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Em algum momento você sofreu com o medo de perder uma oportunidade?

Você pode dizer que sim, afinal, nossa vida é feita de momentos e as


obrigações sociais e profissionais não permitem que participemos de todos
eles, certo? Mas aqui eu não estou falando de perder uma oportunidade de
emprego ou um bom negócio, por exemplo. 
Nosso conteúdo de hoje vai falar sobre uma ansiedade generalizada e a
preocupação de que outras pessoas possam estar desfrutando
de experiências satisfatórias das quais você está ausente. Então continue a
leitura e conheça o significado do termo FOMO e como ele pode interferir
no seu comportamento.  
O que é FOMO? 
O FOMO (Fear of Missing Out) é um termo criado e utilizado
pelo americano Dan Herman para descrever a sensação de que estamos de
fora de algum acontecimento importante. Em tradução livre, FOMO
significa o medo de perder algo. 
Em um mundo cada vez mais conectado, diariamente nós somos
bombardeados por notícias, ferramentas, livros, jogos e mais uma
infinidade de atrativos. Sentir que estamos perdendo a oportunidade de
aproveitar cada opção é o que caracteriza o FOMO. 
No período de isolamento social provocado pela pandemia, isso pode
acontecer de forma ainda mais destacada, seja no ambiente pessoal ou
profissional, por exemplo, causado pelo trabalho remoto. São ocasiões
onde não se acompanha de perto as realizações e atividades dos colegas, as
reuniões assumem um novo formato e novo tom, tudo contribuindo para
uma mudança de comportamento e percepção. 
Dan Herman diz que o FOMO acontece quando nos concentramos na
metade vazia do copo. Exigimos de nós mesmos as condições para esgotar
todas as possibilidades que nos apareçam, fruto de uma reação emocional. 
E para que você possa compreender melhor a origem desse sentimento, há
três percepções diferentes que podem desencadear o FOMO: 
 Consciência de identificar oportunidades atraentes. 
 Um senso básico de importância, controle sobre a própria vida e
capacidade que se traduz em “Eu deveria ser capaz de esgotar todas as
oportunidades que quero”. 
 Uma percepção de que todos os outros estão esgotando suas
oportunidades e você não. 
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As consequências do FOMO 
O FOMO não deve ser interpretado como um simples desequilíbrio
momentâneo. Na verdade, o medo e apreensão causados pelo FOMO
podem ser os objetos causadores de verdadeiras síndromes de
comportamento que evoluem para crises de ansiedade e até mesmo
depressão. 
De acordo com o criador do termo, há no mínimo 10 fenômenos
psicológicos que podem desencadear o desejo contínuo de conexão, olha
só:  
1. Atualmente, muitas pessoas buscam seguir uma carreira, aproveitar a
vida familiar, além de atividades sociais, hobbies, treinamento físico e muito
mais.
2.  Estamos constantemente conectados através de nossos dispositivos
móveis e mídias sociais, disponíveis para comunicação de todas as maneiras
possíveis. 
3. Agora participamos de comunidades em vez de pertencer a elas.
Participamos de várias comunidades diferentes, virtuais ou reais a qualquer
momento, em caráter temporário, evitando o total comprometimento com
qualquer uma delas.
4. As pessoas que são consideradas mais “interessantes” têm uma ampla
gama de interesses e ocupações, fazem mudanças na aparência, variam no
estilo de roupas e exibem abertura para explorar novos conceitos, designs
e gostos. 
5. Nossas vidas são caracterizadas por ‘nowness’ (presentidade) e somos
rápidos em responder às oportunidades e adotar novos comportamentos,
estilos, produtos e marcas. Consequentemente, não persistimos. 
6. Como parte de nossa ‘atualidade’, estamos constantemente à procura de
novas experiências, preferindo gratificações instantâneas às coisas boas que
chegam àqueles que esperam. 
7. Ficamos horrorizados com o pensamento do envelhecimento, o
derradeiro desaparecimento. Tentamos todos os meios preventivos
antienvelhecimento, passamos por cirurgia plástica e tratamentos cosméticos,
usamos maquiagem e procuramos as tendências da moda nas faixas etárias
mais novas buscando nos sentirmos mais jovens.
8. Muitas pessoas vivem em mais de uma unidade familiar durante a vida
e certamente têm mais de um relacionamento íntimo significativo. 
9. Muitos homens e mulheres experimentam crises de meia-idade e optam
por fazer uma pausa em suas vidas para explorar experiências diferentes. 
10. As realocações para diferentes cidades e países (assim como outros
tipos de mobilidade) são comuns em nossas sociedades atuais. Queremos
provar a vida em outro lugar e descobrir quais novas possibilidades elas
oferecem para nós. 
Isso significa que estamos constantemente em busca de novas
oportunidades, principalmente quando somos influenciados de alguma
maneira pelo nosso círculo social ou as pessoas que acompanhamos nas
redes sociais. Quando um dos itens acima não é alcançado, podemos ficar
frustrados.  
Ao mesmo tempo que cada um dos 10 elementos contribui para o
desenvolvimento sociocultural e de tendências que moldam nossas vidas
atuais. 

Os efeitos que FOMO pode causar 


A síndrome de FOMO pode se manifestar de várias maneiras, desde uma
breve pontada de inveja até um verdadeiro senso de dúvida ou
inadequação ao contexto. Por exemplo, a necessidade inevitável de
comprar um produto recém-lançado, a constante intenção de se conectar
as redes sociais, planejar a sua rotina e otimização de tempo
com bastante antecedência para aproveitar muitos eventos, entre outros.  
A teoria da autodeterminação (self-determination theory – SDT) afirma que
o sentimento de pertencimento ou conexão com os outros é uma
necessidade psicológica legítima, que por
consequência influencia também a saúde psicológica das pessoas.  
Uma dependência psicológica de estar online, por exemplo, pode resultar
em ansiedade quando alguém se sente desconectado, levando ao FOMO ou
mesmo ao uso patológico da Internet. Como consequência, o FOMO é
percebido como um fato negativo na saúde e bem-estar psicológico. 
Mas será que todas as percepções de FOMO são negativas? Não para o
criador do termo. O Dr. Herman também faz alguns apontamentos sobre o
lado bom dos sintomas:  
 FOMO pode ser capaz de conduzir a vida com mais interesses, emoção
e prazeres. 
 FOMO pode ser uma motivação para aprimorarmos nosso
desenvolvimento e alcançar objetivos que nos recompensam, com sentimentos
de satisfação, poder e valor. 
 FOMO também pode nos conduzir a comportamentos que nos tornam
mais interessantes e atraentes para os outros, fazendo com que eles nos
demonstrem reconhecimento de alguma maneira. 
O pesquisador indica que aproximadamente 70% de todos os adultos nos
países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento
experimentam FOMO em diversos graus. Além disso, comenta que
a capacidade de lidar bem com o FOMO se correlaciona positiva e
significativamente com o sucesso financeiro, o sucesso social e os altos
níveis de satisfação com a vida.  
Leia também: a arte de identificar emoções para evoluir pessoal e
profissionalmente
Inteligência emocional para lidar com o
FOMO 
Assim como demais emoções e sentimentos ocasionados por situações que
nos causam algum tipo de desconforto, a inteligência emocional deve surgir
como o grande aliado para manter o equilíbrio e tornar saudável questões
como o FOMO.  
Ao criar hábitos que possibilitam trabalhar a inteligência emocional, seu
subconsciente vai de adaptando aos poucos à nova ação que você pretende
dar aos momentos. Tendo como uma das principais características do
FOMO o uso excessivo das redes sociais, você pode utilizar esse gancho
como primeiro passo. 
 Procure viver mais intensamente os momentos, ao invés de se
preocupar em publicá-los  
 Busque reduzir algumas horas por dia o uso de smartphones, tablets e
afins, substituindo por atividades saudáveis que estimulem o cérebro. Livro,
série, artesanato, puzzles etc.  
 Aproxime-se ainda mais das pessoas próximas a você e troque
experiências memoráveis de convívio saudável  
 Tente compreender que NINGUÉM tem uma vida perfeita e repleta de
alegrias, mesmo aquelas pessoas que você acompanha nas redes sociais.  
A partir de ações repetitivas e de introspecção dos itens acima, aos poucos
você conseguirá se desligar da falsa importância que as redes sociais
podem significar. Mas lembre-se, nossa intenção aqui não é e nunca será
substituir o auxílio psicológico quando necessário. Por isso, se você
acredita que está vivendo com grandes índices de ansiedade, pode ser
interessante conversar com algum profissional, ok? 
21, 2020
 4 min de leitura
Você sabe identificar emoções de uma forma 100% segura? Normalmente
situações inesperadas provocam sentimentos diversos e fica a dúvida: é
medo? Insegurança? Alegria? Gratidão? Enfim, as emoções fazem parte do
nosso dia a dia e é impossível (e antiprodutivo) tentar ocultá-las.   
Saber identificar as emoções é o primeiro passo para estabelecer uma
comunicação consciente consigo mesmo e com as pessoas ao redor.  
Em abril rolou a 1ª Semana de Humanidade Aumentada promovida
pela slash, um bate-papo incrível com profissionais do mercado. Em uma
conversa sobre as soft skills mais desejadas pelo mercado com
a Head Hunter Taís Targa, separamos o seguinte insight:  
“Somos humanos. Acolha as suas emoções. Nós não escolhemos as
emoções, mas podemos fazer a gestão delas.” 
Por isso, na publicação de hoje vamos falar um pouquinho mais sobre as
emoções, como identificá-las e a importância desse processo na vida
pessoal e profissional. Então anota aí e vamos lá!   
A IMPORTÂNCIA DE IDENTIFICAR
EMOÇÕES 
Se você parar para analisar, vai observar que as emoções são responsáveis
por guiar grande parte da sua atitude diante das situações que vivencia. Um
bom exemplo está nas pessoas tímidas que precisam falar em público.  
Ao encarar esse desafio, emoções como medo e ansiedade podem surgir e
interferir diretamente no processo comunicativo dessa pessoa. Com
isso, alguns sintomas podem aparecer, como o tremor, suor e até
mesmo transtornos de fluência. 
Há uma citação atribuída a Roger Ebert que diz “Seu intelecto pode ser
confuso, mas seus sentimentos nunca vão mentir”. Essa frase tem um
significado bastante profundo e verdadeiro, já que as emoções
são inerentes ao ser humano e não há como fugir delas.  
Daí a importância em identificar emoções. Mesmo que não seja possível
evitá-las, pode ser possível controlá-las e com isso se beneficiar das
seguintes maneiras:  
 Você poderá filtrar melhor as informações relacionadas à
emoção recebidas do seu cérebro  
 Você saberá traduzir melhor os seus pensamentos e ações  
 Você saberá identificar no outro as emoções, permitindo mais
facilidade na convivência  
 O estresse gerado pela falta de controle das emoções diminuirá,
refletindo até mesmo na saúde física 
Entre outros. 
QUESTIONE O SENTIMENTO 
 Como você viu, as emoções seguirão com você durante toda a sua
existência. Por isso, cada vez que você foge é um passo atrás que você dá
na busca pelo equilíbrio emocional. Sabendo que os sentimentos são
inevitáveis, você tem condições de analisar as mais diversas situações e a
correlação com cada sentimento. Por isso, uma boa prática pode ser
questionar a emoção, por isso, pergunte-se: 
 Qual é esse sentimento que surgiu agora? 
 O que esse sentimento me diz sobre essa situação? 
 Por que esse sentimento está acontecendo nesse momento? 
A partir dessa primeira análise, você terá mais argumentos de si mesmo
para evoluir a uma observação mais profunda. Então, após identificar a
emoção e o motivo do aparecimento dela naquele momento, examine:  
 A intensidade dessa emoção corresponde de forma adequada à
situação? 
 Que possibilidades essa emoção te dá para expressar o que você
sente?  
 Quais são as possíveis consequências de tais ações? Para você e para os
outros. 
AS 5 EMOÇÕES BÁSICAS  
São diversos os estudos e teorias que apontam as principais emoções do ser
humano. Alguns deles são mais genéricos e outros preferem especificar
mais cuidadosamente cada um dos sentimentos. Em 2017, por exemplo,
pesquisadores norte-americanos apontaram 27 tipos de
emoções identificadas durante um estudo com mais de 800 pessoas.  
Mas é possível observar alguns pontos em comum em grande parte dos
estudos, pesquisas e teorias sobre as características das reações humanas no
que diz respeito a emoção. Para nosso conteúdo de hoje, vou abordar os
estudos do psiquiatra canadense Eric Berne, que contribuiu para a
psicoterapia no apontamento das 5 emoções autênticas de cada pessoa: 
Raiva  
A raiva tem a capacidade de conduzir o indivíduo a ações involuntárias
relacionadas a ataque ou defesa, incluindo movimentos agressivos e
estímulo de força. Duas das características da raiva são: a sobrecarga de
energia e o impulso na ânsia de eliminar algo que nos faz mal. 
Medo  
Apesar de ser considerado uma emoção negativa, o medo é um sentimento
fundamental desde a infância. É o medo que nos dá a capacidade de avaliar
situações de ameaça, diretamente ligadas a preservação da vida.  
Tristeza  
A tristeza, por sua vez, vai no sentido oposto às emoções acima. Enquanto
a raiva e medo podem gerar impulsos, a tristeza pode ocasionar a cessão de
movimentos. Normalmente é caracterizada pela perda de algo real ou
alguma condição de vida. É a tristeza que nos ajuda a manter consciente de
algo que perdemos ou sentimos falta. 
Alegria  
A alegria é a emoção que possibilita compreender os prazeres de momentos
especiais. Sentir alegria também é sinônimo de recarregar as energias e
combustível para as dificuldades, atuando como um verdadeiro incentivo à
ação. Está diretamente ligada à autoestima e realizações.  
Afeto 
Por último, o afeto é o sentimento puro de carinho que pode se estender por
diversos caminhos. O afeto é visto como o apego aos amigos nos círculos
sociais ou familiares, por exemplo, mas ele não se limita a isso. Pode
compreender também o afeto aos animais, por exemplo, e até mesmo
objetos.  
Um dos fatores mais interessantes apontados por Berne está na
manifestação independente de cada situação, ou seja, cada uma das
emoções básicas manifesta-se de forma individual, sendo elas excludentes
entre si. Dessa forma, seria impossível sentir raiva e tristeza ao mesmo
tempo, por exemplo. 
Os tempos da emoção 
De acordo com o estudioso Antônio Pedreira, o método psicológico
conhecido como análise transacional criado por Berne, as emoções passam
por 3 momentos desde a liberação emocional no tronco encefálico até o
efeito corporal. A isso, dá-se o nome de tempos da emoção: 
1º tempo 
O primeiro tempo é literalmente sentir a emoção, processo
intrapsíquico programado em todo ser humano, independente de gênero,
idade e outras especificidades.  
2º tempo 
Após o sentimento da emoção, abre-se caminho para a expressão verbal
daquele sentimento. De forma resumida, é a tradução da emoção em
palavras, quando o ser humano exterioriza o que sente na fala. 
3º tempo 
O terceiro e último tempo da emoção avança até a expressão do corpo,
configurando a famosa linguagem corporal.  Músculos e movimentos
podem ser estimulados de acordo com cada emoção.  
O AUTOCONHECIMENTO E OS
SENTIMENTOS  
Conhecer a si mesmo é muito mais do que entender os próprios
sentimentos. É ter a consciência do que você quer e onde pode chegar. Com
o autoconhecimento é possível estabelecer objetivos para sua vida pessoal e
profissional.   
“Aquele que conhece os outros é sábio; aquele que conhece a si próprio é
iluminado”. 

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