo que
decorre a historia do filme.
Os cenários eram primeiro desenhados à mão pelos designers e artistas criando as
primeiras ideias, estes eram depois recriados, podendo ser em escala real onde os atores
pudessem atuar diretamente ou em maquetes bem detalhadas de forma a que fizessem
montagens com efeitos especiais para conseguirem recriar de modo a parecer real.

4.1. Star Wars e o Retorno do Desenho

Exemplo disso foram os filmes da Star Wars na década de 80 que usaram artistas
como Ralph Mcquarrie e Michael Pangrazio para inventarem os cenários que mais tarde
se tornaram icónicos. Por vezes esses conceitos eram modificados, ficando diferentes
mesmo depois no resultado final.

Fif 4 FigMcquarrie e Michael Pangrazio Fig 5 Conceito de arte e o trabalho final

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4.2. 007, Os Desenhos são Eternos

Outro exemplo são os cenários dos filmes do James Bond nas décadas de 60 e 70
que eram desenhados pelo um atrista chamado Ken Adam, eram primeiramente
desenhados a mão com o objetivo de retratar uma arquitetura moderna, mas ao mesmo
tempo futurista com elementos sci-fi que eram inovadores para a altura. Os cenários
depois eram recriados em tamanho real onde depois eram feitas as gravações.

Fig 6 desenhos dos conceitos de arte Fig 7 Cenários finais

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5. Steven Holl, porquê aguarelas?

Steven Holl sempre usou o desenho de forma exaustiva como instrumento de


processo. As suas aguarelas que acompanham os projetos acabaram por ser uma imagem
reconhecida. Curiosamente, Steven Holl passou do desenho a lápis ou caneta para as
aguarelas porque os primeiros “demoravam-lhe 8 horas” a fazer e viu nas segundas uma
oportunidade de representar com mais rapidez e eficácia. Da mesma forma, as aguarelas
permitem-lhe rapidamente representar volumes e as suas relações com as luzes e
sombras. Têm também uma componente quase sensorial, subconsciente, que permite a
exploração.

Figura 1. Museu de Arte Contemporânea VCU, Steven Holl. (esquerda) Aguarela. (direita) Edifício
construído

Esta prática continua mesmo após a construção dos projetos que, não influenciado
aquele projeto em concreto, permite ao arquiteto uma constante exploração de soluções e
sensações, mesmo através de projetos já concluídos.

Figura 2. Museu Kiasma, Steven Holl. Aguarela

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6. Pesquisa

6.1. Bibliografia

Pais, Teresa (2007). “O Desenho na Formação do Arquitecto”

6.2. Webgrafia

https://sites.google.com/site/perspetiva600/historia-do-desenho-e-da-
perspetiva (acedido a 20/12/2020)
https://www.archdaily.com/947822/draw-in-order-to-
see?ad_source=search&ad_medium=search_result_articles (acedido a 21/12/2020)

6.3. Fonte de imagens

https://sites.google.com/site/perspetiva600/historia-do-desenho-e-da-perspetiva
(acedido a 20/12/2020)

https://www.classicdriver.com/en/article/classic-life/ken-adam-man-who-set-
scene-james-bond
https://www.iamag.co/star-wars-the-art-of-ralph-angus-mcquarrie-100-
concept-art/
https://archtrends.com/blog/os-segredos-da-cupula-de-brunelleschi/
https://www.pinterest.pt/pin/475270566899569599/
https://br.pinterest.com/pin/356136283023760811/

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