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Olá Estudante, seja muito bem-vindo(a)!

Estamos iniciando o 4º bimestre de 2021. Agora que mais um bimestre vai


começar é hora de preparar a mente para novos conhecimentos e o coração
para novas aventuras.
Para isso, preparamos o Plano de Estudos Tutorado – Volume 4. Um material cheio
de propostas de atividades instigantes e inovadoras para você. São histórias, situa-
ções-problemas, exercícios, imagens, pesquisas, desafios, temas e textos que irão
orientá-lo (a) na aquisição de conhecimentos e habilidades importantes para que
você se torne um cidadão cada vez mais curioso, pesquisador, autônomo e atuante
em nossa sociedade.
Atenção, algumas das várias experiências de aprendizagem que você encontrará
no PET 4 irão abordar a temática da Consciência Negra, pois o mês de novembro
é dedicado a pensarmos em questões importantes como: racismo, discriminação,
igualdade social e a cultura afro-brasileira.
Seu professor(a) irá acompanhá-lo (a) nesta jornada de conhecimentos do PET 4
por meio de alguns canais de comunicação como o APP Conexão 2.0, o site https:
estudeemcasa.educacao.mg.gov.br. Ah! Acompanhe também as aulas na TV Minas,
todas as manhãs de segunda à quinta-feira. Elas irão auxiliá-lo(a) na resolução das
atividades propostas no PET.
Esperamos que este seja não só o começo de mais um bimestre letivo, mas também
de uma fase inesquecível das suas vidas! Boas aprendizagens nesta 4ª etapa escolar!
SUMÁRIO

PROJETO DE VIDA 1º ANO..............................................................pág. 1


Semana 1: Da intenção à ação: Jovem voluntário (Parte 1).........pág. 1
Semana 2: Da intenção à ação: Jovem voluntário (Parte 2)....... pág. 5
Semana 3: Protagonismo em ação......................................... pág. 7
Semana 4: Um mundo melhor depende de mim e
de você (Parte 1).................................................. pág. 11
Semana 5: U
 m mundo melhor depende de mim e
de você (Parte 2)................................................. pág. 14
Semana 6: A vida é um projeto .............................................pág. 18

PROJETO DE VIDA 2º ANO.......................................................... pág. 23


Semana 1: Tudo depende do que faço: minhas ações
(Parte 1 e 2)......................................................... pág. 23
Semana 2: A
 certar no alvo: a importância das estratégias
(parte 1 e 2).........................................................pág. 30
Semana 3: O
 esperado encontro com os resultados
(Parte 1 e 2)......................................................... pág. 37
Semana 4: O resultado das ações: as consequências!......... pág. 43
Semana 5: O
 nde estou nesse momento? Indicadores
de processo (Parte 1)..........................................pág. 48
Semana 6: O
 nde estou nesse momento? Indicadores
de processo (Parte 2).......................................... pág. 52

ESTUDOS ORIENTADOS II E TUTORIA - 1º, 2º E 3º ANO............... pág. 59


Semana 1: Anotando............................................................ pág. 59
Semana 2: Menos é mais: resumir para entender melhor..... pág. 67
Semana 3: Gráficos............................................................. pág. 73
Semana 4: Dicionário: um grande aliado nos estudos.......... pág. 79
Semana 5: Como sei o que aprendi?..................................... pág. 82
Semana 6: Estudar sempre................................................. pág. 86

PÓS MÉDIO 3º ANO...................................................................... pág. 90


Semanas 1 e 2: O
 mapa-múndi do trabalho –
o que ele revela? (Parte 2)............................pág. 90
Semanas 3 e 4: O futuro do trabalho (Parte 1)....................... pág. 95
Semana 5: O futuro do trabalho (Parte 2).............................. pág. 98
Semana 6: Quem tem medo de aprender?............................pág. 101

III
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: PROJETO DE VIDA
ANO DE ESCOLARIDADE: 1º ANO – INTEGRAL E PROFISSIONAL
PET VOLUME: 04/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO: INTEGRAL

SEMANA 1

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Valores.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Ações solidárias.

HABILIDADE(S):
Relacionamento interpessoal e social.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Bem-estar pessoal, interação social.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Linguagens e suas Tecnologias: Linguagem, língua e fala, norma culta e língua falada, variações linguísticas.
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Idade Média, Organização social na antiguidade clássica, renasci-
mento cultural, reformas religiosas, Émile Durkheim – o fato social, solidariedades, Max Weber – ação social.
Habilidades socioemocionais: Solidariedade, colaboração e gentileza.

TEMA: Da intenção à ação: Jovem voluntário (Parte 1).


Ainda sobre este assunto, tão necessário para o mundo no qual todos vivem, você vai continuar a pensar
sobre como pode ajudar outras pessoas e como motivar mais gente a também fazer parte da transfor-
mação do mundo. Desejar a mudança do mundo não é suficiente, tampouco ficar de braços cruzados
esperando que algo aconteça. É preciso muito mais do que a vontade de ver a transformação, é preciso
fazer parte dela. A mudança precisa começar em cada uma das pessoas. É como o Mahatma Gandhi fa-
lou: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”. Não dá para esperar que as outras pessoas mudem,
comece a agir e a fazer a diferença dentro de você!

Nesta aula você vai ver como a solidariedade pode se transformar em ações mui-
to legais e que qualquer pessoa pode fazer parte delas a partir do Voluntariado.

Disponível em: <https://static.vecteezy.com/ti/fotos-gratis/p2/894865-maos-de-uma-crianca-


segurando-globo-foto.jpg>. Acesso em: 30 jul. 2021.

1
RECAPITULANDO
Nas aulas passadas você refletiu sobre como uma das características de um Jovem Protagonista, a so-
lidariedade, é tão importante para todo ser humano e sobre como é possível contribuir na construção
de um mundo mais solidário.

ATIVIDADES
1 - Você sabe o que é um voluntário? Defina com suas palavras.

2 - Você já foi voluntário ou viu alguma ação de voluntariado na sua escola ou comunidade? Conte como
foi a ação.

Ser voluntário é doar tempo em uma atividade que não é remunerada financeiramente, porém traz mui-
tos benefícios, como o aprendizado e a sensação de fazer a diferença na vida de pessoas e no mundo,
de modo geral. É também uma oportunidade de crescer e atuar como cidadão, sendo agente de trans-
formação da sociedade.
Quando uma pessoa atua de fato na sociedade, ganha voz, aprende com as outras pessoas e não vira um
mero espectador do que acontece no mundo. É necessário fazer e se sentir parte das transformações.
A cada ação que um voluntário executa, ele tem a chance de aprender muitas coisas novas, adquirir
habilidades e competências que talvez nunca tenha pensado em aprender antes. O voluntariado pode
ajudar as pessoas a descobrirem uma causa pela qual elas desejam lutar e trabalhar. Muitas pessoas
passam a encontrar sentido e significado para suas vidas a partir de ações desenvolvidas voluntaria-
mente. Muito legal, não é?
Sabe aquela frase que muitas vezes as pessoas falam: “Fazer o bem sem olhar a quem!” Pois é, é bem
por aí. Quando se é voluntário, nem sempre você sabe quais serão as pessoas que receberão a sua ação.
São pessoas que talvez você nunca tenha visto na vida, mas que, com certeza, serão gratas a você, pelo
que você fizer. Ser voluntário é viver uma experiência única! O trabalho voluntário é uma forma de viver
valores, compreender o entorno social e nele agir, passar da intenção à ação no âmbito da solidarieda-
de, pôr em prática o que sabe e é capaz de fazer, conviver e dialogar como cidadão responsável.

2
3 - O voluntariado passou por muitas mudanças ao longo dos anos. Leia o quadro a seguir e reflita sobre
as principais modificações:

QUANDO O QUÊ

Voluntariado praticamente monopolizado pelo catolicismo (prática da caridade


Idade Média
para redimir os pecados: doações à Igreja para amparar os necessitados).

Primeiras iniciativas da sociedade civil para combater a pobreza; fundação do


Séculos
primeiro núcleo de trabalho voluntário no Brasil em 1543: Santa Casa de Miseri-
XVI a XVIII
córdia, em Santos.

Nascimento do trabalho voluntário formal, com foco em caridade organizada;


Século XIX participação predominante de mulheres entre os voluntários; rígidos valores
morais; diminuição do peso da religião na ação voluntária.

Voluntariado combativo: atuação voluntária de ação social espontânea sem


uma orientação precisa comum, com características de protesto e foco em
Século XX – mudança social; participação predominante dos jovens; ações sociais e cria-
Anos 60 ção de inúmeras organizações, como a APAE (para incentivar a assistência aos
portadores de deficiência intelectual e múltipla) e o Projeto Rondon, que leva
universitários voluntários ao interior do país.

Intensificação da defesa da total liberdade do mercado (neoliberalismo); dimi-


nuição da assistência social pública; nascimento de um movimento de ação
voluntária para ajudar aqueles que ficaram fora do sistema (corresponsabilida-
Século XX -
de Estado e sociedade civil - ONGs, fundações e empresas). Muitas conquistas
Anos 80
concretas e ações assistenciais, como a criação da Pastoral da Criança (orga-
nismo de ação social da CNBB, da Igreja Católica) com o objetivo de treinar líde-
res comunitários para combater a desnutrição e a mortalidade infantil.

Novo voluntariado: o voluntário como um cidadão que doa seu tempo, trabalho
e talento, de livre e espontânea vontade, motivado por valores de participação e
Século XX - solidariedade, em favor de causas de interesse social e comunitário. Iniciativas
Anos 90 imediatas da sociedade para resolver seus problemas e pressionar o Estado em
favor de políticas públicas adequadas. Promulgação da Lei do Voluntariado (Lei
9.608), que regulamenta as condições do exercício do serviço voluntário.

3
Vale a pena ASSISTIR
Vídeo: Por que o voluntariado pode mudar o mundo/
Sofia Calderano/ Ted X Youth @ Porto Alegre.
1

Autor: Youtube – TEDx


Sofia apresentou seu trabalho no Rio de Janeiro, com
comunidades carentes e reconstrução de casas. Como
o voluntariado transforma a vida não só do voluntário,
mas de quem o cerca e o impacto disso na sociedade.

(Projeto Teto do RJ - propõe construção de casas emergenciais para comunidade carente. A mão
de obra vem de voluntários, que na grande maioria é formada por mulheres. A Sofia entrou nessa
em 2015 ao propor uma parceria entre a Teto e o Colégio em que estuda).
O Vídeo pode ser acessado no canal oficial da plataforma no Youtube – TED X Talks.
Youtube. (2016, Julho 8) Por que o voluntariado pode mudar o mundo. Sofia Calderano. TEDxYouth@
PortoAlegre [Arquivo de vídeo]. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=_Y2KIYyBKTo

Então, estudante, o que achou da aula? Espera-se que você tenha começado a refletir sobre o volun-
tariado como uma das formas de colocar em prática a solidariedade e de fazer parte da transformação
da sociedade. Até a próxima!
1
Youtube. (2016, Julho 8) Por que o voluntariado pode mudar o mundo. Sofia Calderano. TEDxYouth@PortoAlegre [Arquivo de vídeo].
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=_Y2KIYyBKTo

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SEMANA 2

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Valores.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Ações solidárias.

HABILIDADE(S):
Relacionamento interpessoal e social.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Troca de experiências entre as pessoas, aprender na prática.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Linguagens e suas Tecnologias: Linguagem, língua e fala, norma culta e língua falada, variações linguísticas.
Ciências Humanas e suas Tecnologias: A formação dos grupos humanos, suas interrelações e transforma-
ções, comunidade, sociedades e controle social, a questão da diversidade e o direito à diferença, ética.
Habilidades Socioemocionais: Solidariedade, responsabilidade e empatia.

TEMA: Da intenção à ação: Jovem voluntário (Parte 2).


Caro (a) estudante,

Nesta aula você irá identificar as possibilidades de atuar como voluntário e colocar o seu Protagonismo
em ação.

RECAPITULANDO
Na aula passada você começou a refletir sobre como o voluntariado é importante para a prática da so-
lidariedade e sobre como fazer parte da transformação da sociedade.

ATIVIDADES
Muitas pessoas acreditam que não têm talento ou competência para realizar determinadas atividades.
O fato é que cada pessoa possui habilidades e conhecimentos em alguma área ou pelo menos, abertura
e vontade de aprender. Para ser voluntário é necessário, inicialmente, ter o desejo de contribuir com o
outro. Depois de demonstrar o desejo de ajudar o próximo, existem muitas formas de atuar como um
voluntário jovem.
Conviver com realidades diferentes durante uma ação voluntária permite aprender e vivenciar na prá-
tica lições de cidadania e responsabilidade social. Viver na prática a ação voluntária possibilita mais
responsabilidade, solidariedade e consciência dos problemas sociais para se comprometer com a
transformação da sociedade.

5
1 - Reflita e preencha o quadro a seguir com 2 ações e 2 habilidades que você acredita serem necessárias
para desenvolver ações voluntárias, de acordo com cada campo de atuação:

O bem não existe.


Existem pessoas que realizam boas ações com pessoas concretas e consigo mesmas.

O que considero necessário para


Como me vejo como voluntário
Campos de ação trabalhar como voluntário nesse
nesse campo de atuação/ Ações
voluntária campo de atuação (atitudes, co-
nesse campo de atuação.
nhecimentos, habilidades etc.)

Saúde

Defesa da mulher

Deficiências físicas/
intelectuais/mentais

Pobreza

Idosos

Meio ambiente

2 - De acordo com a tabela anterior, escolha três campos de atuação e registre no seu caderno pelo
menos um exemplo de entidade ou ação individual para cada campo de ação voluntária escolhida.

Então, estudante, viu como é importante pensar sobre como ajudar o próximo? Cada um pode contri-
buir de alguma maneira para o desenvolvimento de ações interessantes e que apoiam a transformação
da sociedade! Até a próxima!

6
SEMANAS 3

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Valores.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Ações solidárias.

HABILIDADE(S):
Relacionamento interpessoal e social.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Troca de experiências entre as pessoas, aprender na prática.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Ação Social, sociedades e controle social, ética, cidadania e as rela-
ções interpessoais.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Evolução humana, globalização.
Habilidades Socioemocionais: Solidariedade, cooperação e comunicação.

TEMA: Protagonismo em ação.


Caro (a) estudante, nesta aula você irá pensar sobre como desenvolver ações voluntárias diante do mo-
mento de distanciamento social.

RECAPITULANDO
Na aula passada você refletiu sobre as possibilidades de atuar de maneira voluntária de formas diversas.
Este também é um assunto bastante pertinente para o cenário atual que todos estão vivendo, pois
a partir de ações voluntárias, muitas pessoas também estão sendo ajudadas durante a pandemia da
Covid-19.

ATIVIDADES
Além das ações voluntárias vistas na aula anterior, existem outras possibilidades de atuação. Dentro da
escola, por exemplo, você pode ser um voluntário, sendo um estudante monitor de algum componente
curricular que você tenha mais facilidade. Legal, não é?
Para além da escola, na sua comunidade, bairro, cidade e até mesmo fora do país podem existir muitas
Instituições que atuam voluntariamente. É importante que você pesquise e descubra quais são as pos-
sibilidades, de acordo com seu perfil e área de interesse.
Neste momento de pandemia e distanciamento social, existem iniciativas de voluntariado online, você
sabia? Tem muita gente se mobilizando para apoiar quem mais está precisando neste momento, seja
por meio de arrecadação de alimentos, roupas, kits de higiene, campanhas de doação de sangue ou até
mesmo com demonstrações de carinho e afeto.
Se tornar um voluntário é um ato de amor, compaixão, justiça, respeito e, sobretudo, solidariedade.
Assumir a responsabilidade de ser um voluntário exige verdade e compromisso com o outro e esse
compromisso deve ser cumprido e honrado.

7
1 - Leia os três textos a seguir e descubra o que eles têm em comum. Escreva suas conclusões nas
linhas abaixo do último texto.
2
Uma gota d’água
Um dia, um enorme incêndio alastrou-se pela floresta. Todos os animais, vendo as chamas cada vez
mais próximas, decidiram salvar-se. Correram até o final da floresta e lá, impressionados e sentin-
do-se desamparados, ficaram observando o fogo devorar seu lar. Todos os animais, menos um: o
beija-flor, que decidiu fazer alguma coisa. Voou até o riacho mais próximo, apanhou uma gota d’água
com o bico e levou-a até as chamas. E o beija-flor ia e vinha sem parar, voando entre o riacho e o
incêndio, incansável e concentrado em sua tarefa, sem perder a paciência nem a velocidade. Apa-
nhava uma gota e deixava-a cair sobre as labaredas. Enquanto isso, o fogo continuava forte, e os ou-
tros animais observavam seus esforços, espantados e incrédulos. “Você é pequeno demais,” diziam
eles ao beija-flor. “Você não vai conseguir apagar o fogo. O que é que você acha que está fazendo?”
Enquanto se preparava para mais um mergulho, o beija-flor respondeu: “Estou fazendo o melhor que
posso!” E isso é o que somos chamados a fazer. Não importa quem somos ou onde estamos, nem
quais são nossos recursos. Somos chamados para fazer o melhor que pudermos!
2
Conto narrado por Wangari Maathai, fundadora do Movimento Cinturão Verde e vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2004.

3
Um floco de neve
– Diga-me, quanto pesa um floco de neve? – perguntou um beija-flor a um pombo.
– Nada – foi a resposta.
– Então vou contar-lhe uma história – disse o beija-flor. Um dia pousei num galho de pinheiro, perti-
nho do tronco. Estava começando a nevar. Não era tempestade de neve, era como num sonho, sem
nenhuma violência. Como não tinha mais nada para fazer, comecei a contar os flocos de neve en-
quanto caíam sobre o galho em que eu estava. O número exato foi 3.741.952. Quando o floco seguinte
caiu, sem peso, segundo você..., o galho se quebrou.
E, dizendo isso, o beija-flor partiu.
(Talvez falte apenas a colaboração de só mais uma pessoa para que a solidariedade abra seu cami-
nho no mundo.)
3
KAUTER, Kurt apud. FARJADO, José Carlos García. Manual del Voluntario. Universidad Complutense de Madrid, 2001. 3a edição. p.
107.

4
Uma gota d’água, um floco de neve...
Com caixas de papelão que antes eram restos de materiais de lojas e supermercados, uma ONG in-
diana melhorou a vida escolar de crianças carentes, inventando uma mochila-carteira (Help- -Desk)
– um objeto que serve de mochila para transportar material escolar e vira carteira para escrever.
Carregar uma mochila, ter transporte e estudar numa sala de aula com carteiras é um sonho distante para
muitas crianças de famílias que ganham menos de um dólar por mais de 10 horas de trabalho por dia.
Depois de muitas experiências infrutíferas, surgiu a Help-Desk, com a qual as crianças não precisam mais
passar horas encurvadas para escrever no chão. Foram beneficiados 10 mil estudantes de 600 escolas.
Neste momento, o grupo de voluntários e profissionais da ONG, que se chama AARAMBH, está ten-
tando descobrir um jeito de fazer a mochila-carteira coberta com algum material que a proteja da
chuva. Enquanto isso, mesmo que a mochila-carteira não dure para sempre, é possível substituí-la
a um custo de 20 centavos.
Você pode ver a mochila-carteira e algumas crianças beneficiadas com essa iniciativa num filme de
dois minutos.
4
WORLDWIDE, DDB. Aarambh: Help Desk. Youtube, 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZPUFpEbkOoc>
Acesso em 30 jul. 20.

8
a) O que esses três textos têm em comum? E o que eles têm a ver com o tema “Jovem voluntário”?
Escreva aqui suas considerações:

2. Qualquer pessoa pode ser voluntária, independentemente de sua situação pessoal e de seus
motivos. É bom conhecê-los para avaliar se eles são suficientemente fortes para que você assuma
um compromisso firme e duradouro com o voluntariado. Partindo disso, qual é o peso de cada um
dos itens abaixo em sua decisão de ser um jovem voluntário? Anote ao lado de cada um dos itens um
número de 0 a 10 (sendo 0 o menor peso possível, que indica que você sequer considera esse item e
10 o maior peso possível, que indica que ele é de maior importância):

(Lembre-se: não há respostas certas ou erradas! O objetivo é refletir sobre suas motivações.)

Altruísmo, filantropia, solidariedade ( )


Compromisso político ( )
Participação cidadã ( )
Motivações religiosas ( )
Tempo livre ( )
Esquecimento dos problemas pessoais ( )
Conhecimento de outras realidades ( )
Busca por justiça social ( )
Sentimento de culpa ( )
Busca por relações humanas ( )
Busca por experiência profissional ( )
Busca por desafios pessoais ( )
Curiosidade ( )
Outros (indique abaixo) ( )

3 - Pensando em ações de voluntariado, como você acredita que pode atuar de maneira voluntária,
durante o período de distanciamento social?

9
Então, estudante, o que achou da aula? Ser voluntário é agir com amor e crença de que pode fazer a
diferença na vida de alguém! É ser de fato, um agente de transformação, atuando como um verdadeiro
Protagonista, ajudando também na construção do Projeto de Vida de outras pessoas. Até a próxima!

REFERÊNCIAS
• Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. Material do Educador: Aulas de Projeto de
Vida. 1ª Série do Ensino Médio. 1ª Edição. Recife. 2016. p. 1 a 392.
• KAUTER, Kurt apud. FARJADO, José Carlos García. Manual del Voluntario. Universidad
Complutense de Madrid, 2001. 3a edição. p. 107.
• MAATHAI, Wangari. Why “Hummingbird”? Disponível em: https://www.hummingbirdproject.
org/.
• WORLDWIDE, DDB. Aarambh: Help Desk. Youtube, 2013. Disponível em: <https://www.you-
tube.com/watch?v=ZPUFpEbkOoc> Acesso em 30 jul. 20.
• Youtube – TED X Talks – Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=_Y2KIYyBKTo>
– 8 de julho de 2016 - Acesso em julho de 2020.

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SEMANA 4

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Valores.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Diversidade nas relações sociais.

HABILIDADE(S):
Relacionamento interpessoal e social.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Identidade, convivência social, interação social, respeito.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Linguagens e suas Tecnologias: Linguagem, língua e fala, norma culta e língua falada, variações linguísticas.
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade, Cultura Material
e imaterial; patrimônio e diversidade cultural no Brasil, a questão da diversidade e o direito à diferença.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Características básicas do seres vivos, DNA e RNA, Cromossomos.
Habilidades socioemocionais: Comunicação, empatia e gentileza.

TEMA: Um mundo melhor depende de mim e de você (Parte 1).


Pensar sobre identidade, convivência entre as pessoas, solidariedade, voluntariado e muitos outros
temas é necessário para que a transformação da própria realidade e do mundo possam acontecer. Um
mundo melhor depende de mim e de você! E é sobre isso que esta aula irá falar.
Nesta aula também será uma oportunidade para pensar sobre a diversidade, algo que é absolutamente
presente em todos os lugares do mundo. Vamos nessa?

RECAPITULANDO
Nas aulas anteriores você refletiu sobre como o voluntariado é importante para a prática da solidarie-
dade e sobre como fazer parte da transformação da sociedade, bem como as possibilidades de atuar
como voluntário e colocar o seu protagonismo em ação. Está lembrado? Todos os conhecimentos que
você vem adquirindo ao longo das aulas vão se complementando como um grande quebra-cabeça. Ao
final do processo de montagem do quebra-cabeça, a satisfação de ter conseguido montar o jogo é ine-
vitável. No caso do seu Projeto de Vida, espera-se que aconteça o mesmo e que tudo o que está sendo
estudado por você esteja fazendo sentido na construção do seu Projeto de Vida.

ATIVIDADES
Ao pensar sobre sociedade e a transformação da realidade, é inevitável refletir sobre a diversidade.
Diversidade no sentido mais amplo da palavra. A diversidade e a forma complexa que este conceito tem
se desenvolvido é resultado da situação atual da sociedade. Um cenário de muitas mudanças que acon-
tecem com frequência e a valorização e identificação das grandes diferenças em todos os campos:
culturais, políticos, sociais, étnicos, sexuais e quaisquer outros.

11
A diversidade pode ser compreendida como o conjunto das diferenças e dos valores que são vivencia-
dos pelos seres humanos na convivência em sociedade. Também está ligada aos conceitos de plurali-
dade, multiplicidade, diferentes modos de percepção e abordagem, heterogeneidade e variedade.
A individualidade de cada pessoa é marcada pela diversidade. É na convivência das individualidades
que é possível compreender o complexo formato da sociedade. As diferenças são, portanto, uma expe-
riência natural da vida em sociedade.
Com a experiência da vida em sociedade e da convivência com a diversidade, infelizmente existem
comportamentos que surgem diante da imperfeição dos indivíduos: a discriminação, a intolerância e
o preconceito. É possível visualizar todos os dias os reflexos destes comportamentos, sendo fruto da
violência e da exclusão social.
Refletir sobre diversidade é extremamente necessário para a construção da identidade, pois é possível
pensar sobre a necessidade de cultivar valores e atitudes que permitam a melhor convivência e respei-
to entre todas as pessoas e o desenvolvimento da humanidade.

1 - Pensando em diversidade no contexto do Brasil, leia o texto a seguir e responda o que se pede:
1
“Diferentes, mas não Desiguais!”
“Viva a Diferença”
Esses dois slogans ilustram campanhas de organizações de movimentos pela igualdade racial e abri-
ram didáticas sobre a diversidade. Fazem parte do conjunto de campanhas e ações de denúncia de
que nem sempre as diferenças são vistas como riqueza em nosso país, apesar de o Brasil apresen-
tar, em sua face externa, a imagem do país da diversidade. Por vezes, e não em poucos casos, algu-
mas diferenças viram sinônimas de defeitos em relação a um padrão dominante, considerado como
parâmetro de “normalidade”. Quando o assunto é diversidade, há sempre um “mas”, um “também”.
Um jovem gay, agredido porque andava de mãos dadas com seu companheiro, pode ouvir, mesmo
dos que reprovam ações violentas, frases do tipo: “Tudo bem ser gay, mas precisa andar de mãos
dadas em público, dar beijo?! Uma mulher vítima de estupro, ao sair de uma festa, poderá ouvir: Mas
também... o que esperava que acontecesse, andando na rua à noite e de minissaia?” Numa outra
situação, uma jovem negra que, mesmo possuindo as qualificações necessárias para uma vaga, não
consegue o emprego sob a alegação de não preencher o critério subjetivo de “boa aparência” (aboli-
do legalmente dos anúncios dos jornais, mas não do imaginário das equipes de recursos humanos),
certamente ouvirá de pessoas muito próximas: “Também, você precisa dar um jeito nesse cabelo.
Fonte: Gênero e Diversidade Na Escola: Formação de Educadores/ES Em Gênero, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais.
Livro de conteúdo. Versão 2009. Rio de Janeiro: CEPESC. Brasília: SPM, 2009. p.19.

a) O Brasil, como mencionado no texto, é reconhecido externamente como o país da diversida-


de. Sobre isso, conte algumas das riquezas culturais que você identifica no meio em que vive
como manifestações dessa diversidade:

1
Gênero e Diversidade Na Escola: Formação de Educadores/ES Em Gênero, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de con-
teúdo. Versão 2009. Rio de Janeiro: CEPESC. Brasília: SPM, 2009. p.19.

12
b) “Por vezes, e não em poucos casos, algumas diferenças viram sinônimos de defeitos em rela-
ção a um padrão dominante, considerado como parâmetro de “normalidade”. Como você en-
xerga esse comportamento na sociedade em que vive? Além dos exemplos citados no texto
lido, você tem outros exemplos? Quais?

c) A diversidade está presente na nossa vida e cabe a nós reconhecê-la. Assim, para você, como
é possível melhorar a convivência entre as pessoas e promover a igualdade de direitos?

É preciso debater sobre o tema DIVERSIDADE! Só assim será possível fazer com que as pessoas com-
preendam que não há convivência em sociedade sem considerar e valorizar as diferenças que existem
entre as pessoas. Muitas vezes este assunto se tornou um tabu, mas é preciso falar, é preciso ouvir, é
preciso mais do que qualquer coisa, repensar as palavras, as atitudes, a forma como a diversidade é
encarada. A única característica que torna os seres humanos iguais são as suas diferenças, indepen-
dentemente de quais sejam elas. Não é possível tornar o mundo um lugar melhor, sem a tomada de
consciência sobre a diversidade que existe em cada um. Até a próxima aula.

13
SEMANAS 5

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Valores.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Diversidade e inclusão social.

HABILIDADE(S):
Relacionamento interpessoal e social.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Identidade, convivência social, interação social, respeito.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Linguagens e suas Tecnologias: Linguagem, língua e fala, norma culta e língua falada, variações linguísticas.
Ciências Humanas e suas Tecnologias: A formação dos grupos humanos, suas interrelações e transforma-
ções, comunidade, sociedades e controle social, a questão da diversidade e o direito à diferença, ética.
Habilidades Socioemocionais: Discernimento, comunicação e empatia.

TEMA: Um mundo melhor depende de mim e de você (Parte 2).


Caro (a) estudante,
Nesta aula você continuará a refletir sobre a diversidade e verá como ela está ligada à inclusão so-
cial e quais as formas de repensar uma sociedade diversa onde cada indivíduo tenha a sua identidade
respeitada.

RECAPITULANDO
Na aula passada você começou a pensar sobre a diversidade e sobre como é importante identificar nas
diferenças a possibilidade de uma melhor convivência em sociedade.

ATIVIDADES
A diversidade social necessita de um movimento em que haja união e tolerância diante das diferen-
ças. É a partir da compreensão de que a diversidade existe e que ela enriquece culturalmente, que a
sociedade pode passar a conviver de uma maneira mais justa. O respeito às diferenças precisa de fato
existir, pois não basta ter um discurso de que respeita o outro, é preciso agir com respeito em todas as
situações.
Considerar a diversidade social é compreender a tolerância a diferentes grupos étnicos, de gêneros,
religiões, raças, valores, ritmos de aprendizagem entre outros. Não existe um único padrão cultural,
por isso é necessário entender que a imposição de um padrão tido como “correto” é ditado por diversas
instituições e grupos que influenciam um grande número de pessoas da maneira errada.
A garantia da diversidade vai além de acolher a diferença de qualquer maneira e depois tentar sobrepor
as pessoas e seus direitos. É preciso garantir a cidadania e a participação nos assuntos da sociedade.

14
Para saber MAIS:

Conceitos: Xenofobia, intolerância religiosa, homofobia e racismo.


- A xenofobia é a aversão a outros povos com cultura, religião, língua e hábitos diferentes.
- A homofobia é o sentimento de ódio, medo ou repugnância aos grupos LGBTQIA+, ou seja, qualquer
outro modo de exercer a sexualidade diferente da heterossexual.
- Intolerância religiosa é quando há discriminação contra pessoas de diferentes crenças.
- Racismo é a crença de que existe uma escala hierárquica entre as raças e etnias.

1 - Leia a letra da música “Sampa” de Caetano Veloso e responda o que se pede:


2
Sampa – Caetano Veloso E foste um difícil começo
Afasta o que não conheço
Alguma coisa acontece no meu coração
E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
Aprende depressa a chamar-te de realidade
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Ainda não havia para mim, Rita Lee
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
A tua mais completa tradução
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Alguma coisa acontece no meu coração
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Mais possível novo quilombo de Zumbi
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
E os Novos Baianos passeiam na tua garoa
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E novos baianos te podem curtir numa boa
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos Mutantes VELOSO, Caetano. 1978. Disponível em: <https://www.vagalume.
com.br/caetano-veloso/sampa.html>. Acesso em: agosto de 2020.

Sabendo que cada pessoa tem um jeito de ver o mundo e por isso possui uma tendência a valorizar o
que é comum ao seu modo de vida e a gerar preconceitos a respeito do que é diferente. Assim como
o narcisismo é uma maneira exagerada de valorizar a própria imagem e viver de maneira egocêntrica
(pessoa egocêntrica: que pensa apenas em si mesma e que se vê como o principal ser humano do uni-
verso). Responda:

a) Releia o trecho da música na sequência e responda como você enxerga a possibilidade de viver
num mundo sem preconceitos por cor/raça/gênero, por religião e idade?

(...) Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu rosto


Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho (...)

2
VELOSO, Caetano. 1978. Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/caetano-veloso/sampa.html>. Acesso em: Agosto de 2020.

15
Para combater o preconceito existe o conceito muito importante de inclusão social.
O principal ponto da discussão sobre diversidade é sobre como gerar inclusão social por meio do res-
peito às diferenças.
É por meio da inclusão que o diferente passa a ter lugar na sociedade. Quando alguém que possui carac-
terísticas diferentes da maioria é incluído, é possível atuar com compartilhamento e obter aprendizado
e experiências.
Todo mundo ganha ao conviver com as diferenças:
• É possível aprender sobre e com o outro;
• Compreende-se que ser diferente não é ruim ou ser pior do que o outro;
• Ganha-se novas perspectivas de mundo;
• Entende-se que todos têm suas características pessoais.
A inclusão permite que todas as pessoas participem de maneira igualitária na sociedade, assegurando
sua autonomia.
Em uma sociedade democrática é preciso reconhecer todos os seres como livres e iguais e buscar atra-
vés do diálogo, o entendimento, o respeito e a fraternidade.
Muitos grupos sociais lutam para ter seus direitos garantidos, como as mulheres, negros, índios, pes-
soas com deficiência, homossexuais, entre outras minorias.

2 - A seguir temos algumas das mensagens publicadas pela campanha: Onde você guarda o seu racismo?
(2004) - Uma iniciativa de 40 instituições da sociedade civil que têm como objetivo conscientizar a
população sobre a responsabilidade de todos na luta contra o racismo. De acordo com uma pesquisa
que serviu de base para a campanha, 87% dos brasileiros admitem que há racismo no Brasil,
contudo apenas 4% se reconhecem como racista. A partir disso, escreva um texto dissertativo no
seu caderno, que defenda sua opinião sobre as demonstrações de que vivemos num país racista e
ao final proponha uma maneira de impulsionar e consolidar a igualdade racial em nossa sociedade.

3
Campanha: Onde você guarda o seu racismo?

3
Onde você guarda o seu racismo? Disponível em: <http://www.ibase.br/pt/wp-content/uploads/2013/11/Bannercasal.gif>. Acesso em:
maio de 2014.

16
PARA SABER MAIS:
(...) 4A primeira Constituição brasileira
O Brasil elaborou a sua primeira Constituição em 1824, dois anos depois de sua independência de
Portugal. Antes disso, o Brasil era uma colônia portuguesa e o que vigorava, aqui, eram as leis dos
portugueses. As leis que eles impuseram, através da força e da violência: primeiro, contra os indí-
genas que aqui viviam, depois contra os negros e as negras que eles raptavam na África para es-
cravizar. E, por fim, contra as próprias mulheres brancas. Dessa maneira, desde 1500, quando os
portugueses chegaram ao Brasil, até 1824, não eram respeitados os Direitos dos indígenas, negros e
mulheres de qualquer cor, nem mesmo o mais elementar de todos os direitos, que é o Direito à vida.
Entre 1824 e 1988, o Brasil teve seis Constituições. Cinco delas ainda excluíam e discriminavam, de
várias formas, os povos indígenas, as pessoas afrodescendentes e as mulheres. Ou seja, mesmo
depois da independência essas constituições não eram democráticas. A nossa Constituição Fede-
ral atual sancionada em 1988, e é muito avançada em termos de direitos, pois dela foram retiradas
todas as discriminações contra as mulheres, de raça, etnia, credo e orientação sexual e acrescidos
direitos reparadores das desvantagens acumulados. Para isso, foram necessárias muitas lutas. Por
tudo isso, ela é chamada de “Constituição Cidadã” (...).
Pernambuco. Secretaria Especial da Mulher. Mulheres Semeando Cidadania: Caderno de políticas públicas/Secretaria Especial da
Mulher; org. e texto Cristina Buarque, Maria de Oliveira e Celma Tavares – Recife: Secretaria Especial da Mulher, 2008. p. 32.

Só é possível construir uma sociedade mais justa, fraterna, igualitária e preparada para o futuro a partir
da consciência de que todos são iguais em suas diferenças e que o respeito é a base para a garantia do
direito de cada um. Até a próxima.

4
Pernambuco. Secretaria Especial da Mulher. Mulheres Semeando Cidadania: Caderno de políticas públicas/Secretaria Especial da
Mulher; org. e texto Cristina Buarque, Maria de Oliveira e Celma Tavares – Recife: Secretaria Especial da Mulher, 2008. p. 32.

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SEMANA 6

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Competências para o século XXI.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


A importância do Projeto de Vida e a capacidade de fazer escolhas baseadas nos objetivos pessoais.

HABILIDADE(S):
Planejamento pessoal.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Identidade, autoconhecimento e autonomia.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Linguagens e suas Tecnologias: Linguagem, língua e fala, norma culta e língua falada, comunicação verbal e
não-verbal.
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Ação Social, sociedades e controle social, ética, cidadania e as rela-
ções interpessoais, processo de construção do conhecimento humano e formação do pensamento socioló-
gico.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Evolução humana, globalização.
Habilidades Socioemocionais: Determinação, compromisso e perseverança.

TEMA: A vida é um projeto.


Caro (a) estudante,
Nesta aula você irá pensar sobre a sua própria identidade, história de vida e perspectiva de futuro. Para
isso vai compreender a importância de um projeto, e neste caso, o seu Projeto de Vida!

RECAPITULANDO
Nas aulas passadas você refletiu sobre a importância do respeito à diversidade e a necessidade de le-
var em consideração que uma sociedade possui a diferença como elemento fundamental em sua exis-
tência e convivência. Viu também que o respeito às diferenças e a inclusão social são as formas mais
importantes de promover uma boa convivência em sociedade.

ATIVIDADES
A construção de qualquer Projeto de Vida, seja pessoal, profissional ou familiar, começa com algumas
perguntas existenciais: Quem sou eu? Que lugares eu ocupo no mundo? Para onde minha vida deve me
levar? Estas perguntas são familiares, não é mesmo? Você vem refletindo sobre cada uma delas nas
aulas de Projeto de Vida, certo?
Para responder a essas questões, além de ser necessário pensar sobre sua história, é necessário
entender que a vida é um projeto desde o momento do seu nascimento. Essa compreensão ajuda na
elaboração do próprio Projeto de Vida como instrumento de realização dos seus objetivos.

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Projeto de Vida é um processo de planejar e exige que as pessoas se conheçam muito bem, identifi-
quem seus pontos fortes e fracos, gostos e interesses e possam assim estabelecer metas e estratégias
para alcançar seus objetivos e sonhos.
Um projeto é um plano que é flexível para acompanhar as mudanças necessárias que ocorrem durante a
vida. Mesmo não sendo um roteiro fechado, o projeto precisa estar ligado à história de vida de cada um,
o contexto de vida e quais são as expectativas de futuro que cada um possui. É importante destacar que
o Projeto de Vida, além de ser pessoal e intransferível, necessita de muita autonomia, compromisso,
responsabilidade e obstinação pessoal. Cabe a cada um escrever seu Projeto de Vida, partindo do mais
importante: o seu SONHO!
O autoconhecimento permite que o Projeto de Vida seja muito bem elaborado, pois só sabendo quem
você é, será possível pensar nos caminhos a serem seguidos.
Para o Projeto de Vida, é fundamental saber fazer escolhas e tomar decisões, além de saber lidar com
situações inesperadas e resolução de problemas.

1 - Leia os dois textos a seguir e responda o que se pede:

5
Texto 1
Quando a personagem Alice, no livro Alice no País das Maravilhas,
encontrou o gato e perguntou para ele qual o caminho ela deveria
seguir para sair do lugar onde estava, o gato respondeu que depen-
deria de para onde Alice queria ir. Alice então disse ao gato que não
estava preocupada em saber aonde ir. O gato falou que se ela não
sabia aonde queria ir, qualquer lugar serviria.
Imagem disponível em: <https://stock.adobe.com/images/id/345579462?as_
campaign=Freepik&as_content=api&as_audience=404&as_camptype=test-
bannernofiltersquare-a&tduid=82ffbb53984e87e735241226b9c7d010&as_
channel=affiliate&as_campclass=redirect&as_source=arvato>.
Acesso em setembro de 2020.

6
Texto 2
O caminho do crescimento Pessoal
[...] A construção de um Projeto de Vida começa quando nosso sonho deixa de ser tratado como
uma fantasia de uma noite de verão e passa a ser percebido por nós como o mapa de um caminho
a ser percorrido, ou o plano de uma ação a ser realizada. O Projeto de Vida é o nosso sonho passa-
do pelo crivo da razão, da racionalidade. Então, eu devo fazer perguntas como: “Isso é possível?”,
“Como eu devo agir para chegar lá?”, “O que eu já tenho?”, “O que eu preciso conseguir?”, “Onde eu
posso conseguir o que me falta?”, “Qual o primeiro, o segundo, o terceiro passo?”. E vai por aí afora.
Quando estruturado com base na razão e no bom senso, o meu sonho, o meu querer ser, o meu de-
sejo transforma-se num Projeto de Vida. Eu sei para onde vou, sei qual o caminho a ser percorrido
e sei o que preciso fazer para chegar lá [...]. [...] “Gente”, segundo Caetano Veloso, “nasceu para
brilhar”. Nascemos para vencer e para ser felizes e, para que isso ocorra, temos de ser capazes
de sonhar, de transformar nossos sonhos em visão inspiradora do futuro e de transformar – com
trabalho, esforço, luta e sacrifício, se necessário – a nossa realidade
Fonte: COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Educação e vida. Belo Horizonte: Modus Faciendi, 2001. p. 32.

5

6
COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Educação e vida. Belo Horizonte: Modus Faciendi, 2001. p. 32.

19
Após a leitura dos textos, relacione-os às frases a seguir. Escreva qual a sua opinião sobre cada uma
das frases:

a) Aprende-se mais errando.

b) Somos reféns do acaso.

c) Vento algum é favorável para quem não sabe aonde quer ir.

d) Toda escolha tem uma intenção positiva.

O exemplo de Alice no País das Maravilhas mostra o quanto é importante ter clareza de qual caminho
seguir, aonde se quer chegar e o que será necessário fazer para alcançar os seus objetivos. O Projeto de
Vida permite que você identifique onde está atualmente e aonde deseja chegar no futuro. É o caminho
entre quem você é e quem você quer ser que faz com que o Projeto de Vida seja tão importante para
cada pessoa.

2 - Para que você consiga construir o seu Projeto de Vida com êxito, é preciso desenvolver sua capacidade
de expressão, o que não depende apenas dos conhecimentos adquiridos através do processo de
pensar sobre quem é e aonde quer chegar e, sim, de algumas atitudes como:

• Compromisso constante consigo mesmo.


• Participação nas conversações em grupo.
• Desenvolvimento nas atividades de expressão escrita.

20
Sendo assim, qual(is) dessas estratégias lhe parece(m) interessante(s) para a construção do seu Projeto
de Vida? Justifique sua resposta.

3 - Tendo chegado até essa aula, tem sido importante aprender sobre a construção de um Projeto de
Vida? Justifique sua resposta.

4 - Você já realizou algo ou conhece alguém que alcançou um grande feito através de um projeto traçado?
O que foi? Como planejou?

5 - Você concorda que sua vida poderá ser mais proveitosa se tiver um Projeto de Vida? Por quê?

7
PARA SABER MAIS
“A única revolução possível é a que se faz dentro de nós.” Não é possível libertar um povo sem, antes,
livrar-se da escravidão de si mesmo. Sem [essa revolução interna], qualquer outra será insignifican-
te, efêmera e ilusória, quando não um retrocesso. Cada pessoa tem sua caminhada própria. Faça o
melhor que puder. Seja o melhor que puder. O resultado virá na mesma proporção de seu esforço.
Compreenda que, se não veio, cumpre a você (a mim e a todos) modificar suas (nossas) técnicas,
visões, verdades, etc. Nossa caminhada somente termina no túmulo. Ou até mesmo além... Segue a
essência de quem teve sucesso em vencer um império...
GANDHI, Mahatma. A única revolução possível é dentro de nós. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/gandhi.html>.
Acesso em: out. 2013.

7
GANDHI, Mahatma. A única revolução possível é dentro de nós. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/gandhi.html>.
Acesso em: out. 2013.

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6 - Agora, preencha os espaços abaixo de acordo com o que se pede:

Meu passado –
Escreva sua história
de vida:

Meu presente –
Escreva a situação
na qual você se
encontra:

Meu futuro –
Escreva aonde você
quer chegar:

Para REFLETIR
1- Você pilotaria um carro sem saber dirigir?
2- Você se jogaria em alto-mar sem saber nadar?
3- Você pilotaria um avião sem ter um certificado que atestasse sua capacidade para pilotar?
4- Você comandaria um navio sem bússola para guiá-lo?

Então, estudante, espera-se que esta aula tenha despertado ainda mais a sua motivação para seguir em
frente na busca da realização dos seus sonhos a partir do seu PROJETO DE VIDA! Até a próxima!

REFERÊNCIAS
• COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Educação e vida. Belo Horizonte: Modus Faciendi, 2001.
p. 32.
• GANDHI, Mahatma. A única revolução possível é dentro de nós. Disponível em: <http://www.
ebooksbrasil.org/eLibris/gandhi.html>. Acesso em: out. 2013.
• Gênero e Diversidade Na Escola: Formação de Educadores/ES Em Gênero, Orientação Se-
xual e Relações Étnico-Raciais. Livro de conteúdo. Versão 2009. Rio de Janeiro: CEPESC.
Brasília: SPM, 2009. p.19.
• Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. Material do Educador: Aulas de Projeto de
Vida. 1ª Série do Ensino Médio. 1ª Edição. Recife. 2016. p. 1 a 392.
• Onde você guarda o seu racismo? Disponível em: <http://www.ibase.br/pt/wp-content/
uploads/2013/11/Bannercasal.gif>. Acesso em: Maio de 2014.
• Pernambuco. Secretaria Especial da Mulher. Mulheres Semeando Cidadania: Caderno de
políticas públicas/Secretaria Especial da Mulher; org. e texto Cristina Buarque, Maria de Oli-
veira e Celma Tavares – Recife: Secretaria Especial da Mulher, 2008. p. 32.
• VELOSO, Caetano. 1978. Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/caetano-veloso/
sampa.html>. Acesso em: Agosto de 2020.

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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: PROJETO DE VIDA
ANO DE ESCOLARIDADE: 2º ANO – PROJETO DE VIDA
PET VOLUME: 04/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO: INTEGRAL

SEMANA 1

UNIDADE (S) TEMÁTICAS: Competências para o século XXI.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO: Relação entre os objetivos e ações do Projeto de Vida.

HABILIDADE(S): Autogestão.

CONTEÚDOS RELACIONADOS: Missão, visão, valores e ações do Projeto de Vida, planejamento estratégico.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Ideias, conceitos, pensamentos e teorias seculares, organização
social do trabalho.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Racionalidade científica, lógica, intuição.
Habilidades socioemocionais: Compromisso, iniciativa e autonomia.

TEMA: Tudo depende do que faço: minhas ações (Parte 1).


Caro (a) estudante,
Nesta aula você vai descobrir o impacto das ações desenvolvidas no alcance dos Objetivos do Plano de
Ação, ou melhor, como alcançar os Objetivos por meio das metas do Plano, que exigem um conjunto de
ações a serem executadas por você! Para isso, como de costume, você precisa considerar todas as eta-
pas anteriores do seu Plano para saber como agir. É dessa forma que a partir desta aula, você vai per-
ceber como será fácil verificar os seus resultados em curto prazo, assim como, vai entender os efeitos
das suas ações diárias sobre o Plano de Ação. A etapa que esta aula inaugura é, portanto, operacional,
na qual você demonstra a sua capacidade de fazer as coisas acontecerem, de ser Protagonista da sua
vida! Assim, luz, câmera e AÇÃO!

RECAPITULANDO
Na aula passada você aprofundou o entendimento sobre como o Plano de Ação necessita de metas e do
seu acompanhamento para saber se realmente você está indo no caminho certo.

23
ATIVIDADES
Tendo chegado até aqui, é bem provável que você esteja cada vez mais perto da sua Ítaca, ou pelo me-
nos, tenha descoberto como é possível tornar o seu sonho realidade! E, uma das constatações mais im-
portantes é saber da importância que o Plano de Ação tem para você para alcançar os seus Objetivos.
Saber disso tem possibilitado grandes aprendizados, como a definição das Metas que, agora, definem
as suas Ações! Enfim, de todos os aprendizados até o momento, o maior deles é saber que para um
Plano dar certo, é preciso segui-lo e atuar de acordo com ele.

Saiba que um Objetivo sem Ação é um Objetivo não cumprido e que não vai se cumprir.
Traçar Objetivos é vislumbrar o campo necessário para agir!

Para seguir nossa conversa sobre Ações para tornar um sonho realidade, vale retomar a obra trabalha-
da na aula “Uma viagem rumo à Ítaca”. Na Odisseia, de Homero, o personagem Odisseu se recusa a ser
imortal e afirma seu destino humano. Você lembra disso? Pois bem, de todas as provações pelas quais
Ulisses passou, talvez a mais ameaçadora não tenha sido ter colocado em risco a sua integridade física,
e por isso, ter sido atacado por gigantes devoradores de homens ou acuado por feiticeiras. O perigo,
por excelência, enfrentado por Ulisses, foi o de chegar a uma terra de homens absolutamente pacíficos
que passavam o dia inteiro alimentando-se de uma flor chamada “loto”. Esse hábito, aparentemente
inofensivo, tinha consequências gravíssimas para qualquer viajante que possuía um objetivo na vida: o
esquecimento absoluto. O viajante esquecia para onde ia, por que ia, com quem ia, esquecia-se inclusi-
ve do próprio nome, ou seja, perdia a identidade. Ulisses não morreu lutando contra gigantes e mesmo
que isso pudesse ter ocorrido, ele morreria sendo quem ele era! Além disso, ele também não se rendeu
à tentação do esquecimento dos comedores de loto, mas se isso tivesse ocorrido, ele se perderia de si
mesmo para sempre! Se isso acontecesse, a obra Odisseia teria os seus capítulos resumidos! Seria um
triste fim para um herói que fracassaria na busca da sua Ítaca, não é mesmo?
Ainda sobre essa história de sonhos e a Odisseia, você já pensou que o esquecimento é a mais desalen-
tadora forma de morte?! É por isso que a primeira regra para quem tem um Plano de Ação, é agir sobre o
seu destino e jamais esquecer da sua Ítaca. Isso possibilita saber quem é, quais os valores que norteiam
o seu caminho, para onde você deve ir e o que deve fazer! Assim, com a lucidez de Homero, a outra re-
gra de ouro para você alcançar a sua Ítaca é: Ação!
Contudo, para agir, Ulisses planejou bem cada etapa do seu plano. Ao fazer isso, tinha uma certeza em
mente: chegar à Ítaca. Portanto, deu sentido a todas as batalhas enfrentadas! Ela não foi apenas ponto
de chegada, mas ponto de partida para todas as suas Ações empreendidas. Sabendo disso, que tal você
lembrar do seu sonho ou da sua Ítaca? Isso é importante para seguir aprendendo sobre as Ações do
Plano de Ação.

1 - Imagine que uma pessoa (pode ser um familiar, amigo ou até mesmo um desconhecido) precisa da
sua ajuda para realizar o próprio sonho. Assim, quais as Ações serão supostamente adequadas para
que ela realize o seu sonho?

24
2 - Há quem diga não ter sonho ou já ter feito tudo o que queria fazer. Qual a sua opinião sobre as pessoas
que dizem não ter sonhos e sobre as pessoas que dizem que já realizaram tudo o que gostariam?

Vale a pena ASSISTIR


Criado em Los Angeles, EUA, o Fifty
People One Question –http://fiftypeo-
pleonequestion.com/ – é um projeto em
que pessoas comuns são entrevistadas
e falam sobre seus sonhos, desejos e
medos. Em 2014, a plataforma de pro-
dução de conteúdo digital Selo criou
uma versão brasileira do projeto.
O Vídeo pode ser acessado no canal ofi-
cial da plataforma no Youtube – https://
www.youtube.com/watch?v=hYMW-
Qual o Seu Sonho? 50 Pessoas, 1 Pergunta (Fifty people one question DinrvFA – transeuntes da cidade de São
- Brasil). Youtube-Selo.MS. 2015. Disponível em: < https://youtu.be/ Paulo respondem à seguinte pergunta:
hYMWDinrvFA>. Acesso em julho de 2020. “Qual é o seu sonho”?

Pensar sobre sonhos e Projeto de Vida parece mais simples quando é o do outro, não é? Mas o vídeo
apresentado serve para mostrar para você que mais importante do que ter um Plano de Ação para al-
cançar o que você quer, é pensar no sonho por meio das Ações diárias que garantem a sua viabilidade.
Vale ressaltar que é preciso gerar aproximações entre aquilo que se quer e o que se faz: as atitudes! Os
sonhos, diferente do apresentado no vídeo, passam a ser realidade por meio das Ações de quem busca
realizá-lo! Como você sabe, de nada adianta sonhar ou querer algo se não agir para que isso aconteça!
Agora, será que você sabe definir as Ações do seu Plano de Ação e mais, consegue manter o foco nos
Objetivos do seu Plano? É sobre isso que a próxima aula vai tratar! Até a próxima!

25
UNIDADE (S) TEMÁTICAS:
Competências para o século XXI.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Relação entre os objetivos e ações do Projeto de Vida.

HABILIDADE(S):
Autogestão.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Missão, visão, valores e ações do Projeto de Vida, planejamento estratégico.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Participação e papel social, transformação social e atuação humana.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Organização pessoal e planejamento.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Gêneros textuais, comunicação.
Habilidades Socioemocionais: Determinação, compromisso e Proatividade.

TEMA: Tudo depende do que faço: minhas ações (parte 2).


Caro (a) estudante,
Nesta aula você vai refletir sobre os assuntos trabalhados até aqui. Você deve entender muito bem
quando se diz: Sonhar é bom, mas realizá-los é ainda melhor! Afinal existe uma recompensa maior nes-
sa jornada de realizar sonhos, que é vê-los tornando-se realidade, por meio das suas Ações!
Então, nada mais importante nesta aula que não seja você definir as AÇÕES do seu Plano. Para isso, vale
ressaltar sempre a importância de todas as outras etapas construídas até aqui. Quantos aprendizados,
não é mesmo? Contudo, a sua jornada na construção do Projeto de Vida está apenas começando. Agora
é hora de definir as suas Ações para poder viver na prática tudo o que você planejou!

RECAPITULANDO
Na aula passada você começou a pensar sobre o impacto das ações desenvolvidas no alcance dos Ob-
jetivos do Plano de Ação. Mais precisamente, você aprofundou seus conhecimentos sobre as Metas do
Plano, que demandam um detalhamento das Ações e execução por você. Sobre isso, deve estar fresqui-
nho na sua memória, as relações entre sonho e Ações da aula anterior.

ATIVIDADES
Você lembra do jogo de tabuleiro que você fez na aula “Tenho um sonho e um plano. Mas aonde quero
chegar”? Quais foram as metas definidas? Você lembra que foi nessa aula que começou a pensar sobre
as Ações do seu Plano de Ação? Você até experimentou defini-las! O jogo foi, portanto, o meio utilizado
para você pensar nos passos menores para realizar os seus sonhos. É por isso que, nesta aula, esse jogo
precisa ser retomado, pois ele traz informações necessárias sobre as Metas e Ações do seu Plano. So-
bre isso, será que essas informações estão alinhadas com os Objetivos ao ponto de você não ter dúvidas
sobre o que precisa fazer e porque faz o que faz? Bom, a hora de se certificar sobre isso é agora, pois
esta etapa exige que você comece a empreender suas Ações daqui para a frente!

As ações trazem o sonho para o tempo presente! O hoje é agora e o que você faz determina o seu sucesso!

26
1 - Por falar sobre tempo presente e espaço de tempo a médio prazo, responda:
a) Retome as Metas do seu Plano de Ação colocadas no seu jogo de tabuleiro e verifique se você
sente necessidade de reescrever alguma Meta ou excluí-la do seu Plano. Aproveite para fazer
um mapa mental, conforme modelo apresentado na sequência para descrever as Ações do seu
Plano. Escreva no seu caderno:

Pensar sobre as Ações é extremamente importante, pois a cada passo dado é possível chegar mais
perto da realização dos sonhos. O resultado alcançado por meio das Ações, quando bem planejadas,
age sobre as pessoas como um fator motivador para agir mais e alcançar sempre o que se quer.
Assim, logo você perceberá isso ao executar o seu Plano de Ação! E mais, você vai perceber que a
disciplina na execução das suas Ações vai surgir naturalmente, pois a partir de agora você vai agir
com constância de propósito e Objetivos a serem alcançados.

2 - Partindo das explicações anteriores, leia o trecho da Odisseia a seguir e responda o que se pede:

Daí por nove dias ventos funestos me conduziram sobre o piscoso mar. No décimo, abicamos à terra dos
lotófagos, que se nutrem de flores. Ali descemos em terra e provemo-nos de água; em seguida, meus com-
panheiros tomaram sua refeição junto dos ligeiros barcos. Depois de nos alimentarmos de comida e bebida,
despachei alguns companheiros a investigar que homens comiam pão naquela terra; escolhi dois homens e
mandei com eles um terceiro, como arauto. Eles se adiantaram e confundiram com a gente lotógafa. Os lotó-
fagos não pensaram em matar nossos companheiros; deram-lhes a comer do loto e quem, dentre eles, comia
o fruto de loto, doce como mel, já não queria trazer notícias nem regressar, mas sim ficar ali com os lotófagos,
sustentando-se de loto, sem pensar no regresso. Eu os trouxe à força para bordo, desfeitos em pranto; amar-
rei-os nos bojudos barcos, debaixo dos bancos. Aos outros leais companheiros mandei que embarcassem à
pressa nos ligeiros barcos, para que nenhum, comendo loto, viesse a esquecer o regresso. Eles embarcaram
sem demora, sentaram-se nos bancos e, dispostos em linha, feriram com os remos o mar cinzento...
2
HOMERO. Odisseia. São Paulo: Cultrix, 2006. Tradução de Jaime Bruna. p. 107-110.

a) O que fez Ulisses agir colocando os seus companheiros à força no barco?

27
b) O que você destacaria como mais estimulante para seguir a sua jornada, rumo à realização dos
seus sonhos?

c) Descreva três coisas que podem dificultar a realização das Ações do seu Plano de Ação:

d) De acordo com a sua resposta da questão anterior, o que você poderia fazer para facilitar a
execução das Ações?

Vale a pena REFLETIR


Para definir as Ações do seu Plano de Ação
• Deixe a flexibilidade tomar “conta de você” para decidir qual a melhor Ação a ser executa-
da. As Ações devem ser adequadas ao momento certo, dependem da sua situação atual,
mas devem ser comprometidas com o seu futuro.
• As ações devem gerar um “senso” de responsabilidade diário, que promova integração,
comprometimento e motivação com os seus objetivos.

28
Gostou da aula? Espera-se que ela tenha contribuído para a definição das Ações do seu Plano de Ação.
Considere que o sucesso no alcance dos seus Objetivos depende dos seus esforços na realização das
tarefas a serem cumpridas. Sobre isso, é sempre útil buscar maneiras de melhorar o seu desempenho
nessa jornada. Por este motivo, a próxima aula vai tratar das estratégias do Plano de Ação! Contudo,
caso você já tenha pensado, por exemplo, em algo que lhe ajuda a alcançar Metas mais rapidamente,
não tenha receio de experimentar desde agora, pois essa experiência será muito importante para o que
você vai aprender nas próximas aulas.
Até a próxima aula e lembre-se: Luz, câmera e AÇÃO!

29
SEMANA 2

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Competências para o século XXI.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO: Relação entre ações e estratégias do Projeto de Vida.

HABILIDADE(S): Autogestão.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Missão, visão, valores, ações e estratégias do Projeto de Vida, planejamento estratégico.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Participação e papel social, transformação social e atuação humana.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Organização pessoal e planejamento.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Gêneros textuais, comunicação.
Habilidades Socioemocionais: Autoconfiança, determinação e resiliência.

TEMA: Acertar no alvo: a importância das estratégias (parte 1).

Disponível em: <http://www.profissaoatitude.com.br/files//Uploads/UploadBass/4415519_


TARGETTREE.jpg>. Acesso em: 30 jul. 2021.

Caro (a) estudante,


Nesta aula você vai aprender o que são as Estratégias! As Estratégias permitem que você alcance os
seus Objetivos, transformando a intenção em Ação. Ela sintetiza e qualifica o conjunto de Ações a se-
rem desenvolvidas por você, em seu Plano. É por isso que não existe Estratégia sem Ação! Nesta aula
você também vai aprender a fazer ajustes ou mudanças nas Estratégias traçadas por meio da análise do
seu desempenho nas Ações executadas. E falando de desempenho, você vai refletir sobre os seus pon-
tos fortes e fracos a fim de viabilizar e operacionalizar as Estratégias do seu Plano. Parece confuso?
Essa aula vai lhe mostrar que é mais simples do que você pensa. O mais importante é que você esteja
disposto a analisar o seu Plano de Ação, considerando as suas expectativas de futuro e o que definiu
atuar até este momento. Aproveite a aula e que venham as Estratégias!

RECAPITULANDO
Na última aula você definiu as Ações do seu Plano de Ação. Percebeu que a construção do Plano de
Ação do seu Projeto de Vida vem permitindo muitos aprendizados até agora. Além é claro, de muito
planejamento, foco e determinação, não é mesmo?

30
ATIVIDADES
Para início da aula, vale mencionar alguns exemplos sobre Estratégias, para gerar aproximação sua
com o conteúdo que será tratado daqui para frente. Se liga nessas explicações:
• Exemplo aplicado à equipe técnica de esporte de futebol
Você já deve ter percebido como uma equipe de futebol se organiza, não é mesmo? Além de
definir o foco de atuação de cada jogador em campo, pois cada um tem um papel na equipe,
os técnicos de futebol geralmente tem um desenho das atuações de cada jogador, para cada
partida de futebol. Isso é comum porque ao fazer isso, fica mais fácil definir as Estratégias
para vencer cada jogo. As Estratégias facilitam os jogadores ganharem do adversário, pois
elas exigem um conjunto de Ações a serem executadas por cada um, todos trabalhando em
equipe para vencer o jogo.
• Exemplo aplicado a encontrar um local desconhecido
Para chegar em um lugar, muitas pessoas utilizam caminhos conhecidos, para não correrem
o risco de se perder, então sempre caminham pelas mesmas ruas. Outras pessoas se utili-
zam de algumas Estratégias para não se perder ou até mesmo cortar o trânsito, utilizando
caminhos alternativos com a utilização de aplicativo de posicionamento global por satélite
(GPS), mapas ou até mesmo, a famosa informação dada por quem já conhece a área.

Tratando-se de Projeto de Vida, não poderia ser diferente. As estratégias possibilitam a qualificação
das ações a serem desenvolvidas e que são necessárias para obter os resultados esperados por você.
Elas ajudam na solução dos problemas ao longo do caminho e a identificar oportunidades de melhoria.
Por isso, é importante que você esteja atento a cada passo dado do seu Plano de Ação. Talvez você não
saiba, mas ao longo do caminho, suas estratégias podem mudar para alcançar melhor os seus Objetivos.

Você já pensou em Estratégias que poderiam ajudá-lo a atingir as Metas do seu Plano de Ação? Chegou
o momento de você fazer isso agora:

1 - Para cada Meta do seu Plano, pense o que poderia garantir que os resultados das suas Ações fossem
potencializados. Escreva sobre isso no quadro abaixo:

Exemplo: pode ser uma Estratégia para quem tem como Objetivo passar de ano, estudar todo o con-
teúdo da prova com uma semana antes da data marcada.

31
2 - De acordo com o que você pensou na questão anterior, o que você identifica como Estratégias do
seu Plano? Vale ressaltar que, não é adequado definir uma Estratégia que não esteja alinhada com as
Premissas do seu Projeto de Vida. Escreva abaixo:

Exemplo: caso uma das Premissas do seu Plano seja a responsabilidade com a própria aprendiza-
gem, não dá para definir como Estratégia atingir a média escolar, por meio dos trabalhos em grupos,
que você não se compromete e participa pouco.

Para Saber MAIS!


Para as Estratégias: pense naquilo que necessita executar para que seu Plano de Ação aconteça.
As Estratégias são ações iniciadas hoje que poderão levá-lo a uma situação mais cômoda no futu-
ro. Portanto, a essência da Estratégia consiste em gerar vantagens para você no futuro, pois ela é
um meio para obter seus Objetivos – fins. Para isso, além de saber aonde se quer chegar, é preciso
saber os seus pontos fracos e fortes para empregá-los em seu Objetivo. Toda formulação de Estra-
tégias é uma atividade de planejamento.

3-V
 ocê lembra da obra Alice no País das Maravilhas citada em aulas anteriores? Pois bem, assim como
Alice, quem nunca se viu diante de uma encruzilhada, sem saber qual caminho seguir? Ou melhor,
qual decisão tomar?! Como é importante saber aonde se quer ir, não é mesmo? Pobre de Alice que
pergunta ao gato Cheshire:
“– Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
– Isso depende muito para onde queres ir – respondeu o gato.
– Preocupa-me pouco aonde ir – disse Alice.
– Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas – replicou o Gato.”
1
CARROLL, Lewis. Alice no País das Maravilhas. São Paulo: Ática, 1991. p 60-61.

a) Partindo da compreensão sobre a importância de ter Objetivos definidos, diferente de Alice,


que não sabe para aonde ir, analise se as Estratégias do seu Plano de Ação e se certifique que
elas visam a consecução dos Objetivos.
Para que você possa cada vez mais definir as Estratégias do seu Plano de Ação, tenha em men-
te a necessidade de estudar a sua realidade, ou melhor, de fazer um diagnóstico do contexto no
qual se encontra o seu Projeto de Vida. Isso deve ajudá-lo a saber se os resultados alcançados
estão respondendo às suas expectativas e Objetivos do seu Plano.

32
Por meio das explicações dessa aula, será que você percebeu que as Estratégias movimentam
o seu Plano, assim como as Ações, no tempo que é de curto prazo?! E o que isso realmente
quer dizer? Quer dizer que as Estratégias, mesmo que você não perceba, são meios de opera-
cionalizar a Visão do Plano de Ação. Como já sabe, não existem Estratégias sem um conjunto
de Ações. Porém, para realizar algumas Ações, você precisa aprender algo ou adquirir um co-
nhecimento novo. Partindo disso, você já parou para pensar nos seus pontos fortes e fracos?
Sobre isso responda.

4-A
 nalise as Estratégias do seu Plano e veja se elas têm finalidades práticas, como: simplificar ou
estabilizar certas dificuldades suas – pontos fracos - e/ou melhorar as habilidades em que é muito
bom – pontos fortes. Caso isso aconteça, significa que as estratégias definidas são precisas,
possibilitam romper com as suas limitações (sejam internas ou externas) e criam possibilidades de
aprendizagem.
a) Sendo assim, quais as Estratégias que ajudam você a usar o que tem de melhor ou sabe fazer
muito bem – forças?

b) Quais as Estratégias que demandam algum tipo de ajuda para que você possa agir na sua
direção - fraquezas?

Para saber MAIS


Pontos fortes e forças
Em tese, os pontos fracos são as características ou limitações que advém das suas dificuldades
pessoais ou do ambiente em que está inserido. As Estratégias nesse sentido devem eliminar ou
transformar as dificuldades em uma competência ou ponto forte.
As forças são elementos e/ ou competências que trazem benefícios para alcançar os seus objeti-
vos. Geralmente é algo que você controla/domina totalmente e faz toda a diferença utilizá-las como
Estratégia.

Então estudante, o que achou da aula? Espera-se que você tenha refletido e definido as Estratégias do
seu Plano de Ação. Até a próxima!

33
UNIDADE (S) TEMÁTICAS:
Competências para o século XXI.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Relação entre ações e estratégias do Projeto de Vida

HABILIDADE(S):
Autogestão.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Missão, visão, valores, ações e estratégias do Projeto de Vida, planejamento estratégico.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Participação e papel social, transformação social e atuação humana.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Organização pessoal e planejamento.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Gêneros textuais, comunicação.
Habilidades Socioemocionais: Determinação, produtividade e autonomia.

TEMA: Acertar no alvo: a importância das estratégias (parte 2).


Nesta aula você vai pensar sobre a importância de definir prioridades a curto, médio e longo prazo o
impacto no resultado de seu Projeto de Vida.

RECAPITULANDO
Na aula anterior você definiu as Estratégias do Plano de Ação, certo? Além disso, você aprendeu que a
partir das Estratégias existe a possibilidade de fortalecer os seus pontos fortes e aprender o que você
considera necessário para alcançar os seus Objetivos.

ATIVIDADES
Pensando em Ações de curto, médio e longo prazo, estabelecer prioridades significa definir o que é
mais importante, o que vem primeiro e que fará a diferença na obtenção das Metas do seu Plano. Para
isso, você vai precisar refletir sobre cada um dos Objetivos, elegendo como prioritários os pontos que
provocarão maior impacto nos resultados ao longo do tempo.
Talvez você não saiba, mas uma das razões do fracasso na obtenção dos resultados previstos se deve à
perda de foco nas Prioridades. Portanto, é importante instituir e praticar uma constante avaliação entre os
resultados que você já obteve, versus as Metas planejadas. Você deve estar se perguntando: - O que isso
quer dizer na prática? Isso significa que tudo o que consta no seu Plano é importante, mas tratando-se de
Objetivos, nem tudo é prioritário. E como saber o que é prioritário no seu Plano? A resposta para essa per-
gunta vale um milhão de dólares! E aí, consegue responder?
Bom, prioritário é aquilo que, ao ser executado, te leva a alcançar resultados esperados! Nesta etapa do
Plano de Ação na qual você se encontra, além das Estratégias provocarem maior impacto nos resulta-
dos, estabelecer Prioridades também provoca sucesso no que você precisa alcançar. Entendeu?
Assim, é preciso que você defina Prioridades para cada Objetivo do seu Plano. Para isso, responda.

34
1 - Por meio do exemplo da imagem que segue, escreva no seu caderno as Prioridades para cada um dos
Objetivos do seu Plano de Ação, assim como, as Metas e Estratégias correspondentes.

Objetivo:

Prioridade 1:

Estratégias: Meta:

Objetivo:

Prioridade 1:

Estratégias: Meta:

2 - Agora, de acordo com o exemplo da imagem que segue, para cada Estratégia defina Ações prioritárias.
Escreva no seu caderno.

Estratégia:

Ações:
1ª.
2ª.
3ª.
4ª.
5ª.
6ª.
7ª.
8ª.

Para Saber Mais!


As ações Prioritárias devem passar por um processo de escolhas – O que eu tenho que fazer agora?
Cuidado para não confundir “a arte de aplicar os meios disponíveis” – Estratégias - com os próprios
meios – Ação.
Para executar uma Ação estratégica, você deve utilizar um conjunto de competências que domina.
Assim como, ser disciplinado na execução de suas Ações. Pois, além de saber fazer, a execução é
essencial para o sucesso do seu Plano de Ação.

35
3 - De acordo com a lista de Ações prioritárias definidas na questão anterior, certifique-se que elas
definem diariamente, um curso ou direção que apontam para a Visão apresentada no seu Plano.
Para ajudá-lo nessa reflexão, retome as primeiras aulas de Projeto de Vida, na qual você definiu a
Visão do seu Projeto. Caso perceba algum desalinhamento, aproveite este momento para ajustar o
que for preciso.
a) Ainda sobre as Ações prioritárias, verifique se elas são relevantes para a realização da sua
Missão. Para isso, também retome as aulas sobre a Missão do seu Projeto. Caso perceba algum
desalinhamento, aproveite este momento para ajustar o que for preciso.

b) Por último, sobre as Ações prioritárias, verifique se você tem pleno domínio sobre elas ou seja,
todas as ações estão ao seu alcance e você sabe como realizá-las? Como elas se relacionam
com as suas competências? Escreva sobre isso no espaço abaixo:

Então estudante, o que achou da aula? Deu para perceber que não basta definir Ações e Estratégias
para realizar os seus sonhos, não é mesmo? É muito importante ter clareza sobre o que mais impacta
nos resultados que você deseja alcançar e que para isso, definir Prioridades é de suma importância
também! Na próxima aula você vai ver como medir os seus resultados!
Até a próxima!

36
SEMANA 3

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Competências para o século XXI.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Relação entre os resultados e as ações do Projeto de Vida.

HABILIDADE(S):
Autogestão.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Missão, visão, valores e ações e estratégias do Projeto de Vida, planejamento estratégico.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Ideias, conceitos, pensamentos e teorias seculares, organização
social do trabalho.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Racionalidade científica, lógica, intuição.
Habilidades socioemocionais: Resiliência, perseverança e determinação.

TEMA: O esperado encontro com os resultados (Parte 1).


Caro (a) estudante,
Nesta aula você vai refletir sobre a necessidade de acompanhar os resultados das ações estabelecidas
anteriormente e executadas por você! Lembrando que é preciso levar em consideração as etapas ante-
riores do seu Plano para acompanhar o andamento de cada uma delas. A partir de agora você vai passar
a acompanhar mais de perto o que você planejou até aqui e verificar se os resultados das suas ações
estão de acordo com o esperado.

RECAPITULANDO
Na aula passada você viu a importância de definir Ações Prioritárias para cada Estratégia do seu Plano
de Ação, pois não basta estabelecer Estratégias sem agir para a realização de cada uma delas.

ATIVIDADES
Planejar é muito importante para qualquer ação que o ser humano vai executar, independente de qual
seja ela. Você já sabe que todas as etapas do seu Plano de Ação fazem parte do grande e importante
Projeto da sua Vida. Você deve saber também que na vida muitas coisas às vezes não saem como se
planeja inicialmente, tão verdade que neste momento, basta pensar nas mudanças imprevisíveis oca-
sionadas pela Pandemia da Covid-19. Sobre essas mudanças não previstas até mesmo no planejamento
das pessoas mais visionárias que existem no mundo, cabe uma reflexão sobre a importância da resi-
liência, da capacidade de replanejamento ou até mesmo, uma mudança de planos! Ou ainda, ter plano
B, C, D... No Projeto de Vida também acontecem mudanças e é por esse motivo que a recomendação é
escrever o Projeto de Vida à lápis, para poder alterá-lo conforme as necessidades que surgem no cami-
nho. Pensando nisso, como você tem considerado os resultados do seu Plano de Ação? É sobre isso que
você vai refletir a partir de agora!

37
1 - Como você se sente quando algo muda os seus planos ou diante de mudanças inesperadas? Você já
teve, por exemplo, que mudar de plano ou usar um plano B para alguma ação na sua vida? Escreva
sobre isso:

Saber lidar com mudanças e desafios requer habilidades muito importantes a serem desenvolvidas
por um Protagonista, que atua como dono da própria vida, mas além de saber lidar com as mudanças é
necessário não perder o foco rumo aos objetivos e metas estabelecidas. Imagine que cada ação tem
uma intencionalidade e gera um resultado que impacta no seu Plano de Ação. Considere, portanto, que
para cada ação há uma reação, certo? Pois bem, é muito bom quando tudo sai conforme o planejado e
os resultados são os melhores possíveis, porém muitas vezes as ações podem ter resultados não muito
agradáveis e exigirem uma revisão do que foi realizado, para se entender como tudo foi feito.
É importante ressaltar que, se algo não acontece do jeito que você pensou, de nada adianta ficar triste,
é preciso agir para que o seu sonho não seja deixado de lado. Cada resultado precisa ser analisado com
muito cuidado para ver se corresponde às expectativas do seu Projeto de Vida. Ou seja, os resultados
possibilitam uma visão geral do que você planejou e de fato, conseguiu fazer?

Disponível em: <http://www.gazetainformativa.com.br/escrevendo/>. Acesso em: 30 jul. 2021.

38
2 - Pensando em ações e resultados, todas as pessoas já planejaram e agiram em algum momento das
suas vidas. Sobre isso, você já visualizou o resultado de alguma ação planejada e executada por você?
Foi um resultado positivo ou negativo? O que você sentiu?

Refletir sobre o resultado das ações é extremamente importante, pois a partir da avaliação feita, muitas
outras ações podem surgir. Espera-se que esta aula tenha despertado em você, estudante, o desejo de
continuar oferecendo a atenção necessária para o Plano de Ação do seu Projeto de Vida. Até a próxima!

39
UNIDADE (S) TEMÁTICAS:
Competências para o século XXI.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Relação entre os resultados e as ações do Projeto de Vida.

HABILIDADE(S):
Autogestão.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Missão, visão, valores e ações do Projeto de Vida, planejamento estratégico.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Participação e papel social, transformação social e atuação humana.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Organização pessoal e planejamento.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Gêneros textuais, comunicação.
Habilidades Socioemocionais: Determinação, compromisso e proatividade.

TEMA: O esperado encontro com os resultados (Parte 2).


Caro (a) estudante,
Nesta aula você vai saber como e descobrirá uma informação supervaliosa para usar no seu Plano de
Ação. Quer saber qual é a informação? São as TENDÊNCIAS! Isso mesmo, as tendências que possibili-
tam o acompanhamento das ações e permitem que cada um se antecipe diante do que estiver aconte-
cendo. Vamos nessa?!

RECAPITULANDO
Na aula passada você começou a pensar sobre a importância de analisar o resultado das ações planeja-
das e executadas por você a partir do seu Plano de Ação de Projeto de Vida. Viu o quanto é necessário
estar atento ao que pode acontecer no meio do caminho.
Mas é possível se antecipar um pouco mais em relação ao que pode corresponder ao resultado espera-
do, você sabia? Você deve estar se perguntando como, não é verdade?

ATIVIDADES
Tendência nada mais é do que uma possibilidade, probabilidade de que algo pode acontecer. Existem
tendências positivas e tendências não tão boas. Cabe a quem planeja e executa as ações observar as
tendências de resultado. Fazendo isso, não é necessário esperar que uma ação seja finalizada e o re-
sultado surpreenda negativamente!
É em busca do resultado esperado que é possível pensar em estratégias, mudar os planos para alterar
as tendências negativas. Para isso, é fundamental que você acompanhe de perto cada uma das ações
planejadas. Para entender melhor esse papo de tendências, se liga nas explicações que seguem.
Sabe quando alguém está fazendo um bolo e segue exatamente a receita, porém o fogão pode ter uma
chama mais forte no forno ou ser menos potente? É esperado que o tempo de cozimento do bolo não
seja o mesmo que está previsto na receita. A tendência, portanto, é que o bolo queime em forno mais
potente ou fique cru em forno com menor aquecimento. Assim, é necessário ficar observando o bolo du-
rante o tempo que está no forno para garantir que ele saia no ponto certo. Este é um exemplo de análise

40
de tendência, que nada mais é que acompanhar o processo das ações que foram planejadas. É por isso
que não basta seguir o planejamento, é necessário acompanhar cada passo da sua execução. O legal de
toda essa conversa é que a tendência possibilita ajustes durante o processo de execução do Plano de
Ação. A tendência de queimar o bolo, por exemplo, pode ser modificada antes que isso aconteça para
que o resultado seja alcançado: que é saborear o bolo no lanche da tarde, conforme planejado! Agora,
se você simplesmente fizer o bolo e esquecê-lo no forno, pensando no tempo previsto na receita, existe
a probabilidade de dar algo errado. Dessa forma, lembre-se de antever aos possíveis desvios de resul-
tados, pensando nas tendências como uma importante ferramenta para manter o foco nos objetivos e
metas do seu Projeto de Vida!

1 - Pensando em tendências e analisando as ações do Plano de Ação do seu Projeto de Vida, preencha
o quadro a seguir com as possibilidades identificadas por você na execução das ações, seguindo o
exemplo.

AÇÕES TENDÊNCIAS

Ex.: Estudar 4 horas, todos os dias, os conteúdos - Se na segunda-feira houve algum imprevisto
do componente curricular de maior dificuldade. na minha casa e eu não consegui estudar as 4
horas planejadas, eu posso ampliar as horas da
terça-feira ou distribuir as horas durante os ou-
tros dias da semana para evitar o prejuízo nos
estudos.
Tendência: Prejuízo nos estudos, caso não haja
para reverter as 4 horas não estudadas.

2 - Pensar sobre tendências também pede que cada um analise o planejamento como um todo, mas
reflita também sobre as partes. Leia o texto a seguir e responda às questões:
A ação é a parte, que é diferente da meta que é o todo, mas também é o mesmo que a meta, o todo.
Cada (parte) ação forma o todo (meta/objetivo). Cada ação está comprometida com a realização de uma
meta. A ação representa a parte; o conjunto de ações, que resulta no alcance da meta, representa o
todo. É importante perceber que as ações estão interligadas, se comunicam, interagem e dependem
umas das outras para que as metas e o objetivo sejam alcançados. Estas relações formam a essência
do plano de ação e sua integração deve ser observada. Uma ação desencadeia outra ação que alcança
uma meta, que exige novas ações para realizar novas metas até alcançar o objetivo. O resultado de cada
ação e de todas, ao mesmo tempo, interage e transforma a realidade, determinando o Projeto de Vida.
A realidade é transformada a cada vez que as ações são executadas. O equilíbrio é necessário e é resul-
tado da interação de todas as ações. Também é possível pensar que as ações de maneira integrada pro-
movem resultados quanto à interação do objetivo ao Plano de Ação; assim como, entre o Plano de Ação
e o Projeto de Vida: esses são padrões da visão do todo. Para haver equilíbrio, é importante que todas
as partes cooperem entre si. Não agir também significa agir, pois uma ação/ força estagnada também
participa, dificultando ou facilitando a dinâmica do todo. Essa dinâmica entre as ações gera resultados
que provocam consequências e apontam tendências, ao mesmo tempo ecoam na vida e definem sua
nova realidade e seu Projeto de Vida. O todo (metas/objetivo) e as partes (ações) são interdependentes
e harmonizam-se, embora haja uma perpétua oscilação, em que as ações e as metas se alimentam
mutuamente, modificando a realidade. O resultado vai sendo adivinhado, a partir das consequências
que vão sendo geradas, e as tendências são sinalizadas e podem ou não ser redefinidas com a mudança
consciente de ação. Entretanto, a partir da dinâmica das ações, é possível perceber que as mudanças
na realidade podem ser positivas e favoráveis ao plano, a todas as ações, ou à maior parte delas, ou
podem ser desfavoráveis e colocar todo o projeto em risco. Isso significa que, corremos o risco de uma
ação sobrepor-se à outra; uma ação ou uma meta atrapalhar ou impedir que outras aconteçam; ou
ainda que a realidade criada não tenha sido a realidade desejada. Por isso, a consequência das ações

41
precisa ser mapeada e observada para gerar novas reflexões, dar abertura para repensar novas ações e
novas metas, de maneira cooperada e sinérgica.
E o que acontece quando não há cooperação e sinergia entre as ações? Quando elas não são refletidas
a partir das dificuldades e possíveis obstáculos reais ou quando não há colaboração de todas as partes?
Perde-se o equilíbrio do Plano até que ele perca o rumo. No entanto, ainda há tempo para recuperar o
equilíbrio, se as ações forem realinhadas e cada meta for questionada, refletida e realinhada ao Projeto
de Vida, só que se demorar muito, pode ser tarde demais.

a) Avalie seu Plano de Ação e observe qual é o TODO (metas/objetivos), quais são as PARTES
(ações) e analise se as ações estão alinhadas com o seu Projeto de Vida. Registre em seu ca-
derno suas observações.

As relações entre TODO e PARTE são imprescindíveis para ajudar na análise das TENDÊNCIAS que po-
dem acontecer no seu planejamento. Não esqueça de acompanhar cada uma de suas ações e se ante-
cipar a possíveis mudanças que sejam necessárias, certo? Até a próxima!

42
SEMANA 4

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Competências para o século XXI.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Relação entre os resultados e as ações do Projeto de Vida.

HABILIDADE(S):
Autogestão.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Missão, visão, valores, ações e estratégias do Projeto de Vida, planejamento estratégico.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Participação e papel social, transformação social e atuação humana.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Organização pessoal e planejamento.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Gêneros textuais, comunicação.
Habilidades Socioemocionais: Autoconfiança, proatividade e resiliência.

TEMA: O resultado das ações: as consequências!


Caro (a) estudante,
Nestas aulas você refletirá de maneira mais aprofundada sobre as consequências e as tendências dos
resultados de um planejamento. As consequências fazem parte do processo de análise e de reação
para cada ação que é executada. As tendências são as possibilidades e probabilidades de algo aconte-
cer, ou seja, é o que está no meio do processo e devem ser acompanhadas para evitar que resultados
inesperados aconteçam. Já as consequências são os resultados de ações que não foram planejadas
com a atenção necessária às análises de tendências. Vamos lá? Bons estudos!

RECAPITULANDO
Na última aula você descobriu uma importante ferramenta de acompanhamento das ações e dos resul-
tados que cada ação pode obter, a partir das tendências. Viu também como é importante compreender
a relação entre as partes (ações) e o todo (metas/objetivo) e a necessidade de equilíbrio das ações
para se chegar aos resultados de acordo com o planejamento.

ATIVIDADES
Alcançar a meta resulta em modificar a realidade, e nenhuma realidade se transforma completamente
de uma hora para outra, nem de maneira direta e linear. O processo de mudança se dá gradativamente
e por isso é preciso ter clareza e consciência das ações, a qual meta se busca alcançar e qual objetivo
se quer cumprir.
Escrever, executar e verificar faz parte do circuito ação-resultado-ação. A partir desse circuito, você
é capaz de refletir sobre todo o processo entre planejar uma ação, executá-la e verificar o seu resul-
tado antes que inicie uma nova ação. Legal, não é? A opção por não verificar o processo, significa agir
no automático e não despertar a consciência para a realidade em que se atua. Cuidado com isso, ok?

43
O risco é entrar num espaço de incertezas, em que as condições vão mudar, mas não se sabe o que vai
acontecer. Os resultados podem ser atingidos, mas os meios não serão checados. E como já visto, nem
todos os resultados serão, necessariamente, bons, pois alguns deles podem concorrer com outros que
não estavam nos planos, principalmente ao se deixar levar e você acabar perdendo o foco do seu Plano
de Ação!

1 - A partir das explicações anteriores e leitura dos textos a seguir, responda o que se pede.

Texto 1
“Uma vez concluída a ação planejada, surge uma nova realidade. Nesse momento, verificamos que
a ação empenhada gerou consequências no Plano. As consequências geram impactos positivos e/
ou negativos em sua vida, no seu Projeto de Vida. Diversos planos da vida – social, pessoal e profis-
sional – são tocados por esses impactos. Quando pensamos na força do resultado de nossas ações,
durante e após o processo da ação, devemos perceber os benefícios e prejuízos dessas ações para
nós mesmos e para outras pessoas. Assim, é importante observar suas metas, durante e ao final do
processo de cada ação, antes que seja tarde demais, pois nem sempre o que planejamos acontece
da maneira que pensamos. É preciso estar certo de que o planejado compete em uma realidade, que
ampliada, toca outras realidades! Daí fazer ajustes e corrigir caminhos para que seu Plano se apro-
xime mais e mais do idealizado por você! Caso contrário é bom mudar a rota, pois os meios pelos
quais se atinge os resultados precisam ser os que lhe aproximam dos seus ideais. Planos mudam,
porque sempre surgem obstáculos inesperados, por isso agregamos as mudanças como oscilações
que tem valores, que devem ser vistas de maneira positiva. As oscilações sugerem peso às ações.
Quando se observa as ações é possível imprimir uma nova força até que se restabeleça o equilíbrio.”

Sobre tudo o que foi mencionado anteriormente, leia um resumo sobre a história de Alexander Grothendieck
e veja como as suas ações mudaram o curso da sua vida.

Texto 2
1
Alexander Grothendieck foi um importante matemático do século passado. Nascido em 1928, em
Berlim, filho de um anarquista russo e de uma jornalista, foi deixado na Alemanha enquanto os pais
foram lutar na Guerra Civil Espanhola. Os três voltaram a se reunir na França, onde Grothendieck
passaria a maior parte da vida, logo depois seu pai – que era judeu – foi capturado pelos nazistas e
morto em Auschwitz.
Seus talentos não eram óbvios na juventude, mas seu empenho foi revelado enquanto estudava na
Universidade de Montpellier e surpreendeu os educadores ao resolver uma lista de atividades pro-
postas, que ia além do planejamento para o ano. Sua dedicação e disciplina renderam ações e con-
clusões que inovaram os conhecimentos na álgebra e na geometria. No entanto, no ápice de sua
carreira, Alexander retirou-se para uma vida reclusa e recusou compartilhar suas pesquisas.
“Grothendieck recusou-se a aceitar a medalha Fields e rejeitou ofertas de trabalho apresentadas
por universidades de várias partes do mundo.” “Por volta dos anos 1970, ele abandonou sua pesquisa,
preferindo se concentrar na política ambiental e no ativismo antiguerra.” “Ele deixou o Instituto de
Altos Estudos Científicos, perto de Paris, após descobrir que era, em parte, financiado pelo Minis-
tério da Defesa.” “Ele também desistiu de um cargo no College de France para ingressar na Univer-
sidade de Montpellier, onde sempre se posicionou na linha de frente dos protestos antinucleares.”
“Grothendieck não desistiu completamente de suas pesquisas, mas recusava-se a compartilhá-las
publicamente.” “No começo dos anos 1990, ele entregou 20 mil páginas de notas e cartas a um ami-
go que as analisou por vários anos antes de transmiti-las à Universidade de Montpellier. Sob ordens
estritas de Grothendieck, elas foram mantidas trancadas a chave nos arquivos da universidade.”

44
a) O que você acha sobre as ações de Grothendieck e a forma como ele utilizou seus postulados
e o uso dos seus conhecimentos?

b) Para você, quais as relações entre os resultados das ações e as expectativas do matemático
Alexander?

c) Como você avalia a mudança de planos e o redirecionamento das ações de Alexander?

As mudanças podem ocorrer por desejo de quem acompanha as ações planejadas ou por imprevistos
no meio do percurso. É notório que hoje todas as pessoas estão passando por algum tipo de mudança
em suas vidas. Mudanças que vão desde alterações na rotina de trabalho e de vida, até mudanças em
seus Projetos de Vida. Um fato é que todos estão se reinventando em meio ao cenário de distancia-
mento social, devido à Pandemia da Covid-19.
Reinventar-se é uma tarefa que para alguns é simples, mas para outros, parece algo extremamente
difícil e doloroso. Você conhece alguma pessoa que está passando por alguma mudança?
Independente das mudanças, dizem que elas são necessárias e fazem parte da vida. O importante é
aproveitá-las para rever e validar ainda mais o seu sonho. É um motivo, portanto, para ajustar o que for
preciso na construção do seu Projeto de Vida e manter a motivação imprescindível para viver todos os
dias da jornada mais gratificante da sua vida, que é a da construção do seu Projeto. Assim, não tenha
medo das mudanças, pense sempre que você é capaz de determinar tendências e agir conforme as
consequências das suas ações.

2 - Como você avalia os caminhos que o Plano de Ação do seu Projeto de Vida está tomando?

45
3 - Quais as atitudes você pode tomar para melhorar os resultados do seu Plano de Ação ou modificá-los?

Assim como o matemático Alexander Grothendieck, que analisou as possíveis consequências das
ações que ele poderia executar, você pode fazer o mesmo movimento de avaliação, utilizando o cir-
cuito AÇÃO-RESULTADO-AÇÃO. É importante ter em mente que, cada passo que é executado pode
ter consequências que não atingem somente você, mas pode impactar na vida das pessoas que estão
próximas a você. Cabe então observar com cautela se o que você vai fazer vai ajudar ou atrapalhar a vida
de outras pessoas. Portanto, considere que a cada ação, se gera resultados e um novo movimento de
planejamento ou replanejamento deve acontecer.
As consequências devem ser pensadas antecipadamente, pois isto também precisa fazer parte do seu
processo de planejamento.
Imagine só se todas as pessoas saíssem agindo da maneira que gostariam, sem medir as consequên-
cias de seus atos? Seria uma situação bastante complicada, não é verdade? Você já deve ter presencia-
do ou escutado alguém falar dos famosos “inconsequentes” que existem em partes do mundo, certo?
Sabendo disso, não dá para “pisar na bola” e permitir que o seu Projeto de Vida seja atrapalhado pela
falta de acompanhamento do seu Plano de Ação, correto? Analise sempre, pense bastante e se coloque
no lugar do outro, pois isso também vai te ajudar a obter melhores resultados. Se liga no exemplo.

Imagine que você tem uma prova de alguma matéria para ser realizada em um mês. Você deve realizar
o planejamento de como você irá se preparar e estudar para esta prova, certo? Se você faz um plano
de estudos diários, se dedica, revisa todos os conteúdos, tira dúvidas, faz resumos, exercícios e se
concentra durante todo o período, a tendência é que você tenha uma consequência positiva e um
ótimo resultado na prova, gerando impacto exitoso no seu rendimento escolar. Porém, se você não
se planeja da maneira correta, não estuda previamente e deixa para revisar a matéria um dia antes
da prova, a tendência é que você não tenha um resultado positivo e a consequência será uma queda
no seu rendimento escolar, podendo impactar inclusive em reprovação. Em relação aos impactos,
eles podem ser de curto, médio e longo prazo. No exemplo, pode ser observado cada um destes
períodos. O impacto de curto prazo, no caso de um planejamento de estudos ineficiente, seria você
ter maiores dificuldades de responder às questões da prova, pois provavelmente não teria construído
conhecimento suficiente para isso. O impacto de médio prazo seria o resultado da prova com uma
nota que não estivesse dentro da média esperada para o bimestre, por exemplo. E o impacto de longo
prazo, seria a queda nas suas notas e você necessitar realizar provas de recuperação ou até mesmo
uma reprovação na matéria. Portanto, é imprescindível que você se antecipe em relação às possíveis
consequências e quais os impactos que as suas ações podem gerar para você.

46
4. Analise o Plano de Ação do seu Projeto de Vida e tente antecipar as consequências das ações que
você planejou. Quais os impactos que elas causam?

5 - De acordo com a sua análise, feita na questão anterior, estes impactos são de curto, médio ou longo
prazo?

6 - Você acredita que as consequências das suas ações vão impactar somente a sua vida ou também
impactarão a vida das pessoas que convivem com você? Comente sobre isso:

Então estudante, o que achou das aulas? É muito importante que você compreenda a necessidade de
acompanhar os resultados de suas ações, se antecipe em relação às tendências e consequências de
cada uma delas. É necessário estar aberto às mudanças que podem se fazer necessárias no percurso
do seu Projeto de Vida. Até a próxima!

Referência Bibliográfica
• Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. Material do Educador: Aulas de Projeto de
Vida. 2ª Série do Ensino Médio. 1ª Edição. Recife. 2016. p.1 a 264.
• PRESSE, France. Morre aos 86 anos o revolucionário matemático Alexandrer Grothendieck.
Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/11/morre-aos-86-anos-
-o-revolucionario-matematico-alexandrer-grothendieck.html#:~:text=Alexander%20Gro-
thendieck%2C%20um%20dos%20maiores,na%20Fran%C3%A7a%2C%20aos%2086%20
anos.&text=Ele%20faleceu%20na%20quinta%2Dfeira,assessores%2C%20sem%20
dar%20maiores%20detalhes.> Acesso em outubro de 2021. Acesso em novembro de 2014.

47
SEMANA 5
UNIDADE (S) TEMÁTICAS:
Competências para o século XXI.
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Relação entre objetivos e indicadores do Projeto de Vida.
HABILIDADE(S):
Autogestão.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Missão, visão, valores, ações e estratégias do Projeto de Vida, planejamento estratégico.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Ideias, conceitos, pensamentos e teorias seculares, organização
social do trabalho.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Racionalidade científica, lógica, intuição.
Habilidades socioemocionais: Resiliência, perseverança e determinação.

TEMA: Onde estou nesse momento? Indicadores de processo (Parte 1).


Caro (a) estudante,
Nesta aula você vai conhecer uma outra forma de acompanhar as ações planejadas e executadas por
você através dos Indicadores de Processo! Como o próprio nome já diz, eles vão te ajudar bastante a
observar e agir quando necessário, a partir do que suas ações indicam durante o processo de execu-
ção do que foi planejado.

RECAPITULANDO
Nas aulas passadas você refletiu de maneira mais aprofundada sobre as consequências e as tendên-
cias dos resultados de um planejamento. Viu também que as tendências são as possibilidades e pro-
babilidades de algo acontecer, ou seja, é o que está no meio do processo e devem ser acompanhadas
para evitar que resultados inesperados aconteçam. Com relação às consequências, você viu que elas
podem estar relacionadas aos resultados de ações que não foram planejadas com a atenção necessária
às análises de tendências.

ATIVIDADES
Observe atentamente a imagem a seguir.

Disponível em: <http://lh3.googleusercontent.com/-ray6nVmYqYs/VX9aixUMteI/AAAAAAAACXc/ToeZdZPbsMY/s640/FB_


IMG_1434409273986.jpg>. Acesso em: 30 jul. 2021.

48
Você já viu algo parecido antes? Já ouviu falar na frase: Expectativa X Realidade? Então, esta imagem
também retrata um pouco desta situação. Muitas vezes as pessoas planejam determinadas ações e
criam expectativas em relação aos resultados que elas podem trazer, porém, nem sempre as coisas
saem como foi planejado inicialmente, não é verdade?
Esta frase que viralizou com muitos memes nas redes sociais e na internet de modo geral se aplicam
aos contextos mais diferentes possíveis. Não seria diferente em relação ao Projeto de Vida, certo? É
preciso saber que entre o planejamento e a execução do seu Plano de Ação de Projeto de Vida, isso
também pode acontecer. Talvez você tenha traçado metas e objetivos inicialmente e que no decorrer
da execução das ações para o atingimento delas, algo tenha ocorrido e mude um pouco ou bastante
os seus planos. Uma das possibilidades é este momento de Pandemia que todos estamos passando e
que pode alterar muitos percursos que estavam traçados em linha reta, como na primeira imagem, em
verdadeiros emaranhados e curvas no meio do caminho.
Sabendo disso, você vem construindo etapas valiosas do seu Projeto de Vida e uma ferramenta que
vai ajudar você a conseguir acompanhá-lo de maneira mais efetiva são os Indicadores de Processo.
Os Indicadores de Processo são uma das ferramentas que permitem um melhor gerenciamento. Eles
auxiliam você a estabelecer mudanças que sejam necessárias e significativas dentro do seu Plano de
Ação de Projeto de Vida, sabe por quê? Porque eles permitem que você acompanhe os resultados que
você está alcançando e entenda, de fato, o que está acontecendo no processo, de maneira mais clara.

1 - Leia os textos a seguir, reflita sobre os conteúdos e responda às perguntas.

Texto 1: Enquanto as ações planejadas começam a ganhar vida1


“(...) a tal fase de acompanhamento não é ficar assistindo de camarote como a ação se desenvolve. O
que na verdade tem que ser feito é interferir nela, mudá-la, sempre que comece a se mostrar furada,
arriscando não levar aos objetivos que se pretende atingir. (...) não se pode ficar só vendo passiva-
mente o que se passa. (...) continuar pensando a ação depois que ela começa, para não voltar a agir
improvisadamente, sem querer? (...) Descobrir os erros antes deles serem cometidos (...)é possível
quando a realidade global na qual sua ação se insere se modifica tão nítida e rapidamente que de-
terminadas ações já se mostram supérfluas ou inoportunas antes mesmo de serem começadas. (...)
Talvez outro caso parecido com esse seja quando há uma série de ações encadeadas, e as primeiras
delas se revelam erradas. Dá tempo então para corrigir o curso da coisa, modificando as seguintes,
antes que novos erros sejam cometidos.”

a) Cite três coisas que são feitas na fase de acompanhamento, segundo o autor do texto:

“(...) Outra coisa: às vezes, dadas essas diferentes circunstâncias, pode se tornar necessário não
propriamente modificar determinadas decisões, mas introduzir ações completamente novas, que
nem haviam sido cogitadas no plano inicial. Seja para completar resultados considerados insufi-
cientes, seja para fazer frente a efeitos ou reações provocados pelas ações que já realizamos. O que
equivale a dizer que, a essa altura dos acontecimentos, o plano inicial pode ser jogado fora, para ser
substituído por outro plano, elaborado ali no quentinho da ação...”

1
FERREIRA, Francisco Whitaker. Planejamento Sim e Não: um modo de agir num mundo em permanente mudança. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1979. p 61-69.

49
b) Responda: Se você planejou tudo, por que, segundo o autor, às vezes é preciso mudar as ações
planejadas?

“(...) a tendência a obedecer o plano, a qualquer custo, tem raízes na dificuldade natural de se aceitar
que sempre se está obrigado a modificar os planos, inclusive até mesmo imediatamente depois de
começar a sua execução. (...) Me apego ao planejamento porque não quero improvisar. Tomo deci-
sões da maneira mais refletida possível. Mas de partida tenho que aceitar que posso abandoná-las.
Fica quase o dito pelo não dito, ou a impressão de que realmente não é possível senão improvisar.
Então, para não me sentir muito perdido, passo a dizer que o plano foi bem refletido e bem pesado,
portanto, se tem que o obedecer de qualquer maneira. (...) Como se sair dessa? (...) Elasticidade
mental... Mais do que elasticidade mental. O que ocorre é que, salvo nos momentos de mudança de
peso, é o sim ou o não que domina. No planejamento acho que se tem que tentar encaminhar as coi-
sas da melhor maneira possível. O menos improvisadamente possível, o mais planejadamente pos-
sível. O importante é estar atento aos objetivos, e à possibilidade de mudar os próprios objetivos...”

c) Por que, segundo o autor, é necessário ter elasticidade mental?

Texto 2: Indicadores
Um INDICADOR é um parâmetro que permite perceber a diferença entre o que alguém espera rea-
lizar e o que está acontecendo no momento atual. A pessoa tem uma meta, começou a agir, a fazer
alguma coisa para atingi-la e, graças aos indicadores, pode saber se o que está sendo feito está ou
não possibilitando que ela avance no caminho da meta desejada. Outra maneira de definir indicador
é esta: um indicador é uma característica específica, observável e mensurável que pode ser usada
para mostrar as mudanças e os progressos que a pessoa está fazendo com relação a um resulta-
do (objetivo) que estabeleceu. É importante fazer essas observações sistematicamente, a partir de
pontos de vista diferentes. Três deles são muito úteis para monitorar como andam as coisas em seu
Projeto de Vida e também em qualquer outro tipo de plano:
1. O ponto de vista da EFICIÊNCIA: atingir seus objetivos usando o mínimo possível de recursos.
2. O ponto de vista da EFICÁCIA: conseguir realizar o que você se propõe a fazer.
3. O ponto de vista da QUALIDADE: fazer o que você se propõe a fazer tão bem quanto deveria.
Os indicadores servem para isto: ajudar você a perceber como as coisas andam e, se for preciso,
corrigir o rumo e pensar em novas ações. Um bom indicador reflete seu trabalho, é fácil de entender
para qualquer pessoa, não exige cálculos complicados e mostra-se útil na prática. Se você definir
um indicador que não se enquadre nessa descrição, é bem provável que ele não funcione e acabe
sendo deixado de lado.

50
d) Escreva aqui, em uma frase, sua definição de indicador.

e) Responda: Para que serve um indicador?

f) Responda: Com indicadores a partir dos pontos de vista de eficiência, eficácia e qualidade, quais
são os três tipos de informações que uma pessoa obtém sobre o andamento de seus planos?

Então, estudante, espera-se que você tenha começado a identificar a importância dos Indicadores de
Processo. Mas não se preocupe, na próxima aula você vai continuar a ver um pouco mais sobre esse
tema tão relevante para o seu Projeto de Vida, ok? Até a próxima!

51
SEMANA 6

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Competências para o século XXI.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Relação entre objetivos e indicadores do Projeto de Vida.

HABILIDADE(S):
Autogestão.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Missão, visão, valores, ações e estratégias do Projeto de Vida, planejamento estratégico.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Participação e papel social, transformação social e atuação humana.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Organização pessoal e planejamento.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Gêneros textuais, comunicação.
Habilidades Socioemocionais: Determinação, compromisso e proatividade.

TEMA: Onde estou nesse momento? Indicadores de processo (Parte 2).


Caro (a) estudante,
Nesta aula você vai continuar conhecendo esta ferramenta tão necessária e que vai te ajudar a seguir o
seu planejamento e contribuir para que suas ações do Plano de Ação sejam as mais acertadas durante
a sua jornada rumo aos seus objetivos e sonhos. Vamos nessa?

RECAPITULANDO
Na aula passada você começou a ver uma forma de acompanhar as ações e resultados traçados no seu
Plano de Ação de Projeto de Vida, a partir dos Indicadores de Processo. Viu que eles colaboram com
o seu planejamento, pois eles mostram exatamente onde você está, bem como se este planejamento
está sendo seguido ou necessita de alguma alteração.

ATIVIDADES
Para qualquer planejamento, os Indicadores de Processo contribuem bastante para que cada pessoa
responda à pergunta: Onde estou nesse momento? Se você não consegue responder esta pergunta,
atenção! É preciso então voltar algumas casas do seu jogo de tabuleiro e olhar atentamente para as
etapas anteriores. Se você não lembra, é importante observar o que você vem construindo ao longo
das aulas para o seu Plano de Ação de Projeto de Vida. Nesta etapa dos Indicadores de Processo, é o
momento em que as ações já estão sendo executadas de acordo com o que foi planejado e alguns resul-
tados já aparecem. É justamente neste ponto que você precisa estar: analisando os caminhos percor-
ridos a partir do que você vem desempenhando.
Os Indicadores de Processo vão te mostrar se você está alcançando as metas de curto prazo, se os
resultados estão sendo positivos, para assim você conseguir determinar se continuará com o planeja-
mento inicial, ou se será preciso rever algum ponto. É primordial, que a cada análise dos Indicadores de

52
Processo, você consiga movimentar mudanças que deixem você cada vez mais perto de alcançar os
objetivos desejados.
Para ajudar você a compreender ainda mais sobre os Indicadores de Processo, se liga:

Tipos de indicadores
Dependendo do que vamos observar, há três tipos de indicadores. Para os recursos materiais, usa-
mos indicadores de estrutura. Por exemplo: num hospital, um indicador de estrutura seriam os equi-
pamentos disponíveis para atender os pacientes, ou a quantidade de leitos na UTI.

1 - Imagine um exemplo de indicador de estrutura numa escola e outro para seu Projeto de Vida e anote-
os aqui.

Para o que se faz, usamos indicadores de processo. Por exemplo: num hospital, alguns indicadores de
processo seriam o tempo que o médico passa com cada paciente, a frequência com que as pessoas
fazem a limpeza e desinfecção dos quartos, a adequação dos procedimentos para cada doença...

2 - Imagine um exemplo de indicador de processo para o trabalho em uma escola e outro para seu
Projeto de Vida e anote-os aqui.

Para REFLETIR
O conjunto dos indicadores que usamos deve nos fornecer informações suficientes para podermos
responder a esta pergunta: Fizemos o que nos propusemos a fazer tão bem quanto deveríamos e
poderíamos?
Algumas considerações são importantes para definir seus Indicadores de Processo. Fique atento e
analise tudo o que você planejou até aqui.
• Um indicador deve ser simples, claro, sem ambiguidade, e descrever com clareza o que está
sendo medido.
• Palavras como “melhorar”, “aumentar”, “reduzir”, isoladamente, não são adequadas para
um indicador. É importante estabelecer realmente aonde se quer chegar, se possível
quantificando.
• Quando outras pessoas estão envolvidas, é importante que elas também deem seu parecer
sobre o que está acontecendo, para ter uma ideia mais precisa e completa. Um indicador é
confiável quando serve para medir alguma coisa ao longo do tempo e da mesma forma, seja
quem for o observador.

53
• Se você quer acompanhar bem o andamento das coisas (o processo), não basta dar uma
olhada e controlar “de vez em quando”: é preciso fazer isso a intervalos regulares, de acordo
com as metas que você definiu. Só assim você não é apanhado de surpresa sem possibilida-
de de corrigir o rumo e/ou alterar as ações.
• Nem sempre é possível quantificar as informações. Nesse caso, pode ser de grande ajuda
ouvir outras pessoas que nos informam como percebem as coisas para as quais nos faltam
indicadores “exatos”.

3 - Escolha um indicador de processo que você considere importante para seu Projeto de Vida. Anote-o
abaixo. Indique ao lado com que frequência (ou a que intervalos regulares) você acredita que deverá
usá-lo para monitorar seu progresso rumo aos objetivos.

4 - Agora, exercite a definição de indicadores para si mesmo, levando em conta o que já imaginou até
agora para seu Projeto de Vida. Escolha quatro áreas que considere importantes em seu Projeto de
Vida (por exemplo: formação, mudanças de comportamento, capacitação, atitudes, conhecimentos,
práticas, comunicação, hábitos...) e escreva pelo menos um indicador para cada uma no quadro
abaixo. (Ao completar seu Projeto de Vida, mais tarde, lembre-se disto: é bom ter pelo menos um
indicador de processo para cada área de atividades.)

ÁREA INDICADOR

5 - Abaixo, você tem uma lista com algumas perguntas que ajudam a verificar se um indicador é bom.
Use-as para examinar cada um dos indicadores que escreveu no quadro acima e conferir se eles
podem ser melhorados. Se a resposta for SIM, faça as correções ou alterações necessárias.
• Para saber se um indicador é bom.
− Seu indicador é confiável? (Você ou outra pessoa poderia aplicá-lo outras vezes, da mes-
ma forma?)
− Seu indicador é preciso e claro? Qualquer pessoa entende o que ele mede?
− Seu indicador está relacionado a um objetivo bem definido, ou é vago?
− Seu indicador é prático, ou sua aplicação demanda recursos complicados?

Os Indicadores de Processo vão estar sempre à sua disposição durante todo o processo de execução
do seu Plano de Ação de Projeto de Vida. Use bastante essa ferramenta para que você possa chegar aos
seus objetivos acompanhando de perto cada passo dado. Até a próxima!

54
UNIDADE (S) TEMÁTICAS: Competências para o século XXI.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO: Relação entre os objetivos e resultados e os resultados alcançados do Projeto de Vida.

HABILIDADE(S): Autogestão.

CONTEÚDOS RELACIONADOS: Missão, visão, valores, ações e estratégias do Projeto de Vida, planejamento
estratégico.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Participação e papel social, transformação social e atuação humana.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Organização pessoal e planejamento.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Gêneros textuais, comunicação.
Habilidades Socioemocionais: Iniciativa, determinação e resiliência.

TEMA: Para onde eu vou? Indicadores de resultado.


Caro (a) estudante,
Nesta aula você conhecerá os Indicadores de Resultado, que também fazem parte do conjunto de fer-
ramentas que contribuem para o alcance dos objetivos do seu Plano de Ação de Projeto de Vida. Os
Indicadores de Resultado complementam os Indicadores de Processo. Enquanto o de Processos está
ligado ao andamento de suas ações, o de Resultados está relacionado ao que você conquista a cada
passo dado rumo aos seus objetivos.

RECAPITULANDO
Nas últimas aulas você descobriu mais uma forma de acompanhamento das suas ações e dos resulta-
dos, a partir dos Indicadores de Processo. Acompanhar o andamento do planejamento do seu Projeto
de Vida é fundamental para que você chegue aos seus objetivos.

ATIVIDADES
Os Indicadores de Resultados são meios para você avaliar o desempenho de suas ações. São eles que
efetivamente mostram se você está no caminho certo, com dados mensuráveis em relação ao que foi
planejado. Geralmente são conquistados ao final do processo. Eles permitem que você tenha clareza
sobre o alcance de metas específicas e sobre como está o seu desempenho e o que precisa ser ajus-
tado ou melhorado no seu planejamento.
Ao estabelecer as etapas anteriores do seu Plano de Ação, é possível vislumbrar o alcance dos objeti-
vos e metas, mas não basta ter uma visão sobre o que poderá acontecer no futuro. Como você já sabe,
o fato de apenas planejar, não garante que os resultados aconteçam. É preciso agir para que os resulta-
dos, de fato, apareçam. Os Indicadores de Processo mostram como está o andamento das suas ações
e permite que mudanças aconteçam no meio do caminho. Os Indicadores de Resultado vão mostrar o
que você realmente conseguiu alcançar ao final das ações. Por isso ele é tão importante e está ligado
diretamente às suas ações, prioridades, metas e objetivos. Os indicadores de resultado, sendo parte
de um Plano de Ação, devem ser, obviamente, estruturados antes da execução das tarefas. Ao final do
caminho percorrido, é necessário alcançar algo, atingir um alvo, ter um retorno. Sendo assim, não bas-
ta, por exemplo, ter efetivamente se dedicado ao tempo de estudo previsto, é necessário que a dedica-
ção aos estudos resulte em avanços no nível dos que você estuda. A partir do exemplo, percebe-se que
o êxito será reconhecido se for possível aferir o quanto se aprendeu quando o processo chegar ao fim.
Aquilo para que se estudou é a meta, portanto, uma forma de saber se a meta foi atingida é quantifican-
do o conteúdo dos estudos: por exemplo, tirando notas acima da média nas disciplinas que abrangem
aqueles conteúdos estudados.

55
1 - Sendo o indicador de resultado um parâmetro para avaliar se as metas foram ou não conquistadas,
reflita sobre o seu Plano de Ação e busque responder às seguintes perguntas, pensando nos resultados
ao final do processo.

a) Ao traçar meu Plano de Ação, o que eu defini como resultado esperado?

b) Agora, no meio do percurso estabelecido, o que eu realmente já consegui?

c) Do que eu já consegui, o resultado ficou dentro do esperado ou deixou a desejar?

d) Consegui ir além ou estou aquém do que estabeleci? Se não consegui, quanto exatamente me
faltou para cumprir meu plano até agora?

Indicadores de Resultado devem expressar e quantificar. Se a sua meta é, por exemplo, ser aprovado
com média 9 em uma disciplina fundamental para o que você quer ser, 9 é o resultado esperado. Este
é, portanto, o seu Indicador de Resultado. O passo a passo de todo o percurso é algo que será avaliado,
como visto nas aulas anteriores. Como você sabe, a clareza do seu Plano de Ação é fundamental, deven-
do estar escrito de modo que qualquer um que o leia, entenda. Aplicando essa regra às áreas específi-
cas dos indicadores, então é preciso que estes sejam claros, objetivos e mensuráveis. Caso o seu Plano
tenha sido estruturado de maneira clara, significa que qualquer pessoa pode compreender.
Ao ler um Plano de Ação, ele deve ser claro ao ponto de permitir que qualquer pessoa possa responder
a essas perguntas.
• Quais os objetivos desse Plano?
• Como saber se eles foram ou não atingidos? – isto é: quais os indicadores para isso?
Os Indicadores de Resultado servem para que você possa compreender como está o seu desempenho
e progresso no rumo ao alcance das metas e objetivos do seu Projeto de Vida. Monitorar através des-
tes Indicadores é fundamental para a sua constante evolução. Com o acompanhamento contínuo dos
Indicadores de Resultado, você saberá o que pode exigir mais de você e relacionar o resultado com os
seus esforços.

56
2 - Liste abaixo todos os objetivos estabelecidos no seu Plano de Ação de Projeto de Vida e responda o
que se pede:

OBJETIVOS



a) A partir dos objetivos listados por você, deduza e crie os indicadores de resultado necessários
à avaliação ao final do percurso para cada objetivo. Os indicadores devem ser instrumentos
que possam trazer à tona dados quantificáveis.

OBJETIVOS INDICADORES DE RESULTADO

• •
• •
• •
• •

b) Como saber se isso que você pretende será atingido ou não?

c) Os indicadores que você deduziu dos seus objetivos fazem sentido?

Para estabelecer os indicadores para as suas tarefas, pense no que você deveria conquistar, objetiva-
mente, com a execução de cada uma delas. Por exemplo, se a sua meta é melhorar o seu desempenho
em matemática, na sua planilha, você estabeleceu a estratégia de estudar essa matéria cinco vezes
por semana. Portanto, o número de estudos por semana é o seu indicador de processo – isto é, a forma
como você está caminhando rumo à sua meta. Um outro indicador de processo que melhor retrata a
tendência da evolução seriam as notas parciais, em cada mês ou bimestre. Já para criar um indicador
de resultado, isto é, para saber se o seu desempenho em matemática melhorou, você deve estar saben-
do mais da disciplina do que sabia no começo desse período.
Uma forma objetiva de medir esse impacto é estabelecer uma nota acima da média naquela disciplina –
portanto, ficaria assim, no seu Plano de Ação.

57
• Indicador de resultado: média final acima de 7.
É preciso, em outras palavras, saber se o Indicador de Resultado está claro e objetivo, de
modo que o outro possa compreender? Lembrando que.
- Indicadores são definidos como sendo dados ou informações, preferencialmente nu-
méricos, que representam um determinado fenômeno e que são utilizados para medir um
processo ou seus resultados.
- Os indicadores são utilizados para: Garantir ou melhorar um processo e/ou resultado. O
que você deseja garantir/modificar? Quanto você quer melhorar? Aonde você quer che-
gar? Qual a sua situação atual em relação a meta? Está muito longe, falta muito ou pouco?
Quanto? Como você vai saber se melhorou ou não?
- Os indicadores devem contribuir de forma explícita para o cumprimento dos objetivos.
- Devem estar intimamente relacionados às principais conclusões do processo de elabo-
ração do Planejamento (pontos fracos, pontos fortes, oportunidades e ameaças).
- Devem medir desempenho e não atividade.
- Devem ser simples e de preferência exigir pouca ou nenhuma explicação.
- Devem permitir fixação de metas e autonomia na obtenção das mesmas.

2 - Agora que você entendeu um pouco mais sobre como avaliar processos e resultados em um Plano
de Ação, gerando indicadores que apontem as condições atuais reais em que se encontram suas
metas, vale a pena praticar no contexto do seu Plano individual.
a) Em seu caderno, estruture a sua planilha de Planejamento Semanal. Nessa planilha, você deve
estabelecer suas metas para o final deste ano, das quais, metade delas devem ser trabalha-
das em um mês. A partir delas, retire duas e ofereça a devida atenção e tratamento semanais.
Você seria capaz de estabelecer os indicadores das suas metas semanais estabelecidas desde
então e aplicá-los à condição atual em que se encontram aquelas tarefas? Reflita e organize o
seu planejamento.

Então estudante, o que achou das aulas? É muito importante que você compreenda a importância do
acompanhamento dos Indicadores de Processo e de Resultados e que sirva de base para o melhor de-
senvolvimento das suas ações rumo ao alcance das metas e objetivos do seu Projeto de Vida. Até a
próxima!

REFERÊNCIAS
• CARROLL, Lewis. Alice no País das Maravilhas. São Paulo: Ática, 1991. p 60-61.
• FERREIRA, Francisco Whitaker. Planejamento Sim e Não: um modo de agir num mundo em
permanente mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p 61-69.
• HOMERO. Odisseia. São Paulo: Cultrix, 2006. Tradução de Jaime Bruna. p. 107-110.
• Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. Material do Educador: Aulas de Projeto de
Vida. 2ª Série do Ensino Médio. 1ª Edição. Recife. 2016. p.1 a 264.
• Qual o Seu Sonho? 50 Pessoas, 1 Pergunta (Fifty people one question - Brasil). Youtube-Selo.
MS. 2015. Disponível em: < https://youtu.be/hYMWDinrvFA>. Acesso em julho de 2020.

58
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: ESTUDOS ORIENTADOS II /TUTORIA
ANO DE ESCOLARIDADE: 1º, 2º E 3º ANOS
PET VOLUME: 04/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO: INTEGRAL

SEMANA 1

UNIDADE TEMÁTICA:
Anotando!

OBJETO DE CONHECIMENTO:
Formação do estudante autodidata.

HABILIDADES:
Identificar estratégias para a realização de anotações.
Realizar anotações sobre o objeto de estudo como forma de aprimorar a aprendizagem.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Leitura e interpretação de textos.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Com todos os componentes curriculares, trazendo a técnica de anotações como aliada na leitura e interpre-
tação de textos.

TEMA: Anotando!
Olá, estudante!
Para compreender um assunto, o primeiro passo é o entendimento, e depois conseguir lembrar o que foi
lido ou ouvido, fazendo associações com outros assuntos. Uma forma de facilitar o seu entendimento
é a realização de anotações sobre o assunto que está sendo estudado. As anotações podem ser feitas
sobre o conteúdo de uma aula, a leitura de um texto, além de filmes, vídeos, músicas, entre outros.
Existem várias maneiras de fazer anotações, e é isso que você aprenderá nesta aula! Vamos lá?

RECAPITULANDO
Na aula passada você aprendeu formas de melhorar a sua compreensão sobre o que lê, identificando as
ideias explícitas e implícitas em um texto. Além disso, você também fez um exercício de retenção das
informações, ou seja, viu se está de fato conseguindo guardar na memória e compreender os assuntos
que está estudando.

59
ATIVIDADES
Ao ler um texto ou assistir uma aula, nem sempre é possível entender tudo o que está sendo apresen-
tado, não é mesmo? Por muitas vezes, há a necessidade de reler, assistir de novo, ou seja, retomar o
assunto que está sendo tratado. Para ajudar no entendimento e na retomada dos assuntos, nada melhor
do que anotar, com as próprias palavras, as informações que foram conhecidas! As anotações facilitam
o entendimento, porque são feitas do seu jeito, no seu tempo e na sua linguagem. Anotar o que foi en-
tendido, usando sua linguagem, é uma técnica que facilita a compreensão dos assuntos, pois ajuda a
registrar e conservar as informações fundamentais apresentadas.
Mas, para que as anotações auxiliem de fato a sua aprendizagem, é necessário que façam sentido e que,
ao relê-las, você consiga entender o que foi anotado e usar as anotações para seu estudo. Sendo assim,
dê só uma olhada em alguns passos e informações necessárias para fazer boas anotações.
a) Anotar só o fundamental, de forma clara e resumida.
Uma anotação que é uma simples cópia do que foi lido ou ouvido, ou então que seja muito
abrangente, não auxilia no entendimento do assunto. É interessante então, que a anotação
seja clara e resumida, para que seu entendimento posterior seja facilitado.

b) Ler e reler antes de anotar.


No caso das anotações se referirem a um texto, é importante que você leia uma vez para en-
tender o assunto e depois prossiga com as anotações. Na segunda leitura, provavelmente o
assunto já estará mais digerido.

c) Anotar aos poucos.


Não é produtivo anotar tudo o que foi entendido de uma vez só. É mais eficaz ir realizando as
anotações aos poucos, à medida que o texto vai sendo lido ou a aula transcorrida.

d) Inserir comentários.
Os comentários pessoais são uma boa forma de você se aproximar do assunto. Você pode, por
exemplo, comentar sobre algum assunto relacionado, alguma dica ou algum gatilho de memó-
ria que faça com que entenda melhor o assunto.

e) Personalizar as anotações.
Essa é uma das características que mais fazem diferença para se obter uma anotação eficaz.
Isso porque, ao personalizar as anotações, você irá registrar na sua linguagem e podem utilizar
títulos, subtítulos, marcações gráficas, desenhos, esquemas e tudo o que achar bacana para
realizar associações.

f) Experimentar novas estratégias.


Sua imaginação é o limite! Não há “fórmula pronta” para realizar uma boa anotação, pois o pro-
cesso de entendimento de cada pessoa é único. Sendo assim, é importante que você experi-
mente, até encontrar o tipo de anotação mais eficaz para seus estudos.

60
Uma outra forma interessante de fazer anotações é por meio
de perguntas sobre o tema. É aquela anotação na qual você
registra sua dúvida e assim pode ir em busca de respostas.
Veja só um exemplo.
Assunto: O sistema solar é um conjunto de planetas, asteroi-
des e cometas que giram em torno do Sol.
Anotações: o que são asteroides? Qual a diferença entre um
Fonte: www.freepik.com
planeta e um asteroide? Pesquisar!
Ah, outra coisa muito importante é que, ao fazer anotações de uma aula, é importante que você indique
a data, o tema abordado e os pontos principais. Isso irá facilitar a localização da informação depois, no
momento do seu estudo, melhorando a organização e o aproveitamento do tempo.

Data Tema Anotações

22/06 Grécia antiga Era formada por várias


cidades que tinham a mesma
cultura, idioma e leis.
Pesquisar as cidades que
faziam parte da Grécia antiga!

Agora, que tal colocar em prática a técnica das anotações? Para isso, leia o texto abaixo e faça ano-
tações, no caderno, sobre o entendimento de cada parágrafo, com suas palavras. Ah, não se esqueça
de pesquisar no dicionário as palavras que você não sabe o significado e registre em suas anotações
também!

Qual espaço a internet ocupa em sua vida?1


Esta temática rapidamente suscita uma questão importante a ser considerada: o limiar entre o uso
saudável e benéfico versus a utilização demasiada que pode nos causar danos. E, dentro desta pers-
pectiva, o limiar é tênue. Não podemos apontar a internet como um “lobo mau”. Ela pode ser útil e be-
néfica, e muito.
Hoje, utilizamos a internet para pesquisar, estudar, comprar, trabalhar, obtermos informações locais,
regionais, nacionais e internacionais. Também nos serve para contatar pessoas, resolvermos situações
cotidianas, inclusive encontrar antigos amigos que já não há a proximidade rotineira e, assim, obtermos
notícias de pessoas queridas.
Por exemplo, a internet nos possibilita escrevermos o que sentimos e pensamos com maior facilidade,
afinal de contas, a solidão do eu com o papel (ou celular, internet) pode gerar a sensação de estar prote-
gido das críticas. Ganhamos coragem para falar por meio escrito e muito elaboramos ao escrevermos.
Nem sempre conseguimos transmitir o real significado do que sentimos em palavras. Na escrita, às
vezes, até piora, pois perdemos a entonação da voz e as palavras nem sempre ganham uma melodia
harmoniosa com aquilo que queremos realmente transmitir. A impulsividade aqui é a inimiga número
um das “postagens” e “despostagens” nas redes sociais. Por vezes, a entonação da escrita ganha lugar
no estilo nu e cru da publicação e o arrependimento é o maior aliado.
Mesmo assim, o mundo digital é extremamente atrativo e facilitador. O alerta da caixa de entrada de
e-mails, o bipe da mensagem, a informação imediata, a rede social em tempo real, cativa qualquer su-
jeito a ficar “conectado” e, por vezes, “desconectado” do mundo a sua volta, do convívio, da troca afetiva,
do livro, do que consome tempo.

1
Folle, Adriana & Zanatta, Denise. Qual espaço a internet ocupa em sua vida? (Adaptado). Jornal O Alto Uruguai. Publicado em 29 de setem-
bro de 2018. Disponível em: https://www.oaltouruguai.com.br/noticia?id=2726 . Acesso em: 30 de junho de 2021.

61
Ao avaliarmos se o uso está desregrado e deixou de ser saudável,
é importante considerarmos o conteúdo dos sites pesquisados e a
categoria (vídeos, pesquisas, informativos, redes sociais), o tempo
dispendido em detrimento do trabalho ou convívio familiar e social, o
sofrimento gerado pelo usuário quando não está “on-line” ou não tem
o retorno desejado.
Vale a reflexão: qual o espaço que a internet ou tecnologia ou celular
ocupa em sua vida? A apropriação da internet e o seu uso na vida
diária se dá por meio dos interesses próprios, desejos e motivações.
O ideal é que possamos usufruir dos benefícios da internet e ter uma
relação satisfatória e saudável com a mesma.
Fonte: www.freepik.com
Orientações para as outras aulas
Para o segundo momento das aulas de Estudos Orientados II desta semana, faça o exer-
cício de elaborar anotações para os assuntos que está estudando na semana. Releia as
orientações para fazer boas anotações, apresentadas aqui na aula, e mão na massa! Com-
Fonte: www.freepik. partilhe com seu professor de Estudos Orientados II se as anotações estão te ajudando a
com
compreender melhor o que lê e aprender mais.
Ainda essa semana, em 1 das 4 aulas de Estudos Orientados II você terá a Tutoria com o
seu professor!

62
UNIDADE TEMÁTICA:
Destaque!
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Formação do estudante autodidata.
HABILIDADES:
Identificar as palavras-chave e ideias centrais de um texto.
Destacar as palavras-chave e ideias centrais de um texto por meio da técnica do sublinhado.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Leitura e interpretação de textos.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Com todos os componentes curriculares, trazendo a técnica de sublinhado como aliada na leitura e interpre-
tação de textos, bem como elemento primordial para realização de resumos.

TEMA: Destaque!
Olá, estudante!
Você já parou para pensar que, quando lemos um texto,
existem palavras que expressam a ideia principal que
está sendo apresentada? Isso mesmo! E se souber iden-
tificar essas palavras ficará mais fácil de compreender
o que se lê! E você já usou uma caneta marca texto? Ou
sublinhou uma palavra ou frase importante? Na aula de
hoje você irá aprender como utilizar o destaque de pa-
lavras e ideias para melhorar sua aprendizagem!

RECAPITULANDO Fonte: www.freepik.com

Na aula passada você aprendeu a fazer anotações sobre os assuntos que estuda e os textos que lê. As
anotações facilitam seu entendimento, pois são feitas do seu jeito, com sua linguagem e no seu tempo.
Para fazer boas anotações, que o ajudem a estudar melhor, não se esqueça que elas devem ser escritas
de forma clara e resumida. Além disso, é importante que você leia e releia o texto e faça suas anotações
aos poucos. Inserir comentários em cada parágrafo do texto pode ajudar a entendê-lo por partes para
chegar ao todo.

ATIVIDADES
O primeiro passo para realizar um resumo é identificar a ideia central do texto que é o objeto de estudo.
Para isso, é necessário realizar uma leitura atenta e, a cada parágrafo, verificar quais são as palavras-
-chave que apoiam esse entendimento. Sublinhar ou grifar essas palavras é uma técnica que facilita
essa identificação e, a partir das palavras-chave, é possível ir analisando as informações passo a passo.
Mas, primeiro, vamos entender o que é uma palavra-chave? Se liga na definição:

Uma palavra-chave é uma palavra que resume os temas


principais de um texto ou de um parágrafo. Ela identifica as
ideias e os temas mais importantes.

Fonte: www.freepik.com

63
Vamos ver um exemplo para entender melhor? A seguir, há um parágrafo retirado do texto Rede 5G2, e
ao lado algumas palavras-chave que expressam a ideia central desse parágrafo.

Parágrafo Palavras-chave

A rede 5G é a quinta geração das redes móveis. Rede 5G, salto evolutivo, volume de informações.
Trata-se de um grande salto evolutivo em rela-
ção à rede que é empregada atualmente, cha-
mada 4G. A rede 5G vem sendo desenvolvida
para comportar o crescente volume de informa-
ções trocado diariamente por bilhões de dispo-
sitivos sem fio espalhados mundialmente2.

1 - Agora é a sua vez! Leia esse outro parágrafo retirado do texto e identifique as palavras chave.

Parágrafo Palavras-chave

Após a instalação da infraestrutura das redes


5G, a redução do consumo de energia poderá di-
minuir os custos futuros, além de torná-la mais
ecológica. O tempo de conexão reduzido, por
sua vez, possibilitará a comunicação entre veí-
culos autônomos, permitirá o desenvolvimento
de sistemas de segurança que evitem acidentes
automobilísticos, além de possibilitar a realiza-
ção de cirurgias remotas por meio de robôs2.

2 - E aí, conseguiu identificar algumas palavras-chave no parágrafo? Para ajudar na sua identificação,
reflita sobre as seguintes perguntas e registre em seu caderno as respostas.

Essas palavras que você identificou expressam a ideia central do parágrafo?


É possível ter uma noção da ideia principal do parágrafo ao ler as palavras-chave que você identificou?

O sublinhado consiste em grifar as ideias e palavras-chave importantes de uma frase ou parágrafo, para
salientar a parte destacada quando você for ler novamente. Isso ajuda na leitura, pois, para usar essa
técnica, você aprende a dividir as partes do texto em graus de importância diferentes. Isso porque,
aquilo que você sublinhou, deve ser as partes mais importantes do texto, ou seja, aquelas que são fun-
damentais para seu entendimento. Você pode sublinhar fazendo um traço com lápis ou caneta embaixo
das palavras ou frases ou então utilizar uma caneta marca texto.
2
Rede 5G (Adaptado). Mundo Educação – UOL. Rafael Helerbrock. Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/informatica/rede-5g.htm>. Acesso
em: 25 de agosto de 2021.

64
Se liga!
Ao fazer o sublinhado, é importante tomar cuidado para não sublinhar
muitas linhas ou frases. Ao fazer isso, você não estará destacando
apenas as ideias principais, mas o texto quase todo e depois não con-
seguirá fazer um bom resumo.
Mas calma! Na aula que vem você irá conhecer melhor a técnica do
resumo! Por enquanto vamos nos concentrar em aprender a fazer um
bom sublinhado. Lembre-se que as palavras-chave, por transmitirem Fonte: Google Images
a ideia central do parágrafo, devem ser sublinhadas também. Então,
mão na massa!

3 - Faça o exercício de sublinhar as palavras ou frases do texto que possuem destaque para seu
entendimento. Não se esqueça de procurar no dicionário as palavras que você desconhece!

Rede 5G2
O 5G é a evolução da atual rede de celulares de quarta geração. Trata-se de uma rede mais potente
e veloz que, além de ser “inteligente”, causa menos impacto ao meio ambiente.
O 5G é o próximo passo evolutivo para a banda larga sem fio. Sua missão é elevar, e muito, as po-
tencialidades da rede atual, conhecida como 4G, alçando a banda larga móvel a altíssimos padrões
de velocidade de conexão e de usuários simultâneos.
As redes da 4ª geração, utilizadas atualmente em algumas regiões do Brasil, são capazes de en-
tregar uma velocidade média de conexão de, aproximadamente, 33 Mbps. Estima-se que o 5G será
capaz de entregar velocidades 50 a 100 vezes maiores, podendo alcançar até 10 Gbps.
O aumento do número de aparelhos conectados por área possibilitará uma enorme ampliação da
tendência mundial da “internet das coisas”. Sistemas de iluminação pública e residencial, smart-
phones, smartwatches, eletrodomésticos, dispositivos de monitoramento, sensores de presença,
frequencímetros cardíacos, centrais de segurança, guichês de supermercados ou estacionamen-
tos, caixas de supermercados, sensores meteorológicos e muitos outros dispositivos poderão
conectar-se mutuamente por meio do uso da quinta geração das redes móveis.
Com isso, haverá inúmeras possibilidades, cada vez mais inteligentes e conectadas, para residên-
cias, ruas, hospitais, comércios e indústrias.
Sua geladeira, por exemplo, poderá ser programada
para avisar quando algum produto estiver acabando,
já que sua conexão com a internet das coisas tornará
possível programá-la para que ela compre remota-
mente o produto em falta, se assim você desejar.
Em resumo, as redes 5G prometem aos seus futuros
usuários uma cobertura mais ampla e eficiente, maio-
res transferências de dados, além de um número sig-
nificativamente maior de conexões simultâneas.
Fonte: www.freepik.com

O que você sublinhou no texto? É interessante que você retorne ao seu sublinhado e avalie se realmente
as palavras e frases escolhidas passam as informações mais importantes do texto. Isso irá ajudar a fa-
zer um resumo, e é o que veremos na próxima aula. Até lá!

65
Orientações para as outras aulas
Para o segundo momento da aula, você pode fazer o exercício de identificação das pala-
vras-chave e sublinhados dos pontos mais importantes em todos os materiais relativos ao
seu estudo semanal.
Fonte: www.freepik.
com Ainda essa semana, em 1 das 4 aulas de Estudos Orientados II você terá a Tutoria com o
seu professor!

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SEMANA 2
UNIDADE TEMÁTICAS:
Menos é mais: resumir para entender melhor
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Formação do estudante autodidata.
HABILIDADES:
Realizar o resumo de um texto a partir da identificação das palavras-chave e ideias centrais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Leitura e interpretação de textos, técnicas de síntese de informações.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Com todos os componentes curriculares, visando a elaboração do resumo como processo fundamental no
processo de aprendizagem.

TEMA: Menos é mais: resumir para entender melhor


Olá, estudante!
Já pensou que às vezes as coisas mais simples são aquelas que mais nos trazem mais conhecimento?
Essa é a ideia do resumo! Fazer um resumo de um texto, de uma aula ou até mesmo de um filme que
você assistiu pode ser considerado uma arte, porque é um exercício de identificar a mensagem e as
ideias principais e deixá-las mais claras e breves. Então, que tal iniciar nessa arte? Na aula de hoje você
irá aprender a fazer um resumo, o que irá apoiar sua aprendizagem. Vamos nessa?
RECAPITULANDO
Na aula passada você aprendeu a técnica do sublinhado para identificar as palavras-chave e informa-
ções importantes em um texto. As palavras-chave são aquelas que resumem as ideias principais de um
texto ou um parágrafo. Não se esqueça que, ao fazer um sublinhado, tome cuidado para não destacar
muitas frases ou parágrafos inteiros, pois a ideia é dar destaque para as informações principais.
PARA SABER MAIS:

Vídeo: Dicas para fazer bons resumos


Autor: Brasil Escola
País de origem: Brasil
Gênero: Educação
Classificação: Livre
Ano: 2019
Duração: 11 minutos
Que tal assistir um vídeo que dá excelentes dicas para realizar um bom resumo? Nesse vídeo são apre-
sentadas dicas práticas valiosas para a elaboração de um resumo para estudo, bem como a realização
de um resumo, passo a passo, de um texto referente à uma situação de estudo de um jovem do Ensino
Médio. Assim você pode ver de forma prática a elaboração de um resumo desde a identificação de pala-
vras-chave, ideia central do texto, sublinhado de trechos e palavras importantes e anotações do leitor.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ew4AmIcQcRg>. Acesso em: 25 de agosto de 2021.
Copie e cole o endereço no seu navegador da internet para ver o vídeo, ou digite no Youtube “Dicas para
fazer bons resumos”!

67
ATIVIDADES
O resumo é a apresentação de um conteúdo de forma clara e curta, permitindo que as ideias, as infor-
mações e os conceitos do texto sejam rapidamente encontrados.
Diferente das anotações, o resumo deve ser fiel ao texto original, sem conter comentários ou opiniões.
A linguagem, entretanto, pode ser personalizada na forma mais apropriada para o seu entendimento,
podendo utilizar palavras sinônimas para facilitar o seu entendimento. Vamos relembrar o que são pa-
lavras sinônimas? Olha só:

Sinônimos são palavras que têm o mesmo ou aproximadamente o mesmo sentido que outras.3

Existem sites na internet que são especializados na busca de palavras sinônimas3, e o dicionário tam-
bém traz exemplos de sinônimos nas suas definições.
Sendo assim, o resumo pode ser feito usando as mesmas palavras que foram sublinhadas, mas para
isso é necessário um ajuste para que o resumo tenha sentido, e não seja apenas um monte de palavras
desconexas.
Um bom resumo permite que você encontre rapidamente as ideias, as informações e os conceitos de-
senvolvidos pelo autor ao longo do texto.
Para você conhecer, existem três tipos usuais de resumo de acordo com a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT)4, que são:

Resumo indicativo: Indica apenas os pontos principais do documento, não apresentando dados
qualitativos, quantitativos etc. De modo geral, não dispensa a consulta ao original.
Resumo informativo: Informa ao leitor finalidades, metodologia, resultados e conclusões do docu-
mento, de tal forma que este possa, inclusive, dispensar a consulta ao original.
Resumo crítico: Resumo redigido por especialistas com análise crítica de um documento. Também
chamado de resenha. Quando analisa apenas uma determinada edição entre várias, denomina-se
recensão.

Mas aqui em nossa aula de Estudos Orientados II iremos desenvolver o resumo voltado para o estudo
dos componentes curriculares, sendo o resumo indicativo o nosso foco.
Veja só como um bom resumo deve ser.

Breve e conciso: Elimina-se qualquer tipo de exemplos e de-


talhes secundários dados pelo autor.
Pessoal: Deve ser redigido com as suas palavras, pois quan-
do você reescreve um texto, internaliza melhor os assuntos.
Logicamente estruturado: Deve seguir uma sequência lógi-
ca, nada de frases soltas. O texto deve apresentar coerência,
contendo relação entre tudo que for abordado.

Fonte: www.freepik.com

3
Dicionário de sinônimos online. Disponível em: <https://www.sinonimos.com.br/>. Acesso em: 25 de agosto de 2021.
4
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Norma ABNT NBR 6028:2003. Informação e documentação - Resumo – Apresentação.
Em vigor. 2003. Disponível em: <https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2003>. Acesso em: 25 de agosto de 2021.

68
Tudo bem até aqui? Então olha só: as técnicas de sublinhado e resumo podem ser utilizadas para todos
os componentes curriculares, independente da área de conhecimento.
É importante que você percorra todo o processo abaixo antes de iniciar a elaboração do seu resumo:

Leitura – releitura – identificação da ideia central do texto - identificação de palavras-chave


(por parágrafo) – destaque/sublinhado das informações mais importantes (por parágrafo) –
início da elaboração do resumo.

Então agora vamos praticar, fazendo a elaboração de um resumo! Para isso, retome o texto da aula an-
terior – Rede 5G - no qual você identificou as palavras-chave e sublinhou as partes fundamentais.

1 - A partir dos registros que você fez e das orientações desta aula, inicie a construção do resumo do
texto.

Não se preocupe se você tiver alguma dificuldade no início para elaborar o seu resumo. Como dito no
começo da aula, aprender a resumir informações sem que percam o sentido é uma arte, e por isso quan-
to mais você praticar mais vai aprimorar o seu resumo!
Ah, e lembre-se que resumir também é estudar, pois ao resumir você:

Lê – Interpreta – Relê – Analisa – Escreve – Reflete

Ou seja, ao elaborar um resumo, você coloca em prática diversas habilidades relacionadas aos estudos,
aprendendo cada vez mais e melhor. Até a próxima aula!

Orientações para as outras aulas


Aplique a técnica de elaborar resumos para todos os textos que você irá ler, durante seus
estudos da semana. Depois verifique se o seu resumo expressa as ideias centrais do texto
original, e se faz sentido, ajudando a compreender melhor o texto. Caso tenha dificulda-
Fonte: www.freepik.
des, peça ajuda ao seu professor de Estudos Orientados II, ele é seu grande parceiro na
com sua jornada de estudos!
Ainda essa semana, em 1 das 4 aulas de Estudos Orientados II você terá a Tutoria com o
seu professor!

69
UNIDADE TEMÁTICA:
Esquematizando.
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Formação do estudante autodidata.
HABILIDADE:
Elaborar esquemas a partir dos objetos de estudo.
Elaborar mapas mentais a partir dos objetos de estudo.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Organização lógica de conteúdos utilizando formas visuais de aprendizagem.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Com todos os componentes curriculares, oportunizando a utilização da linguagem verbal e não verbal asso-
ciadas no processo de aprendizagem.

TEMA: Esquematizando
Olá, estudante!
Já pensou em associar a memória com a visão para aprender mais e melhor? Sim, isso é possível! Ao
conectar imagens e esquemas de organização com os assuntos que você está estudando, é possível ter
uma visualização maior das informações e assim aumentar sua compreensão. As técnicas de estudo de
realização de esquemas e mapas mentais permitem que você faça isso, e é o que irá conhecer nessa
aula. Vamos lá?

RECAPITULANDO
Na aula passada você aprendeu a fazer um resumo indicativo, que utiliza as principais informações de
um texto. Para fazer um resumo, primeiro você deve sublinhar as palavras-chave e ideias centrais do
texto, para a partir delas elaborar o seu resumo. É importante que o resumo seja breve e conciso, seja
escrito com suas palavras e tenha uma sequência lógica de ideias que facilitem sua compreensão.

ATIVIDADES
Um esquema é uma representação gráfica de um conteúdo, de forma simplificada e bem resumida. Ao
pensar em um texto, o esquema seria a visão global do assunto, mostrando a ordem lógica entre as ideias.
Diferente do resumo, o esquema se parece com um esqueleto, pois não é feito em forma de texto. Cada
pessoa pode desenvolver a forma que achar mais apropriada para realizar um esquema, utilizando cha-
ves, setas, retângulos, numerações ou tópicos. Entretanto, alguns passos devem ser seguidos para a
construção de um esquema que reproduza de forma fiel as informações contidas em um texto:

1. fazer uma leitura inicial do texto, tentando perceber sua estrutura geral (título, subtítulos, partes, etc.);
2. fazer uma segunda leitura, sublinhando trechos e palavras-chave e fazendo anotações da ideia
principal;
3. agrupar informações que estão relacionadas;
4. organizar um esquema das ideias, mostrando as relações (de igualdade, subordinação, exemplifi-
cação, explicação) entre as informações, por meio de palavras ou gráficos, como chaves, sinais,
setas, balões, etc.

70
Veja a seguir alguns tipos de esquemas:

Fonte: www.freepik.com

Os benefícios de realizar esquemas são a visualização de uma relação lógica entre ideias e a possibili-
dade de visualizar uma imagem do assunto e da sua organização.
Já o Mapa Mental é uma técnica de estudo criada no final da década de 1960 por Tony Buzan, um consul-
tor inglês, que o definiu como:

“Mapa Mental é uma técnica gráfica que fornece a chave para desbloquear o potencial do seu
cérebro”.5

O método é fácil e intuitivo, sendo necessário apenas canetas coloridas e imaginação. Ela consiste em
criar resumos cheios de símbolos, cores, setas e frases de efeito, com o objetivo de organizar o conteú-
do e facilitar associações entre as informações destacadas.
O mapa mental é uma ferramenta de gerenciamento de informação visual que ajuda a estruturar,
memorizar, organizar e aprender informações de uma forma altamente especializada. É um recurso
visual no qual uma ideia central se relaciona com ideias secundárias, terciárias e assim por diante.
O objetivo é dispor o pensamento criativo de maneira organizada, auxiliando no gerenciamento das
informações.
Nele, podem ser utilizadas palavras-chave, cores, imagens, símbolos, setas, quadrados e figuras,
e as ideias e palavras são apresentadas de uma forma diferente do texto tradicional. É como se
fossem os pensamentos expressos em uma folha de papel, não há limite para a imaginação e cria-
tividade! Ele começa com um tema central, que evolui através de linhas ou “ramos” relacionando os
subtópicos do tema. O importante é que as informações fiquem as mais claras possíveis e ajudem
a compreender o assunto que está sendo estudado. A seguir, veja um exemplo de um mapa mental
sobre “como manter o foco em uma era de distrações”:

5
Fonte: <https://tonybuzan.com/>. Acesso em junho de 2021.

71
Disponível em: <https://alyssontmv.files.wordpress.com/2013/02/how-to-focus-in-the-age-of-distraction_1747x1275.jpg>. Acesso em:
30 jul. 2021.

Mas calma! Esse exemplo de mapa mental é complexo e com muitas informações, você pode começar
a elaborar seus mapas mentais de forma simples, aos poucos.

1 - Agora que você já conheceu as técnicas de elaboração de esquemas e mapas mentais, que tal
elaborar os seus próprios? Escolha um texto sobre um conteúdo que você está estudando essa
semana e elabore um esquema ou um mapa mental sobre ele em seu caderno. Use sua criatividade e
imaginação!

Orientações para as outras aulas


O esquema e o mapa mental são exemplos de técnicas de estudo que podem te auxiliar
a compreender melhor os conteúdos que está estudando. Para as próximas aulas, tente
elaborar esquemas ou mapas mentais para os conteúdos e veja se essas técnicas fazem
Fonte: www.freepik. sentido para você e ainda, se podem ajudá-lo. Compartilhe com seu professor os esque-
com
mas e mapas mentais que você elaborar!
Ainda essa semana, em 1 das 4 aulas de Estudos Orientados II você terá a Tutoria com o
seu professor!

72
SEMANA 3

UNIDADE TEMÁTICA:
Gráficos

OBJETO DE CONHECIMENTO:
Formação do estudante autodidata.

HABILIDADES:
Aplicar estratégias para a leitura e entendimento de gráficos.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Observação, análise e interpretação de gráficos.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Com todos os componentes curriculares, tendo em vista a utilização de gráficos ser constante nas aborda-
gens teórico-metodológicas e práticas.

TEMA: Gráficos
Olá, estudante!
Gráficos e tabelas são usados constantemente para representar valores numéricos. Mas os números
expressam informações, e, para que você as compreenda, é necessário fazer o exercício de analisar e
interpretar com calma o seu conteúdo. Na aula de hoje você irá praticar isso, o que com certeza irá te
ajudar nos estudos de todos os componentes curriculares!

RECAPITULANDO
Na aula passada você conheceu as técnicas de estudo de elaboração de esquemas e mapas mentais.
São técnicas que permitem a associação de imagens, setas, símbolos, cores e palavras para criar uma
sequência de informações relacionadas com o conteúdo que você está estudando.

ATIVIDADES
Os gráficos são representações que facilitam a análise de dados, trazendo mais praticidade e melhor
visualização, apresentando os dados de forma bem evidente e explícita. É muito importante que você
desenvolva a habilidade de leitura e interpretação de gráficos para todos os componentes curriculares.
Para analisar um gráfico, procure sempre observar os seguintes pontos.
a) O título ou objetivo do gráfico é claro? Seu conteúdo faz sentido?
b) A fonte dos dados está explícita no gráfico, na figura ou no texto que a acompanha?
c) As informações foram obtidas de uma fonte confiável?
d) Há rótulos adequados para os eixos, deixando tudo bem identificado?
e) Os eixos começam em zero ou não?
f) As escalas dos eixos são constantes?
g) Existem “quebras” nos eixos que sejam difíceis de notar?
h) Existem elementos gráficos desnecessários ou que dificultem a visualização da informação?

73
Existem vários tipos de gráficos, e os principais utilizados são os gráficos de colunas, barras e setores,
usados para mostrar como o todo se divide em partes, apresentando proporções. Esse gráfico também
é conhecido por gráfico de “pizza”, por ter um formato redondo.
Agora, vamos praticar um pouco! A seguir, você verá uma série de gráficos e, para cada um, responda
as seguintes perguntas básicas e as perguntas específicas de cada gráfico.

1 - Perguntas gerais para todos os gráficos.


a) Qual o tipo do gráfico?
b) Qual a informação que o gráfico traz?

2 - Qual região do Brasil é a maior produtora de


leite?
O que significa a informação “litros/vaca/ano”?
Os números expressos no gráfico indicam qual
unidade de medida?

3 - De acordo com o gráfico, a mortalidade no


Brasil é maior entre homens ou mulheres?
Em qual faixa etária ocorre a maior mortalidade
entre homens?
Em qual faixa etária ocorre a maior mortalidade
entre mulheres?
O que significa a informação “Número de óbi-
tos/100.000 habitantes”?

74
4 - Qual grupo de peixe é mais cultivado no Brasil?
Qual é o terceiro grupo de peixe mais cultivado
no Brasil, em ordem crescente (do menor para
o maior)?

5-Q
 ual região do Brasil tem o maior efetivo de bovinos?
Quantos milhões são, aproximadamente?
Quais regiões do Brasil que tiveram um aumen-
to no seu efetivo de bovinos?
Quais regiões do Brasil tiveram uma diminuição
no seu efetivo de bovinos?
Quais regiões do Brasil permaneceram com seu
efetivo de bovinos estável?

Se você tiver alguma dificuldade para responder as perguntas sobre os gráficos, volte e releia as estratégias
mencionadas na aula para analisar os gráficos, como a observação do título, os eixos, as escalas e os ele-
mentos gráficos. Assim, você pode ir desmembrando cada item para fazer uma análise integral do gráfico.
Orientações para as outras aulas
Para o segundo momento das aulas de Estudos Orientados II desta semana, procure grá-
ficos nos materiais de estudo dos componentes curriculares e aplique a mesma técnica
que você aprendeu na aula para ler e interpretar os gráficos. Peça ajuda para seu profes-
Fonte: www.freepik.
sor caso necessite e compartilhe suas descobertas!
com
Ainda essa semana, em 1 das 4 aulas de Estudos Orientados II você terá a Tutoria com o
seu professor!

75
UNIDADE TEMÁTICA:
Infográfico: a junção de texto e imagem

OBJETO DE CONHECIMENTO:
Formação do estudante autodidata.

HABILIDADES:
Aplicar estratégias para a leitura de infográficos.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Leitura e interpretação de componentes verbais e não verbais, bem como componentes numéricos associados.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Com todos os componentes curriculares, subsidiando a análise e entendimento de infográficos relativos a
todas áreas do conhecimento.

TEMA: Infográfico: a junção de texto e imagem


Olá, estudante!
Você já parou para pensar que, quando lemos um texto, existem palavras que expressam a ideia princi-
pal que está sendo apresentada? Isso mesmo, e se você souber identificar essas palavras ficará mais
fácil de compreender o que se lê! E você já usou uma caneta marca texto? Ou sublinhou uma palavra
ou frase importante? Na aula de hoje irá aprender como utilizar o destaque de palavras e ideias para
melhorar sua aprendizagem!

RECAPITULANDO
Na aula passada você aprendeu a fazer anotações sobre os assuntos que estuda e os textos que lê. As
anotações facilitam seu entendimento, pois são feitas do seu jeito, com sua linguagem e no seu tempo.
Para fazer boas anotações, que o ajudem a estudar melhor, não se esqueça que elas devem ser escritas
de forma clara e resumida. Além disso, é importante que você leia e releia o texto e faça suas anotações
aos poucos. Inserir comentários em cada parágrafo do texto pode ajudar a entendê-lo por partes para
chegar ao todo.

PARA SABER MAIS:


Vídeo: Análise de gráficos
Autor: Khan Academy Brasil
País de origem: Brasil
Gênero: Educação
Classificação: Livre
Ano: 2019
Duração: 11 min 16 seg
Se puder, assista esse vídeo muito bacana que traz a análise e a identificação de problemas de leitura
de gráficos, como escalas inapropriadas, legendas que não estão muito claras, entre outros fatores. Ele
também mostra as melhores técnicas para leitura e interpretação de gráficos.
Disponível em: <https://pt.khanacademy.org/math/pt-9-ano/probabilidade-e-estistica-9ano/grafi-
cos-e-tabelas-9ano/v/analise-de-graficos>. Acesso em 25 de agosto de 2021
Copie e cole o endereço no seu navegador da internet para ver o vídeo!

76
ATIVIDADES
Um infográfico (ou gráfico de informações) é uma representação visual de informações ou dados. É
uma coleção de imagens, gráficos e textos, que fornecem uma visão geral e fácil de entender a respeito
de um assunto. Os infográficos usam recursos visuais impressionantes e envolventes para comunicar
informações de maneira rápida e clara. Desde que os infográficos apareceram na cena de design grá-
fico há cerca de dez anos, eles se tornaram um elemento básico na comunicação em salas de aula, no
local de trabalho e em toda a internet.
Hoje em dia, os infográficos são muito utilizados em textos didáticos e trazem elementos para além da
linguagem verbal: imagens de diferentes tipos. Em geral, o objetivo do uso das imagens junto ao texto é
facilitar a compreensão do leitor. Mas, para que isso aconteça, é preciso que o leitor saiba ler imagens,
algo que precisa ser desenvolvido. Para ler imagens é preciso relacionar seus diferentes elementos
com o texto verbal e com as condições de produção que estão presentes no texto, como por exemplo:
finalidade da informação, público-alvo, autor, veículo de circulação, entre outros. Essas outras lingua-
gens não somente ilustram ou acrescentam informações, mas também podem dar diferentes sentidos
aos textos.
Pensando nisso, que tal dar uma olhada no infográfico abaixo? Ele relaciona imagens e gráficos de di-
versos tipos para explicar e mostrar dados sobre a situação dos refugiados na Europa. Observe o info-
gráfico com calma, e procure entender cada sessão que apresenta:

Fonte: https://www.behance.net/gallery/43400303/Infografico-Refugiados-e-o-terrorismo-na-Europa, Acesso em: 25 de agosto de 2021.

77
1 - Como pode ser observado, esse infográfico traz muitos dados a respeito da situação dos refugiados
na Europa. Então, para ajudar no seu entendimento, pouco a pouco, responda as perguntas abaixo.
a) O que é um refugiado?
b) Quais as causas de uma pessoa se tornar um refugiado?
c) Por que os europeus têm medo dos refugiados?
d) Quais os países europeus que participaram da entrevista sobre os refugiados?
e) Qual a porcentagem de pessoas, em cada país, que acreditam que a chegada dos refugiados
em seu país aumenta a probabilidade de terrorismo?
f) Quais foram os principais ataques terroristas que ocorreram nos últimos dez anos na Europa?
g) Por que se pode afirmar que os refugiados não são terroristas?
h) De qual país são oriundos a maioria dos refugiados?
i) Qual o principal destino dos refugiados no mundo?
j) Entre os países europeus, qual recebe o maior número de refugiados?

A reflexão sobre essas perguntas ajuda a entender as informações apresentadas, facilitando o entendi-
mento global. É importante que você identifique a ideia central do infográfico, assim como faça anota-
ções sobre possíveis dúvidas ou comentários.

Orientações para as outras aulas


Para o segundo momento da aula, que tal utilizar mais uma técnica de estudo para com-
preender o infográfico? Elabore um resumo sobre as informações contidas no infográfico
apresentado nesta aula, tendo como base as respostas das questões para reflexão. Mão
Fonte: www.freepik. na massa!
com
Apresente para seu professor o resumo que você elaborou.
Ainda essa semana, em 1 das 4 aulas de Estudos Orientados II você terá a Tutoria com o
seu professor!

78
SEMANA 4
UNIDADE TEMÁTICAS:
Dicionário: um grande aliado nos estudos!
OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:
Formação do estudante autodidata.
HABILIDADES:
Conhecer a correta utilização do dicionário e sua relação como apoiador na construção e ampliação do
conhecimento.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Ortografia e gramática.
INTERDISCIPLINARIDADE:
Com todos os componentes curriculares, uma vez que, a correta grafia e entendimento do significado das
palavras é a base para o desenvolvimento da competência leitora e escritora.

TEMA: Dicionário: um grande aliado nos estudos!


Olá, estudante!
Em muitas aulas de Estudos Orientados II você viu a sugestão de pro-
curar no dicionário as palavras desconhecidas, lembra? Mas, será que
você sabe utilizar o dicionário de forma correta e aproveitar todas as
informações que ele disponibiliza? É o que iremos aprender nesta aula!
Vamos nessa?6

RECAPITULANDO
Na aula passada você aprendeu a analisar um infográfico, refletindo sobre questões que auxiliam na sua
compreensão. Os infográficos estão cada vez mais presentes em livros e materiais didáticos, e trazem
imagens associadas a gráficos e outras informações.

PARA SABER MAIS:


Vídeo: Como usar um dicionário
País de origem: Brasil
Site: Khan Academy Brasil
Gênero: Educação
Classificação: Livre
Ano: 2020
Duração: 7 minutos

Nesta videoaula, são apresentadas muitas informações sobre dicionários, desde sua função até a cor-
reta forma de consultar as palavras.
Disponível em: <https://youtu.be/zZhnnD5T8Ls> Acesso em 10 de outubro de 2021.
Copie e cole o endereço no seu navegador da internet para ver o vídeo!

6
Trecho da música: Palavras ao vento. Intérprete: Cássia Eller. Álbum: Com você...meu mundo ficaria completo. Compositores: Antonio
Pires, Marisa De Azevedo Monte. Gravadora: Warner Music, 1999.

79
ATIVIDADES
No Ensino Médio o uso do dicionário já pode ser suprimido? Com certeza
não! Uma vez que o uso do dicionário o apoia para escrever corretamente
e amplia o seu conhecimento sobre a Língua Portuguesa, ele é um grande
aliado nos estudos em toda a sua vida de estudante.
O dicionário é uma compilação que contém as palavras de uma língua, apre-
sentando seu significado, utilização, etimologia (origem), sinônimos, antô-
nimos ou com a tradução para outra língua. Além desse tipo de dicionário, Fonte: www.freepik.com
existem dicionários bilíngues, destinados a traduzir o significado das pala-
vras em outra língua, e os dicionários de termos técnicos, usados em áreas específicas do conhecimen-
to. Em um dicionário de medicina, por exemplo, são explicados os termos relacionados à área médica.
Desta forma, existem os dicionários de eletrônica, mecânica, biologia, informática, mitologia, etc.
O uso do dicionário é muito importante para os estudantes e profissionais de todas as áreas. Como é
impossível conhecer o significado de todas as palavras, o ideal é consultar o dicionário para aprimorar
o seu vocabulário.
Em relação aos estudos, o dicionário é um grande ampliador do conhecimento, uma vez que proporcio-
na a consulta de novas palavras, seus sinônimos, utilização em frases e a escrita correta.
Hoje em dia é muito comum também o uso de dicionários online, que podem ser acessados pela inter-
net, ou no formato de aplicativos para celulares.
Para a correta utilização do dicionário e todas informações que disponibiliza, veja como a palavra “bola”
é apresentada no dicionário. Cada linha contém uma explicação em parênteses sobre o que significa a
definição:

bola7
bo·la (aqui é mostrada a divisão de sílabas)
sf (abreviação para substantivo feminino)
1 Objeto de formato redondo, oco ou maciço; esfera: Bola de boliche, bola de tênis.
2 POR EXT. (Por extensão, quer dizer um outro significado, uma outra utilização para a palavra) Qual-
quer objeto arredondado ou esférico: A luminária da sala é uma bola colorida.
3 ESP. (Esporte) Objeto, geralmente redondo, de diversos materiais, usado na prática de vários es-
portes: “Imagine o som de uma bola de basquete pulando no chão, bem na sua frente”.
4 Jogo de futebol: “Minha avó não se envolveu com o futebol porque ela não o compreendia. Agora,
quem jogou bola na infância e entende minimamente esse esporte se entusiasma bastante ao as-
sistir a uma partida”.
EXPRESSÕES (aqui é mostrada a utilização da palavra em expressões):
Bola ao alto, ESP.: em basquetebol, o arremesso da bola para o alto, feito pelo juiz, no centro da qua-
dra, no início de cada tempo, ou quando a bola é reposta em jogo, após uma paralisação.

7
Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa – Michaelis. Adaptado. Disponível em: <https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/
busca/portugues-brasileiro/bola/>. Acesso em 25 de agosto de 2021.

80
Se liga só nas explicações!
• A palavra da qual foi feita a busca é apre-
sentada com sua divisão silábica, expres-
sada por um ponto entre as sílabas. b) A
denominação sf ou sm se refere à subs-
tantivo feminino ou masculino, respecti-
vamente, indicando a classe gramatical da
palavra.
• A descrição segue com o significado da
palavra, que pode ser mais de um.
• A denominação POR EXT se refere a outra Fonte: www.freepik.com
possível utilização da palavra, expresso em
uma frase.
• A seguir, é mostrado a definição na palavra por categorias, no caso do exemplo, a denomi-
nação ESP se refere à categoria de esporte, na qual a palavra é definida.
• A denominação EXPRESSÕES mostra a palavra sendo empregada em uma frase.

Você imaginava que o dicionário trazia tantas informações assim? Pois é, geralmente as pessoas acham
que o dicionário só fornece o significado da palavra, mas veja só quantas informações adicionais e mui-
to importantes ele traz para aumentar seu vocabulário, melhorar sua escrita e facilitar sua leitura!

1 - A partir dessas definições, chegou a hora de você colocar a mão na massa e selecionar um material
de estudo de um componente curricular, sublinhando as palavras desconhecidas. Após isso, faça a
pesquisa dessas palavras no dicionário e registre em seu caderno as informações, de acordo com a
tabela abaixo:

Divisão de Classe
Palavra Significado POR EXT Categoria Expressões
sílabas gramatical

Exemplo
Substantivo, Outra da palavra
adjetivo, utilização da utilizada
verbo, etc. palavra em uma
expressão.

E aí, quantas palavras novas você pesquisou no dicionário? Compartilhe com seu professor as palavras
que você buscou o significado nesta atividade. Ah, você pode perguntar também para seus colegas e
familiares se eles conhecem essas palavras, e então pode dividir o seu significado com eles!
O dicionário é uma importante ferramenta que irá apoiar o seu estudo em todas as áreas do conheci-
mento, por isso, o tenha como um grande companheiro e aliado. Até a próxima aula!

Orientações para as outras aulas


Para as outras aulas dessa semana, que tal fazer um levantamento de todas as palavras
que apareceram ao longo da realização dos PET que você não sabe o significado? Você
pode registrá-las em seu caderno e fazer um pequeno arquivo de palavras novas e pes-
Fonte: www.freepik. quisar seus significados no dicionário, assim poderá consultar quando quiser, de forma
com
rápida e fácil.
Ainda essa semana, em 1 das 4 aulas de Estudos Orientados II você terá a Tutoria com o
seu professor!

81
SEMANA 5

UNIDADE TEMÁTICA:
Como sei o que aprendi?

OBJETO DE CONHECIMENTO:
Autoavaliação

HABILIDADE:
Elaborar processo de autoavaliação relativa ao estudo e à aprendizagem.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Autoconhecimento, Projeto de Vida e Ciclo de Melhoria Contínua (etapa de monitoramento)

INTERDISCIPLINARIDADE:
Com todos os componentes curriculares, visando a análise sobre o desempenho obtido após a aplicação dos
conceitos e práticas advindos das aulas.

TEMA: Como sei o que aprendi?


Olá, estudante!
Você lembra da frase abaixo? Ela é a principal reflexão quando pensamos em Projeto de Vida, ou seja,
onde você está agora e onde quer chegar, por meio do planejamento e execução de ações. Mas, o que
esse traçado tem a ver com Estudos Orientados? Bem, em relação aos estudos, você também projeta
suas ambições de aprendizagem de acordo com seus objetivos e metas. Para isso, é necessário reali-
zar algumas pausas e verificar como anda esse caminho. “Estou aprendendo de fato?” “Estou colocando
em prática o conhecimento que adquiri nas aulas de Estudos Orientados?” “Como posso melhorar minha
aprendizagem?” São reflexões que você fará nesta aula, para construir o seu processo de autoavaliação!
Vamos lá?

Fonte: Caderno de Formação do ICE. Inovações em Conteúdo, Método e Gestão. Metodologias de Êxito. Projeto de Vida. Ensino Médio. 4ª
edição. Recife, 2020.

82
RECAPITULANDO
Na aula passada você conheceu todas as funções do dicionário, não apenas para verificar o significado
das palavras, mas também para mostrar sua divisão de sílabas, o uso em frases, e outras possíveis for-
mas de utilização.

ATIVIDADES
Quando se pensa em avaliação, é bem provável que você já imagine uma prova, certo? Sim, as provas
fazem parte dos chamados “instrumentos avaliativos”, ou seja, instrumentos que permitem verificar o
entendimento daquilo que foi estudado. Mas esses instrumentos não são apenas provas! É possível uti-
lizar outras formas para demonstrar o domínio sobre aquilo que foi aprendido: exercícios, seminários,
atividades práticas, atividades orais, todas essas atividades também são formas de avaliação.
Dentre esses instrumentos, a autoavaliação é uma das formas de avaliação, realizada por você mesmo,
sem interferência do professor. É uma excelente oportunidade para desenvolver o Protagonismo e o
autodidatismo, uma vez que você irá refletir sobre seu processo de aprendizagem.
A reflexão sobre o próprio desempenho o ajuda a tomar consciência sobre suas conquistas, dificulda-
des e possibilidades, apoiando-o na direção do que deve ser modificado na sua postura e ações.
Além disso, é um momento em que será desenvolvida a autonomia, a responsabilidade e a reflexão, para
ser feita uma autoavaliação de acordo com a sua realidade da aprendizagem.
Olha só a origem e a definição da palavra “autoavaliação”8:

Auto: do grego “por si mesmo”, “por si próprio”.


Avaliação: verificação que determina ou verifica a competência, os conhecimentos ou saberes de
alguém.
Autoavaliação: avaliação realizada pelo indivíduo sobre si mesmo.

A autoavaliação é muito importante para que você pense sobre sua aprendizagem sozinho, analisando
suas potencialidades e dificuldades.
Realizando a autoavaliação, você irá desenvolver muitas habilidades, tais como:
• Melhorar seu autoconhecimento;
• Desenvolver sua autonomia;
• Destacar suas qualidades de aprendizagem;
• Identificar suas dificuldades;
• Entender como melhor tomar decisões, baseado nos pontos que ainda precisam ser melho-
rados e naquilo que já aprendeu bem;
• Pensar e planejar ações para superar suas dificuldades;
• Entender de forma mais objetiva as ações necessárias para alcançar seus objetivos de
aprendizagem.
Dessa forma, realizar a autoavaliação irá o ajudar muito a melhorar sua aprendizagem! Então vamos
pensar em algumas questões para iniciar o seu processo de autoavaliação. Registre em seu caderno
suas reflexões sobre as perguntas abaixo.

8
Dicio – Dicionário online de Português. Etimologia e significado de “autoavaliação”. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/autoava-
liacao/>. Acesso em 25 de agosto de 2021.

83
1 - Você já realizou sua Autoavaliação em algum componente curricular? Se sim, conte-nos como foi! Se
não, dê uma olhada na próxima pergunta.

2 - Você acha que seria importante realizar a Autoavaliação? Por quê?

Para realizar a autoavaliação, você irá refletir sobre seu aproveitamento nos conteúdos, ou seja, sua
dedicação, seu tempo de estudo, seu aprofundamento nas aulas e sua postura como estudante.
Para isso, terá que refletir como está sendo seu posicionamento diante das aulas e dos conteúdos
apresentados, fazendo reflexões do tipo: “presto atenção nas aulas?”, “realizo as tarefas propostas pelo
professor?”, “dedico um tempo de estudo para o conteúdo?”, são perguntas que ajudam a pensar em
mudanças. Vamos começar a sua autoavaliação? Para isso, responda as perguntas abaixo.

3 - De acordo com as dicas que você viu nesta aula para realizar uma boa autoavaliação, descreva com
suas palavras de forma geral qual sua autoavaliação para as aulas de Estudos Orientados II.

84
4 - Abaixo há um modelo de autoavaliação com tópicos para orientação. Faça a autoavaliação pensando
no seu desenvolvimento nas aulas de Estudo Orientados II.

Quase
VALORES/ATITUDES/CAPACIDADES Raramente Às vezes
sempre

Conheço os objetivos das aulas de Estudos Orientados II?

Percebi a importância das aulas de Estudos Orientados II para


auxiliar na realização de meu Projeto de Vida?

Estou lendo e fazendo as atividades das aulas?

Sou organizado: tenho material e registros das aulas?

Tenho interesse pelos assuntos tratados nas aulas?

Fui capaz de me organizar sozinho para fazer as aulas?

Fui perseverante (não desisti frente às dificuldades)?

Adquiri conhecimentos?

Fui capaz de aplicar os conhecimentos em outras aulas?

É importante ressaltar que o objetivo da autoavaliação não é que você se dê uma “nota”, mas sim reflita
sobre seu percurso de aprendizagem, tudo bem?
O importante é que a autoavaliação seja feita sempre que possível para que sua função seja cumprida:
a de ajudar a melhorar a aprendizagem através da observação, reflexão e desenvolvimento de ações.

Orientações para as outras aulas


Que tal fazer a sua autoavaliação, da mesma forma como fez na aula para o componen-
te curricular Estudos Orientados II, mas agora para os outros componentes curriculares?
Compartilhe com seu professor suas reflexões!
Fonte: www.freepik.
com
Ainda essa semana, em 1 das 4 aulas de Estudos Orientados II você terá a Tutoria com o
seu professor!

85
SEMANA 6
UNIDADE TEMÁTICA:
Estudar sempre!
OBJETO DE CONHECIMENTO:
Autoavaliação
HABILIDADE:
Refletir sobre o percurso e os conhecimentos adquiridos sobre o ato de estudar durante o ano letivo;
Elaborar metas para o futuro, relacionadas ao estudo.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Projeto de Vida, Ciclo de Melhoria Contínua
INTERDISCIPLINARIDADE:
Com todos os componentes curriculares, relacionando o ato de estudar com a realização do Projeto de Vida.

TEMA: Estudar sempre!


Olá, estudante!
Você percorreu um longo caminho nas aulas de Estudos Orientados II durante este ano! Muitas refle-
xões foram feitas, assuntos aprendidos, técnicas conhecidas...e chegou a hora de analisar como você,
enquanto estudante, conseguiu incorporar o que aprendeu no seu dia a dia de estudo, e também quais
serão seus planos de estudo a partir de agora. Vamos lá?

RECAPITULANDO
Na aula passada você aprendeu algumas formas para refletir sobre seu processo de aprendizagem, e
assim poder fazer uma autoavaliação do seu percurso de estudos.

ATIVIDADES
Vamos relembrar o caminho percorrido nas aulas de Estudos Orientados II?
Tudo começou com a reflexão sobre a relação entre estudar e o Projeto de Vida. Independente de qual
seja, o estudo permite que você acesse novos conhecimentos e aprofunde suas habilidades, o que com
certeza irá contribuir no seu traçado entre o ser e o querer ser. Olha só que bacana essa expectativa:

No Ensino Médio, espera-se que os estudantes consigam estabelecer uma sólida relação entre es-
tudar e suas razões/objetivos para concluir a Educação Básica e dar sequência ao Projeto de Vida,
além de cultivarem o desejo de continuar aprendendo ao longo da vida.9

A organização pessoal para o estudo também foi vista de várias formas: criação de rotinas e hábitos de
estudo, organização do local e materiais de estudo e a elaboração da agenda.
Para planejar, executar, avaliar e ajustar suas ações, objetivos e metas, você conheceu o Ciclo de Me-
lhoria Contínua, o PDCA, e viu sua possível aplicação em muitas atividades do cotidiano.

9
ICE. Caderno de Formação. Inovações em Conteúdo, Método e Gestão. Metodologias de Êxito. Ensino Médio. 4ª edição. Recife, 2020.

86
A motivação e a concentração foram vistas como fatores decisivos
para o alcance de seus objetivos e metas de estudo.
Para sua organização pessoal, foi visto que é importante e neces-
sário o autoconhecimento enquanto perfil de estudante: suas for-
mas de aprender, potencialidades e dificuldades. A partir disso
podem-se enumerar as prioridades de estudo de acordo com as suas
necessidades.
As técnicas de estudo foram apresentadas como um meio de facilitar
a aprendizagem, abrindo um leque de opções para você aplicar aquelas
que melhor se conectou.
E, para finalizar, você refletiu sobre o processo de autoavaliação, um grande passo para o desenvolvi-
mento da autonomia e do autodidatismo.
Então agora você está convidado para refletir de forma mais aprofundada sobre o seu percurso de es-
tudo. Para isso, preencha a tabela a seguir, sobre seu entendimento inicial e atual dos assuntos apren-
didos nas aulas. Ah, os campos preenchidos são apenas exemplos para você se inspirar, tudo bem?

Como eu entendia isso no


Tema Como eu entendo agora
começo do ano
Agora eu entendo que,
independentemente de qual seja
Eu sabia que era importante
A relação entre o estudo e meu Projeto de Vida, adquirir
estudar para atingir os objetivos e
o meu Projeto de Vida e aprofundar conhecimentos é
metas do meu Projeto de Vida.
muito importante para minha
formação integral.
A necessidade de criação
de hábitos, rotinas e
agenda de estudo
Organizei meu “Cantinho do
Não entendia muito bem a
Os locais e organização do estudo” em casa, com os
importância de organizar um local
material para estudar materiais necessários para meu
adequado para o estudo.
estudo.
A concentração e a
motivação necessária para
estudar
O Ciclo de Melhoria Entendo que é importante para
Não conhecia esse Ciclo de
Contínua (PDCA) aplicado poder ajustar os desvios que
Melhoria Contínua...
aos estudos podem acontecer.
As minhas formas de
aprender
As prioridades de estudo
Só conhecia a técnica do Eu faço anotações e sublinhados,
sublinhado, mas não sabia aplicá- verificando as palavras-chave e
Técnicas de estudo
la com propriedade. Eu sublinhava ideias centrais do texto. Ah, depois
quase tudo... eu faço um resumo do assunto!
Autoavaliação

87
Muito bem! Vamos continuar com a reflexão, mas agora pensando nas suas ações atuais e suas metas
para o futuro:

Como estou colocando isso em


Tema Quais minhas metas futuras?
prática?

A relação entre o estudo e


o meu Projeto de Vida

A necessidade de criação
Estou me organizando pela Elaborar minha agenda de estudo
de hábitos, rotinas e
agenda coletiva da turma. individual.
agenda de estudo

Os locais e organização do
material para estudar

Ficar longe de distrações na hora


A concentração e a
Essa parte está difícil...eu acabo do estudo! Ah, acho que vou usar
motivação necessária para
sempre me desconcentrando... aquela técnica “Pomodoro”, para
estudar
me concentrar melhor!

O Ciclo de Melhoria
Contínua (PDCA) aplicado
aos estudos

As minhas formas de
aprender

Quero estabelecer uma rotina


Estou estudando os assuntos de de estudo que contemple
As prioridades de estudo acordo com as avaliações que meus interesses pessoais de
tenho na semana. conhecimento, independente das
avaliações.

Técnicas de estudo

Quero fazer minha autoavaliação


de acordo com os objetivos e as
Eu sempre paro para refletir como
metas de estudo que planejei.
está sendo meu aprendizado
Mais ou menos assim: eu atingi
Autoavaliação em todos os componentes
a meta? Se não atingi, por quê?
curriculares e o que eu posso
Quais ações eu posso ter para
fazer para melhorar.
atingi-la? E assim eu avalio
minhas ações no estudo.

Para finalizar, lembre-se que:

Todos podem aprender a estudar!


Com planejamento, organização, determinação e foco é possível a qualquer estudante estudar de forma
eficiente e prazerosa. O estudo leva à descoberta de novos caminhos, novos conhecimentos, novas vi-
sões de mundo, e é algo que jamais pode ser tirado de alguém. Desejamos a você ótimos estudos!
“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.”
Albert Einstein

88
Orientações para as outras aulas
Compartilhe com seu professor o que você mais gostou nas aulas de Estudos Orientados
II e também, de tudo o que aprendeu, o que conseguiu colocar em prática.
Ainda essa semana, em 1 das 4 aulas de Estudos Orientados II você terá a Tutoria com o
Fonte: www.freepik.
com seu professor!

89
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO


COMPONENTE CURRICULAR: PÓS-MÉDIO - UM MUNDO DE POSSIBILIDADES
ANO DE ESCOLARIDADE: 3º ANO
PET VOLUME: 04/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO: INTEGRAL

SEMANAS 1 e 2

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Mercado de trabalho.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Possibilidades de atuação produtiva.

HABILIDADE(S):
Iniciativa, autonomia e autogestão, autoconhecimento, qualificação profissional.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Planejamento pessoal e profissional, áreas de atuação profissional, mercado de trabalho.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Curiosidade intelectual, investigação, reflexão e análise crítica.
Habilidades Socioemocionais: Autoconhecimento, produtividade e resolutividade.

TEMA: O mapa-múndi do trabalho – o que ele revela? (Parte 2).


Caro (a) estudante,
Nesta aula você conhecerá meios para se preparar para enfrentar o mundo do trabalho e suas
exigências.

RECAPITULANDO
Na aula anterior, O mapa-múndi do trabalho – o que ele revela? (Parte 1), você analisou as diversas
áreas e seus aspectos relevantes no mercado de trabalho de acordo com o cenário de empregos no
Brasil.

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ATIVIDADES
Antes de se candidatar a uma vaga de emprego, é importante que você considere suas perspectivas de
futuro no mundo do trabalho, de acordo com o seu Projeto de Vida.
Sabendo disso, estar atento às exigências do mercado é imprescindível para que você tenha um dife-
rencial na hora de se candidatar à vaga escolhida. Mas o que é necessário para concorrer a uma vaga de
emprego?
Para concorrer a uma vaga de emprego é preciso ser verdadeiro e objetivo nas informações quanto ao
seu perfil profissional. Informações sobre trabalhos voluntários e atuação em empresa familiar, con-
tam também como experiência e podem ser relatadas pelo candidato no momento de uma entrevista.

Para saber MAIS!


Existem alguns pontos que devem ser evitados por você na hora de concorrer a uma vaga de
emprego, como:
• Foto no currículo – Só deve ser colocada quando exigido.
• Redes sociais – Evitar postar situações de lazer em trajes íntimos.
• Atenção à gramática – Cuidado com erros de português ao falar e escrever, seja na ela-
boração do currículo ou nos textos que você posta nas redes sociais.
• Páginas demais – O currículo não precisa ter mais de duas páginas, pois correrá o risco
de não ser lido inteiramente.
• Supercompacto – O contrário também acontece. Não diminua a fonte do seu currículo
para espremer parágrafos e o organize de forma equilibrada.
• Referências pessoais – Evitar dispor no currículo, como referência, o telefone da vizinha
ou do namorado(a).
• Documentos – Não é necessário apresentar número de RG e CPF no currículo.
• Cursos – Evite listar cursos que não são úteis às vagas de emprego às quais está
concorrendo.
• Viagens – Não devem constar no currículo viagens que não estão relacionadas à área de
trabalho ou ao estudo de idioma.
• Frase de (d)efeito – Evitar o uso de jargões ou gírias.
• Assinatura – Não se deve assinar o currículo, pois o que garante a legitimidade das infor-
mações é a legitimidade da sua elaboração.
• Salário – Esse ponto deve ser tratado no momento da entrevista. Caso seja solicitado,
deve ser apurada a média salarial do mercado.

Agora que já sabe o que não é legal de ser colocado no seu currículo, você sabe quais são as informa-
ções que devem constar nele?
O currículo é o cartão de visitas do candidato. Para elaborar um bom currículo precisa ser fiel a quem
a pessoa é exatamente. Se você estiver em busca do seu primeiro emprego é importante colocar suas
experiências profissionais em ordem decrescente. Além disso, ser objetivo e conter informações so-
bre o cargo no qual quer ocupar é a sua porta de entrada para uma possível contratação. Ah, não esque-
ça de revisar todo o seu currículo antes de enviá-lo para alguma empresa ou mandá-lo por e-mail.
Veja a seguir os pontos que precisam estar contemplados no seu currículo:

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• Dados Pessoais: Nome completo, idade e estado civil devem aparecer logo no início do do-
cumento. É fundamental incluir também telefone e e-mail para que a empresa possa conta-
tá-lo facilmente.
• Objetivo: Seu objetivo profissional deve ser descrito em apenas uma linha, abordando so-
mente o cargo e a área de interesse. Evite indicar mais de uma área em um mesmo currículo.
• Formação Acadêmica: Coloque o nome da instituição de ensino, curso e datas de início e
término dos cursos que frequentou, apresentando-os por ordem de importância (pós-gra-
duação, graduação etc.). Cursos técnicos só devem ser citados se tiverem relação com a
área pretendida ou se você não possuir curso de graduação.
• Experiência Profissional: Mencione nome da empresa, cargo, período de atuação e suas
atribuições de forma sucinta. Mas esteja atento para a descrição das atividades desenvolvi-
das, pois é através deste item que o selecionador conhecerá o seu potencial. Coloque-as, se
possível, em forma de itens para facilitar a avaliação.
• Idiomas: Cite apenas o idioma e o nível de conhecimento que possui. Se você estiver estu-
dando algum, deixe isso claro no currículo. Lembre-se que se for necessário para o cargo,
você será testado e deverá comprovar o nível declarado.
• Informática: Coloque o nível real de seu conhecimento técnico das ferramentas de informá-
tica e internet. Seja sincero, pois quando as vagas necessitam de algum programa específi-
co, testes podem ser aplicados.
• Cursos: Cite apenas os cursos relacionados à área de interesse. Coloque o tema e o nome
das instituições onde foram realizados.

Carta de apresentação
Se uma carta de apresentação for solicitada, nela deve conter os seus pontos fortes e quais as suas
intenções quanto à vaga concorrida. Essas informações mais específicas da vaga, você pode buscar
em sites das grandes empresas na qual está se candidatando. Ah, na carta de apresentação não se des-
creve raça, religião ou formação partidária!

1 - Caso você precise de uma carta de apresentação para uma vaga de emprego, a quem recorreria para
indicá-lo? Aproveite para refletir sobre as suas qualidades e habilidades.

O próximo passo é a entrevista!


A entrevista de seleção é a fase mais importante do processo seletivo. O intuito dela é confirmar o per-
fil do candidato. Serve para analisar se tudo o que o candidato fala, está no currículo. Pessoas que se
expressam bem, tem mais chances de se dar bem nessa etapa. Para qualquer entrevista, é necessário
se preparar bastante. Levar o currículo impresso no dia da entrevista, se informar antecipadamente so-
bre a vaga a que vai concorrer e listar algumas perguntas que queira fazer ao entrevistador, como faixa
salarial, benefícios ou alguma informação sobre a empresa.
Manter a escuta atenta é fundamental durante a entrevista, além de demonstrar respeito e atenção,
também passa a mensagem do quanto você está interessado para o entrevistador.
Na entrevista, podem surgir perguntas pessoais como: O que você faz no seu tempo livre? Você gosta
de ler? Que tipo de livro mais aprecia? Essas perguntas são estratégias utilizadas nas entrevistas para
conhecer um pouco da personalidade do candidato.

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Para saber MAIS!
COMO SE VESTIR PARA A ENTREVISTA
Para uma entrevista de emprego é preciso se vestir adequadamente. Isso não quer dizer que é ne-
cessário usar roupas de marcas. Roupas de cores neutras são as mais indicadas e as mulheres de-
vem evitar decotes, saias curtas e maquiagem carregada. Para os homens, é importante ir com a
barba feita, cabelo e unhas cortadas. Ambos devem evitar perfumes fortes ou em excesso. Fique
atento às normas e padrões usados nas empresas nas quais você se candidatar. Tem empresas que
são mais formais e outras nem tanto. Saber essas informações vão te ajudar a escolher a roupa mais
adequada para a sua entrevista.

2 - Leia com atenção a lista a seguir com dez tópicos listados por consultores de carreira e profissionais
de comunicação entrevistados pelo site Business Insider, e registre no seu caderno o que mais
chamou a sua atenção.
1. Chegue cedo, mas não entre. Poucas coisas podem ser mais prejudiciais do que chegar atrasado
à entrevista, por isso sempre chegue com antecedência. No entanto, se você chegar muito mais
cedo do que o horário marcado, espere um pouco no seu carro ou em algum lugar por perto para
não parecer que você está colocando pressão no entrevistador para começar o processo antes do
combinado. Segundo uma das consultoras, o ideal seria chegar com dez minutos de antecedência.
2. Seja educado com recepcionistas e seguranças. Quando entrar na empresa, lembre-se de ser
amigável com todos – recepcionista, segurança, secretária, ou qualquer funcionário com quem
você tiver contato. O entrevistador, após a entrevista, pode pedir para que relatem como foi o seu
comportamento e que impressões tiveram de você.
3. Decida quais informações são mais importantes sobre você. Quer ser lembrado pelas suas ha-
bilidades de comunicação? Pelas suas experiências em gestão? Pelo conhecimento da área? Saber
selecionar algumas características mais marcantes com as quais você quer causar impacto no en-
trevistador e fazer com que ele se lembre de você por causa delas é uma forma inteligente de abor-
dar a entrevista.
4. Pare de ensaiar. Não use os últimos 15 minutos antes da entrevista para continuar ensaiando pos-
síveis respostas. O excesso de preparo e ensaio pode resultar em uma conversa forçada, roteirizada
e nada autêntica. O preparo é importante, mas também é essencial lembrar-se de que a entrevista
é uma conversa e deve acontecer de forma natural.
5. Respire. Isso irá ajudá-lo com o item mais importante: permanecer calmo. De acordo com um dos
consultores, contar a sua respiração é uma das técnicas mais imediatas e impactantes para acal-
mar os nervos. Simplesmente mantenha a sua atenção na sua respiração e conte-as até dez. Repita
o exercício quantas vezes for necessário.
6. Preste atenção à sua postura. Sente-se de forma ereta enquanto espera pelo momento de ser
chamado para a entrevista. Você passará uma aparência mais confiante.
7. Não verifique sua caixa de voz, e-mail ou redes sociais. Você pode acabar ouvindo ou lendo algo
que o deixe ansioso, nervoso ou bravo antes da entrevista, ou então pode acabar perdendo o foco e
a concentração.
8. Reveja brevemente suas anotações, mas não faça nenhuma pesquisa adicional. A sua pesquisa,
preparo e ensaio devem ter se encerrado nos últimos 15 minutos – tudo isso tem que ser feito com
calma e antecedência. Mas se tiver levado algum tipo de anotação, este é um bom momento para
revisá-la.

93
9. Olhe-se em um espelho. Procure um banheiro para poder se ver no espelho e certificar-se de que
está tudo certo com a sua aparência (a maquiagem não borrou? Não tem nada nos seus dentes?). É
um bom momento para secar o suor do rosto e das mãos.
10. Pense positivo. Pode parecer um clichê, mas ter pensamentos positivos e felizes, que lhe aju-
dem a sorrir e a ficar de bom humor, pode colocá-lo no humor certo para a entrevista.

Agora que você possui todas essas informações, faça suas escolhas se baseando no seu Projeto de
Vida, organize e estruture o seu currículo de acordo com as necessidades e interesses da empresa na
qual quer se candidatar e tenha atenção, escuta ativa e comprometimento na hora da entrevista!
Nas próximas 2 semanas, as aulas de Pós-Médio serão de preparação para o ENEM. Em breve, você
continuará a descobrir muitas informações importantes. Continue a registrar o seu conhecimento no
seu caderno e conte com o apoio de seu professor. Até a próxima!

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SEMANAS 3 E 4

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Mundo do trabalho.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


A velocidade das mudanças mundiais e seus impactos no mundo do trabalho.

HABILIDADE(S):
Iniciativa, autonomia e autogestão.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Planejamento pessoal e profissional.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Cidadania, liberdade de expressão, compreensão da realidade e
visão de mundo, revolução industrial.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Linguagem verbal e não-verbal, comunicação, gêneros textuais,
compreensão, análise, interpretação e síntese de dados.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Compreensão, análise, interpretação e síntese de dados.
Habilidades Socioemocionais: Autonomia, autoconfiança e compromisso.

TEMA: O futuro do trabalho (Parte 1).


O mundo do trabalho e suas exigências são assuntos inesgotáveis quando se trata do futuro do traba-
lho. Assim, o que você vai aprender daqui para frente é apenas mais um capítulo desse imenso mar de
mudanças aceleradas, que vem transformando o mundo todo, que pouco é possível definir!
Assim, como se preparar para um futuro que pouco se prevê? Essa é uma questão que vai acompa-
nhá-lo nas próximas aulas e não tenha receio se não conseguir encontrar respostas para ela. O mais
importante é você entender as mudanças, saber que APRENDER é fundamental para a vida e que para
isso, novas maneiras de PENSAR devem acompanhá-lo desde então. Partindo disso, comece a PENSAR
como nunca ousou antes!

RECAPITULANDO
Na última aula você começou a ver como se preparar para enfrentar o mundo do trabalho e suas exi-
gências. Contudo, diante da transformação fundamental na maneira como se trabalha, esse conteúdo
se estende em várias outras temáticas, que você conhecerá nas próximas aulas.

ATIVIDADES
Pensar sobre um dos campos do seu Projeto de Vida, que é o campo profissional é extremamente
importante, pois é a partir das suas perspectivas de futuro que o seu Projeto de Vida vai sendo dese-
nhado. Ao longo das aulas, você vem vendo algumas informações relevantes para te ajudarem a fazer
as escolhas profissionais de maneira mais acertada. Mas será que você já sabe todas as informações
necessárias? Além das suas perspectivas de futuro no mundo do trabalho, de acordo com o seu Projeto
de Vida, é necessário que você esteja atento às exigências e às mudanças do mundo do trabalho.

95
Não é novidade para ninguém que o perfil dos empregos vem mudando significativamente ao longo dos
anos. E não é novidade também que ainda haverá muita mudança nas próximas décadas. Você sabe
quais foram as principais mudanças em relação ao mercado de trabalho desde a época dos seus avós
até os dias de hoje?

1 - Assista ao filme Tempos Modernos de Charlie Chaplin e observe como era o trabalho na indústria
no ano de 1936. Acesse o link e assista o filme legendado no Youtube gratuitamente. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Bv1sdRGRb8k1

Fonte: <https://www.youtube.com/watch?v=Bv1sdRGRb8k> Acesso em: 30 de julho de 2020.

Um dos pontos mais relevantes do filme é mostrar como a Primeira Revolução Industrial mecanizou o
trabalho, causando muitas mudanças na sociedade e na qualidade de vida dos trabalhadores. Pensan-
do nessas mudanças no mundo do trabalho, desde a época da revolução industrial até os dias atuais,
é possível observar que mudanças são necessárias e que também, a sociedade se modificou e evoluiu
junto com elas.
Antigamente, o perfil de emprego era muito mais “linear”, pois quando um profissional conseguia uma
vaga de emprego em uma empresa, por exemplo, o pensamento era que houvesse uma carreira cons-
truída dentro da empresa e que o emprego fosse mantido até o momento do profissional se aposentar.
Ao longo dos anos, o pensamento de se manter em uma mesma empresa mudou. Os empregados co-
meçaram a desejar ter experiências profissionais em mais de uma empresa, pensando em enriquecer
o currículo com o maior número de locais e aprendizados profissionais possíveis.
Pensando nas mudanças e na velocidade com a qual elas estão ocorrendo, cabe a cada uma das pes-
soas analisar, estudar e pesquisar cada vez mais sobre os impactos que estas mudanças inevitáveis
ocasionam nos perfis profissionais.
Qual será o futuro do mundo do trabalho daqui para frente? Como estará o cenário das profissões daqui
há dez anos?
Muitos estudos estão sendo realizados para tentar identificar algumas das respostas para estas per-
guntas. De acordo com as mudanças que vem ocorrendo ao longo dos anos, muitas profissões foram
“extintas”, e de acordo com os estudos, algumas profissões ainda irão existir.
Você já pensou sobre este cenário de quais as profissões que ainda irão ser criadas? Já pensou em
quais os motivos para sua existência? Bem, uma possibilidade para ajudar você a refletir, é o cenário
que o mundo está passando atualmente, com a Pandemia da Covid-19. Muitas mudanças na área da me-
dicina, por exemplo, serão necessárias.
Além de mudanças na área médica, que sempre acontecem devido às novas descobertas e à tecnologia
que vai avançando a cada dia, todas as áreas estão sofrendo mudanças. A exemplo do que acontece
com a comunicação através da inserção de meios de comunicação e redes sociais; o que aconteceu
com a inovação da tecnologia aplicada em empresas do campo do agronegócio e indústria, na qual

96
as máquinas vem cada vez mais substituindo o trabalho de força humana; a educação que vem com
grandes ondas de inserção da tecnologia por meio do trabalho com o ensino à distância e muitas outras
mudanças que são visíveis na sociedade.
Então estudante, este é o início de uma conversa sobre como as mudanças no mundo profissional vêm
ocorrendo ao longo dos anos e quais os impactos e as mudanças que ainda irão ocorrer. Assim, antes
de partir para a próxima aula:

2 - Entreviste algumas pessoas que você conhece, pode ser por meio de questionário, e-mail ou encontro
virtual, sobre como a rapidez tecnológica (por exemplo, inteligência artificial, automação, digitalização)
estão mudando o trabalho delas. Abaixo seguem algumas sugestões de perguntas para você organizar,
antes de partir para as entrevistas.
• Você está preocupado com a perda do emprego devido a mudanças tecnológicas? Comente
sobre isso.
• Você considera uma necessidade adquirir novas habilidades para se manter empregado?
Quais?
• Você se sente responsável pela aquisição de novas oportunidades de treinamento e desen-
volvimento que o mundo está exigindo?
• A empresa que você trabalha oferece oportunidades para se capacitar?
• Você precisa fazer algum tipo de transição para novas funções para melhor desenvolver o
que sabe fazer? Qual seria essa nova função ou atuação nova?

3 - Após as entrevistas, analise as respostas dos entrevistados e identifique quais as percepções de cada
um sobre a velocidade das mudanças no mundo e seu impacto no trabalho. Procure identificar se
consideram, por exemplo, impacto muito rápido em aspectos do seu trabalho e se acham desafiador
acompanhar as mudanças.
Como mencionado anteriormente, essa aula é apenas o início de uma conversa sobre como as mu-
danças no mundo profissional vêm ocorrendo ao longo dos anos e quais os impactos e as mudanças
que ainda irão ocorrer. Contudo, ficam algumas perguntas para você refletir até a próxima aula:
existem tipos de futuro e por isso, o certo seria falar de futuros do trabalho? O que se tem hoje são
cenários de futuro ou sinais? Assim como, os futuros do trabalho são tendências e por isso nenhuma
pesquisa será capaz de prever como será?
Nas próximas 2 semanas, as aulas de Pós-Médio serão de preparação para o ENEM. Em breve, você
continuará a descobrir muitas informações importantes. Continue a registrar o seu conhecimento
no seu caderno e conte com o apoio de seu professor. Até a próxima!

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SEMANA 5

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Mundo do trabalho.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


A velocidade das mudanças mundiais e seus impactos no mundo do trabalho.

HABILIDADE(S):
Iniciativa, autonomia e autogestão, autoconhecimento, qualificação profissional.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Planejamento pessoal e profissional, áreas de atuação profissional, mercado de trabalho.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Cidadania, liberdade de expressão, compreensão da realidade e
visão de mundo, revolução industrial.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Linguagem verbal e não-verbal, comunicação, gêneros textuais,
compreensão, análise, interpretação e síntese de dados.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Compreensão, análise, interpretação e síntese de dados.
Habilidades Socioemocionais: Autonomia, autoconfiança e compromisso.

TEMA: O futuro do trabalho (Parte 2).


Nesta aula você pensará sobre as mudanças no campo profissional que ainda ocorrerão com a pers-
pectiva da visão de futuro.

RECAPITULANDO
Na aula passada você pensou sobre as principais mudanças que ocorreram no mundo do trabalho, do
passado até os dias atuais.

ATIVIDADES
Quando você ouve falar a palavra FUTURO, o que vem à sua mente? Muito amplo? E se for perguntado
sobre expectativa de vida, saúde, profissão e carreira? O que você pensa? Agora é o momento de re-
fletir sobre as perspectivas profissionais de futuro ou de futuros?
Vivemos uma crise econômica, na qual há um alto número de desemprego no país e um aumento no
número de empregos informais e empreendedores. Mas, a cada dia que passa, há mais incertezas e
mudanças com relação às profissões, às necessidades de adequação do mercado e um cenário de
empregos que exige muita resiliência, criatividade e adaptabilidade por parte de cada um de nós.

98
Para REFLETIR
As discussões sobre o futuro do trabalho se concentram sobretudo em torno da inteligência artifi-
cial e se os robôs tomarão os empregos, mas as tecnologias cognitivas acabam tendo papel signifi-
cativo nas mudanças na maneira como indivíduos, empresas e sociedade desenvolvem o trabalho.
O estudo global da Deloitte “Qual é o futuro do trabalho?” fornece uma visão geral das forças de
transformação que impulsionam a evolução das funções, força e local de trabalho, além de oferecer
perspectivas sobre como as organizações devem começar a responder aos novos desafios.
A expectativa é que os empregos do futuro sejam movidos por tecnologias e fundamentados em da-
dos, exigindo habilidades humanas em áreas como resolução de disfunções, comunicação, escuta e
interpretação. À medida que as máquinas assumem tarefas mecânicas e o trabalho das pessoas se
torna mais analítico, técnicas de design thinking podem ajudar as organizações a definir novos tipos
de capacidades e habilidades em atividades que têm um viés mais disruptivo.
O advento da comunicação digital e das plataformas de colaboração, associado às mudanças so-
ciais e de mercado, permite a criação de equipes distribuídas, bem como a reinvenção de locais de
trabalho em que as interações virtuais são uma realidade.
As organizações têm a oportunidade de otimizar os benefícios de cada tipo de relacionamento com
suas pessoas, além de apresentar uma variedade de incentivos para profissionais.1 Qual é o futuro do
trabalho? – Redefinindo funções, força e local de trabalho. Disponível em: https://www2.deloitte.com/
br/pt/pages/human-capital/articles/futuro-do-trabalho.html – Acessado em: 24 de agosto de 2021.

Ao longo dos anos, o mundo do trabalho sofreu transformações a partir das evoluções tecnológicas e
mudanças sociais. Envelhecimento da população, globalização e até as mudanças climáticas fazem
com que algumas profissões surjam e outras desapareçam.
Contudo, as expectativas para o futuro não estão apenas relacionadas às novas carreiras profissio-
nais. O perfil do profissional e a maneira de se trabalhar também estão mudando. Criatividade, empa-
tia, simpatia e outros comportamentos do ser humano não podem ser substituídos pela Inteligência
Artificial, por exemplo.
Se você observar, a forma de trabalhar de muitas pessoas sofreu impactos significativos graças às
Tecnologias. Muitos profissionais não precisam necessariamente estar em um escritório em um am-
biente externo, por exemplo, pois muitos estão utilizando o Home Office como uma saída para corte de
custos com aluguel, rede de internet, telefonia e todas as necessidades que um escritório físico possui.
O Home Office é uma estratégia que não mexe só no bolso de quem o utiliza, ele permite também a
adaptação das atividades do profissional com relação a horários, locais, produtividade e criatividade.
São muitos os benefícios, mas nem sempre é possível ter todo o aparato dentro de casa, o que faz com
que muitas pessoas busquem escritórios compartilhados, os chamados Co-Working, que são espaços
montados e totalmente adaptados para a realização de trabalhos remotos por mais de uma pessoa e
que permite a realização de reuniões e trabalhos que exigem uma infraestrutura mínima, que pode não
existir na casa de cada um. À medida que os profissionais terão mais liberdade, criatividade e autono-
mia para trabalhar, também exigirá maior responsabilidade, foco e disciplina para controlar seu pró-
prio desempenho. Portanto, a autogestão é uma habilidade necessária.
Uma outra demanda que está surgindo em meio a tantas mudanças e necessidades de mercado, é o
Networking, a famosa rede de contatos, que faz com que você consiga estar ligado a muitas pessoas
através das relações profissionais. Neste sentido, o conhecimento e as relações com colegas de traba-
lho favorecem a construção das suas redes de contato.
O perfil dos profissionais do futuro poderá ser identificado a partir do que move cada profissional. Quais
são os propósitos que cada pessoa escolhe para o seu Projeto de Vida. Pensar no salário pode não ser
o fator mais relevante na hora de procurar uma atividade profissional, tendo em vista que o desejo de

99
contribuir e de se realizar profissionalmente farão cada vez mais parte das negociações com os empre-
gadores. Por isso, estudante, fazer o que se ama e o que dá sentido à sua vida é tão importante!
Pensando nas explicações dessa aula, é perceptível que existem megatendências para o futuro do tra-
balho, ou seja, existem forças que remodelam a sociedade e, com ela, o mundo do trabalho: mudanças
econômicas que estão redistribuindo poder, riqueza, competição e oportunidade em todo o mundo, as
inovações disruptivas, novos modelos de negócios e escassez de recursos. Como os humanos respon-
dem aos desafios e as oportunidades que as megatendências trazem, determinam os mundos em que
o futuro do trabalho se desenrola.

1 - Um dos desafios que as megatendências trazem é fazer com que as pessoas encontrem motivação
para o trabalho, significado e relevância no que se faz. O futuro do trabalho reside NÃO na razão para
se trabalhar, mas em descobrir o que se gosta de fazer. Sobre isso, escreva um texto no seu caderno
descrevendo o que você faria se tivesse um milhão de dólares para aprender o que quisesse.
Nas próximas 2 semanas, as aulas de Pós-Médio serão de preparação para o ENEM. Na 4ª semana,
você continuará a pesquisa sobre quais áreas do mercado de trabalho estão em alta na sua cidade
e no estado de Minas Gerais e procure saber sobre as qualificações necessárias para cada área.
Continue a registrar as informações no seu caderno e conte com o apoio de seu professor. Até a
próxima!

100
SEMANA 6

UNIDADE (S) TEMÁTICAS:


Mundo do trabalho.

OBJETO (S) DE CONHECIMENTO:


Desenvolvimento de habilidades exigidas pelo mercado de trabalho.

HABILIDADE(S):
Autodireção e determinação.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Planejamento pessoal e profissional, áreas de atuação profissional, mercado de trabalho, inteligência social e emo-
cional e autoavaliação.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Cidadania, liberdade de expressão, compreensão da realidade e
visão de mundo, revolução industrial.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Linguagem verbal e não-verbal, comunicação, gêneros textuais,
compreensão, análise, interpretação e síntese de dados.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Compreensão, análise, interpretação e síntese de dados.
Habilidades Socioemocionais: Autonomia, autoconfiança e compromisso.

TEMA: Quem tem medo de aprender?


Nesta aula você vai identificar como as mudanças no campo profissional exigem modificações e de-
senvolvimento de novas habilidades que estejam coerentes com as necessidades do mercado. São
habilidades e características de um profissional que busca acompanhar o avanço e as necessidades
presentes no mercado.

RECAPITULANDO
Na aula anterior, você refletiu sobre algumas mudanças importantes que vem acontecendo no mundo
e como isso tem impactado e gerado mudanças também no mundo do trabalho.

ATIVIDADES
Nas aulas anteriores você fez uma viagem pelo passado e visionou o futuro no âmbito do mundo do
trabalho. O mercado de trabalho está cada dia mais competitivo e exige que os profissionais estejam
cada vez mais qualificados, não só na parte técnica, mas também no âmbito psicológico e emocional.
Pensando nas exigências de características psicológicas importantes, é necessário o desenvolvimento
de habilidades socioemocionais.
O conhecimento teórico e o preparo são importantes, mas não são suficientes para atender às neces-
sidades de interação e desenvolvimento de atividades profissionais atualmente e no futuro. É preci-
so ter habilidade para lidar com frustrações e situações adversas, pois este é um diferencial para os
profissionais.
Mas... Você sabe o que são habilidades socioemocionais?

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São habilidades que são desenvolvidas para que uma pessoa se torne um ser humano mais comple-
to. Elas auxiliam no controle das emoções, na demonstração de afeto e na tomada de decisões com
responsabilidade.
Não basta ser inteligente cognitivamente se o profissional não tem inteligência social e emocional e
não sabe conviver ou trabalhar em equipe, por exemplo. Esta é uma das características bastante im-
portantes para o mundo profissional. A forma como as pessoas se relacionam é um critério importante
a ser observado pelos empregadores e não só para o estabelecimento de um bom convívio dentro do lo-
cal de trabalho, mas para a relação de qualquer pessoa durante a vida. Além da convivência, outras ha-
bilidades são imprescindíveis para o mundo do trabalho e estão sendo fundamentais para as exigências
do campo profissional. Curiosidade, imaginação, resolução de problemas, tomada de decisões, criati-
vidade, gestão da informação e dados, aprendizagem sobre as diversas mídias, conhecimentos sobre
Tecnologia da Informação, adaptabilidade, atitude empreendedora, liderança pela influência, atitude
colaborativa, esforço, determinação, força de vontade, gratidão, otimismo, dedicação, perseverança,
entusiasmo, resiliência, flexibilidade, autocontrole são exemplos de habilidades socioemocionais que
se fazem necessárias para o que o mundo do trabalho está exigindo.
Ah, é importante ressaltar que todas as habilidades mencionadas anteriormente podem ser desenvolvi-
das por qualquer pessoa. Basta ter vontade para aprender e buscar oportunidades para isso.

1 - Reflita e escreva quais as habilidades socioemocionais você acredita que possui e quais você ainda
precisa desenvolver.

HABILIDADES QUE POSSUO HABILIDADES QUE PRECISO DESENVOLVER

• •

• •

• •

• •

2 - Olhando para as habilidades que você precisa desenvolver, descreva alguns caminhos ou formas de
desenvolvê-las. Que tal desafiar-se a aprendê-las numa jornada de desenvolvimento pessoal?

3 - Escolha uma habilidade que precisa desenvolver, para elaborar um plano que o desafie a aprendê-la.

Tenha em mente que, tanto as competências intelectuais, quanto as sociais e emocionais devem ser
desenvolvidas com o mesmo nível de importância e dedicação.

REFERÊNCIAS
• Futuro do trabalho: quais as tendências e como preparar a empresa? - Robert Half - 8 de maio
de 2019 – Disponível em: <https://www.roberthalf.com.br/blog/tendencias/futuro-do-traba-
lho-quais-tendencias-e-como-preparar-empresa-rc> – Acesso em: 30 de julho de 2020.
• < https://www.youtube.com/watch?v=Bv1sdRGRb8k1> Acesso em: 30 de julho de 2021.
• Qual é o futuro do trabalho? – Redefinindo funções, força e local de trabalho. Disponível
em: <https://www2.deloitte.com/br/pt/pages/human-capital/articles/futuro-do-trabalho.
html> - Acesso em: 30 de julho de 2020.

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