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Energia Eólica e Solar


Tema 08 – Particularidades
da Energia Eólica
Bloco 1

Prof. José Paulo Diogo Júnior


Objetivos

• Apresentar os dados referentes à energia


eólica no Brasil.
• Informar sobre o panorama da energia
eólica em diversos países.
• Identificar aspectos da evolução do
consumo de energia eólica.
Introdução

• Energia eólica pode ser utilizada em


diversos países, sendo os equipamentos
necessários para a referida geração
instalados em terra ou no mar.
• Refletindo uma específica necessidade
tecnológica, provoca questionamentos
acerca de como países com pequena
extensão territorial podem utilizar esta
fonte renovável de energia.
Introdução

• Existem países cujo consumo de energia


elétrica é elevado em contraste com o
potencial eólico em seu território.
• Opção para sua matriz energética, mas
não pode ser a única.
Brasil

• Início tardio na exploração da energia


eólica, mesmo tendo um grande potencial
espalhado por todo o território que supera
o consumo de energia elétrica no país.
• Investimento em fontes de energia
renováveis, fazendo o país subir no
ranking entre os países em destaque de
produção de energia eólica.
China

• 2014: considerada o principal país a


gerar energia elétrica através do
vento com valores na casa de 75 GW.
• Líder de investimento em energias
renováveis entre todos os países
dessa época.
China

• Firmou uma meta de dobrar a quantidade


de turbinas eólicas até o ano de 2020,
tentando assim atingir a marca de 200 GW
de produção de energia eólica.
• Para título de comparação, neste mesmo
ano os países da União Europeia têm
juntos um total de 90 GW de capacidade
instalada em todo seu território.
China

• Engenheiro da empresa Goldwind,


principal fornecedor de turbinas eólicas
no país: em 2007 a empresa tinha
potencial de produção de uma turbina
eólica a cada dois dias.
• 2014: produção disparou para duas
turbinas eólicas por dia.
China

• Desafio do uso da energia dos ventos: as


regiões de maior produção ficam em
regiões mais isoladas e de baixa densidade
demográfica, como por exemplo, a
província de Xinjuang, com uma densidade
populacional equivalente a 13 habitantes
por quilômetro quadrado.
China

• Desafio: redes de transmissão elétrica que


não estão configuradas para a intermitência
da energia gerada pelo vento.
China

• 2012: o consumo de 75% de energia


pela China era proveniente de usinas a
carvão, enquanto a energia eólica era de
apenas 2%.
China

• Embora pareça pouco expressivo, 2% do


consumo anual da China é um valor
muito grande, considerando que neste
ano o consumo por habitante no país em
energia elétrica ficou na casa de 3478
kWh para um país com quase 1,4 bilhões
de habitantes e 0,4% de crescimento
vegetativo.
China

• Crescimento no uso de energia eólica à


impactos internacionais positivos.
• A alta demanda tem gerado queda nos
custos de produção e venda, incentivando
a produção de turbinas eólicas no país.
China

• Rápido desenvolvimento de novas


tecnologias a preços competitivos,
aumentando as exportações no ramo e
motivando países menos desenvolvidos
em continentes como Ásia, América
latina e África a instalarem os
equipamentos necessários.
China

• Governo chinês: o uso das energias


renováveis faz parte de uma estratégia
prioritária para diminuição da poluição do
ar em diversas cidades.
• Diversos subsídios na instalação de
fontes de energia renováveis, sendo a
eólica uma delas.
Visão

• Ma Jinru, vice-presidente da Goldwind: no


futuro, quando os recursos usados em
fontes de energia não renováveis, as
usinas de carvão, por exemplo, o custo
mais elevado para implementação de
turbinas eólicas passará a ser visto como
um investimento a longo prazo, por conta
de as turbinas eólicas não emitirem gases
que causam o efeito estufa.
Visão

• Com o aumento da poluição, ficará


claro que embora o custo das usinas
termoelétricas do país seja inicialmente
mais baixo quando comparado ao de
parques eólicos, a sociedade
compreenderá a importância do custo
social para o país.
EUA

• Departamento de energia dos EUA: a


redução do custo de produção e
funcionamento de turbinas eólicas e o
aumento da capacidade de transmissão
de energia pelo país irão aumentar a
facilidade na expansão da instalação de
parques eólicos.
EUA

• Tudo isto ocorrendo ao mesmo tempo


leva o departamento a acreditar que em
2050 todas as residências americanas irão
utilizar energia elétrica provenientes de
turbinas eólicas.
EUA

• Otimismo e investimento: fizeram com


que no ano de 2015 os EUA ocupassem a
colocação de líder global na redução das
emissões de gases de efeito estufa,
gases que são, por muitos especialistas
na área, responsáveis pelas mudanças
climáticas a nível global.
EUA

• 2005 e 2015: a quantidade de energia


produzida através de fontes eólicas
aumentou em mais de 60 GW, quantidade
suficiente para abastecer 16 milhões de
residências no país.
• Custo da energia eólica teve uma queda
referente a 90%.
• Excelentes resultados: a indústria eólica
foi, nesta época, o setor de energia que
mais cresceu em todo o país.
EUA

• Departamento de energia: previsão é que


a produção anual de energia limpa
proveniente da energia dos ventos
aumente chegando a 10% em 2020 e
35% em 2050.
• 2050: seja eliminado 12,3 GTon de
emissões de gases de efeito estufa e
diminuindo também a emissão de milhões
de toneladas de outros gases, como o
dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio.
EUA

Relatório da WindVision: a diminuição da


emissão de gases na atmosfera implica em
melhoria na saúde dos habitantes e
diminuição de danos materiais devido a
poluição, podendo resultar em uma
economia próxima de US$ 100 bilhões.
Energia Eólica e Solar
Tema 08 – Particularidades
da Energia Eólica
Bloco 2

Prof. José Paulo Diogo Júnior


Alemanha

• 1987: começou a exploração da energia


eólica inaugurando ao norte da foz do
Rio Elba em uma cidade chamada Koog
Kaiser Wilhelm, o primeiro parque
alemão de energia eólica.
• 1973: a crise do petróleo foi um dos
motivos do início pela procura de outras
fontes de energia renováveis.
Alemanha

• Desde então o local tornou-se o principal


centro de pesquisa alemão voltado para
energia eólica.
Alemanha

• 2014: 2,35 GW de capacidade eólica


instalada em todo seu território.
• Isso é praticamente o dobro se comparado
ao ano anterior, que foi produzido 915 MW.
• Grande parte dessas novas instalações tem
sido do tipo offshore, o que demonstra ser
um sistema muito interessante para ser
utilizado.
Alemanha

• 2020: atingir uma capacidade de 6,5 GW


de energia eólica instalada e 100% de suas
turbinas eólicas conectadas a rede, em
comparação ao ano de 2014 apenas
metade dos aerogeradores estava
conectado, demonstrando uma defasagem
em infra-estrutura deste tipo.
Alemanha

• 2015: mínimo de 3 GW de capacidade


ligada a rede elétrica gerando um
investimento equivalente a 10 bilhões
de euros.
Alemanha

• 2015: já podia ser encontrado no país 543


usinas eólicas offshore instaladas em sua
costa marítima, compostas por modelos de
turbinas mais restritas quando relacionadas
ao tamanho, mas com eficiência adequada.
Índia

• 1980: o governo indiano lançou um


programa de produção de energia eólica,
mas a expansão só teve início após os
anos 2000.
• Essa expansão se deu quase que
acidentalmente, que foi quando um
empreendedor privado no país procurava
uma solução para a falta de energia para
sua indústria de poliéster.
Índia

• Essa necessidade ocorreu devido ao


déficit na matriz energética do país, que
fazia com que sua fábrica parasse de
funcionar diversas vezes ao dia por conta
da baixa frequência ou inexistência de
energia elétrica na rede.
Índia

• 1990: instalação de dois geradores


eólicos em sua fábrica sanando então
este seu problema.
• Após algum tempo, percebeu que este
não era um problema exclusivamente seu
e tomou a decisão de fechar sua fábrica
e se dedicar a energia eólica.
Índia

• Tulsi Tanti: criou a empresa Suzlon Energy


e em 2008 já detinha de 50% do mercado
indiano de energia eólica e 7,7% do
mercado global.
Índia

• Após o governo adotar uma política fiscal


favorável ao uso de turbinas eólicas com
uma depreciação de 80% no primeiro
ano, muitos se sentiram incentivados a
criar parques eólicos no país, tornando a
Índia o 4° maior mercado de energia
eólica no mundo.
Índia

• 2003: fixada uma lei sobre eletricidade


que fixou uma porcentagem mínima de
energia renovável que as empresas de
serviços públicos deveriam comprar e
estabeleceu tarifas preferenciais para a
compra destas energias.
Índia

• 1992: a produção de energia eólica no


país era de apenas 41 MW, saltando para
7,6 GW em 2007, sendo a maior parte de
projetos privados do setor industrial.
• O governo fixou como meta uma
produção adicional de 10,5 GW até 2012,
conseguindo alcançar sua meta tão fácil
quanto a meta anterior, que era a de
gerar 2,5 GW até 2007.
Índia

• Potencial eólico no país: 45 GW podendo,


através de estudo mais recentes, atingir
até 100 GW.
• Infelizmente, toda esta energia é
equivalente apenas a 6% de todas as
outras fontes energéticas do país fazendo
com que mesmo que todo potencial seja
explorado, a energia eólica ainda teria
uma parcela pouco expressiva na matriz
energética do país.
Índia

Um mercado que vem crescendo muito no


país é a exportação de turbinas eólicas, sendo
que entre 2006 e 2007 o país exportou US$
250 milhões em turbinas e US$ 25 milhões
em pás para turbinas eólicas.
Espanha

• 2011: ocorreu um marco histórico no país


relacionado a energia elétrica.
• As turbinas eólicas do país geraram 4738
GWh, 5% a mais relacionado com o
mesmo mês no ano anterior, fazendo com
que nesse mês a energia eólica fosse a
principal fonte de energia do país, ficando
atrás as hidroelétricas com 17,3%, energia
nuclear 19% e termoelétricas 12,9% em
comparação com o consumo total no país.
Espanha

• País com a maior participação da


energia eólica em sua matriz energética.
• Em caráter de produção, ocupa apenas
a quinta colocação, tendo uma produção
anual de energia através dos ventos
próxima a 20,5 GW, sendo isto apenas a
metade da energia eólica produzida
nos EUA.
Reino Unido

• 2014: a energia eólica bateu um recorde


no Reino Unido, fornecendo 24% da
energia consumida em todo o país e
chegando a impressionantes 8,1 GWh pico
durante meia hora.
• Em todo o território, o vento gerou mais
energia que as usinas nucleares por 11
dias inteiros ao longo do mês, sendo o
maior período entre os dias 17 e 24 do
mesmo mês.
Reino Unido

• 2016: as duas principais fontes de energia


renováveis no país, solar e eólica,
ultrapassaram a produção de energia das
usinas de carvão do Reino Unido.
• Desde 2012 a produção de energia
proveniente de gás vem caindo, e em
quatro anos já havia ocorrido uma
diminuição de 80% na produção de
energia através dessa fonte.
Reino Unido

• O governo tem como plano erradicar o uso


de usinas a carvão até 2025 e mantém sua
dedicação para isto, sendo que apenas no
ano de 2016 foram fechadas três usinas.
Canadá

• País com um território bom para o uso


de aerogeradores.
• Parte deste terreno apropriado para este
tipo de empreendimento fica em locais
isolados onde a rede elétrica não
consegue alcançar.
Canadá

• Mesmo com esta dificuldade o país


consegue ter uma forma expressiva deste
recurso em sua matriz energética.
• 1997: apenas 60 turbinas eólicas
instaladas em todo o país.
Canadá

• Salto no uso desta forma de energia.


• 2011: 3094 turbinas eólicas instaladas
no país.
• 2014: geração de 9,7 GW de energia
eólica correspondendo a 4% de toda a
matriz energética do país.
França

• 2012: o governo abriu a primeira licitação


para a construção e exploração de
parques eólicos offshore em seu território.
• Até 2012 ela era o único país europeu
com potencial eólico em sua costa que
ainda não explorava este tipo de energia.
• Inicialmente a licitação é para a instalação
de 600 turbinas eólicas com capacidade
total de 3 GW devendo iniciar a
exploração até 2015.
França

• Aerogeradores: serão posicionados na


costa do canal da mancha no oceano
Atlântico.
França

• O projeto prevê a instalação de 1200


aerogeradores, sendo um investimento
de 20 bilhões de euros e fazendo com
que a França tenha uma capacidade de
produção de energia através do vento
equivalente a 6 GW até 2020, sendo isto
equivalente a 3,5% do consumo anual de
energia elétrica no país.
Brasil

• Primeira turbina eólica: instalada em


Fernando de Noronha em 1992.
• 2002: o governo criou o Programa de
Incentivo às Fontes Alternativas de
Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar
a instalação de novas fontes de energia
no país.
• 2009: primeiro leilão de energia eólica
com a intenção de diversificar a matriz
energética do país.
Brasil

• O aumento da energia eólica é constante,


saltando de 22 MW em 2003 para 602 MW
em 2009, 1 GW já em 2011 e 4,4 GW já em
2013, sendo que no país o potencial teórico
em todo território nacional é de 140 GW.
• Tem um maior potencial entre os meses de
junho a dezembro, que é exatamente o
mesmo período de baixa incidência de
chuvas em todo o território nacional.
Brasil

• GWEC, Global Wind Energy Council:


2016 aumento de 2 GW de energia
eólica no país.
• Brasil: 5ª colocação entre os países que
mais geram energia eólica no mundo.
• Tudo isto tem feito com que 7% do
consumo anual no país seja através da
energia eólica, a qual apresenta um
custo inferior à energia produzida por
usinas hidroelétricas.
Brasil

• 2015: assinou o compromisso


internacional na COP 21 de aumentar para
33% o uso de fontes renováveis, além da
energia hídrica, na matriz energética do
país no ano de 2030.

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