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Rgm: 17695287
Miopatia de captura
Para as praticas de manejo, a contenção física dos animais se encontra necessária e este
é um dos principais fatores estressantes para os animais silvestres. Deste modo a contenção
do animal pode desencadear uma situação de estresse agudo, gerando uma resposta
fisiológica e comportamental de um indivíduo que procura se adaptar às forças adversas,
denominadas agentes estressores, capazes de alterar a homeostasia (GIRALT, 2002; ROHLFS et
al., 2005).Efeitos negativos no crescimento, metabolismo, circulação, reprodução e resposta
imunológica podem aparecer quando este estimulo nocivo for intenso ou excessivamente
prolongado provocando um desequilíbrio no organismo do animal , afetando as funções
fisiológicas (CHARMANDARI et al., 2005). Ao sofrer de estresse, o eixo hipotalâmico libera
catecolaminas, que irão causar uma série de eventos no corpo. Essa ação do hipotálamo deixa
o animal alerta, causando aumento da frequência cardíaca e contração do baço, além de
reduzir a circulação sanguínea periférica, com o objetivo de aumentar a distribuição do sangue
aos órgãos vitais. Além disso, as catecolaminas causam falta de ar e captam mais oxigênio para
o corpo (BONDAN & ORSINI, 2006). O hormônio liberado sob alto estresse é o cortisol (SCHOLZ
& REINHARDT, 2007). O cortisol altera o metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas,
permite que as células obtenham energia e pode prolongar a resposta aos estressores
(GUYTON & HALL, 2006). A miopatia de captura pode ser definida como uma doença muscular
degenerativa com um prognóstico muito ruim.. Essa síndrome é manifestada por severa
acidose metabólica, além de necrose muscular secundária à intensa atividade dos músculos e
acúmulo de ácido lático (BEDOTTI et al., 2004).
Classificação
Pode apresentar a forma hiperaguda (a morte ocorre em poucos minutos, por falha do
sistema cardiovascular), aguda (havendo ruptura muscular, os animais podem permanecer
parados, mas com quadros de ataxia, o animal vem a óbito em um período de 24 a 48 horas),
subaguda (caracterizada por um quadro de acidose metabólica, fase responsável por lesões
musculares e renais) e crônica (os animais podem sobreviver durante dias ou meses, até
evoluírem ao óbito subitamente devido a um colapso cardíaco) (LANNES ST et al., 2010).
Patogenia
Diagnóstico
Tratamento