O documento discute o panorama da energia eólica em diversos países. A China é líder mundial em produção, com metas de 200 GW até 2020. Os EUA também investem fortemente e preveem que energia eólica abasteça todas residências até 2050. A Alemanha e Índia também expandiram sua capacidade eólica nos últimos anos através de incentivos governamentais.
O documento discute o panorama da energia eólica em diversos países. A China é líder mundial em produção, com metas de 200 GW até 2020. Os EUA também investem fortemente e preveem que energia eólica abasteça todas residências até 2050. A Alemanha e Índia também expandiram sua capacidade eólica nos últimos anos através de incentivos governamentais.
O documento discute o panorama da energia eólica em diversos países. A China é líder mundial em produção, com metas de 200 GW até 2020. Os EUA também investem fortemente e preveem que energia eólica abasteça todas residências até 2050. A Alemanha e Índia também expandiram sua capacidade eólica nos últimos anos através de incentivos governamentais.
Tema 08 – Particularidades da Energia Eólica Bloco 1
Prof. José Paulo Diogo Júnior
Objetivos
• Apresentar os dados referentes à energia
eólica no Brasil. • Informar sobre o panorama da energia eólica em diversos países. • Identificar aspectos da evolução do consumo de energia eólica. Introdução
• Energia eólica pode ser utilizada em
diversos países, sendo os equipamentos necessários para a referida geração instalados em terra ou no mar. • Refletindo uma específica necessidade tecnológica, provoca questionamentos acerca de como países com pequena extensão territorial podem utilizar esta fonte renovável de energia. Introdução
• Existem países cujo consumo de energia
elétrica é elevado em contraste com o potencial eólico em seu território. • Opção para sua matriz energética, mas não pode ser a única. Brasil
• Início tardio na exploração da energia
eólica, mesmo tendo um grande potencial espalhado por todo o território que supera o consumo de energia elétrica no país. • Investimento em fontes de energia renováveis, fazendo o país subir no ranking entre os países em destaque de produção de energia eólica. China
• 2014: considerada o principal país a
gerar energia elétrica através do vento com valores na casa de 75 GW. • Líder de investimento em energias renováveis entre todos os países dessa época. China
• Firmou uma meta de dobrar a quantidade
de turbinas eólicas até o ano de 2020, tentando assim atingir a marca de 200 GW de produção de energia eólica. • Para título de comparação, neste mesmo ano os países da União Europeia têm juntos um total de 90 GW de capacidade instalada em todo seu território. China
• Engenheiro da empresa Goldwind,
principal fornecedor de turbinas eólicas no país: em 2007 a empresa tinha potencial de produção de uma turbina eólica a cada dois dias. • 2014: produção disparou para duas turbinas eólicas por dia. China
• Desafio do uso da energia dos ventos: as
regiões de maior produção ficam em regiões mais isoladas e de baixa densidade demográfica, como por exemplo, a província de Xinjuang, com uma densidade populacional equivalente a 13 habitantes por quilômetro quadrado. China
• Desafio: redes de transmissão elétrica que
não estão configuradas para a intermitência da energia gerada pelo vento. China
• 2012: o consumo de 75% de energia
pela China era proveniente de usinas a carvão, enquanto a energia eólica era de apenas 2%. China
• Embora pareça pouco expressivo, 2% do
consumo anual da China é um valor muito grande, considerando que neste ano o consumo por habitante no país em energia elétrica ficou na casa de 3478 kWh para um país com quase 1,4 bilhões de habitantes e 0,4% de crescimento vegetativo. China
• Crescimento no uso de energia eólica à
impactos internacionais positivos. • A alta demanda tem gerado queda nos custos de produção e venda, incentivando a produção de turbinas eólicas no país. China
• Rápido desenvolvimento de novas
tecnologias a preços competitivos, aumentando as exportações no ramo e motivando países menos desenvolvidos em continentes como Ásia, América latina e África a instalarem os equipamentos necessários. China
• Governo chinês: o uso das energias
renováveis faz parte de uma estratégia prioritária para diminuição da poluição do ar em diversas cidades. • Diversos subsídios na instalação de fontes de energia renováveis, sendo a eólica uma delas. Visão
• Ma Jinru, vice-presidente da Goldwind: no
futuro, quando os recursos usados em fontes de energia não renováveis, as usinas de carvão, por exemplo, o custo mais elevado para implementação de turbinas eólicas passará a ser visto como um investimento a longo prazo, por conta de as turbinas eólicas não emitirem gases que causam o efeito estufa. Visão
• Com o aumento da poluição, ficará
claro que embora o custo das usinas termoelétricas do país seja inicialmente mais baixo quando comparado ao de parques eólicos, a sociedade compreenderá a importância do custo social para o país. EUA
• Departamento de energia dos EUA: a
redução do custo de produção e funcionamento de turbinas eólicas e o aumento da capacidade de transmissão de energia pelo país irão aumentar a facilidade na expansão da instalação de parques eólicos. EUA
• Tudo isto ocorrendo ao mesmo tempo
leva o departamento a acreditar que em 2050 todas as residências americanas irão utilizar energia elétrica provenientes de turbinas eólicas. EUA
• Otimismo e investimento: fizeram com
que no ano de 2015 os EUA ocupassem a colocação de líder global na redução das emissões de gases de efeito estufa, gases que são, por muitos especialistas na área, responsáveis pelas mudanças climáticas a nível global. EUA
• 2005 e 2015: a quantidade de energia
produzida através de fontes eólicas aumentou em mais de 60 GW, quantidade suficiente para abastecer 16 milhões de residências no país. • Custo da energia eólica teve uma queda referente a 90%. • Excelentes resultados: a indústria eólica foi, nesta época, o setor de energia que mais cresceu em todo o país. EUA
• Departamento de energia: previsão é que
a produção anual de energia limpa proveniente da energia dos ventos aumente chegando a 10% em 2020 e 35% em 2050. • 2050: seja eliminado 12,3 GTon de emissões de gases de efeito estufa e diminuindo também a emissão de milhões de toneladas de outros gases, como o dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio. EUA
Relatório da WindVision: a diminuição da
emissão de gases na atmosfera implica em melhoria na saúde dos habitantes e diminuição de danos materiais devido a poluição, podendo resultar em uma economia próxima de US$ 100 bilhões. Energia Eólica e Solar Tema 08 – Particularidades da Energia Eólica Bloco 2
Prof. José Paulo Diogo Júnior
Alemanha
• 1987: começou a exploração da energia
eólica inaugurando ao norte da foz do Rio Elba em uma cidade chamada Koog Kaiser Wilhelm, o primeiro parque alemão de energia eólica. • 1973: a crise do petróleo foi um dos motivos do início pela procura de outras fontes de energia renováveis. Alemanha
• Desde então o local tornou-se o principal
centro de pesquisa alemão voltado para energia eólica. Alemanha
• 2014: 2,35 GW de capacidade eólica
instalada em todo seu território. • Isso é praticamente o dobro se comparado ao ano anterior, que foi produzido 915 MW. • Grande parte dessas novas instalações tem sido do tipo offshore, o que demonstra ser um sistema muito interessante para ser utilizado. Alemanha
• 2020: atingir uma capacidade de 6,5 GW
de energia eólica instalada e 100% de suas turbinas eólicas conectadas a rede, em comparação ao ano de 2014 apenas metade dos aerogeradores estava conectado, demonstrando uma defasagem em infra-estrutura deste tipo. Alemanha
• 2015: mínimo de 3 GW de capacidade
ligada a rede elétrica gerando um investimento equivalente a 10 bilhões de euros. Alemanha
• 2015: já podia ser encontrado no país 543
usinas eólicas offshore instaladas em sua costa marítima, compostas por modelos de turbinas mais restritas quando relacionadas ao tamanho, mas com eficiência adequada. Índia
• 1980: o governo indiano lançou um
programa de produção de energia eólica, mas a expansão só teve início após os anos 2000. • Essa expansão se deu quase que acidentalmente, que foi quando um empreendedor privado no país procurava uma solução para a falta de energia para sua indústria de poliéster. Índia
• Essa necessidade ocorreu devido ao
déficit na matriz energética do país, que fazia com que sua fábrica parasse de funcionar diversas vezes ao dia por conta da baixa frequência ou inexistência de energia elétrica na rede. Índia
• 1990: instalação de dois geradores
eólicos em sua fábrica sanando então este seu problema. • Após algum tempo, percebeu que este não era um problema exclusivamente seu e tomou a decisão de fechar sua fábrica e se dedicar a energia eólica. Índia
• Tulsi Tanti: criou a empresa Suzlon Energy
e em 2008 já detinha de 50% do mercado indiano de energia eólica e 7,7% do mercado global. Índia
• Após o governo adotar uma política fiscal
favorável ao uso de turbinas eólicas com uma depreciação de 80% no primeiro ano, muitos se sentiram incentivados a criar parques eólicos no país, tornando a Índia o 4° maior mercado de energia eólica no mundo. Índia
• 2003: fixada uma lei sobre eletricidade
que fixou uma porcentagem mínima de energia renovável que as empresas de serviços públicos deveriam comprar e estabeleceu tarifas preferenciais para a compra destas energias. Índia
• 1992: a produção de energia eólica no
país era de apenas 41 MW, saltando para 7,6 GW em 2007, sendo a maior parte de projetos privados do setor industrial. • O governo fixou como meta uma produção adicional de 10,5 GW até 2012, conseguindo alcançar sua meta tão fácil quanto a meta anterior, que era a de gerar 2,5 GW até 2007. Índia
• Potencial eólico no país: 45 GW podendo,
através de estudo mais recentes, atingir até 100 GW. • Infelizmente, toda esta energia é equivalente apenas a 6% de todas as outras fontes energéticas do país fazendo com que mesmo que todo potencial seja explorado, a energia eólica ainda teria uma parcela pouco expressiva na matriz energética do país. Índia
Um mercado que vem crescendo muito no
país é a exportação de turbinas eólicas, sendo que entre 2006 e 2007 o país exportou US$ 250 milhões em turbinas e US$ 25 milhões em pás para turbinas eólicas. Espanha
• 2011: ocorreu um marco histórico no país
relacionado a energia elétrica. • As turbinas eólicas do país geraram 4738 GWh, 5% a mais relacionado com o mesmo mês no ano anterior, fazendo com que nesse mês a energia eólica fosse a principal fonte de energia do país, ficando atrás as hidroelétricas com 17,3%, energia nuclear 19% e termoelétricas 12,9% em comparação com o consumo total no país. Espanha
• País com a maior participação da
energia eólica em sua matriz energética. • Em caráter de produção, ocupa apenas a quinta colocação, tendo uma produção anual de energia através dos ventos próxima a 20,5 GW, sendo isto apenas a metade da energia eólica produzida nos EUA. Reino Unido
• 2014: a energia eólica bateu um recorde
no Reino Unido, fornecendo 24% da energia consumida em todo o país e chegando a impressionantes 8,1 GWh pico durante meia hora. • Em todo o território, o vento gerou mais energia que as usinas nucleares por 11 dias inteiros ao longo do mês, sendo o maior período entre os dias 17 e 24 do mesmo mês. Reino Unido
• 2016: as duas principais fontes de energia
renováveis no país, solar e eólica, ultrapassaram a produção de energia das usinas de carvão do Reino Unido. • Desde 2012 a produção de energia proveniente de gás vem caindo, e em quatro anos já havia ocorrido uma diminuição de 80% na produção de energia através dessa fonte. Reino Unido
• O governo tem como plano erradicar o uso
de usinas a carvão até 2025 e mantém sua dedicação para isto, sendo que apenas no ano de 2016 foram fechadas três usinas. Canadá
• País com um território bom para o uso
de aerogeradores. • Parte deste terreno apropriado para este tipo de empreendimento fica em locais isolados onde a rede elétrica não consegue alcançar. Canadá
• Mesmo com esta dificuldade o país
consegue ter uma forma expressiva deste recurso em sua matriz energética. • 1997: apenas 60 turbinas eólicas instaladas em todo o país. Canadá
• Salto no uso desta forma de energia.
• 2011: 3094 turbinas eólicas instaladas no país. • 2014: geração de 9,7 GW de energia eólica correspondendo a 4% de toda a matriz energética do país. França
• 2012: o governo abriu a primeira licitação
para a construção e exploração de parques eólicos offshore em seu território. • Até 2012 ela era o único país europeu com potencial eólico em sua costa que ainda não explorava este tipo de energia. • Inicialmente a licitação é para a instalação de 600 turbinas eólicas com capacidade total de 3 GW devendo iniciar a exploração até 2015. França
• Aerogeradores: serão posicionados na
costa do canal da mancha no oceano Atlântico. França
• O projeto prevê a instalação de 1200
aerogeradores, sendo um investimento de 20 bilhões de euros e fazendo com que a França tenha uma capacidade de produção de energia através do vento equivalente a 6 GW até 2020, sendo isto equivalente a 3,5% do consumo anual de energia elétrica no país. Brasil
• Primeira turbina eólica: instalada em
Fernando de Noronha em 1992. • 2002: o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar a instalação de novas fontes de energia no país. • 2009: primeiro leilão de energia eólica com a intenção de diversificar a matriz energética do país. Brasil
• O aumento da energia eólica é constante,
saltando de 22 MW em 2003 para 602 MW em 2009, 1 GW já em 2011 e 4,4 GW já em 2013, sendo que no país o potencial teórico em todo território nacional é de 140 GW. • Tem um maior potencial entre os meses de junho a dezembro, que é exatamente o mesmo período de baixa incidência de chuvas em todo o território nacional. Brasil
• GWEC, Global Wind Energy Council:
2016 aumento de 2 GW de energia eólica no país. • Brasil: 5ª colocação entre os países que mais geram energia eólica no mundo. • Tudo isto tem feito com que 7% do consumo anual no país seja através da energia eólica, a qual apresenta um custo inferior à energia produzida por usinas hidroelétricas. Brasil
• 2015: assinou o compromisso
internacional na COP 21 de aumentar para 33% o uso de fontes renováveis, além da energia hídrica, na matriz energética do país no ano de 2030.